Substâncias usadas por suas ações farmacológicas em qualquer aspecto dos sistemas de neurotransmissores. O grupo de agentes neurotransmissores inclui agonistas, antagonistas, inibidores da degradação, inibidores da recaptação, substâncias que esgotam (depleters) estoques [ou reservas de outras substâncias], precursores, e moduladores da função dos receptores.
Proteínas transportadoras de membrana encontradas principalmente nos NEURÔNIOS e nas células neuroendócrinas que facilitam o transporte de neurotransmissores. Entre elas estão duas famílias distintas de proteínas, as que transportam os neurotransmissores através da MEMBRANA PLASMÁTICA e as que transportam os neurotransmissores para as VESÍCULAS SECRETÓRIAS.
Família de proteínas transportadoras de neurotransmissores que facilitam a recaptação do neurotransmissor nas TERMINAÇÕES PRÉ-SINÁPTICAS. Podem desempenhar um papel na regulação da intensidade e duração da neurotransmissão.
Receptores de superfície celular que se ligam às moléculas de sinalização liberadas por neurônios e que convertem esses sinais em mudanças intracelulares influenciando o comportamento das células. O termo neurotransmissor é utilizado aqui no seu sentido mais amplo, incluindo não apenas mensageiros que atuam na regulação de canais iônicos, mas também aqueles que atuam em sistemas de segundos mensageiros e aqueles que podem atuar à distância a partir do seu sítio de liberação. Estão incluídos os receptores para neuromoduladores, neurorreguladores, neuromediadores e neuro-humorais, localizados ou não nas sinapses.
Compartimentos, limitados por membranas, contendo moléculas transmissoras. As vesículas sinápticas estão concentradas nos terminais pré-sinápticos. Estas estruturas ativamente retiram do citoplasma as moléculas transmissoras. Em algumas sinapses, a liberação dos transmissores ocorre pela fusão destas vesículas com a membrana pré-sináptica, seguindo-se então a exocitose de seu conteúdo.
Comunicação de um NEURÔNIO com um alvo (músculo, neurônio ou célula secretora) através de uma SINAPSE. Na transmissão sináptica química, o neurônio pré-sináptico libera um NEUROTRANSMISSOR que se difunde através da fenda sináptica e se liga a receptores sinápticos específicos, ativando-os. Os receptores ativados modulam canais iônicos específicos e/ou sistemas de segundos mensageiros, influenciando a célula pós-sináptica. Na transmissão sináptica elétrica, os sinais elétricos estão comunicados como um fluxo de corrente iônico através de SINAPSES ELÉTRICAS.
Aminoácido não essencial de ocorrência natural que se encontra sob a forma L. O ácido glutâmico é o neurotransmissor excitatório mais comum do SISTEMA NERVOSO CENTRAL.
O neurotransmissor inibitório mais comum no sistema nervoso central.
Unidades celulares básicas do tecido nervoso. Cada neurônio é formado por corpo, axônio e dendritos. Sua função é receber, conduzir e transmitir impulsos no SISTEMA NERVOSO.
Terminações distais dos axônios que são especializados na liberação de neurotransmissores. Também estão incluídas as varicosidades ao longo do curso de um axônio que apresentam especializações similares e que também liberam transmissores. Terminais pré-sinápticos tanto do sistema nervoso central como periférico estão incluídos nesta definição.
Junções especializadas, nas quais um neurônio se comunica com uma célula alvo. Nas sinapses clássicas, a terminação pré-sináptica de um neurônio libera um transmissor químico armazenado em vesículas sinápticas que se difunde através de uma fenda sináptica estreita, ativando receptores na membrana pós-sináptica da célula alvo. O alvo pode ser um dendrito, corpo celular ou axônio de outro neurônio, ou ainda uma região especializada de um músculo ou célula secretora. Os neurônios também podem se comunicar através de acoplamento elétrico direto com SINAPSES ELÉTRICAS. Vários outros processos não sinápticos de transmissão de sinal elétrico ou químico ocorrem via interações mediadas extracelulares.
Mensageiro bioquímico e regulador, sintetizado a partir do aminoácido essencial L-TRIPTOFANO. Em humanos é geralmente encontrada no sistema nervoso central, no trato gastrointestinal e nas plaquetas sanguíneas. A serotonina está envolvida em importantes funções fisiológicas, incluindo neurotransmissão, motilidade gastrointestinal, homeostase e integridade cardiovascular. Múltiplas famílias de receptores (RECEPTORES DE SEROTONINA) explicam o amplo espectro de ações fisiológicas e distribuição deste mediador bioquímico.
Uma das catecolaminas NEUROTRANSMISSORAS do encéfalo. É derivada da TIROSINA e precursora da NOREPINEFRINA e da EPINEFRINA. A dopamina é a principal transmissora no sistema extrapiramidal do encéfalo e importante na regulação dos movimentos. Sua ação é mediada por uma família de receptores (RECEPTORES DOPAMINÉRGICOS).
Proteínas do tecido nervoso referem-se a um conjunto diversificado de proteínas especializadas presentes no sistema nervoso central e periférico, desempenhando funções vitais em processos neurobiológicos como transmissão sináptica, plasticidade sináptica, crescimento axonal, manutenção da estrutura celular e sinalização intracelular.
Família de proteínas associadas às vesículas sinápticas envolvidas na regulação de curto prazo da liberação de NEUROTRANSMISSORES. A sinapsina I, o membro predominante desta família, liga as VESÍCULAS SINÁPTICAS a FILAMENTOS DE ACTINA no terminal nervoso pré-sináptico. Essas interações são moduladas pela FOSFORILAÇÃO reversível da sinapsina I através de várias vias de transdução de sinal. A proteína também é um substrato para PROTEÍNAS QUINASES DEPENDENTES DE C-AMP e para PROTEÍNAS QUINASES DEPENDENTES DE CÁLCIO-CALMODULINA. Acredita-se que essas propriedades funcionais também sejam compartilhadas pela sinapsina II.
Liberação celular de material dentro de vesículas limitadas por membranas, por fusão das vesículas com a MEMBRANA CELULAR.
A parte do SISTEMA NERVOSO CENTRAL contida no CRÂNIO. O encéfalo embrionário surge do TUBO NEURAL, sendo composto de três partes principais, incluindo o PROSENCÉFALO (cérebro anterior), o MESENCÉFALO (cérebro médio) e o ROMBENCÉFALO (cérebro posterior). O encéfalo desenvolvido consiste em CÉREBRO, CEREBELO e outras estruturas do TRONCO ENCEFÁLICO (MeSH). Conjunto de órgãos do sistema nervoso central que compreende o cérebro, o cerebelo, a protuberância anular (ou ponte de Varólio) e a medula oblonga, estando todos contidos na caixa craniana e protegidos pela meninges e pelo líquido cefalorraquidiano. É a maior massa de tecido nervoso do organismo e contém bilhões de células nervosas. Seu peso médio, em um adulto, é da ordem de 1.360 g, nos homens e 1.250 g nas mulheres. Embriologicamente, corresponde ao conjunto de prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Seu crescimento é rápido entre o quinto ano de vida e os vinte anos. Na velhice diminui de peso. Inglês: encephalon, brain. (Rey, L. 1999. Dicionário de Termos Técnicos de Medicina e Saúde, 2a. ed. Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro)
Família de proteínas transportadoras de neurotransmissores da membrana plasmática que regula níveis extracelulares do neurotransmissor inibidor ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO. Diferem dos RECEPTORES DE GABA, que sinalizam as respostas celulares ao ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO. Controlam a recaptação do GABA nas TERMINAÇÕES PRÉ-SINÁPTICAS do SISTEMA NERVOSO CENTRAL por meio de um transporte de alta afinidade dependente de sódio.
Proteína transportadora vesicular expressada principalmente nos NEURÔNIOS. A sinaptotagmina ajuda regular a EXOCITOSE das VESÍCULAS SINÁPTICAS e parece atuar como um sensor de cálcio para desencadear a liberação do NEUROTRANSMISSOR. Atua também como receptor de algumas TOXINAS BOTULÍNICAS na célula nervosa.
A sinapse entre um neurônio e um músculo.
Elemento fundamental encontrado em todos os tecidos organizados. É um membro da família dos metais alcalinoterrosos cujo símbolo atômico é Ca, número atômico 20 e peso atômico 40. O cálcio é o mineral mais abundante no corpo e se combina com o fósforo para formar os fosfatos de cálcio presentes nos ossos e dentes. É essencial para o funcionamento normal dos nervos e músculos além de desempenhar um papel importante na coagulação do sangue (como o fator IV) e em muitos processos enzimáticos.
Proteína SNARE alvo ubíquo que interage com a SINTAXINA e SINAPTOBREVINA. É um componente core do mecanismo da FUSÃO DE MEMBRANA intracelular. A sequência contém 2 domínios SNARE, um é o protótipo para Qb-SNARES, e o outro é o protótipo para Qc-SNARES.
Neurotransmissor encontrado nas junções neuromusculares, nos gânglios autonômicos, nas junções efetoras parassimpáticas, em algumas junções efetoras simpáticas e em muitas regiões no sistema nervoso central.
Terminações nervosas isoladas com o conteúdo das vesículas e citoplasma, juntamente com a área subsináptica anexa da membrana da célula pós-sináptica. São estruturas artificiais amplamente produzidas por fracionamento após centrifugação seletiva de homogenatos de tecido nervoso.
Família de proteínas de transporte vesicular caracterizadas por uma região transmembranal N-terminal e dois domínios C-terminais de ligação com cálcio.
Uso de correntes ou potenciais elétricos para obter respostas biológicas.
Enzima que catalisa a formação de acetilcolina a partir de acetil-CoA e colina. EC 2.3.1.6.
Elevação curva da SUBSTÂNCIA CINZENTA, que se estende ao longo de todo o assoalho no LOBO TEMPORAL do VENTRÍCULOS LATERAIS (ver também LOBO TEMPORAL). O hipocampo, subículo e GIRO DENTEADO constituem a formação hipocampal. Algumas vezes, os autores incluem o CÓRTEX ENTORRINAL na formação hipocampal.
Precursor da epinefrina, secretado pela medula da adrenal. É um neurotransmissor muito difundido no sistema nervoso central e autonômico. A norepinefrina é o principal transmissor da maioria das fibras simpáticas pós-ganglionares e do sistema de projeção cerebral difusa originária do locus ceruleous. É também encontrada nas plantas e é utilizada farmacologicamente como um simpatomimético.
Linhagem de ratos albinos amplamente utilizada para propósitos experimentais por sua tranquilidade e facilidade de manipulação. Foi desenvolvida pela Companhia de Animais Sprague-Dawley.
Despolarização dos potenciais de membrana nas MEMBRANAS SINÁPTICAS de neurônios alvo durante a neurotransmissão. Os potenciais pós-sinápticos excitatórios podem individualmente ou em conjunto atingir o limiar de excitabilidade para desencadear os POTENCIAIS DE AÇÃO.
Técnica eletrofisiológica para estudo de células, membranas celulares e, ocasionalmente, organelas isoladas. Todos os métodos de patch-clamp contam com um selo de altíssima resistência entre uma micropipeta e uma membrana. O selo geralmente é atado por uma suave sucção. As quatro variantes mais comuns incluem patch na célula, patch de dentro para fora, patch de fora para fora e clamp na célula inteira. Os métodos de patch-clamp são comumente usados em voltage-clamp, que é o controle da voltagem através da membrana e medida do fluxo de corrente, mas métodos de corrente-clamp, em que a corrente é controlada e a voltagem é medida, também são utilizados.
Proteínas de superfície celular que se ligam ao ÁCIDO GAMMA-AMINOBUTÍRICO com alta afinidade e desencadeiam alterações que influenciam o comportamento das células. Os receptores de GABA-A controlam canais de cloro formados pelo próprio complexo receptor. Eles são bloqueados pela bicuculina e geralmente possuem sítios modulatórios sensíveis para benzodiazepínicos e barbituratos. Os receptores de GABA-B atuam através de proteínas-G em vários sistemas efetores, são insensíveis a bicuculina e possuem uma alta afinidade para o L-baclofeno.
Proteínas de superfície celular que se ligam ao glutamato e desencadeiam alterações que influenciam o comportamento das células. Os receptores de glutamato incluem os receptores ionotrópicos (receptores AMPA, Kainato e N-metil-D-aspartato), que controlam diretamente os canais iônicos, e os receptores metabotrópicos que atuam através do sistema de segundos mensageiros. Os receptores de glutamato são os mediadores mais comuns da transmissão sináptica excitatória rápida do sistema nervoso central. Eles também têm sido envolvidos nos mecanismos de memória e de várias doenças.
Drogas que inibem o transporte de neurotransmissores para o interior das extremidades do axônio ou para dentro das vesículas de armazenamento existentes nessas extremidades. Para muitos transmissores a captação determina o curso da ação do transmissor de modo que, inibida a captação, prolonga-se a atividade do transmissor. O bloqueio da captação também pode esgotar os estoques disponíveis do transmissor. Muitas drogas clinicamente importantes são inibidoras de captação, mas as reações indiretas do cérebro são frequentemente mais responsáveis pelos efeitos terapêuticos do que o bloqueio agudo da captação em si.
Superfamília de pequenas proteínas que estão envolvidas nos eventos de FUSÃO DE MEMBRANA, tráfego de proteínas intracelulares e processos secretórios. Elas compartilham um motivo SNARE homólogo. As proteínas SNARE são divididas em subfamílias: QA-SNARES, QB-SNARES, QC-SNARES e R-SNARES. A formação de um complexo SNARE (composto por cada um dos quatro tipos diferentes de domínio SNARE (Qa, Qb, Qc, e R)) medeia a FUSÃO DE MEMBRANA. Após a fusão da membrana, os complexos SNARE são dissociados pelos NSFs (Fatores sensíveis a N-ETILMALEIMIDA) em conjunção com a PROTEÍNAS DE LIGAÇÃO A FATOR SOLÚVEL SENSÍVEL A N-ETILMALEIMIDA, isto é, SNAPs (sem relação com o SNAP 25.)
Família de proteínas vesiculares de transporte de neurotransmissor que foram inicialmente caracterizadas como co-transportadores de fosfato inorgânico dependente de sódio. As proteínas vesiculares de transporte de glutamato sequestram o neurotransmissor excitatório glutamato do CITOPLASMA para as VESÍCULAS SECRETÓRIAS em troca dos PRÓTONS do lúmen.
Estudo do comportamento e da geração de cargas elétricas nos organismos vivos, particularmente no sistema nervoso, e dos efeitos da eletricidade nos organismos vivos.
Aminoácido não essencial. É principalmente encontrado na gelatina e na fibroína da seda e utilizado terapeuticamente como nutriente. É também um neurotransmissor inibitório rápido.
CANAIS DE CÁLCIO que estão concentrados no tecido nervoso. As toxinas ômega inibem as ações desses canais por alterar sua dependência à voltagem.
Família de proteínas transportadoras neurotransmissoras que são proteínas integrais de membrana da bicamada lipídica das VESÍCULAS SECRETÓRIAS. São ANTIPORTADORES que trocam os PRÓTONS vesiculares pelo neurotransmissor citoplasmático e desempenham um papel essencial na regulação da neurotransmissão.
Peptídeos liberados por NEURÔNIOS como mensageiros intracelulares. Muitos neuropeptídeos também são hormônios liberados por células não neuronais.
Venenos de artrópodes da ordem Araneida dos ARACNÍDEOS. Os venenos geralmente contêm várias frações proteicas, inclusive ENZIMAS hemolíticas e neurolíticas, além de outras TOXINAS BIOLÓGICAS.
Proteínas SNARE, nas quais o resíduo do aminoácido central do motivo SNARE é uma ARGININA. São classificadas separadamente das PROTEÍNAS Q-SNARE, nas quais o resíduo do aminoácido central do motivo SNARE é uma GLUTAMINA. Esta subfamília contém a vesícula associada com as proteínas de membrana (VAMPs) baseadas na similaridade ao protótipo para as R-SNAREs, VAMP2 (sinaptobrevina 2).
Proteína neuronal da membrana celular que se combina com snap-25 e sinaptobrevina 2 formando um complexo SNARE que leva a EXOCITOSE.
Transporte de proteínas vesicular que foi originalmente caracterizado como uma proteína de ligação do inositol polifosfato. A sinaptotagmina II ajuda a regular a EXOCITOSE das VESÍCULAS SINÁPTICAS e parece atuar como um sensor de cálcio para desencadear a liberação do NEUROTRANSMISSOR. Atua também como receptor de algumas TOXINAS BOTULÍNICAS na célula nervosa.
Alterações nas quantidades de vários compostos químicos (neurotransmissores, receptores, enzimas e outros metabólitos) específicos da área do sistema nervoso central contido dentro da cabeça. São monitoradas ao longo do tempo, durante a estimulação sensorial, ou em diferentes estágios de doenças.
Glicoproteínas de membrana celular dependentes de voltagem seletivamente permeáveis aos íons cálcio. São categorizados como tipos L-, T-, N-, P-, Q- e R-, baseados na cinética de ativação e inativação, especificidade ao íon, e sensibilidade à drogas e toxinas. Os tipo L- e T- encontram-se presentes em todo os sistemas cardiovascular e nervoso central e os tipos N-, P-, Q- e R- localizam-se no tecido neuronal.
Subconjunto de RECEPTORES DE GABA que sinalizam por meio de sua interação com PROTEÍNAS G HETEROTRIMÉRICAS.
Família de simportadores de neurotransmissores dependente de cloreto de sódio, que transportam o aminoácido GLICINA. Diferem dos RECEPTORES DA GLICINA, que sinalizam as respostas celulares à GLICINA. Estão localizadas principalmente na MEMBRANA PLASMÁTICA de NEURÔNIOS, CÉLULAS GLIAIS, CÉLULAS EPITELIAIS e HEMÁCIAS, nas quais retiram o neurotransmissor inibitório de glicina do ESPAÇO EXTRACELULAR.
Capacidade do SISTEMA NERVOSO em modificar sua reatividade como resultado de ativações sucessivas.
Drogas que se ligam a receptores de aminoácidos excitatórios, bloqueando assim a ação de agonistas sem ativar aqueles receptores.
Membranas celulares associadas com sinapses. Incluem tanto as membranas pré-sinápticas quanto as pós-sinápticas juntamente com suas especializações, completa ou firmemente associadas, a fim de promover a liberação ou recepção de transmissores.
Diferenças de voltagem através da membrana. Nas membranas celulares são computados por subtração da voltagem medida no lado de fora da membrana da voltagem medida no interior da membrana. Resultam das diferenças entre as concentrações interna e externa de potássio, sódio, cloreto e outros íons difusíveis através das membranas celulares ou das ORGANELAS. Nas células excitáveis, o potencial de repouso de -30 a -100 mV. Estímulos físico, químico ou elétrico tornam o potencial de membrana mais negativo (hiperpolarização) ou menos negativo (despolarização).
Células propagadas in vitro em meio especial apropriado ao seu crescimento. Células cultivadas são utilizadas no estudo de processos de desenvolvimento, processos morfológicos, metabólicos, fisiológicos e genéticos, entre outros.
Proteínas de superfície celular que se ligam ao ÁCIDO GAMMA-AMINOBUTÍRICO e contêm um canal de cloro integralmente de membrana. Cada receptor é reunido como um pentâmero a partir de um conjunto de pelo menos 19 possibilidades diferentes de subunidades. Os receptores pertencem a uma superfamília que compartilha uma alça de CISTEÍNA comum.
Terminações especializadas das FIBRAS NERVOSAS, NEURÔNIOS sensoriais ou motores. As terminações dos neurônios sensoriais são o começo da via aferente para o SISTEMA NERVOSO CENTRAL. As terminações dos neurônios motores são as terminações dos axônios nas células musculares. As terminações nervosas que liberam neurotransmissores são chamadas TERMINAÇÕES PRÉ-SINÁPTICAS.
Derivados do ÁCIDO GLUTÂMICO. Estão incluídos sob este descritor uma ampla variedade de formas ácidas, sais, ésteres e amidas que contêm a estrutura ácido 2-aminopentanodioico.
LINHAGEM CELULAR derivada de um FEOCROMOCITOMA da MEDULA SUPRARRENAL de rato. As células PC12 cessam sua divisão e passam por diferenciação terminal quando tratadas com o fator de crescimento neuronal, tornando esta linhagem um modelo útil para o estudo da diferenciação de CÉLULAS NERVOSAS.
Proteína vesicular de transporte de glutamato predominantemente expressada no TELENCÉFALO do ENCÉFALO.
Enzima que catalisa a conversão de L-tirosina, tetraidrobiopterina e oxigênio a 3,4-di-hidroxi-L-fenilalanina, di-hidrobiopterina e água. EC 1.14.16.2.
Família de proteínas vesiculares de transporte de aminas que catalizam o transporte e armazenamento das CATECOLAMINAS e indolaminas nas VESÍCULAS SECRETÓRIAS.
Mudanças abruptas no potencial de membrana, que percorrem a MEMBRANA CELULAR de células excitáveis em resposta a estímulos excitatórios.
Relação entre a quantidade (dose) de uma droga administrada e a resposta do organismo à droga.
Aminas biogênicas que possuem uma única parte amina. Incluídos neste grupo estão todas as monoaminas naturais formadas pela descarboxilação enzimática de aminoácidos naturais.
Refere-se a animais no período logo após o nascimento.
Função de se opor ou impedir a excitação de neurônios ou suas células alvo excitáveis.
Ampla categoria de proteínas envolvidas na formação, transporte e dissolução de VESÍCULAS TRANSPORTADORAS. Desempenham papel no transporte intracelular de moléculas contidas em vesículas de membranas. Proteínas de transporte vesicular diferem das PROTEÍNAS DE MEMBRANA TRANSPORTADORAS (que deslocam moléculas através de membranas) devido ao modo pelo qual as moléculas são transportadas.
Neuropeptídeo de 28 aminoácidos altamente básico liberado da mucosa intestinal. Tem uma ampla faixa de ações biológicas que afetam os sistemas cardiovascular, gastrointestinal e respiratório, e é um neuroprotetor. Liga-se a receptores especiais (RECEPTORES DE PEPTÍDEO INTESTINAL VASOATIVO).
Proteína com fosfato de piridoxal que catalisa a alfa-descarboxilação do ácido L-glutâmico para formar o ácido gama-aminobutírico e dióxido de carbono. A enzima é encontrada em bactérias e no sistema nervoso de invertebrados e vertebrados. É uma enzima limitante da velocidade de reação na determinação dos níveis de ÁCIDO GAMMA-AMINOBUTÍRICO nos tecidos nervosos normais. A enzima encefálica também atua sobre L-cisteato, L-cisteína sulfinato e L-aspartato. EC 4.1.1.15.
Simportadores de neurotransmissores dependentes de cloreto de sódio, localizados principalmente na MEMBRANA PLASMÁTICA dos neurônios noradrenérgicos. Eles retiram a NOREPINEFRINA do ESPAÇO EXTRACELULAR recaptando-a com alta afinidade para os TERMINAÇÕES PRÉ-SINÁPTICAS. Regulam a amplitude e duração do sinal nas sinapses noradrenérgicas e são o alvo dos INIBIDORES DA CAPTAÇÃO DE AGENTES ADRENÉRGICOS.
Descrições de sequências específicas de aminoácidos, carboidratos ou nucleotídeos que apareceram na literatura publicada e/ou são depositadas e mantidas por bancos de dados como o GENBANK, European Molecular Biology Laboratory (EMBL), National Biomedical Research Foundation (NBRF) ou outros repositórios de sequências.
Família de transportadores de aminoácidos ácidos dependentes de POTÁSSIO e SÓDIO que apresentam alta afinidade para o ÁCIDO GLUTÂMICO e ÁCIDO ASPÁRTICO. Diversas variantes deste sistema são encontradas no tecido neuronal.
Linhagem de ratos albinos desenvolvida no Instituto Wistar e que se espalhou amplamente para outras instituições. Este fato diluiu marcadamente a linhagem original.
Proteínas de membrana cuja função primária é facilitar o transporte de moléculas através da membrana biológica. Incluídas nesta ampla categoria estão as proteínas envolvidas no transporte ativo (TRANSPORTE BIOLÓGICO ATIVO), transporte facilitado e CANAIS IÔNICOS.
Classe de receptores ionotrópicos do glutamato caracterizados pela afinidade pelo N-metil-D-aspartato. Os receptores NMDA possuem um sítio alostérico de ligação para a glicina que deve ser ocupado para a abertura eficiente do canal e um sítio dentro do próprio canal ao qual se liga o íon magnésio de maneira dependente de voltagem. A dependência de voltagem positiva da condutância do canal e a alta permeabilidade de condutância aos íons cálcio (bem como para cátions não covalentes) são importantes na excitotoxicidade e plasticidade neuronal.
Camada delgada de SUBSTÂNCIA CINZENTA localizada na superfície dos hemisférios cerebrais (ver CÉREBRO) que se desenvolve a partir do TELENCÉFALO e se molda em giros e sulcos. Alcança seu maior desenvolvimento no ser humano, sendo responsável pelas faculdades intelectuais e funções mentais superiores.
Classe de receptores ionotrópicos de glutamato caracterizados por sua afinidade para o agonista AMPA (ácido alfa-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazol propiônico).
Proteínas de transporte que carreiam substâncias específicas no sangue ou através das membranas.
Veneno aminoperidroquinazolínico encontrado principalmente no fígado e ovários de peixes da ordem TETRAODONTIFORMES, que são comestíveis. A toxina causa parestesia e paralisia por sua interferência na condução neuromuscular.
Fármacos que se ligam aos receptores de ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO, mas não os ativam, bloqueando, assim, as ações endógenas do ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO e de agonistas dos receptores de GABA.
CANAIS DE CÁLCIO localizados nas CÉLULAS DE PURKINJE do cerebelo. Estão envolvidas no acoplamento de neurônios estimulados por secreção.
Representações teóricas que simulam o comportamento ou a atividade dos sistemas, processos ou fenômenos neurológicos; inclui o uso de equações matemáticas, computadores, e outros equipamentos eletrônicos.
Técnica para medida das concentrações extracelulares de substâncias em tecidos, geralmente in vivo, por meio de uma pequena sonda equipada com uma membrana semipermeável. As substâncias também são introduzidas no espaço extracelular através da membrana.
Subfamília de PROTEÍNAS Q-SNARE que ocupam a mesma posição que a sitaxina 1A no complexo SNARE e que também são mais semelhantes a sintaxina 1A em sua SEQUÊNCIA DE AMINOÁCIDOS. Esta subfamília também é conhecida como a das sintaxinas, apesar de que algumas das chamadas sintaxinas sejam Qc-SNARES.
Receptores de superfície celular que se ligam à GLICINA com alta afinidade e desencadeiam alterações intracelulares que influenciam o comportamento das células. Os receptores de glicina no SISTEMA NERVOSO CENTRAL possuem um canal de cloro intrínseco e são geralmente inibitórios.
Peptídeo de 36 aminoácidos presente em diversos órgãos e neurônios noradrenérgicos simpáticos. Tem atividade vasoconstritora e natridiurética, regula o fluxo sanguíneo local, a secreção glandular e atividade do músculo liso. O peptídeo também estimula o comportamento de ingestão de líquidos e sólidos e influencia a secreção de hormônios pituitários.
Gênero de lula (família loliginidae, superordem DECAPODIFORMES) com corpo fusiforme. As lulas da costa do Oceano Atlântico e do leste do Oceano Pacífico são bem estudadas, porém a taxonomia (de suas várias espécies) não está esclarecida.
CANAIS DE CÁLCIO localizados nos neurônios.
Proteínas de superfície celular que se ligam a SEROTONINA e desencadeiam mudanças intracelulares que influenciam o comportamento das células. Têm sido reconhecidos vários tipos de receptores de serotonina que diferem em sua farmacologia, biologia molecular e modo de ação.
Proteínas encontradas em membranas, incluindo membranas celulares e intracelulares. Consistem em dois grupos, as proteínas periféricas e as integrais. Elas incluem a maioria das enzimas associadas a membranas, proteínas antigênicas, proteínas de transporte e receptores de drogas, hormônios e lectinas.
Ordem dos aminoácidos conforme ocorrem na cadeia polipeptídica. Isto é chamado de estrutura primária das proteínas. É de importância fundamental para determinar a CONFORMAÇÃO DA PROTEÍNA.
Subfamília de PROTEÍNAS RAB DE LIGAÇÃO AO GTP geneticamente relacionadas, envolvidas na EXOCITOSE dependente de cálcio. Esta enzima foi anteriormente classificada como EC 3.6.1.47.
Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo encéfalo, medula espinal e meninges.
Proteína de membrana sináptica envolvida na FUSÃO DE MEMBRANA de VESÍCULAS SINÁPTICAS com as membranas pré-sinápticas. É o membro protótipo das PROTEÍNAS R-SNARE.
Neurônios que ativam CÉLULAS MUSCULARES.
Sistemas transportadores de aminoácidos capazes de transportar AMINOÁCIDOS NEUTROS.
Proteínas vesiculares transportadoras de aminas que transportam o neurotransmissor ACETILCOLINA em pequenas VESÍCULAS SECRETÓRIAS. As proteínas desta família contêm 12 domínios transmembranais e trocam os PRÓTONS vesiculares pela acetilcolina citoplasmática.
Antagonista potente de aminoácidos excitatórios, com preferência para receptores não NMDA ionotrópicos. É utilizado principalmente como ferramenta de pesquisa.
Classe geral de orto-di-hidroxifenilalquilaminas derivadas da tirosina.
Proteína sintetizada pelo CLOSTRIDIUM TETANI como cadeia única de cerca de 150 kDa, com 35 por cento de identidade com a TOXINA BOTULÍNICA que é clivada em uma cadeia leve e outra pesada, ligadas entre si por uma única ponte dissulfeto. A tetanolisina é o fator hemolítico e a tetanospasmina, o neurotóxico. A toxina causa ruptura dos mecanismos inibitórios do SNC, permitindo, assim, atividade nervosa descontrolada que leva a CONVULSÕES fatais.
Simportadores de neurotransmissores dependentes de cloreto de sódio, localizados principalmente na MEMBRANA PLASMÁTICA dos neurônios serotonérgicos. Elas são mais diferentes que os RECEPTORES DE SEROTONINA que respondem aos sinais celulares para a SEROTONINA do ESPAÇO EXTRACELULAR recaptando-a com alta afinidade para as TERMINAÇÕES PRÉ-SINÁPTICAS. Regulam a amplitude e duração do sinal nas sinapses serotonérgicas e são os locais de ação dos INIBIDORES DE CAPTAÇÃO DE SEROTONINA.
Elementos de intervalos de tempo limitados, contribuindo para resultados ou situações particulares.
Localização histoquímica de substâncias imunorreativas utilizando anticorpos marcados como reagentes.
Precursor imediato na biossíntese da SEROTONINA do triptofano. É usado como antiepiléptico e antidepressivo.
A resposta observável de um animal diante de qualquer situação.
Proteínas de superfície celular que ligam dopamina com alta afinidade e desencadeiam mudanças intracelulares influenciando o comportamento das células.
SUBSTÂNCIA CINZENTA e SUBSTÂNCIA BRANCA estriadas que consistem de NEOSTRIADO e o paleoestriado (GLOBO PÁLIDO). Localiza-se ventral e lateralmente ao TÁLAMO em cada hemisfério cerebral. A substância cinzenta é composta pelo NÚCLEO CAUDADO e núcleo lentiforme (este último compreendendo o GLOBO PÁLIDO e o PUTÂMEN). A SUBSTÂNCIA BRANCA consiste na CÁPSULA INTERNA.
Respostas elétricas registradas a partir do nervo, músculo, RECEPTORES SENSITIVOS ou área do SISTEMA NERVOSO CENTRAL seguida à estimulação. Sua intensidade varia de menos de um microvolt a vários microvolts. Os potenciais evocados podem ser auditivos (POTENCIAIS EVOCADOS AUDITIVOS), POTENCIAIS SOMATOSSENSORIAIS EVOCADOS ou POTENCIAIS EVOCADOS VISUAIS, ou POTENCIAIS EVOCADOS MOTORES, ou outras modalidades tenham sido descritas.
Transferência intracelular de informação (ativação/inibição biológica) através de uma via de sinalização. Em cada sistema de transdução de sinal, um sinal de ativação/inibição proveniente de uma molécula biologicamente ativa (hormônio, neurotransmissor) é mediado, via acoplamento de um receptor/enzima, a um sistema de segundo mensageiro ou a um canal iônico. A transdução de sinais desempenha um papel importante na ativação de funções celulares, bem como de diferenciação e proliferação das mesmas. São exemplos de sistemas de transdução de sinal: o sistema do receptor pós-sináptico do canal de cálcio ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO, a via de ativação da célula T mediada pelo receptor e a ativação de fosfolipases mediada por receptor. Estes sistemas acoplados à despolarização da membrana ou liberação de cálcio intracelular incluem a ativação mediada pelo receptor das funções citotóxicas dos granulócitos e a potencialização sináptica da ativação da proteína quinase. Algumas vias de transdução de sinal podem ser parte de um sistema de transdução muito maior, como por exemplo, a ativação da proteína quinase faz parte da via de sinalização da ativação plaquetária.
Linhagens de camundongos nos quais certos GENES dos GENOMAS foram desabilitados (knocked-out). Para produzir "knockouts", usando a tecnologia do DNA RECOMBINANTE, a sequência do DNA normal no gene em estudo é alterada para impedir a síntese de um produto gênico normal. Células clonadas, nas quais esta alteração no DNA foi bem sucedida, são então injetadas em embriões (EMBRIÃO) de camundongo, produzindo camundongos quiméricos. Em seguida, estes camundongos são criados para gerar uma linhagem em que todas as células do camundongo contêm o gene desabilitado. Camundongos knock-out são usados como modelos de animal experimental para [estudar] doenças (MODELOS ANIMAIS DE DOENÇAS) e para elucidar as funções dos genes.
Drogas que se ligam e ativam receptores de ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO (RECEPTORES DE GABA).
Uma das principais classes de receptores colinérgicos. Os receptores nicotínicos foram originalmente distinguidos pela sua preferência pela NICOTINA em detrimento à MUSCARINA. Eles são geralmente divididos entre os tipos muscular e neuronal (antigamente, ganglionar), baseados na farmacologia e na composição das subunidades dos receptores.
Substâncias tóxicas (produzidas por microrganismos, plantas ou animais) que interferem nas funções do sistema nervoso. A maioria dos venenos contém substâncias neurotóxicas. As miotoxinas estão incluídas neste conceito.
Estudo da composição, das estruturas químicas e reações químicas do SISTEMA NERVOSO ou seus componentes.
Simportadores de neurotransmissores dependentes de cloreto de sódio, localizados principalmente na MEMBRANA PLASMÁTICA dos neurônios dopaminérgicos. Eles retiram a DOPAMINA do ESPAÇO EXTRACELULAR recaptando-a com alta afinidade para os TERMINAÇÕES PRÉ-SINÁPTICAS e são o alvo dos INIBIDORES DA CAPTAÇÃO DE DOPAMINA.
Enzima que catalisa a hidroxilação de TRIPTOFANO a 5-HIDROXITRIPTOFANO na presença de NADPH e oxigênio molecular. É importante na biossíntese de SEROTONINA.
Classe de drogas que agem inibindo seletivamente a entrada de cálcio através da membrana celular.
Mecanismos de transdução de sinal pelos quais a mobilização de cálcio (externo à célula ou de reservatórios intracelulares) ao citoplasma é disparada por estímulos externos. Os sinais de cálcio frequentemente se propagam como ondas, oscilações, picos, faíscas ou sopros. O cálcio age como um mensageiro intracelular ativando as proteinas responsivas ao cálcio.
Família de proteínas vesiculares de transporte de neurotransmissor que sequestram os neurotransmissores inibitórios GLICINA, ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO e provavelmente gama-hidroxibutirato nas VESÍCULAS SECRETÓRIAS.
Peptídeo neurotóxico, produto da clivagem (VIa) da proteina precursora ômega-conotoxina contida no veneno do caramujo marinho CONUS geographus. É um antagonista dos CANAIS DE CÁLCIO TIPO N.
Proteínas tóxicas produzidas pela espécie CLOSTRIDIUM BOTULINUM. As toxinas são sintetizadas como uma única cadeia peptídica que é então processada em uma proteína madura consistindo de uma cadeia pesada e uma leve, unidas por ligação dissulfeto. A cadeia leve da toxina botulínica é uma protease dependente de zinco que é liberada da cadeia pesada por ENDOCITOSE em TERMINAÇÕES PRÉ-SINÁPTICAS. Uma vez dentro da célula, a cadeia leve da toxina botulínica cliva proteínas SNARE específicas que são essenciais para a secreção de ACETILCOLINA por VESÍCULAS SINÁPTICAS. Esta inibição da liberação de acetilcolina resulta em PARALISIA muscular.
Proteínas de superfície celular que se ligam ao glutamato e atuam através de proteínas G influenciando os sistemas de segundo mensageiro. Diversos tipos de receptores metabotrópicos de glutamato foram clonados. Eles diferem na farmacologia, distribuição e mecanismo de ação.
Receptores de neurotransmissores localizados sobre ou próximos ao terminal sináptico ou varicosidades. Receptores pré-sinápticos que ligam moléculas transmissoras liberadas pelo próprio terminal são chamados AUTORRECEPTORES.
O maior e mais superior dos gânglios simpáticos paravertebrais.
Proteína que contém o domínio MARVEL encontrada em vesículas pré-sinápticas de NEURÔNIOS e CÉLULAS NEUROENDÓCRINAS. É comumente usada como marcador imunocitoquímico de diferenciação neuroendócrino.
Coluna cilíndrica de tecido subjacente dentro do canal vertebral. É composto de SUBSTÂNCIA BRANCA e SUBSTÂNCIA CINZENTA.
Ácido (2S-(2 alfa, 3 beta, 4 beta))-2-carboxi-4-(1-metiletenil)-3-pirrolidinoacético. Ascaricida obtido da alga vermelha Digenea simplex. É um potente agonista de aminoácidos excitatórios de alguns tipos de receptores de aminoácidos excitatórios e tem sido usado para se discriminar entre os tipos de receptores. Como muitos agonistas de aminoácidos excitatórios, pode causar neurotoxicidade e tem sido usado experimentalmente com aquele propósito.
Membrana de tecido nervoso (composta por dez camadas e encontrada no olho) que se continua no NERVO ÓPTICO. Recebe imagens de objetos externos e transmite [essas informações] ao cérebro [em forma de] impulsos visuais [nervosos]. Sua superfície externa está em contato com a COROIDE e a interna, com o CORPO VÍTREO. A camada mais externa é pigmentada e as outras (9), transparentes.
Aminoácido que na forma D-isômero é o agonista para o receptor de glutamato do tipo NMDA (RECEPTOR NMDA).
Família de peptídeos neurotóxicos do veneno de molusco, estruturalmente relacionada, que inibe a entrada (ativada por voltagem) de cálcio através da membrana pré-sináptica. Inibem seletivamente os canais de cálcio do tipo N, P e Q.
Parte do encéfalo que fica atrás do TRONCO ENCEFÁLICO, na base posterior do crânio (FOSSA CRANIANA POSTERIOR). Também conhecido como "encéfalo pequeno", com convoluções semelhantes àquelas do CÓRTEX CEREBRAL, substância branca interna e núcleos cerebelares profundos. Sua função é coordenar movimentos voluntários, manter o equilíbrio e aprender habilidades motoras.
Taxa dinâmica em sistemas químicos ou físicos.
Alcaloide encontrado nas sementes de STRYCHNOS NUX-VOMICA. É um antagonista competitivo dos receptores da glicina e, por isso, um convulsivo. Tem-se utilizado como analéptico, no tratamento da hiperglicinemia não cetótica, apneia do sono e como veneno de rato.
Proteína vesicular de transporte de glutamato, predominantemente expressa no DIENCÉFALO e regiões inferiores do tronco encefálico do SISTEMA NERVOSO CENTRAL.
Compostos de piridínio referem-se a sais ou ésteres formados a partir da reação de piridina com ácidos ou halogênios de acila, respectivamente, onde o nitrogênio heterocíclico da piridina é protonado ou alquilado.
Quinoxalinas are a class of heterocyclic aromatic organic compounds formed by fusion of a benzene ring and a pyrazine ring, used in pharmaceuticals and dyes due to their antimicrobial, antifungal, and antimalarial properties.
Ácido Hidroxi-Indolacético (AHIA) é um ácido indólico derivado do aminoácido triptofano, encontrado em plantas e microorganismos, que desempenha um papel importante na defesa da planta contra patógenos e também está envolvido no crescimento e desenvolvimento das plantas.
Divisão toracolombar do sistema nervoso autônomo. Fibras pré-ganglionares simpáticas se originam nos neurônios da coluna intermediolateral da medula espinhal e projetam para os gânglios paravertebrais e pré-vertebrais, que por sua vez projetam para os órgãos alvo. O sistema nervoso simpático medeia a resposta do corpo em situações estressantes, por exemplo, nas reações de luta e fuga. Frequentemente atua de forma recíproca ao sistema parassimpático.
Molusco opistobrânquio da ordem Anaspidea. É usada frequentemente em estudos do desenvolvimento do sistema nervoso por causa de seus grandes e identificáveis neurônios. Toxina de Aplysia e seus derivados não são biossintetizados pela Aplysia, mas adquiridos pela ingestão de algas marinhas da espécie Lyngbya.
Camundongos Endogâmicos C57BL referem-se a uma linhagem inbred de camundongos de laboratório, altamente consanguíneos, com genoma quase idêntico e propensão a certas características fenotípicas.
Fibras nervosas que liberam acetilcolina na sinapse após um impulso.
Membro mais abundante das PROTEÍNAS RAB3 DE LIGAÇÃO AO GTP. Está envolvida na EXOCITOSE dependente de cálcio, localizado nos neurônios e nas células neuroendócrinas. Esta enzima foi anteriormente classificada como EC 3.6.1.47.
Aminoácido não essencial abundantemente presente em todo o corpo e envolvido em muitos processos metabólicos. É sintetizada a partir do ÁCIDO GLUTÂMICO e AMÔNIA. É o principal sistema carreador de NITROGÊNIO no corpo e é uma importante fonte de energia para muitas células.
Proteínas integrais de membrana da bicamada lipídica das VESÍCULAS SECRETÓRIAS que catalizam o transporte e armazenamento de neurotransmissores de aminas biogênicas, como a ACETILCOLINA, SEROTONINA, MELATONINA, HISTAMINA e CATECOLAMINAS. Os transportadores trocam os prótons vesiculares pelos neurotransmissores citoplasmáticos.
Derivado do ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO que é um agonista específico dos RECEPTORES DE GABA-B. É utilizado no tratamento da ESPASTICIDADE MUSCULAR, especialmente devida a TRAUMATISMOS DA MEDULA ESPINAL. Seus efeitos terapêuticos resultam de ações em sítios espinhais e supraespinhais, geralmente da redução da transmissão excitatória.
Qualquer mudança detectável e hereditária que ocorre no material genético causando uma alteração no GENÓTIPO e transmitida às células filhas e às gerações sucessivas.
Células que armazenam vesículas secretoras de adrenalina. Durante situações de estresse, o sistema nervoso estimula a liberação do conteúdo hormonal das vesículas. Sua nomenclatura deriva-se de sua habilidade de corar-se em tons de marrom com sais de cromo. Localizam-se na medula adrenal e paragânglios (PARAGÂNGLIOS CROMAFINS) do sistema nervoso simpático.
Uma das principais classes de receptores colinérgicos. Os receptores muscarínicos foram originalmente definidos pela sua preferência pela MUSCARINA em detrimento à NICOTINA. Existem vários subtipos (geralmente M1, M2, M3 ...) que são caracterizados pelas suas ações celulares, farmacologia e biologia molecular.
Toxina neuropeptídica do veneno de aranha de teia-em-funil, Agelenopsis aperta. Inibe CANAIS DE CÁLCIO TIPO P alterando a ativação dependente de voltagem, de modo que são necessárias grandes despolarizações para a abertura dos canais. Essa toxina também inibe os CANAIS DE CÁLCIO TIPO Q.
Proteínas envolvidas no transporte de ânions orgânicos. Desempenham um importante papel na eliminação de uma variedade de substâncias endógenas, xenobióticas e seus metabólitos do corpo.
Fibras nervosas que liberam catecolaminas em sinapses após um impulso.
Neurotransmissor de onze aminoácidos que se encontra tanto no sistema nervoso central como no periférico. Está envolvido na transmissão da DOR, causa rápidas contrações do músculo liso gastrointestinal e modula as respostas inflamatórias e imunológicas.
Um dos aminoácidos essenciais comumentemente encontrados sob a forma L (levógira). É encontrado em plantas e animais, especialmente na cana-de-açúcar e beterraba. Pode ser um neurotransmissor.
Drogas que se ligam a receptores de aminoácidos excitatórios ativando-os.
Gênero de moscas pequenas, com duas asas, contendo aproximadamente 900 espécies descritas. Estes organismos são os mais extensamente estudados de todos os gêneros do ponto-de-vista genético e de citologia.
Dopamine beta-hydroxylase is an essential enzyme in the synthesis of norepinephrine from dopamine, catalyzing the conversion of dopamine to norepinephrine in the adrenal glands and central nervous system.
Gânglios do sistema nervoso simpático, incluindo os gânglios paravertebrais e pré-vertebrais. Entre estes estão a cadeia de gânglios simpáticos, os gânglios cervical superior, médio e inferior, os gânglios aórtico-renal, celíaco e estrelado.
Alcaloide de isoquinolina obtido de Dicentra cucullaria e outras plantas. É um antagonista competitivo por receptores de GABA-A.
Grupo de aminas encontradas na natureza, derivadas da descarboxilação enzimática de aminoácidos naturais. Muitas possuem poderosos efeitos fisiológicos (e.g., histamina, serotonina, epinefrina, tiramina). Aqueles derivados de aminoácidos aromáticos, além daqueles análogos sintéticos (e.g., anfetamina) são utilizados em farmacologia.

Neurotransmitters são substâncias químicas que transmitem sinais entre células nervosas (neurônios) em nosso sistema nervoso. Eles desempenham um papel crucial na regulação de muitos processos fisiológicos, incluindo humor, stress, sono, apetite, memória e aprendizagem, além de controlar funções corporais importantes como frequência cardíaca, pressão arterial e resposta ao dolor.

Quando um neurônio é estimulado ele libera neurotransmissores no espaço sináptico (uma pequena fenda entre duas células nervosas), onde esses sinais químicos podem se ligar a receptores específicos na membrana da célula seguinte, influenciando assim sua atividade elétrica. Dependendo do tipo de neurotransmissor e dos receptores envolvidos, essa ligação pode resultar em excitação ou inibição da célula postsináptica.

Existem vários tipos diferentes de neurotransmissores no corpo humano, sendo os mais conhecidos: glutamato (principal neurotransmissor excitatório), GABA (inibe a atividade dos neurônios), acetilcolina (importante em processos cognitivos e memória), serotonina (regula humor, sono e apetite), noradrenalina (associada à resposta de luta ou fuga) e dopamina (relacionada ao prazer e recompensa).

Distúrbios no equilíbrio dos neurotransmissores têm sido associados a diversas condições médicas, como depressão, ansiedade, transtornos bipolares, doença de Parkinson, Alzheimer e esquizofrenia.

As proteínas de transporte de neurotransmissores desempenham um papel crucial no funcionamento do sistema nervoso central, auxiliando no processo de reabsorção (recuperação) de neurotransmissores dos espaços sinápticos (lugares onde as células nervosas se comunicam) após a sua libertação. Essas proteínas são encontradas nas membranas pré- e pós-sinápticas e são responsáveis por manter os níveis adequados de neurotransmissores no cérebro, garantindo assim uma transmissão neural eficaz e controlada.

Existem diferentes tipos de proteínas de transporte de neurotransmissores, cada uma especializada em reabsorver um tipo específico de neurotransmissor, como a dopamina, norepinefrina, serotonina, GABA (ácido gama-aminobutírico) e glutamato. A disfunção dessas proteínas de transporte pode contribuir para o desenvolvimento de vários distúrbios neurológicos e psiquiátricos, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia e doença de Parkinson.

Em resumo, as proteínas de transporte de neurotransmissores são moléculas especializadas que ajudam no processo de reabsorção de neurotransmissores após sua libertação sináptica, mantendo assim os níveis adequados desses sinais químicos no cérebro e garantindo uma transmissão neural controlada.

As proteínas de membrana plasmática de transporte de neurotransmissores são tipos específicos de proteínas transmembranares que desempenham um papel crucial no processo de recaptação de neurotransmissores nos sítios sinápticos do sistema nervoso. Essas proteínas são responsáveis por regular a concentração de neurotransmissores, como dopamina, norepinefrina, serotonina e aminoácidos excitatórios e inibitórios, nos espaços sinápticos e no interior das células nervosas.

Através de um processo ativo, as proteínas de transporte de neurotransmissores movem moléculas de neurotransmissores através da membrana plasmática contra o gradiente de concentração, utilizando energia derivada do ATP (adenosina trifosfato). Esse processo é essencial para encerrar a transmissão sináptica e preparar as vesículas sinápticas para a liberação de novos neurotransmissores.

Além disso, as proteínas de transporte de neurotransmissores desempenham um papel importante na modulação da neurotransmissão, pois estão sujeitas a regulação alostérica por diversos fatores, como ions, neurotransmissores e outras moléculas. A disfunção nessas proteínas de transporte pode contribuir para o desenvolvimento de vários distúrbios neurológicos e psiquiátricos, incluindo depressão, ansiedade, transtorno bipolar e doença de Parkinson.

Receptores de neurotransmissor são proteínas integrales encontradas nas membranas das células nervosas (neurónios) e outras células do sistema nervoso, que são capazes de detectar a presença de neurotransmissores e transmitir essa informação para dentro da célula. Eles funcionam como moléculas alvo para neurotransmissores, que são liberados por neurónios pré-sinápticos em resposta a um sinal elétrico (potencial de acção). A ligação do neurotransmissor ao seu receptor específico leva à ativação de segundos mensageiros dentro da célula, o que pode resultar em uma variedade de efeitos, tais como a abertura de canais iónicos, alterações na atividade enzimática ou modulação da expressão gênica. Deste modo, receptores de neurotransmissor desempenham um papel fundamental no processo de comunicação entre neurónios e outras células do sistema nervoso, permitindo a transmissão rápida e precisa de informação nos sistemas nervosos central e periférico.

Vesículas sinápticas são membranas minúsculas e esféricas que contêm neurotransmissores, localizadas no terminal pré-sináptico das neurônios. Elas desempenham um papel crucial na transmissão de sinais elétricos em forma de impulsos nervosos entre as células nervosas ou entre as células nervosas e outros tipos de células, como as células musculares.

Quando dois neurônios se comunicam entre si por meio de sinapses, o potencial de ação atinge o terminal pré-sináptico do neurônio presináptico, desencadeando um processo conhecido como exocitose. Neste processo, as vesículas sinápticas se fundem com a membrana plasmática e libertam os neurotransmissores no espaço sináptico, onde podem se ligar a receptores na membrana pós-sináptica do neurônio pós-sináptico. Isso pode resultar em uma resposta elétrica ou química adicional no neurônio pós-sináptico, permitindo que o sinal se propague através da rede neural.

As vesículas sinápticas são importantes para a plasticidade sináptica, um processo pelo qual as conexões entre as células nervosas podem ser modificadas em resposta à atividade neural. A quantidade e a frequência de liberação dos neurotransmissores podem ser alteradas, o que pode influenciar a força da sinapse e, consequentemente, a transmissão do sinal.

Na neurobiologia, a transmissão sináptica refere-se ao processo de comunicação entre dois neurônios (células nervosas) ou entre um neurônio e outro tipo de célula, como uma célula muscular. Este processo ocorre na sinapse, a junção especializada entre as duas células, onde a informação é transmitida através da libertação e detecção de neurotransmissores.

A transmissão sináptica pode ser dividida em dois tipos principais: elétrica e química. A transmissão sináptica elétrica ocorre quando as diferenças de potencial elétrico entre os neurôios pré- e pós-sinápticos são passadas diretamente por meio de conexões especializadas chamadas uniões gap.

No entanto, a maioria das sinapses utiliza a transmissão sináptica química, que envolve a libertação de neurotransmissores armazenados em vesículas sinápticas na terminália axonal (extremidade do neurônio pré-sináptico). Quando um potencial de ação alcança a terminália axonal, isto desencadeia o processo de exocitose, no qual as vesículas sinápticas se fundem com a membrana plasmática e libertam os neurotransmissores no espaço sináptico.

Em seguida, os neurotransmissores difundem-se através do espaço sináptico e ligam-se a receptores específicos na membrana plasmática do neurônio pós-sináptico. Isto pode resultar em alterações no potencial de membrana da célula pós-sináptica, levando potencialmente a um novo potencial de ação se os limiares forem atingidos. Após a transmissão, os neurotransmissores são reciclados ou degradados, preparando o sistema para a próxima ronda de sinalização sináptica.

Em resumo, a transmissão sináptica é um processo fundamental na comunicação entre neurônios e é essencial para a função cerebral normal. A disfunção neste processo pode contribuir para diversas condições neurológicas e psiquiátricas, incluindo doenças neurodegenerativas, transtornos de humor e transtornos do espectro autista.

O ácido glutâmico é um aminoácido não essencial, o que significa que ele pode ser produzido pelo próprio corpo. É considerado o aminoácido mais abundante no cérebro e atua como neurotransmissor excitatório, desempenhando um papel importante na transmissão de sinais nervosos e na plasticidade sináptica.

Além disso, o ácido glutâmico é um intermediário metabólico importante no ciclo de Krebs (ciclo do ácido tricarboxílico) e também pode ser convertido em outros aminoácidos, glicina e glutamina. Além disso, ele desempenha um papel na síntese de energia, no metabolismo de proteínas e na manutenção do equilíbrio ácido-base.

Em termos médicos, alterações no nível ou função do ácido glutâmico podem estar associadas a várias condições neurológicas, como epilepsia, dano cerebral traumático, esclerose múltipla e doença de Alzheimer. Uma excessiva atividade do receptor de ácido glutâmico pode levar a excitotoxicidade, um processo que causa danos e morte celular em neurônios, o que é observado em diversas condições neurológicas.

Gama-aminobutírico (GABA) é um neurotransmissor importante no sistema nervoso central de mamíferos e outros animais. É classificado como um inibidor do neurotransmissão, o que significa que ele reduz a atividade neuronal. A GABA desempenha um papel crucial em processos como o controle da excitação nervosa, a regulação do humor e a modulação da resposta ao estresse.

O ácido gama-aminobutírico é sintetizado no cérebro a partir do aminoácido glutamato, que por sua vez é obtido através da dieta ou da degradação de outros aminoácidos. A produção de GABA é catalisada pela enzima glutamato descarboxilase (GAD), e a inativação do neurotransmissor é mediada pela enzima GABA transaminase (GABA-T).

Devido à sua importância no controle da excitação nervosa, o sistema GABAérgico tem sido alvo de pesquisas e desenvolvimento farmacológico para o tratamento de diversos distúrbios neurológicos e psiquiátricos, como epilepsia, ansiedade e insônia. Alguns medicamentos comuns que atuam no sistema GABAérgico incluem benzodiazepínicos, barbitúricos e anticonvulsivantes.

Neuróns (ou neurónios) são células especializadas no sistema nervoso responsáveis por processar e transmitir informação. Elas possuem um corpo celular, que contém o núcleo e outros organelos, e duas ou mais extensões chamadas de axônios e dendritos. Os axônios são responsáveis por transmitir sinais elétricos (potenciais de ação) para outras células, enquanto os dendritos recebem esses sinais de outros neurônios ou de outros tipos de células. A junção entre dois neurônios é chamada de sinapse e é onde ocorre a transmissão de sinal químico entre eles. Neurônios podem variar em tamanho, forma e complexidade dependendo da sua função e localização no sistema nervoso.

Em neurociência, as terminações pré-sinápticas são as extremidades especializadas dos axônios (fibras nervosas) que formam sinapses com outras células neuronais ou células alvo em outros tecidos. Eles contêm vesículas sinápticas cheias de neurotransmissores, substâncias químicas que desempenham um papel fundamental na transmissão de sinais elétricos entre neurônios. Quando um potencial de ação alcança a terminação pré-sináptica, essas vesículas se fundem com a membrana pré-sináptica e liberam seus neurotransmissores no espaço sináptico, onde podem se ligar a receptores na membrana pós-sináptica da célula alvo, desencadeando assim uma resposta elétrica ou química. Essa comunicação entre neurônios é fundamental para a maioria dos processos cognitivos e comportamentais, incluindo percepção, memória, aprendizagem e controle motor.

Na neurobiologia, uma sinapse é a junção funcional entre dois neurônios (ou entre um neurônio e outro tipo de célula, como uma célula muscular) na qual o sinal elétrico gerado pelo potencial de ação no neurôio presináptico é convertido em um sinal químico. Isso ocorre através da liberação de neurotransmissores que se ligam a receptores específicos no neurônio pós-sináptico, desencadeando uma resposta elétrica nesta célula. A sinapse permite assim a comunicação e transmissão de sinais entre diferentes neurônios e é fundamental para a organização e funcionamento do sistema nervoso central.

A serotonina é um neurotransmissor, ou seja, uma substância química que transmite sinais entre células nervosas. Ele desempenha um papel importante na regulação do humor, sono, apetite, memória e aprendizagem, entre outros processos no corpo humano. A serotonina é produzida a partir do aminoácido triptofano e pode ser encontrada em altas concentrações no sistema gastrointestinal e no cérebro. Alterações nos níveis de serotonina têm sido associadas a diversos distúrbios psiquiátricos, como depressão e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

A dopamina é um neurotransmissor, ou seja, uma substância química que transmite sinais entre neurônios (células nervosas) no cérebro. Ele desempenha um papel importante em várias funções cerebrais importantes, incluindo a regulação do movimento, o processamento de recompensa e a motivação, a memória e o aprendizado, a atenção e as emoções. A dopamina também é produzida por células endócrinas no pâncreas e desempenha um papel na regulação da secreção de insulina.

No cérebro, os neurônios que sintetizam e liberam dopamina estão concentrados em duas áreas principais: o núcleo substância negra e o locus coeruleus. Os níveis anormais de dopamina no cérebro têm sido associados a várias condições neurológicas e psiquiátricas, incluindo doença de Parkinson, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), distúrbios do movimento, dependência de drogas e transtornos mentais graves.

As proteínas do tecido nervoso referem-se a um grande grupo de proteínas específicas que desempenham funções importantes no sistema nervoso central e periférico. Elas estão envolvidas em uma variedade de processos biológicos, incluindo a transmissão sináptica, a manutenção da estrutura das células nervosas (neurônios) e a proteção contra danos celulares.

Algumas proteínas do tecido nervoso bem conhecidas incluem:

1. Neurofilamentos: proteínas estruturais que fornecem suporte e integridade às células nervosas.
2. Tubulina: uma proteína importante na formação de microtúbulos, que desempenham um papel crucial no transporte axonal e no movimento citoplasmático.
3. Canais iônicos: proteínas que regulam o fluxo de íons através da membrana celular, desempenhando um papel fundamental na geração e condução de sinais elétricos nos neurônios.
4. Receptores neurotransmissores: proteínas localizadas nas membranas pré- e pós-sinápticas que permitem a ligação e a ativação dos neurotransmissores, desencadeando respostas celulares específicas.
5. Enzimas: proteínas que catalisam reações químicas importantes no metabolismo e no sinalizamento celular.
6. Proteínas de choque térmico (HSPs): proteínas induzidas por estresse que ajudam a proteger as células nervosas contra danos causados por estressores ambientais, como calor, frio ou hipóxia.
7. Fatores neurotróficos: proteínas que promovem o crescimento, a sobrevivência e a diferenciação dos neurônios, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento e na manutenção do sistema nervoso.

As alterações nas expressões e funções dessas proteínas podem contribuir para o desenvolvimento de diversos distúrbios neurológicos e psiquiátricos, como doença de Alzheimer, doença de Parkinson, esclerose múltipla, depressão e transtorno bipolar. Assim, a compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos na regulação das proteínas cerebrais pode fornecer informações importantes para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para essas condições.

Sinapsinas são proteínas específicas envolvidas no processo de libertação de neurotransmissores nas sinapses, que são as junções especializadas entre dois neurônios ou entre um neurônio e outro tipo de célula (como uma célula muscular). As sinapsinas desempenham um papel crucial na regulação da formação e plasticidade sináptica, processos essenciais para o aprendizado e a memória.

Existem diferentes isoformas de sinapsina (como sinapsina I, II e III) que se expressam em diferentes padrões durante o desenvolvimento cerebral e nos diversos tipos de neurônios. As sinapsinas estão localizadas principalmente no interior dos vesículas sinápticas, os pequenos compartimentos esféricos que armazenam neurotransmissores dentro do terminal pré-sináptico.

As principais funções das sinapsinas incluem:

1. Ajuda a manter as vesículas sinápticas unidas à membrana citoplasmática, mantendo-as em reserva e prontas para serem mobilizadas quando necessário.
2. Participam da tethering (ancoragem) e fusão das vesículas com a membrana pré-sináptica durante a libertação de neurotransmissores, um processo regulado por sinalizações calciúricas.
3. Regulam a formação e o fortalecimento sináptico, contribuindo para a plasticidade sináptica, que é essencial para os processos cognitivos como aprendizado e memória.

Em resumo, as sinapsinas são proteínas importantes na regulação da libertação de neurotransmissores e na plasticidade sináptica, desempenhando um papel fundamental no funcionamento do sistema nervoso central.

Em terminologia médica, a exocitose refere-se a um processo biológico fundamental em células, especialmente as que sintetizam e secretam moléculas específicas. Neste processo, uma vesícula (pequena estrutura membranosa) presente no interior da célula se funde com a membrana plasmática celular, resultando na liberação de seu conteúdo para o ambiente extracelular.

Este mecanismo é essencial em diversos processos fisiológicos, como por exemplo:

1. Libertação de neurotransmissores nas sinapses dos neurônios;
2. Secreção de hormonas e enzimas por células endócrinas e exócrinas;
3. Rejeição de antígenos pelas células imunológicas;
4. Eliminação de detritos celulares e patógenos invasores.

A exocitose é um processo complexo controlado por diversas proteínas que regulam as etapas de transporte, tethering (ancoragem temporária), fusão da membrana e reciclagem das vesículas. A disfunção neste processo pode estar associada a várias doenças, incluindo diabetes, distúrbios neurológicos e disfunções imunológicas.

O encéfalo é a parte superior e a mais complexa do sistema nervoso central em animais vertebrados. Ele consiste em um conjunto altamente organizado de neurônios e outras células gliais que estão envolvidos no processamento de informações sensoriais, geração de respostas motoras, controle autonômico dos órgãos internos, regulação das funções homeostáticas, memória, aprendizagem, emoções e comportamentos.

O encéfalo é dividido em três partes principais: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico. O cérebro é a parte maior e mais complexa do encéfalo, responsável por muitas das funções cognitivas superiores, como a tomada de decisões, a linguagem e a percepção consciente. O cerebelo está localizado na parte inferior posterior do encéfalo e desempenha um papel importante no controle do equilíbrio, da postura e do movimento coordenado. O tronco encefálico é a parte inferior do encéfalo que conecta o cérebro e o cerebelo ao resto do sistema nervoso periférico e contém centros responsáveis por funções vitais, como a respiração e a regulação cardiovascular.

A anatomia e fisiologia do encéfalo são extremamente complexas e envolvem uma variedade de estruturas e sistemas interconectados que trabalham em conjunto para gerenciar as funções do corpo e a interação com o ambiente externo.

As proteínas de membrana plasmática de transporte de GABA (também conhecidas como GATs, do inglês GABA Transporters) são um tipo específico de proteínas transmembranares que se localizam na membrana plasmática de células neuronais. Eles estão encarregados de regular a concentração de ácido gama-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor inhibitório importante no sistema nervoso central, nos espaços extracelulares.

Existem quatro subtipos principais de proteínas GATs em humanos, denominados GAT-1, GAT-2, GAT-3 e Betaine/GABA Transporter (BGT-1). Cada um desses transporters apresenta diferentes padrões de expressão tecidual e distribuição celular, o que permite uma regulação precisa da concentração de GABA em diferentes compartimentos neuronais.

As proteínas GATs funcionam transportando GABA do espaço extracelular para o interior das células neuronais, processo energia-dependente que utiliza o gradiente de sódio (Na+) e cloro (Cl-) através da membrana. Isso permite que as células neuronais recapturem o GABA após a sua libertação sináptica, encerrando assim a transmissão do sinal e preparando o sistema para uma nova ronda de ativação.

Uma perturbação no funcionamento adequado dessas proteínas GATs pode levar a distúrbios neurológicos e psiquiátricos, como epilepsia, ansiedade e depressão, ilustrando a importância crucial desempenhada por essas proteínas no equilíbrio dos sistemas neurotransmissor.

Sinaptotagmina I é uma proteína integralmente inserida na membrana que se localiza em vesículas sinápticas, especialmente as vesículas sinápticas dos neurônios. É um importante regulador da exocitose das vesículas sinápticas e desempenha um papel crucial no processo de libertação de neurotransmissores durante a transmissão sináptica.

A sinaptotagmina I é composta por dois domínios transmembrana, um domínio citoplasmático com duas regiões ricas em cisteína e um domínio de ligação a Ca²⁺. O domínio de ligação a Ca²⁺ é responsável pela detecção de aumentos rápidos nos níveis de Ca²⁺ no terminal pré-sináptico, o que desencadeia a fusão das vesículas com a membrana pré-sináptica e a libertação dos neurotransmissores.

A sinaptotagmina I também interage com outras proteínas na membrana pré-sináptica, como a SNARE e a complexina, para regular o processo de exocitose. Mutação ou deficiência nesta proteína pode resultar em disfunções neurológicas, incluindo transtornos do movimento e epilepsia.

Uma junção neuromuscular, também conhecida como placa motora ou união neuro-muscular, é a região anatômica especializada onde um neurônio (geralmente um axônio de uma célula nervosa motoressoma) se conecta à fibra muscular esquelética e estabelece comunicação sináptica para sua ativação. Essa junção é responsável por transmitir os sinais elétricos do sistema nervoso central ao tecido muscular, permitindo que as células musculares contraiam e se movimentem.

A junção neuromuscular é composta por uma terminália axonal enovelada (botão sináptico) rica em vesículas sinápticas contendo neurotransmissores (principalmente acetilcolina), que, quando estimulados, são liberados e se difundem através do pequeno espaço sináptico até atingirem os receptores colinérgicos pós-sinápticos na membrana da fibra muscular. A ligação entre o botão sináptico e a fibra muscular é mantida por proteínas de adesão, como a rapsina.

Após a liberação dos neurotransmissores e sua interação com os receptores na membrana muscular, ocorre uma despolarização da membrana (potencial de ação), levando à abertura de canais iônicos dependentes de voltagem e à entrada de íons sódio (Na+) e cálcio (Ca2+). Isso gera um potencial de placa que, se atinge um limiar específico, leva ao influxo de íons cálcio no retículo sarcoplasmático, desencadeando a liberação de calcios e a subsequente contração muscular.

Portanto, a junção neuromuscular é fundamental para o controle do movimento e da postura, bem como para outras funções fisiológicas que envolvem a atividade muscular esquelética e lisa.

O cálcio é um mineral essencial importante para a saúde humana. É o elemento mais abundante no corpo humano, com cerca de 99% do cálcio presente nas estruturas ósseas e dentárias, desempenhando um papel fundamental na manutenção da integridade estrutural dos ossos e dentes. O restante 1% do cálcio no corpo está presente em fluidos corporais, como sangue e líquido intersticial, desempenhando funções vitais em diversos processos fisiológicos, tais como:

1. Transmissão de impulsos nervosos: O cálcio é crucial para a liberação de neurotransmissores nos sinais elétricos entre as células nervosas.
2. Contração muscular: O cálcio desempenha um papel essencial na contração dos músculos esqueléticos, lissos e cardíacos, auxiliando no processo de ativação da troponina C, uma proteína envolvida na regulação da contração muscular.
3. Coagulação sanguínea: O cálcio age como um cofator na cascata de coagulação sanguínea, auxiliando no processo de formação do trombo e prevenindo hemorragias excessivas.
4. Secreção hormonal: O cálcio desempenha um papel importante na secreção de hormônios, como a paratormona (PTH) e o calcitriol (o forma ativa da vitamina D), que regulam os níveis de cálcio no sangue.

A manutenção dos níveis adequados de cálcio no sangue é crucial para a homeostase corporal, sendo regulada principalmente pela interação entre a PTH e o calcitriol. A deficiência de cálcio pode resultar em doenças ósseas, como osteoporose e raquitismo, enquanto excesso de cálcio pode levar a hipercalcemia, com sintomas que incluem náuseas, vômitos, constipação, confusão mental e, em casos graves, insuficiência renal.

A proteína 25 associada à sinaptossoma, também conhecida como SNAP-25 (do inglês, Synaptosomal-Associated Protein of 25 kDa), é uma proteína integral de membrana que desempenha um papel crucial na liberação de neurotransmissores nos neurônios. Ela está envolvida no processo de exocitose, que consiste na fusão da vesícula sináptica contendo o neurotransmissor com a membrana presináptica, permitindo assim a liberação do neurotransmissor para a fenda sináptica.

SNAP-25 é um componente dos complexos SNARE (do inglês, Soluble NSF Attachment Protein REceptor), que são formados por três proteínas: SNAP-25, syntaxina e sinaptobrevina/VAMP. Estes complexos desempenham um papel fundamental na medição da fusão de membranas durante a exocitose.

A proteína 25 associada à sinaptossoma é uma proteína de grande importância, pois está envolvida em diversos processos neurobiológicos e neurológicos, como a plasticidade sináptica, o aprendizado e a memória. Além disso, SNAP-25 tem sido alvo de estudos relacionados à doença de Parkinson e à esquizofrenia, uma vez que mutações nessa proteína podem estar associadas ao desenvolvimento dessas condições.

A acetilcolina é um neurotransmissor, ou seja, uma substância química que transmite sinais entre células nervosas. Ela atua nos neurônios e nos músculos esqueléticos, sendo responsável por contrair as fibras musculares quando é liberada no espaço sináptico (lugar onde dois neurônios se encontram).

A acetilcolina é sintetizada a partir da colina e ácido acético, graças à enzima colina acetiltransferase. Após ser libertada no espaço sináptico, ela se liga aos receptores nicotínicos ou muscarínicos, localizados nas membranas pós-sinápticas dos neurônios ou células musculares.

Este neurotransmissor desempenha um papel importante em diversas funções do organismo, como a regulação da atividade cardiovascular, respiratória e gastrointestinal, além de estar envolvido no processo de aprendizagem e memória.

Distúrbios no sistema colinérgico (sistema que utiliza a acetilcolina como neurotransmissor) podem resultar em diversas condições clínicas, como a doença de Alzheimer, miastenia gravis e síndrome de Down.

Sinaptossomas referem-se a vesículas sinápticas fusionadas com a membrana pré-sináptica na sinapse, onde as neurotransmissores são armazenadas e liberadas. Eles desempenham um papel crucial no processo de transmitir sinais elétricos em sinapses químicas, que são os tipos mais comuns de sinapses no sistema nervoso central e periférico dos animais.

Quando uma ação ou impulso nervoso viaja ao longo do axónio e atinge o terminal pré-sináptico, isto desencadeia a libertação de neurotransmissores armazenadas dentro dos sinaptossomas. A fusão dos sinaptossomas com a membrana permite que as moléculas de neurotransmissor sejam libertadas para o espaço intersináptico, onde podem ligar-se a receptores específicos na membrana pós-sináptica. Isto resulta em alterações iónicas que podem inibir ou excitar a célula pós-sináptica e, assim, propagar o sinal elétrico adiante.

Em resumo, os sinaptossomas são estruturas vitais para a comunicação entre neurónios, permitindo que as informações sejam processadas e transmitidas em todo o sistema nervoso.

Sinaptotagminas são proteínas transmembranares específicas da sinapse que estão envolvidas no processo de exocitose e liberação de neurotransmissores. Elas agem como sensores de cálcio e desempenham um papel crucial na fusão de vesículas sinápticas com a membrana pré-sináptica durante a transmissão neural. Existem diferentes isoformas de sinaptotagminas, cada uma com diferentes propriedades e funções específicas. Em geral, as sinaptotagminas são importantes para garantir a precisão e a eficácia da transmissão sináptica.

A estimulação elétrica é um procedimento médico que utiliza correntes elétricas para stimular as células do corpo, geralmente os nervos e músculos. Essa técnica pode ser usada em diversas situações clínicas, como no tratamento de doenças neurológicas ou ortopédicas, na reabilitação funcional, alívio da dor crônica ou mesmo em pesquisas científicas. A estimulação elétrica pode ser aplicada por meio de eletrodos colocados sobre a pele (estimulação elétrica transcutânea) ou, em casos mais invasivos, por meio de eletrodos implantados cirurgicamente no interior do corpo. A intensidade, frequência e duração da estimulação são controladas cuidadosamente para obter os melhores resultados clínicos e minimizar os riscos associados ao procedimento.

O-Acetiltransferase (OAT) é uma enzima que desempenha um papel importante no metabolismo de drogas e xenobióticos. Ela catalisa a transferência do grupo acetilo do coenzyme A para compostos específicos, incluindo neurotransmissores e drogas.

No contexto da toxicologia, a O-acetiltransferase é frequentemente mencionada em relação à acetilação de aminas aromáticas, como a feniletilamina e a anfetamina. A atividade da enzima pode variar significativamente entre indivíduos, o que pode resultar em diferenças na resposta a drogas e outros xenobióticos.

Além disso, a O-acetiltransferase também está envolvida no metabolismo da serotonina e da dopamina, neurotransmissores importantes no cérebro. A acetilação desses compostos pode afetar sua atividade e eliminação do corpo.

Em resumo, a O-acetiltransferase é uma enzima importante que desempenha um papel fundamental no metabolismo de drogas e neurotransmissores, podendo influenciar a resposta individual a substâncias xenobióticas.

O hipocampo é uma estrutura do cérebro em forma de bota com duas projeções curvadas localizadas no lobo temporal medial, parte do sistema límbico. Possui um papel fundamental na memória e nas funções cognitivas, particularmente na formação de memórias declarativas e espaciais a longo prazo. Além disso, o hipocampo desempenha um papel importante no processamento da nossa experiência emocional e no estabelecimento do contexto em que essas experiências ocorrem.

Lesões ou danos no hipocampo podem resultar em déficits na memória, como no caso de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer, e também estão associados à depressão clínica e outros transtornos mentais. O hipocampo é um dos primeiros locais afetados pela doença de Alzheimer, o que explica por que os pacientes com essa doença frequentemente apresentam problemas de memória a curto prazo.

Apesar de sua importância no funcionamento cognitivo e emocional, o hipocampo é um dos poucos locais do cérebro onde as novas células nervosas (neurônios) podem se formar durante a vida adulta, um processo chamado neurogênese adulta. Essa capacidade de regeneração pode ser estimulada por meio de exercícios físicos regulares e outras atividades que promovem o bem-estar geral do indivíduo.

A norepinefrina, também conhecida como noradrenalina, é um neurotransmissor e hormona catecolamina que desempenha um papel importante no sistema nervoso simpático, responsável pela resposta "luta ou fuga" do corpo.

Como neurotransmissor, a norepinefrina é libertada por neurónios simpáticos e actua nos receptores adrenérgicos localizados no cérebro e no sistema nervoso periférico, modulando a atividade de vários sistemas fisiológicos, como o cardiovascular, respiratório, metabólico e cognitivo.

Como hormona, é secretada pela glândula adrenal em resposta a situações estressantes e actua no corpo aumentando a frequência cardíaca, a pressão arterial, o débito cardíaco e a libertação de glicose no sangue, entre outras ações.

Desequilíbrios na produção ou metabolismo da norepinefrina podem estar associados a várias condições clínicas, como depressão, transtorno de estresse pós-traumático, doença de Parkinson e disfunções cardiovasculares.

Sprague-Dawley (SD) é um tipo comummente usado na pesquisa biomédica e outros estudos experimentais. É um rato albino originário dos Estados Unidos, desenvolvido por H.H. Sprague e R.H. Dawley no início do século XX.

Os ratos SD são conhecidos por sua resistência, fertilidade e longevidade relativamente longas, tornando-os uma escolha popular para diversos tipos de pesquisas. Eles têm um genoma bem caracterizado e são frequentemente usados em estudos que envolvem farmacologia, toxicologia, nutrição, fisiologia, oncologia e outras áreas da ciência biomédica.

Além disso, os ratos SD são frequentemente utilizados em pesquisas pré-clínicas devido à sua semelhança genética, anatômica e fisiológica com humanos, o que permite uma melhor compreensão dos possíveis efeitos adversos de novos medicamentos ou procedimentos médicos.

No entanto, é importante ressaltar que, apesar da popularidade dos ratos SD em pesquisas, os resultados obtidos com esses animais nem sempre podem ser extrapolados diretamente para humanos devido às diferenças específicas entre as espécies. Portanto, é crucial considerar essas limitações ao interpretar os dados e aplicá-los em contextos clínicos ou terapêuticos.

Em neurociência, potenciais pós-sinápticos excitatórios (PPSE ou EPSP, do inglês Excitatory Post-Synaptic Potential) se referem a mudanças no potencial de membrana em neurônios pós-sinápticos como resultado da ativação de receptores ionotrópicos excitatórios por neurotransmissores. Eles são impulsos elétricos gerados nos neurônios que têm o potencial de desencadear a liberação de neurotransmissores em sinapses subsequentes, contribuindo para a excitação e ativação do neurônio pós-sináptico.

Os PPSE são geralmente causados pela ligação de glutamato, o principal neurotransmissor excitatório no cérebro, em receptores ionotrópicos como NMDA (N-metil-D-aspartato) e AMPA (α-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolepropionic acid). A ativação destes receptores resulta em um fluxo de íons positivos, principalmente sódio (Na+), para o interior da célula, levando a uma despolarização da membrana pós-sináptica e um aumento no potencial de membrana. Se o potencial de membrana atinge um limiar adequado, é desencadeada a abertura de canais de voltagem dependentes de cálcio (Ca2+), levando à liberação de neurotransmissores e à propagação do sinal ao longo da célula.

Em resumo, potenciais pós-sinápticos excitatórios são alterações no potencial de membrana em neurônios pós-sinápticos causadas pela ativação de receptores ionotrópicos excitatórios por neurotransmissores, contribuindo para a excitação e comunicação entre células nervosas.

As técnicas de Patch-Clamp são um conjunto de métodos experimentais utilizados em eletrôfisiologia para estudar a atividade iônica e as propriedades elétricas das células, especialmente as correntes iónicas que fluem através de canais iónicos em membranas celulares. Essa técnica foi desenvolvida por Ernst Neher e Bert Sakmann nos anos 80, o que lhes rendeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1991.

A técnica básica do Patch-Clamp envolve a formação de um "patch" (ou parche) hermeticamente selado entre uma micropipeta de vidro e a membrana celular. A pipeta, preenchida com solução fisiológica, é pressionada contra a membrana celular, formando um contato gigaseal (seal de ~10 GigaOhms) que isola uma pequena parte da membrana dentro da pipeta. Isolar essa pequena porção da membrana permite que os cientistas estudem as propriedades elétricas e iónicas deste microdomínio com alta resolução temporal e espacial.

Existem quatro configurações principais de técnicas de Patch-Clamp:

1. **Configuração Celular Acoplada (Cell-Attached):** Nesta configuração, a pipeta está conectada à membrana externa da célula intacta. A corrente elétrica é medida entre a pipeta e o meio extracelular, fornecendo informações sobre as correntes iónicas unidirecionais através de canais iónicos individuais na membrana celular.
2. **Configuração de Whole-Cell (Célula Inteira):** Após a formação do gigaseal, a membrana é brevemente rompida mecanicamente ou por pulso de alta tensão, conectando a pipeta diretamente com o citoplasma da célula. Nesta configuração, as correntes iónicas podem ser medidas entre a pipeta e o meio extracelular, fornecendo informações sobre as atividades dos canais iónicos em todo o plasma membrana.
3. **Configuração de Interior da Célula (Inside-Out):** Nesta configuração, a pipeta é retirada da célula após a formação do gigaseal, invertendo a orientação da membrana isolada. A face interna da membrana fica exposta ao meio intracelular simulado dentro da pipeta, enquanto o meio extracelular está presente no exterior da pipeta. Isto permite que os cientistas estudem as propriedades iónicas e regulatórias das faces internas dos canais iónicos.
4. **Configuração de Exterior da Célula (Outside-Out):** Após a formação do gigaseal, a pipeta é retirada da célula e retraída para expor a face externa da membrana isolada ao meio extracelular. Nesta configuração, os cientistas podem estudar as propriedades iónicas e regulatórias das faces externas dos canais iónicos.

## Aplicações

A Patch-clamp é uma técnica extremamente sensível que pode ser usada para medir a atividade de um único canal iônico em células vivas ou mesmo em fragmentos de membrana isolados (vesículas). Além disso, a técnica também pode ser usada para controlar o ambiente intracelular e extracelular, permitindo que os cientistas estudem as respostas das células a diferentes condições experimentais.

A Patch-clamp é amplamente utilizada em pesquisas de neurociência, farmacologia e biologia celular para investigar a função e a regulação dos canais iónicos em diferentes tipos de células. A técnica tem sido usada para estudar a fisiologia de células nervosas, incluindo neurônios, glóbulos, células musculares e células endócrinas. Além disso, a Patch-clamp também é usada para investigar os mecanismos moleculares subjacentes às doenças associadas a defeitos nos canais iónicos, como a fibrose cística, a epilepsia e as doenças cardiovasculares.

A Patch-clamp também tem sido usada em estudos de farmacologia para investigar os efeitos dos fármacos sobre a atividade dos canais iónicos. A técnica pode ser usada para identificar novos alvos terapêuticos e para desenvolver drogas com maior especificidade e eficácia. Além disso, a Patch-clamp também é usada em estudos de toxicologia para investigar os efeitos dos tóxicos sobre a função celular.

A Patch-clamp também tem sido usada em estudos de biologia molecular para investigar a estrutura e a função dos canais iónicos. A técnica pode ser usada para identificar os genes que codificam os canais iónicos e para estudar as interações entre os diferentes componentes dos canais iónicos. Além disso, a Patch-clamp também é usada em estudos de neurociência para investigar os mecanismos celulares subjacentes às funções cognitivas e comportamentais.

Em resumo, a Patch-clamp é uma técnica poderosa que permite a medição da atividade dos canais iónicos em células vivas. A técnica tem sido usada em estudos de fisiologia, farmacologia, toxicologia, biologia molecular e neurociência para investigar os mecanismos celulares subjacentes às funções fisiológicas e patológicas. A Patch-clamp é uma técnica essencial para a pesquisa em biologia celular e molecular e tem contribuído significativamente para o nosso entendimento dos processos fisiológicos e patológicos em nossos corpos.

Os Receptores de GABA (ácido gama-aminobutírico) são tipos específicos de receptores ionotrópicos encontrados no sistema nervoso central dos mamíferos, incluindo os seres humanos. Eles são os principais receptores inhibitórios no cérebro e desempenham um papel crucial na modulação da excitação neural e na regulação da atividade sináptica.

Existem três subtipos principais de receptores de GABA: GABA-A, GABA-B e GABA-C. Os receptores GABA-A e GABA-C são ligados a canais iônicos que permitem o fluxo de ânions cloreto (Cl-) quando ativados pelo neurotransmissor GABA, resultando em hiperpolarização da membrana celular e inibição da atividade neuronal. Por outro lado, os receptores GABA-B são ligados a proteínas G e desencadeiam uma cascata de eventos secundários que podem resultar em hiperpolarização ou despolarização da membrana celular, dependendo das condições específicas.

Os receptores de GABA estão envolvidos em diversas funções cerebrais importantes, como o controle do sono e da vigília, a regulação do humor e do comportamento emocional, a memória e a aprendizagem, e a proteção contra convulsões e outras formas de atividade neuronal excessiva. Além disso, os receptores de GABA desempenham um papel crucial no desenvolvimento do cérebro, especialmente durante as primeiras fases da vida pré-natal e pós-natal.

Devido à sua importância em diversos processos fisiológicos e patológicos, os receptores de GABA têm sido alvo de pesquisas intensivas no campo da farmacologia e da medicina. Diversos fármacos que atuam sobre os receptores de GABA estão disponíveis no mercado e são usados clinicamente para tratar uma variedade de condições, como ansiedade, insônia, epilepsia, convulsões e espasticidade muscular. No entanto, o uso desses fármacos pode estar associado a efeitos adversos significativos, especialmente em doses altas ou em combinação com outros medicamentos.

Os Receptores de Glutamato (RG) são tipos específicos de receptores de neurotransmissores encontrados no sistema nervoso central dos animais, incluindo os humanos. Eles são responsáveis por mediar a maior parte da excitação sináptica eplasticidade sináptica no cérebro. O glutamato é o neurotransmissor excitatório mais abundante no cérebro e atua sobre esses receptores para iniciar uma cascata de eventos que podem levar à despolarização da membrana pós-sináptica, liberação de calcios intracelular e ativação de diversas vias de sinalizações.

Existem três principais classes de RG: receptores ionotrópicos (iRGs) e metabotrópicos (mRGs), além dos receptores kainatos (RKs). Os iRGs são divididos em N-metil-D-aspartato (NMDA) e não-NMDA, sendo que os últimos incluem os RKs. Cada classe de RG tem suas próprias características estruturais e funcionais, bem como padrões de expressão e distribuição no cérebro.

Os iRGs são canais iônicos dependentes de ligantes que permitem o fluxo rápido de íons quando ativados pelo glutamato. Eles desempenham um papel crucial na transmissão sináptica rápida e plástica, sendo essenciais para diversos processos cognitivos, como aprendizagem e memória.

Os mRGs, por outro lado, são receptores acoplados a proteínas G que desencadeiam respostas intracelulares mais lentas e complexas quando ativados pelo glutamato. Eles estão envolvidos em diversos processos fisiológicos e patológicos, como modulação da neurotransmissão, plasticidade sináptica, neurodegeneração e doenças neurológicas.

Devido à sua importância na função cerebral normal e nas disfunções associadas a diversos transtornos neurológicos e psiquiátricos, os RGs têm sido alvo de pesquisas intensivas no campo da neurociência. O entendimento dos mecanismos moleculares que regem sua ativação, inativação e modulação pode fornecer informações valiosas para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para tratar essas condições.

Inibidores da captação de neurotransmissores são um tipo de fármaco que actua no sistema nervoso central, impedindo a recaptação (ou a reabsorção) de neurotransmissores pelas células nervosas. Desta forma, permitem que os neurotransmissores permaneçam no espaço sináptico por mais tempo, aumentando assim a sua acção na transmissão neural e modulando a actividade neuronal.

Existem diferentes classes de inibidores da captação de neurotransmissores, dependendo do tipo de neurotransmissor alvo:

1. Inibidores da recaptação de serotonina (IRS ou SSRI - Selective Serotonin Reuptake Inhibitors), que actuam preferencialmente sobre a serotonina;
2. Inibidores da recaptação de noradrenalina (IRN ou SNRI - Selective Noradrenaline Reuptake Inhibitors), que actuam preferencialmente sobre a noradrenalina;
3. Inibidores da recaptação de dopamina (IRD ou SDRI - Selective Dopamine Reuptake Inhibitors), que actuam preferencialmente sobre a dopamina;
4. Inibidores da recaptação de serotonina-noradrenalina (IRSN ou SNRIs - Serotonin-Noradrenaline Reuptake Inhibitors), que actuam sobre ambos os neurotransmissores, a serotonina e a noradrenalina.

Estes fármacos são frequentemente utilizados no tratamento de diversas condições psiquiátricas, como depressão, ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), entre outras. No entanto, devido aos seus efeitos sobre o sistema nervoso central, podem também causar vários efeitos adversos, tais como náuseas, insónia, aumento de peso, entre outros.

Proteínas SNARE (Soluble N-ethylmaleimide sensitive factor Attachment protein REceptor) são uma família de proteínas membranares fundamentais para a fusão de vesículas e organelas intracelulares em eucariotos. Elas desempenham um papel crucial na medição da especificidade e no mecanismo da fusão de membranas, permitindo que as vesículas sejam transportadas e entregues corretamente aos seus alvos dentro da célula.

As proteínas SNARE são divididas em duas classes: v-SNAREs (localizadas nas vesículas) e t-SNAREs (localizadas nas membranas target). Durante o processo de fusão, uma v-SNARE na membrana da vesícula interage com uma t-SNARE correspondente na membrana alvo, formando um complexo SNARE chamado "complexo SNARE zipper". Esse complexo é responsável por aproximar as duas membranas e promover a fusão entre elas.

A formação do complexo SNARE é energéticamente favorável, o que contribui para a estabilização da interação entre as vesículas e as membranas alvo. Além disso, proteínas auxiliares, como NSF (N-ethylmaleimide sensitive factor) e SNAPs (SNARE-associated proteins), são recrutadas para desfazer o complexo SNARE após a fusão, permitindo que as proteínas SNARE sejam reutilizadas em ciclos subsequentes de fusão.

A disfunção das proteínas SNARE pode resultar em várias doenças neuronais e neurodegenerativas, como a doença de Parkinson e a coreia de Huntington, ilustrando sua importância na manutenção da homeostase celular.

As proteínas vesiculares de transporte de glutamato, também conhecidas como transportadores de glutamato vesicular (VGLUTs), são um tipo específico de proteínas transmembranares que desempenham um papel crucial no processo de neurotransmissão em nossos cérebros.

Essas proteínas estão localizadas nas membranas de vesículas sinápticas, que são pequenas estruturas esféricas responsáveis por armazenar e transportar neurotransmissores, como o glutamato, até as terminações dos neurônios. O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório no sistema nervoso central e desempenha um papel fundamental na regulação da atividade sináptica e na plasticidade sináptica.

A função principal das proteínas vesiculares de transporte de glutamato é a de carregar moléculas de glutamato dentro das vesículas sinápticas, contra o gradiente de concentração. Isso é essencial para garantir que haja reservas suficientes de neurotransmissor disponíveis para a liberação durante a ativação sináptica.

Existem três isoformas conhecidas de transportadores de glutamato vesicular (VGLUT1, VGLUT2 e VGLUT3), cada uma com sua distribuição e funções específicas nos diferentes tipos de sinapses e tecidos cerebrais. No entanto, todas elas compartilham a mesma função básica de transportar glutamato para as vesículas sinápticas.

Desregulações nas proteínas vesiculares de transporte de glutamato têm sido associadas a diversas condições neurológicas e psiquiátricas, como epilepsia, dor neuropática, distúrbios da ansiedade e doença de Parkinson. Portanto, uma melhor compreensão dos mecanismos envolvidos no transporte vesicular de glutamato pode fornecer insights importantes para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para essas condições.

Eletrofisiologia é uma subspecialidade da cardiologia que se concentra no estudo das propriedades elétricas do coração e do sistema de condução cardíaca. Ele envolve o registro, análise e interpretação dos sinais elétricos do coração usando técnicas invasivas e não invasivas. A eletrofisiologia clínica geralmente se concentra no diagnóstico e tratamento de arritmias cardíacas, que são perturbações do ritmo cardíaco. Isso pode incluir a ablação por cateter, um procedimento em que se usa calor ou frio para destruir tecido cardíaco anormal que está causando uma arritmia, e o implante de dispositivos como marcapassos e desfibriladores cardioversores implantáveis. A eletrofisiologia também pode envolver pesquisa básica em fisiologia elétrica cardíaca e desenvolvimento de novas terapias para doenças cardiovasculares.

Glicina é o menor dos aminoácidos não essenciais, com um grupo funcional de amina na sua extremidade e um grupo carboxílico no outro. Sua fórmula química é NH2-CH2-COOH. É uma das 20 moléculas de aminoácidos que servem como blocos de construção para as proteínas.

A glicina desempenha um papel importante em diversas funções no corpo humano, incluindo a síntese de proteínas e colágeno, o neurotransmissor inhibitório mais simples do sistema nervoso central, e é envolvida na detoxificação de certos produtos químicos no fígado.

A glicina pode ser encontrada em várias fontes alimentares, como carne, peixe, laticínios, ovos, soja e leguminosas. É também produzida naturalmente pelo corpo humano a partir do aminoácido serina.

Os Canais de Cálcio Tipo N (Canais Catiónicos Voltage-Dependent, Cav3.2 ou CaV2.3) são canais iónicos dependentes de voltagem que permitem a passagem seletiva de íons cálcio através da membrana celular. Eles desempenham um papel importante na regulação de vários processos fisiológicos, incluindo a excitabilidade celular, liberação de neurotransmissores e contrato muscular suave.

Os canais de cálcio tipo N são ativados por potenciais de membrana despolarizantes e têm uma baixa condutância para o cálcio em comparação com outros tipos de canais de cálcio. Eles também exibem inativação de voltagem, o que significa que sua atividade é reduzida durante a estimulação contínua.

A regulação dos canais de cálcio tipo N pode ser modulada por uma variedade de fatores, incluindo neurotransmissores, hormônios e drogas. A disfunção desses canais tem sido implicada em várias condições patológicas, como epilepsia, dor crónica, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.

As proteínas vesiculares de transporte de neurotransmissores desempenham um papel fundamental no processo de liberação de neurotransmissores em sinapses, que são as junções especializadas entre dois neurônios ou entre um neurônio e outro tipo de célula (como uma célula muscular).

Essas proteínas estão localizadas nas membranas de vesículas sinápticas, que são pequenas estruturas esféricas responsáveis por armazenar neurotransmissores antes de sua liberação. Ao longo da membrana das vesículas, as proteínas transportadoras selecionam e movem os neurotransmissores específicos através dela, controlando assim qual tipo de neurotransmissor será armazenado e posteriormente liberado.

Existem diferentes tipos de proteínas vesiculares de transporte de neurotransmissores, cada uma associada a um neurotransmissor específico ou grupo de neurotransmissores relacionados. Alguns exemplos incluem a vesicular monoamine transporter (VMAT) para neurotransmissores monoaminérgicos (como serotonina, dopamina e noradrenalina), a vesicular acetylcholine transporter (VAChT) para acetilcolina, e a vesicular GABA transporter (VGAT) para ácido gama-aminobutírico (GABA) e glicina.

A disfunção dessas proteínas de transporte pode resultar em várias condições neurológicas e psiquiátricas, como doenças de Parkinson e Alzheimer, depressão e transtornos bipolares. Portanto, o estudo das proteínas vesiculares de transporte de neurotransmissores é crucial para a compreensão dos mecanismos moleculares subjacentes às funções cerebrais normais e anormais.

Neuropeptídeos são pequenos peptídeos que atuam como neurotransmissor ou modulador na comunicação entre neurônios no sistema nervoso central. Eles desempenham um papel fundamental em uma variedade de funções fisiológicas e comportamentais, incluindo o processamento sensorial, a regulação do humor, a memória e a aprendizagem, a recompensa e a adicção, o controle da dor, a fisiologia gastrointestinal e cardiovascular, e os processos de crescimento e desenvolvimento.

Os neuropeptídeos são sintetizados a partir de precursores proteicos maiores, que são processados por enzimas específicas em peptídeos menores e ativos. Eles podem ser armazenados em vesículas sinápticas e liberados em resposta a estimulação do neurônio. Uma vez libertados, os neuropeptídeos podem se ligar a receptores específicos em células alvo adjacentes, desencadeando uma cascata de eventos intracelulares que podem levar a alterações na excitabilidade celular e no comportamento.

Existem centenas de diferentes neuropeptídeos identificados em humanos e outros animais, cada um com suas próprias funções específicas e sistemas de regulação. Alguns exemplos bem conhecidos de neuropeptídeos incluem a encefalina, a endorfina, a substance P, o neuropeptide Y, e o hormônio do crescimento.

Os venenos de aranha referem-se a substâncias tóxicas produzidas e injetadas pelas espécies de aranhas através de suas picadas. A composição química dos venenos varia entre as diferentes espécies de aranhas, mas geralmente contém uma mistura de proteínas, peptídeos e enzimas.

Os efeitos toxicológicos do veneno de aranha podem variar desde reações locais leves, como dor e inflamação, até reações sistêmicas graves, como necrose tecidual, paralisia muscular, coagulopatias e insuficiência cardiorrespiratória. A gravidade desses efeitos depende de vários fatores, tais como a quantidade de veneno injetada, a sensibilidade individual da vítima ao veneno e a localização da picada.

Algumas espécies de aranhas, como a viúva negra e a reclusa marrom, são conhecidas por possuir venenos particularmente potentes e podem causar sintomas graves ou até mesmo fatal em humanos, especialmente em crianças, idosos ou pessoas com sistemas imunológicos fragilizados. No entanto, é importante ressaltar que a maioria das espécies de aranhas possui venenos relativamente inofensivos para os humanos e as picadas geralmente causam sintomas leves ou moderados que podem ser tratados com cuidados domésticos simples.

R-SNAREs (soluble N-ethylmaleimide-sensitive factor attachment protein receptors) são proteínas que desempenham um papel crucial no processo de fusão de membranas intracelulares. Elas estão localizadas na membrana-alvo e servem como reconhecedoras e ancoradoras para as proteínas V-SNAREs (vesicle SNAREs) presentes na membrana da vesícula. A interação específica entre R-SNAREs e V-SNAREs permite a formação de complexos SNARE, que trazem as membranas em contato próximo e facilitam a fusão das mesmas. Isso é essencial para diversos processos celulares, como o transporte de vesículas entre compartimentos intracelulares e a liberação de neurotransmissores nos neurônios.

Synaptotagmin-1, frequentemente referido como sintaxina 1, é um tipo de proteína integral transmembrana que se localiza principalmente nos terminais pré-sinápticos das vesículas sinápticas. É uma proteína de ligação a Ca2+ que desempenha um papel crucial na exocitose mediada por Ca2+ e na libertação de neurotransmissores durante a transmissão sináptica.

Sintaxina 1 é composta por vários domínios, incluindo um domínio de ligação a membrana, um domínio de repetição de unha de zinco e dois domínios C2 (C2A e C2B). O domínio C2B é o responsável pela ligação ao Ca2+ e desempenha um papel importante na regulação da fusão das vesículas sinápticas com a membrana pré-sináptica.

Além de seu papel na transmissão sináptica, sintaxina 1 também está envolvida em outros processos celulares, como o tráfego intracelular e a endocitose. Defeitos nesta proteína têm sido associados a várias condições neurológicas, incluindo epilepsia, distrofia muscular e doença de Parkinson.

A sinaptotagmina II é uma proteína específica que atua como receptor de cálcio e é encontrada principalmente em vesículas sinápticas, as quais armazenam neurotransmissores no processo pré-sináptico das sinapses neuronais. Ela desempenha um papel crucial na exocitose mediada por cálcio de vesículas sinápticas durante a transmissão neural. A sinaptotagmina II age como sensor de cálcio, responsável pelo acoplamento rápido entre o aumento dos níveis de cálcio intracelular e o início do processo de exocitose das vesículas sinápticas.

A sinaptotagmina II é um membro da família de proteínas sinaptotagminas, que contém domínios C2 altamente conservados capazes de se ligarem a lípidos e às proteínas, além de sequências ricas em cisteína. A ligação do cálcio aos domínios C2 promove alterações conformacionais nas sinaptotagminas, levando ao acoplamento espacial e temporal entre os receptores de neurotransmissores e as vesículas sinápticas. Isso permite que as vesículas se fundam com a membrana pré-sináptica e liberem seu conteúdo no espaço sináptico, permitindo a transmissão do sinal nervoso.

Em resumo, a sinaptotagmina II é uma proteína de adesão dependente de cálcio que desempenha um papel fundamental na regulação da liberação de neurotransmissores nas sinapses neuronais e é essencial para o processamento adequado dos sinais nervosos.

A química encefálica refere-se às interações químicas e processos bioquímicos que ocorrem no cérebro, envolvendo neurotransmissores, neuromoduladores, neuropeptídeos e outras moléculas. Esses processos químicos desempenham um papel fundamental na regulação de diversas funções cerebrais, como a transmissão de sinais elétricos entre as células nervosas (neurônios), a modulação da excitabilidade neuronal, o controle do humor, das emoções, do pensamento e do comportamento. Alterações na química encefálica podem estar associadas a diversos distúrbios neurológicos e psiquiátricos, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia e doença de Parkinson.

Os canais de cálcio são proteínas integrales de membrana found in a variety of cell types, including excitable and nonexcitable cells. Eles desempenham um papel crucial na regulação de vários processos celulares, tais como a excitabilidade da célula, contraction muscular, neurotransmitter release, e diferenciação celular.

Existem diferentes tipos de canais de cálcio, cada um com suas próprias características distintivas e padrões de expressão. Alguns dos principais tipos incluem:

1. Canais de cálcio voltajage-dependente (VDCC): Estes canais são ativados por variações no potencial de membrana da célula. Eles são encontrados principalmente em células excitáveis, tais como neurônios e músculos, onde eles desempenham um papel importante na geração e propagação de potenciais de ação.

2. Canais de cálcio de receptor-operado (ROCC): Estes canais são ativados por ligandos específicos, tais como neurotransmitters ou hormônios. Eles são encontrados em uma variedade de células e estão envolvidos em processos como a liberação de neurotransmissores e a regulação da secreção hormonal.

3. Canais de cálcio de segunda mensageiro-operado: Estes canais são ativados por segundos mensageiros intracelulares, tais como IP3 (inositol trifosfato) ou diacylglycerol (DAG). Eles estão envolvidos em processos de sinalização celular e regulação da expressão gênica.

4. Canais de cálcio de vazamento: Estes canais são sempre parcialmente abertos, permitindo a passagem contínua de íons de cálcio através da membrana celular. Eles estão envolvidos na manutenção dos níveis basais de cálcio intracelular.

Os canais de cálcio desempenham um papel crucial em uma variedade de processos fisiológicos, incluindo a contração muscular, a liberação de neurotransmissores, a regulação da secreção hormonal e a expressão gênica. Portanto, é importante entender como eles são regulados e como as disfunções nos canais de cálcio podem contribuir para doenças e condições patológicas.

Os Receptores de GABA-B são tipos de receptores de neurotransmissores encontrados no sistema nervoso central dos mamíferos. Eles são ativados por neurotransmissores gabaérgicos, principalmente o ácido gama-aminobutírico (GABA), e desempenham um papel importante na modulação da excitação neural e na regulação de diversas funções cerebrais, incluindo a neurotransmissão sináptica, a neuroplasticidade e o controle motor.

A ligação do GABA aos receptores de GABA-B resulta em uma variedade de respostas celulares, como a hiperpolarização da membrana pós-sináptica, a inibição da libertação de neurotransmissores e a modulação da atividade dos canais iónicos. Estes efeitos são mediados por segundos mensageiros intracelulares, como o aumento da concentração de íons de cálcio no citoplasma e a ativação de enzimas como a adenilato ciclase.

Os receptores de GABA-B são alvos terapêuticos importantes para o tratamento de diversas condições neurológicas e psiquiátricas, incluindo a epilepsia, a ansiedade, a dor crónica e as doenças neurodegenerativas. Os fármacos que atuam sobre estes receptores podem modular a sua atividade e alterar o equilíbrio entre a excitação e a inibição neural, com potencial terapêutico em diversas doenças.

As proteínas de membrana plasmática de transporte de glicina são tipos específicos de proteínas transmembranares que se localizam na membrana plasmática das células e desempenham um papel crucial no processo de transporte ativo de glicina através da membrana celular. A glicina é um importante neurotransmissor inhibitório no sistema nervoso central e, portanto, o seu transporte adequado é essencial para a manutenção da homeostase iônica e da excitabilidade neuronal normal.

Existem dois tipos principais de proteínas de transporte de glicina: o transportador de glicina 1 (GLYT1) e o transportador de glicina 2 (GLYT2). O GLYT1 é responsável pelo reabsorção de glicina dos espaços sinápticos no sistema nervoso central, enquanto o GLYT2 está presente principalmente em terminais presinápicos e regula a libertação de glicina nos sítios sinápticos.

A disfunção dessas proteínas de transporte de glicina pode levar a várias condições patológicas, como distúrbios neuromusculares e transtornos neuropsiquiátricos. Portanto, o estudo dos mecanismos moleculares que regulem a expressão e a função dessas proteínas é de grande interesse para a compreensão da fisiologia normal e patológica do sistema nervoso central.

A plasticidade neuronal refere-se à capacidade do sistema nervoso de se adaptar e mudar ao longo do tempo em resposta a diferentes experiências, fatores ambientais e lesões. Essas alterações ocorrem principalmente nos circuitos neuronais, que são modificados por mecanismos como a formação e eliminação de sinapses, alongamento e encurtamento de axônios, e mudanças na força sináptica.

A plasticidade é um processo dinâmico e contínuo que ocorre em diferentes escalas temporais, desde os milissegundos (plasticidade a curto prazo) até os meses ou anos (plasticidade a longo prazo). Ela desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do cérebro, na aprendizagem e memória, e na adaptação às lesões ou doenças.

Existem diferentes tipos de plasticidade neuronal, como a plasticidade hebbiana, que é baseada no princípio "as células que despertam juntas, desencadeiam juntas", e a plasticidade homeostática, que permite que o cérebro mantenha sua atividade em um equilíbrio adequado.

A plasticidade neuronal é um campo de estudo em constante crescimento e investigação, com implicações importantes para a compreensão dos mecanismos da mente e do cérebro, e para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para tratar diferentes condições neurológicas e psiquiátricas.

Os antagonistas de aminoácidos excitatórios são substâncias ou drogas que bloqueiam a atividade dos aminoácidos excitatórios, como o glutamato e o aspartato, nos receptores neuronais. Esses aminoácidos desempenham um papel importante na transmissão sináptica e no controle da excitabilidade celular no sistema nervoso central.

Existem diferentes tipos de antagonistas de aminoácidos excitatórios, dependendo do tipo de receptor que eles bloqueiam. Por exemplo, o ácido kainico e o ácido domoico são antagonistas dos receptores AMPA/kainato, enquanto o dizocilpina (MK-801) e a memantina são antagonistas do receptor NMDA.

Essas drogas têm sido estudadas como possíveis tratamentos para uma variedade de condições neurológicas e psiquiátricas, incluindo epilepsia, dor crônica, lesão cerebral traumática, doença de Alzheimer e dependência de drogas. No entanto, o uso clínico dessas drogas ainda é limitado devido aos seus efeitos adversos potenciais, como confusão, sonolência, descoordenação motora e aumento da pressão intracraniana.

As membranas sinápticas são estruturas especializadas encontradas em sinapses, que são as junções entre dois neurônios ou entre um neurônio e outro tipo de célula (como uma célula muscular) onde a comunicação elétrica ou química ocorre. A membrana sináptica é formada por uma fina camada de material lipídico que envolve as terminais pré-sinápticas dos neurônios e contém uma variedade de proteínas especializadas.

Existem dois tipos principais de sinapses: elétricas e químicas. Na sinapse elétrica, a membrana sináptica é continua entre as células pré- e pós-sinápticas, permitindo que os íons fluam livremente entre as células e causem uma mudança rápida no potencial de membrana.

Já nas sinapses químicas, a membrana sináptica é interrompida por um pequeno espaço chamado fenda sináptica. Quando um neurônio é ativado, o neurotransmissor é liberado das vesículas sinápticas na terminais pré-sinápticas e difunde através da fenda sináptica para se ligar aos receptores localizados na membrana pós-sináptica. Isso causa uma alteração no potencial de membrana na célula pós-sináptica, o que pode levar à geração de um sinal elétrico ou à ativação de outros processos intracelulares.

As membranas sinápticas são, portanto, estruturas extremamente importantes para a comunicação entre neurônios e desempenham um papel fundamental no funcionamento do sistema nervoso.

Em termos de fisiologia e biofísica celular, "potenciais de membrana" referem-se a diferenças de carga elétrica ou potencial elétrico entre as faces interna e externa de uma membrana biológica, especialmente aquelas encontradas nas células. Esses potenciais de membrana são gerados por desequilíbrios iônicos através da membrana e desempenham um papel fundamental no funcionamento das células, incluindo a comunicação celular, a propagação de sinais e o metabolismo.

O potencial de repouso é o potencial de membrana em condições basais, quando nenhum estímulo elétrico está presente. Em muitos tipos de células, como as neurônios, o potencial de repouso geralmente varia entre -60 e -70 milivoltios (mV), com o interior da célula negativamente carregado em relação ao exterior.

Quando uma célula é estimulada por um estímulo adequado, como a chegada de um neurotransmissor em sinapses, isso pode levar a alterações no potencial de membrana, resultando em um potencial de ação ou um potencial pós-sináptico. Um potencial de ação é uma rápida mudança no potencial de membrana, geralmente de alguns milisegundos de duração, que envolve uma despolarização inicial seguida por uma repolarização e, em seguida, por uma sobrepolarização ou hiperpolarização. Essas mudanças no potencial de membrana permitem a comunicação entre células e a propagação de sinais ao longo do tecido.

Em resumo, os potenciais de membrana são diferenças de carga elétrica entre as faces interna e externa de uma membrana biológica, desempenhando um papel crucial na fisiologia celular, incluindo a comunicação entre células e a propagação de sinais.

As células cultivadas, em termos médicos, referem-se a células que são obtidas a partir de um tecido ou órgão e cultiva-se em laboratório para se multiplicarem e formarem uma população homogênea de células. Esse processo permite que os cientistas estudem as características e funções das células de forma controlada e sistemática, além de fornecer um meio para a produção em massa de células para fins terapêuticos ou de pesquisa.

A cultivação de células pode ser realizada por meio de técnicas que envolvem a adesão das células a uma superfície sólida, como couros de teflon ou vidro, ou por meio da flutuação livre em suspensiones líquidas. O meio de cultura, que consiste em nutrientes e fatores de crescimento específicos, é usado para sustentar o crescimento e a sobrevivência das células cultivadas.

As células cultivadas têm uma ampla gama de aplicações na medicina e na pesquisa biomédica, incluindo o estudo da patogênese de doenças, o desenvolvimento de terapias celulares e genéticas, a toxicologia e a farmacologia. Além disso, as células cultivadas também são usadas em testes de rotina para a detecção de microrganismos patogênicos e para a análise de drogas e produtos químicos.

Os Receptores de GABA-A são tipos específicos de receptores ionotrópicos encontrados no sistema nervoso central dos mamíferos. Eles são sensíveis ao neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA), que é o principal neurotransmissor inhibitório no cérebro. A ligação do GABA a esses receptores resulta em um influxo de íons cloreto no neurônio pós-sináptico, o que diminui a sua excitabilidade e despolarização, levando assim à hiperpolarização da membrana e à inibição da atividade neural.

Os receptores de GABA-A são complexos proteicos integrados por cinco subunidades, que podem ser classificadas em várias famílias (α, β, γ, δ, ε, π e θ). A composição específica dessas subunidades determina as propriedades farmacológicas e funcionais do receptor. Alguns fármacos comuns que atuam nos receptores de GABA-A incluem benzodiazepínicos, barbitúricos, anestésicos gerais e álcool etílico. Esses fármacos podem modular a atividade dos receptores de GABA-A, aumentando ou diminuindo sua sensibilidade ao neurotransmissor GABA, o que pode resultar em efeitos sedativos, ansiolíticos, anticonvulsivantes, amnésicos ou até mesmo letais.

Em termos médicos, as terminações nervosas referem-se às extremidades dos neurónios, ou células nervosas, que permitem a comunicação entre o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) e outras partes do corpo. Essas terminações nervosas são responsáveis por captar estímulos do ambiente externo e interno, tais como temperatura, dor, toque, pressão, sabor e cheiro, e transmitirem essas informações ao cérebro para que sejam processadas e geradas respostas adequadas.

As terminações nervosas podem ser classificadas em dois tipos:

1. Terminações nervosas aférentes: São responsáveis por transmitir informações dos órgãos sensoriais e receptores para o sistema nervoso central. Elas detectam estímulos como dor, temperatura, toque, vibração, posição e movimento dos músculos e articulações.

2. Terminações nervosas eferentes: São responsáveis por transmitir sinais do sistema nervoso central para os órgãos e músculos efectores, como músculos esqueléticos e glândulas, desencadeando respostas motoras ou hormonais.

As terminações nervosas podem variar em sua estrutura e função dependendo da modalidade sensorial que detectam. Algumas terminações nervosas possuem estruturas complexas, como os corpúsculos de Pacini e Meissner, especializados em detectar vibração e toque leve, enquanto outras podem ser simples e alongadas, como as terminações livres que detectam dor e temperatura.

Em resumo, as terminações nervosas desempenham um papel fundamental na nossa percepção do mundo ao captar estímulos e transmitir informações para o cérebro, permitindo-nos interagir com nosso ambiente e tomar decisões baseadas em nossas experiências sensoriais.

Glutamatos referem-se a sais ou ésteres do ácido glutâmico, um aminoácido não essencial. O íon glutamato, que é a forma ionizada do ácido glutâmico em pH fisiológico, desempenha um papel importante como neurotransmissor excitatório no sistema nervoso central dos mamíferos. É um dos aminoácidos mais abundantes nos tecidos animais e é encontrado em grande quantidade no cérebro, onde atua como principal neurotransmissor excitatório.

Além disso, o glutamato também é usado como aditivo alimentar e saborizante devido ao seu sabor umami, que é uma das cinco classificações gustativas primárias, juntamente com o salgado, doce, azedo e amargo. O glutamato monossódico (MSG) é a forma de sal mais comumente usada como aditivo alimentar e tem sido objeto de controvérsia em relação à sua segurança e possíveis efeitos adversos na saúde. No entanto, a maioria das autoridades regulatórias de saúde em todo o mundo considera o MSG como seguro para consumo em níveis normais de uso.

PC12 é uma linha de células derivada de um tumor neuroendócrino de rato. Elas foram originalmente isoladas a partir de um tumor de glândula adrenal de rato e são frequentemente utilizadas em pesquisas científicas como um modelo in vitro para estudar a neurobiologia e a neuroquímica.

As células PC12 exibem propriedades both neuronais and secretoras, o que as torna úteis para o estudo de sinais celulares e do sistema nervoso periférico. Eles podem ser diferenciados em neurónios com processos alongados usando fatores de crescimento nerveusos, como o fator de crescimento nervoso dessensibilizador a insulina (IGF-1) ou o fator de crescimento nervoso derivado do tecido (NGF).

Após a diferenciação, as células PC12 exibem atividade elétrica e neurotransmissor, tornando-as úteis para estudar a neurotransmissão e a sinapse. Além disso, as células PC12 também são suscetíveis à toxicidade induzida por agentes ambientais e farmacológicos, o que as torna um modelo popular para estudos de neurotoxicidade.

A Proteína Vesicular 1 de Transporte de Glutamato (VGLUT1) é uma proteína que desempenha um papel crucial no transporte e liberação de neurotransmissores excitatórios, especialmente o glutamato, nas sinapses dos neurônios. Ela é responsável por carregar o glutamato dentro de vesículas sinápticas, que são pequenas estruturas esféricas envolvidas por membrana que armazenam e libertam neurotransmissores.

A VGLUT1 é uma proteína integral de vesícula e pertence a uma família de três proteínas relacionadas (VGLUT1, VGLUT2 e VGLUT3). A sua função principal é mover o glutamato da fenda sináptica para dentro das vesículas sinápticas, processo conhecido como transporte de neurotransmissores. Isto permite que as células nervosas armazenem e regulem a libertação do glutamato, o que é essencial para a transmissão normal de sinais no cérebro.

A VGLUT1 está presente principalmente em neurônios glutaminérgicos, que são células nervosas que utilizam o glutamato como neurotransmissor primário. Ela tem um papel importante na plasticidade sináptica e no aprendizado e memória, uma vez que a sua expressão pode modular a força da ligação entre as células nervosas.

Em resumo, a Proteína Vesicular 1 de Transporte de Glutamato (VGLUT1) é uma proteína essencial para o transporte e liberação do neurotransmissor glutamato nas sinapses dos neurônios, desempenhando um papel fundamental na transmissão normal de sinais no cérebro.

La tirrosina 3-mono-oxigenase è un enzima appartenente alla classe delle ossidoreduttasi, che utilizza come cofattore il NADPH e il OSSIGENO per catalizzare la reazione di idrossilazione della tirosina (un aminoacido) in 3,4-diidrossifenilalanina (DOPA). Questo enzima svolge un ruolo importante nel metabolismo degli aminoacidi e nella biosintesi dei neurotrasmettitori catecolammine, come la dopamina e la noradrenalina. La sua attività è regolata da diversi fattori, tra cui ormoni e sostanze chimiche presenti nell'organismo, e può essere influenzata da patologie o condizioni che alterano il suo normale funzionamento.

As proteínas vesiculares de transporte de monoamina são tipos específicos de proteínas transmembranares que desempenham um papel crucial no processo de recaptura de neurotransmissores monoaminérgicos, como a serotonina, dopamina, norepinefrina e histamina, nas sinapses dos neurônios. Estas proteínas são encontradas principalmente em vesículas sinápticas e permitem o transporte ativo de monoaminas do citosol para o interior das vesículas, contra o gradiente de concentração.

Existem duas famílias principais de proteínas vesiculares de transporte de monoamina: a família de transportadores de solutos SLC18 (que inclui VMAT1 e VMAT2) e a família de transportadores de solutos SLC29 (que inclui entropicamente ENT1 e ENT2). A proteína VMAT2 é a mais estudada e expressa em neurônios do sistema nervoso central, enquanto VMAT1 é predominantemente encontrada em neurônios do sistema nervoso periférico.

A atividade destas proteínas de transporte é fundamental para regular a neurotransmissão monoaminérgica e garantir a homeostase sináptica. Além disso, os inibidores dos transportadores vesiculares de monoamina (IVTMs) são frequentemente usados como fármacos terapêuticos no tratamento de vários transtornos neurológicos e psiquiátricos, incluindo depressão, ansiedade e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Em fisiologia, Potenciais de Ação (PA) referem-se a sinais elétricos que viajam ao longo da membrana celular de um neurônio ou outra célula excitável, como as células musculares e cardíacas. Eles são geralmente desencadeados por alterações no potencial de repouso da membrana celular, levando a uma rápida despolarização seguida de repolarização e hiperpolarização da membrana.

PA's são essenciais para a comunicação entre células e desempenham um papel crucial no processamento e transmissão de sinais nervosos em organismos vivos. Eles são geralmente iniciados por estímulos que abrem canais iônicos na membrana celular, permitindo a entrada ou saída de íons, como sódio (Na+) e potássio (K+), alterando assim o potencial elétrico da célula.

A fase de despolarização do PA é caracterizada por uma rápida influxo de Na+ na célula, levando a um potencial positivo em relação ao exterior da célula. Em seguida, a célula rapidamente repolariza, expulsando o excesso de Na+ e permitindo a entrada de K+, restaurando assim o potencial de repouso da membrana. A fase final de hiperpolarização é causada por uma maior permeabilidade à K+, resultando em um potencial negativo mais pronunciado do que o normal.

PA's geralmente viajam ao longo da membrana celular em ondas, permitindo a propagação de sinais elétricos através de tecidos e órgãos. Eles desempenham um papel crucial no controle de diversas funções corporais, incluindo a contração muscular, a regulação do ritmo cardíaco e a transmissão de sinais nervosos entre neurônios.

Em medicina e farmacologia, a relação dose-resposta a droga refere-se à magnitude da resposta biológica de um organismo a diferentes níveis ou doses de exposição a uma determinada substância farmacológica ou droga. Essencialmente, quanto maior a dose da droga, maior geralmente é o efeito observado na resposta do organismo.

Esta relação é frequentemente representada por um gráfico que mostra como as diferentes doses de uma droga correspondem a diferentes níveis de resposta. A forma exata desse gráfico pode variar dependendo da droga e do sistema biológico em questão, mas geralmente apresenta uma tendência crescente à medida que a dose aumenta.

A relação dose-resposta é importante na prática clínica porque ajuda os profissionais de saúde a determinar a dose ideal de uma droga para um paciente específico, levando em consideração fatores como o peso do paciente, idade, função renal e hepática, e outras condições médicas. Além disso, essa relação é fundamental no processo de desenvolvimento e aprovação de novas drogas, uma vez que as autoridades reguladoras, como a FDA, exigem evidências sólidas demonstrando a segurança e eficácia da droga em diferentes doses.

Em resumo, a relação dose-resposta a droga é uma noção central na farmacologia que descreve como as diferentes doses de uma droga afetam a resposta biológica de um organismo, fornecendo informações valiosas para a prática clínica e o desenvolvimento de novas drogas.

Monoaminas biogênicas são tipos específicos de monoaminas que são produzidas naturalmente no corpo e desempenham um papel importante na regulação de várias funções fisiológicas, incluindo a pressão arterial, humor, sono, e resposta ao estresse. Elas são derivadas de aminoácidos essenciais e podem ser encontradas em altas concentrações no sistema nervoso central.

Existem várias monoaminas biogênicas importantes, incluindo:

1. Dopamina: É um neurotransmissor que desempenha um papel importante na regulação do movimento, recompensa, e comportamento emocional.
2. Norepinefrina (noradrenalina): É um hormônio e neurotransmissor que é liberado em resposta ao estresse e desempenha um papel importante na regulação da pressão arterial, atenção, e memória.
3. Serotonina: É um neurotransmissor que desempenha um papel importante na regulação do humor, apetite, sono, e comportamento sexual.
4. Histamina: É um neurotransmissor e hormônio que desempenha um papel importante na resposta imune, regulação do sono, e apetite.
5. Feniletilamina: É um neurotransmissor que é responsável pela sensação de prazer e recompensa, mas também pode estar envolvido no desenvolvimento de certos transtornos mentais, como a esquizofrenia.

As monoaminas biogênicas podem ser alteradas em diversas condições médicas e psiquiátricas, como a doença de Parkinson, depressão, transtorno bipolar, e transtornos de ansiedade. Em alguns casos, os medicamentos que afetam o equilíbrio das monoaminas biogênicas podem ser usados no tratamento dessas condições.

"Animais Recém-Nascidos" é um termo usado na medicina veterinária para se referir a animais que ainda não atingiram a idade adulta e recentemente nasceram. Esses animais ainda estão em desenvolvimento e requerem cuidados especiais para garantir sua sobrevivência e saúde. A definição precisa de "recém-nascido" pode variar conforme a espécie animal, mas geralmente inclui animais que ainda não abriram os olhos ou começaram a se locomover por conta própria. Em alguns casos, o termo pode ser usado para se referir a filhotes com menos de uma semana de idade. É importante fornecer às mães e aos filhotes alimentação adequada, cuidados de higiene e proteção contra doenças e predadores durante esse período crucial do desenvolvimento dos animais.

A 'inibição neural' é um processo fisiológico no sistema nervoso em que a atividade de certas neurônios (células nervosas) é reduzida ou interrompida pela ativação de outras neurônios. Isto ocorre quando as células nervosas inibitórias secretam neurotransmissores, como a glicina ou o ácido γ-aminobutírico (GABA), nos sítios receptores pós-sinápticos das células nervosas alvo. Esses neurotransmissores inibidores ligam-se aos receptores específicos nas membranas pós-sinápticas, levando à hiperpolarização da membrana e à redução da probabilidade de geração de potenciais de ação (impulsos nervosos).

A inibição neural desempenha um papel crucial no controle da excitação neuronal e na modulação das respostas sinápticas, permitindo assim a regulação fina dos circuitos neuronais e do processamento de informação no cérebro. Diversas condições patológicas, como epilepsia, ansiedade e transtornos do humor, podem estar relacionadas com disfunções na inibição neural.

As proteínas de transporte vesicular são um tipo específico de proteínas que desempenham um papel crucial no processo de transporte de vesículas dentro das células. As vesículas são pequenas estruturas membranosas que são utilizadas para transportar diferentes tipos de moléculas e organelos em todo o citoplasma celular.

As proteínas de transporte vesicular são responsáveis por permitir que as vesículas se formem, se movam e se fundam com outras membranas celulares para liberar seu conteúdo. Existem diferentes tipos de proteínas de transporte vesicular, cada uma delas desempenhando um papel específico no processo de transporte.

Algumas proteínas de transporte vesicular são responsáveis por reconhecer e se ligar aos receptores presentes nas membranas das vesículas, enquanto outras são responsáveis por fornecer a energia necessária para a fusão das membranas. Algumas proteínas de transporte vesicular também desempenham um papel na seleção do conteúdo que será transportado nas vesículas, garantindo assim que apenas as moléculas adequadas sejam transferidas para o local correto dentro da célula.

Em resumo, as proteínas de transporte vesicular são um tipo importante de proteínas envolvidas no processo de transporte intracelular, desempenhando funções essenciais na formação, movimento e fusão das vesículas com outras membranas celulares.

O peptídeo intestinal vasoactivo (VIP, do inglês Vasoactive Intestinal Peptide) é um hormônio e neurotransmissor encontrado em diversos tecidos do corpo humano, incluindo o sistema nervoso central e periférico, além do trato gastrointestinal.

A VIP é uma molécula peptídica composta por 28 aminoácidos, que desempenha um papel importante na regulação de diversas funções fisiológicas, como a motilidade intestinal, a secreção de água e eletrólitos, a dilatação dos vasos sanguíneos (vasodilatação) e a modulação da resposta inflamatória.

No sistema nervoso, a VIP atua como neurotransmissor e neuromodulador, desempenhando um papel crucial na regulação de diversas funções cerebrais, como a memória e o aprendizado. Além disso, a VIP também está envolvida no controle da pressão arterial e na resposta ao estresse.

Em resumo, o peptídeo intestinal vasoactivo é uma molécula peptídica multifuncional que desempenha um papel importante na regulação de diversas funções fisiológicas no corpo humano.

Glutamato descarboxilase (GAD) é uma enzima importante envolvida no sistema nervoso. Sua função principal é catalisar a reação de decarboxilação do ácido glutâmico, um aminoácido excitatório, em gama-aminobutírico acid (GABA), um neurotransmissor inhibitório. GAD tem dois isoformas principais, GAD65 e GAD67, que diferem na sua localização celular e função regulatória. A deficiência ou disfunção da glutamato descarboxilase pode estar relacionada a várias condições neurológicas, incluindo epilepsia, esclerose múltipla e transtornos do espectro autista.

As proteínas de membrana plasmática de transporte de norepinefrina, também conhecidas como transportadores de norepinefrina (NETs), são proteínas integrales de membrana que desempenham um papel crucial no processo de recaptação da norepinefrina (noradrenalina) dos espaços sinápticos no sistema nervoso periférico e central.

A norepinefrina é um neurotransmissor importante que atua em diversas funções fisiológicas, como o controle do humor, da atenção, do apetite e da resposta ao estresse. Após a sua libertação no espaço sináptico e a ligação aos seus receptores, a norepinefrina deve ser rapidamente removida dos espaços sinápticos para terminar a sua acção e preparar o sistema nervoso para a próxima resposta.

Os transportadores de norepinefrina são responsáveis por esta tarefa, retirando a norepinefrina do meio extracelular e introduzindo-a na célula, onde é armazenada em vesículas ou metabolizada. A sua actividade está fortemente regulada e desempenha um papel importante no controlo da neurotransmissão norepinefrínica.

Alterações na expressão e/ou funcionamento dos transportadores de norepinefrina têm sido associadas a diversas condições clínicas, incluindo depressão, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e perturbações do sono. Assim, os transportadores de norepinefrina são alvo terapêutico importante para uma variedade de fármacos utilizados no tratamento de tais condições.

"Dados de sequência molecular" referem-se a informações sobre a ordem ou seqüência dos constituintes moleculares em uma molécula biológica específica, particularmente ácidos nucléicos (como DNA ou RNA) e proteínas. Esses dados são obtidos através de técnicas experimentais, como sequenciamento de DNA ou proteínas, e fornecem informações fundamentais sobre a estrutura, função e evolução das moléculas biológicas. A análise desses dados pode revelar padrões e características importantes, tais como genes, sítios de ligação regulatórios, domínios proteicos e motivos estruturais, que podem ser usados para fins de pesquisa científica, diagnóstico clínico ou desenvolvimento de biotecnologia.

O Sistema X-AG de Transporte de Aminoácidos é um sistema de transporte ativo dependente de sódio presente na membrana celular do intestino delgado e rins em mamíferos. Ele é responsável pelo transporte de aminoácidos neutros, como alanina, serina, cisteina, glutamina, asparagina e treonina, da luz intestinal ou tubular renal para o interior das células.

Este sistema é composto por dois transportadores de membrana, um chamado de sistema X (que transporta aminoácidos neutros) e outro chamado de sistema AG (que transporta aminoácidos dionicos). Eles funcionam juntos para realizar o transporte de aminoácidos neutros contra um gradiente de concentração, usando a energia obtida da difusão de íons sódio através da membrana.

O sistema X-AG é importante na absorção e reabsorção de aminoácidos no organismo, desempenhando um papel crucial no metabolismo de proteínas e na manutenção da homeostase dos aminoácidos no corpo.

Os Ratos Wistar são uma linhagem popular e amplamente utilizada em pesquisas biomédicas. Eles foram desenvolvidos no início do século 20, nos Estados Unidos, por um criador de animais chamado Henry Donaldson, que trabalhava no Instituto Wistar de Anatomia e Biologia. A linhagem foi nomeada em homenagem ao instituto.

Os Ratos Wistar são conhecidos por sua resistência geral, baixa variabilidade genética e taxas consistentes de reprodução. Eles têm um fundo genético misto, com ancestrais que incluem ratos albinos originários da Europa e ratos selvagens capturados na América do Norte.

Estes ratos são frequentemente usados em estudos toxicológicos, farmacológicos e de desenvolvimento de drogas, bem como em pesquisas sobre doenças humanas, incluindo câncer, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e neurológicas. Além disso, os Ratos Wistar são frequentemente usados em estudos comportamentais, devido à sua natureza social e adaptável.

Embora os Ratos Wistar sejam uma importante ferramenta de pesquisa, é importante lembrar que eles não são idênticos a humanos e podem reagir de maneira diferente a drogas e doenças. Portanto, os resultados obtidos em estudos com ratos devem ser interpretados com cautela e validados em estudos clínicos envolvendo seres humanos antes que qualquer conclusão definitiva seja feita.

As proteínas de membrana transportadoras são moléculas proteicas especializadas que se encontram inseridas nas membranas lipídicas das células, permitindo a passagem controlada e seletiva de diferentes substâncias, como íons, metabólitos e drogas, através delas. Estas proteínas desempenham um papel fundamental no mantimento do equilíbrio iónico e o movimento de moléculas essenciais para a sobrevivência e homeostase celular. Existem diversos tipos de proteínas de membrana transportadoras, incluindo canais iónicos, bombas de transporte ativo, transportadores facilitados e vesículas de transporte. Cada tipo tem uma estrutura e mecanismo de funcionamento distintos, adaptados às suas funções específicas no organismo.

Os Receptores de N-Metil-D-Aspartato (NMDA, do inglês N-Methyl-D-aspartate receptors) são um tipo específico de receptor de glutamato encontrado principalmente no cérebro dos mamíferos. Eles desempenham um papel crucial em diversos processos neurofisiológicos, como a plasticidade sináptica e o aprendizado e memória.

Os NMDA receptores são ionotrópicos, ou seja, eles formam canais iônicos que permitem o fluxo de íons quando ativados por um ligante específico, no caso, o neurotransmissor glutamato e o agonista N-Metil-D-Aspartato. A ativação dos NMDA receptores leva à abertura do canal iônico associado, permitindo a entrada de cálcio (Ca2+) no interior da célula nervosa.

Este influxo de Ca2+ desencadeia uma série de eventos bioquímicos que podem resultar em alterações na força sináptica entre as células nervosas, processo conhecido como potenciação a longo prazo (LTP). A LTP é um mecanismo celular associado ao aprendizado e memória.

No entanto, uma ativação excessiva ou prolongada dos NMDA receptores pode contribuir para a toxicidade do glutamato e à morte de células nervosas, o que está relacionado a diversas condições neurológicas e psiquiátricas, como dano cerebral traumático, acidente vascular cerebral, esclerose múltipla, epilepsia, doença de Alzheimer, depressão e esquizofrenia. Portanto, os NMDA receptores são alvos terapêuticos importantes para o desenvolvimento de novas estratégias de tratamento dessas condições.

O córtex cerebral, também conhecido como córtex cerebral ou bark cerebral, é a camada externa do hemisfério cerebral no cérebro dos vertebrados. É uma estrutura altamente desenvolvida em mamíferos e particularmente em humanos, onde desempenha um papel central nos processos cognitivos superiores, incluindo a percepção consciente, a linguagem, a memória e o raciocínio.

O córtex cerebral é composto por tecido nervoso cortical, que consiste em camadas de neurônios e células gliais organizados em colunas verticais. Essas colunas são a unidade funcional básica do córtex cerebral e estão envolvidas em processar informações sensoriais, motores e cognitivas.

O córtex cerebral é dividido em diferentes áreas funcionais, cada uma das quais desempenha um papel específico nos processos mentais. Algumas dessas áreas incluem a área de Broca, responsável pela produção de fala, e o giro fusiforme, envolvido na reconhecimento facial.

Em resumo, o córtex cerebral é uma estrutura complexa e crucial no cérebro dos mamíferos que desempenha um papel central em uma variedade de processos cognitivos superiores.

Os Receptores de AMPA (Receptor-ionótipo α-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolepropiónico) são canais iónicos dependentes de ligantes encontrados no sistema nervoso central dos animais. Eles pertencem à superfamília dos receptores do glutamato e são responsáveis pela maior parte da transmissão rápida e excitatória em sinapses no cérebro dos mamíferos.

Os receptores de AMPA são geralmente tetrâmeros compostos por quatro subunidades, que podem ser uma combinação de quatro tipos diferentes: GluA1 (antigamente conhecido como GluR1), GluA2, GluA3 e GluA4. A composição exata dos tetrâmeros determina as propriedades funcionais do receptor, incluindo a condutância iônica, a permeabilidade ao cálcio e a sensibilidade às drogas alostéricas.

Quando o glutamato, o neurotransmissor excitatório primário no cérebro dos mamíferos, se liga a um receptor de AMPA, isto resulta na abertura do canal iônico associado e no fluxo de íons sódio (Na+) e, em menor grau, de íons potássio (K+) através da membrana celular. Isto gera um sinal elétrico que pode propagar-se ao longo do neurónio e desencadear a libertação de outros neurotransmissores em sinapses subsequentes.

Os receptores de AMPA desempenham um papel crucial no processamento da informação no cérebro, na plasticidade sináptica (a capacidade dos circuitos cerebrais de se reorganizarem em resposta a estímulos) e no aprendizado e memória.

Proteínas de transporte, também conhecidas como proteínas de transporte transmembranar ou simplesmente transportadores, são tipos específicos de proteínas que ajudam a mover moléculas e ions através das membranas celulares. Eles desempenham um papel crucial no controle do fluxo de substâncias entre o interior e o exterior da célula, bem como entre diferentes compartimentos intracelulares.

Existem vários tipos de proteínas de transporte, incluindo:

1. Canais iónicos: esses canais permitem a passagem rápida e seletiva de íons através da membrana celular. Eles podem ser regulados por voltagem, ligantes químicos ou outras proteínas.

2. Transportadores acionados por diferença de prótons (uniporteres, simportadores e antiporteres): esses transportadores movem moléculas ou íons em resposta a um gradiente de prótons existente através da membrana. Uniporteres transportam uma única espécie molecular em ambos os sentidos, enquanto simportadores e antiporteres simultaneamente transportam duas ou mais espécies moleculares em direções opostas.

3. Transportadores ABC (ATP-binding cassette): esses transportadores usam energia derivada da hidrólise de ATP para mover moléculas contra gradientes de concentração. Eles desempenham um papel importante no transporte de drogas e toxinas para fora das células, bem como no transporte de lípidos e proteínas nas membranas celulares.

4. Transportadores vesiculares: esses transportadores envolvem o empacotamento de moléculas em vesículas revestidas de proteínas, seguido do transporte e fusão das vesículas com outras membranas celulares. Esse processo é essencial para a endocitose e exocitose.

As disfunções nesses transportadores podem levar a várias doenças, incluindo distúrbios metabólicos, neurodegenerativos e câncer. Além disso, os transportadores desempenham um papel crucial no desenvolvimento de resistência à quimioterapia em células tumorais. Portanto, eles são alvos importantes para o desenvolvimento de novas terapias e estratégias de diagnóstico.

Tetrodotoxin (TTX) é uma potente toxina paralizante encontrada em alguns animais marinhos, incluindo peixes-balão, estrelas-do-mar, caracóis-do-mar e salamandras. Essa toxina bloqueia os canais de sódio voltage-dependentes nas membranas celulares, inibindo a despolarização dos neurônios e músculos esqueléticos, o que pode levar ao parada respiratória e morte. A TTX é extremamente tóxica, sem antídoto conhecido, e mesmo pequenas quantidades podem ser fatalmente venenosas para humanos. É importante manter cautela extrema quando se trata de animais marinhos que possam conter essa toxina, evitando sua manipulação ou consumo.

Os antagonistas GABAérgicos são drogas ou substâncias que bloqueiam a atividade dos receptores GABAergic no sistema nervoso central. O ácido gama-aminobutírico (GABA) é o principal neurotransmissor inhibitório no cérebro e desempenha um papel importante na regulação da excitação neuronal. Os receptores GABAergic são responsáveis pela resposta aos sinais de GABA e podem ser classificados em dois tipos principais: GABA-A e GABA-B.

Os antagonistas GABA-A atuam bloqueando os canais iônicos ligados ao receptor, o que impede a entrada de ions cloreto no neurônio e aumenta a excitabilidade do neurônio. Exemplos de antagonistas GABA-A incluem as benzodiazepinas inversas (por exemplo, flumazenil) e alguns anestésicos inalatórios (por exemplo, halotano e isoflurano).

Os antagonistas GABA-B atuam bloqueando os receptores metabotrópicos acoplados a proteínas G, o que impede a ativação de vias secundárias envolvidas na modulação da excitabilidade neuronal. Exemplos de antagonistas GABA-B incluem as fenilpiperidinas (por exemplo, CGP 35348) e alguns anti-convulsivantes (por exemplo, fenciclidina).

Os antagonistas GABAergic podem ser usados em terapêutica para tratar certas condições médicas, como por exemplo no tratamento de overdose de benzodiazepínicos, mas também podem ter efeitos adversos indesejáveis, como aumento da ansiedade, agitação, convulsões e outros sintomas neurológicos.

Os Canais de Cálcio Tipo P (ou "CaV3" ou "canais de cálcio T-tipo") são canais iónicos dependentes de voltagem que permitem a passagem de íons de cálcio (Ca²+) através da membrana celular. Eles desempenham um papel importante na regulação de vários processos fisiológicos, como a excitação neuronal e a contratilidade muscular.

Os canais de cálcio tipo P são ativados por pequenas variações de voltagem na membrana celular e desempenham um papel crucial no início do potencial de ação nas células excitáveis, como as neurónias e as células musculares lisas. Eles também estão envolvidos na modulação da frequência de descarga dos potenciais de ação em certos tipos de neurónios.

As mutações nos genes que codificam os canais de cálcio tipo P podem estar associadas a várias doenças, incluindo epilepsia, migraña e hipertensão arterial. Além disso, o bloqueio desses canais pode ser uma estratégia terapêutica para tratar determinadas condições médicas, como a angina de peito e a fibrilação atrial.

Na medicina e na neurociência, "modelos neurológicos" referem-se a representações simplificadas ou abstrações dos sistemas nervosos e suas funções. Esses modelos podem ser conceituais, matemáticos ou computacionais e são usados para compreender melhor os processos complexos do sistema nervoso central e periférico. Eles ajudam nos estudos de aprendizagem, memória, linguagem, visão, audição, movimento e outras funções cerebrais. Além disso, os modelos neurológicos são úteis no desenvolvimento e teste de terapias e tratamentos para doenças e distúrbios neurológicos, como dano cerebral, epilepsia, doença de Parkinson e outras condições. Esses modelos podem ser construídos com base em dados experimentais ou clínicos, e sua validade é avaliada pela comparação com os dados reais e por sua capacidade de predizer resultados e fenômenos neurológicos.

Microdialysis é uma técnica de amostragem e monitoramento contínuo que permite a medição direta de neurotransmissores, metabólitos e drogas no líquido intersticial em tempo real. É frequentemente usada em estudos experimentais para investigar a fisiologia e patofisiologia do cérebro.

A técnica consiste em inserir um cateter flexível com uma membrana permeável em um tecido específico, geralmente no cérebro, mas também pode ser usado em outros órgãos. O cateter contém uma solução perfusante que flui através da membrana e estabelece um gradiente de concentração entre o interior e o exterior do cateter. Ao mesmo tempo, moléculas pequenas presentes no líquido intersticial podem se difundir através da membrana para a solução perfusante.

A solução perfusante é coletada em intervalos regulares e analisada por meio de técnicas cromatográficas ou espectroscópicas, permitindo a medição quantitativa das concentrações de neurotransmissores, metabólitos e drogas no líquido intersticial.

A microdialise é uma ferramenta valiosa em pesquisas pré-clínicas e clínicas, fornecendo informações únicas sobre a dinâmica dos neurotransmissores e metabólitos em resposta a diferentes estímulos ou tratamentos. No entanto, é importante notar que a técnica tem algumas limitações, como a possibilidade de causar lesões teciduais e a necessidade de calibração cuidadosa para garantir a precisão e a exactidão das medições.

As proteínas Qa-SNARE são um tipo específico de proteínas SNARE (Soluble NSF Attachment Protein REceptor) que desempenham um papel crucial no processo de fusão de membranas intracelulares. As proteínas SNARE são responsáveis por facilitar a interação entre vesículas e membranas target, garantindo a precisão e eficiência da entrega de cargas dentro da célula.

A classe Qa-SNARE é composta por proteínas que possuem um domínio SNARE característico, chamado Qa-SNARE motif, no seu extremo N-terminal. Este domínio interage com outros domínios SNARE presentes em proteínas da classe R-SNARE e Qbc-SNARE, formando um complexo de quatro hélices chamado "complexo SNARE". A formação deste complexo é essencial para aproximar as membranas e promover a fusão entre elas.

Exemplos de proteínas Qa-SNARE incluem a syntaxina-1, que está envolvida no processo de exocitose neuronal, e a syntaxina-5, que desempenha um papel na fusão de vesículas do retículo endoplasmático rugoso com o apparato de Golgi.

Em resumo, as proteínas Qa-SNARE são componentes importantes do sistema SNARE e desempenham um papel fundamental no processo de fusão de membranas intracelulares, garantindo a entrega precisa e eficiente de cargas dentro da célula.

Os Receptores da Glicina (Glycine Receptors em inglês) são tipos específicos de receptores ionotrópicos localizados no sistema nervoso central dos vertebrados. Eles são responsáveis pela transmissão sináptica inhibitória e desempenham um papel crucial na modulação do equilíbrio excitação-inibição no cérebro.

Os receptores da glicina são constituídos por pentâmeros de subunidades proteicas, das quais existem duas principais classes: α e β. A maioria dos receptores da glicina contém uma combinação de subunidades α1 e β. Quando a glicina se liga ao local de ligação do receptor, ela promove a abertura de um poro iônico no centro do complexo proteico, permitindo que íons cloreto fluam para dentro ou para fora da célula.

A entrada de íons cloreto na célula causa uma hiperpolarização da membrana pós-sináptica, o que torna mais difícil a ativação dos canais de voltagem dependentes de cálcio e, portanto, reduz a liberação de neurotransmissores excitatórios. Dessa forma, os receptores da glicina desempenham um papel importante na regulação da atividade sináptica e no controle do equilíbrio entre excitação e inibição no cérebro.

Além disso, os receptores da glicina estão envolvidos em diversas funções fisiológicas importantes, como a regulação do sono, a percepção dolorosa, a motricidade e o controle motor. Distúrbios nos receptores da glicina podem levar a várias condições neurológicas e psiquiátricas, incluindo epilepsia, distúrbios do movimento, esquizofrenia e transtornos de ansiedade.

Neuropeptide Y (NPY) é um peptídeo neuroativador que ocorre naturalmente no corpo humano. É um dos neuropeptídeos mais abundantes no sistema nervoso central e desempenha um papel importante na regulação de diversas funções fisiológicas, como o apetite, o humor, a pressão arterial, a memória e o sono.

NPY é sintetizado a partir de um precursor proteico maior chamado pré-proneuropeptide Y e é armazenado em vesículas sinápticas nos terminais nervosos. Quando estimulados, os neurônios liberam NPY no espaço sináptico, onde se liga a receptores específicos na membrana pós-sináptica e desencadeia uma variedade de respostas celulares.

No cérebro, NPY tem sido implicado em diversos processos fisiológicos e patológicos, incluindo o controle do apetite e da ingestão de alimentos, a regulação do ritmo cardíaco e da pressão arterial, a modulação da ansiedade e do humor, a memória e o aprendizado, e a neuroproteção contra danos cerebrais.

Em condições patológicas, como a obesidade, a depressão e a hipertensão, os níveis de NPY podem estar desregulados, o que pode contribuir para a fisiopatologia dessas doenças. Assim, o Neuropeptide Y é um alvo importante para o desenvolvimento de novas terapias farmacológicas para o tratamento de diversas condições clínicas.

'Loligo' é um termo usado em biologia marinha para se referir a um gênero específico de lulas. A espécie mais comum e bem conhecida neste gênero é a Loligo pealeii, que é amplamente distribuída na costa leste da América do Norte e no Golfo do México. Estas lulas são frequentemente capturadas para consumo humano e são apreciadas por seu sabor delicado e textura tenra.

Além disso, o termo 'loligo' é algumas vezes usado de forma mais geral para se referir a várias outras espécies de lulas pequenas que têm um corpo alongado e tentáculos ondulantes. No entanto, é importante notar que o uso exato do termo pode variar dependendo da região e do contexto.

Os Canais de Cálcio Tipo Q, também conhecidos como canais de cálcio lentos ou canais de cálcio de baixa condutância, são um tipo específico de canal iónico que permite a passagem de íons de cálcio (Ca2+) através da membrana celular.

Esses canais desempenham um papel crucial no processo de excitação-contradição dos músculos lisos e cardíacos, bem como na regulação do ritmo cardíaco. Eles são chamados de "lentos" porque a corrente iónica que eles conduzem se desenvolve e inativa-se gradualmente ao longo de um período mais longo em comparação com outros tipos de canais de cálcio.

A disfunção desses canais pode levar a várias condições médicas, incluindo a doença de arritmia cardíaca conhecida como síndrome do QT longo, que é caracterizada por um intervalo QT prolongado no ECG (electrocardiograma) e pode aumentar o risco de desenvolver arritmias potencialmente perigosas para a vida.

Os Receptores de Serotonina referem-se a um grupo de proteínas transmembrana encontradas em neurônios e outras células do corpo que se ligam à serotonina, um neurotransmissor importante no sistema nervoso central e periférico. Existem pelo menos 14 subtipos diferentes de receptores de serotonina (5-HT) identificados até agora e são geralmente classificados em sete famílias distintas (5-HT1 a 5-HT7), com base em suas sequências de aminoácidos, estruturas moleculares e funções biológicas.

Cada subtipo de receptor de serotonina tem sua própria distribuição anatômica, afinidade por diferentes ligantes e mecanismos de sinalização intracelular. Alguns desses receptores estão envolvidos em processos como a regulação do humor, sono, apetite, nausea, ansiedade, agressão, sexualidade, temperatura corporal e funções cognitivas. Outros desempenham papéis importantes na modulação da dor, hemostasia, função cardiovascular e processos gastrointestinais.

Devido à sua importância em uma variedade de funções fisiológicas e patológicas, os receptores de serotonina têm sido alvo de pesquisas intensivas no campo da farmacologia e psiquiatria, com o objetivo de desenvolver novos tratamentos para doenças como depressão, ansiedade, transtornos alimentares, dor crônica e outras condições.

Proteínas de membrana são tipos especiais de proteínas que estão presentes nas membranas celulares e participam ativamente em diversas funções celulares, como o transporte de moléculas através da membrana, reconhecimento e ligação a outras células e sinais, e manutenção da estrutura e funcionalidade da membrana. Elas podem ser classificadas em três categorias principais: integrais, periféricas e lipid-associated. As proteínas integrais são fortemente ligadas à membrana e penetram profundamente nela, enquanto as proteínas periféricas estão associadas à superfície da membrana. As proteínas lipid-associated estão unidas a lípidos na membrana. Todas essas proteínas desempenham papéis vitais em processos como comunicação celular, transporte de nutrientes e controle do tráfego de moléculas entre o interior e o exterior da célula.

Uma sequência de aminoácidos refere-se à ordem exata em que aminoácidos específicos estão ligados por ligações peptídicas para formar uma cadeia polipeptídica ou proteína. Existem 20 aminoácidos diferentes que podem ocorrer naturalmente nas sequências de proteínas, cada um com sua própria propriedade química distinta. A sequência exata dos aminoácidos em uma proteína é geneticamente determinada e desempenha um papel crucial na estrutura tridimensional, função e atividade biológica da proteína. Alterações na sequência de aminoácidos podem resultar em proteínas anormais ou não funcionais, o que pode contribuir para doenças humanas.

As Proteínas Rab3 de Ligação ao GTP são uma subfamília de proteínas Rab que se ligam à guanosina trifosfato (GTP) e desempenham um papel importante na regulação do tráfego intracelular de membrana e na exocitose em células eucarióticas. A família Rab3 é composta por quatro membros, designados Rab3A, Rab3B, Rab3C e Rab3D, cada um com diferentes padrões de expressão tecidual e funções específicas.

As proteínas Rab3 de ligação ao GTP são activadas quando se ligam à GTP, o que leva à sua ativação e posterior interacção com outras proteínas efectoras envolvidas no tráfego vesicular. Após a fusão da vesícula com o destino adequado, as Rab3 de ligação ao GTP são desactivadas por hidrolase de GTP, o que leva à sua inactivação e reciclagem para outras vesículas.

As proteínas Rab3 de ligação ao GTP estão envolvidas em vários processos celulares, incluindo a libertação de neurotransmissores nos neurónios, a secreção de hormonas e enzimas nas células endócrinas e exócrinas, e o transporte de vesículas sinápticas em células neurosecretoras.

Deficiências ou mutações nestas proteínas podem estar associadas a várias doenças neurológicas e endócrinas, como a doença de Hirschsprung, a síndrome de Horner e a diabetes mellitus.

O Sistema Nervoso Central (SNC) é a parte do sistema nervoso que inclui o cérebro e a medula espinhal. Ele é responsável por processar informações sensoriais, coordenar atividades musculares e mentais complexas, controlar várias funções automáticas do corpo, tais como batimento cardíaco e pressão arterial, e regular as respostas emocionais e comportamentais.

O cérebro é o órgão central de controle e processamento de informações no SNC. É dividido em várias estruturas, incluindo o córtex cerebral (a parte externa do cérebro que está envolvida em pensamentos conscientes, percepção sensorial e controle motor), o tálamo (que serve como um centro de processamento para a maioria dos sinais sensoriais), o hipocampo (que desempenha um papel importante na formação de memórias) e o cerebelo (que coordena atividades musculares e mentais complexas).

A medula espinhal é uma longa tubula que se estende da base do cérebro até a coluna vertebral. Ela serve como um caminho de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo, transmitindo sinais nervosos entre os dois. A medula espinhal também contém centros nervosos que podem controlar reflexos simples, tais como a retirada rápida de uma mão de um objeto quente, sem a necessidade de envolver o cérebro.

A Proteína 2 Associada à Membrana da Vesícula, frequentemente abreviada como VAMP2 (do inglês, Vesicle-Associated Membrane Protein 2), é uma proteína de membrana que desempenha um papel crucial no processo de exocitose, mais especificamente na libertação de neurotransmissores em sinapses. Ela está localizada na membrana dos compartimentos vesiculares e interage com outras proteínas para facilitar a fusão das vesículas com a membrana plasmática, permitindo assim a liberação de seu conteúdo no ambiente extracelular.

A VAMP2 pertence à família das SNAREs (do inglês, Soluble NSF Attachment Protein REceptor), que são proteínas responsáveis pela mediação da fusão de membranas em células eucarióticas. A proteína VAMP2 é composta por um domínio transmembrana, um peptídeo de ancoragem e um domínio SNARE que interage com outras proteínas SNARE na membrana plasmática, formando um complexo chamado "complexo SNARE" ou "complexe kiss-and-run". Essa interação é essencial para a fusão das vesículas e ocorre em uma etapa tardia do processo exocítico.

Em resumo, a Proteína 2 Associada à Membrana da Vesícula (VAMP2) é uma proteína SNARE que desempenha um papel fundamental no processo de exocitose, facilitando a fusão das vesículas com a membrana plasmática e permitindo a liberação de neurotransmissores em sinapses.

Neurônios motores são um tipo específico de neurônios encontrados no sistema nervoso central (SNC) que desempenham um papel fundamental na transmissão dos sinais elétricos para as células musculares e glandulares, permitindo assim a movimentação do corpo e outras respostas fisiológicas.

Eles possuem duas principais partes: o corpo celular (ou pericário) e os axônios. O corpo celular contém o núcleo da célula, enquanto o axônio é a extensão alongada que transmite os impulsos nervosos para as células alvo.

Existem dois tipos principais de neurônios motores: os upper motor neurons (UMNs) e os lower motor neurons (LMNs). Os UMNs têm seus corpos celulares localizados no cérebro, principalmente na área motora da cortex cerebral e no tronco encefálico. Eles enviam suas axônios através dos tratos descendentes para se conectar aos LMNs no SNC.

LMNs, por outro lado, têm seus corpos celulares localizados nas regiões do SNC como a medula espinal e os gânglios da base. Eles enviam suas axônios através dos nervos periféricos para se conectar diretamente às células musculares esqueléticas, permitindo assim a contração muscular e o movimento voluntário.

Lesões ou doenças que afetam os neurônios motores podem resultar em diversos sintomas, como fraqueza muscular, espasticidade, fasciculações e atrofia muscular. Exemplos de condições que envolvem a degeneração dos neurônios motores incluem a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e a Atrofia Muscular Espinal (AME).

Os "Sistemas de Transporte de Aminoácidos Neutros" (STAN) referem-se a um grupo de sistemas de transporte de membrana que são responsáveis pelo movimento ativo ou passivo de aminoácidos neutros através da membrana celular. Esses sistemas desempenham um papel crucial no equilíbrio iônico e osmótico das células, bem como na regulação do metabolismo de aminoácidos.

Existem vários tipos de STAN, incluindo:

1. Sistema ASC (Alanina, Serina, Cisteína): Este sistema é responsável pelo transporte de alanina, serina e cisteína em direção à célula, juntamente com um próton (H+). É um sistema ativo simportador.
2. Sistema A (Alanina): Este sistema transporta alanina para fora da célula juntamente com um próton (H+). Também é um sistema ativo simportador.
3. Sistema L (Leucina): Este sistema transporta aminoácidos de cadeia lateral grande e hidrofóbica, como leucina, isoleucina e valina, em direção à célula. É um sistema ativo simportador que co-transporta também um próton (H+).
4. Sistema LNAA (Large Neutral Amino Acids): Este sistema transporta aminoácidos de cadeia lateral grande e neutra, como tirosina, triptofano, fenilalanina, histidina, metionina e arginina. É um sistema ativo simportador que co-transporta também um próton (H+).
5. Sistema y+L (Cationic Amino Acids and Large Neutral Amino Acids): Este sistema transporta aminoácidos catiônicos, como lisina e arginina, bem como aminoácidos de cadeia lateral grande e neutra, como tirosina, triptofano, fenilalanina, histidina, metionina e arginina. É um sistema ativo simportador que co-transporta também um próton (H+).
6. Sistema B0,+ (Basic Amino Acids): Este sistema transporta aminoácidos básicos, como lisina e arginina, em direção à célula. É um sistema ativo simportador que co-transporta também um próton (H+).
7. Sistema Asc-1 (Anionic Amino Acids): Este sistema transporta aminoácidos aniônicos, como ácido glutâmico e ácido aspártico, em direção à célula. É um sistema ativo simportador que co-transporta também um próton (H+).

A maioria dos sistemas de transporte de aminoácidos é específica para os diferentes tipos de aminoácidos e possui uma direção definida de transporte. Alguns sistemas, como o sistema B0,+, podem transportar mais de um tipo de aminoácido, mas ainda assim são específicos em relação à carga elétrica dos aminoácidos que transportam. Outros sistemas, como o sistema Asc-1, são específicos para os aminoácidos aniônicos, mas podem transportar diferentes tipos de aminoácidos aniônicos em diferentes direções.

Os sistemas de transporte de aminoácidos desempenham um papel importante no metabolismo dos aminoácidos e na homeostase do organismo. Eles permitem que as células absorvam os aminoácidos necessários para a síntese de proteínas e outras moléculas importantes, além de eliminar os aminoácidos excedentes ou danificados do organismo. Além disso, alguns sistemas de transporte de aminoácidos estão envolvidos no transporte de neurotransmissores e outras moléculas importantes nas células nervosas.

Em resumo, os sistemas de transporte de aminoácidos são mecanismos complexos e específicos que permitem o transporte de aminoácidos através das membranas celulares. Eles desempenham um papel importante no metabolismo dos aminoácidos e na homeostase do organismo, além de estar envolvidos em diversos processos fisiológicos importantes.

As proteínas vesiculares de transporte de acetilcolina são tipos específicos de proteínas que desempenham um papel crucial no processo de liberação de neurotransmissores, particularmente a acetilcolina. A acetilcolina é um importante neurotransmissor que participa na transmissão de sinais entre neurônios em todo o sistema nervoso central e periférico.

Existem dois tipos principais de proteínas vesiculares de transporte de acetilcolina: a vesicular acetylcholine transporter (VAChT) e a synaptotagmin. A VAChT é uma proteína integral de membrana que se localiza nas vesículas sinápticas, as estruturas especializadas que armazenam neurotransmissores dentro dos neurônios. Ela funciona como um transportador ativo, movendo a acetilcolina da parte citosólica (interior) da vesícula para o seu interior (luminal), contra o gradiente de concentração. Isso garante que as vesículas sinápticas estejam carregadas com altas concentrações de acetilcolina, prontas para serem liberadas quando necessário.

Por outro lado, a synaptotagmin é uma proteína transmembrana associada à superfície das vesículas sinápticas que atua como um sensor de cálcio e participa no processo de exocitose da vesícula. Quando ocorre a entrada de cálcio no terminal pré-sináptico em resposta a uma determinada ativação do neurônio, a synaptotagmin sofre uma mudança conformacional que desencadeia a fusão das membranas vesicular e presináptica, resultando na liberação de acetilcolina no espaço sináptico.

Em resumo, as proteínas vesiculares, como o transportador de acetilcolina e a synaptotagmin, desempenham papéis cruciais no processamento, armazenamento e liberação da acetilcolina nas sinapses, garantindo a transmissão adequada dos sinais nervosos.

A definição médica de "6-Ciano-7-nitroquinoxalina-2,3-diona" refere-se a um composto químico com a fórmula C8H3N3O4. É um agente químico sintético que pertence à classe dos nitrocompostos e quinoxalinas.

Este composto é frequentemente utilizado em pesquisas biológicas como um inibidor da enzima topoisomerase II, o que significa que ele interfere com a capacidade da célula de replicar seu DNA. Isso pode levar à morte celular e, portanto, tem sido estudado como um possível agente anticancerígeno.

No entanto, é importante notar que este composto ainda está em fase de pesquisa e não está aprovado para uso clínico em humanos. Além disso, como muitos outros agentes quimioterápicos, ele pode ter efeitos tóxicos significativos e precisa ser utilizado com cuidado.

Catecolaminas são hormônios e neurotransmissores que desempenham um papel importante na resposta do corpo a situações estressantes. Eles incluem epinefrina (adrenalina), norepinefrina (noradrenalina) e dopamina.

A epinefrina é produzida principalmente pelas glândulas suprarrenais e prepara o corpo para a "luta ou fuga" em resposta a um estressor, aumentando a frequência cardíaca, a pressão arterial e a respiração, além de desencadear a libertação de glicose no sangue.

A norepinefrina é produzida tanto pelas glândulas suprarrenais quanto no sistema nervoso central e atua como um neurotransmissor que transmite sinais entre as células nervosas. Também desempenha um papel na resposta "luta ou fuga", aumentando a frequência cardíaca, a pressão arterial e a respiração, além de estimular a vigilância e a atenção.

A dopamina é um neurotransmissor importante no cérebro que desempenha um papel na regulação do movimento, do humor, da recompensa e do prazer. Também pode atuar como um hormônio que regula a pressão arterial e a secreção de outras hormonas.

Os níveis anormalmente altos ou baixos de catecolaminas podem estar associados a várias condições médicas, como hipertensão, doença de Parkinson, depressão e transtorno de estresse pós-traumático.

A toxina tetânica é produzida pelo bacterio Clostridium tetani e é a causa da doença conhecida como tétano. Essa toxina afeta o sistema nervoso, levando a sintomas como espasmos musculares involuntários, rigidez dos músculos, dificuldade para engolir e respirar, entre outros. A toxina tetânica atua inibindo a liberação do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico) nos neurônios encarregados da transmissão de sinais para os músculos, resultando em hiperatividade muscular e tetania. A intoxicação por toxina tetânica pode ser fatal se não for tratada a tempo, geralmente com soro antitetânico e antibióticos.

As proteínas de membrana plasmática de transporte de serotonina, também conhecidas como transportadores de serotonina (SERT), são proteínas integrales de membrana que participam ativamente no processo de reabsorção da serotonina (5-hidroxitriptamina ou 5-HT) dos espaços sinápticos para o interior das células pré-sinápticas. A serotonina é um neurotransmissor importante envolvido em diversas funções do sistema nervoso central e periférico, tais como a regulação do humor, sonolência, apetite, memória e aprendizagem, entre outras.

A proteína SERT pertence à família das proteínas de transporte de neurotransmissores sódio-dependentes (SLC6) e é codificada pelo gene SLC6A4 no cromossomo 17q11.2-q12. A sua estrutura consiste em doze hélices transmembrana, com os domínios N- e C-terminais localizados no citosol celular.

O transportador de serotonina funciona como uma bomba que utiliza o gradiente electroquímico de sódio para mover a serotonina contra o seu gradiente de concentração, desde o espaço extracelular para o interior da célula. A actividade do SERT é um alvo terapêutico importante no tratamento de diversas condições clínicas, como a depressão e os transtornos de ansiedade, através da administração de inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), que actuam bloqueando o transportador de serotonina e aumentando assim a sua concentração no espaço sináptico.

'Fatores de tempo', em medicina e nos cuidados de saúde, referem-se a variáveis ou condições que podem influenciar o curso natural de uma doença ou lesão, bem como a resposta do paciente ao tratamento. Esses fatores incluem:

1. Duração da doença ou lesão: O tempo desde o início da doença ou lesão pode afetar a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento. Em geral, um diagnóstico e tratamento precoces costumam resultar em melhores desfechos clínicos.

2. Idade do paciente: A idade de um paciente pode influenciar sua susceptibilidade a determinadas doenças e sua resposta ao tratamento. Por exemplo, crianças e idosos geralmente têm riscos mais elevados de complicações e podem precisar de abordagens terapêuticas adaptadas.

3. Comorbidade: A presença de outras condições médicas ou psicológicas concomitantes (chamadas comorbidades) pode afetar a progressão da doença e o prognóstico geral. Pacientes com várias condições médicas costumam ter piores desfechos clínicos e podem precisar de cuidados mais complexos e abrangentes.

4. Fatores socioeconômicos: As condições sociais e econômicas, como renda, educação, acesso a cuidados de saúde e estilo de vida, podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento e progressão de doenças. Por exemplo, indivíduos com baixa renda geralmente têm riscos mais elevados de doenças crônicas e podem experimentar desfechos clínicos piores em comparação a indivíduos de maior renda.

5. Fatores comportamentais: O tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a má nutrição e a falta de exercícios físicos regularmente podem contribuir para o desenvolvimento e progressão de doenças. Pacientes que adotam estilos de vida saudáveis geralmente têm melhores desfechos clínicos e uma qualidade de vida superior em comparação a pacientes com comportamentos de risco.

6. Fatores genéticos: A predisposição genética pode influenciar o desenvolvimento, progressão e resposta ao tratamento de doenças. Pacientes com uma história familiar de determinadas condições médicas podem ter um risco aumentado de desenvolver essas condições e podem precisar de monitoramento mais apertado e intervenções preventivas mais agressivas.

7. Fatores ambientais: A exposição a poluentes do ar, água e solo, agentes infecciosos e outros fatores ambientais pode contribuir para o desenvolvimento e progressão de doenças. Pacientes que vivem em áreas com altos níveis de poluição ou exposição a outros fatores ambientais de risco podem precisar de monitoramento mais apertado e intervenções preventivas mais agressivas.

8. Fatores sociais: A pobreza, o isolamento social, a violência doméstica e outros fatores sociais podem afetar o acesso aos cuidados de saúde, a adesão ao tratamento e os desfechos clínicos. Pacientes que experimentam esses fatores de estresse podem precisar de suporte adicional e intervenções voltadas para o contexto social para otimizar seus resultados de saúde.

9. Fatores sistêmicos: As disparidades raciais, étnicas e de gênero no acesso aos cuidados de saúde, na qualidade dos cuidados e nos desfechos clínicos podem afetar os resultados de saúde dos pacientes. Pacientes que pertencem a grupos minoritários ou marginalizados podem precisar de intervenções específicas para abordar essas disparidades e promover a equidade em saúde.

10. Fatores individuais: As características do paciente, como idade, sexo, genética, história clínica e comportamentos relacionados à saúde, podem afetar o risco de doenças e os desfechos clínicos. Pacientes com fatores de risco individuais mais altos podem precisar de intervenções preventivas personalizadas para reduzir seu risco de doenças e melhorar seus resultados de saúde.

Em resumo, os determinantes sociais da saúde são múltiplos e interconectados, abrangendo fatores individuais, sociais, sistêmicos e ambientais que afetam o risco de doenças e os desfechos clínicos. A compreensão dos determinantes sociais da saúde é fundamental para promover a equidade em saúde e abordar as disparidades em saúde entre diferentes grupos populacionais. As intervenções que abordam esses determinantes podem ter um impacto positivo na saúde pública e melhorar os resultados de saúde dos indivíduos e das populações.

A imunohistoquímica (IHC) é uma técnica de laboratório usada em patologia para detectar e localizar proteínas específicas em tecidos corporais. Ela combina a imunologia, que estuda o sistema imune, com a histoquímica, que estuda as reações químicas dos tecidos.

Nesta técnica, um anticorpo marcado é usado para se ligar a uma proteína-alvo específica no tecido. O anticorpo pode ser marcado com um rastreador, como um fluoróforo ou um metal pesado, que permite sua detecção. Quando o anticorpo se liga à proteína-alvo, a localização da proteína pode ser visualizada usando um microscópio especializado.

A imunohistoquímica é amplamente utilizada em pesquisas biomédicas e em diagnósticos clínicos para identificar diferentes tipos de células, detectar marcadores tumorais e investigar a expressão gênica em tecidos. Ela pode fornecer informações importantes sobre a estrutura e função dos tecidos, bem como ajudar a diagnosticar doenças, incluindo diferentes tipos de câncer e outras condições patológicas.

5-Hidroxitryptofano (5-HTP) é um aminoácido que ocorre naturalmente e é um precursor da serotonina, um neurotransmissor importante no cérebro envolvido na regulação do humor, sono e apetite. O 5-HTP é produzido a partir do triptofano, outro aminoácido, através de uma reação enzimática no corpo. Além disso, o 5-HTP está disponível como suplemento dietético e é às vezes usado para tratar condições como depressão, ansiedade, insônia e transtornos alimentares, embora sua eficácia e segurança nestas indicações ainda sejam objeto de debate e pesquisa contínua.

O comportamento animal refere-se aos processos e formas de ação sistemáticos demonstrados por animais em resposta a estímulos internos ou externos. Ele é geralmente resultado da interação entre a hereditariedade (genes) e os fatores ambientais que uma determinada espécie desenvolveu ao longo do tempo para garantir sua sobrevivência e reprodução.

Esses comportamentos podem incluir comunicação, alimentação, defesa territorial, cortejo, acasalamento, cuidado parental, entre outros. Alguns comportamentos animais são instintivos, ou seja, eles estão pré-programados nos genes do animal e são desencadeados por certos estímulos, enquanto outros podem ser aprendidos ao longo da vida do animal.

A pesquisa em comportamento animal é multidisciplinar, envolvendo áreas como a etologia, biologia evolutiva, psicologia comparativa, neurociência e antropologia. Ela pode fornecer informações importantes sobre a evolução dos organismos, a organização social das espécies, os mecanismos neurológicos que subjazem ao comportamento e até mesmo insights sobre o próprio comportamento humano.

Os Receptores Dopaminérgicos são proteínas transmembranares encontradas em neurônios e outras células que se ligam à dopamina, um neurotransmissor importante no sistema nervoso central. Existem cinco subtipos principais de receptores dopaminérgicos, divididos em duas famílias: D1-like (que inclui os subtipos D1 e D5) e D2-like (que inclui os subtipos D2, D3 e D4). A ligação da dopamina a esses receptores desencadeia uma variedade de respostas celulares que desempenham um papel fundamental em diversos processos fisiológicos e comportamentais, como o controle motor, a motivação, a recompensa, a cognição e a emoção. Alterações nos sistemas dopaminérgicos e nos receptores dopaminérgicos têm sido associadas a diversos transtornos neurológicos e psiquiátricos, como a doença de Parkinson, o transtorno obsessivo-compulsivo, a esquizofrenia e o transtorno bipolar.

O corpo estriado, também conhecido como striatum, é uma região importante do cérebro que faz parte do sistema nervoso central. Ele está localizado na porção dorsal do telencéfalo e é dividido em duas principais subdivisões: o putâmen e o núcleo caudado. O globo pálido, outra estrutura cerebral, também é frequentemente incluído no corpo estriado.

O corpo estriado desempenha um papel fundamental no processamento de informações relacionadas ao controle motor, aprendizagem e memória motora, recompensa e adição. Ele recebe inputs principalmente do córtex cerebral e da substância negra, e envia projeções para o globo pálido e o tálamo.

A dopamina é um neurotransmissor importante no corpo estriado, sendo seus níveis alterados em diversas condições neurológicas e psiquiátricas, como a doença de Parkinson e a esquizofrenia. Lesões ou disfunções no corpo estriado podem resultar em sintomas motores e cognitivos significativos.

Em medicina e neurologia, "potenciais evocados" referem-se a respostas elétricas enregistradas em diferentes partes do sistema nervoso central (SNC), geralmente no cérebro ou medula espinhal, em resposta a estímulos específicos aplicados a outros sentidos ou órgãos. Estes potenciais evocados são usados clinicamente como ferramentas diagnósticas para avaliar o funcionamento dos nervos e do cérebro, especialmente no que diz respeito à velocidade de condução nervosa e integridade das vias nervosas.

Existem diferentes tipos de potenciais evocados, dependendo do tipo de estímulo utilizado:

1. Potenciais Evocados Somes térmicos ou elétricos (PES): são obtidos após a aplicação de um estímulo doloroso ou não doloroso em um nervo periférico, geralmente no membro superior ou inferior. A resposta é registada sobre o couro cabeludo e fornece informações sobre a integridade do trato sensitivo e da velocidade de condução nervosa dos nervos periféricos e da medula espinhal.
2. Potenciais Evocados Visuais (PEV): são obtidos após a exposição a um estímulo luminoso, geralmente uma luz intermitente ou um padrão visual específico. A resposta é registada sobre o couro cabeludo e fornece informações sobre a integridade do sistema visual e da via óptica, incluindo a velocidade de condução nervosa dos neurónios responsáveis pela transmissão dos sinais visuais.
3. Potenciais Evocados Auditivos (PEA): são obtidos após a exposição a um estímulo sonoro, geralmente um clique ou uma série de cliques. A resposta é registada sobre o couro cabeludo e fornece informações sobre a integridade do sistema auditivo e da via auditiva, incluindo a velocidade de condução nervosa dos neurónios responsáveis pela transmissão dos sinais sonoros.
4. Potenciais Evocados Somatossensoriais (PESS): são obtidos após a exposição a um estímulo táctil, geralmente uma vibração ou um choque eléctrico leve. A resposta é registada sobre o couro cabeludo e fornece informações sobre a integridade do sistema somatossensorial e da via sensitiva, incluindo a velocidade de condução nervosa dos neurónios responsáveis pela transmissão dos sinais tácteis.

Os potenciais evocados são técnicas diagnósticas úteis no estudo das vias sensoriais e da integridade do sistema nervoso periférico e central. Podem ser utilizados na avaliação de lesões neurológicas, incluindo neuropatias periféricas, compressões nervosas, lesões da medula espinal e do tronco encefálico, e no estudo dos processos desmielinizantes, como a esclerose múltipla. Também podem ser utilizados na avaliação da função cognitiva e na pesquisa científica.

Em medicina e biologia, a transdução de sinal é o processo pelo qual uma célula converte um sinal químico ou físico em um sinal bioquímico que pode ser utilizado para desencadear uma resposta celular específica. Isto geralmente envolve a detecção do sinal por um receptor na membrana celular, que desencadeia uma cascata de eventos bioquímicos dentro da célula, levando finalmente a uma resposta adaptativa ou homeostática.

A transdução de sinal é fundamental para a comunicação entre células e entre sistemas corporais, e está envolvida em processos biológicos complexos como a percepção sensorial, o controle do ciclo celular, a resposta imune e a regulação hormonal.

Existem vários tipos de transdução de sinal, dependendo do tipo de sinal que está sendo detectado e da cascata de eventos bioquímicos desencadeada. Alguns exemplos incluem a transdução de sinal mediada por proteínas G, a transdução de sinal mediada por tirosina quinase e a transdução de sinal mediada por canais iónicos.

"Knockout mice" é um termo usado em biologia e genética para se referir a camundongos nos quais um ou mais genes foram desativados, ou "knockout", por meio de técnicas de engenharia genética. Isso permite que os cientistas estudem os efeitos desses genes específicos na função do organismo e no desenvolvimento de doenças. A definição médica de "knockout mice" refere-se a esses camundongos geneticamente modificados usados em pesquisas biomédicas para entender melhor as funções dos genes e seus papéis na doença e no desenvolvimento.

agonista GABAergico é um termo utilizado em medicina e neurologia para se referir a substâncias ou fármacos que imitam ou reforçam a ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor inhibitório no cérebro. O GABA é o principal neurotransmissor responsável por regular a excitação e a inibição dos neurônios no sistema nervoso central.

Os agonistas GABAergicos atuam nos receptores GABA-A ou GABA-B, aumentando a frequência de abertura dos canais iônicos associados a esses receptores e levando assim à hiperpolarização da membrana do neurônio, o que resulta em uma diminuição da excitação neural.

Essas substâncias são frequentemente utilizadas no tratamento de diversas condições clínicas, como ansiedade, insónia, epilepsia e espasticidade muscular, entre outras. Alguns exemplos de agonistas GABAergicos incluem benzodiazepínicos, barbitúricos, álcool e alguns anticonvulsivantes.

Os Receptores Nicotínicos (RNs) são canais iónicos dependentes de ligantes encontrados nas membranas pós-sinápticas de neurônios e outros tipos de células em todo o sistema nervoso central e periférico. Eles recebem seu nome devido à sua alta afinidade pela nicotina, uma substância presente no tabaco.

Os RNs são compostos por cinco subunidades proteicas dispostas em forma de anel, que formam um poro central através do qual passam íons como o sódio (Na+), potássio (K+) e cálcio (Ca2+). A ativação dos RNs ocorre quando uma molécula de acetilcolina (ACh), o neurotransmissor endógeno que liga a esses receptores, se liga a um sítio específico na subunidade do receptor. Isso resulta em uma alteração conformacional da proteína, permitindo a abertura do poro iónico e o fluxo de íons através da membrana celular.

A ativação dos RNs desencadeia uma variedade de respostas fisiológicas, como a excitação ou inibição do neurônio pós-sináptico, dependendo do tipo e localização dos receptores. Além disso, os RNs desempenham um papel crucial em diversos processos, incluindo a modulação da neurotransmissão, o controle do movimento, a regulação do humor e a memória.

Os RNs são alvo de diversas drogas e toxinas, como a nicotina, curare e cobra-coral. A exposição a essas substâncias pode alterar a função dos receptores, levando a distúrbios neurológicos e outras complicações de saúde.

Neurotoxinas são substâncias químicas que são tóxicas para o sistema nervoso. Eles podem danificar, destruir ou interromper o funcionamento dos neurônios, células do sistema nervoso responsáveis por receber, processar e transmitir informações no corpo. A exposição a neurotoxinas pode resultar em uma variedade de sintomas, dependendo da área do sistema nervoso afetada. Esses sintomas podem incluir problemas cognitivos, memória prejudicada, alterações de humor, dificuldades de coordenação, convulsões e paralisia. Algumas neurotoxinas comuns incluem chumbo, mercúrio, organofosfatos (usados em pesticidas) e certos tipos de algas azuis tóxicas. A exposição a essas toxinas pode ocorrer por meio da ingestão, inalação ou contato com a pele.

Neuroquímica é um ramo da ciência que estuda a química do sistema nervoso, ou seja, investiga a estrutura e função dos neurotransmissores e outras moléculas envolvidas na comunicação entre as células nervosas (neurônios) e entre essas células e outros tipos de células do corpo. Isso inclui o estudo da síntese, armazenamento, libertação, ligação a receptores e mecanismos de sinalização celular, metabolismo e eliminação dos neurotransmissores. Além disso, a neuroquímica também abrange o estudo da interação entre os sistemas nervoso central e periférico com outros sistemas corporais, como o endócrino e o imune. A compreensão dos processos neuroquímicos é fundamental para a compreensão do funcionamento normal do sistema nervoso e de diversas condições neurológicas e psiquiátricas, como doenças mentais, distúrbios do movimento, dor crônica e transtornos neurodegenerativos.

As proteínas de membrana plasmática de transporte de dopamina são tipos específicos de proteínas transmembranares que se localizam na membrana plasmática das células e estão encarregadas do processo de recaptura ativa da dopamina dos espaços sinápticos no cérebro. A dopamina é um neurotransmissor importante envolvido em diversas funções cerebrais, como o controle motor, recompensa, aprendizagem e memória.

Existem dois principais transportadores de dopamina (DATs) encontrados na membrana plasmática: DAT1 e DAT2. Estes transportadores possuem um papel crucial na regulação da neurotransmissão dopaminérgica, pois retiram a dopamina do espaço sináptico imediatamente após sua liberação, encerrando assim a sinalização sináptica e preparando as vesículas sinápticas para o próximo ciclo de libertação.

A disfunção dessas proteínas de transporte de dopamina tem sido associada a diversos transtornos neurológicos e psiquiátricos, como a doença de Parkinson, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e dependência de drogas. Portanto, o estudo dos transportadores de dopamina é fundamental para compreender as bases moleculares da função sináptica e das disfunções associadas a esses transtornos.

Tryptophan Hydroxylase (TPH) é uma enzima importante envolvida na síntese do neurotransmissor serotonina no corpo. A TPH catalisa a primeira etapa da biossíntese da serotonina, convertendo o aminoácido essencial tryptofano em 5-hidroxitriptofano (5-HTP). Existem duas isoformas principais desta enzima: TPH1 e TPH2. A TPH1 é expressa principalmente no sistema gastrointestinal, enquanto a TPH2 é predominantemente encontrada no sistema nervoso central. A atividade da TPH pode ser influenciada por vários fatores, incluindo a disponibilidade de seu substrato tryptofano e a presença de inibidores ou estimuladores alostéricos. Alterações na atividade da TPH têm sido associadas a diversas condições clínicas, como depressão, transtornos bipolares, e transtornos do espectro autista.

Os bloqueadores dos canais de cálcio são uma classe de fármacos que atuam bloqueando os canais de cálcio dependentes de voltagem em células musculares lisas e cardíacas, bem como em células do sistema nervoso. Esses canais permitem que o cálcio entre nas células quando são excitadas elétricamente, desencadeando uma série de eventos que levam à contração muscular ou à liberação de neurotransmissores.

Existem diferentes gerações e tipos de bloqueadores dos canais de cálcio, cada um com propriedades farmacológicas distintas. Em geral, eles são classificados como di-hidropiridínicos, fenilalquilaminas, benzotiazepinas e difenilpiperazinas. Cada subgrupo tem diferentes efeitos sobre os canais de cálcio em diferentes tecidos, o que resulta em propriedades farmacológicas únicas e indicações clínicas específicas.

Alguns exemplos de bloqueadores dos canais de cálcio incluem a nifedipina, amlodipina, verapamilo e diltiazem. Esses fármacos são frequentemente usados no tratamento de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, angina de peito e arritmias cardíacas. Além disso, eles também podem ser usados no tratamento de outras condições, como espasmos vasculares cerebrais, glaucoma de ângulo fechado e doença de Parkinson.

Como qualquer medicamento, os bloqueadores dos canais de cálcio podem ter efeitos adversos e interações com outros fármacos. Portanto, é importante que sejam usados sob a supervisão de um profissional de saúde qualificado.

Em termos médicos, a "sinalização do cálcio" refere-se ao processo de regulação e comunicação celular envolvendo variações nos níveis de cálcio intracelular. O cálcio é um íon essencial que desempenha um papel crucial como mensageiro secundário em diversas vias de sinalização dentro da célula.

Em condições basais, a concentração de cálcio no citoplasma celular é mantida em níveis baixos, geralmente abaixo de 100 nanomolares (nM). Contudo, quando ocorrem estímulos específicos, como hormonas ou neurotransmissores, as células podem aumentar rapidamente os níveis de cálcio intracelular para milhares de nM. Essas variações nos níveis de cálcio ativam diversas proteínas e enzimas, desencadeando uma cascata de eventos que resultam em respostas celulares específicas, tais como a contração muscular, secreção de hormônios ou neurotransmissores, diferenciação celular, proliferação e apoptose.

Existem dois principais mecanismos responsáveis pelo aumento rápido dos níveis de cálcio intracelular: o primeiro é a entrada de cálcio através de canais iónicos dependentes de voltagem localizados nas membranas plasmáticas e do retículo sarcoplásmico (RS); o segundo mecanismo consiste na liberação de cálcio armazenado no RS por meio de canais de receptores associados a IP3 (IP3R) ou ryanodina (RyR). Quando os níveis de cálcio intracelular retornam ao estado basal, as células utilizam bombas de transporte ativas de cálcio, como a bomba de sódio-cálcio e a bomba de cálcio do RS, para extrudir o cálcio em excesso e manter o equilíbrio iónico.

Devido à sua importância na regulação de diversos processos celulares, o sistema de sinalização de cálcio é um alvo terapêutico importante para o tratamento de várias doenças, incluindo hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, diabetes, câncer e doenças neurodegenerativas.

As "Proteínas Vesiculares de Transporte de Aminoácidos Inibidoras" (IAVT, do inglês "Inhibitory Amino Acid Vasotocnical Transport Proteins") são um tipo específico de proteínas envolvidas no transporte de aminoácidos em vesículas. Essas proteínas desempenham um papel importante na regulação do equilíbrio de aminoácidos e neurotransmissores nos neurônios e glóbulos secretoras.

As IAVT inibem a atividade dos transportadores de aminoácidos neutros, reduzindo assim a absorção de certos aminoácidos no interior das vesículas. Isso pode resultar em uma diminuição na liberação de neurotransmissores e, consequentemente, afetar a transmissão sináptica.

Apesar da sua importância na regulação do transporte de aminoácidos, as IAVT também têm sido associadas a várias condições patológicas, como doenças neurodegenerativas e transtornos mentais. No entanto, é necessário realizar mais pesquisas para compreender plenamente o seu papel nessas condições e as possíveis implicações terapêuticas.

Ómega-Conotoxina GVIA é uma toxina peptídica encontrada em alguns tipos de conus marinhos, um gênero de caracóis de mar venenosos. Essa toxina específica bloqueia o canal de cálcio N-tipo, que é um tipo de canal iônico responsável pela condução de íons de cálcio em células excitáveis, como neurônios.

A ômega-Conotoxina GVIA é frequentemente usada em pesquisas neurobiológicas para investigar a fisiologia dos canais de cálcio e sua função em processos como a transmissão sináptica, a plasticidade sináptica e a excitabilidade neuronal. O bloqueio seletivo do canal N-tipo por essa toxina pode fornecer informações importantes sobre os mecanismos subjacentes às funções dessas células excitáveis e sua participação em diversos processos fisiológicos e patológicos, como a dor e as doenças neurodegenerativas.

É importante ressaltar que essa é uma definição médica e científica da substância, mas seu uso clínico pode ser limitado devido à sua alta toxicidade e especificidade de ação sobre um único tipo de canal iônico.

As toxinas botulínicas são neurotoxinas produzidas por determinadas bactérias do gênero Clostridium, especificamente as espécies Clostridium botulinum, Clostridium butyricum e Clostridium baratii. Existem sete tipos de toxinas botulínicas (designados A-G), sendo as toxinas tipo A, B, E e, em menor extensão, F, as que mais comumente causam doenças em humanos.

Essas toxinas funcionam impedindo a liberação de acetilcolina no space axonal (gap sináptico) na junção neuromuscular, o que leva a uma paralisia flácida dos músculos afetados. A intoxicação por toxinas botulínicas pode ocorrer através da ingestão de alimentos contaminados com as bactérias ou suas esporos, resultando na doença conhecida como botulismo. Os sinais e sintomas do botulismo geralmente incluem fraqueza muscular, visão dupla, visão turva, dificuldade em falar, dificuldade em engolir e paralisia. O botulismo é uma condição grave que requer tratamento imediato, geralmente com antitoxinas e, em alguns casos, ventilação mecânica para manter a respiração.

No entanto, é importante ressaltar que as toxinas botulínicas também são utilizadas no campo da medicina estética e terapêutica em doses controladas e seguras. O uso clínico mais comum das toxinas botulínicas é o tratamento da doença de Botox, um tipo de distonia focal que afeta os músculos da face, resultando em blefarospasmos (contratura involuntária dos músculos ao redor dos olhos) e espasticidade facial. Além disso, as toxinas botulínicas também são usadas para tratar outras condições, como hiperidrose (excesso de suor), dor neuropática e migraña.

Os Receptores de Glutamato Metabotrópicos (mGluRs) são tipos de receptores de glutamato encontrados no sistema nervoso central dos animais, incluindo os humanos. Eles pertencem à superfamília das proteínas G-acopladas e diferem dos Receptores de Glutamato Ionotrópicos (iGluRs) na medida em que suas respostas à ligação do glutamato não envolvem a abertura direta de canais iônicos. Em vez disso, os mGluRs ativam vias intracelulares secundárias por meio da interação com proteínas G e a subsequente cascata de sinalização envolvendo enzimas como a adenilil ciclase ou a fosfolipase C.

Existem oito subtipos conhecidos de mGluRs, divididos em três grupos baseados em similaridade de sequência, padrões de expressão e funções: Grupo I (mGluR1 e mGluR5), Grupo II (mGluR2 e mGluR3) e Grupo III (mGluR4, mGluR6, mGluR7 e mGluR8). Cada subtipo de receptor desempenha funções específicas em diferentes contextos funcionais no cérebro, como a modulação da neurotransmissão sináptica, o controle da plasticidade sináptica, a regulação do desenvolvimento neural e a proteção contra danos neuronais.

Em resumo, os Receptores de Glutamato Metabotrópicos são proteínas transmembranares que desempenham papéis importantes na modulação da neurotransmissão glutamatérgica e no controle das funções cerebrais superiores. Sua ativação leva a uma série de respostas celulares mediadas por segundos mensageiros, como o aumento do influxo de cálcio intracelular ou a diminuição da atividade adenilato ciclase.

Em neurobiologia, receptores pré-sinápticos referem-se aos receptores localizados na membrana plasmática da terminália axonal (extremidade) de uma neurônio, que recebe neurotransmissor liberado por outro neurônio pós-sináptico. Esses receptores são específicos para determinados neurotransmissores e sua ativação pode levar a alterações iónicas ou ativação de segundos mensageiros, resultando em respostas elétricas ou químicas que podem modular a atividade do neurônio pré-sináptico. A existência desses receptores permite a comunicação entre as células nervosas e é fundamental para o processamento de informação no sistema nervoso.

O Gânglio Cervical Superior, em termos médicos, refere-se a um gânglio (aglomerado de nervos) localizado na região superior do pescoço. Ele faz parte do sistema nervoso periférico e está situado especificamente no primeiro segmento cervical da coluna vertebral. O Gânglio Cervical Superior desempenha um papel importante nos sistemas sensoriais e autonomos, estando relacionado com a inervação simpática dos tecidos da cabeça e pescoço. Lesões ou disfunções no Gânglio Cervical Superior podem resultar em diversos sintomas, tais como dor, formigueiro, fraqueza ou perda de sensibilidade na área inervada pelo gânglio.

A sinaptofisina é uma proteína integralmente associada a membrana que está altamente concentrada em vesículas sinápticas, as quais são responsáveis pelo armazenamento e liberação de neurotransmissores nas sinapses dos neurônios. Essa proteína desempenha um papel fundamental na fusão das vesículas com a membrana presináptica durante o processo de exocitose, permitindo assim a liberação de neurotransmissores nos espaços sinápticos e facilitando a comunicação entre as células nervosas. Além disso, a sinaptofisina também pode estar envolvida em outros processos celulares, como o tráfego intracelular de membranas e a regulação do ciclo de vida das vesículas sinápticas.

A medula espinal é o principal componente do sistema nervoso central que se estende por baixo do tronco cerebral, passando através da coluna vertebral. Ela é protegida pelas vértebras e contém neurónios alongados (axônios) que transmitem sinais entre o cérebro e as partes periféricas do corpo, incluindo os músculos e órgãos dos sentidos.

A medula espinal é responsável por transmitir informações sensoriais, como toque, temperatura e dor, do corpo para o cérebro, assim como controlar as funções motoras voluntárias, como movimentos musculares e reflexos. Além disso, ela também regula algumas funções involuntárias, tais como a frequência cardíaca e a pressão arterial.

A medula espinal é organizada em segmentos alongados chamados de segmentos da medula espinal, cada um dos quais é responsável por inervar uma parte específica do corpo. Esses segmentos estão conectados por longas fibras nervosas que permitem a comunicação entre diferentes partes da medula espinal e com o cérebro.

Lesões na medula espinal podem resultar em perda de função sensorial e motora abaixo do nível da lesão, dependendo da localização e gravidade da lesão.

O ácido cainítico, também conhecido como ácido oxálico monopotássico, é um composto químico com a fórmula KHC2O4. É um sólido branco e inodoro que é higroscópico e solúvel em água. É usado na agricultura como um regulador de crescimento das plantas e para prevenir a praga do míldio nas uvas.

No entanto, o ácido cainítico também pode ser tóxico para os humanos e outros animais em altas doses. Pode causar irritação na pele, olhos e trato respiratório, além de problemas gastrointestinais como náuseas, vômitos e diarréia. Em casos graves, pode levar a convulsões, coma ou mesmo a morte.

Em suma, o ácido cainítico é um composto químico usado na agricultura que pode ser tóxico para os humanos e outros animais em altas doses.

A retina é a membrana sensível à luz no fundo do olho, composta por várias camadas de células especializadas em detectar luz e converter essa informação em sinais elétricos que podem ser transmitidos ao cérebro via nervo óptico. A retina contém fotorreceptores conhecidos como bastonetes (responsáveis pela visão periférica e capacidade de ver em baixas condições de iluminação) e cones (responsáveis pela visão central, percepção de cores e detalhes finos). A retina é essencial para a visão normal e qualquer dano ou doença que afete sua estrutura ou função pode resultar em problemas visuais graves.

O N-metilaspartato é um composto que ocorre naturalmente e é um derivado do ácido aspártico, um aminoácido não essencial. No entanto, não existe uma única definição médica para "N-metilaspartato" especificamente, pois ele não desempenha um papel direto em nenhuma condição ou doença em particular.

Em algumas situações, o N-metilaspartato pode ser mencionado em estudos ou pesquisas médicas relacionadas ao sistema nervoso central, uma vez que ele desempenha um pequeno papel no metabolismo cerebral e tem sido investigado como um possível marcador de doenças neurológicas. Além disso, o N-metilaspartato pode ser mencionado em relação ao transporte ativo de aminoácidos através das membranas celulares, uma vez que ele é um substrato para um dos sistemas de transporte de aminoácidos.

No entanto, é importante reiterar que o N-metilaspartato não tem uma definição médica específica e geralmente só é mencionado em contextos mais especializados ou relacionados à pesquisa biomédica.

Ómega-conotoxinas são péptidos neurotoxicos encontrados em venenos de caracóis do gênero Conus. Eles bloqueiam canais de cálcio dependentes de voltagem, especificamente o subtipo N, no sistema nervoso periférico e central. Isso leva a uma interrupção na liberação de neurotransmissores e pode resultar em paralisia e morte em presas. A pesquisa sobre ômega-conotoxinas tem sido importante no avanço do entendimento dos canais iónicos e no desenvolvimento de fármacos para o tratamento de doenças como a dor neuropática e a epilepsia.

Em resumo, ômega-conotoxinas são péptidos neurotoxicos que bloqueiam canais de cálcio dependentes de voltagem no sistema nervoso, tendo importância clínica no estudo dos canais iónicos e desenvolvimento de fármacos.

O cerebelo é uma estrutura localizada na parte posterior do tronco encefálico, abaixo do cérebro e acima do canal medular espinal. É responsável por regular a coordenação muscular, o equilíbrio e os movimentos complexos do corpo. Além disso, desempenha um papel importante no processamento de informações sensoriais e na aprendizagem motora. O cerebelo é dividido em duas hemisférias laterais e uma parte central chamada vermis, e está composto por tecidos nervosos especializados, incluindo neurônios e células gliais. Lesões ou danos no cerebelo podem causar sintomas como tremores, falta de coordenação muscular, dificuldade em manter o equilíbrio e problemas de fala.

Na medicina e fisiologia, a cinética refere-se ao estudo dos processos que alteram a concentração de substâncias em um sistema ao longo do tempo. Isto inclui a absorção, distribuição, metabolismo e excreção (ADME) das drogas no corpo. A cinética das drogas pode ser afetada por vários fatores, incluindo idade, doença, genética e interações com outras drogas.

Existem dois ramos principais da cinética de drogas: a cinética farmacodinâmica (o que as drogas fazem aos tecidos) e a cinética farmacocinética (o que o corpo faz às drogas). A cinética farmacocinética pode ser descrita por meio de equações matemáticas que descrevem as taxas de absorção, distribuição, metabolismo e excreção da droga.

A compreensão da cinética das drogas é fundamental para a prática clínica, pois permite aos profissionais de saúde prever como as drogas serão afetadas pelo corpo e como os pacientes serão afetados pelas drogas. Isso pode ajudar a determinar a dose adequada, o intervalo posológico e a frequência de administração da droga para maximizar a eficácia terapêutica e minimizar os efeitos adversos.

Stricnina é uma substância extremamente tóxica e derivada da noz do arvore-da-estricnina. É um alcaloide bittero e cristalino, com a formula molecular C21H22N2O2. A estricnina é amplamente conhecida por sua utilização em pequenas doses como raticida e para controlar outros animais considerados pragas, mas em dose maiores pode ser fatal a humanos e animais.

A estricnina atua como um agonista do receptor da glicina no sistema nervoso central, o que leva a uma hiper-excitabilidade das vias motoras e consequentemente a espasmos musculares involuntarios graves e convulsoes. Os sintomas de intoxicação aguda com estricnina incluem rigidez dos músculos, espasmos musculares dolorosos, especialmente nos membros e na mandibula (conhecidos como sinal de riso de estricnina), convulsoes generalizadas e eventualmente parada respiratoria e morte.

A intoxicação com estricnina é geralmente tratada com suporte medico agressivo, incluindo a administração de musculos relajantes e ventilacao mecanica para manter a passagem do ar e prevenir danos adicionais aos pulmões. O antidoto especifico para intoxicação com estricnina é a difenidato, que age como um antagonista do receptor da glicina e pode ajudar a reverter os sintomas da intoxicação. No entanto, o tratamento precoce e agressivo com suporte medico geralmente tem as melhores perspectivas de resultado positivo.

A Proteína Vesicular 2 de Transporte de Glutamato (VGLUT2) é uma proteína que se localiza em vesículas sinápticas e está envolvida no processo de transporte e liberação de neurotransmissores, especialmente o ácido glutâmico (glutamato), um importante neurotransmissor excitatório no cérebro. A VGLUT2 age como uma bomba que transporta o glutamato da célula nervosa para as vesículas sinápticas, onde é armazenado e posteriormente liberado na fenda sináptica durante a transmissão neural. Essa proteína desempenha um papel crucial no funcionamento do sistema nervoso central, sendo essencial para a plasticidade sináptica e o aprendizado.

Los compuestos de piridinio son sales o ésteres del catión de piridinio, C5H6N+. El catión de piridinio es formado cuando el nitrógeno en la piridina, un compuesto heterocíclico básico, se protona y acepta un ion hidrógeno (H+). La fórmula molecular general para los ésteres de piridinio es C5H5N(R)XY, donde R es un grupo alquilo o arilo, y X e Y pueden ser cualquier par de grupos que confieren naturaleza iónica al compuesto. Estos compuestos se utilizan a menudo como intermedios en la síntesis de otros compuestos orgánicos y desempeñan un papel importante en diversas áreas de química, incluyendo catálisis, farmacología y materiales.

Quinoxalina é um composto heterocíclico formado por um sistema benzene fusionado com um sistema pirazina. Em termos médicos, as quinoxalinas não têm um significado específico ou uma definição direta. No entanto, alguns compostos de quinoxalina são usados em medicina e pesquisa médica.

Alguns derivados de quinoxalina exibem atividade biológica e são utilizados como agentes antibacterianos, antifúngicos, antivirais, e antitumorais. Por exemplo, a clinafloxacina é um antibiótico fluoroquinolónico derivado de quinoxalina, usado no tratamento de infecções bacterianas. Além disso, alguns compostos de quinoxalina são utilizados como marcadores fluorescentes em estudos bioquímicos e biofísicos.

Em resumo, as quinoxalinas não têm uma definição médica específica, mas alguns de seus derivados possuem propriedades farmacológicas importantes e são utilizados em diversas aplicações medicinais e de pesquisa.

O Ácido Hidroxi-Indolacético (AHI), também conhecido como ácido 5-hidroxiindolacético, é um metabólito da melatonina, uma hormona que regula o ritmo circadiano do corpo humano. A melatonina é produzida pela glândula pineal no cérebro a partir do aminoácido triptofano e, posteriormente, é convertida em AHI antes de ser excretada na urina.

A concentração de AHI na urina pode ser medida e utilizada como um indicador da produção de melatonina no corpo. Alterações nos níveis de AHI podem estar relacionadas a distúrbios do ritmo circadiano, como insônia e jet lag, além de outras condições de saúde. No entanto, é importante notar que a medição dos níveis de AHI deve ser realizada em conjunto com outros exames e anamnese clínica para se obter um diagnóstico preciso.

O Sistema Nervoso Simpático (SNS) é um ramo do sistema nervoso autônomo que se prepara o corpo para a ação e é ativado em situações de estresse agudo. Ele desencadeia a resposta "lutar ou fugir" através da aceleração do ritmo cardíaco, elevação da pressão arterial, aumento da respiração e metabolismo, dilatação das pupilas, e redirecionamento do fluxo sanguíneo para os músculos esqueléticos. O SNS atua por meio de mensageiros químicos chamados neurotransmissores, especialmente a noradrenalina (também conhecida como norepinefrina) e a adrenalina (epinefrina). Essas substâncias são liberadas por neurônios simpáticos e se ligam a receptores específicos em órgãos alvo, desencadeando respostas fisiológicas. O SNS regula processos involuntários em todo o corpo, mantendo assim um equilíbrio homeostático.

"Aplysia" é um género de lesmas-do-mar, também conhecidas como "búzios-do-mar", que pertencem à família Aplysiidae. Estes organismos são gastrópodes marinhos de tamanho médio a grande, comuns em habitats costeiros e rasos, como estuários, zonas intertidais e recifes de coral.

As lesmas-do-mar do género "Aplysia" são herbívoras e alimentam-se principalmente de algas. São conhecidas pela sua capacidade de alterar a coloração da pele, o que lhes permite camuflar-se com o ambiente circundante.

Além disso, os membros do género "Aplysia" são frequentemente utilizados em estudos científicos devido à sua relativa simplicidade neurológica e à grande dimensão dos seus neurónios, que facilitam o registo de atividade eléctrica. O mais conhecido é o "Aplysia californica", cujo sistema nervoso tem servido como modelo para estudar os mecanismos da aprendizagem e memória em animais invertebrados.

C57BL/6J, ou simplesmente C57BL, é uma linhagem genética inbred de camundongos de laboratório. A designação "endogâmico" refere-se ao fato de que esta linhagem foi gerada por cruzamentos entre parentes próximos durante gerações sucessivas, resultando em um genoma altamente uniforme e consistente. Isso é útil em pesquisas experimentais, pois minimiza a variabilidade genética entre indivíduos da mesma linhagem.

A linhagem C57BL é uma das mais amplamente utilizadas em pesquisas biomédicas, incluindo estudos de genética, imunologia, neurobiologia e oncologia, entre outros. Alguns dos principais organismos responsáveis pela manutenção e distribuição desta linhagem incluem o The Jackson Laboratory (EUA) e o Medical Research Council Harwell (Reino Unido).

Fibras colinérgicas são um tipo específico de fibras nervosas que utilizam a acetilcolina como seu neurotransmissor. Elas desempenham um papel importante na transmissão de sinais e mensagens no sistema nervoso parasimpático, que é responsável por regular as funções corporais quando o corpo está em repouso ou durante a digestão.

As fibras colinérgicas são encontradas em várias partes do corpo, incluindo o sistema nervoso central e periférico. No sistema nervoso periférico, elas inervam órgãos como o coração, pulmões, glândulas salivares e sistema digestivo. No sistema nervoso central, as fibras colinérgicas estão presentes em várias estruturas cerebrais, incluindo o cérebro límbico e a base do prosencéfalo, onde desempenham um papel importante na modulação da atenção, memória e outras funções cognitivas.

Lesões ou disfunções nas fibras colinérgicas podem levar a uma variedade de sintomas, dependendo da localização e extensão da lesão. Por exemplo, danos às fibras colinérgicas no sistema nervoso periférico podem causar problemas cardiovasculares, respiratórios ou digestivos, enquanto disfunções nas fibras colinérgicas no sistema nervoso central podem levar a déficits cognitivos e memória.

Rab3A GTP-binding Protein, também conhecida como Rab3A ou RAB3A, é uma proteína que pertence à família Rab de proteínas de ligação a GTP. As proteínas Rab são membros importantes do sistema de tráfego intracelular e desempenham um papel crucial na regulação do transporte vesicular entre os compartimentos celulares.

A proteína Rab3A liga-se ao GTP (guanosina trifosfato) e atua como um interruptor molecular no processo de exocitose, que é a libertação de substâncias armazenadas em vesículas ou grânulos dentro da célula para o ambiente extracelular. A Rab3A desempenha um papel importante na regulação do tráfego e fusão das vesículas sinápticas, que são envolvidos no processo de libertação de neurotransmissores nas sinapses dos neurônios.

Quando a Rab3A está ligada ao GTP, ela adquire uma conformação ativa e se associa à membrana das vesículas sinápticas. Nesta forma, a Rab3A interage com outras proteínas reguladororas do tráfego vesicular e facilita o processo de fusão das vesículas com a membrana plasmática. Após a fusão, a Rab3A é desativada por uma enzima chamada GTPase-activating protein (GAP), que promove a hidrólise do GTP ligado à Rab3A em GDP (guanosina difosfato). A Rab3A inativa então se dissocia da membrana vesicular e é pronta para um novo ciclo de ativação.

Em resumo, a proteína Rab3A de ligação ao GTP é uma importante molécula reguladora do tráfego vesicular e da exocitose nas células, particularmente nos neurônios, onde desempenha um papel crucial na liberação de neurotransmissores nas sinapses.

Glutamina é o aminoácido mais abundante no corpo humano e desempenha um papel importante na síntese de proteínas, neurotransmissão e funções metabólicas. É considerada uma "aminoácido condicionalmente essencial", o que significa que, em certas situações de estresse fisiológico ou patológico, como durante doenças graves, lesões traumáticas ou exercícios físicos intensos, a demanda por glutamina pode exceder a capacidade do corpo de sintetizá-la e, nesses casos, suplementar a dieta com glutamina pode ser benéfico.

A glutamina é um combustível importante para as células do sistema imunológico e intestinal, auxiliando na manutenção da integridade da mucosa intestinal e no reforço das defesas imunológicas. Além disso, a glutamina desempenha um papel crucial no equilíbrio ácido-base e no metabolismo de energia dos músculos esqueléticos.

Em resumo, a glutamina é um aminoácido fundamental para diversas funções fisiológicas, especialmente durante situações de estresse ou doença, quando sua demanda pode ser aumentada.

As proteínas vesiculares de transporte de aminas biogênicas são um tipo específico de proteínas transmembranares que desempenham um papel crucial no processo de transporte ativo de neurotransmissores, também conhecidos como aminas biogênicas. Esses neurotransmissores incluem substâncias como dopamina, noradrenalina, serotonina e histamina, que são sintetizadas a partir de aminoácidos e desempenham funções importantes na regulação de diversos processos fisiológicos no corpo humano, especialmente no sistema nervoso central.

As proteínas vesiculares de transporte de aminas biogênicas são encontradas nas membranas dos vesículas sinápticas, que são pequenas estruturas esféricas responsáveis pelo armazenamento e liberação controlada de neurotransmissores durante a transmissão sináptica. Ao longo do processo de embalagem dos neurotransmissores nas vesículas, essas proteínas transportadoras movem as aminas biogênicas através da membrana vesicular para o seu interior, contra o gradiente de concentração, consumindo energia proveniente do gradiente de prótons mantido através da ação de uma ATPase vesicular de prótons (H+).

Devido à sua importância no processo de liberação de neurotransmissores e na regulação dos sinais sinápticos, as proteínas vesiculares de transporte de aminas biogênicas têm sido alvo de estudos relacionados a diversas condições neurológicas e psiquiátricas, como doença de Parkinson, depressão e transtorno bipolar, visando o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para essas afecções.

Baclofeno é um fármaco miorrelaxante central, usado no tratamento da espasticidade muscular, uma condição caracterizada por rigidez e espasmos involuntários dos músculos. O baclofeno atua no sistema nervoso central, reduzindo a hiper-excitabilidade dos reflexos musculares e diminuindo assim a espasticidade.

Ele funciona como um agonista do receptor GABA-B, aumentando a atividade do ácido gama-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor inhibitório no cérebro e na medula espinhal. Isso resulta em uma diminuição da liberação de neurotransmissores excitatórios, como o glutamato, levando a uma redução do tônus muscular e da espasticidade.

O baclofeno está disponível em comprimidos para administração oral e também pode ser administrado por via intratecal (diretamente no líquido cefalorraquidiano) em casos graves de espasticidade que não respondem ao tratamento com doses orais adequadas.

Os efeitos colaterais do baclofeno podem incluir sonolência, tontura, fraqueza muscular, confusão mental, vertigem, aumento de apetite, náusea, constipação e diarréia. Em casos raros, pode ocorrer depressão respiratória, especialmente quando administrado em doses altas ou por via intratecal.

Em genética, uma mutação é um cambo hereditário na sequência do DNA (ácido desoxirribonucleico) que pode resultar em um cambio no gene ou região reguladora. Mutações poden ser causadas por erros de replicación ou réparo do DNA, exposição a radiação ionizante ou substancias químicas mutagénicas, ou por virus.

Existem diferentes tipos de mutações, incluindo:

1. Pontuais: afetan un único nucleótido ou pairaxe de nucleótidos no DNA. Pueden ser categorizadas como misturas (cambios na sequencia do DNA que resultan en un aminoácido diferente), nonsense (cambios que introducen un códon de parada prematura e truncan a proteína) ou indels (insercións/eliminacións de nucleótidos que desplazan o marco de lectura).

2. Estruturais: involvan cambios maiores no DNA, como deleciones, duplicacións, inversións ou translocacións cromosómicas. Estas mutações poden afectar a un único gene ou extensos tramos do DNA e pueden resultar en graves cambios fenotípicos.

As mutações poden ser benévolas, neutras ou deletéras, dependendo da localización e tipo de mutación. Algúns tipos de mutações poden estar associados con desordens genéticas ou predisposición a determinadas enfermidades, mentres que outros non teñen efecto sobre a saúde.

Na medicina, o estudo das mutações é importante para o diagnóstico e tratamento de enfermedades genéticas, así como para a investigación da patogénese de diversas enfermidades complexas.

As células cromafins são um tipo específico de célula neuroendócrina que produz e armazena catecolaminas, como a adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina). Elas são encontradas principalmente no médullo adrenal (parte central da glândula suprarrenal), mas também podem ser encontradas em pequenas quantidades em outros tecidos, como o sistema nervoso periférico e alguns órgãos viscerais.

As células cromafins são derivadas dos neurônios simpáticos do sistema nervoso autônomo e estão intimamente relacionadas com a resposta "luta ou fuga" do corpo, uma vez que as catecolaminas liberadas por essas células auxiliam no aumento da frequência cardíaca, pressão arterial, respiração e outras funções fisiológicas importantes durante situações de estresse agudo.

Quando estimuladas, as células cromafins convertem a tirosina em dopamina, que é então convertida em noradrenalina e, finalmente, em adrenalina. Essas catecolaminas são armazenadas em vesículas e liberadas na circulação sanguínea em resposta a estímulos simpáticos, como exercício físico intenso, medo ou dor aguda.

Além disso, as células cromafins também desempenham um papel importante no desenvolvimento fetal e na regulação do equilíbrio hidroeletrólito e pressão arterial durante a vida adulta.

Os receptores muscarínicos são um tipo de receptor acoplado à proteína G encontrados em células excitáveis e não excitáveis em todo o corpo, especialmente no sistema nervoso central e periférico. Eles são ativados por neurotransmissores do sistema nervoso parassimpático, como a acetilcolina, e desempenham um papel importante na regulação de uma variedade de funções fisiológicas, incluindo a frequência cardíaca, secreção de glândulas, motilidade gastrointestinal e dilatação de bronquiólios.

Existem cinco subtipos de receptores muscarínicos (M1-M5), cada um com diferentes distribuições tissulares e funções. Por exemplo, os receptores M1 estão presentes no cérebro e desempenham um papel na memória e aprendizagem, enquanto os receptores M2 estão localizados principalmente nos músculos lisos e no coração, onde eles regulam a frequência cardíaca e a contractilidade miocárdica.

Os agonistas e antagonistas dos receptores muscarínicos são usados em terapêutica para tratar uma variedade de condições clínicas, como doenças cardiovasculares, doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC), glaucoma e síndrome do intestino irritável. No entanto, devido à complexidade dos sistemas de sinalização envolvidos, o uso desses fármacos pode resultar em efeitos colaterais indesejados.

Ómega-Agatoxina IVA é uma neurotoxina encontrada em venenos de aranhas do gênero Agelenopsis e Agelena, que pertence à família Agelenidae. Essa toxina específica bloqueia canais de cálcio dependentes de voltagem no tipo P/Q dos receptores de acetilcolina na membrana pré-sináptica, o que impede a liberação de neurotransmissores e causa paralisia. É objeto de estudos como um potencial agente terapêutico em doenças neurológicas, como epilepsia e dor neuropática.

Em resumo, ômega-Agatoxina IVA é uma neurotoxina que bloqueia canais de cálcio específicos no sistema nervoso, tendo potencial interesse em pesquisas médicas para o tratamento de certas condições neurológicas.

Os Transportadores de Aniões Orgânicos (TAO) são proteínas de membrana que facilitam o transporte passivo ou ativo de aniões orgânicos, tais como ácidos carboxílicos, sulfonatos e dicarboxilatos, através das membranas celulares. Eles desempenham um papel crucial em diversos processos fisiológicos, incluindo a absorção e excreção de metabólitos, a homeostase iônica e o transporte de solutos nos rins, no fígado e no sistema nervoso central.

Existem dois tipos principais de TAO: os transportadores unipolares, que movem apenas um tipo de anião, e os transportadores simportadores ou antiportadores, que co-transportam um anião com outros cátions ou aniões, respectivamente.

Alguns exemplos bem conhecidos de TAO incluem o transportador de ácido glutâmico (GLT-1), que é responsável pela remoção do neurotransmissor excitatório glutamato dos espaços sinápticos no cérebro, e o transportador de ácido D-aspártico (DAT), que regula a concentração de D-aspártico, um aminoácido envolvido na síntese de hormônios sexuais.

Defeitos ou mutações em genes que codificam TAO podem levar a diversas doenças humanas, como distúrbios neurológicos, cardiovasculares e renais. Portanto, o estudo dos Transportadores de Aniões Orgânicos é fundamental para entender os mecanismos moleculares que regulam o transporte de solutos nas células e desenvolver novas estratégias terapêuticas para tratar doenças associadas a esses processos.

As fibras adrenérgicas são um tipo de neurônio que secreta neurotransmissores do tipo catecolaminas, sendo a noradrenalina o neurotransmissor mais comum neste tipo de fibra. Estes neurônios utilizam a via adrenérgica para transmitirem sinais e estão amplamente distribuídos no sistema nervoso periférico e central.

As fibras adrenérgicas desempenham um papel importante em uma variedade de funções corporais, incluindo a regulação do ritmo cardíaco, pressão arterial, resposta ao estresse e à excitação, e metabolismo energético. Além disso, também estão envolvidas no controle da respiração, função gastrointestinal, e processos cognitivos como a memória e a atenção.

Lesões ou distúrbios nas fibras adrenérgicas podem resultar em diversas condições clínicas, incluindo disfunções cardiovasculares, neurológicas e psiquiátricas.

Substance P é um neuropeptídeo, o que significa que é uma pequena proteína usada por neurônios (células nervosas) para se comunicar entre si. Ele foi descoberto em 1931 pelo cientista norueguês Ulf von Euler e recebeu o nome de "substância Powdery" devido à sua natureza branca e polvorosa.

Substance P é composta por onze aminoácidos e está presente em todo o sistema nervoso central e periférico. Ela atua como neurotransmissor, ou seja, participa da transmissão de sinais elétricos entre neurônios. Substance P é conhecida por desempenhar um papel importante na modulação do doloroso, sendo responsável pela sensação de dor aguda e crônica. Além disso, está envolvido em diversos processos fisiológicos, como a regulação do sistema imunológico, a resposta ao estresse e a memória.

Em condições patológicas, como asma, alergias, infecções e inflamações, os níveis de Substance P podem aumentar, contribuindo para a sintomatologia associada a essas doenças. Por isso, é um alvo terapêutico importante no desenvolvimento de novos tratamentos para o manejo da dor e outras condições clínicas.

O Ácido Aspártico é um ácido alpha-amino encontrado em proteínas. É uma das 20 aminoácidos que ocorrem naturalmente e é codificado pelos três codões GAU e GAC na tabela de codificação genética. O Ácido Aspártico tem um grupo carboxílico (-COOH) e um grupo amino (-NH2) em sua estrutura química, o que o classifica como um ácido aminado.

Ele desempenha várias funções importantes no organismo humano, incluindo a regulação do equilíbrio de minerais, a produção de energia e a síntese de outros aminoácidos. O Ácido Aspártico também atua como neurotransmissor no cérebro, desempenhando um papel importante na transmissão de sinais nervosos.

Em condições patológicas, níveis anormalmente altos ou baixos de Ácido Aspártico podem estar associados a várias doenças, como doenças hepáticas, neurológicas e cardiovasculares. No entanto, é importante notar que a maioria das pesquisas sobre o papel do Ácido Aspártico em doenças humanas ainda está em estágios iniciais e é necessário mais estudo para confirmar suas possíveis implicações clínicas.

Agonistas de aminoácidos excitatórios são substâncias ou moléculas que se ligam e ativam receptores específicos no sistema nervoso central (SNC) que normalmente são ativados por aminoácidos excitatórios, como o glutamato e a aspartato. Esses agonistas mimetizam os efeitos dos aminoácidos excitatórios e desencadeiam uma resposta excitatória nas células nervosas, aumentando a atividade neural e a liberação de neurotransmissores.

Existem diferentes tipos de receptores de aminoácidos excitatórios no SNC, como os receptores NMDA (N-metil-D-aspirato), AMPA (α-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolepropionate) e kainato. Cada tipo de agonista atua em um desses receptores específicos, induzindo diferentes respostas e efeitos no cérebro.

Alguns exemplos de agonistas de aminoácidos excitatórios incluem a NBOME (N-metoxibencilopirrolidina), que atua como um agonista dos receptores 5-HT2A e do receptor sigma-1, e a ibotenato, uma substância presente em algumas espécies de cogumelos que atua como um agonista do receptor NMDA.

É importante ressaltar que os agonistas de aminoácidos excitatórios podem desempenhar um papel importante no tratamento de diversas condições neurológicas e psiquiátricas, como a doença de Parkinson e a depressão resistente ao tratamento. No entanto, o uso dessas substâncias também pode estar associado a efeitos colaterais adversos e riscos para a saúde, especialmente quando utilizadas em doses altas ou por longos períodos de tempo.

"Drosophila" é um género taxonómico que inclui várias espécies de pequenos insectos voadores, comumente conhecidos como moscas-da-fruta. A espécie mais estudada e conhecida do género Drosophila é a D. melanogaster (mosca-da-fruta-comum), que é amplamente utilizada em pesquisas biológicas, especialmente no campo da genética, desde o início do século XX.

A D. melanogaster tem um ciclo de vida curto, reprodução rápida e fácil manutenção em laboratório, além de um pequeno tamanho do genoma, tornando-a uma escolha ideal para estudos genéticos. Além disso, os machos e as fêmeas apresentam diferenças visuais distintas, facilitando o rastreamento dos genes ligados ao sexo.

A análise da mosca-da-fruta tem contribuído significativamente para a nossa compreensão de princípios genéticos básicos, como a herança mendeliana, a recombinação genética e o mapeamento genético. Além disso, estudos em Drosophila desempenharam um papel fundamental no avanço do conhecimento sobre processos biológicos fundamentais, como o desenvolvimento embrionário, a neurobiologia e a evolução.

Dopamina beta-hidroxilase (DBH) é uma enzima importante envolvida na síntese de catecolaminas no corpo. Ela catalisa a reação que converte dopamina em norepinefrina (noradrenalina), um neurotransmissor e hormona que desempenha um papel crucial na resposta do organismo ao estresse e outras funções fisiológicas importantes, como o controle da pressão arterial e a regulação do humor.

A DBH é sintetizada no retículo endoplasmático rugoso das vesículas sinápticas dos neurônios adrenérgicos e noradrenérgicos, onde é armazenada até ser liberada em resposta a estímulos. A deficiência nesta enzima pode resultar em uma condição genética rara chamada de deficiência de dopamina beta-hidroxilase, que se manifesta clinicamente por hipotensão ortostática, sonolência diurna excessiva e outros sintomas.

Os gânglios simpáticos são aglomerados de neurônios localizados ao longo da cadeia simpática, que é uma parte do sistema nervoso autônomo (SNA) ou involuntário. O SNA regula as respostas do corpo a estressores emocionais e físicos, como lutar ou fugir.

Existem dois gânglios simpáticos principais: o gânglio cervical superior e o gânglio estrelado (ou gânglio estrellado). Além disso, há outros gânglios menores que se alongam ao longo da coluna vertebral, chamados de gânglios parassimpáticos.

Os neurônios nos gânglios simpáticos enviam axônios para diversos órgãos e tecidos do corpo, como o coração, pulmões, glândulas sudoríparas e vasos sanguíneos. Esses axônios libertam neurotransmissores, como a noradrenalina, que desencadeiam respostas fisiológicas específicas, como aumentar a frequência cardíaca, dilatar os brônquios e contração dos músculos lisos dos vasos sanguíneos.

Em resumo, os gânglios simpáticos desempenham um papel crucial no sistema nervoso autônomo, auxiliando a regular as funções corporais involuntárias e mantendo a homeostase do organismo em situações de estresse.

Bicuculline é um alcaloide natural que é derivado da planta *Dicentra cucullaria* (Erva-do-morto) e outras espécies relacionadas. É conhecido por seu efeito antagonista no receptor GABA-A, que é um tipo importante de receptor na membrana das células nervosas do cérebro.

O GABA (ácido gama-aminobutírico) é o principal neurotransmissor inhibitório no sistema nervoso central e desempenha um papel crucial em regular a excitação neural. Quando o GABA se liga aos seus receptores, isto resulta em uma diminuição da atividade elétrica nas células nervosas. No entanto, quando a bicuculina se liga aos receptores GABA-A, ela bloqueia esses efeitos inibitórios do GABA, levando a uma maior atividade neural e excitação.

Em um contexto médico, a bicuculina é frequentemente usada em pesquisas para estudar a fisiologia dos receptores GABA-A e sua função no sistema nervoso central. No entanto, devido aos seus efeitos excitatórios, a bicuculina não é utilizada como um medicamento clínico em humanos. Em vez disso, outros fármacos que atuam como antagonistas do receptor GABA-A, como o flumazenil, são usados em situações clínicas específicas, como para reverter os efeitos da intoxicação por benzodiazepínicos.

As aminas biogênicas são substâncias químicas endógenas, derivadas principalmente dos aminoácidos aromáticos como a tiramina, feniletilamina e triptofano. Elas atuam como neurotransmissores e neuromoduladores no sistema nervoso central e periférico, desempenhando um papel importante na regulação do humor, da função cognitiva, do sono e do apetite, entre outros processos fisiológicos.

A tiramina, por exemplo, é encontrada em alimentos fermentados como queijos, vinho tinto e chucrute, e pode desencadear a liberação de noradrenalina do sistema nervoso simpático, levando a um aumento na pressão arterial e ritmo cardíaco. A feniletilamina é encontrada em chocolate e alguns alimentos fermentados e tem sido associada ao prazer e à recompensa, enquanto o triptofano é um precursor da serotonina, um neurotransmissor importante na regulação do humor e do sono.

No entanto, é importante notar que as aminas biogênicas também podem desempenhar um papel em várias condições clínicas, como a migraena e a hipertensão, e seu equilíbrio pode ser alterado em doenças neurológicas e psiquiátricas. Portanto, o conhecimento sobre as aminas biogênicas é importante para uma melhor compreensão da fisiologia normal e patológica do sistema nervoso.

... neurotransmissores e hormônios). Em livros antigos, a adenina é algumas vezes chamada de Vitamina B4. No entanto, ela não é ...
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King Michael W. Neurotransmissores: Diversidade e Funções. Revista Cérebro & Mente. SP Universidade Estadual de Campinas, 2000 ... de neurotransmissores ou regiões do cérebro, incluindo os anticonvulsivantes não barbitúricos e relaxantes da musculatura ...
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Uma enzima chamada monoamina oxidase (MAO) degrada os neurotransmissores. A MAO tem duas formas: a MAO-A e a MAO-B. A MAO-B ... in vivo.Enquanto estes metabólitos podem contribuir na habilidade da selegilina de inibir a recaptação dos neurotransmissores ...
É secretado junto com outros neurotransmissores, como GABA e glutamato. No sistema nervoso autônomo, é produzido principalmente ...
A noradrenalina é um dos neurotransmissores do sistema nervoso simpático. A reserpina bloqueia a acção da noradrenalina, ...
Neurotransmissores são liberados de pequenas vesículas do terminal axônico de um neurônio para os dendritos de outro neurônio ... Os neurotransmissores são liberados do terminal axônico e se ligam a dendritos pós-sinápticos na seguinte ordem: Recrutamento ... A presença de neurotransmissores (embora não necessariamente a localização), pode ser observada em imuno-histoquímicas ou ELISA ... Caso os neurotransmissores não possam ser identificados histoquimicamente,um método alternativo é localizá-los pelos mecanismos ...
Os esteróides são especialmente proficientes em causar alterações na química dos neurotransmissores. Num estudo, 40 mulheres ... Muitos medicamentos têm efeitos diretos ou indiretos sobre os neurotransmissores. ...
A dopamina e a noradrenalina são neurotransmissores cerebrais que são secretados para a sinapse, de onde são recolhidos outra ... Logo o seu consumo aumenta a concentração e duração desses neurotransmissores. Os efeitos são similares aos das anfetaminas, ... O consumo crônico de cocaína causa desequilíbrios nos níveis dos neurotransmissores e efeitos associados à toxicidade crônica ... Causa constrição local.[carece de fontes?] A noradrenalina e a adrenalina são neurotransmissores e hormona do sistema simpático ...
... neurotransmissores, e citocinas; diferenças entre proteínas do próprio organismo e do ambiente ou criaturas estranhas. Os ...
Esses neurotransmissores ajudam as células nervosas do cérebro a se comunicarem. Se esses produtos químicos estiverem ... Algumas doenças mentais têm sido associadas a um desequilíbrio de substâncias químicas no cérebro chamadas neurotransmissores. ...
Eles bloqueiam os receptores membranares do neurónios pré-sinápticos que recolhem serotonina (ou 5-HT), neurotransmissores do ... os ISRS não aumentam a concentração de outros neurotransmissores, diretamente. São a primeira classe de fármacos psicotrópicos ...
Os neurotransmissores são liberados por um neurônio e são captados por outro. Uma pequena quantidade de neurotransmissor é ... O termo duplo inibidor de recaptação refere-se a uma droga que afeta a recaptação de dois neurotransmissores ao invés de um. Os ... certos neurotransmissores são enviados em fluxo contínuo e sentido único, e não mais da forma natural, pulsátil e em "mão dupla ... ". Os neurotransmissores afetados pela duloxetina são a serotonina e a noradrenalina. ...
... os neurotransmissores o alvo. • Toxinas clostridiais: atuam bloqueando a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica; ... Assim sendo, quando neurotransmissores são liberados na fenda sináptica, eles se ligam a receptores (1) Ionotrópicos; (2) ... Alfa-latrotoxina: liga-se à membrana pré-sináptica facilitando a ligação das vesículas contendo neurotransmissores com a mesma ... podemos ter PPSI pela ação de neurotransmissores inibitórios como o GABA, causando a abertura de proteínas de canal K+ (efluxo ...
Existem duas faixas instrumentais com nomes dos neurotransmissores Dopamina e Serotonina. A capa do álbum mostra o rosto dos ...
Assim, reduzem tanto a excitabilidade neuronal como a liberação de neurotransmissores. Analgesia: os opioides reduzem a dor em ... que são neurotransmissores. Existem três tipos de receptores opioides: mu, delta e kappa. Os receptores μ (mu) são os mais ...
Alguns neurotransmissores comuns envolvidos no IPSPs são o GABA e a glicina. Esse sistema de IPSPs pode ser temporariamente ... Eles podem acontecer em qualquer sinapse química, que utiliza a secreção de neurotransmissores para criar uma sinalização ... Neurônios pré-sinápticos inibitórios liberam neurotransmissores que, em seguida, se ligam aos receptores pós-sinápticos; isso ...
Os sinais são de fato carregados quimicamente entre os neurônios via neurotransmissores; e são propagados eletricamente apenas ...
Danos nessa via impedem a ação inibitória de neurotransmissores (especialmente do GABA). Pode também estar associado a ...
Os neurotransmissores encontram-se empacotados em vesículas sinápticas que se acumulam debaixo da membrana do axónio terminal ... A presença do poro permite a libertação dos neurotransmissores na fenda sináptica. O processo no qual se libera o conteúdo das ... Os neurónios estão interligados de forma complexa, e utilizam sinais electroquímicos e neurotransmissores químicos para ...
Outros neurotransmissores aferentes incluem noradrenalina (do tronco cerebral), dopamina, serotonina e acetilcolina. O núcleo ...
Algumas drogas atuam como neurotransmissores externos, substituindo os neurotransmissores orgânicos, que "desligam". Se a droga ... Os neurotransmissores orgânicos "percebem" que há um neurotransmissor externo atuando, e "desligam". Quando a heroína é cortada ... O álcool, a maconha e a cocaína também atuam como neurotransmissores externos, mas em menor intensidade, de modo que as crises ... O crash está associada à depleção de neurotransmissores na fenda sináptica em decorrência do uso da cocaína. O usuário pode ...
... hormônios e neurotransmissores . Estes variam em tamanho de pequenas moléculas a peptídeos e grandes proteínas . Os receptores ... neurotransmissores , citocinas , fatores de crescimento , moléculas de adesão celular ou nutrientes ; eles reagem com o ... A abertura e o fechamento dos canais iônicos são controlados por neurotransmissores . Os receptores ligados a enzimas são as ...
Entre os neurotransmissores do sistema nervoso central (SNC), existem algumas monoaminas importantes. Um grupo delas é formado ...

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