Processo que reverte o NÚCLEO CELULAR de uma célula somática diferenciada, em um estado pluripotente ou totipotente. Este processo pode ser realizado, até certo ponto, por TÉCNICAS DE TRANSFERÊNCIA NUCLEAR, como a fusão de nucleos de células somáticas com células-tronco embrionárias pluripotentes ou oócitos anucleados totipotentes. A PERFILAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA das células híbridas fundidas é usada para determinar o grau de reprogramação. Resultados dramáticos de reprogramação nuclear incluem a produção de mamíferos clonados, a ovelha Dolly em 1997.
Método de implantação de um NÚCLEO CELULAR de uma célula doadora para uma célula receptora anucleada.
Formação de um ou mais organismos idênticos derivados de reprodução vegetativa de uma única célula. A origem nuclear do material pode ser derivada de embriões, fetos ou retiradas de uma célula somática adulta.
Células de organismos adultos que foram reprogramadas para um estado pluripotente semelhante ao das CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS.
Processo de desenvolvimento reverso em que células diferenciadas com funções especializadas revertem para um estado menos diferenciado dentro de sua própria LINHAGEM CELULAR.
Fator de transcrição de octâmero, expresso principalmente em CÉLULAS-TRONCO embrionárias totipotentes e CÉLULAS GERMINATIVAS e durante a DIFERENCIAÇÃO CELULAR é regulado para baixo.
Células que podem dar ação às células das três CAMADAS GERMINATIVAS diferentes.
Subclasse de fatores de transcrição SOX expressos em tecido neuronal, onde devem desempenhar papel na regulação da DIFERENCIAÇÃO CELULAR. Membros desta subclasse são geralmente considerados ativadores de transcrição.
Fusão de células somáticas in vitro ou in vivo, que resulta em hibridização celular somática.
Processo genético pelo qual o organismo adulto passa via mecanismos que conduzem à restrição dos possíveis destinos das células, eventualmente levando-as a seu estado diferenciado. Os mecanismos envolvidos causam alterações hereditárias na sequência do DNA das células, como METILAÇÃO DE DNA, modificação da HISTONA, PERÍODO DE REPLICAÇÃO DO DNA, posicionamento do NUCLEOSSOMO e heterocromatização, que resultam na expressão ou repressão gênica seletiva.
Pré-implantação do embrião de mamíferos após a MÓRULA que se desenvolve a partir do estágio de 32 células para uma bola preenchida por líquido com centenas de células. Um blastocisto possui dois tecidos distintos. A camada externa do trofoblasto dá origem aos tecidos extraembrionários. A massa celular interna dá origem ao disco embrionário e ao próprio embrião final.
Restrição progressiva do potencial para desenvolvimento e especialização crescente da função que leva à formação de células, tecidos e órgãos especializados.
Campo da medicina dedicado ao desenvolvimento e utilização de estratégias destinadas a reparar ou substituir órgãos, tecidos e células lesionados, doentes ou deficientes metabolicamente, através da ENGENHARIA TECIDUAL, TRANSPLANTE DE CÉLULAS, ÓRGÃOS ARTIFICIAIS e ÓRGÃOS BIOARTIFICIAIS e tecidos.
Células germinativas femininas derivadas dos OOGÔNIOS e denominados OÓCITOS quando entram em MEIOSE. Os oócitos primários iniciam a meiose, mas detêm-se durante o estágio diplóteno até a OVULAÇÃO na PUBERDADE para produzir oócitos ou óvulos secundários haploides (ÓVULO).
Corpo, limitado por uma membrana, localizado no interior das células eucarióticas. Contém cromossomos e um ou mais nucléolos (NUCLÉOLO CELULAR). A membrana nuclear consiste de uma membrana dupla que se apresenta perfurada por certo número de poros; e a membrana mais externa continua-se com o RETÍCULO ENDOPLÁSMICO. Uma célula pode conter mais que um núcleo.
Entidade de um mamífero (MAMÍFEROS) em desenvolvimento, geralmente que abrange da clivagem de um ZIGOTO até o término da diferenciação embrionária das estruturas básicas. Nos humanos, o embrião representa os dois primeiros meses do desenvolvimento intrauterino que antecedem os estágios do FETO.
Adição de grupos metilas ao DNA. O DNA metiltransferases (metilases de DNA) desempenham esta reação usando S-ADENOSILMETIONINA como doador do grupo metila.
Células do tecido conjuntivo que secretam uma matriz extracelular rica em colágeno e outras macromoléculas.
Preparações de constituintes celulares, ou materiais, frações (isolates), ou substâncias subcelulares.
Qualquer [um] dos processos pelo qual os fatores nucleares, citoplasmáticos ou intercelulares influem sobre o controle diferencial da ação gênica durante as fases de desenvolvimento de um organismo.
Pequenas proteínas cromossomais (aproximadamente 12-20 kD) que possuem uma estrutura aberta, não dobrada e ligada ao DNA no núcleo celular através de ligações iônicas. A classificação em vários tipos (histona I, histona II, etc.) baseia-se nas quantidades relativas de arginina e lisina de cada uma.
Células derivadas da MASSA CELULAR INTERNA DO BLASTOCISTO que se formam antes de sua implantação na parede uterina. Conservam a capacidade de dividir, proliferar e fornecer células progenitoras que podem diferenciar-se em células especializadas.
Desenvolvimento morfológico e fisiológico do EMBRIÃO.
Qualquer tipo de célula diferente do ZIGOTO que contém elementos (como NÚCLEO CELULAR e CITOPLASMA) provenientes de duas ou mais células, geralmente produzida por FUSÃO CELULAR artificial.
O material dos CROMOSSOMOS. É um complexo de DNA, HISTONAS e proteínas não histonas (PROTEÍNAS CROMOSSÔMICAS NÃO HISTONA) encontradas dentro do núcleo da célula.
Formação de um derivado acetil. (Stedman, 25a ed)
Substâncias endógenas, usualmente proteínas, que são efetivas na iniciação, estimulação ou terminação do processo de transcrição genética.
Células relativamente indiferenciadas que conservam a habilidade de dividir-se e proliferar durante toda a vida pós-natal, a fim de fornecer células progenitoras que possam diferenciar-se em células especializadas.
Células propagadas in vitro em meio especial apropriado ao seu crescimento. Células cultivadas são utilizadas no estudo de processos de desenvolvimento, processos morfológicos, metabólicos, fisiológicos e genéticos, entre outros.
Animais bovinos domesticados (do gênero Bos) geralmente são mantidos em fazendas ou ranchos e utilizados para produção de carne, derivados do leite ou para trabalho pesado.
Fenômeno natural em que células terminalmente diferenciadas se desdiferenciam ao ponto em que podem mudar de LINHAGEM CELULAR. As células podem, então, se diferenciar em outros tipos celulares.
Família de fatores de transcrição dedo de zinco os quais compartilham homologia com a proteína Kruppel, Drosófila. Contêm uma sequência espaçadora altamente conservada de sete aminoácidos entre os motivos de dedo de zinco.
História do desenvolvimento de tipos de células diferenciadas específicas, rastreando as CÉLULAS-TRONCO originais no embrião.
Gênero da família RETROVIRIDAE que consiste de retrovirus não oncogênicos, que produzem doenças em múltiplos órgãos, caracterizados por longos períodos de incubação e infecção persistente. Lentivirus são únicos por conterem fases de leitura aberta (ORFs) entre os genes pol e env, e na região 3' de env. Cinco sorogrupos são reconhecidos, refletindo os hospedeiros mamíferos com que são associados. HIV-1 é a espécie típica.

A reprogramação nuclear é um processo de laboratório em biologia que envolve a transferência do núcleo de uma célula somática (célula corporal madura) para um oócito ou citoplasta desnucleados (citoplasma de um óvulo), com o objetivo de reprogramar as informações genéticas contidas no núcleo da célula somática, restaurando sua pluripotência. Isto é, a célula somática reprogramada adquire a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo celular do corpo, assim como uma célula-tronco embrionária.

O processo foi inicialmente demonstrado por John Gurdon em 1962, que clonou um sapo usando células da pele de um indivíduo adulto. Posteriormente, a técnica foi aprimorada e, em 1997, a ovelha Dolly foi gerada através do mesmo processo, sendo o primeiro mamífero clonado com sucesso.

A reprogramação nuclear tem implicações importantes na pesquisa biomédica e na medicina regenerativa, uma vez que pode fornecer fontes alternativas de células-tronco para fins terapêuticos, como o tratamento de doenças degenerativas ou lesões graves. No entanto, ainda existem desafios técnicos e éticos associados à aplicação clínica da reprogramação nuclear em humanos.

As técnicas de transferência nuclear são procedimentos médicos avançados que envolvem o transplante de um núcleo celular ou material genético de um indivíduo para outro, com o objetivo de gerar células híbridas ou substituir tecidos danificados. Essas técnicas são amplamente utilizadas em pesquisas biomédicas e podem ser empregadas em terapias regenerativas e clonagem terapêutica.

Existem basicamente dois tipos de transferência nuclear: o primeiro, conhecido como clonagem reprodutiva ou replicativa, consiste no transplante de um núcleo de célula somática (do tecido corporal) para um óvulo não fertilizado e desnucléado, que, após a estimulação adequada, poderá se desenvolver em um embrião idêntico geneticamente ao indivíduo doador do núcleo. O segundo tipo, chamado de clonagem terapêutica ou tecidual, envolve o transplante de um núcleo de célula somática para um óvulo desnucléado, que, após a reprogramação e diferenciação controladas dos genes, gera células-tronco pluripotentes que podem ser utilizadas para regenerar tecidos danificados ou doenças degenerativas.

Embora as técnicas de transferência nuclear tenham demonstrado grandes promessas no campo da medicina e pesquisa, elas também suscitam questões bioéticas complexas e debates em torno dos limites éticos e morais do uso dessas tecnologias.

A clonagem de organismos é um processo de criação de réplicas genéticas idênticas de um organismo original, chamado de "indivíduo progenitor" ou "organismo original". Isso é alcançado através do processo de reprodução assexuada, no qual o material genético de uma célula é copiado e transferido para outra célula, que então se desenvolve em um organismo idêntico ao original.

Existem diferentes métodos para realizar a clonagem de organismos, sendo o mais comum deles a clonagem por transferência de núcleo, também conhecida como "clonagem de Dolly, o carneiro". Neste método, o núcleo de uma célula somática madura é extraído e transferido para um óvulo não fertilizado que teve seu próprio núcleo removido. O óvulo é então estimulado a se dividir e desenvolver-se em um embrião, que é implantado em um útero de uma mãe substituta para se desenvolver até o nascimento.

A clonagem de organismos tem implicações éticas e morais significativas, e seu uso é controverso em alguns campos, especialmente na criação de animais humanos. No entanto, a clonagem tem sido utilizada com sucesso em várias espécies de animais, incluindo ogros, vacas, rat

"Células-tronco pluripotentes induzidas" (iPSCs, do inglês "induced pluripotent stem cells") se referem a um tipo de célula-tronco que é geneticamente reprogramada a se comportar como uma célula embrionária pluripotente. Elas são capazes de se diferenciar em quase todos os tipos de células do corpo, tornando-as uma ferramenta valiosa na pesquisa biomédica e potencialmente na medicina regenerativa.

As iPSCs são geralmente criadas a partir de células adultas, como células da pele ou sangue, que são geneticamente reprogramadas em laboratório para expressar genes específicos que são característicos de células-tronco embrionárias. Esses genes incluem Oct4, Sox2, Klf4 e c-Myc, que trabalham juntos para desdiferenciar as células adultas em células-tronco pluripotentes.

As iPSCs têm várias vantagens em comparação com as células-tronco embrionárias naturais. Além de evitar os problemas éticos associados ao uso de células-tronco embrionárias, as iPSCs podem ser criadas a partir de células de doadores específicos, o que pode permitir a pesquisa personalizada e a medicina de precisão. Além disso, as iPSCs podem ser usadas para modelar doenças humanas em laboratório e testar novos tratamentos antes de serem testados em humanos.

No entanto, o processo de reprogramação ainda é complexo e pode resultar em células com anomalias genéticas ou epigenéticas, o que pode limitar seu uso em aplicações clínicas. A pesquisa continua a ser feita para melhorar os métodos de reprogramação e garantir a segurança e eficácia das iPSCs em aplicações terapêuticas.

Desdiferenciação celular é um processo em biologia em que as células especializadas revertem para um estado menos diferenciado ou embrionário, perdendo algumas ou todas as suas características específicas e adquirindo a capacidade de se diferenciar em vários tipos celulares. Esse processo pode ocorrer naturalmente durante o desenvolvimento embrionário ou ser induzido artificialmente em células maduras, por exemplo, através da reprogramação celular. A desdiferenciação pode envolver a perda de marcadores celulares e a ativação de genes associados à pluripotência, permitindo que as células sejam utilizadas em terapias regenerativas e estudos do desenvolvimento celular e molecular.

O Fator 3 de Transcrição de Octâmero (também conhecido como Oct-3 ou NFIL3, do inglês Nuclear Factor, Interleukin 3 Regulated)) é um fator de transcrição que pertence à família Nuclear Factor of Activated T cells (NFAT). A proteína Oct-3 é codificada pelo gene NFIL3 e é expressa predominantemente em células hematopoéticas.

Este fator de transcrição desempenha um papel importante na regulação da expressão gênica em resposta a estímulos como citocinas, hormônios e fatores de crescimento. Ele se une a sequências específicas de DNA chamadas elementos de resposta às citocinas (CREs) presentes nos promotores e enhancers dos genes alvo, modulando assim sua transcrição.

Oct-3 é particularmente conhecido por sua participação no desenvolvimento e manutenção das células T reguladoras (Tregs), uma subpopulação de linfócitos T que desempenham um papel crucial na supressão da resposta imune excessiva e na manutenção da tolerância imunológica. Além disso, Oct-3 também participa da regulação da diferenciação e ativação de outras células do sistema imune, como macrófagos e células dendríticas.

Em resumo, o Fator 3 de Transcrição de Octâmero é um importante regulador da expressão gênica em células hematopoéticas, desempenhando funções essenciais no desenvolvimento e manutenção do sistema imune.

As células-tronco pluripotentes são um tipo específico de células-tronco que têm a capacidade de se diferenciar em quase todos os tipos de células presentes no corpo humano. Elas podem se dividir e renovar por um longo período de tempo, mantendo suas propriedades pluripotentes.

Existem basicamente dois tipos principais de células-tronco pluripotentes: as células-tronco embrionárias pluripotentes (CETPs) e as células-tronco induzidas pluripotentes (iPSCs).

As CETPs são obtidas a partir de embriões humanos em estágios muito precoces de desenvolvimento, com apenas alguns dias de idade. Elas têm a capacidade de se diferenciar em qualquer tipo de célula presente no corpo humano, inclusive células dos tecidos musculares, nervosos, cardíacos, pancreáticos e outros.

As iPSCs, por sua vez, são células obtidas a partir de tecido adulto, como pele ou sangue, que são geneticamente reprogramadas em laboratório para adquirirem propriedades pluripotentes semelhantes às das CETPs. Esse processo de reprogramação é realizado geralmente por meio da introdução de genes específicos que controlam o desenvolvimento embrionário.

As células-tronco pluripotentes têm grande importância na pesquisa biomédica, pois podem ser utilizadas no estudo do desenvolvimento embrionário e em terapias regenerativas para tratar diversas doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares, doenças neurodegenerativas e outras. No entanto, o uso dessas células ainda é controverso devido a questões éticas relacionadas à sua obtenção a partir de embriões humanos.

SOXB1 é um grupo de fatores de transcrição que incluem SOX1, SOX2 e SOX3. Eles pertencem à família de genes SOX (SRY-related HMG box), os quais codificam proteínas com domínios de ligação a DNA de estrutura semelhante aos encontrados no fator de transcrição SRY (Sex Determining Region Y) em humanos.

Os fatores de transcrição SOXB1 desempenham um papel importante na regulação da expressão gênica durante o desenvolvimento embrionário e também no mantimento da pluripotência de células-tronco embrionárias (ESCs) e células-tronco induzidas pluripotentes (iPSCs). Eles se ligam a sequências específicas de DNA, geralmente localizadas próximas a promotores ou enhancers dos genes alvo, e auxiliam na ativação ou repressão da transcrição desse gene.

SOX1 é particularmente importante no desenvolvimento do sistema nervoso central (SNC), onde regula a diferenciação de células-tronco neurais em diferentes tipos de células cerebrais. SOX2, por outro lado, é um fator de transcrição essencial para o mantimento da pluripotência e auto-renovação das células-tronco embrionárias. Além disso, SOX3 desempenha papéis importantes no desenvolvimento cerebral pré-natal e também pode ser expresso em alguns tumores cerebrais.

Em resumo, os fatores de transcrição SOXB1 são proteínas que se ligam a DNA e regulam a expressão gênica durante o desenvolvimento embrionário e no mantimento da pluripotência de células-tronco. Sua importância em processos biológicos cruciais é objeto de pesquisas contínuas, especialmente no campo do desenvolvimento cerebral e da oncologia.

Em termos médicos, a fusão celular refere-se ao processo biológico em que duas células se unem e fundem seus respectivos conteúdos citoplasmáticos e núcleos, resultando em uma única célula híbrida com um complemento genético único. Este fenômeno é observado naturalmente em certos estágios do desenvolvimento embrionário de alguns organismos, como durante a formação dos músculos esqueléticos e cardíacos no feto humano. Além disso, a fusão celular também desempenha um papel crucial em processos patológicos, tais como a formação de células gigantes multinucleadas observadas em doenças como a doença granulomatosa crônica e a sarcoidose. Nos campos da biologia celular e genética, a fusão celular é frequentemente induzida experimentalmente para gerar células híbridas com propósitos de pesquisa, como o mapeamento do genoma ou o estudo de interações proteicas.

A epigenética genética refere-se aos mecanismos hereditários que alteram a expressão gênica sem mudar a sequência do DNA subjacente. Ela envolve uma variedade de modificações químicas e interações com o ambiente que regulam a ativação ou desativação dos genes, levando à diferenciação celular e desenvolvimento de organismos. Essas mudanças epigenéticas podem ser influenciadas por fatores ambientais, como dieta, estresse e exposição a toxinas, e podem ser reversíveis ou transitórias ao longo do tempo. A epigenética genética tem implicações importantes na pesquisa de doenças complexas, como câncer e transtornos mentais, uma vez que as alterações epigenéticas desreguladas podem contribuir para a patogênese dessas condições.

Em medicina, um blastocisto é uma massa de células em forma de bola que se desenvolve a partir de um zigoto (a célula formada após a fertilização) durante os primeiros estágios do desenvolvimento embrionário. Normalmente, esse processo ocorre dentro do útero de uma mulher, aproximadamente cinco a seis dias após a fertilização.

O blastocisto é composto por duas camadas principais de células:

1. Células externas (trofoblásticas): Essas células irão formar a placenta e fornecer nutrientes ao embrião em desenvolvimento.
2. Células internas (o blastocisto propriamente dito): Esse grupo de células irá dar origem às estruturas do embrião, como o saco vitelino e o tecido que formará o corpo do futuro feto.

No processo de fertilização in vitro (FIV), os blastocistos geralmente são transferidos para o útero da mulher em um estágio mais avançado do desenvolvimento, em comparação com a transferência de óvulos fertilizados em estágios anteriores, como zigotos ou embriões de 2 a 8 células. A transferência de blastocistos pode aumentar as chances de gravidez e reduzir o risco de múltiplas gestações, pois os embriólogos podem selecionar os blastocistos com melhor potencial de desenvolvimento.

A diferenciação celular é um processo biológico em que as células embrionárias imaturas e pluripotentes se desenvolvem e amadurecem em tipos celulares específicos com funções e estruturas distintas. Durante a diferenciação celular, as células sofrem uma série de mudanças genéticas, epigenéticas e morfológicas que levam à expressão de um conjunto único de genes e proteínas, o que confere às células suas características funcionais e estruturais distintivas.

Esse processo é controlado por uma complexa interação de sinais intracelulares e extracelulares, incluindo fatores de transcrição, modificações epigenéticas e interações com a matriz extracelular. A diferenciação celular desempenha um papel fundamental no desenvolvimento embrionário, na manutenção dos tecidos e órgãos em indivíduos maduros e na regeneração de tecidos danificados ou lesados.

A capacidade das células de se diferenciar em tipos celulares específicos é uma propriedade importante da medicina regenerativa e da terapia celular, pois pode ser utilizada para substituir as células danificadas ou perdidas em doenças e lesões. No entanto, o processo de diferenciação celular ainda é objeto de intenso estudo e pesquisa, uma vez que muitos aspectos desse processo ainda não são completamente compreendidos.

A medicina regenerativa é um ramo da medicina que se concentra no uso de técnicas para estimular o corpo a se curar a si mesmo, restaurando a função normal e a estrutura dos tecidos ou órgãos danificados ou perdidos. Isto geralmente é alcançado através do uso de células-tronco, engenharia de tecidos e terapias de fatores de crescimento. A medicina regenerativa tem o potencial de ser usada para tratar uma variedade de condições, incluindo lesões traumáticas, doenças degenerativas e deficiências congénitas. No entanto, ainda estamos nos estágios iniciais de pesquisa e desenvolvimento nesta área, e há muitos desafios a serem superados antes que as terapias regenerativas possam ser amplamente disponibilizadas para os pacientes.

Os oócitos são células germinativas femininas imaturas que se encontram no ovário e contêm todo o material genético necessário para a formação de um óvulo maduro. Durante o desenvolvimento embrionário, as células germinativas primordiais migram para os rins fetais e, posteriormente, para os ovários em desenvolvimento. As células germinativas primordiais se transformam em oócitos durante a infância e permanecem inactivos até à puberdade.

Existem dois tipos principais de oócitos: os oócitos primários e os oócitos secundários. Os oócitos primários são as células germinativas imaturas que ainda não sofreram a divisão meiótica completa, enquanto que os oócitos secundários já completaram a primeira divisão meiótica e contêm apenas metade do número normal de cromossomas.

Durante cada ciclo menstrual, um oócito secundário é recrutado para começar a segunda divisão meiótica, processo que resulta na formação de um óvulo maduro e um corpúsculo polar. O óvulo maduro é libertado do ovário durante a ovulação e pode ser fecundado por um espermatozoide para formar um zigoto, enquanto que o corpúsculo polar degenera-se e é reabsorvido pelo organismo.

Os oócitos são células extremamente sensíveis e vulneráveis ao estresse oxidativo, radiação ionizante e outros fatores ambientais adversos, o que pode levar à sua degeneração e reduzir a reserva ovárica de uma mulher. A diminuição da reserva ovárica está associada à menopausa precoce e à infertilidade feminina.

O núcleo celular é a estrutura membranosa e esférica localizada no centro da maioria das células eucariontes, que contém a maior parte do material genético da célula. Ele é delimitado por uma membrana nuclear dupla permeável a pequenas moléculas, chamada de envelope nuclear, que controla o tráfego de macromoléculas entre o núcleo e o citoplasma.

Dentro do núcleo, o material genético é organizado em cromossomos, que contêm DNA e proteínas histonas. O DNA contido nos cromossomos é transcrito em RNA mensageiro (mRNA) por enzimas chamadas RNA polimerases. O mRNA é então transportado para o citoplasma, onde é traduzido em proteínas pelos ribossomas.

Além disso, o núcleo celular também contém outros componentes importantes, como os nucleolos, que são responsáveis pela síntese e montagem de ribossomos, e as fibras nucleares, que fornecem suporte estrutural ao núcleo.

Em medicina e biologia, um embrião de mamífero é geralmente definido como a estrutura em desenvolvimento que se forma após a fertilização do óvulo (ou zigoto) e antes do nascimento ou da eclosão do ovo, no caso dos monotremados. Nos primeiros sete a dez dias de desenvolvimento em humanos, por exemplo, o embrião é composto por uma única camada de células chamadas blastômeros, que irão se diferenciar e se organizar para formar as três camadas germinativas básicas: o endoderma, o mesoderma e o ectoderma. Estas camadas darão origem a todos os tecidos e órgãos do organismo em desenvolvimento.

O período de tempo em que um embrião de mamífero é chamado de "embrião" pode variar, mas geralmente vai até o final do primeiro trimestre de gravidez em humanos (aproximadamente às 12 semanas), quando os principais sistemas e órgãos do corpo já estão presentes e funcionais. Após este ponto, o embrião é geralmente referido como um feto.

Em diferentes espécies de mamíferos, as taxas de desenvolvimento e os tempos em que os estágios embrionários ocorrem podem variar consideravelmente. No entanto, o processo geral de diferenciação celular e organização dos tecidos é conservado em todos os mamíferos.

A metilação do DNA é um processo epigenético que ocorre na maioria das espécies, incluindo humanos. Consiste em uma modificação química reversível no DNA, onde um grupo metil (um átomo de carbono ligado a três átomos de hidrogênio) é adicionado ao carbono numa posição específica de um nucleotídeo chamado citosina. Quando ocorre em sequências de DNA ricas em citosinas seguidas por guaninas (chamadas de ilhas CpG), a metilação pode regular a expressão gênica, ou seja, atenuar ou desativar a transcrição dos genes. Essa modificação é catalisada pelo enzima DNA-metiltransferase e tem um papel importante no desenvolvimento embrionário, na inativação do cromossomo X, na supressão de elementos transponíveis e em processos de diferenciação celular. Alterações anormais nessa metilação podem estar associadas a diversas doenças, incluindo câncer.

Fibroblastos são células presentes no tecido conjuntivo, que é o tipo mais abundante de tecido em animais. Eles produzem e mantêm as fibras colágenas e a matriz extracelular, que fornece suporte estrutural aos órgãos e tecidos. Além disso, os fibroblastos desempenham um papel importante na cicatrização de feridas, produzindo substâncias químicas que desencadeiam a resposta inflamatória e estimulando o crescimento de novos vasos sanguíneos. Eles também podem atuar como células imunes, produzindo citocinas e outras moléculas envolvidas na resposta imune. Em condições saudáveis, os fibroblastos são células relativamente inativas, mas eles podem se tornar ativados em resposta a lesões ou doenças e desempenhar um papel importante no processo de cura e reparação tecidual. No entanto, uma ativação excessiva ou prolongada dos fibroblastos pode levar ao crescimento exagerado da matriz extracelular e à formação de tecido cicatricial anormal, o que pode comprometer a função do órgão afetado.

Os extratos celulares referem-se aos componentes ou substâncias que são extraídos das células após um processo de extração laboratorial. Esses extratos contêm uma variedade de moléculas, como proteínas, lípidos, carboidratos e ácidos nucleicos, que podem ser analisados para fins de pesquisa ou diagnóstico médico. A extração celular geralmente é realizada destruindo a membrana celular por meios mecânicos ou químicos, permitindo assim que os componentes intracelulares sejam liberados e separados do material celular residual. O processo específico de extração dependerá do tipo de célula e da molécula alvo de interesse.

A regulação da expressão gênica no desenvolvimento refere-se ao processo pelo qual as células controlam a ativação e desativação dos genes em diferentes estágios do desenvolvimento de um organismo. Isso é fundamental para garantir que os genes sejam expressos na hora certa, no local certo e em níveis adequados, o que é crucial para a diferenciação celular, morfogênese e outros processos do desenvolvimento.

A regulação da expressão gênica pode ser alcançada por meios epigenéticos, como modificações das histonas e metilação do DNA, bem como por meio de fatores de transcrição e outras proteínas reguladoras que se ligam a sequências específicas de DNA perto dos genes. Além disso, a regulação da expressão gênica pode ser influenciada por sinais químicos e físicos do ambiente celular, como hormônios, citocinas e fatores de crescimento.

A perturbação na regulação da expressão gênica pode levar a uma variedade de desordens do desenvolvimento, incluindo defeitos congênitos, doenças genéticas e neoplasias. Portanto, o entendimento dos mecanismos moleculares que controlam a regulação da expressão gênica no desenvolvimento é fundamental para a pesquisa biomédica e a medicina moderna.

Histones são proteínes altamente alcalinas e ricas em arginina e lisina encontradas no núcleo das células eucariontes. Elas servem como componentes principais dos nucleossomos, que são as unidades básicas da estrutura cromossômica nos eucariotos. Histones são responsáveis por compactar o DNA em uma estrutura organizada e facilitar a condensação do DNA durante a divisão celular. Além disso, histones desempenham um papel importante na regulação da expressão gênica ao se ligarem a diferentes modificadores epigenéticos, como metilação e acetilação, que influenciam o nível de transcrição do DNA.

Em termos médicos, células-tronco embrionárias são células pluripotentes encontradas no blastocisto, uma estrutura que se forma durante os primeiros estágios do desenvolvimento embrionário em mamíferos. Essas células possuem a capacidade de se diferenciar em quase todos os tipos celulares do corpo, o que as torna muito valiosas para a pesquisa biomédica e terapêutica.

As células-tronco embrionárias são dotadas de duas características fundamentais: auto-renovação e potencial diferenciação. A auto-renovação permite que as células-tronco se dividam indefinidamente, mantendo sua identidade e capacidades. Já o potencial de diferenciação refere-se à capacidade das células-tronco embrionárias de se tornarem qualquer um dos tipos celulares do corpo humano, exceto tecidos extra-embrionários, como a placenta.

Devido à sua grande plasticidade e capacidade regenerativa, as células-tronco embrionárias têm sido alvo de intenso estudo na busca por tratamentos para doenças degenerativas, lesões traumáticas e outras condições clínicas graves. No entanto, o uso dessas células em terapias ainda é controverso devido a questões éticas relacionadas ao seu potencial de se desenvolverem em um organismo completo, bem como à possibilidade de rejeição imune e formação de tumores.

Desenvolvimento embrionário é um termo usado em medicina e biologia para se referir ao processo de crescimento e desenvolvimento de um embrião a partir da fertilização até o início do período fetal, geralmente durante as primeiras oito semanas de gravidez em humanos. Durante este período, o zigoto (óvulo fertilizado) sofre uma série de divisões celulares e forma um disco embrionário, que se diferencia em três camadas germinativas: ectoderme, mesoderme e endoderme. Estas camadas dão origem a todos os tecidos e órgãos do corpo humano, incluindo o sistema nervoso, muscular, esquelético, circulatório e outros. O desenvolvimento embrionário é um processo complexo e bem regulado, controlado por genes específicos e por interações entre as células e os tecidos em crescimento. Qualquer interrupção ou falha neste processo pode levar a anomalias congênitas ou outras condições de saúde.

Em biologia celular, células híbridas são células obtidas pela fusão de duas ou mais células diferentes. Este processo é geralmente realizado em laboratórios para combinar as características genéticas e funcionais das células parentais, resultando em uma nova linhagem celular com propriedades únicas. A técnica de fusão celular é amplamente utilizada em pesquisas científicas, especialmente no campo da biologia molecular e genética, para estudar a expressão gênica, a regulação dos genes, a interação proteica e outros processos celulares complexos.

Um exemplo clássico de células híbridas é o resultado da fusão entre uma célula somática (comum) e um óvulo desnucleados (citoplasma contendo). O núcleo da célula somática fornece todo o material genético, enquanto o citoplasma do óvulo fornece os organelos necessários para sustentar a vida da célula híbrida recém-formada. Essa técnica é conhecida como clonagem de células somáticas e foi pioneira por Sir John Gurdon e Shinya Yamanaka, ganhadores do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2012.

Outro exemplo importante de células híbridas é a linhagem celular HEK 293 (Human Embryonic Kidney 293), que foi gerada pela fusão de células renais embrionárias humanas com células adenovirus transformadas. A linhagem celular HEK 293 é amplamente utilizada em pesquisas biomédicas, especialmente na produção de vírus para terapia gênica e no estudo da expressão de genes heterólogos (introdução de um gene em uma célula hospedeira).

Em resumo, as células híbridas são células formadas pela fusão de duas ou mais células distintas, geralmente com propósitos de pesquisa e biotecnologia. Essas células podem ser úteis para estudar a interação entre diferentes tipos celulares, produzir proteínas recombinantes, desenvolver terapias avançadas e clonagem de animais transgênicos.

Na medicina e biologia, a cromatina refere-se à estrutura complexa formada pela associação do DNA com proteínas histonas e outros tipos de proteínas não histonas. A cromatina é encontrada no núcleo das células eucarióticas, onde o DNA está presente em um estado compactado e organizado.

A cromatina pode ser classificada em dois estados principais: heterocromatina e eucromatina. A heterocromatina é a região altamente compacta e transcripcionalmente inativa da cromatina, enquanto a eucromatina é a região menos compacta e transcriptionalmente ativa.

A estrutura e a função da cromatina são reguladas por uma variedade de modificações epigenéticas, como metilação do DNA, acetilação e metilação das histonas, e a presença de proteínas específicas que se ligam à cromatina. Essas modificações podem influenciar a transcrição gênica, a recombinação genética, a estabilidade do genoma e o silenciamento dos genes repetitivos.

A análise da estrutura e organização da cromatina pode fornecer informações importantes sobre a função e regulação gênica em células normais e em células tumorais, bem como no processo de envelhecimento e desenvolvimento.

Na medicina e bioquímica, a acetilação é um processo pelo qual um grupo funcional acetilo (-COCH3) é adicionado a um composto. Em particular, isso geralmente se refere à adição de um grupo acetilo a uma proteína ou ácido nucléico por enzimas específicas chamadas acetiltransferases.

A acetilação desempenha um papel importante na regulação da função das proteínas, especialmente nos histonas, que são proteínas que package DNA em nossos cromossomos. A adição de grupos acetilo aos resíduos de lisina nas caudas N-terminais das histonas pode relaxar a estrutura do cromatina e facilitar o acesso do DNA a fatores de transcrição, aumentando assim a expressão gênica. Em contrapartida, a remoção dos grupos acetilo por desacetilases resulta em uma condensação da cromatina e repressão gênica.

A acetilação também pode ocorrer em outras proteínas além das histonas e desempenhar funções regulatórias similares, como a regulação do metabolismo de glicose e lipídios, resposta ao estresse oxidativo e inflamação.

Em resumo, a acetilação é um processo importante na regulação da expressão gênica e outras funções celulares, e desequilíbrios neste processo podem contribuir para o desenvolvimento de doenças, como câncer e diabetes.

Os fatores de transcrição são proteínas que desempenham um papel fundamental na regulação da expressão gênica, ou seja, no processo pelo qual o DNA é transcrito em RNA mensageiro (RNAm), que por sua vez serve como modelo para a síntese de proteínas. Esses fatores se ligam especificamente a sequências de DNA no promotor ou outros elementos regulatórios dos genes, e recrutam enzimas responsáveis pela transcrição do DNA em RNAm. Além disso, os fatores de transcrição podem atuar como ativadores ou repressores da transcrição, dependendo das interações que estabelecem com outras proteínas e cofatores. A regulação dessa etapa é crucial para a coordenação dos processos celulares e o desenvolvimento de organismos.

As células-tronco são células com a capacidade de dividir-se por um longo período de tempo e dar origem a diferentes tipos celulares especializados do corpo. Elas podem ser classificadas em duas categorias principais: células-tronco pluripotentes, que podem se diferenciar em quase todos os tipos de células do corpo, e células-tronco multipotentes, que podem se diferenciar em um número limitado de tipos celulares.

As células-tronco pluripotentes incluem as células-tronco embrionárias, derivadas dos blastocistos não desenvolvidos, e as células-tronco induzidas pluripotentes (iPSCs), que são obtidas a partir de células somáticas adultas, como células da pele ou do sangue, e reprogramadas em um estado pluripotente.

As células-tronco multipotentes incluem as células-tronco mesenquimais, que podem se diferenciar em vários tipos de tecidos conectivos, como osso, cartilagem e gordura; e as células-tronco hematopoéticas, que podem dar origem a todos os tipos de células do sangue.

As células-tronco têm grande potencial na medicina regenerativa, uma área da medicina que visa desenvolver terapias para substituir tecidos e órgãos danificados ou perdidos devido a doenças, lesões ou envelhecimento. No entanto, o uso de células-tronco em terapêutica ainda é um campo em desenvolvimento e requer mais pesquisas para garantir sua segurança e eficácia clínicas.

As células cultivadas, em termos médicos, referem-se a células que são obtidas a partir de um tecido ou órgão e cultiva-se em laboratório para se multiplicarem e formarem uma população homogênea de células. Esse processo permite que os cientistas estudem as características e funções das células de forma controlada e sistemática, além de fornecer um meio para a produção em massa de células para fins terapêuticos ou de pesquisa.

A cultivação de células pode ser realizada por meio de técnicas que envolvem a adesão das células a uma superfície sólida, como couros de teflon ou vidro, ou por meio da flutuação livre em suspensiones líquidas. O meio de cultura, que consiste em nutrientes e fatores de crescimento específicos, é usado para sustentar o crescimento e a sobrevivência das células cultivadas.

As células cultivadas têm uma ampla gama de aplicações na medicina e na pesquisa biomédica, incluindo o estudo da patogênese de doenças, o desenvolvimento de terapias celulares e genéticas, a toxicologia e a farmacologia. Além disso, as células cultivadas também são usadas em testes de rotina para a detecção de microrganismos patogênicos e para a análise de drogas e produtos químicos.

Bovinos são animais da família Bovidae, ordem Artiodactyla. O termo geralmente se refere a vacas, touros, bois e bisontes. Eles são caracterizados por terem um corpo grande e robusto, com chifres ou cornos em seus crânios e ungulados divididos em dois dedos (hipsodontes). Além disso, os bovinos machos geralmente têm barbas.

Existem muitas espécies diferentes de bovinos, incluindo zebu, gado doméstico, búfalos-africanos e búfalos-asiáticos. Muitas dessas espécies são criadas para a produção de carne, leite, couro e trabalho.

É importante notar que os bovinos são herbívoros, com uma dieta baseada em gramíneas e outras plantas fibrosas. Eles têm um sistema digestivo especializado, chamado de ruminação, que lhes permite digerir alimentos difíceis de se decompor.

Transdifferenciação celular é um processo complexo e relativamente raro na biologia em que uma célula adulta totalmente diferenciada se transforma em outro tipo de célula totalmente diferente, alterando assim sua função e identidade original. Este processo envolve mudanças drásticas no padrão de expressão gênica da célula, levando à reorganização dos cromossomos e remodelação da arquitetura nuclear. A transdiferenciação é distinta da diferenciação celular regular, na qual as células imaturas se desenvolvem em tipos celulares mais especializados ao longo do desenvolvimento embrionário ou pós-natal. Embora a transdiferenciação ocorra naturalmente em certos contextos fisiológicos, como na renovação de tecidos e no desenvolvimento, também pode ser induzida experimentalmente por meio de manipulações genéticas ou fatores de crescimento específicos. A transdiferenciação tem implicações importantes em regeneração de tecidos, terapia celular e doenças humanas, como o câncer.

Os Fatores de Transcrição Kruppel-Like (KLFs, do inglês Krüppel-like factors) são uma família de fatores de transcrição que desempenham um papel crucial na regulação da expressão gênica em diversos processos biológicos, como proliferação celular, diferenciação e apoptose. Eles recebem o seu nome em homenagem ao gene Krüppel encontrado em Drosophila melanogaster, que significa "coxo" ou "torcido" em alemão, devido à fenótipo paralítico e defeituoso dos membros que apresentam mutações neste gene.

Os KLFs são caracterizados por possuírem um domínio de ligação à DNA conhecido como zinc finger (dedos de zinco) C2H2, o qual lhes permite se ligar a sequências específicas de DNA e regular a transcrição de genes alvo. Além disso, muitos KLFs também apresentam um domínio de transactivação ou de repressão que modula a atividade do complexo RNA polimerase II, influenciando assim a taxa de transcrição dos genes.

A família KLF é composta por 17 membros em humanos (KLF1 a KLF17), cada um com funções e padrões de expressão específicos. Por exemplo, o KLF2 está envolvido na regulação da angiogênese e resposta inflamatória, enquanto o KLF4 desempenha um papel importante na diferenciação celular e manutenção da homeostase tecidual.

Em resumo, os Fatores de Transcrição Kruppel-Like são uma família de proteínas reguladoras que controlam a expressão gênica em diversos processos biológicos, através da ligação a sequências específicas de DNA e modulação da atividade do complexo RNA polimerase II.

Em medicina e biologia celular, uma "linhagem de células" refere-se a uma série ou sequência de células que descendem de uma célula original ancestral por meio do processo de divisão celular. A linhagem das células descreve a história genealógica de uma célula e seus descendentes, revelando as sucessivas gerações de células que derivam umas das outras por mitose.

Em alguns contextos, o termo "linhagem celular" pode referir-se especificamente a linhagens de células cultivadas em laboratório, onde as células são extraídas de tecidos vivos e cultivadas em meios de cultura adequados para permitir que se dividam e se multipliquem fora do corpo. Essas linhagens celulares cultivadas podem ser úteis em uma variedade de aplicações de pesquisa, incluindo o estudo da biologia celular, o desenvolvimento de terapias e medicamentos, e a investigação de doenças.

Em resumo, uma linhagem de células é um rasto genealógico de células que descendem de uma célula original ancestral, seja em um organismo vivo ou em cultura laboratorial.

Lentivírus é um tipo de vírus pertencente à família Retroviridae, subfamília Orthoretrovirinae. Eles são vírus com RNA de fita simples e causam infecções lentas e progressivas em seus hospedeiros. O gênero Lentivirus inclui o HIV (vírus da imunodeficiência humana) que causa AIDS em humanos, além de outros vírus que infectam animais como o SVSV (vírus lentivídeo simiano do tipo T) e o VISNA (vírus lentivídeo ovino). Esses vírus têm a capacidade de infectar células não divididas, incluindo neurônios, e podem integrar seu material genético no DNA dos hospedeiros, o que pode resultar em alterações genéticas permanentes. A infecção por lentivírus geralmente leva a doenças crônicas e progressivas devido à sua capacidade de infectar células de longa vida e causar danos ao sistema imunológico.

A reprogramação celular é uma técnica atual quando comparada à transferência nuclear de células somáticas, considerando seu ... Transferência nuclear de células somáticas (TNCS) é, nas áreas da genética e da biologia do desenvolvimento, uma técnica ... Isso levou à comprovação experimental de que a reprogramação celular era viável e, além disso, de que núcleos de células ... A partir dos princípios da TNCS, foi desenvolvida a técnica de reprogramação celular. Diferentemente de outras técnicas de ...
A reprogramação dessas células também pode ser feita artificialmente por meio da adição de marcadores mesenquimais como nestina ... Ver também: Transferência nuclear de células somáticas A desdiferenciação de células de mamíferos pode ser feita ... Experimentos a partir de camundongos demonstraram que a supressão do fator de transcrição FoxO1 poderia levar a reprogramação ... são suficientes para que ocorra a reprogramação. Poucas células do meio se tornam de fato reprogramadas. O c-Myc pode ser ...
Ele supervisiona o funcionamento do navio e as operações de captura de três submarinos nucleares, um russo, um britânico e um ... o que faz Bond tentar a reprogramação dos alvos, fazendo os submarinos destruírem a si mesmos. Jaws Sandor Angelo Palazzi «The ... Selado no centro, ele coordena os disparos dos submarinos nucleares que deverão destruir Nova Iorque e Moscou com o lançamento ... de um míssil nuclear. Durante a luta que se segue, ele morre durante a explosão do centro, não sem antes dizer ao espião que é ...
... organização nuclear e a interação entre os sistemas imunológico e nervoso. Sistema imunológico Imunologia Fisiologia Neurologia ... através da reprogramação epigenética de células-tronco neurais regionais endógenas". Compreender medicina epigenética é ... estudos sugerem que eventuais alvos de regulador seminal podem ser identificados permitindo com alterações na reprogramação ...
Reconhecido por pesquisas pioneiras em transplante nuclear e clonagem. Foi laureado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina de ... de sinalização intercelular envolvidos na diferenciação celular e na elucidação dos mecanismos envolvidos na reprogramação do ... pois alteraram a noção de desenvolvimento e as ferramentas e técnicas que ele desenvolveu para a transplante nuclear ainda são ... Characterization of somatic cell nuclear reprogramming by oocytes in which a linker histone is required for pluripotency gene ...
Moléculas de pequeno ARN nuclear podem também mediar a resistância hereditária a infeções. . Handel e Romagopalan sugerem que " ... eles são corrigidos por eventos de reprogramação nas gerações." Também em 2015, Adam Weiss argumentou que trazer de volta ...
Apesar de seu plano ter falhado, Natasha foi capaz de impedir Stalyenko de vender as armas nucleares da Guerra Fria que ele ... Oktober acabou sendo na verdade uma velha reprogramação da KGB que estava dormente em sua mente. Juntos, eles capturaram o ...
doi:10.1186/s40246-015-0041-3. Consultado em 4 de abril de 2019 Gurdon, J.B. (2006). «From Nuclear Transfer to Nuclear ... em um processo chamado de reprogramação epigenética. A exceção é que, para alguns genes, marcas epigenéticas são mantidas, e ... RNAs nucleares pequenos como pequenos RNAs interferentes (siRNA) e RNAs que interagem com PIWI, participam de processos ... nucleares como formação da heterocromatina, estabilidade genômica, regulação de genes do desenvolvimento e regulamento dos ...
Consultado em 8 de maio de 2021 Barbieri, R.; Giudice, G.F. (1988). «Upper bounds on supersymmetric particle masses». Nuclear ... é usada para construção de sistemas de diagnóstico de câncer diferenciando células saudáveis e doentes reprogramação de ...

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