Síndromes de Malabsorção
Espru Tropical
Doença Celíaca
Jejuno
Intolerância à Lactose
As síndromes de malabsorção são um grupo de condições clínicas caracterizadas pela incapacidade do intestino delgado em absorver adequadamente nutrientes, vitaminas e minerais importantes da dieta. Essa má-absorção pode resultar em diversos sintomas, como diarréia, flatulência, distensão abdominal, perda de peso e deficiências nutricionais.
Existem várias causas para as síndromes de malabsorção, incluindo:
1. Doenças inflamatórias intestinais (como doença de Crohn e colite ulcerativa)
2. Infecções intestinais (como bacteriana ou por parasitas)
3. Deficiência de enzimas digestivas (como insuficiência pancreática exócrina)
4. Cirurgia intestinal (como ressecção do intestino delgado)
5. Doenças celíaca e sensibilidade ao glúten não-celíaca
6. Intolerâncias a lactose ou outros carboidratos
7. Outras condições menos comuns, como amiloidose ou doença de Whipple
O diagnóstico das síndromes de malabsorção geralmente requer um exame clínico completo, incluindo história médica detalhada, exames laboratoriais e, em alguns casos, procedimentos invasivos como endoscopia e biópsia do intestino delgado. O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir mudanças na dieta, suplementação nutricional, medicação ou, em casos graves, cirurgia.
É importante notar que o termo "Espru Tropical" não é uma definição médica amplamente reconhecida ou utilizada. No entanto, em alguns contextos limitados, como em publicações científicas ou relatórios de pesquisa, "Espru" pode ser usado como um termo abreviado para "Espondilite doentes tropicalmente suscetíveis", que é uma forma específica de espondilite anquilosante (uma doença inflamatória que afeta a coluna vertebral e outras articulações).
A espondilite dos doentes tropicalmente suscetíveis é uma doença rara, geralmente encontrada em pacientes de ascendência africana ou asiática, especialmente aqueles que vivem em regiões tropicais ou subtropicais. A causa exata da doença ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que haja uma combinação de fatores genéticos e ambientais envolvidos.
Os sintomas da espondilite dos doentes tropicalmente suscetíveis podem incluir dor e rigidez na coluna vertebral, especialmente na região inferior da espinha, alongamento da coluna (hipercifose), dificuldade em respirar devido à compressão dos pulmões, e inflamação em outras articulações, como as do quadril ou tornozelo. A doença também pode afetar outros órgãos, como os olhos e o coração.
O tratamento geralmente consiste em medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), fisioterapia e exercícios para manter a flexibilidade e fortalecer os músculos. Em casos graves, outros medicamentos, como corticosteroides ou biológicos, podem ser prescritos. A cirurgia geralmente é considerada apenas quando outras opções de tratamento falharam ou em situações específicas, como a compressão da medula espinhal.
Em resumo, a espondilite dos doentes tropicalmente suscetíveis é uma forma rara de artrite que afeta principalmente a coluna vertebral e outras articulações. Embora os sintomas possam ser graves, o tratamento precoce e adequado pode ajudar a controlar a doença e prevenir complicações.
A doença celíaca é uma doença sistêmica e immune-mediada, provocada pela ingestão de glúten em indivíduos geneticamente suscetíveis. O glúten é um conjunto de proteínas presentes em diversos cereais, como trigo, centeio e cevada. A doença celíaca pode causar danos na mucosa do intestino delgado, levando a uma série de sintomas e complicações clínicas, que podem variar consideravelmente entre os indivíduos afetados. Entre os sintomas mais comuns estão diarreia, flatulência, distensão abdominal, dor abdominal, perda de peso e anemia. Além disso, a doença celíaca pode também estar associada a outras condições de saúde, como oenfermidades autoimunes, transtornos neurológicos e problemas ósseos. O tratamento da doença celíaca geralmente consiste na adoção de uma dieta estritamente sem glúten, o que permite a recuperação dos danos intestinais e a redução dos sintomas clínicos.
Em termos médicos, "jejuno" refere-se especificamente à parte do intestino delgado que se encontra entre o duodeno (a primeira parte do intestino delgado) e o íleo (a última parte do intestino delgado). O jejuno é responsável por grande parte da absorção de nutrientes dos alimentos, especialmente carboidratos e proteínas. A palavra "jejuno" vem do latim "ieiunus", que significa "fome" ou "sem alimento", o que reflete a função desse segmento do intestino em digerir e absorver nutrientes dos alimentos.
Em alguns contextos clínicos, a palavra "jejuno" pode ser usada para se referir a uma condição ou procedimento relacionado ao jejuno. Por exemplo, um "jejunostomia" é um procedimento em que um cirurgião cria uma abertura na parede do jejuno para permitir a passagem de alimentos ou líquidos diretamente no intestino delgado, geralmente como parte do tratamento de problemas digestivos graves. Além disso, "jejunite" refere-se à inflamação do jejuno, que pode ser causada por várias condições, incluindo infecções, obstruções intestinais ou transtornos autoimunes.
A absorção intestinal é o processo fisiológico no qual as moléculas dissolvidas e os nutrientes presentes nas partículas sólidas da comida ingerida são transferidos do lumen intestinal para a corrente sanguínea ou linfática, permitindo que essas substâncias sejam distribuídas e utilizadas pelas células de todo o organismo. Esse processo ocorre principalmente no intestino delgado, onde as paredes internas são revestidas por vilosidades e microvilosidades, aumentando a superfície de contato entre os nutrientes e as células absorventes (enterócitos). A absorção intestinal pode ocorrer por difusão passiva, transporte ativo ou facilitado, e envolve diversas moléculas, tais como açúcares, aminoácidos, lipídeos, vitaminas e minerais.
Em termos médicos, uma "síndrome" refere-se a um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem juntos e podem indicar a presença de uma condição de saúde subjacente específica. Esses sinais e sintomas geralmente estão relacionados entre si e podem afetar diferentes sistemas corporais. A síndrome em si não é uma doença, mas sim um conjunto de sintomas que podem ser causados por várias condições médicas diferentes.
Por exemplo, a síndrome metabólica é um termo usado para descrever um grupo de fatores de risco que aumentam a chance de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes. Esses fatores de risco incluem obesidade abdominal, pressão arterial alta, níveis elevados de glicose em jejum e colesterol ruim no sangue. A presença de três ou mais desses fatores de risco pode indicar a presença da síndrome metabólica.
Em resumo, uma síndrome é um padrão característico de sinais e sintomas que podem ajudar os médicos a diagnosticar e tratar condições de saúde subjacentes.
Intolerância à lactose é uma condição médica comum na qual o corpo tem dificuldade em digerir e processar a lactose, um tipo de açúcar presente na maioria dos produtos lácteos. Isto ocorre devido à falta ou insuficiência da enzima lactase no intestino delgado, que é responsável pela quebra da lactose em glicose e galactose, os açúcares simples que podem ser facilmente absorvidos pelo corpo.
Quando uma pessoa com intolerância à lactose ingere produtos lácteos ou outros alimentos contendo lactose, a lactose não digerida passa para o cólon, onde é fermentada pelas bactérias presentes lá. Esse processo de fermentação produz gases, como dióxido de carbono e metano, que causam sintomas desconfortáveis, tais como flatulência, distensão abdominal, cólicas abdominais e diarreia.
A gravidade dos sintomas varia de pessoa para pessoa e depende da quantidade de lactose consumida e da capacidade do corpo em tolerar a lactose não digerida. Alguns indivíduos podem ser capazes de consumir pequenas quantidades de lactose sem desenvolver sintomas, enquanto outros podem experimentar sintomas desconfortáveis mesmo com pequenas quantidades de lactose.
A intolerância à lactose é geralmente tratada reduzindo ou evitando o consumo de alimentos e bebidas que contêm lactose. Alguns indivíduos podem ser capazes de tolerar produtos lácteos fermentados, como iogurte e queijo, pois a maior parte da lactose é quebrada durante o processo de fermentação. Em casos graves, os médicos podem recomendar suplementos de enzimas digestivas, como a lactase, para ajudar no processamento da lactose nos intestinos.