Receptor IGF Tipo 1
Receptor IGF Tipo 2
Fator de Crescimento Insulin-Like I
Fator de Crescimento Insulin-Like II
Somatomedinas
Impressão Genômica
Proteínas de Ligação a Fator de Crescimento Semelhante a Insulina
O Receptor do Fator de Crescimento Insulínico Tipo 1 (IGF-1R) é um tipo de receptor transmembranar que se liga e transmite sinais mediados pelo fator de crescimento insulínico-1 (IGF-1) e, em menor extensão, pelo ligante relacionado ao IGF-1, o fator de crescimento similar à insulina (IGF-2).
Este receptor é composto por duas subunidades alfa e duas subunidades beta. As subunidades alfa são responsáveis pelo reconhecimento e ligação aos ligantes IGF-1 e IGF-2, enquanto as subunidades beta contêm os domínios catalíticos tirosina quinase que desempenham um papel fundamental na transdução de sinal intracelular.
A ativação do receptor IGF-1R desencadeia uma série complexa de eventos que envolvem a fosforilação e ativação de vários substratos, incluindo as proteínas insulina receptor substrato (IRS) 1 e 2. Esses substratos, por sua vez, ativam diversas vias de sinalização celular que desempenham um papel crucial no crescimento, diferenciação, sobrevivência e metabolismo das células.
Mutações no gene do receptor IGF-1R ou alterações na sua expressão e ativação têm sido associadas a diversas condições clínicas, como o câncer, diabetes e síndromes de resistência à insulina.
O Receptor do Fator de Crescimento Insulínico Tipo 2 (IGF-2R, do inglês Insulin-like Growth Factor 2 Receptor) é uma proteína que, em humanos, é codificada pelo gene IGF2R. Ele é um receptor de membrana que se liga especificamente ao fator de crescimento insulínico 2 (IGF-2), mas não ao insulina ou IGF-1.
A função principal do IGF-2R é regular a concentração de IGF-2 no sangue, promovendo sua degradação intracelular após a endocitose. Além disso, o IGF-2R desempenha um papel importante na regulação do crescimento celular, diferenciação e desenvolvimento embrionário, especialmente no rastreamento e internalização de ligandos moleculares que levam a sua degradação.
Mutações no gene IGF2R estão associadas a várias condições genéticas, incluindo o síndrome de Simpson-Golabi-Behmel, um distúrbio do desenvolvimento caracterizado por anomalias esqueléticas, faciais e genitourinárias.
O Fator de Crescimento Insulin-Like 1 (IGF-1, do inglês Insulin-like Growth Factor 1) é um hormônio peptídico que desempenha um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento dos organismos. Ele é semelhante em estrutura e função ao hormônio insulina e, portanto, é chamado de fator de crescimento insulin-like. O IGF-1 é produzido principalmente no fígado em resposta à estimulação do hormônio somatotropo (GH ou hormônio do crescimento) secretado pela glândula pituitária anterior.
A função principal do IGF-1 é promover o crescimento e a proliferação celular, além de desempenhar um papel na diferenciação e sobrevivência celular. Ele se liga aos receptores de IGF-1 nas membranas celulares, ativando diversas vias de sinalização que levam às respostas citológicas. O IGF-1 também tem um efeito anabólico, aumentando a síntese de proteínas e promovendo o crescimento dos tecidos, especialmente no crescimento ósseo e muscular.
Além disso, o IGF-1 desempenha um papel na regulação do metabolismo, particularmente no metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas. Ele age para reduzir a glicemia ao estimular a captura de glicose pelos tecidos periféricos e inibir a gluconeogênese no fígado. O IGF-1 também pode influenciar a função cognitiva, a neuroproteção e o envelhecimento.
Desequilíbrios no nível de IGF-1 podem contribuir para diversas condições clínicas, como deficiência do crescimento em crianças, aceleração do crescimento em puberdade precoce e síndromes genéticas relacionadas ao crescimento. Além disso, níveis elevados de IGF-1 têm sido associados a um maior risco de desenvolver câncer, especialmente no trato gastrointestinal e próstata, devido à sua capacidade de promover a proliferação celular e inibir a apoptose.
O Fator de Crescimento Insulin-Like II (IGF-II) é uma pequena proteína que tem estreita semelhança em sua sequência de aminoácidos com a insulina e o fator de crescimento insulin-like I (IGF-I). O IGF-II é produzido principalmente no fígado, sob a regulação do fator de crescimento similar a insulina 3 (INSULIN-LIKE GROWTH FACTOR BINDING PROTEIN 3 - IGFBP3), um importante transportador e regulador dos fatores de crescimento insulin-like no sangue.
O IGF-II desempenha um papel crucial na regulação do crescimento e desenvolvimento pré e pós-natal, além de participar em diversos processos fisiológicos, como a diferenciação celular, proliferação e apoptose. Além disso, o IGF-II também tem atividade mitogênica e é capaz de estimular a síntese de proteínas e DNA em células em cultura.
Em condições patológicas, como certos tipos de câncer, o IGF-II pode ser sobreproduzido, contribuindo para o crescimento e progressão da doença. Dessa forma, o IGF-II tem sido alvo de estudos como um possível biomarcador e/ou alvo terapêutico em diversas neoplasias malignas.
Somatomedinas são um tipo de fator de crescimento semelhante à insulina (IGF, do inglês: Insulin-like Growth Factors) que desempenham um papel importante no crescimento e desenvolvimento dos tecidos corporais. Eles são sintetizados principalmente no fígado em resposta à estimulação do hormônio de crescimento (GH, do inglês: Growth Hormone) produzido pela glândula pituitária.
Existem dois principais tipos de somatomedinas em humanos, chamados IGF-1 e IGF-2. Essas moléculas se ligam a receptores específicos em células alvo, desencadeando uma série de respostas celulares que incluem mitose (divisão celular), diferenciação celular e síntese de proteínas.
Além do seu papel no crescimento e desenvolvimento, as somatomedinas também estão envolvidas em outras funções fisiológicas importantes, como o metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas, a manutenção da massa muscular e óssea, e a regulação da pressão arterial e da função cardiovascular.
Desequilíbrios nos níveis de somatomedinas podem estar associados a várias condições clínicas, como o gigantismo e o acromegalia (condições em que há excesso de produção de GH e IGF-1), bem como o déficit de crescimento em crianças e deficiência em adultos.
"Genomic Imprinting" é um fenômeno epigenético na biologia em que um gene herdado de um dos pais é silenciado, enquanto o gene correspondente herdado do outro pai é ativo. Isso resulta em expressão gênica diferencial dependendo do sexo do progenitor. A impressão genômica é um mecanismo importante na regulação da expressão gênica e desempenha um papel crucial no desenvolvimento embrionário, crescimento e função dos tecidos. Alterações na impressão genômica podem levar a vários distúrbios genéticos e do desenvolvimento.
As proteínas de ligação a fator de crescimento semelhante à insulina (IGFBPs, do inglês Insulin-like Growth Factor Binding Proteins) são uma família de proteínas que se ligam e regulam a atividade dos fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs) no organismo. Existem diferentes tipos de IGFBPs, sendo os mais estudados os IGFBP-1 a IGFBP-6.
Essas proteínas desempenham um papel importante na regulação da homeostase dos IGFs, influenciando sua disponibilidade, meia-vida e atividade biológica. Além disso, as IGFBPs também podem exercer funções independentes das IGFs, como modular a proliferação celular, apoptose, angiogênese e diferenciação celular.
A regulação da atividade dos IGFs pelas IGFBPs é complexa e dinâmica, podendo ser afetada por diversos fatores, como a localização celular, a presença de outras proteínas e a concentração hormonal. Dessa forma, as alterações no equilíbrio das IGFBPs podem estar associadas a diversas condições patológicas, como câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e transtornos do desenvolvimento.
A Proteína 3 de Ligação a Fator de Crescimento Semelhante à Insulina, frequentemente abreviada como IGFBP-3 (do inglês Insulin-like Growth Factor Binding Protein 3), é uma proteína que se liga e regula a atividade dos fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs) no corpo. Os IGFs desempenham um papel importante na regulação do crescimento celular, diferenciação e sobrevivência. A IGFBP-3 é a proteína de ligação a IGF mais abundante no sangue e tem um papel crucial na modulação da atividade dos fatores de crescimento semelhantes à insulina.
A IGFBP-3 pode both potenciar e inibir os efeitos dos IGFs, dependendo das condições específicas. Em geral, a ligação dos IGFs à IGFBP-3 serve para prolongar sua meia-vida no sangue, mantê-los em circulação e controlar seu acesso às células alvo. Além disso, a IGFBP-3 pode também interagir com outros receptores celulares e influenciar outras vias de sinalização, o que contribui para sua complexa função regulatória no organismo.
A variação dos níveis de IGFBP-3 no sangue pode estar associada a diversas condições clínicas, como câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e desordens ósseas, entre outras. Assim, o estudo da Proteína 3 de Ligação a Fator de Crescimento Semelhante à Insulina é relevante para a compreensão dos mecanismos moleculares subjacentes a essas patologias e pode contribuir para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas.