Desenvolvimento e formação de vários tipos de CÉLULAS SANGUÍNEAS. A hematopoese pode ocorrer na MEDULA ÓSSEA (medular) ou fora dela (HEMATOPOESE EXTRAMEDULAR).
Formação e desenvolvimento das células sanguíneas fora da MEDULA ÓSSEA, como [ocorre] no BAÇO; FÍGADO; ou LINFONODOS.
Células progenitoras das quais todas as células sanguíneas são derivadas.
Células contidas na medula óssea, incluindo células adiposas (ver ADIPÓCITOS), CÉLULAS ESTROMAIS, MEGACARIÓCITOS e os precursores imediatos da maioria das células sanguíneas.
Técnica citológica para medida da capacidade funcional de células-tronco, pela verificação de sua atividade.
Tecido mole que preenche as cavidades dos ossos. A medula óssea apresenta-se de dois tipos, amarela e vermelha. A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sanguíneas primitivas. A medula vermelha é um tecido hematopoiético e é o sítio de produção de eritrócitos e leucócitos granulares. A medula óssea é constituída de um rede, em forma de treliça, de tecido conjuntivo, contendo fibras ramificadas e preenchida por células medulares.
Órgãos e tecidos produtores de sangue, principalmente a medula óssea e os linfonodos.
Primeira membrana embrionária, entre as quatro existentes, formada durante a EMBRIOGÊNESE. Em RÉPTEIS e AVES surge do endoderma e mesoderma para incorporar o SACO VITELÍNICO no TRATO DIGESTÓRIO para nutrição do embrião. Em MAMÍFEROS placentários, sua função nutricional é vestigial, entretanto, é a fonte da MUCOSA INTESTINAL, CÉLULAS SANGUÍNEAS, e CÉLULAS GERMINATIVAS. Como é chamado de saco vitelino, não deve ser confundido com a MEMBRANA VITELINA do ovo.
Formação de CÉLULAS MIELOIDES a partir das CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS pluripotentes na MEDULA ÓSSEA via CÉLULAS-TRONCO MIELOIDES. Geralmente a mielopoese se refere a produção de leucócitos no sangue, como os MONÓCITOS e GRANULÓCITOS. Este processo também gera células precursoras para MACRÓFAGOS e CÉLULAS DENDRÍTICAS encontradas no tecido linfoide.
História do desenvolvimento de tipos de células diferenciadas específicas, rastreando as CÉLULAS-TRONCO originais no embrião.
Restrição progressiva do potencial para desenvolvimento e especialização crescente da função que leva à formação de células, tecidos e órgãos especializados.
Fator de transcrição que forma dímeros com a SUBUNIDADE BETA DE FATOR DE LIGAÇÃO AO CORE para formar o fator de ligação ao core. Possui um domínio de ligação com o DNA altamente conservado, conhecido como domínio runt. Com frequência, o runx1 encontra-se mutado em LEUCEMIAS humanas.
Produção de células vermelhas do sangue (ERITRÓCITOS). Nos humanos, os eritrócitos são produzidos pelo SACO VITELINO no primeiro trimestre, pelo fígado, no segundo, e pela MEDULA ÓSSEA no terceiro trimestre até após o nascimento. A contagem eritrocítica no sangue periférico de indivíduos normais permanece relativamente constante, implicando em equilíbrio entre as taxas de produção e destruição de eritrócitos.
Glicoproteínas encontradas em células hematopoiéticas imaturas e em células endoteliais. São as únicas moléculas, até hoje, cuja expressão no sistema sanguíneo está restrita a um número pequeno de células progenitoras na medula óssea.
Células da série eritroide derivadas de CÉLULAS PROGENITORAS MIELOIDES ou de CÉLULAS PROGENITORAS DE MEGACARIÓCITOS E ERITRÓCITOS bivalentes, que eventualmente originam ERITRÓCITOS maduros. As células progenitoras eritroides se desenvolvem em duas fases: unidades formadoras de “explosão” eritroide (BFU-E) seguida por unidades formadoras de colônia eritroide (CFU-E). As BFU-E se diferenciam em CFU-E sob estímulo de ERITROPOETINA e, então, diferenciam-se em ERITROBLASTOS quando estimuladas por outros fatores.
Células-tronco bipotenciais angio-hematopoiéticas que originam tanto CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS como CÉLULAS ENDOTELIAIS.
Fator de transcrição GATA especificamente expresso em linhagens hematopoiéticas e desempenha um papel importante na DIFERENCIAÇÃO CELULAR das CÉLULAS ERITROIDES e MEGACARIÓCITOS.
Fator de transcrição GATA essencial, que é expressado principalmente em CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS.
Leucócitos que apresentam muitos grânulos no citoplasma. São divididos em três grupos, conforme as características (neutrofílicas, eosinofílicas e basofílicas) de coloração destes grânulos. São granulócitos maduros os NEUTRÓFILOS, EOSINÓFILOS e BASÓFILOS.
Série de células na linhagem dos glóbulos vermelhos nos vários estágios de diferenciação.
Células-tronco derivadas de CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS. Derivadas destas estão os MEGACARIÓCITOS, ERITRÓCITOS, MIELÓCITOS e algums CÉLULAS DENDRÍTICAS.
Camundongos Endogâmicos C57BL referem-se a uma linhagem inbred de camundongos de laboratório, altamente consanguíneos, com genoma quase idêntico e propensão a certas características fenotípicas.
Um de um par de órgãos excretores (mesonefros) que cresce na direção posterior em relação ao primeiro par (PRONEFRO) durante o desenvolvimento. Os mesonefros são os rins permanentes em anfíbios e peixes adultos. Em vertebrados superiores, os pronefros e a maioria dos mesonefros degeneram com o aparecimento dos metanefros. Os ductos remanescentes tornam-se DUCTOS MESONÉFRICOS.
Fator de crescimento hematopoiético e ligante da proteína de superfície celular c-kit (PROTEÍNAS PROTO-ONCOGÊNICAS C-KIT). Este fator é expresso durante a embriogênese e é um fator de crescimento para vários tipos de células, incluindo os MASTÓCITOS e MELANÓCITOS, além das CÉLULAS- TRONCO HEMATOPOIÉTICAS.
Qualquer [um] dos processos pelo qual os fatores nucleares, citoplasmáticos ou intercelulares influem sobre o controle diferencial da ação gênica durante as fases de desenvolvimento de um organismo.
Células grandes da medula óssea que liberam plaquetas maduras.
Espécie exótica de peixes (família CYPRINIDAE) oriundos da Ásia, que foram introduzidos na América do Norte. Usados em estudos embriológicos e para estudar o efeito de agentes químicos no desenvolvimento.
Formação de LINFÓCITOS e CÉLULAS PLASMÁTICAS provenientes das células-tronco linfoides que se desenvolvem a partir das CÉLULAS- TRONCO HEMATOPOÉTICAS pluripotentes na MEDULA ÓSSEA. Estas células-tronco linfoides se diferenciam em LINFÓCITOS-T, LINFÓCITOS-B, CÉLULAS PLASMÁTICAS, ou células NK (CÉLULAS MATADORAS NATURAIS) dependendo dos órgãos ou tecidos (TECIDO LINFOIDE) para os quais elas migram.
Estes fatores de crescimento consistem de uma família de reguladores hematopoéticos com especificidades biológicas. Estas são definidas por sua capacidade para favorecer (support) a proliferação e a diferenciação de células vermelhas de linhagens diferentes. A ERITROPOETINA e os FATORES ESTIMULANTES DE COLÔNIAS pertencem a esta família. Alguns desses fatores têm sido estudados e usados no tratamento de neutropenia induzida pela quimioterapia, de síndromes mielodisplásicas, e síndromes de insuficiência (failure) da medula óssea.
Células propagadas in vitro em meio especial apropriado ao seu crescimento. Células cultivadas são utilizadas no estudo de processos de desenvolvimento, processos morfológicos, metabólicos, fisiológicos e genéticos, entre outros.
Linhagens de camundongos nos quais certos GENES dos GENOMAS foram desabilitados (knocked-out). Para produzir "knockouts", usando a tecnologia do DNA RECOMBINANTE, a sequência do DNA normal no gene em estudo é alterada para impedir a síntese de um produto gênico normal. Células clonadas, nas quais esta alteração no DNA foi bem sucedida, são então injetadas em embriões (EMBRIÃO) de camundongo, produzindo camundongos quiméricos. Em seguida, estes camundongos são criados para gerar uma linhagem em que todas as células do camundongo contêm o gene desabilitado. Camundongos knock-out são usados como modelos de animal experimental para [estudar] doenças (MODELOS ANIMAIS DE DOENÇAS) e para elucidar as funções dos genes.
Classes de células do sangue provenientes da MEDULA ÓSSEA, série monocítica (MONÓCITOS e seus precursores) e série granulocítica (GRANULÓCITOS e seus precursores).
Proteínas obtidas do PEIXE-ZEBRA. Nestas espécies muitas destas proteínas foram o sujeito de estudos envolvendo o desenvolvimento embrionário básico (EMBRIOLOGIA).
Produtos dos proto-oncogenes. Normalmente eles não possuem propriedade oncogênicas ou transformadoras, mas estão envolvidas na regulação ou diferenciação do crescimento celular. Geralmente possuem atividade de proteína quinase.
Glicoproteína IIb da membrana de plaquetas é uma subunidade da integrina alfa que heterodimeriza com a INTEGRINA BETA3 para formar COMPLEXO GLICOPROTEICO GPIIB-IIIA de PLAQUETAS. É sintetizada como uma cadeia polipeptídica única clivada pós-transducionalmente e processada em duas subunidades ligadas a dissulfeto de aproximadamente 18 e 110 kDa de tamanho.
Substâncias endógenas, usualmente proteínas, que são efetivas na iniciação, estimulação ou terminação do processo de transcrição genética.
Doença maligna progressiva dos órgãos formadores de sangue, caracterizada por proliferação e desenvolvimento perturbados dos leucócitos e seus precursores no sangue e medula óssea. No início as leucemias eram chamadas de agudas ou crônicas baseadas na expectativa de vida, mas atualmente são classificadas de acordo com a maturidade celular. As leucemias agudas consistem em células predominantemente imaturas e as leucemias crônicas são compostas de células mais maduras (Tradução livre do original: The Merck Manual, 2006).
Mieloproliferação de novo que surge de uma célula-tronco anormal. É caracterizada pela substituição da medula óssea por tecido fibroso, processo mediado por CITOCINAS produzidas pelo clone anormal de células-tronco.
Células do tecido conjuntivo de um órgão que são encontradas no tecido conjuntivo frouxo. Estas células são mais frequentemente associadas com a mucosa uterina e o ovário, bem como com o sistema hematopoiético e outras regiões em geral.
Técnica que utiliza um sistema instrumental para fabricação, processamento e exibição de uma ou mais medidas em células individuais obtidas de uma suspensão de células. As células são geralmente coradas com um ou mais corantes específicos aos componentes de interesse da célula, por exemplo, DNA, e a fluorescência de cada célula é medida rapidamente pelo feixe de excitação transversa (laser ou lâmpada de arco de mercúrio). A fluorescência provê uma medida quantitativa de várias propriedades bioquímicas e biofísicas das células, bem como uma base para separação das células. Outros parâmetros ópticos incluem absorção e difusão da luz, a última sendo aplicável a medidas de tamanho, forma, densidade, granularidade e coloração da célula.
Fator de crescimento celular de múltiplas linhagens secretado por LINFÓCITOS, CÉLULAS EPITELIAIS e ASTRÓCITOS, que estimula a proliferação e diferenciação clonal de vários tipos de células sanguíneas e teciduais.
Proteínas celulares ligadoras de DNA encodificadas pelo gene myb (GENES, MYB). São expressas em uma ampla variedade de células incluindo timócitos e linfócitos, e regulam a diferenciação celular. A superexpressão de myb está associada com doenças autoimunes e malignidades.
Deficiências dos três elementos celulares do sangue: eritrócitos, leucócitos e plaquetas.
Órgão linfático encapsulado através do qual o sangue venoso é filtrado.
Transferência de medula óssea de um ser humano ou animal a outro para uma variedade de finalidades incluindo TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS ou TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO.
Células encontradas no líquido corpóreo circulando por toda parte do SISTEMA CARDIOVASCULAR.
Receptor de proteína-tirosina quinase é específico para o FATOR DE CÉLULA-TRONCO. Esta interação é crucial para o desenvolvimento das células-tronco hematopoiéticas, gonadais e pigmentares. Mutações genéticas que bloqueiam a expressão das PROTEÍNAS PROTO-ONCOGÊNICAS C-KIT estão associadas com PIEBALDISMO, enquanto que a superexpressão ou ativação constitutiva da proteína-tirosina quinase c-kit está associada com tumorogênese.
Entidade de um mamífero (MAMÍFEROS) em desenvolvimento, geralmente que abrange da clivagem de um ZIGOTO até o término da diferenciação embrionária das estruturas básicas. Nos humanos, o embrião representa os dois primeiros meses do desenvolvimento intrauterino que antecedem os estágios do FETO.
Transferência de CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS da MEDULA ÓSSEA ou SANGUE entre indivíduos da mesma espécie (TRANSPLANTE HOMÓLOGO) ou transferência num mesmo indivíduo (TRANSPLANTE AUTÓLOGO). O transplante de células-tronco hematopoéticas tem sido utilizado como uma alternativa ao TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA no tratamento de várias neoplasias.
Transtornos de células-tronco hematopoéticas clonais caracterizados por displasia em uma ou mais linhagens de células hematopoéticas. São considerados estados pré-leucêmicos, predominantemente afetam pacientes com mais de 60 anos de idade, e possuem alta probabilidade de transformação na LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA.
Afecções que causam proliferação de tecido hematopoeticamente ativo ou de tecido que tem potencial hematopoético embrionário. Todos os transtornos envolvem desregulação de CÉLULAS PROGENITORAS MIELOIDES multipotentes, mais frequentemente causada por uma mutação na PROTEÍNA TIROSINA QUINASE JAK2.
ERITRÓCITOS nucleados, imaturos, em estágio de ERITROPOIESE, que se seguem à formação das CÉLULAS PRECURSORAS ERITROIDES e precedem a formação de RETICULÓCITOS. Na série normal, as células são chamadas de normoblastos. Células chamadas de MEGALOBLASTOS são a série patológica dos eritroblastos.
Glicoproteína de 25 kDa contendo pontes dissulfeto internas. Induz a sobrevivência, proliferação e diferenciação de células precursoras de granulócitos neutrofílicos e funcionalmente ativa neutrófilos sanguíneos maduros. Entre a família dos fatores estimulantes de colônia, o G-CSF é o indutor mais potente de diferenciação terminal para granulócitos e macrófagos de células mieloides leucêmicas.
Processo de formação de trombócitos (PLAQUETAS) a partir das CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS pluripotentes na MEDULA ÓSSEA via MEGACARIÓCITOS. O fator humoral com atividade estimuladora da trombopoese é denominado TROMBOPOETINA.
Fator de transcrição que não se liga ao DNA e que é uma subunidade do fator de ligação ao core. Forma complexos heterodiméricos com as SUBUNIDADES ALFA DE FATORES DE LIGAÇÃO AO CORE e regula a TRANSCRIÇÃO GENÉTICA de vários GENES envolvidos principalmente na DIFERENCIAÇÃO CELULAR e progressão do CICLO CELULAR.
Sangue do feto. A troca de nutrientes e de resíduos entre o sangue fetal e o materno ocorre através da PLACENTA. O sangue do cordão é o sangue contido nos vasos umbilicais (CORDÃO UMBILICAL) no momento do parto.
Proteínas que se ligam ao DNA. A família inclui proteínas que se ligam às fitas dupla e simples do DNA e também inclui proteínas de ligação específica ao DNA no soro, as quais podem ser utilizadas como marcadores de doenças malignas.
Número de LEUCÓCITOS e ERITRÓCITOS por unidade de volume em uma amostra de SANGUE venoso. Uma contagem completa de sangue (CCS) também inclui medidas de HEMOGLOBINAS, HEMATÓCRITO e ÍNDICES DE ERITRÓCITOS.
Células relativamente indiferenciadas que conservam a habilidade de dividir-se e proliferar durante toda a vida pós-natal, a fim de fornecer células progenitoras que possam diferenciar-se em células especializadas.
Número de glóbulos vermelhos por unidade de volume em uma amostra de SANGUE venoso.
Qualquer elemento presente ou formado no sangue, principalmente em invertebrados.
Fissão de uma CÉLULA. Inclui a CITOCINESE quando se divide o CITOPLASMA de uma célula e a DIVISÃO DO NÚCLEO CELULAR.
Processo de gerar células sanguíneas brancas (LEUCÓCITOS) a partir de CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS pluripotentes da MEDULA ÓSSEA. Há dois caminhos importantes para gerar vários tipos de leucócitos: MIELOPOESE, na qual os leucócitos do sangue são derivados das CÉLULAS-TRONCO MIELOIDES e LINFOPOESE, na qual os leucócitos do sistema linfático (LINFÓCITOS) são gerados a partir das células-tronco linfoides.
Glicoproteína acídica de peso molecular de 23 kDa com ponte dissulfeto internas. A proteína é produzida em resposta de células mesenquimais a um número de mediadores inflamatórios presentes no ambiente hematopoiético e locais periféricos de inflamação. O GM-CSF é capaz de estimular a produção de granulócitos neutrofílicos, macrófagos, e colônias mistas de granulócitos e macrófagos da medula óssea, podendo ainda estimular a formação de colônias de eosinófilos de células progenitoras do fígado fetal. O GM-CSF pode também estimular algumas atividades funcionais em macrófagos e granulócitos maduros.
Camundongos de laboratório que foram produzidos de um OVO ou EMBRIÃO DE MAMÍFEROS, manipulados geneticamente.
Transferência intracelular de informação (ativação/inibição biológica) através de uma via de sinalização. Em cada sistema de transdução de sinal, um sinal de ativação/inibição proveniente de uma molécula biologicamente ativa (hormônio, neurotransmissor) é mediado, via acoplamento de um receptor/enzima, a um sistema de segundo mensageiro ou a um canal iônico. A transdução de sinais desempenha um papel importante na ativação de funções celulares, bem como de diferenciação e proliferação das mesmas. São exemplos de sistemas de transdução de sinal: o sistema do receptor pós-sináptico do canal de cálcio ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO, a via de ativação da célula T mediada pelo receptor e a ativação de fosfolipases mediada por receptor. Estes sistemas acoplados à despolarização da membrana ou liberação de cálcio intracelular incluem a ativação mediada pelo receptor das funções citotóxicas dos granulócitos e a potencialização sináptica da ativação da proteína quinase. Algumas vias de transdução de sinal podem ser parte de um sistema de transdução muito maior, como por exemplo, a ativação da proteína quinase faz parte da via de sinalização da ativação plaquetária.
Indivíduo que apresenta populações celulares provenientes de zigotos diferentes.
Hormônio glicoproteico, secretado principalmente pelo RIM em adultos e no FÍGADO fetal, que atua em células tronco eritroides da MEDULA ÓSSEA estimulando a proliferação e diferenciação.
Camundongos que portam genes mutantes que são fenotipicamente expressos nos animais.
Família de fatores de transcrição ligantes de DNA contendo uma SEQUÊNCIA HÉLICE-ALÇA-HÉLICE básica.
Transtornos do sangue e dos tecidos de formação de sangue.
Entidade que se desenvolve de um ovo fertilizado (ZIGOTO) em espécies animais diferentes de MAMÍFEROS. Para galinhas, usa-se o termo EMBRIÃO DE GALINHA.
Forma de anemia na qual a medula óssea falha em produzir números adequados de elementos sanguíneos periféricos.
Grande órgão glandular lobulado no abdomen de vertebrados responsável pela desintoxicação, metabolismo, síntese e armazenamento de várias substâncias.
Células parentais que dão origem a ambas as linhagens celulares de GRANULÓCITOS e de monócitos/macrófagos.
Família de fatores de transcrição contendo duas sequências de dedo de zinco e se ligam à sequência (A/T)GATA(A/G) do DNA.
Antígenos de diferenciação residentes nos leucócitos de mamíferos. Os CD (do inglês, "cluster of differentiation") representam um grupo de diferenciação, que se refere a grupos de anticorpos monoclonais que mostram reatividade similar com certas subpopulações de antígenos de uma linhagem ou estágio de diferenciação particulares. As subpopulações de antígenos também são conhecidas pela mesma designação CD.
Família de fatores de transcrição que se ligam ao co-fator da SUBUNIDADE BETA DE FATOR DE LIGAÇÃO AO CORE formando o fator de ligação ao core. Os membros da família contêm um domínio de ligação com o DNA altamente conservado, conhecido como domínio runt. Podem atuar tanto como ativadores como repressores da expressão de GENES envolvidos na DIFERENCIAÇÃO CELULAR e evolução do CICLO CELULAR.
Qualquer dos processos pelos quais os fatores nucleares, citoplasmáticos ou intercelulares influenciam o controle diferencial (indução ou repressão) da ação gênica ao nível da transcrição ou da tradução.
Forma de leucemia caracterizada por uma proliferação descontrolada da linhagem mieloide e seus precursores (CÉLULAS PROGENITORAS MIELOIDES), na medula óssea e outros locais.
Todos os processos envolvidos em aumentar o NÚMERO DE CÉLULAS. Estes processos incluem mais que a DIVISÃO CELULAR, parte do CICLO CELULAR.
Determinadas culturas de células que têm o potencial de se propagarem indefinidamente.
Grupo de fatores de transcrição que estava originalmente descritos como sendo específico para CÉLULAS ERITROIDES.
Organismo cujo corpo apresenta populações celulares de genótipos diferentes resultantes de TRANSPLANTE de células doadoras depois de aplicar suficiente radiação ionizante para destruir as células receptoras maduras, que de outra forma, rejeitariam as células doadoras.
Aumento do baço.
Receptores da superfície celular que são específicos de TROMBOPOIETINA. Sinalizam através de interações com JANUS QUINASES, como JANUS QUINASE 2.
Células parentais que dão origem a ambas as células das linhagens de MEGACARIÓCITOS e de ERITRÓCITOS.
Camundongos homozigotos para o gene autossômico recessivo mutante "scid", que é localizado na extremidade centromérica do cromossomo 16. Estes camundongos não possuem linfócitos maduros e funcionais e são por isso altamente susceptíveis a infecções oportunistas letais se não forem cronicamente tratados com antibióticos. A ausência de imunidade das células B e T assemelha-se à síndrome de imunodeficiência combinada severa (SCID) em crianças humanas. Camundongos SCID são úteis como modelos animais já que são receptivos à implantação de sistema imune humano produzindo camundongos hematoquiméricos com SCID-humana (SCID-hu).
Região peculiar do tecido, composta por um microambiente especializado em que as células-tronco ficam retidas em um estado não diferenciado, com potencial de autorrenovação.
Organismo (resultado de um transplante de tecido ou células doadoras) composto por duas ou mais linhagens de células descendentes de pelo menos dois zigotos. Este estado pode resultar na indução da TOLERÂNCIA AO TRANSPLANTE (específica para um doador).
Proteína smad regulada por receptor que sofre FOSFORILAÇÃO por RECEPTORES DE PROTEÍNAS MORFOGENÉTICAS ÓSSEAS. Regula a sinalização da PROTEÍNA MORFOGENÉTICA ÓSSEA e desempenha um papel essencial na angiogênese fisiológica.
Descrições de sequências específicas de aminoácidos, carboidratos ou nucleotídeos que apareceram na literatura publicada e/ou são depositadas e mantidas por bancos de dados como o GENBANK, European Molecular Biology Laboratory (EMBL), National Biomedical Research Foundation (NBRF) ou outros repositórios de sequências.
Sequência de PURINAS e PIRIMIDINAS em ácidos nucleicos e polinucleotídeos. É chamada também de sequência nucleotídica.
Qualquer dos processos pelos quais os fatores nucleares, citoplasmáticos ou intercelulares influem no controle diferencial da ação gênica na leucemia.
Grupo de células geneticamente idênticas em que todas são descendentes de uma única célula ancestral comum através de mitose em eucariotos ou fissão binária em procariotos. As células clonais também incluem populações de moléculas de DNA recombinante todas carregando a mesma sequência inserida. (King & Stansfield, Dictionary of Genetics, 4th ed)
Expansão clonal de blastos mieloides na medula óssea, sangue e outros tecidos. A leucemia mieloide se desenvolve a partir de mudanças nas células, que normalmente produzem NEUTRÓFILOS, BASÓFILOS, EOSINÓFILOS e MONÓCITOS.
Variação da técnica de PCR na qual o cDNA é construído do RNA através de uma transcrição reversa. O cDNA resultante é então amplificado utililizando protocolos padrões de PCR.
Anemia caracterizada por eritrócitos maiores que o normal, volume corpuscular médio (MCV) aumentado e hemoglobina corpuscular média (MCH) aumentada.
Glicoproteínas encontradas em uma subfração de plasma e urina normais de mamíferos. Estimulam a proliferação de células da medula óssea em culturas de agar e a formação de colônias de granulócitos e/ou macrófagos. Os fatores incluem a INTERLEUCINA-3 (IL-3), FATOR ESTIMULADOR DE COLÔNIA DE GRANULÓCITO (G-CSF), FATOR ESTIMULADOR DE COLÔNIA DE MACRÓFAGO (M-CSF) e FATOR ESTIMULADOR DE COLÔNIA DE GRANULÓCITO E MACRÓFAGO (GM-CSF).
Proteína de leucina linfoide-mieloide é um fator de transcrição que mantém os GENES HOMEÓTICOS em níveis altos que se expressam durante o desenvolvimento. O GENE para a proteína de leucina linfoide-mieloide, normalmente é separado na LEUCEMIA e combina com 40 pares de genes para formar as PROTEÍNAS DE FUSÃO ONCOGÊNICA.
Proteínas encodificadas por genes "homeobox" (GENES, HOMEOBOX) que exibem similaridades estruturais a certas proteínas de ligação ao DNA de procariotos e eucariotos. Proteínas de homeodomínio estão envolvidas no controle da expressão gênica durante a morfogênese e desenvolvimento (REGULAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA NO DESENVOLVIMENTO).
Aparência externa do indivíduo. É o produto das interações entre genes e entre o GENÓTIPO e o meio ambiente.
Situações nas quais as anormalidades no sangue periférico ou na medula óssea representam as manifestações iniciais da leucemia aguda, mas nas quais as mudanças não são de magnitude ou especificidade suficientes para permitir um diagnóstico de leucemia aguda pelos critérios clínicos usuais.
Proteínas preparadas através da tecnologia de DNA recombinante.
Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, [a idade gestacional] do filhote por nascer vai [é definida como sendo] do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
Precursores de células sanguíneas vermelhas, correspondendo aos ERITROBLASTOS. São maiores que o normal e geralmente resultam de DEFICIÊNCIA DE ÁCIDO FÓLICO ou de VITAMINA B12.
A separação celular é um processo fundamental na divisão celular, no qual as duas células filhas resultantes são formadas após a citocinese, quando as membranas plasmáticas se alongam e invaginam, seguidas pela formação do septo e sua posterior abertura ou degradação.
Qualquer mudança detectável e hereditária que ocorre no material genético causando uma alteração no GENÓTIPO e transmitida às células filhas e às gerações sucessivas.
Transtorno mieloproliferativo de etiologia desconhecida, caracterizado por proliferação anormal de todos os elementos da medula óssea hematopoética e um aumento absoluto na massa das células vermelhas e volume sanguíneo total, associado frequentemente com esplenomegalia, leucocitose e trombocitemia. A hematopoese é também reativa em sítios extramedulares (fígado e baço). Com o tempo, ocorre mielofibrose.
Células vermelhas do sangue. Os eritrócitos maduros são anucleados, têm forma de disco bicôncavo e contêm HEMOGLOBINA, cuja função é transportar OXIGÊNIO.
Contagem do número de CÉLULAS BRANCAS DO SANGUE, por unidade de volume, no SANGUE venoso. Uma contagem diferencial de leucócitos mede os números relativos de diferentes tipos de células brancas.
Irradiação de todo o corpo com radiação ionizante ou não ionizante. É aplicável em humanos ou animais, mas não em micro-organismos.
Células derivadas da MASSA CELULAR INTERNA DO BLASTOCISTO que se formam antes de sua implantação na parede uterina. Conservam a capacidade de dividir, proliferar e fornecer células progenitoras que podem diferenciar-se em células especializadas.
Glicoproteínas de alto peso molecular expressas exclusivamente na superfície de LEUCÓCITOS e seus progenitores hematopoiéticos. Contêm uma atividade de proteína tirosina fosfatase citoplasmática que desempenha um papel na sinalização intracelular dos RECEPTORES DA SUPERFÍCIE CELULAR. Os antígenos CD45 ocorrem como isoformas múltiplas que resultam do processamento alternativo de mRNA e uso diferencial de três éxons.
Sequências de RNA que servem como modelo para a síntese proteica. RNAm bacterianos são geralmente transcritos primários pelo fato de não requererem processamento pós-transcricional. O RNAm eucariótico é sintetizado no núcleo e necessita ser transportado para o citoplasma para a tradução. A maior parte dos RNAm eucarióticos têm uma sequência de ácido poliadenílico na extremidade 3', denominada de cauda poli(A). Não se conhece com certeza a função dessa cauda, mas ela pode desempenhar um papel na exportação de RNAm maduro a partir do núcleo, tanto quanto em auxiliar na estabilização de algumas moléculas de RNAm retardando a sua degradação no citoplasma.
Afecção caracterizada pela recorrência de HEMOGLOBINÚRIA causada por HEMÓLISE intravascular. Nos casos gerados por exposição ao frio (hemoglobinuria paroxística pelo frio), geralmente após infecções, há anticorpos circulantes que também são considerados hemolisinas pelo frio. Nos casos gerados durante ou após o sono (hemoglobinuria paroxística noturna), as células-tronco hematopoiéticas clonais apresentam uma deficiência completa de proteínas da membrana celular.
Manifestação fenotípica de um gene (ou genes) pelos processos de TRANSCRIÇÃO GENÉTICA e TRADUÇÃO GENÉTICA.
Número de CÉLULAS de um tipo específico, geralmente medido por unidade de volume ou área da amostra.
Grande classe de proteínas estruturalmente relacionadas que contêm um ou mais domínios de dedos de zinco LIM. Muitas das proteínas desta classe estão envolvidas em processos de sinalização intracelular e medeiam seus efeitos por meio dos domínios das interações proteína-proteína. O nome LIM é derivado das três proteínas em que o motivo foi encontrado pela primeira vez: LIN-11, Isl1 e Mec-3.
Genes cuja MUTAÇÃO de perda de função ou ganho de função leva à morte do portador antes da maturidade. Podem ser genes essenciais (GENES ESSENCIAIS) necessários para a viabilidade, ou genes que causam um bloqueio da função de um gene essencial em um determinado período em que a função do gene essencial é necessária para a viabilidade.
Representações teóricas que simulam o comportamento ou a actividade de processos biológicos ou doenças. Para modelos de doença em animais vivos, MODELOS ANIMAIS DE DOENÇAS está disponível. Modelos biológicos incluem o uso de equações matemáticas, computadores e outros equipamentos eletrônicos.
Técnica que localiza sequências específicas de ácidos nucleicos em cromossomos intactos, células eucarióticas ou células bacterianas através do uso de sondas específicas de ácidos nucleicos marcados.
Na filosofia e na religião chinesas, dois princípios, um negativo, escuro e feminino (yin) e um positivo, claro e masculino (yang), dos quais a interação de todas as coisas são produzidas e todas as coisas são dissolvidas. Como um conceito, os dois elementos polares referiam-se originalmente aos lados sombrio e ensolarado de um vale ou de uma colina, mas ele se desenvolveu dentro do relacionamento de qualquer par contrastante; aqueles especificados acima (feminino-masculino, etc.) bem como frio-quente, molhado-seco, fraco-forte, etc. Não é um sistema distinto de pensamento por si, mas permeia a vida e o pensamento chineses. Um equilíbrio do yin e do yang é essencial à saúde. Uma deficiência de qualquer dos princípios pode manifestar-se como doença.
Células linfoides relacionadas à imunidade humoral. Estas células apresentam vida curta, e no que se refere à produção de imunoglobulinas após estimulação apropriada se assemelham aos linfócitos derivados da bursa de Fabricius em pássaros.
Proteínas, que não são anticorpos, secretadas por leucócitos inflamatórios e por células não leucocíticas que agem como mediadores intercelulares. As citocinas diferem dos hormônios clássicos no sentido de que elas são produzidas por vários tecidos ou tipos celulares e não por glândulas especializadas. Elas geralmente agem localmente de modo parácrino ou autócrino em vez de endócrino.
Adjacências locais com as quais as células interagem por meio de processamento de vários sinais químicos e físicos e pela contribuição com os seus próprios efeitos para aquele ambiente.
Quimiocina CXC quimiotática para LINFÓCITOS T e MONÓCITOS. Possui especificidade para RECEPTORES CXCR4. Duas isoformas de CXCL12 são produzidas pelo processamento alternativo de RNAm.
Família de vírus RNA que infecta aves e mamíferos e codificam a enzima transcriptase reversa. A família contém sete gêneros: DELTARETROVIRUS, LENTIVIRUS, RETROVIRUS TIPO B DE MAMÍFEROS, ALPHARETROVIRUS, GAMMARETROVIRUS; RETROVIRUS TIPO D e SPUMAVIRUS. Uma característica marcante da biologia do retrovirus é a síntese de uma cópia do genoma em DNA, que é integrado ao DNA celular. Após a integração, o vírus, às vezes, não é expresso, mas mantido em estado latente (PROVIRUS).
Técnica de cultivo in vitro de uma mistura de tipos celulares permitindo suas interações sinérgicas ou antagônicas, como na DIFERENCIAÇÃO CELULAR ou APOPTOSE. A cocultura pode ser de diferentes tipos de células, tecidos ou órgãos dos estados normal ou doente.
Animais cujo GENOMA foi alterado pela técnica da ENGENHARIA GENÉTICA.
Órgão linfoide primário, único e não pareado, situado no MEDIASTINO, estendendo-se superiormente para dentro do pescoço até a borda inferior da GLÂNDULA TIREOIDE e inferiormente até a quarta cartilagem costal. É necessário para o desenvolvimento normal da função imunológica no início da vida. Na puberdade, o timo começa a involuir e grande parte do tecido é substituída por gordura.
Células-tronco das quais derivam LINFÓCITOS B, LINFÓCITOS T, CÉLULAS MATADORAS NATURAIS e algumas CÉLULAS DENDRÍTICAS.
Células-tronco especializadas dedicadas a originar células com determinada função. Exemplos: MIOBLASTOS, CÉLULAS PROGENITORAS MIELOIDES e células-tronco da pele. (Tradução livre do original: Stem Cells: A Primer [Internet]. Bethesda (MD): National Institute of Health (US); Maio de 2000 [citado em 5 de abril de 2002].
Células progenitoras de linfócitos cujo potencial de diferenciação é restrito à linhagem de linfócitos B. O estágio celular pró-B do desenvolvimento dos linfócitos B antecede o estágio pré-B.
Redução no número de ERITRÓCITOS circulantes ou na quantidade de HEMOGLOBINA.
Um dos mecanismos pelos quais ocorre a MORTE CELULAR (compare com NECROSE e AUTOFAGOCITOSE). A apoptose é o mecanismo responsável pela remoção fisiológica das células e parece ser intrinsecamente programada. É caracterizada por alterações morfológicas distintas no núcleo e no citoplasma, clivagem da cromatina em locais regularmente espaçados e clivagem endonucleolítica do DNA genômico (FRAGMENTAÇÃO DE DNA) em sítios internucleossômicos. Este modo de morte celular serve como um equilíbrio para a mitose no controle do tamanho dos tecidos animais e mediação nos processos patológicos associados com o crescimento tumoral.
Camundongos Endogâmicos BALB/c referem-se a uma linhagem inbred homozigótica de camundongos de laboratório, frequentemente usados em pesquisas biomédicas devido à sua genética uniforme e propriedades imunológicas consistentes.
Perda precoce de uma gravidez durante o estágio de desenvolvimento do EMBRIÃO DE MAMÍFEROS. Em humanos, este período compreende entre a segunda e oitava semanas após fertilização.
Elementos de intervalos de tempo limitados, contribuindo para resultados ou situações particulares.
Glândulas produtoras de gametas: OVÁRIO e TESTÍCULO.
Desenvolvimento morfológico e fisiológico do EMBRIÃO.
Produtos gênicos difusíveis que atuam em moléculas homólogas ou heterólogas de vírus ou DNA celular para regular a expressão de proteínas.
Determinação do padrão de genes expresso ao nível de TRANSCRIÇÃO GENÉTICA sob circunstâncias específicas ou em uma célula específica.
Receptor notch que interage com vários ligantes e regula as vias de TRANSDUÇÃO DE SINAL para vários processos celulares. É amplamente expresso durante a EMBRIOGÊNESE e essencial para o DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO.
Linhagem de células de ERITROLEUCEMIA derivadas de um paciente com LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA em CRISE BLÁSTICA.
Linfócitos responsáveis pela imunidade mediada por células. Foram identificados dois tipos: LINFÓCITOS T CITOTÓXICOS e linfócitos T auxiliadores (LINFÓCITOS T AUXILIARES-INDUTORES). São formados quando os linfócitos circulam pelo TIMO e se diferenciam em timócitos. Quando expostos a um antígeno, dividem-se rapidamente, produzindo um grande número de novas células T sensibilizadas a este antígeno.
Transtorno hematopoético clonal causado por defeito genético adquirido em CÉLULAS-TRONCO PLURIPOTENTES. Inicia em CÉLULAS MIELOIDES da medula óssea, invade o sangue, e então, outros órgãos. O estado progride de uma fase crônica estável, mais indolente (LEUCEMIA MIELOIDE DE FASE CRÔNICA) durando até 7 anos, para uma fase avançada composta de uma fase acelerada (LEUCEMIA MIELOIDE DE FASE ACELERADA) e CRISE BLÁSTICA.
Integração de DNA exógeno no gene de um organismo, em sítios onde sua expressão pode ser adequadamente controlada. Esta integração ocorre como resultado de recombinação homóloga.
Técnicas usadas para adicionar sequências gênicas exógenas, como genes mutados, GENES REPORTER para estudar mecanismos de expressão gênica, ou sequências regulatórias controle, para estudar os efeitos das alterações temporárias na EXPRESSÃO GÊNICA.
Receptores de superfície celular para fatores de estimulação de colônias, mediadores locais, e hormônios que regulam a sobrevivência, proliferação e diferenciação de células hematopoiéticas.
Receptor de tirosina quinase envolvido na HEMATOPOIESE. Está intimamente relacionado com a Proteína Proto-Oncogênica fms e normalmente está mutado na LEUCEMIA MIELOIDE aguda.
Liberação de células-tronco da medula óssea na circulação sanguinea periférica, com o propósito de leucaférese, antes do transplante de células-tronco. Fatores de crescimento hematopoético ou agentes quimioterápicos são geralmente usados para estimular a mobilização.
Método in vitro para produção de grandes quantidades de DNA específico ou fragmentos de RNA de comprimento definido de pequenas quantidades de oligonucleotídeos curtos de sequências flanqueantes (iniciadores ou "primers"). O passo essencial inclui desnaturação térmica de moléculas alvo da dupla fita, reassociação dos primers a suas sequências complementares e extensão do iniciador reassociado pela síntese enzimática com DNA polimerase. A reação é eficiente, específica e extremamente sensível. A utilização da reação inclui diagnóstico de doenças, detecção de patógenos difíceis de se isolar, análise de mutações, teste genético, sequenciamento de DNA e análise das relações evolutivas.
Qualquer vaso tubular que transporta o sangue (artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias).
Números aumentados de plaquetas no sangue periférico. (Dorland, 28a ed)
Família de receptores de superfície celular conservados que possuem repetições do FATOR DE CRESCIMENTO EPIDÉRMICO em seu domínio extracelular e repetições de ANQUIRINA nos seus domínios citoplasmáticos. O domínio citoplasmático dos receptores notch é liberado com a ligação do ligante e translocado para o NÚCLEO CELULAR, no qual atua como fator de transcrição.
Doenças da Medula Óssea são condições patológicas que afetam a produção e funcionamento das células-tronco hematopoéticas na medula óssea, resultando em anormalidades nos glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas.
Série complexa de fenômenos que ocorre entre o fim de uma DIVISÃO CELULAR e o fim da divisão seguinte, através da qual o material celular é duplicado, e então, dividido entre as duas células filhas. O ciclo celular inclui a INTERFASE que inclui a FASE G0, FASE G1, FASE S e FASE G2 e a FASE DE DIVISÃO CELULAR.
Produtos da tradução genética (ver BIOSSÍNTESE DE PROTEÍNAS) da fusão entre um oncogene (veja ONCOGENES) e um outro gene. O último pode ser de origem viral ou celular.
Citocina que estimula o crescimento e a diferenciação dos LINFÓCITOS B, também é um fator de crescimento para os HIBRIDOMAS e plasmacitomas. É produzido por muitas células diferentes, inclusive os LINFÓCITOS-T, MONÓCITOS e FIBROBLASTOS.
A camada germinativa média de um embrião que deriva de três agregados mesenquimais pareados ao longo do tubo neural.
Sequências de DNA (v-myb) associadas a retrovirus, originalmente isoladas a partir da mieloblastose de aves e do vírus E26 da leucemia. O proto-oncogene c -myb codifica uma proteina nuclear envolvida na regulação transcricional, parecendo ser essencial para a proliferação das células hematopoiéticas. O gene myb humano está localizado na região 6q22-23, no braço curto do cromossomo 6. Este é o ponto de quebra nas translocações envolvidas na leucemia linfática aguda das célula T e em alguns cancers de ovário e melanomas.
Sobrevivência do enxerto no hospedeiro, os fatores responsáveis pela sobrevivência e as alterações que ocorrem no (within) enxerto durante o crescimento no hospedeiro.
Cepa de camundongos diabéticos não obesos, desenvolvidos no Japão, que têm sido amplamente estudados como modelo para diabetes mellitus autoimune, dependente de célula-T, e dependente de insulina, em que a insulite é a mais importante característica histopatológica, e em que a suscetibilidade genética é fortemente ligada ao MHC.
Células derivadas de um FETO que guardam a capacidade de se dividir, proliferar e suprir células progenitoras que podem diferenciar-se em células especializadas.
Sequências curtas (geralmente em torno de 10 pares de bases) de DNA que são complementares à sequência do RNA mensageiro e permite a transcriptase reversa, copiando as sequências adjacentes de RNAm. Os primers são utilizados largamente em técnicas de biologia molecular e genética.
Leucemia mieloide aguda pediátrica envolvendo tanto precursores mieloides como monocitoides. Pelo menos 20 por cento de células não eritroides são de origem monocítica.
Proteínas encontradas em membranas, incluindo membranas celulares e intracelulares. Consistem em dois grupos, as proteínas periféricas e as integrais. Elas incluem a maioria das enzimas associadas a membranas, proteínas antigênicas, proteínas de transporte e receptores de drogas, hormônios e lectinas.
Processo de classificação de células do sistema imune baseado nas suas diferenças estruturais e funcionais. O processo é comumente utilizado para analisar e classificar linfócitos T em subgrupos baseados em antígenos CD pela técnica de citometria de fluxo.
Células da série granulocítica que dão origem a granulócitos maduros (NEUTRÓFILOS, EOSINÓFILOS e BASÓFILOS). Estas células precursoras incluem mieloblastos, promielócitos e metamielócitos.
Família de proteínas ligantes de DNA que regulam a expressão de uma variedade de GENES durante a DIFERENCIAÇÃO CELULAR e a APOPTOSE. Membros desta família contêm um MOTIVO HÉLICE-VOLTA-HÉLICE carboxi-terminal básico altamente conservado envolvido na dimerização e na ligação a sequências específicas de DNA.
Medida da viabilidade de uma célula caracterizada pela capacidade para realizar determinadas funções como metabolismo, crescimento, reprodução, alguma forma de responsividade e adaptabilidade.
Proteínas que mantêm a dormência transcricional de GENES ou ÓPERONS específicos. As proteínas repressoras clássicas são as proteínas ligantes de DNA que estão normalmente ligadas à REGIÃO OPERADORA de um óperon, ou os ELEMENTOS FACILITADORES de um gene até que ocorra algum sinal que ocasione seu desprendimento.
Células brancas do sangue, formadas no tecido linfoide do corpo. Seu núcleo é redondo ou ovoide com cromatina grosseira e irregularmente organizada, enquanto que o citoplasma é tipicamente azul pálido com grânulos azurófilos, se existirem. A maioria dos linfócitos pode ser classificada como T ou B (com subpopulações em cada uma dessas categorias) ou CÉLULAS MATADORAS NATURAIS.
Transferência de células em um mesmo indivíduo, entre indivíduos de uma mesma espécie, ou entre indivíduos de espécies diferentes.
Gênero da família RETROVIRIDAE que consiste de retrovirus não oncogênicos, que produzem doenças em múltiplos órgãos, caracterizados por longos períodos de incubação e infecção persistente. Lentivirus são únicos por conterem fases de leitura aberta (ORFs) entre os genes pol e env, e na região 3' de env. Cinco sorogrupos são reconhecidos, refletindo os hospedeiros mamíferos com que são associados. HIV-1 é a espécie típica.
Subtipo de Janus quinase envolvida na sinalização dos receptores do hormônio de crescimento, RECEPTORES DA PROLACTINA e uma variedade de RECEPTORES DE CITOCINA, como os RECEPTORES DA ERITROPOIETINA e RECEPTORES DE INTERLEUCINA. A desregulação da Janus quinase 2 devido às translocações genéticas foram associadas com vários TRANSTORNOS MIELOPROLIFERATIVOS.
Número de PLAQUETAS por unidade de volume em uma amostra de SANGUE venoso.
Indivíduos geneticamente idênticos desenvolvidos pelos cruzamentos de irmãos e irmãs que são realizados por vinte ou mais gerações, ou pelo cruzamento dos progenitores com sua ninhada realizados com algumas restrições. Todos os animais de cepa endogâmica remetem a um ancestral comum na vigésima geração.
Moléculas sinalizadoras que estão envolvidas no controle do crescimento e diferenciação celular.
Proteínas de superfície celular que ligam citocina e desencadeiam mudanças intracelulares influenciando o comportamento de células.
Transferência de DNA bacteriano por fagos de uma bactéria infectada para outra bactéria. Isto também se refere à transferência de genes em células eucarióticas por vírus. Este processo que ocorre naturalmente é rotineiramente usado como TÉCNICAS DE TRANSFERÊNCIA DE GENES.
Leucemia que afeta crianças caracterizada por ESPLENOMEGALIA, linfonodos aumentados, rashes e hemorragias. Classificada tradicionalmente como uma doença mieloproliferativa, hoje é considerada um transtorno misto milelodisplásico/mieloproliferativo.
Fator de transcrição que desempenha papel como regulador crucial da HEMATOPOIESE. A expressão aberrante de Ikaros tem sido associada com a LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA.
Proteínas que tem um ou mais íons metálicos firmemente ligados formando parte da sua estrutura. (Dorland, 28a ed)
Moléculas de DNA capazes de replicação autônoma dentro de uma célula hospedeira, na qual outras sequências de DNA podem ser inseridas e amplificadas. Muitos são provenientes de PLASMÍDEOS, BACTERIÓFAGOS ou VÍRUS. São usados para transportar genes estranhos às células receptoras. Os vetores genéticos possuem um local de replicação funcional e contêm MARCADORES GENÉTICOS para facilitar seu reconhecimento seletivo.
Métodos para manutenção ou proliferação de CÉLULAS in vitro.
Genes celulares normais homólogos aos oncogenes virais. Os produtos dos proto-oncogenes são reguladores importantes de processos biológicos, e parecem estar envolvidos nos eventos que servem para manter o progresso ordenado ao longo do ciclo celular. Os proto-oncogenes têm nomes com a forma c-onc.
Receptores de alta afinidade para a INTERLEUCINA-3. São encontrados nas CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOÉTICAS precoces, progenitores das CÉLULAS MIELOIDES, EOSINÓFILOS e BASÓFILOS. Os receptores da interleucina-3 são formados pela dimerização da SUBUNIDADE ALFA DE RECEPTOR DE INLERLEUCINA-3 e da SUBUNIDADE BETA COMUM DOS RECEPTORES DE CITOCINA.
Enzima que catalisa a transferência de um grupo fosfato do 3-fosfo-D-glicerato na presença de ATP, para formar 3-fosfo-D-gliceroil fosfato e ADP. EC 2.7.2.3.
Lectina ligante de ácido siálico de 67 kDa específica para CÉLULAS MIELOIDES e CÉLULAS PRECURSORAS DE MONÓCITOS E MACRÓFAGOS. Esta proteína constitui o menor subtipo de siglec e contém um único domínio de grupo C2 de imunoglobulina. Pode desempenhar papel na sinalização intracelular por meio de suas interações com as proteínas tirosina fosfatase SHP-1 e SHP-2 (ver PROTEÍNA TIROSINA FOSFATASE NÃO RECEPTORA TIPO 6 e PROTEÍNA TIROSINA FOSFATASE NÃO RECEPTORA TIPO 11).
Fator estimulante de colônia de fagócito mononuclear sintetizado por células mesenquimais (M-CSF). O composto estimula a sobrevivência, proliferação e diferenciação de células hematopoiéticas das séries monócito-macrófago. O M-CSF é uma glicoproteína dimérica com pontes dissulfetos com peso molecular de 70 kDa. Liga-se com alta afinidade a um receptor específico (RECEPTOR DO FATOR ESTIMULANTE DE COLÔNIA DE MACRÓFAGO).
Células fagocíticas dos tecidos dos mamíferos, relativamente de vida longa e originadas dos MONÓCITOS. Os principais tipos são os MACRÓFAGOS PERITONEAIS, MACRÓFAGOS ALVEOLARES, HISTIÓCITOS, CÉLULAS DE KUPFFER do fígado e os OSTEOCLASTOS. Os macrófagos, dentro das lesões inflamatórias crônicas, se diferenciam em CÉLULAS EPITELIOIDES ou podem unir-se para formar CÉLULAS GIGANTES DE CORPO ESTRANHO ou CÉLULAS GIGANTES DE LANGHANS. (Tradução livre do original: The Dictionary of Cell Biology, Lackie and Dow, 3rd ed.)
Biossíntese de RNA realizada a partir de um molde de DNA. A biossíntese de DNA a partir de um molde de RNA é chamada de TRANSCRIÇÃO REVERSA.
Transdutor e ativador de sinal de transcrição que medeia as respostas celulares de várias CITOCINAS. A ativação da stat5 está associada com a transcrição dos reguladores do CICLO CELULAR, como o inibidor de quinase dependente de ciclina P21 e os genes antiapoptóticos, como os GENES BCL-2. A stat5 está constitutivamente ativada em vários pacientes com LEUCEMIA MIELOIDE aguda.
Subunidade receptora componente comum ao RECEPTOR DE INTERLEUCINA 3, RECEPTOR DE INTERLEUCINA 5 e ao RECEPTOR DO GM-CSF. Complexos de receptores de alta afinidade são formados quando as respectivas subunidades alfas de cada destes receptores se ligam a esta subunidade compartilhada.
Neoplasias localizadas no sangue ou em tecidos formadores de sangue (a medula óssea e o tecido linfático). As formas mais comuns são os vários tipos de LEUCEMIA, de LINFOMA e das formas potencialmente fatais e progressivas das SÍNDROMES MIELODISPLÁSICAS.
Estado de glóbulos vermelhos inadequados (qualitativa ou quantitativamente) em circulação (ANEMIA) ou de HEMOGLOBINAS insuficiente devido à destruição prematura de glóbulos vermelhos (ERITRÓCITOS).
Classe de receptores celulares que tem uma atividade intrínseca de PROTEÍNA-TIROSINA QUINASE.
Fator de transcrição nuclear. A heterodimerização com PPAR ALFA é importante para o metabolismo de LIPÍDEOS.
Proteínas encontradas no núcleo de uma célula. Não se deve confundir com NUCLEOPROTEÍNAS, que são proteínas conjugadas com ácidos nucleicos, que não estão necessariamente no núcleo.
Reordenamento genético [que ocorre] através da perda de segmentos de DNA ou de RNA, trazendo sequências normalmente separadas para perto. Esta eliminação (deletion) pode ser detectada por técnicas citogenéticas e também inferida a partir do fenótipo, que indica eliminação em locus específico.

Hematopoiese é um termo médico que se refere ao processo de produção e desenvolvimento de células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) nas medula óssea. É um processo contínuo e vital na manutenção da homeostase do corpo, pois as células sanguíneas têm uma vida útil limitada e precisam ser constantemente substituídas.

A hematopoiese ocorre em diferentes fases, começando com a formação de células-tronco hematopoiéticas (HSCs) multipotentes, que podem se diferenciar em vários tipos de células sanguíneas. As HSCs podem dar origem a células progenitoras comum e comitantes, que por sua vez se diferenciam em precursores específicos de cada linhagem celular (linhagens mieloides e linfoides).

As células mieloides incluem glóbulos vermelhos, monócitos/macrófagos, neutrófilos, basófilos, eosinófilos e plaquetas, enquanto as células linfoides incluem linfócitos T, linfócitos B e linfócitos NK.

A hematopoiese é regulada por uma complexa rede de fatores de crescimento, citocinas e hormônios que desempenham um papel crucial na diferenciação, proliferação e sobrevivência das células sanguíneas em desenvolvimento. Além disso, a hematopoiese é altamente regulada por mecanismos de controle que garantem a produção adequada de células sanguíneas maduras e funcionais.

Em condições patológicas, como doenças hematológicas malignas (leucemias, linfomas e mielomas), a regulação da hematopoiese pode ser alterada, levando à produção anormal de células sanguíneas imaturas ou anormais. Nesses casos, o tratamento geralmente inclui terapias dirigidas às células cancerosas, bem como a suporte da hematopoiese normal.

A hematopoese extramedular (HEM) refere-se ao processo de produção de células sanguíneas fora do midollo ósseo, que é o local normal de hematopoese na maioria dos indivíduos saudáveis. O midolho ósseo é responsável pela produção de diferentes tipos de células sanguíneas, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. No entanto, em certas condições clínicas, como doenças benignas ou malignas que afetam o midollo ósseo, a hematopoese pode ocorrer em outros órgãos ou tecidos além do midollo ósseo.

Alguns dos locais comuns de HEM incluem o fígado, baço e medula adiposa periférica. A hematopoese extramedular pode ser observada em recém-nascidos, pois a hematopoese fetal ocorre predominantemente no fígado, baço e rim antes do nascimento. No entanto, após o nascimento, o midollo ósseo torna-se o local primário de hematopoese.

Em certas condições clínicas, como a insuficiência medular, leucemia avançada ou terapias de transplante de células tronco alogênicas, a hematopoese extramedular pode ser observada como uma resposta compensatória à falta de produção de células sanguíneas no midollo ósseo. No entanto, a HEM geralmente é menos eficiente do que a hematopoese normal no midollo ósseo e pode resultar em anemia, neutropenia ou trombocitopenia.

Hematopoietic stem cells (HSCs) are a type of adult stem cell found in the bone marrow, bloodstream, and umbilical cord blood. They have the ability to differentiate into all types of blood cells, including red blood cells, white blood cells, and platelets. HSCs are responsible for maintaining and replenishing the body's blood cell supply throughout a person's lifetime.

These stem cells are characterized by their capacity for self-renewal, which means they can divide and create more hematopoietic stem cells, as well as differentiate into specialized blood cells. HSCs are essential for the regeneration of the hematopoietic system after injury, disease, or medical treatments such as chemotherapy or radiation therapy that can damage or destroy the bone marrow.

Hematopoietic stem cell transplantation is a medical procedure that involves transferring these cells from a healthy donor to a patient in need, with the goal of reestablishing a functional hematopoietic system. This procedure has been used to treat various diseases and disorders, including leukemia, lymphoma, sickle cell anemia, and immune deficiencies.

As "Células da Medula Óssea" referem-se às células que são encontradas no tecido mole e vascular do interior dos ossos, especificamente nas cavidades alongadas das diáfises de longos ossos alongados (como fêmur e úmero) e também nas superfícies planas dos ossos planos (como os ossos do crânio e da pélvis). A medula óssea é responsável por produzir células sanguíneas maduras, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

Existem dois tipos principais de tecido medular: a medula óssea vermelha ( hematopoética ) e a medula óssea amarela (adiposa). A medula óssea vermelha é predominantemente encontrada em recém-nascidos e crianças, enquanto a medula óssea amarela é mais comum em adultos.

As células da medula óssea incluem:

1. Hematopoietic stem cells (HSCs): Células-tronco hematopoiéticas que podem se diferenciar em diferentes tipos de células sanguíneas maduras, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
2. Linhagem mieloide: Células progenitoras que dão origem a glóbulos vermelhos, monócitos (que se diferenciam em macrófagos e células dendríticas) e granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos).
3. Linhagem linfoide: Células progenitoras que dão origem a diferentes tipos de glóbulos brancos, como linfócitos T, linfócitos B e células NK (natural killer).
4. Adipócitos: Células adiposas presentes na medula óssea que armazenam gordura e desempenham um papel importante no metabolismo energético.
5. Endotélio vascular: Células que revestem os vasos sanguíneos na medula óssea e desempenham um papel crucial na homeostase hematopoiética e no recrutamento de células imunes.
6. Células estromais: Células não hematopoiéticas que fornecem suporte estrutural à medula óssea e desempenham um papel importante na regulação da hematopoese.
7. Osteoblastos e osteoclastos: Células responsáveis pela formação e resorção do osso, respectivamente. Eles trabalham em conjunto para manter a integridade estrutural do esqueleto.

O Ensaio de Unidades Formadoras de Colônias (CFU, do inglês Colony-Forming Unit) é um método de contagem usado em microbiologia para quantificar organismos vivos capazes de se dividir e formar colônias visíveis em meio de cultura sólido. Neste ensaio, uma amostra diluída é colocada sobre a superfície de um meio de cultura sólido e incubada sob condições adequadas para o crescimento do microrganismo em questão. Após o período de incubação, as colônias formadas são contadas e expressas como unidades formadoras de colônias por volume ou massa da amostra original. É importante ressaltar que um CFU pode consistir em um único organismo ou um grupo de organismos geneticamente idênticos que descendem de um único progenitor. Portanto, o número de CFUs não necessariamente corresponde exatamente ao número de microrganismos vivos presentes na amostra original, mas fornece uma estimativa confiável do número de organismos capazes de se dividir e formar colônias.

Medula óssea é a parte interior espongiosa e vascular dos ossos longos, planos e acessórios, que contém tecido hematopoético (geração de células sanguíneas) e tecido adiposo (gordura). Ela é responsável pela produção de diferentes tipos de células sanguíneas, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. A medula óssea é encontrada principalmente no interior dos ossos alongados do corpo humano, tais como fêmur, úmero e vértebras. Além disso, ela também pode ser encontrada em outros ossos, incluindo os crânio, esterno, costelas e pelvéis. A medula óssea desempenha um papel crucial na imunidade, coagulação sanguínea e transporte de gases.

O Sistema Hematopoético refere-se ao sistema de órgãos e tecidos que trabalham em conjunto para produzir e manter as células sanguíneas saudáveis. Este sistema inclui o midollo ósseo, medula espinal, baço, fígado (em fetais), glândulas adrenais e timo.

As principais funções do Sistema Hematopoético são:

1. Produção de células sanguíneas: O midollo ósseo é o local primário onde se originam as células sanguíneas, incluindo glóbulos vermelhos (eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas (trombócitos).
2. Manutenção do equilíbrio das células sanguíneas: O sistema hematopoético regula a produção de células sanguíneas de acordo com as necessidades do corpo, a fim de manter os níveis adequados de cada tipo de célula no sangue.
3. Defesa imune: Alguns glóbulos brancos, como linfócitos e neutrófilos, desempenham um papel crucial na defesa do corpo contra infecções e outras doenças. Eles identificam e destroem patógenos, como bactérias, vírus e fungos.
4. Coagulação sanguínea: As plaquetas desempenham um papel fundamental na coagulação sanguínea, ajudando a prevenir e controlar sangramentos excessivos em caso de lesões vasculares.
5. Transporte de gases: Os glóbulos vermelhos transportam oxigênio dos pulmões para as células e carbono dióxido das células para os pulmões, onde é eliminado do corpo.

Doenças que afetam o Sistema Hematopoiético podem resultar em anemia, sangramentos excessivos, suscetibilidade a infecções e outros sintomas graves. Exemplos de tais doenças incluem leucemias, linfomas, anemia falciforme e deficiência de plaquetas congênita.

O saco vitelino, também conhecido como yolk sac em inglês, é uma estrutura presente durante o desenvolvimento embrionário de mamíferos, incluindo seres humanos. Ele faz parte do sistema circulatório primitivo e desempenha um papel importante na nutrição do embrião nas primeiras etapas do desenvolvimento.

No início do desenvolvimento, o blastocisto (um estágio inicial de formação do óvulo fertilizado) se fixa à parede uterina e começa a se desenvolver. O saco vitelino é formado a partir da parte externa do blastocisto, chamada de trofoblasto, e contém uma substância rica em nutrientes, similar ao ovo dos répteis e aves, que fornece alimento ao embrião.

À medida que o embrião cresce, o saco vitelino diminui em importância como fonte de nutrição, pois a placenta assume esse papel. No entanto, o saco vitelino continua a desempenhar outras funções importantes, como a produção de células sanguíneas e a formação do sistema imunológico inicial do feto.

Em suma, o saco vitelino é uma estrutura essencial no desenvolvimento embrionário, fornecendo nutrição e contribuindo para a formação de sistemas importantes no corpo em desenvolvimento.

Mielopoese é um termo médico que se refere ao processo de formação e desenvolvimento de células sanguíneas maduras a partir de células stem (ou células-tronco) na medula óssea. Essas células sanguíneas incluem glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

Durante a mielopoese, as células-tronco hematopoiéticas se dividem e diferenciam em vários tipos de células sanguíneas imaturas, que amadurecem e se transformam em células sanguíneas funcionais. Esse processo é controlado por uma variedade de fatores de crescimento e citocinas, que desempenham um papel importante na regulação da proliferação e diferenciação celular.

A mielopoese ocorre principalmente na medula óssea das costelas, vértebras, esterno, crânio e pelvis. Em condições normais, a mielopoese é um processo contínuo e bem regulado que garante a produção de células sanguíneas suficientes para atender às necessidades do corpo. No entanto, em certas condições clínicas, como anemia, infecções graves ou doenças oncológicas, a mielopoese pode ser afetada e resultar em uma produção insuficiente de células sanguíneas.

Em medicina e biologia celular, uma "linhagem de células" refere-se a uma série ou sequência de células que descendem de uma célula original ancestral por meio do processo de divisão celular. A linhagem das células descreve a história genealógica de uma célula e seus descendentes, revelando as sucessivas gerações de células que derivam umas das outras por mitose.

Em alguns contextos, o termo "linhagem celular" pode referir-se especificamente a linhagens de células cultivadas em laboratório, onde as células são extraídas de tecidos vivos e cultivadas em meios de cultura adequados para permitir que se dividam e se multipliquem fora do corpo. Essas linhagens celulares cultivadas podem ser úteis em uma variedade de aplicações de pesquisa, incluindo o estudo da biologia celular, o desenvolvimento de terapias e medicamentos, e a investigação de doenças.

Em resumo, uma linhagem de células é um rasto genealógico de células que descendem de uma célula original ancestral, seja em um organismo vivo ou em cultura laboratorial.

A diferenciação celular é um processo biológico em que as células embrionárias imaturas e pluripotentes se desenvolvem e amadurecem em tipos celulares específicos com funções e estruturas distintas. Durante a diferenciação celular, as células sofrem uma série de mudanças genéticas, epigenéticas e morfológicas que levam à expressão de um conjunto único de genes e proteínas, o que confere às células suas características funcionais e estruturais distintivas.

Esse processo é controlado por uma complexa interação de sinais intracelulares e extracelulares, incluindo fatores de transcrição, modificações epigenéticas e interações com a matriz extracelular. A diferenciação celular desempenha um papel fundamental no desenvolvimento embrionário, na manutenção dos tecidos e órgãos em indivíduos maduros e na regeneração de tecidos danificados ou lesados.

A capacidade das células de se diferenciar em tipos celulares específicos é uma propriedade importante da medicina regenerativa e da terapia celular, pois pode ser utilizada para substituir as células danificadas ou perdidas em doenças e lesões. No entanto, o processo de diferenciação celular ainda é objeto de intenso estudo e pesquisa, uma vez que muitos aspectos desse processo ainda não são completamente compreendidos.

A subunidade alfa-2 do Fator de Ligação ao Core (CFB, do inglés Coagulation Factor B) é uma proteína envolvida no sistema complemento, especificamente no caminho alternativo. A sua função principal é atuar como uma protease que se liga à superfície de células ou patógenos, o que leva à ativação do complexo convertase C3bBb e subsequente amplificação da resposta imune.

A subunidade alfa-2 do Fator B é sintetizada no fígado e circula na forma inativa no sangue. Quando ativada, por exemplo, pela protease convertase C3bB, a subunidade alfa-2 sofre uma mudança conformacional que permite a sua auto-proteólise em dois fragmentos: Ba e Bb. O fragmento Bb permanece unido ao complexo convertase como a subunidade ativa da protease, enquanto o fragmento Ba é liberado.

A ativação do sistema complemento desempenha um papel crucial na defesa do hospedeiro contra patógenos e também está envolvida em processos inflamatórios e imunológicos. Desta forma, a subunidade alfa-2 do Fator B é uma proteína importante no sistema complemento e desempenha um papel fundamental na resposta imune inata.

Eritropoiese é um processo fisiológico na medula óssea responsável pela produção e maturação de eritrócitos (glóbulos vermelhos), que são as células sanguíneas mais abundantes no corpo humano. Esses glóbulos vermelhos desempenham um papel crucial no transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos e órgãos periféricos, além de remover o dióxido de carbono dos tecidos para ser excretado pelos pulmões.

A eritropoiese é regulada por diversos fatores, sendo o mais importante deles a eritropoietina (EPO), uma hormona produzida principalmente pelos rins em resposta à hipoxia (baixa concentração de oxigênio). A EPO estimula a proliferação e diferenciação das células-tronco hematopoiéticas em eritroblastos imaturos, que subsequentemente amadurecem em eritrócitos maduros através de várias etapas de diferenciação.

Durante a eritropoiese, as células-tronco hematopoiéticas sofrem uma série de divisões mitóticas e diferenciações, resultando em um aumento no número de citoplasma e diminuição do núcleo, até que finalmente o núcleo é eliminado antes da liberação dos eritrócitos maduros no sangue periférico. Nesse processo, as hemoglobinas são sintetizadas e incorporadas nos glóbulos vermelhos, preparando-os para realizar suas funções principais no transporte de gases.

Distúrbios na eritropoiese podem resultar em anormalidades na contagem e/ou função dos glóbulos vermelhos, levando a condições clínicas como anemia (baixa contagem de glóbulos vermelhos) ou policitemia (aumento da contagem de glóbulos vermelhos).

Os antígenos CD34 são marcadores proteicos encontrados na superfície das células da medula óssea. Eles são amplamente utilizados como um indicador para identificar e isolar células hematopoéticas progenitoras (HPCs), também conhecidas como células-tronco sanguíneas. Essas células têm a capacidade de se diferenciar em vários tipos de células sanguíneas, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

A proteína CD34 é expressa principalmente nas células-tronco hematopoéticas imaturas e desaparece à medida que as células amadurecem. Portanto, os antígenos CD34 são frequentemente usados em transplantes de medula óssea para selecionar e purificar células-tronco sanguíneas imaturas para uso no tratamento de doenças hematológicas, como leucemia e linfoma.

Além disso, os antígenos CD34 também são usados em pesquisas científicas para estudar a biologia das células-tronco sanguíneas e desenvolver novas terapias celulares. No entanto, é importante notar que a expressão de CD34 pode variar entre indivíduos e diferentes doenças, o que pode influenciar na eficácia dos tratamentos baseados nessas células.

As células precursoras eritroides, também conhecidas como reticulócitos imaturos ou eritroblastos, são células sanguíneas imaturas que se encontram no processo de diferenciação e maturação para se tornarem eritrócitos (glóbulos vermelhos) funcionais. Essas células estão presentes no médula óssea e, através de uma série de etapas, sofrem modificações estruturais e funcionais, incluindo a perda do núcleo, para se transformarem em glóbulos vermelhos maduros. A sua função principal é a produção de hemoglobina e o transporte de oxigênio e dióxido de carbono pelos tecidos do corpo.

Hemangioblastos são células-tronco multipotentes que se acredita poderem dar origem a ambas as linhagens celulares endoteliais e miócitos lisos dos vasos sanguíneos. Eles desempenham um papel crucial no desenvolvimento embrionário, contribuindo para a formação da rede vascular inicial. No contexto adulto, sua presença é mais comumente associada à patologia, particularmente em tumores do sistema nervoso central chamados hemangioblastomas. A pesquisa sobre hemangioblastos e sua biologia continua a ser um tópico ativo de investigação, uma vez que sua melhor compreensão pode conduzir ao desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para doenças vasculares e tumorais.

GATA-1 é um fator de transcrição que se une a sequências específicas de DNA, regulando assim a expressão gênica. É particularmente importante no desenvolvimento hematopoiético, desempenhando funções críticas na diferenciação e maturação das células sanguíneas. A proteína GATA-1 se une a sequências de DNA conhecidas como elementos de resposta GATA (GREs) que contêm o motivo de reconhecimento da seqüência WGATAR, onde W pode ser A ou T e R pode ser A ou G.

A proteína GATA-1 é codificada pelo gene GATA1, localizado no braço curto do cromossomo 5 (5p13). Mutações neste gene podem resultar em várias condições hematológicas, incluindo anemia aplástica, síndrome mielodisplásica e leucemia.

A proteína GATA-1 funciona como um homodímero ou heterodímero com outros fatores de transcrição, como friend of GATA (FOG) 1 e FOG2, para regular a expressão gênica. Além disso, a atividade da proteína GATA-1 pode ser modulada por modificações pósticas, como fosforilação e metilação, que afetam sua interação com o DNA e outras proteínas.

GATA2 é um fator de transcrição que se une a sequências específicas de DNA, regulando assim a expressão gênica. Ele pertence à família de fatores de transcrição GATA, que são nomeados após a presença de um sítio de ligação conservado que contém uma seqüência rica em pirimidinas e uma sequência rica em guaninas separadas por um par de bases. A proteína GATA2 se liga especificamente à sequência (T/C)GATA(A/G).

GATA2 desempenha papéis importantes no desenvolvimento hematopoético, sendo expresso em células progenitoras hematopoéticas e participando da manutenção da homeostase dos tecidos hematopoéticos. Ele regula a expressão gênica de genes envolvidos na diferenciação e desenvolvimento das linhagens hematopoéticas, incluindo células mieloides, eritroidess e linfoides. Além disso, GATA2 também desempenha um papel na regulação da angiogênese, imunidade e resposta ao estresse oxidativo.

Deficiências ou mutações no gene GATA2 podem resultar em várias condições clínicas, incluindo anemia aplástica, neutropenia congênita séria, síndrome mielodisplásica e leucemia mieloide aguda.

Granulócitos são um tipo de glóbulos brancos (leucócitos) que contêm grânulos (pequenas vesículas) em seu citoplasma. Esses grânulos contêm enzimas e proteínas que ajudam no processo de defesa do corpo contra infecções e inflamações. Existem três tipos principais de granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos, cada um com funções específicas no sistema imunológico.

1. Neutrófilos: São os granulócitos mais abundantes no sangue e desempenham um papel crucial na defesa contra infecções bacterianas e fúngicas. Eles são atraídos para locais de infecção ou inflamação por moléculas químicas específicas, como citocinas e produtos bacterianos, e destroem microorganismos através da fagocitose (processo em que as células engolfam e digerem partículas estranhas ou material infeccioso).

2. Eosinófilos: Esses granulócitos estão envolvidos principalmente na resposta do sistema imunológico a parasitas, como vermes e outros helmintos. Além disso, eles desempenham um papel importante em reações alérgicas e inflamação crônica, secretando mediadores químicos que contribuem para a dificuldade respiratória, coceira e outros sintomas associados às alergias.

3. Basófilos: São os granulócitos menos abundantes no sangue e desempenham um papel na resposta imune por meio da liberação de histamina e outras substâncias químicas que promovem a inflamação e aconselham outras células do sistema imunológico a ativarem-se. Eles também estão envolvidos em reações alérgicas e na defesa contra parasitas.

Em resumo, os granulócitos são um tipo de glóbulos brancos que desempenham papéis importantes no sistema imunológico, especialmente na proteção contra infecções e no combate a parasitas. Cada subtipo de granulócito (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) tem funções específicas que contribuem para a resposta imune adaptativa e inata.

Erythrocytes, também conhecidos como glóbulos vermelhos, são células sanguíneas especializadas que desempenham um papel crucial no transporte de oxigênio e dióxido de carbono em organismos vivos. Eles são produzidos no sistema reticuloendotelial, principalmente na medula óssea vermelha.

As células eritroides têm uma forma biconcava distinta, o que lhes dá uma aparência de disco alongado com entalhes em ambos os lados. Esta forma facilita a passagem deles através dos capilares sanguíneos e aumenta a superfície disponível para a difusão de gases.

O componente principal das células eritroides é a hemoglobina, uma proteína complexa que contém ferro. A hemoglobina se liga reversivelmente ao oxigênio e o transporta dos pulmões para os tecidos periféricos. No processo inverso, os glóbulos vermelhos também removem o dióxido de carbono dos tecidos e o transportam de volta aos pulmões para ser exalado.

As células eritroides são as células sanguíneas mais abundantes no corpo humano, constituindo cerca de 40% do volume total de sangue. Eles têm uma vida útil relativamente curta de aproximadamente 120 dias, após os quais são removidos da circulação sanguínea pelos macrófagos no fígado e baço. A produção de novas células eritroides é controlada por vários fatores hormonais e citocínicos, incluindo a eritropoietina, uma hormona produzida principalmente pelos rins em resposta à hipoxia (baixos níveis de oxigênio).

As células progenitoras mielóides são um tipo de célula progenitora hematopoética que se encontra no midollo ósseo e dá origem a diferentes linhagens celulares sanguíneas, especificamente as células da linhagem mieloide. Essas células têm o potencial de se diferenciar em vários tipos de células sanguíneas, incluindo glóbulos vermelhos (eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) da linhagem mieloide, como neutrófilos, monócitos, eosinófilos e basófilos, e plaquetas (trombócitos).

A hematopoiese mieloide é o processo de formação dessas células sanguíneas da linhagem mieloide a partir das células progenitoras mieloides. Durante esse processo, as células progenitoras mieloides sofrem diversas divisões mitóticas e diferenciações, levando à formação de células sanguíneas maduras e funcionais.

Em condições normais, as células progenitoras mieloides desempenham um papel fundamental na manutenção da homeostase do sistema hematopoético, garantindo a produção adequada de células sanguíneas para combater infecções, coagulação e transporte de oxigênio. No entanto, em certas condições patológicas, como neoplasias malignas hematológicas (leucemias), as células progenitoras mieloides podem sofrer mutações que levam ao crescimento e proliferação descontrolados, resultando em disfunções no sistema hematopoético.

C57BL/6J, ou simplesmente C57BL, é uma linhagem genética inbred de camundongos de laboratório. A designação "endogâmico" refere-se ao fato de que esta linhagem foi gerada por cruzamentos entre parentes próximos durante gerações sucessivas, resultando em um genoma altamente uniforme e consistente. Isso é útil em pesquisas experimentais, pois minimiza a variabilidade genética entre indivíduos da mesma linhagem.

A linhagem C57BL é uma das mais amplamente utilizadas em pesquisas biomédicas, incluindo estudos de genética, imunologia, neurobiologia e oncologia, entre outros. Alguns dos principais organismos responsáveis pela manutenção e distribuição desta linhagem incluem o The Jackson Laboratory (EUA) e o Medical Research Council Harwell (Reino Unido).

Mesonefros é um termo em anatomia e embriologia que se refere a um ramo transitorio do sistema excretor embrionário, presente em vertebrados. Ele desenvolve-se a partir da mesoderme intermediária durante a terceira semana de gestação humana e é precursor dos rins definitivos nos estágios posteriores do desenvolvimento.

O mesonefros consiste em um par de dutos, chamados de dutos mesonéfricos ou de Wolff, que se alongam cranialmente a partir da região urogenital indiferenciada e desembocam na cloaca. Esses dutos são acompanhados por uma massa celular alongada, o plexo mesonéfrico, que contém células epiteliais e glomerulares em desenvolvimento.

Embora o mesonefros seja funcional em alguns animais, como répteis e aves, nos mamíferos, ele serve principalmente como um estágio de desenvolvimento intermediário entre o pronefros (o primeiro ramo do sistema excretor embrionário) e o metanefros (o ramo definitivo dos rins em mamíferos). Após a formação do metanefros, os dutos mesonéfricos desaparecem gradualmente, exceto na região genital, onde persistem como os canais de Müller e de Wollf, que desempenham um papel importante no desenvolvimento dos órgãos reprodutivos masculinos e femininos, respectivamente.

Em medicina, um "Fator de Células-Tronco" refere-se a uma proteína ou molécula de sinalização que desempenha um papel crucial na regulação do ciclo celular e diferenciação das células-tronco. Esses fatores podem influenciar o comportamento das células-tronco, promovendo sua proliferação, sobrevivência, migração ou diferenciação em tipos celulares específicos. Eles desempenham um papel fundamental na manutenção e regeneração de tecidos e órgãos ao longo da vida. Alguns exemplos de fatores de células-tronco incluem as citocinas, como o fator de crescimento fibroblástico (FGF) e o fator de necrose tumoral (TNF), bem como as proteínas morfogênicas do osso (BMPs) e a proteína Wnt. A terapia com fatores de células-tronco tem sido investigada em vários campos da medicina, incluindo a reparação de tecidos danificados e o tratamento de doenças degenerativas e do câncer. No entanto, esses tratamentos ainda estão em fase experimental e requerem mais pesquisas para determinar sua segurança e eficácia clínicas.

A regulação da expressão gênica no desenvolvimento refere-se ao processo pelo qual as células controlam a ativação e desativação dos genes em diferentes estágios do desenvolvimento de um organismo. Isso é fundamental para garantir que os genes sejam expressos na hora certa, no local certo e em níveis adequados, o que é crucial para a diferenciação celular, morfogênese e outros processos do desenvolvimento.

A regulação da expressão gênica pode ser alcançada por meios epigenéticos, como modificações das histonas e metilação do DNA, bem como por meio de fatores de transcrição e outras proteínas reguladoras que se ligam a sequências específicas de DNA perto dos genes. Além disso, a regulação da expressão gênica pode ser influenciada por sinais químicos e físicos do ambiente celular, como hormônios, citocinas e fatores de crescimento.

A perturbação na regulação da expressão gênica pode levar a uma variedade de desordens do desenvolvimento, incluindo defeitos congênitos, doenças genéticas e neoplasias. Portanto, o entendimento dos mecanismos moleculares que controlam a regulação da expressão gênica no desenvolvimento é fundamental para a pesquisa biomédica e a medicina moderna.

Megacariócitos são células muito grandes que se encontram no sangue e no tecido espongioso do interior dos vasos sanguíneos. Eles desempenham um papel crucial na coagulação sanguínea, pois são responsáveis pela produção de plaquetas (também conhecidas como trombócitos), as quais são fragmentos citoplasmáticos dos megacariócitos.

Em condições normais, os megacariócitos medem cerca de 20 a 50 micrômetros de diâmetro, mas em algumas situações patológicas, como na trombocitose reativa ou neoplásica, eles podem atingir tamanhos muito maiores. O aumento do número e/ou tamanho dos megacariócitos pode ser um indicador de algumas condições clínicas, como anemia megaloblástica, deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico, síndromes mieloproliferativas e outras doenças hematológicas.

Em resumo, megacariócitos são células especializadas no sangue que desempenham um papel fundamental na coagulação sanguínea através da produção de plaquetas. O aumento anormal em número ou tamanho dos megacariócitos pode ser um indicador de várias condições clínicas e doenças hematológicas.

O "Peixe-Zebra" não é um termo médico comum. No entanto, parece que você se refere a uma condição genética rara em humanos também conhecida como Síndrome da Cornualina ou Displasia Cornual. A displasia cornual é uma anomalia congênita extremamente rara que afeta o desenvolvimento dos dentes, face e crânio. As pessoas com essa condição podem apresentar características faciais distintas, como fissuras ou sulcos na superfície da face, semelhantes a lascas de peixe, o que leva à comparação com a aparência de um peixe-zebra. Essa condição é geralmente associada a anomalias dentárias e pode ser herdada como um traço autossômico dominante ou recessivo, dependendo do tipo genético específico.

Linfopoese é um termo médico que se refere à capacidade do sistema imunológico de se regenerar e produzir novos linfócitos, células responsáveis pela resposta imune do corpo. Esses linfócitos incluem os linfócitos T e B, que desempenham papéis importantes na defesa do organismo contra patógenos como vírus, bactérias e outros agentes estranhos.

A linfopoese é um processo complexo envolvendo a proliferação, diferenciação e maturação de células-tronco hematopoéticas em linfócitos maduros no tecido linfoide, como o baço, os nódulos linfáticos e o timo. A produção dessas células é regulada por uma variedade de fatores, incluindo citocinas, hormônios e outras moléculas de sinalização.

A linfopoese pode ser estimulada em resposta a infecções ou outros estressores imunológicos, como vacinação ou terapia imunossupressiva. No entanto, um desequilíbrio na linfopoese pode resultar em distúrbios do sistema imunológico, como deficiências imunes ou doenças autoimunes.

Fatores de crescimento de células hematopoéticas (HGF, do inglês Hematopoietic Growth Factors) são moléculas de sinalização que regulam a proliferação, sobrevivência e diferenciação das células hematopoéticas. Eles desempenham um papel crucial no desenvolvimento e manutenção do sistema hematopoético, que é responsável pela produção de todas as células sanguíneas, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

Existem vários fatores de crescimento de células hematopoéticas identificados, cada um com seu próprio espectro de atividade e mecanismos de ação específicos. Alguns dos exemplos mais conhecidos incluem:

1. Fator Estimulante de Colônias (CSF, do inglês Colony-Stimulating Factor): é uma classe de fatores de crescimento que estimulam a formação de colônias de células hematopoéticas in vitro. Existem diferentes tipos de CSFs, como o CSF-granulocitário-macrófago (GM-CSF), CSF-granulocítico (G-CSF) e CSF-megacariocítico (M-CSF), que desempenham um papel importante na diferenciação e maturação de células mieloides, como neutrófilos, monócitos/macrófagos e plaquetas.

2. Interleucinas (ILs): são uma classe de citocinas que desempenham um papel crucial na regulação da resposta imune e hematopoiese. Algumas interleucinas, como a IL-3, IL-6 e IL-11, têm atividade hematopoética e estimulam a proliferação e diferenciação de células hematopoéticas.

3. Fator de Crescimento Eritropoiético (EPO): é um fator de crescimento que estimula a eritropoeise, ou seja, a produção de glóbulos vermelhos. O EPO atua sobre as células progenitoras eritroides, promovendo sua proliferação e diferenciação em glóbulos vermelhos maduros.

4. Fator de Necrose Tumoral-alfa (TNF-α): é uma citocina proinflamatória que desempenha um papel importante na regulação da resposta imune e hematopoiese. O TNF-α estimula a proliferação de células hematopoéticas e também induz a apoptose de células hematopoéticas imaturas, regulando assim o equilíbrio entre a proliferação e a morte celular.

Em resumo, os fatores de crescimento e as citocinas desempenham um papel fundamental na regulação da hematopoeise, promovendo a proliferação e diferenciação das células hematopoéticas e mantendo o equilíbrio entre a proliferação e a morte celular. A compreensão dos mecanismos moleculares que regulam a atuação dessas moléculas pode fornecer informações importantes sobre os processos fisiológicos e patológicos relacionados à hematopoeise e à doença hematológica.

As células cultivadas, em termos médicos, referem-se a células que são obtidas a partir de um tecido ou órgão e cultiva-se em laboratório para se multiplicarem e formarem uma população homogênea de células. Esse processo permite que os cientistas estudem as características e funções das células de forma controlada e sistemática, além de fornecer um meio para a produção em massa de células para fins terapêuticos ou de pesquisa.

A cultivação de células pode ser realizada por meio de técnicas que envolvem a adesão das células a uma superfície sólida, como couros de teflon ou vidro, ou por meio da flutuação livre em suspensiones líquidas. O meio de cultura, que consiste em nutrientes e fatores de crescimento específicos, é usado para sustentar o crescimento e a sobrevivência das células cultivadas.

As células cultivadas têm uma ampla gama de aplicações na medicina e na pesquisa biomédica, incluindo o estudo da patogênese de doenças, o desenvolvimento de terapias celulares e genéticas, a toxicologia e a farmacologia. Além disso, as células cultivadas também são usadas em testes de rotina para a detecção de microrganismos patogênicos e para a análise de drogas e produtos químicos.

"Knockout mice" é um termo usado em biologia e genética para se referir a camundongos nos quais um ou mais genes foram desativados, ou "knockout", por meio de técnicas de engenharia genética. Isso permite que os cientistas estudem os efeitos desses genes específicos na função do organismo e no desenvolvimento de doenças. A definição médica de "knockout mice" refere-se a esses camundongos geneticamente modificados usados em pesquisas biomédicas para entender melhor as funções dos genes e seus papéis na doença e no desenvolvimento.

As células mielóides são um tipo de célula sanguínea imatura que se desenvolve no sistema mielóide do corpo, que é uma parte do sistema hematopoético responsável pela produção de diferentes tipos de células sanguíneas. As células mielóides têm o potencial de se diferenciar em vários tipos de células sanguíneas maduras, incluindo glóbulos vermelhos (eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas (trombócitos).

No entanto, às vezes, as células mielóides podem se desenvolver de forma anormal e resultar em um tipo de câncer chamado de neoplasia mieloide. Existem diferentes tipos de neoplasias mieloides, como a leucemia mieloide aguda (LMA), a síndrome mielodisplásica (SMD) e o mieloma múltiplo.

Em resumo, as células mielóides são células sanguíneas imaturas que se desenvolvem no sistema mielóide e têm a capacidade de se diferenciar em vários tipos de células sanguíneas maduras. No entanto, quando essa diferenciação é interrompida ou ocorre de forma anormal, pode resultar em neoplasias mieloides.

As proteínas de peixe-zebra, também conhecidas como zebrafish proteins, referem-se a um vasto repertório de proteínas identificadas e estudadas em peixes-zebra (Danio rerio), um organismo modelo amplamente utilizado em pesquisas biológicas. Embora exista uma diversidade de proteínas expressas em diferentes tecidos e estágios do desenvolvimento do peixe-zebra, as proteínas de peixe-zebra geralmente se referem a proteínas que desempenham funções importantes no crescimento, desenvolvimento e diferenciação celular, além de outros processos biológicos.

O genoma do peixe-zebra foi sequenciado completamente, o que permitiu a identificação e caracterização de milhares de genes e suas respectivas proteínas. A análise das proteínas de peixe-zebra fornece informações valiosas sobre a função, estrutura e interação dessas moléculas, contribuindo significativamente para nossa compreensão dos processos biológicos em peixes e outros vertebrados, inclusive os seres humanos.

Algumas proteínas de peixe-zebra bem estudadas incluem as proteínas envolvidas no desenvolvimento embrionário, como as proteínas da linha média dorsal (dll) e as proteínas nodais, além de proteínas relacionadas à doença, como as proteínas associadas à Doença de Alzheimer e Parkinson. O estudo dessas proteínas em peixes-zebra fornece insights úteis sobre a função e regulação das contrapartes dos mamíferos, levando ao avanço do conhecimento em diversas áreas da biologia e medicina.

Proteínas proto-oncogênicas são proteínas que, quando funcionam normalmente, desempenham papéis importantes no crescimento e divisão celulares saudáveis. No entanto, alterações genéticas ou regulatórias anormais podem levar ao aumento da atividade dessas proteínas, o que pode resultar em um crescimento e divisão celulares desregulados e, eventualmente, no desenvolvimento de câncer.

As proteínas proto-oncogênicas podem ser ativadas por uma variedade de mecanismos, incluindo mutações genéticas, amplificação de genes, translocação cromossômica e alterações epigenéticas. Essas alterações podem resultar em uma maior produção de proteínas proto-oncogênicas, uma atividade enzimática aumentada ou uma interação anormal com outras proteínas.

Algumas proteínas proto-oncogênicas importantes incluem HER2/neu, c-MYC, BCR-ABL e EGFR. O tratamento de certos tipos de câncer pode envolver a inibição da atividade dessas proteínas para ajudar a controlar o crescimento celular desregulado.

Em resumo, as proteínas proto-oncogênicas são proteínas que desempenham papéis importantes no crescimento e divisão celulares normais, mas quando sua atividade é aumentada ou alterada de outra forma, podem contribuir para o desenvolvimento de câncer.

A glicoproteína IIb da membrana de plaqueta, também conhecida como GPIIb ou integrina αIIbβ3, é uma proteína transmembranar encontrada na superfície das plaquetas sanguíneas. Ela desempenha um papel crucial na agregação de plaquetas e na formação do coágulo sanguíneo.

GPIIb é uma integrina, o que significa que é um complexo heterodimérico formado por duas subunidades proteicas, αIIb e β3. Essa proteína se une a fibrinogeno, uma proteína fibrosa do sangue, em resposta à ativação das plaquetas. A ligação de GPIIb ao fibrinogeno permite que as plaquetas se agreguem e formem um coágulo sólido para parar o sangramento em caso de lesão vascular.

Mutações no gene que codifica a subunidade αIIb podem resultar em distúrbios hemorrágicos, como a doença de Glanzmann, caracterizada por uma falha na agregação plaquetária e hemorragias prolongadas. Por outro lado, um aumento na expressão ou ativação anormal de GPIIb pode levar ao desenvolvimento de trombose e doenças cardiovasculares, como aterosclerose e trombose venosa profunda.

Os fatores de transcrição são proteínas que desempenham um papel fundamental na regulação da expressão gênica, ou seja, no processo pelo qual o DNA é transcrito em RNA mensageiro (RNAm), que por sua vez serve como modelo para a síntese de proteínas. Esses fatores se ligam especificamente a sequências de DNA no promotor ou outros elementos regulatórios dos genes, e recrutam enzimas responsáveis pela transcrição do DNA em RNAm. Além disso, os fatores de transcrição podem atuar como ativadores ou repressores da transcrição, dependendo das interações que estabelecem com outras proteínas e cofatores. A regulação dessa etapa é crucial para a coordenação dos processos celulares e o desenvolvimento de organismos.

La leucemia es un tipo de cáncer que afecta a la sangre y al sistema inmunológico. Se produce cuando hay una acumulación anormal de glóbulos blancos inmaduros o anormales en la médula ósea, el tejido blando dentro de los huesos donde se producen las células sanguíneas. Debido a esta sobreproducción de glóbulos blancos anormales, no hay suficiente espacio en la médula ósea para que se produzcan glóbulos rojos y plaquetas sanos. Además, los glóbulos blancos inmaduros o anormales no funcionan correctamente, lo que hace que el sistema inmunológico sea vulnerable a las infecciones.

Existen varios tipos de leucemia, clasificados según la rapidez con que progresa la enfermedad y el tipo de glóbulo blanco afectado (linfocitos o mieloides). Algunos tipos de leucemia se desarrollan y empeoran rápidamente (leucemias agudas), mientras que otros lo hacen más lentamente (leucemias crónicas). Los síntomas más comunes de la leucemia incluyen fatiga, fiebre, infecciones recurrentes, moretones y sangrados fáciles, pérdida de peso y sudoración nocturna. El tratamiento puede incluir quimioterapia, radioterapia, trasplante de células madre y terapias dirigidas específicas para cada tipo de leucemia.

A mielofibrose primária é um tipo raro e progressivo de doença dos tecidos moles da medula óssea, caracterizada por um aumento na produção de tecido cicatricial fibroso no interior da medula óssea. Isto resulta em uma substituição gradual das células normais da medula óssea, incluindo as células responsáveis pela produção de células sanguíneas, levando a anormalidades na contagem e função dos glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas.

A doença é geralmente classificada como um tipo de neoplasia mieloproliferativa crônica, o que significa que há uma proliferação excessiva de células sanguíneas imaturas (mielóides) nas fases iniciais da doença. No entanto, ao contrário de outros tipos de neoplasias mieloproliferativas, a mielofibrose primária é marcada por um padrão distinto de fibrose medular e alterações na arquitetura óssea.

A causa exata da doença ainda não é bem compreendida, mas acredita-se que envolva mutações genéticas anormais em células progenitoras hematopoéticas (células que dão origem a outras células sanguíneas). Essas mutações podem ocorrer espontaneamente ou ser herdadas.

Os sintomas da mielofibrose primária podem incluir fadiga, falta de ar, suores noturnos, prisão de ventre, perda de peso involuntária e facilidade à hemorragia. O diagnóstico geralmente é estabelecido por meio de exames laboratoriais, biópsia da medula óssea e imagens médicas. O tratamento pode incluir terapias farmacológicas, transfusões sanguíneas, radioterapia e, em alguns casos, um transplante de células-tronco hematopoéticas.

As células estromais são células presentes nos tecidos conjuntivos que fornecem suporte estrutural e nutricional a outras células da região. Elas desempenham um papel importante na manutenção da homeostase tecidual, modulação da resposta imune e regeneração tecidual. As células estromais podem ser encontradas em diversos órgãos, como ossos, gorduras, glândulas endócrinas e sistema nervoso central. Em alguns tecidos, elas também são chamadas de fibroblastos ou miofibroblastos, dependendo de suas características morfológicas e funcionais específicas. As células estromais desempenham um papel crucial em diversos processos fisiológicos e patológicos, incluindo cicatrização de feridas, fibrose, inflamação e câncer.

A citometria de fluxo é uma técnica de laboratório que permite a análise quantitativa e qualitativa de células ou partículas em suspensão, com base em suas características físicas e propriedades fluorescentes. A amostra contendo as células ou partículas é passada através de um feixe de luz laser, que excita os marcadores fluorescentes específicos ligados às estruturas celulares ou moleculares de interesse. As características de dispersão da luz e a emissão fluorescente são detectadas por sensores especializados e processadas por um software de análise, gerando dados que podem ser representados em gráficos e histogramas.

Esta técnica permite a medição simultânea de vários parâmetros celulares, como tamanho, forma, complexidade intracelular, e expressão de antígenos ou proteínas específicas, fornecendo informações detalhadas sobre a composição e função das populações celulares. A citometria de fluxo é amplamente utilizada em diversos campos da biologia e medicina, como imunologia, hematologia, oncologia, e farmacologia, entre outros.

Interleukina-3 (IL-3) é uma citocina que desempenha um papel importante na regulação do sistema imunológico. Ela é produzida principalmente por células T activadas e mastócitos. IL-3 estimula a proliferação, diferenciação e sobrevivência de vários tipos de células sanguíneas, incluindo glóbulos brancos imaturos (mielóides), megacariócitos (que se tornam plaquetas) e alguns linfócitos. A interleucina-3 também pode desempenhar um papel na resposta inflamatória, estimulando a libertação de outras citocinas e quimiocinas. Em resumo, IL-3 é uma citocina multifuncional que desempenha um papel crucial no controle da hematopoese e da resposta imune.

As proteínas proto-oncogênicas c-Myb pertencem a uma família de fatores de transcrição que desempenham papéis importantes na regulação da expressão gênica durante o desenvolvimento e diferenciação celular. A proteína c-Myb é codificada pelo gene c-myb, que é conservado em vertebrados e está presente em humanos.

A proteína c-Myb contém um domínio de ligação ao DNA altamente conservado, responsável pela ligação específica a sequências de DNA em promotores e enhancers de genes alvo. Além disso, possui dois domínios de transactivação, que atuam cooperativamente para regular a expressão gênica.

As proteínas proto-oncogênicas c-Myb estão envolvidas no controle da proliferação e diferenciação celular, especialmente em células hematopoéticas. No entanto, mutações ou alterações na expressão desse gene podem levar ao desenvolvimento de neoplasias malignas, como leucemia e linfoma.

Em resumo, as proteínas proto-oncogênicas c-Myb são fatores de transcrição que desempenham papéis importantes no desenvolvimento e diferenciação celular, mas mutações neste gene podem resultar em neoplasias malignas.

A pancitopenia é um termo usado na medicina para descrever a ocorrência simultânea de anemia (diminuição do número de glóbulos vermelhos), leucopenia (diminuição do número de glóbulos brancos) e trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas) em um indivíduo. Essa condição geralmente é o resultado de uma disfunção na medula óssea, onde essas células sanguíneas são produzidas. Pode ser causada por vários fatores, como exposição a certos medicamentos ou químicos, infecções virais, doenças autoimunes, deficiências nutricionais ou doenças malignas como leucemia e linfoma. Os sintomas podem incluir fadiga, falta de ar, aumento da susceptibilidade a infecções e facilidade para sangrar ou apresentar hematomas. O diagnóstico geralmente é confirmado por meio de exames de sangue completos e, em alguns casos, por uma biópsia da medula óssea. O tratamento depende da causa subjacente da pancitopenia.

O baço é um órgão em forma de lente localizado no canto superior esquerdo do abdômen, próximo à parede estomacal. Ele faz parte do sistema reticuloendotelial e desempenha várias funções importantes no corpo humano.

A principal função do baço é filtrar o sangue, removendo células sanguíneas velhas ou danificadas, bactérias e outras partículas indesejáveis. Ele também armazena plaquetas, que são essenciais para a coagulação sanguínea, e libera-as no sangue conforme necessário.

Além disso, o baço desempenha um papel na resposta imune, pois contém células imunes especializadas que ajudam a combater infecções. Ele também pode armazenar glóbulos vermelhos em casos de anemia ou durante períodos de grande demanda física, como exercícios intensos.

Em resumo, o baço é um órgão vital que desempenha funções importantes na filtração do sangue, no armazenamento e liberação de células sanguíneas e na resposta imune.

Um transplante de medula óssea é um procedimento em que células madre sanguíneas, geralmente encontradas no midollo ósseo, são transferidas de um doador para um receptor. O objetivo desse tipo de transplante é restaurar a capacidade do sistema imunológico do paciente de combater infecções e doenças, especialmente aquelas relacionadas à medula óssea ou ao sangue.

Existem três tipos principais de transplantes de medula óssea: autólogo, alogênico e sifego.

1. Autólogo (auto): O doador e o receptor são a mesma pessoa. As células-tronco sanguíneas são coletadas do paciente antes de iniciar o tratamento, congeladas e, em seguida, retornam ao paciente após o tratamento.
2. Alogênico (alogénico): O doador e o receptor são pessoas diferentes. As células-tronco sanguíneas do doador devem ser compatíveis com as do receptor para minimizar os riscos de complicações, como o rejeito da transplante ou a doença do enxerto contra hospedeiro (GvHD).
3. Sifego: O doador e o receptor são geneticamente idênticos, geralmente irmãos. Neste caso, as chances de compatibilidade são maiores do que em um transplante alogênico entre pessoas não relacionadas.

Os transplantes de medula óssea são frequentemente usados para tratar vários tipos de câncer, como leucemia, linfoma e mieloma múltiplo, bem como outras doenças que afetam a medula óssea e o sistema imunológico. No entanto, esses procedimentos têm riscos significativos, incluindo infecções, sangramentos, rejeição da transplante e GvHD. Além disso, os pacientes podem experimentar efeitos colaterais a longo prazo, como deficiências imunológicas e problemas de fertilidade.

As células sanguíneas, também conhecidas como elementos figurados do sangue, incluem três tipos principais: glóbulos vermelhos (eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas (trombócitos).

1. Glóbulos Vermelhos (Eritrócitos): São as células sanguíneas mais abundantes, responsáveis por transportar oxigênio e dióxido de carbono em todo o corpo. Eles não possuem um núcleo ou outros organelos, o que lhes permite conter maior quantidade de hemoglobina para realizar sua função.

2. Glóbulos Brancos (Leucócitos): São responsáveis pela defesa do corpo contra infecções e doenças. Existem diferentes tipos de glóbulos brancos, incluindo neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos, cada um com funções específicas na resposta imune.

3. Plaquetas (Trombócitos): Não são verdadeiras células, mas fragmentos de citoplasma derivados de megacariócitos, células encontradas no tecido ósseo. Sua função principal é a participação na coagulação sanguínea, parando hemorragias e promovendo a formação de coágulos quando há ferimentos nos vasos sanguíneos.

A contagem e a análise das células sanguíneas são importantes para diagnosticar diversas condições clínicas, como anemia, infecções, inflamação, hemorragias, tumores e transtornos hematológicos.

As proteínas proto-oncogênicas c-kit, também conhecidas simplesmente como proteína c-kit ou receptor do fator de crescimento de células endoteliais vascular (VEGFR), são uma classe de proteínas que desempenham um papel importante na regulação da proliferação, diferenciação e sobrevivência celular. A proteína c-kit é codificada pelo gene c-kit, localizado no braço longo do cromossomo 4 (4q12) em humanos.

A proteína c-kit é uma tirosina quinase de membrana que se liga e é ativada por um ligante específico, o fator de crescimento de células endoteliais vascular (VEGF). A ativação da proteína c-kit desencadeia uma cascata de sinais intracelulares que levam à ativação de diversos genes e a regulação de vários processos celulares, incluindo a proliferação, diferenciação, sobrevivência, motilidade e angiogênese.

As mutações no gene c-kit podem resultar na produção de uma proteína anormalmente ativa ou sobreexpressa, o que pode levar ao desenvolvimento de doenças neoplásicas, como certos tipos de câncer. Em particular, mutações activadoras no gene c-kit têm sido identificadas em vários tumores malignos, incluindo carcinomas gastrointestinais, mastocitose sistémica e leucemia aguda mieloide.

Por isso, as proteínas proto-oncogénicas c-kit são frequentemente consideradas alvos terapêuticos promissores para o tratamento de vários tipos de câncer.

Em medicina e biologia, um embrião de mamífero é geralmente definido como a estrutura em desenvolvimento que se forma após a fertilização do óvulo (ou zigoto) e antes do nascimento ou da eclosão do ovo, no caso dos monotremados. Nos primeiros sete a dez dias de desenvolvimento em humanos, por exemplo, o embrião é composto por uma única camada de células chamadas blastômeros, que irão se diferenciar e se organizar para formar as três camadas germinativas básicas: o endoderma, o mesoderma e o ectoderma. Estas camadas darão origem a todos os tecidos e órgãos do organismo em desenvolvimento.

O período de tempo em que um embrião de mamífero é chamado de "embrião" pode variar, mas geralmente vai até o final do primeiro trimestre de gravidez em humanos (aproximadamente às 12 semanas), quando os principais sistemas e órgãos do corpo já estão presentes e funcionais. Após este ponto, o embrião é geralmente referido como um feto.

Em diferentes espécies de mamíferos, as taxas de desenvolvimento e os tempos em que os estágios embrionários ocorrem podem variar consideravelmente. No entanto, o processo geral de diferenciação celular e organização dos tecidos é conservado em todos os mamíferos.

Um transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH) é um procedimento em que as células-tronco hematopoéticas, tipos especiais de células capazes de formar outros tipos de células sanguíneas, são transplantadas em um indivíduo. Essas células-tronco geralmente são coletadas a partir do sangue periférico ou da medula óssea de um doador saudável. Em seguida, elas são infundidas no receptor do transplante, onde elas se movem para o midollo ósseo e começam a produzir novos glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas.

O TCTH geralmente é realizado em pacientes com doenças hematológicas (doenças dos tecidos sanguíneos e órgãos hematopoéticos) ou distúrbios congênitos graves, como anemia falciforme ou imunodeficiência combinada grave. O objetivo do transplante é substituir as células-tronco danificadas ou defeituosas do paciente por células-tronco saudáveis, restaurando assim a produção normal de células sanguíneas e fortalecendo o sistema imunológico.

Existem três tipos principais de TCTH: autólogo (doador é o próprio paciente), aliogênico (doador é um indivíduo geneticamente diferente) e syngeneic (doador é um gêmeo idêntico). Cada tipo tem seus riscos e benefícios associados, e a escolha do tipo de transplante depende da condição clínica do paciente, do tipo de doença e outros fatores.

Embora o TCTH seja uma opção de tratamento promissora para muitos pacientes com distúrbios hematológicos graves, ele também apresenta riscos significativos, como infecções graves, rejeição do transplante e complicações associadas à terapia imunossupressiva. Portanto, o processo de avaliação e seleção dos pacientes para o transplante é rigoroso e envolve uma equipe multidisciplinar de especialistas em hematologia, oncologia, transplante de células-tronco, cuidados intensivos e outras áreas.

As síndromas mielodisplásicas (SMD) são um grupo de desordens clínicas heterogêneas da medula óssea caracterizadas por disfunção na maturação dos três tipos principais de células sanguíneas: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Essas desordens são geralmente consideradas neoplásicas, o que significa que há um crescimento anormal e acumulação de células imaturas na medula óssea.

A disfunção na maturação leva a uma produção inadequada ou à morte prematura das células sanguíneas maduras, resultando em uma contagem baixa no sangue periférico (citopenias) e/ou em células anormais no sangue. As formas clínicas variam desde as que têm sintomas leves até aquelas que podem evoluir para uma leucemia aguda mielóide (LAM).

As SMD são mais comuns em indivíduos acima de 60 anos e ocorrem com maior frequência em homens do que em mulheres. Os fatores de risco incluem exposição a agentes químicos e radiação, tabagismo e idade avançada. Algumas pessoas com SMD não apresentam sintomas e são descobertas durante exames de rotina do sangue. Em outros casos, os sintomas podem incluir fadiga, falta de ar, morenas ou manchas na pele, infecções frequentes, sangramentos inexplicáveis e facilidade para apresentar hematomas.

O diagnóstico das SMD geralmente requer uma biópsia da medula óssea e um exame do sangue periférico. O tratamento depende do tipo de SMD, do risco de progressão para LAM e da presença de sintomas. As opções de tratamento podem incluir terapias de suporte, quimioterapia, transplante de células-tronco hematopoéticas e terapias alvo específicas para genes ou proteínas anormais associados à doença.

Transtornos mieloproliferativivos (TMP) são um grupo de condições neoplásicas primárias caracterizadas por um aumento clonal na proliferação de células da medula óssea, resultando em sobrecrescimento de uma ou mais linhagens hematopoéticas. Isso inclui eritróides, granulócitos e megacariócitos. Esses transtornos são causados por mutações adquiridas em genes que regulam a proliferação e diferenciação das células da medula óssea.

Existem vários tipos de TMP, incluindo:

1. Doença mielofibrosativa (DM) ou mielofibrose primária: É uma doença hematológica crônica caracterizada por fibrose da medula óssea, anormalidades na linhagem eritroide, granulocítica e megacariócita, além de splenomegalia (aumento do baço).

2. Leucemia mieloide crônica (LMC): É um tipo de leucemia caracterizado por um aumento clonal na proliferação de células granulocíticas imaturas na medula óssea e sangue periférico. A LMC geralmente evolui para uma fase acelerada ou blastica, conhecida como leucemia aguda mieloide (LAM).

3. Policitemia vera (PV): É um transtorno mieloproliferativo raro em que há sobrecrescimento clonal dos eritrócitos, leucócitos e trombócitos na medula óssea. Isto resulta em níveis elevados de hemoglobina, hematócrito e outros componentes do sangue.

4. Trombocitemia essencial (TE): É um transtorno mieloproliferativo raro caracterizado por sobrecrescimento clonal de megacariócitos na medula óssea, levando a níveis elevados de plaquetas no sangue periférico.

5. Neoplasia mielodisplásica (NMD): É um grupo heterogêneo de transtornos clonais da medula óssea que afetam as células hematopoiéticas, levando a disfunção e citopenias (níveis baixos de células sanguíneas). Alguns casos podem evoluir para leucemia aguda mieloide.

Os transtornos mieloproliferativos são geralmente considerados uma doença crônica, com um curso clínico variável e potencial de transformação em leucemia aguda. O tratamento depende da fase e dos sintomas da doença, bem como das características moleculares específicas do paciente.

Eritroblastos são pré-cursores dos glóbulos vermelhos (eritrócitos) que estão presentes no sangue periférico durante a produção de glóbulos vermelhos na medula óssea. Eles são células nucleadas e immature que, através do processo de maturação, irão perder o seu núcleo e se tornará um eritrócito maduro, que é um glóbulo vermelho não-nucleado cheio de hemoglobina. Existem diferentes tipos de eritroblastos, dependendo do estágio de maturação em que se encontram, incluindo proeritroblastos, basofílicos eritroblastos, policromatófilos eritroblastos e orthochromáticos eritroblastos. A presença de um grande número de eritroblastos no sangue periférico pode ser indicativo de uma condição médica subjacente, como anemia ou outras doenças da medula óssea.

O Fator Estimulador de Colônias de Granulócitos (FECG) é um fator de crescimento hematopoético que estimula a proliferação e diferenciação das células mieloides, especialmente granulócitos e monócitos/macrófagos. Ele é produzido por vários tipos de células, incluindo fibroblastos, endotélio vascular e células mesenquimais estromais. O FECG desempenha um papel importante na manutenção da homeostase hematopoética e na resposta à infecção e inflamação. Ele age por meio de interações com receptores de superfície celular, como o receptor do fator estimulador de colônias de granulócitos (G-CSF-R), que está presente em células progenitoras hematopoéticas. A estimulação do G-CSF-R leva à ativação de diversos sinais intracelulares, resultando em proliferação e diferenciação celular. O FECG também tem propriedades neuroprotetoras e é utilizado clinicamente no tratamento da neutropenia induzida por quimioterapia.

Na medicina, a trombopoese refere-se ao processo de produção e formação de plaquetas (também conhecidas como trombócitos) nos humanos. As plaquetas desempenham um papel crucial na coagulação sanguínea, ajudando a formar coágulos que impedem o excessivo sangramento quando os vasos sanguíneos são danificados.

A trombopoese é regulada pela medula óssea, especialmente no tecido medular das cavidades dos ossos planos como o esterno e as costelas. A medula óssea contém células-tronco hematopoiéticas multipotentes que podem se diferenciar em vários tipos de células sanguíneas, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

No contexto da trombopoese, as células-tronco hematopoiéticas dão origem a megacariócitos, que são grandes células citoplasmáticas com múltiplos núcleos. Posteriormente, os megacariócitos sofrem um processo de fragmentação citoplasmática para formar as plaquetas funcionais.

Em condições normais, a trombopoese mantém um equilíbrio adequado entre a produção e a destruição das plaquetas no corpo humano. No entanto, certas condições clínicas, como doenças hematológicas ou uso de determinados medicamentos, podem afetar esse equilíbrio, levando a um número excessivo ou insuficiente de plaquetas no sangue.

A subunidade beta do Fator de Ligação ao Core (FLC, na sigla em inglês) é uma proteína que, em humanos, é codificada pelo gene APOB. O FLC desempenha um papel importante na metabolismo dos lípidos, sendo responsável pelo transporte de lipoproteínas ricas em colesterol (como as VLDL e LDL) do fígado para outros tecidos periféricos. A subunidade beta é uma das duas cadeias polipeptídicas principais que formam a parte hidrofóbica da proteína, sendo responsável pelo ancoramento à lipoproteína e facilitando o transporte de lípidos no sangue. Mutações neste gene podem levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como aterosclerose e hipercolesterolemia familiar.

'Sangue Fetal' refere-se ao sangue que circula no sistema circulatório de um feto em desenvolvimento dentro do útero. O sangue fetal é geralmente rico em oxigênio e nutrientes, pois é bombeado pelo coração do feto e recebe oxigênio e nutrientes dos pulmões maternos através da placenta.

O sangue fetal contém células especiais chamadas hemácias fetais, que são diferentes das hemácias maduras encontradas no sangue adulto. As hemácias fetais têm uma forma diferente e contêm uma forma especial de hemoglobina chamada hemoglobina fetal, que é mais eficiente em captar oxigênio a baixas pressões parciais de oxigênio, como as encontradas na placenta.

O sangue fetal também pode conter células-tronco hematopoiéticas, que têm o potencial de se diferenciar em diferentes tipos de células sanguíneas e podem ser usadas em terapias regenerativas e tratamentos para doenças do sangue.

Proteínas de ligação ao DNA são proteínas que se ligam especificamente a sequências de DNA, desempenhando um papel crucial na regulação da expressão gênica e outros processos relacionados à replicação, reparo e recombinação do DNA. Essas proteínas reconhecem e se ligam a determinadas sequências de nucleotídeos no DNA por meio de domínios de ligação ao DNA altamente específicos e, em alguns casos, também possuem domínios de transcrição que auxiliam na ativação ou repressão da transcrição gênica. Algumas proteínas de ligação ao DNA estão envolvidas no empacotamento do DNA nos nucleossomos e na organização da cromatina, enquanto outras desempenham funções importantes em processos como a reparação de danos no DNA e a recombinação genética.

A contagem de células sanguíneas, também conhecida como hemograma completo (CBC), é um exame laboratorial rotineiro que avalia a contagem e o aspecto de diferentes tipos de células presentes no sangue. Isso inclui glóbulos vermelhos (eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas (trombócitos).

O hemograma completo fornece informações importantes sobre a saúde geral do sistema hematopoiético, que é responsável pela produção de células sanguíneas. Alterações na contagem ou aspecto das células sanguíneas podem indicar diversas condições clínicas, como anemia, infecções, inflamação, transtornos imunológicos, doenças malignas hematológicas (como leucemias) e outras afeções.

O exame consiste em contar e classificar os diferentes tipos de células sanguíneas presentes em uma amostra de sangue. Além disso, o hemograma completo geralmente avalia outros parâmetros relacionados às células sanguíneas, como o hematócrito (percentual de volume ocupado pelos glóbulos vermelhos no sangue), hemoglobina (proteína responsável pelo transporte de oxigênio nos glóbulos vermelhos) e tempo de coagulação.

Em resumo, a contagem de células sanguíneas é um exame laboratorial essencial para a avaliação do estado de saúde geral das pessoas, fornecendo informações relevantes sobre o sistema hematopoiético e indicando possíveis condições clínicas que requerem tratamento e acompanhamento adequados.

As células-tronco são células com a capacidade de dividir-se por um longo período de tempo e dar origem a diferentes tipos celulares especializados do corpo. Elas podem ser classificadas em duas categorias principais: células-tronco pluripotentes, que podem se diferenciar em quase todos os tipos de células do corpo, e células-tronco multipotentes, que podem se diferenciar em um número limitado de tipos celulares.

As células-tronco pluripotentes incluem as células-tronco embrionárias, derivadas dos blastocistos não desenvolvidos, e as células-tronco induzidas pluripotentes (iPSCs), que são obtidas a partir de células somáticas adultas, como células da pele ou do sangue, e reprogramadas em um estado pluripotente.

As células-tronco multipotentes incluem as células-tronco mesenquimais, que podem se diferenciar em vários tipos de tecidos conectivos, como osso, cartilagem e gordura; e as células-tronco hematopoéticas, que podem dar origem a todos os tipos de células do sangue.

As células-tronco têm grande potencial na medicina regenerativa, uma área da medicina que visa desenvolver terapias para substituir tecidos e órgãos danificados ou perdidos devido a doenças, lesões ou envelhecimento. No entanto, o uso de células-tronco em terapêutica ainda é um campo em desenvolvimento e requer mais pesquisas para garantir sua segurança e eficácia clínicas.

Em termos médicos, a "contagem de eritrócitos" refere-se ao número de glóbulos vermelhos (eritrócitos) presentes em um volume específico de sangue. A unidade de medida mais comumente utilizada para expressar esta contagem é o milhão por microlitro (µL) ou, equivalentemente, o milêmetro cúbico (mm3).

Os eritrócitos desempenham um papel crucial no transporte de oxigénio e dióxido de carbono em nossos corpos. Portanto, uma contagem adequada de eritrócitos é essencial para manter a homeostase e garantir a saúde geral do indivíduo.

Uma variação na contagem de eritrócitos pode indicar diversas condições clínicas. Por exemplo, uma contagem elevada de eritrócitos (eritrocitose ou policitemia) pode ser resultado de desidratação, hipoxia crónica ou tumores, enquanto que uma contagem reduzida de eritrócitos (anemia) pode ser causada por deficiências nutricionais, doenças crónicas, sangramentos excessivos ou disfunções na medula óssea.

Em resumo, a contagem de eritrócitos é um parâmetro hematológico importante que auxilia no diagnóstico e monitorização de diversas patologias.

Hemócitos, também conhecidos como células sanguíneas, são componentes celulares do sangue que desempenham um papel crucial na hemostase, imunidade e transporte de gases. Existem três tipos principais de hemócitos em humanos:

1. Hemácias (glóbulos vermelhos): São responsáveis pelo transporte de oxigênio e dióxido de carbono nos pulmões e teissos. Elas não possuem núcleo ou outros organelos internos, o que as torna altamente especializadas em sua função.

2. Leucócitos (glóbulos brancos): Participam da resposta imune do corpo, combatendo infecções e iniciais de lesões teciduais. Existem cinco tipos de leucócitos: neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos, cada um com funções específicas na defesa imune.

3. Plaquetas (trombócitos): São fragmentos celulares derivados de megacariócitos, células presentes no tecido conjuntivo dos vasos sanguíneos. As plaquetas desempenham um papel essencial na hemostase, auxiliando a prevenir e controlar hemorragias por meio da formação de coágulos sanguíneos.

Em resumo, hemócitos são células presentes no sangue que desempenham funções vitais, como o transporte de gases, proteção contra infecções e controle de hemorragias.

Na medicina e biologia, a divisão celular é o processo pelo qual uma célula madre se divide em duas células filhas idênticas. Existem dois tipos principais de divisão celular: mitose e meiose.

1. Mitose: É o tipo mais comum de divisão celular, no qual a célula madre se divide em duas células filhas geneticamente idênticas. Esse processo é essencial para o crescimento, desenvolvimento e manutenção dos tecidos e órgãos em organismos multicelulares.

2. Meiose: É um tipo especializado de divisão celular que ocorre em células reprodutivas (óvulos e espermatozoides) para produzir células gametas haploides com metade do número de cromossomos da célula madre diplóide. A meiose gera diversidade genética através do processo de crossing-over (recombinação genética) e segregação aleatória dos cromossomos maternos e paternos.

A divisão celular é um processo complexo controlado por uma série de eventos regulatórios que garantem a precisão e integridade do material genético durante a divisão. Qualquer falha no processo de divisão celular pode resultar em anormalidades genéticas, como mutações e alterações no número de cromossomos, levando a condições médicas graves, como câncer e outras doenças genéticas.

Leucopoese é um termo médico que se refere ao processo de produção e desenvolvimento de leucócitos (glóbulos brancos) nas células-tronco hematopoiéticas presentes na medula óssea. Leucócitos são componentes importantes do sistema imunológico, responsáveis por proteger o corpo contra infecções e doenças.

A leucopoese é um tipo específico de poiese, que refere-se à formação de células sanguíneas. Durante a leucopoese, as células-tronco hematopoiéticas se diferenciam em vários tipos de glóbulos brancos, como neutrófilos, linfócitos, monócitos e eosinófilos.

Este processo é regulado por uma variedade de fatores de crescimento e citocinas que promovem a proliferação e diferenciação das células-tronco hematopoiéticas em glóbulos brancos maduros. A leucopoese pode ser afetada por vários fatores, como doenças infecciosas, drogas, radiação e transtornos malignos, o que pode resultar em uma contagem anormal de glóbulos brancos no sangue.

O Fator Estimulador de Colônias de Granulócitos e Macrófagos (GM-CSF, do inglês Granulocyte-Macrophage Colony-Stimulating Factor) é uma citocina glicoproteica que desempenha um papel crucial na hematopoese, processo de formação e maturação das células sanguíneas. Especificamente, o GM-CSF estimula a proliferação e diferenciação de mielóides imaturos em granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e macrófagos, células importantes do sistema imune inato.

Além disso, o GM-CSF também tem efeitos na ativação e manutenção da função dessas células, aumentando sua capacidade de fagocitose, produção de citocinas pró-inflamatórias e atividade microbicida. O GM-CSF é produzido por diversos tipos de células, incluindo linfócitos T, macrófagos e fibroblastos, em resposta a estímulos inflamatórios ou infecciosos.

Em um contexto clínico, o GM-CSF é utilizado como fator de crescimento hematopoiético no tratamento de pacientes com neutropenia, uma condição caracterizada por níveis baixos de granulócitos no sangue, geralmente associada a quimioterapia ou radioterapia para câncer. O GM-CSF estimula a produção e maturação dessas células, ajudando a reconstituir o sistema imune do paciente e prevenindo infecções graves.

Transgenic mice are a type of genetically modified mouse that has had foreign DNA (transgenes) inserted into its genome. This is typically done through the use of recombinant DNA techniques, where the transgene is combined with a vector, such as a plasmid or virus, which can carry the transgene into the mouse's cells. The transgene can be designed to express a specific protein or RNA molecule, and it can be targeted to integrate into a specific location in the genome or randomly inserted.

Transgenic mice are widely used in biomedical research as models for studying human diseases, developing new therapies, and understanding basic biological processes. For example, transgenic mice can be created to express a gene that is associated with a particular disease, allowing researchers to study the effects of the gene on the mouse's physiology and behavior. Additionally, transgenic mice can be used to test the safety and efficacy of new drugs or therapies before they are tested in humans.

It's important to note that while transgenic mice have contributed significantly to our understanding of biology and disease, there are also ethical considerations associated with their use in research. These include concerns about animal welfare, the potential for unintended consequences of genetic modification, and the need for responsible oversight and regulation of transgenic mouse research.

Em medicina e biologia, a transdução de sinal é o processo pelo qual uma célula converte um sinal químico ou físico em um sinal bioquímico que pode ser utilizado para desencadear uma resposta celular específica. Isto geralmente envolve a detecção do sinal por um receptor na membrana celular, que desencadeia uma cascata de eventos bioquímicos dentro da célula, levando finalmente a uma resposta adaptativa ou homeostática.

A transdução de sinal é fundamental para a comunicação entre células e entre sistemas corporais, e está envolvida em processos biológicos complexos como a percepção sensorial, o controle do ciclo celular, a resposta imune e a regulação hormonal.

Existem vários tipos de transdução de sinal, dependendo do tipo de sinal que está sendo detectado e da cascata de eventos bioquímicos desencadeada. Alguns exemplos incluem a transdução de sinal mediada por proteínas G, a transdução de sinal mediada por tirosina quinase e a transdução de sinal mediada por canais iónicos.

Na genética e biologia, uma quimera é um organismo que contém células geneticamente distintas, derivadas de dois ou mais zigotos diferentes. Isto pode ocorrer naturalmente em alguns animais, como resultado da fusão de dois embriões iniciais ou por outros processos biológicos complexos. Também pode ser criada artificialmente em laboratório, através de técnicas de engenharia genética e transplante de células.

Em medicina, o termo "quimera" também é usado para se referir a um tipo específico de transplante de células-tronco em que as células-tronco de dois indivíduos diferentes são misturadas e então transplantadas em um terceiro indivíduo. Neste caso, o sistema imunológico do receptor pode reconhecer e atacar as células estranhas, levando a complicações imunes.

É importante notar que a definição de quimera pode variar dependendo do contexto e da área de estudo, mas em geral refere-se a um organismo ou tecido que contém células geneticamente distintas.

Eritropoietina (EPO) é uma glicoproteína hormonal produzida principalmente pelas células intersticiais renais em resposta à hipoxia. A sua função principal é regular a eritropoiese, ou seja, o processo de produção de glóbulos vermelhos (eritrócitos) na medula óssea.

A EPO age sobre as células-tronco mieloides da medula óssea, promovendo a proliferação e diferenciação das suas células-filhas em eritroblastos imaturos, os precursores dos glóbulos vermelhos maduros. Esses glóbulos vermelhos adultos são responsáveis pelo transporte de oxigênio e dióxido de carbono nos tecidos do corpo.

A eritropoietina é uma importante proteína terapêutica em diversas situações clínicas, como no tratamento da anemia causada por insuficiência renal crônica, quimioterapia e radioterapia, entre outras. No entanto, o uso indevido ou abusivo de EPO sintética pode levar a efeitos adversos graves, incluindo trombose e aumento do risco de desenvolver certas neoplasias hematológicas.

"Camundongos mutantes" é um termo geral que se refere a camundongos de laboratório com alterações genéticas intencionais, ou seja, mutações, introduzidas em seu DNA. Essas mutações podem ser induzidas por vários métodos, tais como radiação, agentes químicos ou engenharia genética usando técnicas de biologia molecular, como a inserção de genes estrangeiros ou a desativação/alteração de genes existentes. O objetivo dos camundongos mutantes é servir como modelos animais para estudar os efeitos dessas mudanças genéticas em organismos vivos, o que pode ajudar a entender melhor as funções dos genes, doenças genéticas e outros processos biológicos. Alguns camundongos mutantes são criados para desenvolver melhores terapias e tratamentos para doenças humanas.

Os Fatores de Transcrição do tipo Hélice-Alça-Hélice Básicos (bHLHTFs, do inglês basic Helix-Loop-Helix Transcription Factors) são uma classe de proteínas que desempenham um papel fundamental na regulação da transcrição gênica em eucariotos. Eles se ligam a sequências específicas de DNA, normalmente localizadas nos promotores ou enhancers dos genes alvo, e regulam a expressão destes genes por meio do recrutamento de outros fatores de transcrição e complexos de cromatina.

A característica distintiva dos bHLHTFs é a presença de um domínio de ligação ao DNA bHLH (basic Helix-Loop-Helix), que consiste em duas hélices alfa separadas por uma região de loop. A primeira hélice alfa, chamada de hélice básica, é responsável pela interação direta com o DNA, enquanto a segunda hélice alfa é importante para a dimerização entre diferentes proteínas bHLHTFs.

Existem diversos subfamílias de bHLHTFs, cada uma com funções específicas e padrões de expressão distintos. Alguns exemplos incluem os fatores de transcrição MyoD, que desempenham um papel crucial no desenvolvimento muscular; os fatores de transcrição USF (Upstream Stimulatory Factors), que estão envolvidos na regulação da expressão gênica em resposta a estímulos externos, como a luz e hormônios; e os fatores de transcrição HIF (Hypoxia-Inducible Factor), que são ativados em condições de baixa oxigenação e regulam a expressão de genes envolvidos na resposta à hipóxia.

Em resumo, os fatores de transcrição bHLHTFs são uma classe importante de proteínas envolvidas na regulação da expressão gênica em diversos processos biológicos, desde o desenvolvimento embrionário até a resposta a estímulos ambientais. Sua capacidade de se dimerizar e interagir com diferentes sequências de DNA permite que eles exerçam um controle preciso sobre a expressão de genes específicos, desempenhando assim um papel fundamental na regulação da atividade celular.

As doenças hematológicas referem-se a um grupo diversificado de condições que afetam a produção e função dos componentes sanguíneos, incluindo glóbulos vermelhos (eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas, assim como o líquido do sangue, plasma. Essas doenças podem resultar de anormalidades qualitativas ou quantitativas nas células sanguíneas ou nos sistemas de coagulação sanguínea. Algumas doenças hematológicas comuns incluem anemia, leucemia, linfoma, deficiência de plaquetas e diversos transtornos de coagulação sanguínea. Os sintomas variam amplamente dependendo da doença específica e podem incluir fadiga, falta de ar, sangramentos incontrolados, susceptibilidade a infecções e outros sinais e sintomas. O tratamento das doenças hematológicas geralmente requer cuidados especializados por um hematologista, um médico com treinamento e experiência em diagnosticar e tratar tais condições.

Embrião não mamífero refere-se ao estágio de desenvolvimento de um organismo que não é mamífero, desde a fertilização até à formação dos principais sistemas de órgãos. Neste estágio, o zigoto recently fertilized começa a se dividir e formar uma bola de células chamada blástula, que se alonga e se dobra sobre si mesma para formar a gastrula. A gastrula então se diferencia em três camadas germinais - o endoderma, o mesoderma e o ectoderme - que darão origem aos diversos tecidos e órgãos do corpo. O desenvolvimento embrionário varia consideravelmente entre diferentes espécies não mamíferas, como aves, répteis, anfíbios, peixes e insetos, mas geralmente ocorre dentro de um ovo ou no útero da fêmea.

A anemia aplástica é uma condição rara em que o corpo parou ou reduziu significativamente a produção de células sanguíneas saudáveis em seu medula óssea. Isso pode levar a deficiências em diferentes tipos de células sanguíneas, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Como resultado, uma pessoa com anemia aplástica pode experimentar sintomas como fadiga extrema, falta de ar, aumento de infecções e facilidade em sangramentos ou moretones. A causa exata da anemia aplástica é desconhecida na maioria dos casos, mas pode ser desencadeada por exposição a certas toxinas, medicamentos ou doenças autoimunes. Em alguns casos, a condição pode ser hereditária. O tratamento geralmente inclui terapia de reposição de células-tronco, que envolve transplantar células-tronco saudáveis para repopular a medula óssea danificada. Outras opções de tratamento podem incluir imunossupressores ou medicamentos estimulantes da medula óssea.

De acordo com a National Institutes of Health (NIH), o fígado é o maior órgão solidário no corpo humano e desempenha funções vitais para a manutenção da vida. Localizado no quadrante superior direito do abdômen, o fígado realiza mais de 500 funções importantes, incluindo:

1. Filtração da sangue: O fígado remove substâncias nocivas, como drogas, álcool e toxinas, do sangue.
2. Produção de proteínas: O fígado produz proteínas importantes, como as alfa-globulinas e albumina, que ajudam a regular o volume sanguíneo e previnem a perda de líquido nos vasos sanguíneos.
3. Armazenamento de glicogênio: O fígado armazena glicogênio, uma forma de carboidrato, para fornecer energia ao corpo em momentos de necessidade.
4. Metabolismo dos lipídios: O fígado desempenha um papel importante no metabolismo dos lipídios, incluindo a síntese de colesterol e triglicérides.
5. Desintoxicação do corpo: O fígado neutraliza substâncias tóxicas e transforma-as em substâncias inofensivas que podem ser excretadas do corpo.
6. Produção de bilirrubina: O fígado produz bilirrubina, um pigmento amarelo-verde que é excretado na bile e dá às fezes sua cor característica.
7. Síntese de enzimas digestivas: O fígado produz enzimas digestivas, como a amilase pancreática e lipase, que ajudam a digerir carboidratos e lipídios.
8. Regulação do metabolismo dos hormônios: O fígado regula o metabolismo de vários hormônios, incluindo insulina, glucagon e hormônio do crescimento.
9. Produção de fatores de coagulação sanguínea: O fígado produz fatores de coagulação sanguínea, como a protrombina e o fibrinogênio, que são essenciais para a formação de coágulos sanguíneos.
10. Armazenamento de vitaminas e minerais: O fígado armazena vitaminas e minerais, como a vitamina A, D, E, K e ferro, para serem usados quando necessário.

As células progenitoras de granulócitos e macrófagos (CPGM) são células tronco hematopoéticas encontradas no sistema mielóide, que é um componente do sistema sanguíneo. Elas possuem o potencial de se diferenciar em diferentes tipos de células sanguíneas, incluindo granulócitos (neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e macrófagos, que são componentes importantes do sistema imunológico inato.

As CPGM desempenham um papel crucial no processo de hematopoiese, que é a formação de diferentes tipos de células sanguíneas a partir de células tronco hematopoéticas imaturas. As CPGM são responsáveis pela produção de granulócitos e macrófagos, que desempenham um papel importante na defesa do corpo contra infecções e no processo de reparação tecidual.

As CPGM podem ser encontradas no médula óssea, onde se diferenciam em células imaturas chamadas promielócitos, que então se diferenciam em mieloblastos e, finalmente, em granulócitos ou macrófagos maduros. A produção de granulócitos e macrófagos é regulada por uma variedade de fatores de crescimento e citocinas, que desempenham um papel importante na diferenciação e maturação das CPGM.

Em resumo, as células progenitoras de granulócitos e macrófagos são células tronco hematopoéticas que desempenham um papel crucial no processo de formação de diferentes tipos de células sanguíneas, especialmente granulócitos e macrófagos, que são componentes importantes do sistema imunológico inato.

Os fatores de transcrição GATA são proteínas que se ligam a sequências específicas de DNA contendo a seqüência "GATAA" e desempenham um papel importante na regulação da expressão gênica em vários organismos, incluindo humanos. Eles estão envolvidos em uma variedade de processos biológicos, como desenvolvimento embrionário, diferenciação celular e homeostase hematopoética.

Existem seis fatores de transcrição GATA conhecidos em humanos, designados GATA1 a GATA6, cada um com diferentes padrões de expressão gênica e funções específicas. Por exemplo, GATA1 é essencial para a diferenciação dos glóbulos vermelhos e plaquetas, enquanto GATA4 desempenha um papel importante no desenvolvimento cardiovascular e pulmonar.

Os fatores de transcrição GATA geralmente se ligam ao DNA como monômeros ou homodímeros, mas também podem formar heterodímeros com outros fatores de transcrição para modular a expressão gênica. Além disso, os fatores de transcrição GATA estão frequentemente envolvidos em complexos multiproteicos que incluem coativadores e corepressores, o que permite uma regulação fina da expressão gênica em resposta a diferentes sinais celulares.

Defeitos nos fatores de transcrição GATA podem resultar em várias doenças genéticas, incluindo anemia, leucemia e disfunções cardiovasculares. Portanto, uma melhor compreensão dos mecanismos moleculares que regulem a atividade dos fatores de transcrição GATA pode fornecer informações importantes para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para essas doenças.

Os antígenos CD (ou marcadores de cluster de diferenciação) são proteínas presentes na superfície das células imunes, especialmente os leucócitos (glóbulos brancos). Eles desempenham um papel importante na regulação da resposta imune e na ativação do sistema imunológico.

Existem mais de 300 antígenos CD identificados até agora, sendo que alguns deles são específicos para determinados tipos de células imunes. Por exemplo, o antígeno CD4 é predominantemente encontrado em linfócitos T auxiliares e ajuda a regular a resposta imune contra vírus e bactérias, enquanto que o antígeno CD8 é expresso principalmente em células citotóxicas e desempenha um papel importante na destruição de células infectadas por vírus ou cancerosas.

A determinação dos antígenos CD pode ser útil no diagnóstico e classificação de diferentes doenças, como imunodeficiências, infecções e cânceres. Além disso, a análise dos antígenos CD também pode ser utilizada para monitorar a eficácia da terapia imunológica em pacientes com doenças autoimunes ou câncer.

Os fatores de ligação ao core (Core Binding Factors, ou CBFs) são complexos proteicos que se ligam à região TAD (TATA box) do promotor dos genes e regulam a transcrição gênica. Eles estão envolvidos em processos celulares importantes, como o desenvolvimento e diferenciação de células.

As subunidades alfa de Fatores de Ligação ao Core (CBF-α) são proteínas que formam um complexo com a subunidade beta do CBF, chamada de RUNX. Existem três isoformas conhecidas de CBF-α: CBF-α1, CBF-α2 e CBF-α3. Essas subunidades alfa desempenham um papel crucial na atividade transcripcional do complexo CBF, reconhecendo e se ligando a sequências específicas de DNA conhecidas como elementos de resposta às proteínas de ligação ao core (Core Binding Factor Responsive Elements, ou CREs).

A leucemia aguda promielocítica (APL) é um tipo de câncer que ocorre quando há uma translocação cromossômica anormal entre os cromossomos 15 e 17, resultando na formação do gene de fusão PML-RARα. Essa proteína de fusão interfere com a atividade normal dos fatores de ligação ao core, levando à acumulação de células imaturas no sangue e tecidos hematopoéticos. Portanto, os CBFs e suas subunidades alfa têm importância clínica na patogênese e tratamento da leucemia aguda promielocítica.

A regulação da expressão gênica é o processo pelo qual as células controlam a ativação e desativação dos genes, ou seja, como as células produzem ou suprimem certas proteínas. Isso é fundamental para a sobrevivência e funcionamento adequado de uma célula, pois permite que ela responda a estímulos internos e externos alterando sua expressão gênica. A regulação pode ocorrer em diferentes níveis, incluindo:

1. Nível de transcrição: Fatores de transcrição se ligam a sequências específicas no DNA e controlam se um gene será transcrito em ARN mensageiro (mRNA).

2. Nível de processamento do RNA: Após a transcrição, o mRNA pode ser processado, incluindo capear, poliadenilar e splicing alternativo, afetando assim sua estabilidade e tradução.

3. Nível de transporte e localização do mRNA: O local onde o mRNA é transportado e armazenado pode influenciar quais proteínas serão produzidas e em que quantidades.

4. Nível de tradução: Proteínas chamadas iniciadores da tradução podem se ligar ao mRNA e controlar quando e em que taxa a tradução ocorrerá.

5. Nível de modificação pós-traducional: Depois que uma proteína é sintetizada, sua atividade pode ser regulada por meio de modificações químicas, como fosforilação, glicosilação ou ubiquitinação.

A regulação da expressão gênica desempenha um papel crucial no desenvolvimento embrionário, diferenciação celular e resposta às mudanças ambientais, bem como na doença e no envelhecimento.

A leucemia mieloide é um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas chamadas mielócitos, que se desenvolvem em glóbulos brancos chamados neutrófilos, monócitos e eosinófilos. Nesta doença, a medula óssea produz um grande número de mielócitos anormais e imaturos, que não se desenvolvem corretamente e acumulam-se na medula óssea. Isso leva a uma falta de glóbulos vermelhos saudáveis, plaquetas e glóbulos brancos normais no sangue.

Existem dois principais tipos de leucemia mieloide: a leucemia mieloide aguda (LMA) e a leucemia mieloide crônica (LMC). A LMA é um tipo agressivo de câncer que se desenvolve rapidamente, enquanto a LMC é um tipo de câncer que se desenvolve lentamente ao longo de meses ou anos.

Os sintomas da leucemia mieloide podem incluir fadiga, falta de ar, febre, suores noturnos, perda de peso involuntária, morenas e sangramentos inexplicáveis, infecções frequentes e pancadação. O diagnóstico geralmente é confirmado por meio de exames de sangue completos, biópsia da medula óssea e outros testes diagnósticos especializados. O tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, transplante de células-tronco ou terapias alvo específicas para o tipo e estágio da doença.

'A proliferação de células' é um termo médico que se refere ao rápido e aumentado crescimento e reprodução de células em tecidos vivos. Essa proliferação pode ocorrer naturalmente em processos como a cicatrização de feridas, embriogênese (desenvolvimento embrionário) e crescimento normal do tecido. No entanto, também pode ser um sinal de doenças ou condições anormais, como câncer, hiperplasia benigna (crecimento exagerado de tecido normal), resposta inflamatória excessiva ou outras doenças. Nesses casos, as células se dividem e multiplicam descontroladamente, podendo invadir e danificar tecidos saudáveis próximos, bem como disseminar-se para outras partes do corpo.

Em medicina e biologia celular, uma linhagem celular refere-se a uma população homogênea de células que descendem de uma única célula ancestral original e, por isso, têm um antepassado comum e um conjunto comum de características genéticas e fenotípicas. Essas células mantêm-se geneticamente idênticas ao longo de várias gerações devido à mitose celular, processo em que uma célula mother se divide em duas células filhas geneticamente idênticas.

Linhagens celulares são amplamente utilizadas em pesquisas científicas, especialmente no campo da biologia molecular e da medicina regenerativa. Elas podem ser derivadas de diferentes fontes, como tecidos animais ou humanos, embriões, tumores ou células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs). Ao isolar e cultivar essas células em laboratório, os cientistas podem estudá-las para entender melhor seus comportamentos, funções e interações com outras células e moléculas.

Algumas linhagens celulares possuem propriedades especiais que as tornam úteis em determinados contextos de pesquisa. Por exemplo, a linhagem celular HeLa é originária de um câncer de colo de útero e é altamente proliferativa, o que a torna popular no estudo da divisão e crescimento celulares, além de ser utilizada em testes de drogas e vacinas. Outras linhagens celulares, como as células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs), podem se diferenciar em vários tipos de células especializadas, o que permite aos pesquisadores estudar doenças e desenvolver terapias para uma ampla gama de condições médicas.

Em resumo, linhagem celular é um termo usado em biologia e medicina para descrever um grupo homogêneo de células que descendem de uma única célula ancestral e possuem propriedades e comportamentos similares. Estas células são amplamente utilizadas em pesquisas científicas, desenvolvimento de medicamentos e terapias celulares, fornecendo informações valiosas sobre a biologia das células e doenças humanas.

Especificidade dos fatores de ligação ao DNA eritróide (EFs) refere-se a proteínas nucleares que se ligam especificamente às sequências de DNA presentes em genes eritróides, ou seja, genes envolvidos na diferenciação e maturação dos eritrócitos. Esses fatores desempenham um papel crucial no processo de regulação da expressão gênica durante a hematopoiese, particularmente na diferenciação eritroide.

Os EFs mais bem estudados incluem GATA-1, NFE-2 (também conhecido como NF-E2), e KLF1 (também conhecido como EKLF). Cada um desses fatores se liga a diferentes sequências de DNA específicas, geralmente localizadas em regiões regulatórias dos genes alvo. A ligação desses fatores ao DNA pode ativar ou reprimir a transcrição gênica, dependendo do contexto genético e da presença de outros fatores regulatórios.

Em resumo, os fatores de ligação ao DNA eritróide específicos são proteínas nucleares que se ligam a sequências específicas de DNA em genes relacionados à diferenciação e maturação dos eritrócitos, desempenhando um papel fundamental na regulação da expressão gênica durante o processo hematopoiético.

A "quimera por radiação" é um termo usado em medicina e genética para descrever um fenômeno raro, mas bem documentado, em que células geneticamente distintas coexistem em um indivíduo como resultado de exposição a radiação ionizante. Isto ocorre quando dois ou mais zigotos (óvulos fertilizados) fusionam para formar um único embrião, um processo conhecido como "fecundação múltipla". Se esses zigotos forem expostos a radiação antes de se fundirem, eles podem resultar em uma quimera por radiação.

Neste caso, o indivíduo resultante possui células com diferentes cromossomos ou genes, originários dos zigotos distintos. Essas células podem ser encontradas em diferentes tecidos do corpo, levando a uma condição em que partes do corpo podem ter um genótipo (conjunto de genes) diferente daqueles presentes em outras partes do corpo.

Embora a quimera por radiação seja geralmente assintomática e não cause problemas de saúde, em alguns casos, ela pode levar a distúrbios genéticos ou mesmo cancerígenos. Além disso, este fenômeno tem implicações importantes para a pesquisa genética e a medicina, especialmente no que diz respeito à doação de órgãos e transplantes, visto que as células da quimera por radiação podem ser rejeitadas pelo sistema imunológico se forem geneticamente diferentes das células do receptor.

Esplenomegalia é o termo médico que descreve o aumento do tamanho da rate. Normalmente, a rate tem aproximadamente o tamanho de um punho fechado de uma pessoa adulta. No entanto, quando a rate se torna anormalmente grande, podemos dizer que existe esplenomegalia.

A rate é um órgão importante do sistema imunológico e filtra o sangue, removendo células velhas e patógenos, como bactérias e vírus. Além disso, armazena glóbulos vermelhos, plaquetas e glóbulos brancos. Quando a rate se torna inchada, pode indicar a presença de várias condições médicas, como infecções, anemia, doenças do fígado, doenças malignas (como leucemia ou linfoma) e outras condições.

O diagnóstico de esplenomegalia geralmente é feito por meio de exames físicos e imagens, como ultrassom ou tomografia computadorizada. O tratamento depende da causa subjacente da doença. Em alguns casos, a esplenomegalia pode ser assintomática e não requer tratamento específico, enquanto em outros casos, o tratamento pode incluir medicamentos, quimioterapia ou até mesmo a remoção da rate.

Os Receptores de Trombopoetina (TPO-R) são proteínas transmembranares encontradas na superfície das células que desempenham um papel crucial no processo de hematopoese, especialmente na produção e regulação de plaquetas. A Trombopoetina (TPO) é uma citocina que estimula a proliferação e diferenciação das células-tronco hematopoéticas e dos seus precursores em plaquetas maduras. Os receptores de trombopoetina são expressos principalmente nas células pré-megacariócitas e megacariócitas na medula óssea, onde se ligam à trombopoetina circulante no sangue.

A ligação da TPO aos seus receptores desencadeia uma série de eventos intracelulares que levam ao aumento da sobrevivência e proliferação das células megacariócitas, bem como à sua diferenciação em plaquetas maduras. Além disso, os receptores de trombopoetina também desempenham um papel na regulação negativa da produção de trombopoetina, uma vez que as células megacariócitas e as plaquetas liberam TPO quando ativadas.

A mutação ou alteração dos genes que codificam os receptores de trombopoetina pode resultar em doenças hematológicas, como a síndrome mieloproliferativa crónica (MPN), na qual as células hematopoéticas crescem e se multiplicam de forma descontrolada. Algumas dessas mutações podem levar à ativação constitutiva dos receptores de trombopoetina, levando a um aumento na produção de plaquetas e outros componentes sanguíneos, o que pode resultar em complicações graves, como trombose e hemorragia.

As células progenitoras de megacariócitos e eritrócitos, também conhecidas como megatéis ou CFU-E/Meg, são células tronco hematopoéticas que se diferenciam em dois tipos principais de células sanguíneas: megacariócitos e eritrócitos.

Os megacariócitos são as células précursoras das plaquetas, que desempenham um papel crucial na coagulação sanguínea ao se fragmentarem em plaquetas funcionais. Já os eritrócitos, também conhecidos como glóbulos vermelhos, são responsáveis pelo transporte de oxigênio e dióxido de carbono pelos tecidos do corpo.

As células progenitoras de megacariócitos e eritrócitos são derivadas de células multipotentes mais imaturas, chamadas de células stem celulares hematopoéticas, que podem se diferenciar em todos os tipos de células sanguíneas. Ao longo do processo de diferenciação, as células progenitoras de megacariócitos e eritrócitos sofrem uma série de divisões celulares e mudanças morfológicas e funcionais antes de se tornarem células totalmente diferenciadas.

A pesquisa atual está focada em entender melhor os mecanismos moleculares que regulam a diferenciação dessas células progenitoras, com o objetivo de desenvolver novas estratégias terapêuticas para doenças hematológicas e oncológicas.

SCID (Severe Combined Immunodeficiency) é uma doença genética rara em camundongos, assim como em humanos. Camundongos SCID são animais que nascem sem um sistema imunológico funcional, o que os deixa extremamente vulneráveis a infecções e outras complicações de saúde.

A doença é causada por mutações em genes que codificam proteínas importantes para o desenvolvimento e função dos linfócitos T e B, as principais células do sistema imunológico adaptativo. Como resultado, os camundongos SCID não conseguem produzir anticorpos suficientes para combater infecções e também são incapazes de desenvolver respostas imunes celulares efetivas.

Camundongos SCID geralmente não sobrevivem por mais de algumas semanas após o nascimento, a menos que sejam tratados com terapia de reconstituição do sistema imunológico, como transplantes de medula óssea ou terapia genética. Estes camundongos são frequentemente utilizados em pesquisas científicas para entender melhor os mecanismos da doença e desenvolver novas estratégias de tratamento para SCID em humanos e outros animais.

O termo "nicho de células-tronco" refere-se a um microambiente específico em tecidos vivos que abriga e mantém as células-tronco. Esse nicho é composto por células de suporte, matriz extracelular e fatores de crescimento que trabalham juntos para regular o comportamento das células-tronco, como auto-renovação e diferenciação em tipos celulares específicos. O nicho de células-tronco desempenha um papel crucial na manutenção da homeostase tecidual e na regeneração de tecidos danificados ou doentes. A compreensão dos mecanismos que regulam o nicho de células-tronco pode fornecer insights importantes para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas em diversas áreas da medicina, como a regeneração de tecidos e o tratamento de doenças degenerativas.

Em medicina, as chamadas "quimeras de transplante" referem-se a um estado raro e complexo que pode ocorrer em indivíduos que receberam um transplante de células ou tecidos de outra pessoa. Neste contexto, uma quimera é definida como um organismo composto por dois ou mais populações geneticamente distintas de células.

No caso de um transplante de células-tronco hematopoiéticas (HCT), por exemplo, as quimeras surgem quando as células-tronco do doador se misturam e persistem junto às células-tronco do receptor no sistema hematopoiético (a fonte de todas as células sanguíneas). Isto pode resultar em um indivíduo com diferentes linhagens genéticas presentes em seu sangue e tecidos, o que é conhecido como quimera mista.

Em alguns casos, as quimeras de transplante podem ser benéficas, especialmente no contexto do tratamento de doenças hematológicas ou imunológicas graves. Por exemplo, a presença contínua de células-tronco doador pode levar à tolerância do hospedeiro em relação a tecidos do doador, reduzindo o risco de rejeição e permitindo que os pacientes se beneficiem de terapias celulares adicionais no futuro.

No entanto, as quimeras de transplante também podem apresentar desafios clínicos e éticos. Por exemplo, a mistura de células geneticamente distintas pode levar a complicações imunológicas ou tumorais, como o desenvolvimento de doenças do enxerto contra o hospedeiro (GvHD) ou a formação de tumores híbridos entre as células do doador e do receptor. Além disso, os profissionais de saúde devem considerar os aspectos éticos da criação e manutenção intencional de quimeras humanas, especialmente quando envolvem a integração de células ou tecidos de diferentes indivíduos.

Em resumo, as quimeras de transplante são um fenômeno complexo que pode ocorrer como resultado do transplante de células ou tecidos entre indivíduos geneticamente distintos. Embora possam apresentar vantagens terapêuticas em certos contextos, também podem trazer desafios clínicos e éticos que precisam ser abordados cuidadosa e responsavelmente pelos profissionais de saúde e pesquisadores envolvidos.

Smad5 é uma proteína que pertence à família de proteínas Smad, as quais desempenham um papel crucial na transdução de sinais no caminho de sinalização do fator de crescimento transformador beta (TGF-β). A proteína Smad5 atua como um fator de transcrição e é responsável por regular a expressão gênica em resposta à sinalização do TGF-β.

Após a ligação do ligante TGF-β ao seu receptor, ocorre uma cascata de eventos que resultam na fosforilação e ativação da proteína Smad5. A forma ativada de Smad5 então se associa a outras proteínas Smad e transloca para o núcleo celular, onde regula a expressão gênica de genes alvo envolvidos em diversos processos biológicos, como proliferação celular, diferenciação, apoptose e desenvolvimento embrionário.

Mutações no gene Smad5 estão associadas a várias condições clínicas, incluindo certas formas de displasia combinada congênita da síndrome de Currarino e doenças cardiovasculares. Além disso, o nível e a atividade da proteína Smad5 estão frequentemente alterados em vários tipos de câncer, o que sugere seu papel como um possível alvo terapêutico para o tratamento do câncer.

"Dados de sequência molecular" referem-se a informações sobre a ordem ou seqüência dos constituintes moleculares em uma molécula biológica específica, particularmente ácidos nucléicos (como DNA ou RNA) e proteínas. Esses dados são obtidos através de técnicas experimentais, como sequenciamento de DNA ou proteínas, e fornecem informações fundamentais sobre a estrutura, função e evolução das moléculas biológicas. A análise desses dados pode revelar padrões e características importantes, tais como genes, sítios de ligação regulatórios, domínios proteicos e motivos estruturais, que podem ser usados para fins de pesquisa científica, diagnóstico clínico ou desenvolvimento de biotecnologia.

Uma "sequência de bases" é um termo usado em genética e biologia molecular para se referir à ordem específica dos nucleotides (adenina, timina, guanina e citosina) que formam o DNA. Essa sequência contém informação genética hereditária que determina as características de um organismo vivo. Ela pode ser representada como uma cadeia linear de letras A, T, G e C, onde cada letra corresponde a um nucleotide específico (A para adenina, T para timina, G para guanina e C para citosina). A sequência de bases é crucial para a expressão gênica, pois codifica as instruções para a síntese de proteínas.

La leucemia regula la expresión génica se refiere a una alteración patológica en las células sanguíneas donde los mecanismos normales de regulación de genes están desequilibrados, lo que lleva al crecimiento y proliferación celular descontrolada.

En condiciones normales, la expresión génica está controlada cuidadosamente por una variedad de mecanismos, incluyendo la metilación del ADN, modificaciones de histonas y factores de transcripción. Sin embargo, en las células leucémicas, estos mecanismos pueden estar alterados, lo que lleva a una expresión anormal de genes que promueven el crecimiento celular y la supervivencia.

Este desequilibrio en la regulación génica puede ser causado por mutaciones genéticas, cambios epigenéticos o por la acción de oncogenes y genes supresores de tumores. Por ejemplo, las fusiones génicas que involucran a oncogenes como BCR-ABL o PML-RARA pueden resultar en una sobre-expresión de proteínas que promueven la proliferación celular y previenen la apoptosis.

La leucemia regula la expresión génica puede ocurrir en cualquier tipo de leucemia, incluyendo leucemias agudas y crónicas, y en diferentes tipos de células sanguíneas, como los glóbulos blancos, los glóbulos rojos y las plaquetas. El entendimiento de cómo la expresión génica está regulada en las células leucémicas es crucial para el desarrollo de nuevas terapias dirigidas a tratar esta enfermedad.

As células clonais são um grupo de células que possuem a mesma genética e se originaram a partir de uma única célula original, chamada de célula-mãe. Essa capacidade de se dividirem e se multiplicar de forma idêntica é denominada clonagem. Em medicina, o termo "células clonais" geralmente se refere a um grupo homogêneo de células que possuem um comportamento ou função semelhante, como as células cancerosas que se multiplicam e se disseminam incontrolavelmente em todo o organismo. Também pode ser utilizado no contexto de terapia celular, quando células saudáveis são cultivadas e clonadas em laboratório para posterior transplante em pacientes com determinadas doenças, como diabetes ou deficiências no sistema imunológico.

A leucemia mieloide aguda (LMA) é um tipo agressivo e rápido de câncer de sangue que afeta as células-tronco da medula óssea. As células-tronco são responsáveis pela produção de todos os tipos de células sanguíneas saudáveis, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

Na LMA, as células-tronco malignas se desenvolvem e multiplicam-se rapidamente, invadindo a medula óssea e impedindo a produção de células sanguíneas saudáveis. Como resultado, os pacientes com LMA podem experimentar baixos níveis de glóbulos vermelhos (anemia), glóbulos brancos (neutropenia) e plaquetas (trombocitopenia).

A LMA pode manifestar-se através de uma variedade de sintomas, incluindo fadiga, falta de ar, febre, suores noturnos, perda de peso involuntária, dor óssea e aumento da susceptibilidade a infecções. O diagnóstico geralmente é confirmado por meio de uma biópsia da medula óssea e análises de sangue.

O tratamento da LMA geralmente inclui quimioterapia, radioterapia e um transplante de células-tronco, dependendo do tipo e estágio da doença, idade e condição geral do paciente. O prognóstico varia consideravelmente, com taxas de sobrevivência a longo prazo que podem chegar a 40% ou mais em alguns casos, especialmente em pacientes jovens e saudáveis que recebem um transplante de células-tronco bem-sucedido. No entanto, a LMA ainda é uma doença grave e potencialmente fatal, e o tratamento geralmente exige um cuidado especializado e multidisciplinar.

A Reação em Cadeia da Polimerase via Transcriptase Reversa (RT-PCR, do inglés Reverse Transcription Polymerase Chain Reaction) é uma técnica de laboratório que permite à amplificação e cópia em massa de fragmentos específicos de DNA a partir de um pequeno quantitativo de material genético. A RT-PCR combina duas etapas: a transcriptase reversa, na qual o RNA é convertido em DNA complementar (cDNA), e a amplificação do DNA por PCR, na qual os fragmentos de DNA são copiados múltiplas vezes.

Esta técnica é particularmente útil em situações em que se deseja detectar e quantificar RNA mensageiro (mRNA) específico em amostras biológicas, uma vez que o mRNA não pode ser diretamente amplificado por PCR. Além disso, a RT-PCR é frequentemente utilizada em diagnóstico molecular para detectar e identificar patógenos, como vírus e bactérias, no material clínico dos pacientes.

A sensibilidade e especificidade da RT-PCR são altas, permitindo a detecção de quantidades muito pequenas de RNA ou DNA alvo em amostras complexas. No entanto, é importante ter cuidado com a interpretação dos resultados, pois a técnica pode ser influenciada por vários fatores que podem levar a falsos positivos ou negativos.

Anemia macrocítica é um tipo de anemia em que os glóbulos vermelhos (eritrócitos) são maiores do que o tamanho normal, uma condição chamada macrocite. A contagem total de glóbulos vermelhos e a hemoglobina geralmente estão reduzidas. Existem várias causas possíveis para isso, incluindo deficiência de vitaminas (como a falta de vitamina B12 ou ácido fólico), doenças do fígado, uso de determinados medicamentos e transtornos mielodisplásicos. Alguns pacientes com anemia macrocítica podem não apresentar sintomas, enquanto outros podem relatar fraqueza, fadiga, falta de ar, palidez e batimentos cardíacos irregulares. O diagnóstico geralmente é feito com um exame de sangue completo e pode ser confirmado por meio de outros exames especializados, se necessário. O tratamento depende da causa subjacente.

Fatores Estimuladores de Colônias (Colony-Stimulating Factors, CSFs) são glicoproteínas que atuam como citocinas, desempenhando um papel crucial na hematopoese, ou seja, o processo de formação e desenvolvimento de células sanguíneas. Eles estimulam a proliferação, diferenciação e sobrevivência de células progenitoras hematopoéticas, que dão origem a diferentes linhagens celulares, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

Existem quatro tipos principais de fatores estimuladores de colônias:

1. Fator Estimulador de Colônias de Granulócitos (Granulocyte Colony-Stimulating Factor, G-CSF): ele é responsável pela produção e diferenciação de neutrófilos, um tipo importante de glóbulo branco que desempenha um papel central na defesa do organismo contra infecções bacterianas e fúngicas.

2. Fator Estimulador de Colônias de Mastócitos/Eosinófilos (Mast cell/Eosinophil Colony-Stimulating Factor, M/E-CSF ou IL-5): este fator estimula a produção e diferenciação de mastócitos e eosinófilos, que desempenham funções importantes em reações alérgicas e na defesa contra parasitas.

3. Fator Estimulador de Colônias de Macrófagos (Macrophage Colony-Stimulating Factor, M-CSF ou CSF-1): este fator estimula a produção e diferenciação de macrófagos, células que desempenham um papel crucial na resposta imune, na reparação tecidual e no processamento e apresentação de antígenos.

4. Fator Estimulador de Colônias de Granulócitos-Macrófagos (Granulocyte-Macrophage Colony-Stimulating Factor, GM-CSF ou CSF-2): este fator estimula a produção e diferenciação de vários tipos de células do sangue, incluindo neutrófilos, macrófagos, eosinófilos e basófilos.

Os fatores estimuladores de colônias desempenham um papel crucial no desenvolvimento e manutenção dos sistemas imunológico e hematopoiético. Eles são produzidos por vários tipos de células, incluindo linfócitos, macrófagos, fibroblastos e células endoteliais. As alterações nos níveis desses fatores podem levar a disfunções imunológicas e hematopoiéticas, como deficiências imunitárias primárias ou secundárias, anemia, neutropenia e trombocitopenia. Além disso, os fatores estimuladores de colônias têm sido estudados como possíveis terapêuticas em várias condições clínicas, incluindo infecções, câncer, doenças autoimunes e transplante de órgãos. No entanto, o uso desses fatores ainda é experimental e requer mais estudos para determinar sua segurança e eficácia clínica.

A proteína de leucina linfoide-mieloide (MLL, do inglês Myeloid Leukemia Protein) é uma importante proteína envolvida no processo de expressão gênica e regulação da diferenciação celular. Ela desempenha um papel crucial na manutenção da estabilidade do cromossomo e garante a correta leitura dos genes durante a divisão celular.

Mutações ou alterações no gene que codifica a proteína MLL estão associadas a diversos tipos de leucemia, incluindo leucemia linfoblástica aguda (LLA) e leucemia mieloide aguda (LMA). Estas mutações podem resultar em uma produção desregulada de células sanguíneas imaturas, levando ao desenvolvimento da leucemia.

Além disso, a proteína MLL também participa do processo de recombinação génica durante o desenvolvimento embrionário, auxiliando na formação dos segmentos genéticos que determinam a identidade celular e a diferenciação em diferentes linhagens celulares.

Em resumo, a proteína MLL é uma proteína essencial para o controle da expressão gênica e diferenciação celular, e suas mutações estão associadas ao desenvolvimento de vários tipos de leucemia.

As proteínas de homeodomínio são um tipo importante de fator de transcrição encontrado em todos os organismos nucleados, desde fungos a humanos. Eles desempenham um papel crucial na regulação da expressão gênica durante o desenvolvimento embrionário e também no mantimento da expressão gênica em tecidos adultos.

A homeodomínio é uma sequência de aminoácidos altamente conservada que forma um domínio estrutural característico destas proteínas. Este domínio possui aproximadamente 60 aminoácidos e adota uma configuração tridimensional em hélice alfa-hélice-loop-hélice-alfa que lhe permite se ligar especificamente a sequências de DNA ricas em pares de bases GC, geralmente localizadas no início dos genes.

As proteínas de homeodomínio desempenham funções diversas, dependendo do organismo e tecido em que estão presentes. No entanto, todas elas estão envolvidas na regulação da expressão gênica, podendo atuar como ativadores ou repressores transcripcionais. Algumas dessas proteínas desempenham funções essenciais no desenvolvimento embrionário, como a determinação do eixo dorso-ventral em vertebrados ou a especificação de segmentos corporais em insetos. Outras estão envolvidas na manutenção da identidade celular em tecidos adultos, garantindo que as células mantenham sua função específica ao longo do tempo.

Devido à sua importância na regulação da expressão gênica, mutações em genes que codificam proteínas de homeodomínio podem levar a diversos distúrbios genéticos e desenvolvimentais, como a síndrome de Prader-Willi, a síndrome de WAGR e o câncer. Portanto, o estudo das proteínas de homeodomínio é fundamental para entender os mecanismos moleculares que regulam a expressão gênica e sua relação com doenças humanas.

Fenótipo, em genética e biologia, refere-se às características observáveis ou expressas de um organismo, resultantes da interação entre seu genoma (conjunto de genes) e o ambiente em que vive. O fenótipo pode incluir características físicas, bioquímicas e comportamentais, como a aparência, tamanho, cor, função de órgãos e respostas a estímulos externos.

Em outras palavras, o fenótipo é o conjunto de traços e características que podem ser medidos ou observados em um indivíduo, sendo o resultado final da expressão gênica (expressão dos genes) e do ambiente. Algumas características fenotípicas são determinadas por um único gene, enquanto outras podem ser influenciadas por múltiplos genes e fatores ambientais.

É importante notar que o fenótipo pode sofrer alterações ao longo da vida de um indivíduo, em resposta a variações no ambiente ou mudanças na expressão gênica.

Na medicina, "pré-leucemia" é um termo genérico e às vezes usado para descrever um estado em que as células sanguíneas mostram alterações anormais, mas ainda não são suficientemente graves ou generalizadas o suficiente para serem classificadas como leucemia. Essas alterações podem incluir um aumento no número de células imaturas ou anormais no sangue.

No entanto, é importante notar que o termo "pré-leucemia" não é mais recomendado pela comunidade médica e científica. Isso se deve ao fato de que este termo pode causar confusão e ansiedade desnecessárias nos pacientes, uma vez que nem todos os casos de pré-leucemia necessariamente evoluirão para leucemia. Além disso, a pesquisa e a compreensão da biologia das doenças malignas dos tecidos hematopoéticos (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas) têm evoluído significativamente nos últimos anos.

Em vez disso, os médicos e pesquisadores preferem usar termos mais precisos e descritivos, como "síndromes mielodisplásicas" ou "neoplasias hematológicas clonais de baixo risco", que descrevem melhor as condições subjacentes e ajudam a orientar o tratamento adequado.

Proteínas recombinantes são proteínas produzidas por meio de tecnologia de DNA recombinante, que permite a inserção de um gene de interesse (codificando para uma proteína desejada) em um vetor de expressão, geralmente um plasmídeo ou vírus, que pode ser introduzido em um organismo hospedeiro adequado, como bactérias, leveduras ou células de mamíferos. O organismo hospedeiro produz então a proteína desejada, que pode ser purificada para uso em pesquisas biomédicas, diagnóstico ou terapêutica.

Este método permite a produção de grandes quantidades de proteínas humanas e de outros organismos em culturas celulares, oferecendo uma alternativa à extração de proteínas naturais de fontes limitadas ou difíceis de obter. Além disso, as proteínas recombinantes podem ser produzidas com sequências específicas e modificadas geneticamente para fins de pesquisa ou aplicação clínica, como a introdução de marcadores fluorescentes ou etiquetas de purificação.

As proteínas recombinantes desempenham um papel importante no desenvolvimento de vacinas, terapias de substituição de enzimas e fármacos biológicos, entre outras aplicações. No entanto, é importante notar que as propriedades estruturais e funcionais das proteínas recombinantes podem diferir das suas contrapartes naturais, o que deve ser levado em consideração no design e na interpretação dos experimentos.

De acordo com a medicina, um feto é o estágio de desenvolvimento embrionário que ocorre após a diferenciação dos principais sistemas orgânicos e se prolonga até o nascimento. Geralmente, esse período começa por volta da nona semana de gestação e termina com o parto, ao redor das 38-42 semanas.

Durante este estágio, o feto cresce rapidamente em tamanho e peso, desenvolvendo-se ainda mais os órgãos e sistemas, além de começar a se posicionar para o parto. Além disso, o feto também pode ser capaz de ouvir, engolir e responder a estímulos externos.

A monitoração do desenvolvimento fetal é importante para avaliar a saúde da gravidez e do bebê em desenvolvimento, sendo realizada através de exames como ultrassom e amniocentese.

Megaloblastos são células sanguíneas immature grandes e anormais que se formam na medula óssea durante a produção de glóbulos vermelhos. Eles são caracterizados por um núcleo alongado e irregular e citoplasma basofílico (corarinha) expansivo. A presença de megaloblastos no sangue periférico é geralmente indicativa de deficiência de ácido fólico ou vitamina B12, doenças intestinais que impedem a absorção dessas vitaminas, ou uso de medicamentos que interfiram na síntese de DNA, como metotrexato e pirimetamina. Essas condições podem levar à anemia megaloblástica, uma forma de anemia em que os glóbulos vermelhos são grandes e imaturos.

Na biologia celular, a separação celular refere-se ao processo final da divisão celular, no qual as duas células filhas resultantes de uma única célula original são fisicamente separadas. Isto é alcançado por um processo complexo envolvendo a modificação do citoesqueleto e a formação de uma estrutura chamada fuso mitótico, que garante que os cromossomos sejam igualmente distribuídos entre as células filhas. A separação celular é controlada por uma série de proteínas e enzimas que coordenam a divisão do citoplasma e a formação da membrana celular. Desregulações neste processo podem levar a diversas condições médicas, incluindo câncer e anormalidades congénitas.

Em genética, uma mutação é um cambo hereditário na sequência do DNA (ácido desoxirribonucleico) que pode resultar em um cambio no gene ou região reguladora. Mutações poden ser causadas por erros de replicación ou réparo do DNA, exposição a radiação ionizante ou substancias químicas mutagénicas, ou por virus.

Existem diferentes tipos de mutações, incluindo:

1. Pontuais: afetan un único nucleótido ou pairaxe de nucleótidos no DNA. Pueden ser categorizadas como misturas (cambios na sequencia do DNA que resultan en un aminoácido diferente), nonsense (cambios que introducen un códon de parada prematura e truncan a proteína) ou indels (insercións/eliminacións de nucleótidos que desplazan o marco de lectura).

2. Estruturais: involvan cambios maiores no DNA, como deleciones, duplicacións, inversións ou translocacións cromosómicas. Estas mutações poden afectar a un único gene ou extensos tramos do DNA e pueden resultar en graves cambios fenotípicos.

As mutações poden ser benévolas, neutras ou deletéras, dependendo da localización e tipo de mutación. Algúns tipos de mutações poden estar associados con desordens genéticas ou predisposición a determinadas enfermidades, mentres que outros non teñen efecto sobre a saúde.

Na medicina, o estudo das mutações é importante para o diagnóstico e tratamento de enfermedades genéticas, así como para a investigación da patogénese de diversas enfermidades complexas.

Policitemia Vera é um distúrbio mieloproliferativo raro em que o corpo produz excessivamente glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas sanguíneas. Essa condição pode também ser chamada de policitemia verdadeira ou eritropoiese primária.

Normalmente, o corpo produz essas células sanguíneas em resposta à necessidade do organismo, como por exemplo em altitudes mais elevadas onde a quantidade de oxigênio no ar é menor. No entanto, na policitemia vera, há uma produção excessiva e inadequada dessas células sanguíneas, mesmo quando o corpo não as necessita.

A acumulação excessiva de células sanguíneas pode causar diversos problemas de saúde, como a formação de coágulos sanguíneos, doenças cardiovasculares, derrames cerebrais e outros sintomas graves. Alguns dos sintomas mais comuns incluem: tontura, vertigem, cansaço, rubor na face, sudorese noturna, prurido (coceira), perda de peso involuntária, visão turva e dificuldade de respirar.

A causa exata da policitemia vera ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja resultado de uma mutação genética em uma célula hematopoética (célula sanguínea imatura) que leva à produção excessiva de células sanguíneas. O tratamento geralmente inclui procedimentos para reduzir a viscosidade do sangue, como flebotomia (remoção de sangue), além de medicamentos para diminuir a produção de células sanguíneas e prevenir complicações. Em alguns casos, um transplante de medula óssea pode ser recomendado.

Eritrócitos, também conhecidos como glóbulos vermelhos, são células sanguíneas que desempenham um papel crucial no transporte de oxigênio em organismos vivos. Eles são produzidos na medula óssea e são as células sanguíneas mais abundantes no corpo humano.

A função principal dos eritrócitos é o transporte de oxigênio a partir dos pulmões para os tecidos periféricos e o transporte de dióxido de carbono dos tecidos periféricos para os pulmões, onde é eliminado. Isso é possível graças à presença de hemoglobina, uma proteína que contém ferro e dá aos eritrócitos sua cor vermelha característica.

Os eritrócitos humanos são discóides, sem núcleo e flexíveis, o que lhes permite passar facilmente pelos capilares mais pequenos do corpo. A falta de um núcleo também maximiza a quantidade de hemoglobina que podem conter, aumentando assim sua capacidade de transporte de oxigênio.

A produção de eritrócitos é regulada por vários fatores, incluindo o nível de oxigênio no sangue, a hormona eritropoietina (EPO) e outros fatores de crescimento. A anemia pode resultar de uma produção inadequada ou perda excessiva de eritrócitos, enquanto a polycythemia vera é caracterizada por níveis elevados de glóbulos vermelhos no sangue.

A contagem de leucócitos, também conhecida como contagem de glóbulos brancos, é um exame laboratorial que mede a quantidade de leucócitos (glóbulos brancos) presentes no sangue. Os leucócitos são componentes importantes do sistema imunológico, responsáveis por combater infecções e inflamações no corpo.

A contagem normal de leucócitos em adultos geralmente varia entre 4.500 e 11.000 células por microlitro (µL) de sangue. No entanto, esses valores podem variar ligeiramente dependendo da idade, sexo e método de contagem utilizado.

Uma contagem de leucócitos fora do range normal pode indicar a presença de diversas condições clínicas, como infecções, inflamação, anemia, doenças autoimunes, distúrbios malignos hematológicos (como leucemias) e outras patologias. É importante notar que um resultado isolado de contagem de leucócitos fora do range normal não é suficiente para estabelecer um diagnóstico definitivo e deve ser avaliado em conjunto com outros exames complementares e a história clínica do paciente.

A irradiação corporal total (TBI, do inglês Total Body Irradiation) é um tratamento de radioterapia oncológica em que o corpo inteiro do paciente é exposto à radiação ionizante. Geralmente, é utilizada no tratamento de doenças hematológicas malignas (como leucemias e linfomas) antes de um transplante de células-tronco hematopoéticas (HCT, do inglês Hematopoietic Cell Transplantation).

O objetivo da TBI é destruir as células cancerígenas remanescentes no corpo e debilitar o sistema imunológico para reduzir a possibilidade de rejeição do transplante. Além disso, a radiação também afeta o midollo ósseo, o que permite que as células-tronco saudáveis infundidas sejam capazes de repovoar o sistema hematopoético do paciente.

A TBI pode ser administrada em diferentes doses e frações, dependendo do tipo de câncer, da idade do paciente, e do tipo de transplante a ser realizado. Existem duas formas principais de realizar a TBI: a irradiação convencional e a irradiação acelerada. A irradiação convencional é geralmente administrada em pequenas doses fracionadas, geralmente durante cinco dias consecutivos. Já a irradiação acelerada é administrada em dose única ou em poucas frações de alta dose, geralmente em um curto período de tempo, antes do transplante.

Como qualquer tratamento médico, a TBI pode apresentar efeitos colaterais, que podem variar de leves a graves, dependendo da dose e fraçãoção da radiação, além da idade e condição geral do paciente. Alguns dos efeitos colaterais mais comuns incluem náuseas, vômitos, diarréia, fadiga, perda de apetite, e alterações na pele e no sistema imunológico. Em casos raros, a TBI pode causar danos a órgãos vitais, como os pulmões, o coração e o cérebro.

Em termos médicos, células-tronco embrionárias são células pluripotentes encontradas no blastocisto, uma estrutura que se forma durante os primeiros estágios do desenvolvimento embrionário em mamíferos. Essas células possuem a capacidade de se diferenciar em quase todos os tipos celulares do corpo, o que as torna muito valiosas para a pesquisa biomédica e terapêutica.

As células-tronco embrionárias são dotadas de duas características fundamentais: auto-renovação e potencial diferenciação. A auto-renovação permite que as células-tronco se dividam indefinidamente, mantendo sua identidade e capacidades. Já o potencial de diferenciação refere-se à capacidade das células-tronco embrionárias de se tornarem qualquer um dos tipos celulares do corpo humano, exceto tecidos extra-embrionários, como a placenta.

Devido à sua grande plasticidade e capacidade regenerativa, as células-tronco embrionárias têm sido alvo de intenso estudo na busca por tratamentos para doenças degenerativas, lesões traumáticas e outras condições clínicas graves. No entanto, o uso dessas células em terapias ainda é controverso devido a questões éticas relacionadas ao seu potencial de se desenvolverem em um organismo completo, bem como à possibilidade de rejeição imune e formação de tumores.

Los antígenos CD45, también conocidos como leucocitario común antígeno (LCA), son una clase de proteínas transmembrana encontradas en la superficie de todas las células hematopoyéticas (células sanguíneas) excepto los eritrocitos maduros. La proteína CD45 desempeña un papel importante en la activación y regulación de las células inmunes, especialmente los linfocitos T y B.

La proteína CD45 está involucrada en la transducción de señales intracelulares que ocurren después del reconocimiento de un antígeno por un receptor de célula T o B. Ayuda a activar las vías de señalización que conducen a la activación y proliferación de las células inmunes, así como a su diferenciación en subconjuntos específicos.

Existen varias isoformas de CD45, cada una con diferentes longitudes de cadena y grados de glicosilación. La longitud y la modificación de la cadena de CD45 pueden influir en su función y especificidad de unión a otros receptores y ligandos.

En resumen, los antígenos CD45 son proteínas transmembrana importantes para la activación y regulación de las células inmunes, especialmente los linfocitos T y B. Su presencia en todas las células hematopoyéticas, excepto en los eritrocitos maduros, hace que sean útiles como marcadores de diagnóstico y seguimiento de diversas afecciones médicas, como enfermedades autoinmunes, infecciones y cánceres.

RNA mensageiro (mRNA) é um tipo de RNA que transporta a informação genética codificada no DNA para o citoplasma das células, onde essa informação é usada como modelo para sintetizar proteínas. Esse processo é chamado de transcrição e tradução. O mRNA é produzido a partir do DNA através da atuação de enzimas específicas, como a RNA polimerase, que "transcreve" o código genético presente no DNA em uma molécula de mRNA complementar. O mRNA é então traduzido em proteínas por ribossomos e outros fatores envolvidos na síntese de proteínas, como os tRNAs (transportadores de RNA). A sequência de nucleotídeos no mRNA determina a sequência de aminoácidos nas proteínas sintetizadas. Portanto, o mRNA é um intermediário essencial na expressão gênica e no controle da síntese de proteínas em células vivas.

Hemoglobinúria Paroxística é um tipo raro de transtorno hemolítico, o que significa que ele causa a destruição prematura dos glóbulos vermelhos (hemólise). Nesta doença, os glóbulos vermelhos são destruídos prematuramente, resultando na liberação de hemoglobina para a corrente sanguínea. A hemoglobinúria paroxística é caracterizada por episódios agudos (paroxismos) de hemólise que podem ser desencadeados por infecções, exercício físico ou estresse emocional.

Existem três tipos principais de Hemoglobinúria Paroxística:

1. Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN): É o tipo mais comum e é causado por mutações genéticas no gene PIG-A, localizado no cromossomo X. Essas mutações levam à produção de glóbulos vermelhos anormais que são vulneráveis à destruição pela complemento, um sistema do corpo que ajuda a combater infecções.
2. Hemoglobinúria Paroxística Associada a Medicamentos (HPAM): É uma forma adquirida de hemoglobinúria paroxística que ocorre em pessoas que recebem certos medicamentos, como antibióticos, anti-inflamatórios não esteroides e quimioterápicos. O uso desses medicamentos pode levar à ativação do sistema complemento e à destruição dos glóbulos vermelhos.
3. Hemoglobinúria Paroxística Secundária (HPS): É uma forma rara de hemoglobinúria paroxística que pode ser causada por várias condições, como doenças autoimunes, infecções e tumores malignos.

Os sintomas da hemoglobinúria paroxística podem incluir fadiga, falta de ar, dor abdominal, urina escura e aumento do risco de trombose (coágulos sanguíneos). O diagnóstico geralmente é feito com base em exames de sangue e urina, bem como em testes especiais para avaliar a integridade dos glóbulos vermelhos. O tratamento pode incluir transfusões de sangue, medicação para controlar os sintomas e, no caso da HPS associada a medicamentos, interrupção do uso do medicamento causador. Em casos graves, uma terapia com eculizumab, um anticorpo monoclonal que inibe a ativação do sistema complemento, pode ser considerada.

Em medicina e biologia molecular, a expressão genética refere-se ao processo pelo qual o DNA é transcrito em RNA e, em seguida, traduzido em proteínas. É o mecanismo fundamental pelos quais os genes controlam as características e funções de todas as células. A expressão genética pode ser regulada em diferentes níveis, incluindo a transcrição do DNA em RNA, processamento do RNA, tradução do RNA em proteínas e modificações pós-tradução das proteínas. A disregulação da expressão genética pode levar a diversas condições médicas, como doenças genéticas e câncer.

Em medicina e biologia, a contagem de células refere-se ao processo de determinar o número de células presentes em um determinado volume ou área de amostra. Isto geralmente é realizado usando técnicas de microscopia óptica ou electrónica, e pode ser aplicado a uma variedade de amostras, incluindo sangue, tecido, fluido corporal ou culturas celulares. A contagem de células é um método comum para medir a concentração de células em amostras, o que pode ser útil no diagnóstico e monitorização de doenças, pesquisa científica, e no controlo de qualidade em processos industriais. Existem diferentes métodos para realizar a contagem de células, tais como a contagem manual usando uma grade de contagem, ou automatizada usando dispositivos especializados, como contadores de células electrónicos ou citômetros de fluxo.

Proteínas com domínio LIM são proteínas que contêm um ou mais domínios LIM, um tipo específico de domínio de ligação a zinco encontrado em diversas proteínas. O nome "domínio LIM" é derivado das letras iniciais dos três primeiros genes descobertos que continham este domínio: Lin-11, Isl-1 e Mec-3.

O domínio LIM é uma sequência de aproximadamente 50 aminoácidos que se liga a zinco e forma um estrutura tridimensional característica. Ele desempenha um papel importante na interação das proteínas com outras moléculas, como DNA, RNA e outras proteínas, e está envolvido em uma variedade de processos celulares, incluindo a transcrição genética, a organização do citoesqueleto e a diferenciação celular.

As proteínas com domínio LIM são expressas em diversos tecidos e estão envolvidas em uma variedade de funções biológicas. Algumas dessas proteínas desempenham um papel na regulação da expressão gênica, enquanto outras estão envolvidas no contato celular, no crescimento celular e na diferenciação. Devido à sua importância em uma variedade de processos biológicos, as proteínas com domínio LIM têm sido objeto de intenso estudo nos últimos anos.

"Genes letais" referem-se a genes que, quando mutados ou com expressão alterada, podem causar a morte da célula, tecido ou organismo. Essas mutações geralmente levam à produção de proteínas defeituosas ou em quantidades anormais, o que pode interferir no funcionamento normal dos processos celulares e levar ao aparecimento de doenças genéticas graves ou mesmo à morte da célula. Em alguns casos, a expressão desses genes letais pode ser controlada por mecanismos regulatórios complexos, o que permite que os organismos sobrevivam com essas mutações em certas condições. No entanto, em outras situações, a ativação ou inativação acidental desses genes letais pode levar à morte celular ou do organismo como um todo. É importante notar que o termo "letal" aqui refere-se à capacidade de causar a morte da célula ou do organismo e não necessariamente à morte imediata ou inevitável.

Biological models, em um contexto médico ou científico, referem-se a sistemas ou organismos vivos utilizados para entender, demonstrar ou predizer respostas biológicas ou fenômenos. Eles podem ser usados ​​para estudar doenças, testar novos tratamentos ou investigar processos fisiológicos. Existem diferentes tipos de modelos biológicos, incluindo:

1. Modelos in vitro: experimentos realizados em ambientes controlados fora de um organismo vivo, geralmente em células cultivadas em placa ou tubo de petri.

2. Modelos animais: utilizam animais como ratos, camundongos, coelhos, porcos e primatas para estudar doenças e respostas a tratamentos. Esses modelos permitem o estudo de processos fisiológicos complexos em um organismo inteiro.

3. Modelos celulares: utilizam células humanas ou animais cultivadas para investigar processos biológicos, como proliferação celular, morte celular programada (apoptose) e sinalização celular.

4. Modelos computacionais/matemáticos: simulam sistemas biológicos ou processos usando algoritmos e equações matemáticas para predizer resultados e comportamentos. Eles podem ser baseados em dados experimentais ou teóricos.

5. Modelos humanos: incluem estudos clínicos em pacientes humanos, bancos de dados médicos e técnicas de imagem como ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC).

Modelos biológicos ajudam os cientistas a testar hipóteses, desenvolver novas terapias e entender melhor os processos biológicos que ocorrem em nossos corpos. No entanto, é importante lembrar que nem todos os resultados obtidos em modelos animais ou in vitro podem ser diretamente aplicáveis ao ser humano devido às diferenças entre espécies e contextos fisiológicos.

'Hibridização in situ' é uma técnica de biologia molecular usada para detectar e localizar especificamente ácidos nucleicos (DNA ou RNA) em células e tecidos preservados ou em amostras histológicas. Essa técnica consiste em hybridizar um fragmento de DNA ou RNA marcado (sonda) a uma molécula-alvo complementar no interior das células, geralmente em seções finas de tecido fixado e preparado para microscopia óptica. A hibridização in situ permite a visualização direta da expressão gênica ou detecção de sequências específicas de DNA em células e tecidos, fornecendo informações espaciais sobre a localização dos ácidos nucleicos alvo no contexto histológico. A sonda marcada pode ser detectada por diferentes métodos, como fluorescência (FISH - Fluorescence In Situ Hybridization) ou colorimetria (CISH - Chromogenic In Situ Hybridization), dependendo do objetivo da análise.

De acordo com a medicina tradicional chinesa, Yin e Yang representam duas forças opostas e complementares que existem em todas as coisas. Não há um equivalente direto para "Yin-Yang" na medicina baseada em evidências ocidental. No entanto, podemos tentar descrevê-lo da seguinte forma:

Yin e Yang são princípios filosóficos usados na medicina tradicional chinesa para descrever as interações entre diferentes partes do corpo, os órgãos e as funções fisiológicas. Eles não se referem a conceitos anatomicamente ou biologicamente identificáveis, mas sim a um modelo de análise que ajuda a entender o equilíbrio e a harmonia necessários para a saúde.

Yin geralmente representa as características internas, lentas, passivas, frias, macias e ocultas do corpo, enquanto Yang representa as características externas, rápidas, ativas, quentes, duras e visíveis. Por exemplo, a função renal (Yin) é associada à essência (Jing), à humidade e à profundidade, enquanto a função intestinal (Yang) está associada ao transporte, transformação, proteção e manifestação.

A teoria Yin-Yang enfatiza que os aspectos Yin e Yang devem estar em equilíbrio para manter a saúde. Se houver desequilíbrios entre esses dois princípios, isso pode levar a distúrbios fisiológicos e, finalmente, doenças. A medicina tradicional chinesa tenta restabelecer esse equilíbrio através de intervenções como a acupunctura, fitoterapia e alterações no estilo de vida.

É importante ressaltar que essa é uma abordagem filosófica e não tem base científica comprovada. A medicina baseada em evidências considera a teoria Yin-Yang como pseudociência, e os profissionais de saúde geralmente não a utilizam para fins diagnósticos ou terapêuticos.

Os linfócitos B são um tipo de glóbulos brancos (leucócitos) que desempenham um papel central no sistema imunológico adaptativo, especialmente na resposta humoral da imunidade adaptativa. Eles são produzidos e maturam no tufolo dos órgãos linfoides primários, como o baço e a medula óssea vermelha. Após a ativação, os linfócitos B se diferenciam em células plasmáticas que produzem anticorpos (imunoglobulinas) específicos para um antígeno estranho, auxiliando assim na neutralização e eliminação de patógenos como bactérias e vírus. Além disso, os linfócitos B também podem funcionar como células apresentadoras de antígenos, contribuindo para a ativação dos linfócitos T auxiliares.

Sim, posso certamente ajudar com isso. Citocinas são moléculas de sinalização que desempenham um papel crucial na regulação da resposta imune e inflamatória do corpo. Elas são produzidas por uma variedade de células, incluindo células imunes como glóbulos brancos (leucócitos) e células endoteliais.

As citocinas podem ser classificadas em diferentes tipos com base em suas funções biológicas, mas geralmente são divididas em duas categorias principais: aquelas que estimulam a resposta imune (citocinas pró-inflamatórias) e aquelas que a inibem ou a encerram (citocinas anti-inflamatórias).

As citocinas pró-inflamatórias desencadeiam uma resposta inflamatória aguda, atraindo células imunes adicionais para o local da infecção ou lesão e aumentando a produção de outras moléculas de sinalização. Exemplos de citocinas pró-inflamatórias incluem interleucina-1 (IL-1), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e interferon-gama (IFN-γ).

Por outro lado, as citocinas anti-inflamatórias desempenham um papel importante em regular a resposta imune e inflamatória, impedindo que ela se torne excessiva ou danosa. Elas também promovem a cicatrização e a reparação dos tecidos lesados. Exemplos de citocinas anti-inflamatórias incluem interleucina-4 (IL-4), interleucina-10 (IL-10) e transforming growth factor-beta (TGF-β).

Em resumo, as citocinas são moléculas importantes na regulação da resposta imune e inflamatória do corpo. Elas desempenham um papel crucial em coordenar a resposta do sistema imunológico à presença de patógenos ou lesões teciduais, bem como em regular a intensidade e a duração da resposta inflamatória.

Em medicina e biologia celular, o termo "microambiente celular" refere-se ao conjunto de fatores químicos, físicos e biológicos que circundam e influenciam o comportamento de uma célula específica. O microambiente celular inclui elementos como a matriz extracelular (composição e rigidez), fatores de crescimento, hormônios, oxigênio, pH, substâncias supradas ou secretadas por outras células vizinhas, além de sinais e respostas intercelulares. Esses fatores desempenham um papel crucial na regulação do crescimento, diferenciação, sobrevivência e morte celular, assim como no processo de doenças, como o câncer. A compreensão do microambiente celular é fundamental para entender a fisiologia e patofisiologia das células e tecidos.

CXCL12, também conhecido como SDF-1 (stromal cell-derived factor 1), é uma quimiocina, que é um tipo de molécula de sinalização envolvida em processos inflamatórios e imunológicos. CXCL12 é produzido por vários tipos de células, incluindo células endoteliais, fibroblastos e células ósseas.

A proteína CXCL12 se liga a dois receptores acoplados à proteínas G, CXCR4 e CXCR7, que estão presentes em vários tipos de células, incluindo leucócitos, células endoteliais e células tumorais. A ligação de CXCL12 a seus receptores desencadeia uma variedade de respostas celulares, como a quimiotaxia (movimento direcionado de células), proliferação celular e sobrevivência celular.

No sistema imunológico, CXCL12 é importante para o tráfego de leucócitos entre os tecidos e a medula óssea, onde atua como um potente atrativo para células progenitoras hematopoéticas. Além disso, CXCL12 desempenha um papel importante na angiogênese (formação de novos vasos sanguíneos) e no desenvolvimento de tumores, onde pode contribuir para a progressão do câncer e a metástase.

Em resumo, CXCL12 é uma quimiocina importante envolvida em vários processos biológicos, incluindo o tráfego de células, angiogênese e desenvolvimento de tumores.

Retroviridae é uma família de vírus que inclui vários agentes infecciosos importantes em humanos e animais, como o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), que causa a AIDS. Esses vírus possuem um genoma de RNA de fita simples e utilizam uma enzima chamada transcriptase reversa para transcrever seu RNA em DNA, o qual é então integrado ao genoma do hospedeiro. Isso os distingue dos outros vírus, que geralmente usam o DNA como material genético e não possuem a enzima transcriptase reversa.

Os retrovírus têm um ciclo de vida complexo, envolvendo a entrada no hospedeiro, a replicação do genoma, a síntese de proteínas estruturais e a montagem dos novos virions. Eles podem causar uma variedade de doenças, desde cânceres e doenças autoimunes até imunodeficiências graves, como a AIDS.

A família Retroviridae é dividida em dois subgrupos: Orthoretrovirinae e Spumaretrovirinae. O HIV pertence à subfamília Orthoretrovirinae, gênero Lentivirus. Os retrovírus são classificados com base em suas características genômicas, estruturais e biológicas.

Em medicina e biologia, "técnicas de cocultura" referem-se a métodos em que células ou microorganismos são cultivados juntos em um meio de cultura compartilhado. Isso permite a interação entre os organismos cultivados, muitas vezes para estudar a comunicação, simbiose, competição ou outros fenômenos biológicos que ocorrem quando esses organismos estão presentes uns junto aos outros. As técnicas de cocultura podem ser usadas em uma variedade de contextos, incluindo a pesquisa de microbiologia, imunologia, neurociência e farmacologia, entre outras.

Em alguns casos, as células ou microorganismos podem ser cultivados em diferentes compartimentos de um sistema de cocultura, como por exemplo, no caso de utilizar insertos ou inserções que separam diferentes tipos celulares em um único poço de placa de Petri. Isso permite a interação entre os organismos, mas mantém-os fisicamente separados, o que pode ser útil para estudar a influência mútua sobre a proliferação, sobrevivência ou diferenciação celular.

Em resumo, as técnicas de cocultura são importantes ferramentas de pesquisa que permitem o estudo das interações entre células e microorganismos em ambientes controlados e facilitam a compreensão dos processos biológicos que ocorrem nestas interações.

Animais geneticamente modificados (AGM) são organismos vivos cuja composição genética foi alterada por meios artificiais, geralmente utilizando técnicas de engenharia genética. Essas alterações visam introduzir novos genes ou modificar a expressão dos genes existentes nos animais, com o objetivo de conferir características desejadas ou propriedades especiais às espécies.

A engenharia genética em animais geralmente envolve:

1. Identificação e isolamento do gene de interesse;
2. Inserção do gene no genoma do animal alvo, frequentemente por meio de vetores como vírus ou plasmídeos;
3. Seleção e criação de linhagens de animais geneticamente modificados que exibam as características desejadas.

Existem vários motivos para a criação de AGMs, incluindo pesquisas básicas em biologia do desenvolvimento, modelagem de doenças humanas e estudos farmacológicos. Alguns exemplos de animais geneticamente modificados são ratos com genes relacionados ao câncer desativados ou sobreactivados, moscas-da-fruta com genes fluorescentes, e bois transgênicos que produzem leite com maior quantidade de proteínas específicas.

É importante ressaltar que a pesquisa e o uso de AGMs são objeto de debate ético e regulatório em diversos países, visto que podem gerar preocupações relacionadas ao bem-estar animal, à liberação acidental no ambiente e à possibilidade de impactos desconhecidos sobre os ecossistemas.

O Timo é uma glândula do sistema imunológico que se localiza na região anterior do mediastino, parte central do tórax. É parte integrante do sistema linfático e desempenha um papel importante no desenvolvimento e maturação dos linfócitos T, um tipo de glóbulos brancos que são essenciais para a resposta imune adaptativa do corpo.

Durante o desenvolvimento fetal, o timo é responsável pela produção de linfócitos T imaturos, que amadurecem e diferenciam em células com funções específicas no timo. Após a maturação, as células T migram para outras partes do corpo, onde desempenham um papel crucial na defesa contra infecções e neoplasias.

Embora o timo seja mais ativo durante a infância e adolescência, ele continua a funcionar em graus variados ao longo da vida adulta. Algumas doenças e condições podem afetar o tamanho e a função do timo, como a timosegrasteia (uma inflamação do timo) ou certos tipos de câncer, como o linfoma de Hodgkin. Além disso, algumas pessoas com doenças autoimunes, como a artrite reumatoide e o lúpus eritematoso sistêmico, podem apresentar um timo atrofiado ou reduzido em tamanho.

As células progenitoras linfóides são um tipo específico de células-tronco hematopoéticas encontradas no sistema imune dos vertebrados. Elas se originam a partir de células progenitoras comuns (CPC) na medula óssea e possuem o potencial de se diferenciar em linfócitos, que são um tipo importante de glóbulos brancos envolvidos no sistema imune adaptativo.

Existem dois principais tipos de linfócitos: linfócitos T e linfócitos B. As células progenitoras linfoides podem se diferenciar em ambos esses tipos de linfócitos, bem como em outras células especializadas do sistema imune, como as células NK (natural killer).

As células progenitoras linfoides são responsáveis pela produção de anticorpos e citocinas, que ajudam a combater infecções e doenças. Além disso, elas desempenham um papel importante na resposta imune adaptativa, que é a capacidade do sistema imune de se adaptar e se lembrar de patógenos específicos para fornecer uma resposta imune mais rápida e eficaz em infecções futuras.

Defeitos nas células progenitoras linfoides podem resultar em várias doenças, incluindo deficiências imunológicas primárias, leucemias e linfomas. Portanto, o estudo das células progenitoras linfoides é importante para a compreensão da patogênese dessas doenças e para o desenvolvimento de novas terapias imunológicas e oncológicas.

As "células-tronco multipotentes" são um tipo específico de células-tronco que têm a capacidade de se diferenciar em vários tipos de células especializadas, mas geralmente não incluem células de tecido derivadas do endoderma, como células do fígado ou do pâncreas. Essas células-tronco são encontradas em diversos tecidos e órgãos do corpo humano, como a medula óssea, o cordão umbilical, e o tecido adiposo. Elas desempenham um papel crucial no processo natural de regeneração e reparo dos tecidos, ao proliferarem e se diferenciar em células especializadas necessárias para substituir as células danificadas ou mortas.

As células-tronco multipotentes são particularmente interessantes no campo da medicina regenerativa, pois sua capacidade de se diferenciar em vários tipos celulares os torna promissoras para o tratamento de diversas doenças e lesões. No entanto, ainda há muitos desafios e questões éticas a serem abordados antes que esses tratamentos possam ser amplamente disponibilizados e considerados seguros e eficazes.

As células precursoras de linfócitos B, também conhecidas como células pro-B ou pré-B, são um tipo de célula presente no sistema imunológico dos vertebrados que é responsável pela produção e maturação dos linfócitos B. Essas células são originadas a partir de células-tronco hematopoéticas na medula óssea e passam por diversas etapas de diferenciação antes de se tornarem linfócitos B maduros capazes de produzir anticorpos.

Durante a diferenciação, as células precursoras de linfócitos B sofrem rearranjos genéticos complexos nos genes que codificam as regiões variáveis das imunoglobulinas (antígenos de superfície das células B), processo conhecido como recombinação V(D)J. Isso gera uma grande diversidade de anticorpos capazes de reconhecer e se ligar a uma ampla variedade de antígenos estrangeiros.

Após o rearranjo dos genes de imunoglobulinas, as células precursoras de linfócitos B expressam um receptor de superfície incompleto, chamado de receptor de pré-B (pre-BCR). Esse receptor é composto por uma cadeia leve e uma cadeia pesada de imunoglobulina associadas a proteínas de sinalização intracelular. A expressão do pre-BCR desencadeia um programa de proliferação celular e diferenciação que leva à formação de células imaturas de linfócitos B.

As células imaturas de linfócitos B migram então para o baço, onde continuam a madurar e se especializar em diferentes subconjuntos de linfócitos B, como as células B de memória e as plasmablastos, que produzem anticorpos específicos para proteger o organismo contra infecções.

Anemia é uma condição médica em que o número de glóbulos vermelhos ou a quantidade de hemoglobina neles é reduzido. Os glóbulos vermelhos são responsáveis por transportar oxigênio dos pulmões para as células do corpo, enquanto a hemoglobina é a proteína que permite que os glóbulos vermelhos realmente se ligem e transportem o oxigênio. Portanto, quando o número de glóbulos vermelhos ou a quantidade de hemoglobina está reduzido, as células do corpo recebem menos oxigênio do que precisam, o que pode causar sintomas como fadiga, falta de ar, batimentos cardíacos rápidos e irregulares, palidez e dificuldade de concentração.

Há muitas possíveis causas de anemia, incluindo deficiências nutricionais (como falta de ferro, vitamina B12 ou ácido fólico), doenças crônicas (como câncer, HIV/AIDS, doença renal em estágio terminal), hemorragias agudas ou crônicas, e transtornos da medula óssea que afetam a produção de glóbulos vermelhos. O tratamento para a anemia depende da causa subjacente, mas pode incluir suplementos nutricionais, medicamentos para estimular a produção de glóbulos vermelhos, transfusões de sangue ou tratamento da doença subjacente.

Apoptose é um processo controlado e ativamente mediado de morte celular programada, que ocorre normalmente durante o desenvolvimento e homeostase dos tecidos em organismos multicelulares. É um mecanismo importante para eliminar células danificadas ou anormais, ajudando a manter a integridade e função adequadas dos tecidos.

Durante o processo de apoptose, a célula sofre uma série de alterações morfológicas e bioquímicas distintas, incluindo condensação e fragmentação do núcleo, fragmentação da célula em vesículas membranadas (corpos apoptóticos), exposição de fosfatidilserina na superfície celular e ativação de enzimas proteolíticas conhecidas como caspases.

A apoptose pode ser desencadeada por diversos estímulos, tais como sinais enviados por outras células, falta de fatores de crescimento ou sinalização intracelular anormal. Existem dois principais caminhos que conduzem à apoptose: o caminho intrínseco (ou mitocondrial) e o caminho extrínseco (ou ligado a receptores de morte). O caminho intrínseco é ativado por estresses celulares, como danos ao DNA ou desregulação metabólica, enquanto o caminho extrínseco é ativado por ligação de ligandos às moléculas de superfície celular conhecidas como receptores de morte.

A apoptose desempenha um papel crucial em diversos processos fisiológicos, incluindo o desenvolvimento embrionário, a homeostase dos tecidos e a resposta imune. No entanto, a falha na regulação da apoptose também pode contribuir para doenças, como câncer, neurodegeneração e doenças autoimunes.

Os Camundongos Endogâmicos BALB/c, também conhecidos como ratos BALB/c, são uma linhagem genética inbred de camundongos de laboratório. A palavra "endogâmico" refere-se ao fato de que esses ratos são geneticamente uniformes porque foram gerados por reprodução entre parentes próximos durante gerações sucessivas, resultando em um pool genético homogêneo.

A linhagem BALB/c é uma das mais antigas e amplamente utilizadas no mundo da pesquisa biomédica. Eles são conhecidos por sua susceptibilidade a certos tipos de câncer e doenças autoimunes, o que os torna úteis em estudos sobre essas condições.

Além disso, os camundongos BALB/c têm um sistema imunológico bem caracterizado, o que os torna uma escolha popular para pesquisas relacionadas à imunologia e ao desenvolvimento de vacinas. Eles também são frequentemente usados em estudos de comportamento, farmacologia e toxicologia.

Em resumo, a definição médica de "Camundongos Endogâmicos BALB C" refere-se a uma linhagem genética inbred de camundongos de laboratório com um pool genético homogêneo, que são amplamente utilizados em pesquisas biomédicas devido à sua susceptibilidade a certas doenças e ao seu sistema imunológico bem caracterizado.

A perda do embrião, também conhecida como aborto espontâneo, é a interrupção natural da gravidez antes que o feto seja viable (geralmente antes das 20 semanas de gestação). A maioria dos abortos espontâneos ocorre durante as primeiras 12 semanas de gravidez. Muitas vezes, a causa exata da perda do embrião não pode ser determinada, mas os fatores de risco incluem idade materna avançada, anomalias cromossômicas no embrião, problemas hormonais, doenças infecciosas e problemas estruturais uterinos. Os sintomas podem incluir sangramento vaginal, dor abdominal e perda de sinais de gravidez, como a falta de movimentos fetais ou ausência de batimento cardíaco fetal. Em alguns casos, a perda do embrião pode levar a complicações, como hemorragia grave ou infecção, e requer tratamento médico imediato.

'Fatores de tempo', em medicina e nos cuidados de saúde, referem-se a variáveis ou condições que podem influenciar o curso natural de uma doença ou lesão, bem como a resposta do paciente ao tratamento. Esses fatores incluem:

1. Duração da doença ou lesão: O tempo desde o início da doença ou lesão pode afetar a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento. Em geral, um diagnóstico e tratamento precoces costumam resultar em melhores desfechos clínicos.

2. Idade do paciente: A idade de um paciente pode influenciar sua susceptibilidade a determinadas doenças e sua resposta ao tratamento. Por exemplo, crianças e idosos geralmente têm riscos mais elevados de complicações e podem precisar de abordagens terapêuticas adaptadas.

3. Comorbidade: A presença de outras condições médicas ou psicológicas concomitantes (chamadas comorbidades) pode afetar a progressão da doença e o prognóstico geral. Pacientes com várias condições médicas costumam ter piores desfechos clínicos e podem precisar de cuidados mais complexos e abrangentes.

4. Fatores socioeconômicos: As condições sociais e econômicas, como renda, educação, acesso a cuidados de saúde e estilo de vida, podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento e progressão de doenças. Por exemplo, indivíduos com baixa renda geralmente têm riscos mais elevados de doenças crônicas e podem experimentar desfechos clínicos piores em comparação a indivíduos de maior renda.

5. Fatores comportamentais: O tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a má nutrição e a falta de exercícios físicos regularmente podem contribuir para o desenvolvimento e progressão de doenças. Pacientes que adotam estilos de vida saudáveis geralmente têm melhores desfechos clínicos e uma qualidade de vida superior em comparação a pacientes com comportamentos de risco.

6. Fatores genéticos: A predisposição genética pode influenciar o desenvolvimento, progressão e resposta ao tratamento de doenças. Pacientes com uma história familiar de determinadas condições médicas podem ter um risco aumentado de desenvolver essas condições e podem precisar de monitoramento mais apertado e intervenções preventivas mais agressivas.

7. Fatores ambientais: A exposição a poluentes do ar, água e solo, agentes infecciosos e outros fatores ambientais pode contribuir para o desenvolvimento e progressão de doenças. Pacientes que vivem em áreas com altos níveis de poluição ou exposição a outros fatores ambientais de risco podem precisar de monitoramento mais apertado e intervenções preventivas mais agressivas.

8. Fatores sociais: A pobreza, o isolamento social, a violência doméstica e outros fatores sociais podem afetar o acesso aos cuidados de saúde, a adesão ao tratamento e os desfechos clínicos. Pacientes que experimentam esses fatores de estresse podem precisar de suporte adicional e intervenções voltadas para o contexto social para otimizar seus resultados de saúde.

9. Fatores sistêmicos: As disparidades raciais, étnicas e de gênero no acesso aos cuidados de saúde, na qualidade dos cuidados e nos desfechos clínicos podem afetar os resultados de saúde dos pacientes. Pacientes que pertencem a grupos minoritários ou marginalizados podem precisar de intervenções específicas para abordar essas disparidades e promover a equidade em saúde.

10. Fatores individuais: As características do paciente, como idade, sexo, genética, história clínica e comportamentos relacionados à saúde, podem afetar o risco de doenças e os desfechos clínicos. Pacientes com fatores de risco individuais mais altos podem precisar de intervenções preventivas personalizadas para reduzir seu risco de doenças e melhorar seus resultados de saúde.

Em resumo, os determinantes sociais da saúde são múltiplos e interconectados, abrangendo fatores individuais, sociais, sistêmicos e ambientais que afetam o risco de doenças e os desfechos clínicos. A compreensão dos determinantes sociais da saúde é fundamental para promover a equidade em saúde e abordar as disparidades em saúde entre diferentes grupos populacionais. As intervenções que abordam esses determinantes podem ter um impacto positivo na saúde pública e melhorar os resultados de saúde dos indivíduos e das populações.

Gônadas referem-se aos órgãos reprodutivos sexuais primários que produzem gametas, ou seja, os óvulos nas fêmeas e os espermatozoides nos machos. As gônadas humanas são os ovários nas mulheres e os testículos (também chamados de testículos) nos homens. Além disso, as gônadas também produzem hormônios sexuais importantes que desempenham um papel fundamental no desenvolvimento sexual, crescimento e manutenção das características sexuais secundárias. Em fetos em desenvolvimento, as gônadas começam como tecido indiferenciado e, dependendo do cromossomo sexual, elas se diferenciam para se tornarem ovários ou testículos.

Desenvolvimento embrionário é um termo usado em medicina e biologia para se referir ao processo de crescimento e desenvolvimento de um embrião a partir da fertilização até o início do período fetal, geralmente durante as primeiras oito semanas de gravidez em humanos. Durante este período, o zigoto (óvulo fertilizado) sofre uma série de divisões celulares e forma um disco embrionário, que se diferencia em três camadas germinativas: ectoderme, mesoderme e endoderme. Estas camadas dão origem a todos os tecidos e órgãos do corpo humano, incluindo o sistema nervoso, muscular, esquelético, circulatório e outros. O desenvolvimento embrionário é um processo complexo e bem regulado, controlado por genes específicos e por interações entre as células e os tecidos em crescimento. Qualquer interrupção ou falha neste processo pode levar a anomalias congênitas ou outras condições de saúde.

Em linguística, os transitive verbs são aqueles que requerem um objeto direto em sua sentença para completar o seu significado. Isso significa que a ação descrita pelo verbo é dirigida a alguma coisa ou alguém. Em inglês, por exemplo, verbs como "comer", "beijar", e "ver" são transitive porque podem ser usados em sentenças como "Eu como uma maça", "Ela beija o noivo", and "Eles vêem um filme". Nesses exemplos, "maça", "noivo", and "filme" são os objetos diretos do verbo.

Em contraste, intransitive verbs não requerem um objeto direto em sua sentença. A ação descrita pelo verbo não é dirigida a algo ou alguém específico. Em inglês, por exemplo, verbs como "correr", "dormir", e "chorar" são intransitive porque podem ser usados em sentenças como "Eu corro todos os dias", "Ela dorme muito", and "Eles choram com frequência". Nesses exemplos, não há um objeto direto do verbo.

Alguns verbs podem ser tanto transitive quanto intransitive, dependendo do contexto em que são usados. Por exemplo, o verbo "abrir" pode ser usado tanto de forma transitive (com um objeto direto) como intransitive (sem um objeto direto). Em "Eu abro a porta", "porta" é o objeto direto do verbo "abrir". Mas em "A porta abre com facilidade", não há um objeto direto do verbo.

Em resumo, transitive verbs são aqueles que requerem um objeto direto em sua sentença para completar o seu significado, enquanto intransitive verbs não requerem um objeto direto. Alguns verbs podem ser tanto transitive quanto intransitive, dependendo do contexto em que são usados.

A perfilagem da expressão gênica é um método de avaliação das expressões gênicas em diferentes tecidos, células ou indivíduos. Ele utiliza técnicas moleculares avançadas, como microarranjos de DNA e sequenciamento de RNA de alta-travessia (RNA-seq), para medir a atividade de um grande número de genes simultaneamente. Isso permite aos cientistas identificar padrões e diferenças na expressão gênica entre diferentes amostras, o que pode fornecer informações valiosas sobre os mecanismos biológicos subjacentes a várias doenças e condições de saúde.

A perfilagem da expressão gênica é amplamente utilizada em pesquisas biomédicas para identificar genes que estão ativos ou desativados em diferentes situações, como durante o desenvolvimento embrionário, em resposta a estímulos ambientais ou em doenças específicas. Ela também pode ser usada para ajudar a diagnosticar e classificar doenças, bem como para avaliar a eficácia de terapias e tratamentos.

Além disso, a perfilagem da expressão gênica pode ser útil na descoberta de novos alvos terapêuticos e no desenvolvimento de medicina personalizada, uma abordagem que leva em consideração as diferenças individuais na genética, expressão gênica e ambiente para fornecer tratamentos mais precisos e eficazes.

Notch1 é um tipo de receptor de sinalização localizado na membrana celular que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e diferenciação das células. A via de sinalização Notch é uma via de comunicação intercelular conservada evolutivamente, que controla diversos processos biológicos, como proliferação, apoptose (morte celular programada), diferenciação e manutenção da homeostase tecidual.

O receptor Notch1 consiste em um domínio extracelular, transmembrana e intracelular. O domínio extracelular é responsável pela ligação a suas respectivas moléculas ligantes (Delta-like e Jagged), presentes na membrana de células vizinhas. Após a ligação, uma cascata de eventos ocorre levando à clivagem do receptor Notch1 e liberação de seu fragmento intracelular (ICN1). O ICN1 transloca-se para o núcleo celular, onde atua como um fator de transcrição, regulando a expressão gênica de genes alvo específicos.

A disfunção ou mutação no receptor Notch1 tem sido associada a diversas doenças humanas, incluindo câncer e desordens cardiovasculares. Por exemplo, mutações gain-of-function (ganho de função) no gene NOTCH1 têm sido identificadas em vários tipos de câncer, como carcinomas de células escamosas e leucemias. Além disso, deficiências no receptor Notch1 podem contribuir para a patogênese da doença arteriosclerótica.

Em resumo, o receptor Notch1 é um componente crucial na via de sinalização Notch, que desempenha papéis importantes no desenvolvimento e manutenção dos tecidos, com disfunções associadas a diversas doenças humanas.

As células K562 são uma linhagem de células leucêmicas mieloides crônicas (CML) originárias de um paciente com leucemia mieloide aguda (LMA). Elas são frequentemente utilizadas em pesquisas laboratoriais como modelo de estudo para a leucemia e outros cânceres hematológicos. As células K562 possuem características imaturas de células stem de mielóides e expressam marcadores de diferenciação both de mielóides e eritroide. Além disso, elas são facilmente cultivadas em laboratório e podem ser manipuladas geneticamente, o que as torna úteis para uma variedade de estudos, incluindo a investigação de mecanismos de doença, testes de drogas e terapias experimentais.

Os linfócitos T são um tipo específico de glóbulos brancos, também conhecidos como leucócitos, que desempenham um papel crucial no sistema imunológico adaptativo dos mamíferos. Eles são produzidos e maduram no tecido linfoide associado ao intestino (TALI) e na medula óssea antes de se moverem para o timo, onde completam a maturação e se diferenciam em diferentes subconjuntos de linfócitos T, como os linfócitos T CD4+ (auxiliares) e os linfócitos T CD8+ (citotóxicos).

Os linfócitos T auxiliares desempenham um papel importante na ativação de outras células do sistema imunológico, como macrófagos e linfócitos B, enquanto os linfócitos T citotóxicos são responsáveis por destruir diretamente as células infectadas ou tumorais.

As membranas dos linfócitos T possuem receptores de superfície específicos, chamados receptores de linfócitos T (TCR), que reconhecem antígenos apresentados em moléculas do complexo principal de histocompatibilidade (MHC) nas células do corpo. Isso permite que os linfócitos T detectem e respondam a células infectadas por vírus, bactérias intracelulares ou outros patógenos.

Além disso, os linfócitos T também possuem moléculas de superfície adicionais, como a CD3, que transmitem sinais intracelulares após o reconhecimento do antígeno e desencadeiam respostas imunes específicas.

Em resumo, os linfócitos T são células importantes do sistema imunológico adaptativo que auxiliam no reconhecimento e destruição de células infectadas ou tumorais, contribuindo assim para a proteção do organismo contra infecções e doenças.

A Leucemia Mielogênica Crônica BCR-ABL Positiva, também conhecida como Leucemia Mielóide Crônica (LMC) com translocação Philadelphia positiva, é um tipo específico de leucemia crónica de células brancas que afeta principalmente os glóbulos brancos chamados granulócitos. Nesta doença, uma mutação genética anormal ocorre na forma como as células brancas se desenvolvem e se dividem, levando ao crescimento excessivo e acumulação de células imaturas e anormais nos tecidos do corpo.

O termo "BCR-ABL positiva" refere-se à presença de um cromossomo anormal chamado Philadelphia, que ocorre devido a uma translocação recíproca entre os cromossomos 9 e 22 (t(9;22)(q34;q11.2)). Essa translocação resulta na formação de um gene híbrido BCR-ABL, que codifica uma proteína anormal com atividade tirosina quinase aumentada, o que leva ao desenvolvimento da doença.

A Leucemia Mielogênica Crônica BCR-ABL Positiva geralmente evolui lentamente e pode permanecer assintomática por um longo período de tempo. No entanto, à medida que a doença progride, os sintomas podem incluir fadiga, suores noturnos, perda de peso involuntária, aumento da susceptibilidade a infecções, facilmente desenvolvimento de hematomas e sangramentos, e outros sinais relacionados à disfunção dos órgãos.

O diagnóstico geralmente é confirmado por meio de exames laboratoriais, como hemograma completo, biópsia da medula óssea e testes moleculares para detectar a presença do gene BCR-ABL. O tratamento geralmente inclui terapias dirigidas, como inibidores de tirosina quinase (como imatinibe, dasatinibe e nilotinibe), que podem ser eficazes em controlar a progressão da doença e melhorar a sobrevida dos pacientes.

La marcação de genes, ou genoma anotação funcional, refere-se ao processo de identificação e descrição das características dos genes em um genoma. Isto inclui a localização dos genes no cromossomo, a sequência do DNA que constitui o gene, a estrutura do gene (por exemplo, intrões e exões), e a função biológica do produto do gene (por exemplo, proteína ou RNA). A marcação de genes é um passo crucial na análise do genoma, pois permite aos cientistas compreender como as sequências de DNA contribuem para a estrutura e função dos organismos. Existem diferentes métodos para marcar genes, incluindo a predição computacional e a verificação experimental, tais como a análise de expressão gênica e a mutação dirigida a genes específicos.

As "Técnicas de Introdução de Genes" referem-se a um conjunto diversificado de métodos utilizados em biologia molecular e genética para inserir deliberadamente sequências de DNA (genes) em organismos alvo, com o objetivo de expressar geneticamente uma proteína ou função desejada. Essas técnicas são fundamentais na pesquisa e desenvolvimento biomédicos, bem como no avanço da engenharia genética e biotecnologia. Algumas das técnicas de introdução de genes mais comuns incluem:

1. Transfecção: processo em que o DNA é transferido para células utilizando métodos químicos, elétricos ou virais. A transfecção pode ser temporária ou estável, dependendo do objetivo da experimentação.

2. Transdução: um tipo de transfeção em que o DNA é transferido entre células por meio de vírus geneticamente modificados, geralmente bacteriófagos ou retrovírus. A transdução pode resultar em uma integração estável do gene alvo no genoma da célula hospedeira.

3. Transgenia: a criação de organismos com um genoma alterado por meio da inserção de genes exógenos. Geralmente, esses genes são incorporados em zigotos ou embriões precoces, resultando em animais transgênicos que expressam o gene alvo em todas as células do corpo.

4. Injeção direta: introdução de DNA no núcleo de uma célula por meio de microinjecção. Essa técnica é frequentemente usada na produção de animais transgênicos, como ratos e camundongos.

5. Eletrroporação: método em que a célula é exposta a um campo elétrico para criar poros temporários na membrana celular, permitindo a entrada de DNA exógeno no citoplasma ou no núcleo.

6. Biobalística: técnica que utiliza partículas biológicas carregadas com DNA para disparar genes alvo em células hospedeiras. Essa abordagem é frequentemente usada na transformação de plantas.

7. CRISPR/Cas9: sistema de edição genética que permite a inserção, exclusão ou alteração precisa de sequências específicas de DNA em organismos vivos. Essa tecnologia revolucionária tem várias aplicações em pesquisa e terapia genética.

Os Receptores de Fator Estimulador de Colônias (CSF, do inglês Colony-Stimulating Factors) são um tipo de fator de crescimento que estimula a produção e diferenciação de células sanguíneas. Eles se ligam a receptores específicos nas membranas de células progenitoras hematopoéticas, que são células capazes de se diferenciar em diferentes tipos de células sanguíneas, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

Existem três principais tipos de fatores estimuladores de colônias: G-CSF (Fator Estimulador de Colônias de Granulócitos), GM-CSF (Fator Estimulador de Colônias de Granulócitos e Macrófagos) e M-CSF (Fator Estimulador de Colônias de Macrófagos). Cada um desses fatores estimula a produção e diferenciação de diferentes tipos de células sanguíneas.

Os CSFs desempenham um papel importante na resposta do sistema imunológico a infecções e outras condições médicas. Eles também são usados clinicamente como medicamentos para estimular a produção de glóbulos brancos em pacientes com neutropenia, uma condição em que o número de glóbulos brancos está reduzido, o que aumenta o risco de infecções. Além disso, os CSFs são usados no tratamento de certos tipos de câncer, como leucemia, para estimular a produção de células sanguíneas saudáveis durante a quimioterapia.

Tyrosine Kinase 3 (FTK3) similar to FMS, também conhecida como FLT3 ou CD135, é um tipo de receptor tirosina quinase que se expressa predominantemente em células hematopoéticas progenitoras. A proteína FTK3 é codificada pelo gene FLT3 humano e está envolvida na sinalização celular que regula a proliferação, diferenciação e sobrevivência das células hematopoéticas.

A FTK3 é um receptor transmembranar com uma região extracelular que liga seu ligante específico, o fator de crescimento FLT3 (FL), e duas regiões intracelulares envolvidas na ativação da quinase. A ligação do ligante FL induz a dimerização do receptor FTK3, o que leva à autofosforilação das tirosinas nas regiões intracelulares e à ativação da cascata de sinalização.

As mutações no gene FLT3 são frequentemente encontradas em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA) e leucemia linfoblástica aguda (LLA), o que resulta em uma ativação constitutiva da quinase e um crescimento celular desregulado. Essas mutações podem ser classificadas como pontuais, inserções/deleções em frame ou fusões de genes, sendo as duas últimas as mais comuns. As mutações mais frequentes ocorrem nos domínios tirosina quinase (TKD) e juxtamembrana (JMD).

O tratamento direcionado à FTK3 tem sido objeto de pesquisas recentes, com a aprovação da midostaurina como o primeiro inibidor de tirosina quinase para o tratamento de pacientes com LMA com mutações no gene FLT3. Outros inibidores de tirosina quinase estão em estudos clínicos e podem ser promissores no tratamento da leucemia associada a FLT3.

A mobilização de células-tronco hematopoéticas (MCTC) é um processo em medicina que envolve a estimulação e liberação controlada de células-tronco hematopoéticas (CTH) e outras células progenitoras do midollo ósseo para o sangue periférico. Essas células são responsáveis pela produção de todos os tipos de células sanguíneas, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

O processo de mobilização é geralmente realizado por meio da administração de fatores de crescimento, como G-CSF (fator estimulante de colonias de granulócitos) ou GM-CSF (fator estimulante de colonias de granulócitos e macrófagos), que desencadeiam a liberação das células-tronco hematopoéticas do midollo ósseo para o sangue periférico. Em seguida, essas células podem ser coletadas por aférese, um procedimento em que o sangue é retirado, passa por uma máquina que separa as células desejadas e, em seguida, o sangue restante é devolvido ao paciente.

A mobilização de células-tronco hematopoéticas é frequentemente usada no contexto da terapia de transplante de células-tronco, onde as células coletadas são infundidas em um receptor para repor as células hemáticas destruídas por doenças como leucemia ou tratamentos agressivos, como quimioterapia e radioterapia. Além disso, a mobilização de CTH também pode ser usada em pesquisas clínicas e estudos pré-clínicos para investigar novas abordagens terapêuticas para doenças hematológicas e outras condições.

Reação em Cadeia da Polimerase (PCR, do inglês Polymerase Chain Reaction) é um método de laboratório utilizado para amplificar rapidamente milhões a bilhões de cópias de um determinado trecho de DNA. A técnica consiste em repetidas rodadas de síntese de DNA usando uma enzima polimerase, que permite copiar o DNA. Isso é realizado através de ciclos controlados de aquecimento e resfriamento, onde os ingredientes necessários para a reação são misturados em um tubo de reação contendo uma amostra de DNA.

A definição médica da PCR seria: "Um método molecular que amplifica especificamente e exponencialmente trechos de DNA pré-determinados, utilizando ciclos repetidos de aquecimento e resfriamento para permitir a síntese enzimática de milhões a bilhões de cópias do fragmento desejado. A técnica é amplamente empregada em diagnóstico laboratorial, pesquisa genética e biomédica."

Em termos médicos, vasos sanguíneos referem-se a estruturas anatômicas especializadas no transporte de sangue pelo corpo humano. Existem três tipos principais de vasos sanguíneos: artérias, veias e capilares.

1. Artérias: São responsáveis por conduzir o sangue rico em oxigênio e nutrientes, proveniente do coração, para todos os tecidos e órgãos do corpo. Elas possuem paredes musculares espessas e resistentes, capazes de se contraírem e relaxar, impulsionando o sangue através do sistema circulatório.

2. Veias: Após a troca gasosa e nutricional nos tecidos periféricos, o sangue desoxigenado e rico em metóliros é coletado por capilares e direcionado para as veias. Ao contrário das artérias, as veias possuem paredes mais finas e contam com válvulas unidirecionais que impedem o refluxo sanguíneo. O retorno do sangue para o coração é facilitado principalmente pela ação da musculatura esquelética, durante a atividade física.

3. Capilares: São os vasos sanguíneos mais finos e extensos do organismo, responsáveis por permitir a troca de gases (oxigênio e dióxido de carbono), nutrientes e metóliros entre o sangue e as células dos tecidos. Suas paredes são formadas por uma única camada de células endoteliais, proporcionando um contato direto com o ambiente intersticial.

Em resumo, vasos sanguíneos desempenham um papel fundamental no transporte de gases, nutrientes e metóliros entre o coração, os pulmões e todos os tecidos do corpo humano, garantindo assim a homeostase e o bom funcionamento dos sistemas orgânicos.

Trombocitose é um termo usado na medicina para descrever uma contagem elevada de plaquetas (também conhecidas como trombócitos) no sangue. As plaquetas são células sanguíneas importantes que ajudam em processos de coagulação sanguínea, parando o sangue de fluir excessivamente quando há uma lesão nos vasos sanguíneos.

Embora existam diferentes critérios para definir trombocitose, geralmente é considerada presente quando a contagem de plaquetas no sangue está acima de 450.000 por microlitro (µL) em adultos. Em alguns casos, uma contagem de plaquetas entre 350.000 e 450.000 por µL também pode ser considerada trombocitose leve.

Trombocitose geralmente é causada por doenças ou condições subjacentes, como:

* Resposta inflamatória aguda (por exemplo, infecção grave)
* Doença mieloproliferativa (por exemplo, policitemia vera)
* Deficiência de ferro
* Hematomas ou lesões graves
* Transtornos autoimunes (por exemplo, artrite reumatoide)
* Malignidades (por exemplo, câncer)
* Uso de certos medicamentos (por exemplo, esteroides)

Em alguns casos, trombocitose pode não causar sintomas e ser descoberta durante exames de rotina. No entanto, em outros casos, trombocitose pode aumentar o risco de coágulos sanguíneos, que podem levar a complicações graves, como derrame cerebral ou ataque cardíaco. O tratamento para trombocitose geralmente se concentra em tratar a causa subjacente da doença.

Os receptores Notch são proteínas transmembranares que desempenham um papel fundamental na comunicação celular durante o desenvolvimento e manutenção dos tecidos em mamíferos. Eles estão envolvidos em diversos processos biológicos, como a proliferação, diferenciação e apoptose celular.

A via de sinalização Notch é uma forma de comunicação célula-a-célula conhecida como "contato direto", na qual as células interagem fisicamente através da membrana plasmática. A activação dos receptores Notcha ocorre quando eles se ligam a suas respectivas ligantes (Delta, Serrada ou Lag2), que estão localizadas na membrana de outras células vizinhas.

Após a ligação do ligante ao receptor Notch, uma cascata de eventos intracelulares é desencadeada, levando à clivagem e libertação da porção intracelular do receptor (ICN). A ICN transloca-se para o núcleo celular, onde se liga a factores de transcrição e moduladores epigenéticos, regulando assim a expressão gênica de genes alvo específicos.

A via Notch está envolvida em diversas doenças humanas, incluindo cânceres e desordens cardiovasculares, e tem sido alvo de investigação como possível diana terapêutica para o tratamento dessas condições.

As doenças da medula óssea referem-se a um grupo diversificado de condições que afetam a medula óssea, a tecido mole e macio dentro dos ossos responsáveis pela produção de células sanguíneas. Essas doenças podem causar uma variedade de sintomas, dependendo da causa subjacente e do tipo de células sanguíneas afetadas.

Algumas das doenças mais comuns da medula óssea incluem:

1. Anemia: É uma condição em que o número de glóbulos vermelhos na medula óssea é insuficiente, resultando em níveis baixos de hemoglobina no sangue. Isso pode causar fadiga, falta de ar e coração acelerado.
2. Leucemia: É um tipo de câncer que afeta as células brancas do sangue. A medula óssea produz células brancas anormais que se multiplicam rapidamente e interrompem a produção normal de células sanguíneas saudáveis.
3. Mieloma múltiplo: É um câncer das plasmócitos, um tipo de glóbulo branco que produz anticorpos para combater infecções. O mieloma múltiplo causa a produção excessiva de células plasmáticas anormais, o que pode levar a danos ósseos, infeções e anemia.
4. Doença de Hodgkin: É um tipo de câncer do sistema imunológico que afeta os linfócitos, um tipo de glóbulo branco que ajuda a combater infecções. A doença de Hodgkin causa a produção de células anormais chamadas células de Reed-Sternberg, que se multiplicam rapidamente e interrompem a função normal do sistema imunológico.
5. Linfoma não Hodgkin: É um tipo de câncer que afeta os linfócitos. O linfoma não Hodgkin causa a produção de células brancas anormais que se multiplicam rapidamente e interrompem a função normal do sistema imunológico.
6. Anemia aplástica: É uma condição em que a medula óssea é incapaz de produzir células sanguíneas suficientes. A anemia aplástica pode ser causada por doenças autoimunes, exposição a radiação ou quimioterapia, ou outras condições médicas.
7. Trombocitopenia: É uma condição em que a medula óssea é incapaz de produzir células sanguíneas suficientes, especialmente plaquetas. A trombocitopenia pode ser causada por doenças autoimunes, exposição a radiação ou quimioterapia, ou outras condições médicas.
8. Leucemia: É um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas. A leucemia pode ser aguda ou crônica e pode afetar diferentes tipos de células sanguíneas.
9. Mieloma múltiplo: É um tipo de câncer que afeta as células plasmáticas, que são responsáveis pela produção de anticorpos. O mieloma múltiplo pode causar anemia, infeções recorrentes e danos aos óssos.
10. Doença de Hodgkin: É um tipo de câncer que afeta o sistema linfático. A doença de Hodgkin causa a formação de células anormais chamadas células de Reed-Sternberg, que podem ser detectadas em amostras de tecido.
11. Doença de Castleman: É uma condição rara que afeta o sistema imunológico. A doença de Castleman pode causar inflamação dos gânglios linfáticos e outros sintomas, como febre, suor noturno e perda de peso.
12. Linfoma não Hodgkin: É um tipo de câncer que afeta as células do sistema imunológico. O linfoma não Hodgkin pode ser classificado em diferentes tipos, dependendo da aparência das células cancerosas e do local onde elas se originam.
13. Histiocitose de células de Langerhans: É uma condição rara que afeta as células imunológicas chamadas histiócitos de células de Langerhans. A histiocitose de células de Langerhans pode causar inflamação e danos aos órgãos, como os pulmões, o fígado e a pele.
14. Sarcoidose: É uma condição rara que afeta o sistema imunológico. A sarcoidose causa a formação de granulomas, que são aglomerados de células inflamatórias, em diferentes órgãos do corpo, como os pulmões e a pele.
15. Amiloidose: É uma condição rara em que as proteínas se acumulam no corpo, formando depósitos anormais chamados amilóides. A amiloidose pode afetar diferentes órgãos do corpo, como o coração, os rins e o fígado, causando sintomas variados, dependendo da localização dos depósitos.
16. Doença de Castleman: É uma condição rara que afeta os gânglios linfáticos e outros órgãos do sistema imunológico. A doença de Castleman pode causar inflamação e hipertrofia dos gânglios linfáticos, além de sintomas como febre, suor noturno e perda de peso.
17. Doença de Kawasaki: É uma condição rara que afeta o sistema circulatório, especialmente as artérias coronárias. A doença de Kawasaki pode causar inflamação das artérias, além de sintomas como febre alta, erupções cutâneas e conjuntivite.
18. Doença de Behçet: É uma condição rara que afeta diferentes órgãos do corpo, como a pele, as mucosas, os olhos e o sistema circulatório. A doença de Behçet pode causar úlceras na boca e no intestino, inflamação dos olhos e artérias, além de sintomas neurológicos.
19. Doença de Takayasu: É uma condição rara que afeta as artérias grandes do corpo, especialmente as artérias aorta e subclávia. A doença de Takayasu pode causar inflamação e estenose das artérias, além de sintomas como dor no peito, falta de ar e fadiga.
20. Doença de Wegener: É uma condição rara que afeta o sistema respiratório e renal. A doença de Wegener pode causar inflamação dos vasos sanguíneos, além de sintomas como tosse seca, sangramento nasal e dor abdominal.
21. Doença de Kawasaki: É uma condição rara que afeta crianças menores de 5 anos. A doença de Kawasaki pode causar inflamação das artérias coronárias, além de sintomas como febre alta, erupções cutâneas e conjunctivite.
22. Doença de Henoch-Schönlein: É uma condição rara que afeta crianças menores de 10 anos. A doença de Henoch-Schönlein pode causar inflamação dos vasos sanguíneos, além de sintomas como erupções cutâneas, artralgia e hematúria.
23. Doença de Goodpasture: É uma condição rara que afeta o sistema respiratório e renal. A doença de Goodpasture pode causar inflamação dos vasos sanguíneos, além de sintomas como tosse seca, sangramento

O ciclo celular é o processo ordenado e controlado de crescimento, replicação do DNA e divisão celular que ocorre nas células eucarióticas. Ele pode ser dividido em quatro fases distintas:

1. Fase G1: Nesta fase, a célula cresce em tamanho, sintetiza proteínas e outros macromoléculas, e se prepara para a replicação do DNA.
2. Fase S: Durante a fase S, ocorre a replicação do DNA, ou seja, as duas cópias do genoma da célula são syntetizadas.
3. Fase G2: Após a replicação do DNA, a célula entra na fase G2, onde continua a crescer em tamanho e se prepara para a divisão celular. Nesta fase, as estruturas que irão permitir a divisão celular, como o fuso mitótico, são sintetizadas.
4. Fase M: A fase M é a dividida em duas subfases, a profase e a citocinese. Na profase, o núcleo se desorganiza e as cromatides irmãs (as duas cópias do DNA replicado) se condensam e alinham no centro da célula. Em seguida, o fuso mitótico é formado e as cromatides irmãs são separadas e distribuídas igualmente entre as duas células filhas durante a citocinese.

O ciclo celular é controlado por uma complexa rede de sinais e mecanismos regulatórios que garantem que as células se dividam apenas quando estiverem prontas e em condições adequadas. Esses mecanismos de controle são essenciais para a manutenção da integridade do genoma e para o crescimento e desenvolvimento normal dos organismos.

Proteínas de fusão oncogénicas resultam da fusão anormal de dois ou mais genes, geralmente ocorrendo entre um gene normal e um gene oncogene. Essa fusão gera uma proteína híbrida com funções alteradas, que desregulam processos celulares normais e contribuem para a transformação maligna das células, levando ao desenvolvimento de câncer. A formação dessas proteínas de fusão pode ser resultado de translocações cromossômicas recíprocas, inversões, deleções ou outros eventos genéticos anormais. Um exemplo clássico é a proteína de fusão BCR-ABL, encontrada em leucemias mieloides crônicas.

A interleucina-6 (IL-6) é uma citocina pro-inflamatória produzida por vários tipos de células, incluindo macrófagos, monócitos e células endoteliais. Ela desempenha um papel importante na resposta imune e inflamação aguda, sendo responsável por estimular a diferenciação e proliferação de linfócitos B e T, além de atuar como um mediador da febre. No entanto, níveis elevados e persistentes de IL-6 estão associados a diversas doenças inflamatórias crônicas, como artrite reumatoide, esclerose múltipla e alguns tipos de câncer.

Mesoderma é um termo embrionário que se refere à uma das três camadas germinativas primárias na gastrulação dos animais triploblásticos. A mesoderma dá origem a vários tecidos e órgãos do corpo, incluindo o esqueleto axial (coluna vertebral e crânio), músculos, sistema circulatório (coração, vasos sanguíneos e sangue), sistema urinário (rinfrão, ureteres, bexiga e rins), sistema reprodutivo (ovários e testículos) e tecido conjuntivo. Além disso, a mesoderma também forma partes do sistema respiratório e gastrointestinal. Em resumo, a mesoderma é uma camada embrionária crucial no desenvolvimento de vários sistemas e estruturas corporais importantes em animais triploblásticos.

MYB (também conhecido como c-Myb) é um gene que codifica a proteína transcripcional Myb, que pertence à família de fatores de transcrição MYB. A proteína Myb regula a expressão gênica em células hematopoéticas e também desempenha um papel importante no desenvolvimento e diferenciação dos tecidos.

A proteína Myb é composta por uma região de ligação ao DNA altamente conservada, chamada domínio MYB, que se liga a sequências específicas de DNA em promotores de genes alvo e controla sua expressão. A proteína Myb também interage com outras proteínas reguladoras da transcrição para modular a atividade gênica.

Mutações no gene MYB estão associadas a vários tipos de câncer, incluindo leucemia mielóide aguda e linfoma de Hodgkin. Além disso, o gene MYB também desempenha um papel na regulação da resposta imune e pode estar envolvido no desenvolvimento de doenças autoimunes.

Em resumo, o gene MYB é importante para a regulação da expressão gênica em células hematopoéticas e desempenha um papel na diferenciação dos tecidos, mas mutações neste gene podem estar associadas ao desenvolvimento de vários tipos de câncer e doenças autoimunes.

A sobrevivência do enxerto, em termos médicos, refere-se à capacidade de um tecido ou órgão transplantado (enxerto) permanecer e funcionar corretamente no receptor após a cirurgia de transplante. A sobrevivência do enxerto é frequentemente medida como uma taxa, com diferentes especialidades médicas tendo diferentes critérios para definir o que constitui "sobrevivência".

No contexto de um transplante de órgão sólido, a sobrevivência do enxerto geralmente se refere ao período de tempo durante o qual o órgão continua a funcionar adequadamente e fornecer benefícios clínicos significativos ao receptor. Por exemplo, no caso de um transplante de rim, a sobrevivência do enxerto pode ser definida como a função contínua do rim transplantado para produzir urina e manter os níveis normais de creatinina sérica (um indicador da função renal) no sangue.

No entanto, é importante notar que a sobrevivência do enxerto não é sinônimo de sucesso clínico geral do transplante. Outros fatores, como a saúde geral do receptor, complicações pós-operatórias e a disponibilidade de imunossupressão adequada, também desempenham um papel crucial no resultado final do transplante. Além disso, a sobrevivência do enxerto pode ser afetada por diversos fatores, incluindo o tipo de tecido ou órgão transplantado, a compatibilidade dos tecidos entre o doador e o receptor, a idade do doador e do receptor, e a presença de doenças subjacentes no receptor.

Os Camundongos Endogâmicos NOD (NOD Mouse) são uma linhagem intra-egressiva de camundongos que foi desenvolvida para estudos de doenças autoimunes e transplante. A característica mais distintiva dos camundongos NOD é sua susceptibilidade genética a doenças como diabetes tipo 1, artrite reumatoide e esclerose múltipla.

A endogamia refere-se ao processo de cruzamento entre indivíduos da mesma linhagem geneticamente próximos, o que resulta em uma população com um conjunto fixo de genes e alelos. Isso é útil para a pesquisa porque permite a reprodução consistente de fenótipos específicos e a eliminação de variabilidade genética entre indivíduos da mesma linhagem.

Os camundongos NOD são particularmente propensos ao desenvolvimento de diabetes tipo 1, uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca e destrói as células beta dos ilhéus pancreáticos, resultando em níveis elevados de glicose no sangue. A susceptibilidade genética a essa doença é herdada e está associada a vários genes, incluindo o gene Idd5.

Além disso, os camundongos NOD também são propensos a outras doenças autoimunes, como artrite reumatoide e esclerose múltipla. Essas características tornam os camundongos NOD uma ferramenta preciosa para estudar as causas subjacentes das doenças autoimunes e testar novas terapias e tratamentos.

As células-tronco fetais (CTF) são um tipo específico de células-tronco que podem ser encontradas no tecido do feto em desenvolvimento. Elas possuem a capacidade de se diferenciar em vários tipos celulares, como neurônios, músculo cardíaco, e células do fígado, entre outros.

CTF são pluripotentes, o que significa que elas podem se diferenciar em todos os três tipos de tecidos: órgãos, sistemas e tecido conjuntivo. Além disso, elas também têm a capacidade de se dividirem por um longo período de tempo e podem formar colônias contendo células com características similares.

CTF são uma fonte promissora para a regeneração de tecidos e órgãos danificados ou doentes, bem como para o estudo da embriologia e da biologia do desenvolvimento. No entanto, seu uso em pesquisa e terapia é controverso devido a questões éticas relacionadas à obtenção de células-tronco fetais a partir de tecido embrionário ou abortado.

DNA primers são pequenos fragmentos de ácidos nucleicos, geralmente compostos por RNA ou DNA sintético, usados ​​na reação em cadeia da polimerase (PCR) e outros métodos de amplificação de ácido nucléico. Eles servem como pontos de iniciação para a síntese de uma nova cadeia de DNA complementar à sequência do molde alvo, fornecendo um local onde a polimerase pode se ligar e começar a adicionar nucleotídeos.

Os primers geralmente são projetados para serem específicos da região de interesse a ser amplificada, com sequências complementares às extremidades 3' das cadeias de DNA alvo. Eles precisam ser cuidadosamente selecionados e otimizados para garantir que sejam altamente específicos e eficientes na ligação ao molde alvo, evitando a formação de ligações cruzadas indesejadas com outras sequências no DNA.

A escolha adequada dos primers é crucial para o sucesso de qualquer método de amplificação de ácido nucléico, pois eles desempenham um papel fundamental na determinação da especificidade e sensibilidade da reação.

A Leucemia Mielomonocítica Aguda (LMA) é um tipo raro de câncer de sangue que afeta as células mieloides, um tipo de glóbulo branco produzido na medula óssea. Nesta doença, as células mieloides não amadurecem e se multiplicam descontroladamente, invadindo a medula óssea e o sangue.

A LMA é caracterizada por um grande número de glóbulos brancos imaturos chamados blastos, que se acumulam na medula óssea e no sangue. Além disso, os pacientes com LMA geralmente apresentam um aumento do número de monócitos, um tipo específico de glóbulo branco, no sangue.

Existem dois subtipos principais de LMA: a forma de células mieloblásticas e a forma de células monocíticas. A forma de células mieloblásticas é mais comum e é caracterizada por um grande número de blastos em diferentes estágios de desenvolvimento. Já a forma de células monocíticas é menos comum e é caracterizada por um grande número de monócitos imaturos no sangue.

Os sintomas da LMA podem incluir fadiga, falta de ar, febre, suores noturnos, perda de peso involuntária, dores ósseas e articulares, infecções frequentes, hemorragias e moretones facilmente. O diagnóstico geralmente é confirmado por meio de uma biópsia da medula óssea e análises de sangue.

O tratamento da LMA geralmente inclui quimioterapia, transplante de células-tronco ou terapias dirigidas a alvos moleculares específicos. O prognóstico depende do subtipo de LMA, idade do paciente, estado de saúde geral e outros fatores.

Proteínas de membrana são tipos especiais de proteínas que estão presentes nas membranas celulares e participam ativamente em diversas funções celulares, como o transporte de moléculas através da membrana, reconhecimento e ligação a outras células e sinais, e manutenção da estrutura e funcionalidade da membrana. Elas podem ser classificadas em três categorias principais: integrais, periféricas e lipid-associated. As proteínas integrais são fortemente ligadas à membrana e penetram profundamente nela, enquanto as proteínas periféricas estão associadas à superfície da membrana. As proteínas lipid-associated estão unidas a lípidos na membrana. Todas essas proteínas desempenham papéis vitais em processos como comunicação celular, transporte de nutrientes e controle do tráfego de moléculas entre o interior e o exterior da célula.

A imunofenotipagem é um método de análise laboratorial utilizado em medicina, especialmente no campo da hematologia e oncologia. Consiste na avaliação detalhada do fenótipo das células imunes, isto é, o conjunto de marcadores proteicos presentes na superfície das células, que permitem identificar e caracterizar diferentes subpopulações de células.

Este método utiliza técnicas de citometria de fluxo, associadas a anticorpos monoclonais fluorescentes específicos para cada marcador proteico. Desta forma, é possível identificar e quantificar diferentes subpopulações de células imunes, tais como linfócitos B, linfócitos T, células NK, entre outras, bem como avaliar o estado de ativação ou diferenciação destas células.

A imunofenotipagem é uma ferramenta importante no diagnóstico e monitorização de doenças hematológicas e onco-hematológicas, como leucemias e linfomas, permitindo a identificação de padrões anormais de expressão dos marcadores proteicos que podem estar associados à presença de uma doença maligna. Além disso, também é utilizada no seguimento da resposta terapêutica e na detecção precoce de recidivas.

As células precursoras de granulócitos, também conhecidas como mieloblastos ou mieloides imaturos, são um tipo de célula presente no sangue e medula óssea. Elas fazem parte do sistema hematopoético e estão envolvidas na produção de glóbulos brancos chamados granulócitos, que são importantes para a defesa do corpo contra infecções.

As células precursoras de granulócitos passam por várias etapas de diferenciação antes de se tornarem granulócitos maduros. Essas células imaturas possuem um núcleo grande e lobulado, alongado ou em forma de cogumelo, e citoplasma basofílico com grânulos finos ou grossos, dependendo da fase de diferenciação em que se encontram.

A produção e maturação das células precursoras de granulócitos são controladas por fatores de crescimento hematopoéticos e hormônios, como a interleucina-3, a granulocidade colony-stimulating factor (G-CSF) e a granulocidade-macrofágica colony-stimulating factor (GM-CSF). Essas moléculas desempenham um papel crucial no desenvolvimento e manutenção do sistema imune, garantindo a produção adequada de glóbulos brancos para combater infecções.

Em condições normais, as células precursoras de granulócitos estão presentes em pequenas quantidades no sangue periférico e em maior número na medula óssea. No entanto, em doenças como leucemias agudas, essas células podem se multiplicar de forma descontrolada e inibir a produção de outros tipos de células sanguíneas, levando a anemia, hemorragias e suscetibilidade a infecções. Portanto, o monitoramento dessas células é importante para o diagnóstico e tratamento de doenças hematológicas.

O fator de transcrição AP-2 é um tipo de proteína que desempenha um papel importante na regulação da expressão gênica em células e organismos vivos. Ele se liga especificamente a sequências de DNA específicas, chamadas sítios de ligação AP-2, nos promotores de genes alvo e desempenha um papel na ativação ou repressão da transcrição desesses genes.

A proteína AP-2 é composta por quatro domínios de ligação à DNA idênticos, que se ligam a uma sequência de nucleotídeos específica (5'-GCCNNNGGC-3') no DNA. Além disso, o fator de transcrição AP-2 pode interagir com outras proteínas reguladoras da transcrição e coativadores para modular ainda mais a expressão gênica.

O fator de transcrição AP-2 está envolvido em uma variedade de processos biológicos, incluindo o desenvolvimento embrionário, diferenciação celular, proliferação e apoptose (morte celular programada). Mutações no gene que codifica a proteína AP-2 podem levar a várias doenças genéticas, como a síndrome de Char e a síndrome de WAGR. Além disso, o fator de transcrição AP-2 tem sido associado ao câncer, particularmente no desenvolvimento de carcinomas escamosos da cabeça e pescoço.

A "sobrevivência celular" refere-se à capacidade de uma célula mantê-lo vivo e funcional em face de condições adversas ou estressoras. Em medicina e biologia, isto geralmente implica a habilidade de uma célula para continuar a existir e manter suas funções vitais, tais como a capacidade de responder a estímulos, crescer, se dividir e manter a integridade estrutural, apesar de enfrentar fatores que poderiam ser prejudiciais à sua sobrevivência, como a falta de nutrientes, a exposição a toxinas ou a variações no pH ou temperatura.

A capacidade de sobrevivência celular pode ser influenciada por diversos factores, incluindo a idade da célula, o seu tipo e estado de diferenciação, a presença de fatores de crescimento e sobrevivência, e a exposição a radicais livres e outras formas de estresse oxidativo. A compreensão dos mecanismos que regulam a sobrevivência celular é crucial para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas em diversas áreas da medicina, como no tratamento de doenças neurodegenerativas, câncer e outras condições patológicas.

Proteínas repressoras são proteínas que se ligam a regiões específicas do DNA, geralmente localizadas em ou perto dos promotores dos genes, inibindo assim a transcrição desse gene em RNA mensageiro (mRNA). Esse processo de inibição é frequentemente realizado por meio da interação da proteína repressora com o operador do gene alvo, um sítio de ligação específico no DNA. A ligação da proteína repressora ao operador impede que a RNA polimerase se ligue e inicie a transcrição do gene.

As proteínas repressoras desempenham um papel fundamental na regulação gênica, especialmente no controle da expressão dos genes envolvidos em diferentes processos celulares, como o crescimento, desenvolvimento e resposta a estímulos ambientais. Além disso, as proteínas repressoras também estão envolvidas na regulação de sistemas genéticos complexos, como os operons bacterianos.

Em alguns casos, a atividade da proteína repressora pode ser modulada por moléculas sinalizadoras ou outras proteínas regulatórias, permitindo que as células respondam rapidamente a mudanças no ambiente celular ou corporal. Por exemplo, a ligação de um ligante a uma proteína repressora pode induzir um cambalearamento conformacional nesta proteína, levando à dissociação da proteína do DNA e, consequentemente, à ativação da transcrição gênica.

Os linfócitos são um tipo de glóbulos brancos (leucócitos) que desempenham um papel central no sistema imunológico, especialmente na resposta adaptativa imune. Existem dois tipos principais de linfócitos: linfócitos B e linfócitos T. Os linfócitos B são responsáveis pela produção de anticorpos e desempenham um papel importante na resposta imune humoral, enquanto que os linfócitos T estão envolvidos em células mediadas a respostas imunes, como a ativação de outras células do sistema imunológico e a destruição direta de células infectadas ou tumorais. Os linfócitos são produzidos no medula óssea e amadurecem no timo (para os linfócitos T) ou nos tecidos linfoides (para os linfócitos B).

Transplante de células é um procedimento em que as células vivas são transplantadas de um indivíduo para outro ou entre diferentes locais do corpo de um mesmo indivíduo. O objetivo principal desse tipo de transplante é restaurar a função normal de tecidos ou órgãos que foram danificados por doenças, lesões ou deficiências congênitas.

Existem diferentes tipos de transplantes celulares, dependendo do tipo de célula utilizada e do propósito do transplante. Alguns exemplos incluem:

1. Transplante de células-tronco hematopoéticas (HCT): Neste procedimento, as células-tronco sanguíneas são coletadas a partir da medula óssea, sangue periférico ou cordão umbilical de um doador compatível e transplantadas no receptor. O objetivo é restaurar a produção normal de células sanguíneas em pacientes com doenças como leucemia, linfoma ou anemia falciforme.

2. Transplante de células islâmicas: Este tipo de transplante envolve o uso de células insulares pancreáticas, que produzem a hormona insulina, para tratar pacientes com diabetes do tipo 1. As células insulares podem ser obtidas a partir de um doador falecido ou cultivadas em laboratório a partir de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs).

3. Transplante de células nervosas: Neste procedimento, células nervosas são transplantadas em pacientes com doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson ou lesões da medula espinhal, na esperança de restaurar a função perdida.

4. Transplante de células cancerígenas: Em alguns casos, células cancerígenas podem ser transplantadas em modelos animais para estudar a progressão do câncer e testar novos tratamentos.

5. Terapia com células-tronco: A terapia com células-tronco envolve o uso de diferentes tipos de células-tronco, como células-tronco mesenquimais (MSCs) ou células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs), para tratar diversas doenças e condições, como lesões cardíacas, doença de Parkinson, esclerose múltipla e outras.

Embora os transplantes de células possam oferecer tratamentos promissores para várias doenças, eles também apresentam desafios significativos, como o risco de rejeição imune, a necessidade de encontrar fontes compatíveis de células e a possibilidade de desenvolver tumores. Além disso, é necessário realizar mais pesquisas para garantir a segurança e a eficácia dos transplantes de células antes que eles possam ser amplamente utilizados em clínica.

Lentivírus é um tipo de vírus pertencente à família Retroviridae, subfamília Orthoretrovirinae. Eles são vírus com RNA de fita simples e causam infecções lentas e progressivas em seus hospedeiros. O gênero Lentivirus inclui o HIV (vírus da imunodeficiência humana) que causa AIDS em humanos, além de outros vírus que infectam animais como o SVSV (vírus lentivídeo simiano do tipo T) e o VISNA (vírus lentivídeo ovino). Esses vírus têm a capacidade de infectar células não divididas, incluindo neurônios, e podem integrar seu material genético no DNA dos hospedeiros, o que pode resultar em alterações genéticas permanentes. A infecção por lentivírus geralmente leva a doenças crônicas e progressivas devido à sua capacidade de infectar células de longa vida e causar danos ao sistema imunológico.

Janus quinase 2, frequentemente abreviada como JAK2, é um tipo de enzima que desempenha um papel crucial no processo de transdução de sinais celulares. A proteína JAK2 é codificada pelo gene JAK2 no genoma humano. Ela se associa a receptores de citocinas na membrana celular e ajuda a transmitir sinais químicos da superfície celular para o núcleo da célula, onde eles podem desencadear alterações no padrão de expressão gênica.

A mutação JAK2 V617F é uma das mutações mais comuns encontradas em pacientes com mielofibrose, uma doença rara dos tecidos hematopoéticos que afeta a medula óssea e causa anormalidades na produção de células sanguíneas. Essa mutação ativa a enzima JAK2 em um estado contínuo, o que leva ao crescimento excessivo e proliferação anormal das células hematopoéticas.

Em resumo, Janus quinase 2 é uma enzima importante na transdução de sinais celulares e sua mutação pode desempenhar um papel no desenvolvimento de certas doenças hematológicas.

Em medicina, a "contagem de plaquetas" refere-se ao número de plaquetas (também conhecidas como trombócitos) presentes em um volume específico de sangue. As plaquetas são fragmentos celulares produzidos na medula óssea que desempenham um papel crucial na coagulação sanguínea e no processo de cicatrização.

A contagem normal de plaquetas em adultos geralmente varia entre 150.000 e 450.000 plaquetas por microlitro (µL) de sangue. Quando a contagem de plaquetas está abaixo de 150.000/µL, é chamada de trombocitopenia; quando acima de 450.000/µL, é chamada de trombocitose.

A contagem de plaquetas é um parâmetro importante a ser avaliado em exames laboratoriais completos de rotina e pode fornecer informações relevantes sobre o estado de saúde geral do indivíduo, além de ajudar no diagnóstico e monitoramento de diversas condições clínicas, como anemias, infecções, doenças autoimunes, transtornos hematológicos e efeitos adversos de certos medicamentos.

Os Camundongos Endogâmicos, também conhecidos como camundongos de laboratório inbred ou simplesmente ratos inbred, são linhagens de camundongos que foram criadas por meio de um processo de reprodução consistente em cruzamentos entre parentes próximos durante gerações sucessivas. Essa prática resulta em uma alta taxa de consanguinidade e, consequentemente, em um conjunto bastante uniforme de genes herdados pelos descendentes.

A endogamia intensiva leva a uma redução da variabilidade genética dentro dessas linhagens, o que as torna geneticamente homogêneas e previsíveis. Isso é benéfico para os cientistas, pois permite que eles controlem e estudem os efeitos de genes específicos em um fundo genético relativamente constante. Além disso, a endogamia também pode levar ao aumento da expressão de certos traços recessivos, o que pode ser útil para a pesquisa médica e biológica.

Camundongos Endogâmicos são frequentemente usados em estudos de genética, imunologia, neurobiologia, farmacologia, toxicologia e outras áreas da pesquisa biomédica. Alguns exemplos bem conhecidos de linhagens de camundongos endogâmicos incluem os C57BL/6J, BALB/cByJ e DBA/2J.

Substâncias de crescimento são hormônios peptídicos que desempenham um papel crucial no processo de crescimento e desenvolvimento dos organismos. Eles são sintetizados e secretados principalmente pelas glândulas endócrinas, como a glándula pituitária anterior em humanos. Existem vários tipos de substâncias de crescimento, sendo as mais conhecidas o fator de crescimento insulínico tipo 1 (IGF-1) e o hormônio do crescimento (GH).

O hormônio do crescimento estimula a produção de IGF-1 no fígado, que por sua vez atua em células alvo específicas para promover o crescimento e divisão celular. Além disso, as substâncias de crescimento desempenham um papel importante na regulação do metabolismo, diferenciação celular, homeostase da glicose e outras funções fisiológicas importantes.

A desregulação da produção e secreção dessas substâncias de crescimento pode levar a diversas condições clínicas, como o gigantismo e o acromegalia quando a produção é excessiva, e o nanismo quando a produção é inadequada. Portanto, um equilíbrio adequado dessas substâncias é essencial para um crescimento e desenvolvimento normais.

Receptores de citocinas referem-se a um grande grupo de proteínas transmembrana encontradas em células do sistema imune e outros tecidos, que desempenham funções importantes na resposta imune e no controle da homeostase. Eles são o local de ligação para citocinas, moléculas pequenas secretadas por células que desempenham um papel crucial na comunicação celular e sinalização.

A ligação de uma citocina a seu receptor específico geralmente resulta em uma cascata de eventos intracelulares, levando à ativação de diversas vias de sinalização que podem influenciar o comportamento da célula, como sua proliferação, diferenciação, sobrevivência ou apoptose (morte celular programada).

Existem várias famílias de receptores de citocinas, incluindo a família do receptor de citocina clássica, a família do receptor de interferon e a família do receptor de TNF. Cada família tem suas próprias características estruturais e mecanismos de sinalização únicos.

Em resumo, os receptores de citocinas são proteínas transmembrana que desempenham um papel fundamental na comunicação celular e no controle da resposta imune e homeostase, ligando-se a citocinas específicas e iniciando uma cascata de eventos intracelulares que influenciam o comportamento da célula.

Transdução genética é um processo biológico em que o DNA é transferido de uma bactéria para outra por intermédio de um bacteriófago (vírus que infecta bactérias). Neste processo, o material genético do bacteriófago se integra ao DNA da bactéria hospedeira, podendo levar a alterações no genoma da bactéria. Existem três tipos principais de transdução: transdução geral, transdução especializada e transdução lítica. A transdução desempenha um papel importante em estudos de genética bacteriana e tem aplicação na engenharia genética.

Juvenile Myelomonocytic Leukemia (JMML) é um tipo raro de leucemia, ou câncer de sangue, que ocorre principalmente em crianças menores de 4 anos de idade. É caracterizado por um crescimento excessivo e acumulação anormal de células mielóides imaturas (tipo de células sanguíneas) no baço, medula óssea e outros órgãos.

Essas células mielóides imaturas podem se espalhar para a corrente sanguínea e causar sintomas como fadiga, pálidez, infecções frequentes, coceira e aumento do tamanho do baço. Além disso, as crianças com JMML podem apresentar sinais de hiperatividade da via de sinalização RAS, como macropatologia facial (alterações na face), má formação dos dedos e prematuridade.

A causa exata do JMML ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja resultado de mutações genéticas que ocorrem em células progenitoras hematopoéticas (células que dão origem a outras células sanguíneas). O tratamento geralmente inclui quimioterapia, transplante de medula óssea e, em alguns casos, terapias experimentais. A taxa de sobrevida a longo prazo é baixa, variando de 20% a 35%.

O Fator de Transcrição Ikaros (também conhecido como IKZF1) é uma proteína que desempenha um papel importante na regulação da expressão gênica, especialmente durante o desenvolvimento dos linfócitos T e B no sistema imunológico.

A proteína Ikaros é codificada pelo gene IKZF1, que pertence à família de fatores de transcrição zinc finger. Esses fatores de transcrição possuem domínios de ligação a DNA que se ligam a sequências específicas de DNA, regulando assim a expressão dos genes circundantes.

A proteína Ikaros é particularmente importante para o desenvolvimento e a função dos linfócitos T e B, células do sistema imunológico que desempenham um papel crucial na resposta imune adaptativa. A proteína Ikaros ajuda a controlar a expressão gênica durante as etapas iniciais do desenvolvimento dessas células, incluindo a recombinação V(D)J dos genes de anticorpos e receptores de linfócitos T.

Defeitos no gene IKZF1 ou na proteína Ikaros podem resultar em distúrbios imunológicos graves, como a leucemia linfoblástica aguda (LLA) e o déficit imunológico combinado severo (DICS). Além disso, variações genéticas no gene IKZF1 podem estar associadas a um risco aumentado de desenvolver esquizofrenia.

Metaloproteínas são proteínas que contêm um ou mais ions metálicos essenciais em sua estrutura. Estes íons metálicos estão frequentemente ligados a grupos funcionais da cadeia lateral de aminoácidos, como por exemplo, o grupo sulfidrilo (-SH) da cisteína ou o grupo carboxilato (-COO-) do ácido glutâmico ou aspartílico. A ligação entre o íon metálico e a proteína é geralmente estável, mas pode ser dinâmica e reversível em alguns casos.

As metaloproteínas desempenham uma variedade de funções importantes em organismos vivos, incluindo catalisar reações enzimáticas, transportar moléculas e gases, armazenar íons metálicos, e participar de processos de sinalização celular. Exemplos de metaloproteínas incluem a hemoglobina (que contém ferro e transporta oxigênio no sangue), a citocromo c oxidase (que contém cobre e ferro e participa da respiração celular), e as matrix metalloproteinases (MMPs) (que são enzimas que degradam proteínas da matriz extracelular e contêm zinco).

As metaloproteínas podem ser classificadas com base no tipo de íon metálico presente, como por exemplo, ferroproteínas (que contêm ferro), cobreproteínas (que contêm cobre), zincoproteínas (que contêm zinco), e assim por diante. Além disso, as metaloproteínas também podem ser classificadas com base na sua função biológica específica, como enzimas, transportadores, armazenadores ou sensores de íons metálicos.

Os vetores genéticos são elementos do DNA que podem ser usados para introduzir, remover ou manipular genes em organismos vivos. Eles geralmente consistem em pequenos círculos de DNA chamados plasmídeos, que são capazes de se replicar independentemente dentro de uma célula hospedeira.

Existem diferentes tipos de vetores genéticos, cada um com suas próprias vantagens e desvantagens dependendo do tipo de organismo alvo e da modificação genética desejada. Alguns vetores podem ser usados para expressar genes em níveis altos ou baixos, enquanto outros podem ser projetados para permitir que os genes sejam inseridos em locais específicos do genoma.

Os vetores genéticos são amplamente utilizados em pesquisas biológicas e na biotecnologia, especialmente no campo da engenharia genética. Eles permitem que os cientistas introduzam genes específicos em organismos vivos para estudar sua função, produzirem proteínas de interesse ou criarem organismos geneticamente modificados com novas características desejáveis.

No entanto, é importante notar que o uso de vetores genéticos também pode acarretar riscos potenciais, especialmente quando usados em organismos selvagens ou no ambiente. Portanto, é necessário um cuidado adequado e regulamentação rigorosa para garantir a segurança e a responsabilidade na utilização dessas ferramentas poderosas.

As técnicas de cultura de células são procedimentos laboratoriais utilizados para cultivar, manter e fazer crescer células fora do corpo (em vitro), em meios especiais que contêm nutrientes, como aminoácidos, açúcares, vitaminas e gases. Esses meios também podem conter substâncias para regular o pH, ósmose e outros fatores ambientais. Além disso, é possível adicionar hormônios, fatores de crescimento ou antibióticos ao meio de cultura para promover o crescimento celular ou impedir a contaminação.

Existem diferentes tipos de técnicas de cultura de células, incluindo:

1. Cultura em monocamada: As células são cultivadas em uma única camada sobre uma superfície sólida ou semi-sólida.
2. Cultura em suspensão: As células são cultivadas em solução líquida, suspensionando-as no meio de cultura.
3. Cultura em multicamadas: As células são cultivadas em camadas sobrepostas, permitindo a formação de tecidos tridimensionais.
4. Cultura em organóides: As células são cultivadas para formar estruturas tridimensionais complexas que imitam órgãos ou tecidos específicos.

As técnicas de cultura de células são amplamente utilizadas em pesquisas biológicas e médicas, incluindo estudos de toxicologia, farmacologia, genética, virologia, imunologia e terapias celulares. Além disso, essas técnicas também são usadas na produção comercial de vacinas, hormônios e outros produtos biológicos.

Proto-oncogenes são genes normais que estão presentes em todas as células saudáveis e desempenham um papel importante no controle do crescimento celular, diferenciação e morte celular programada (apoptose). Eles codificam proteínas que envolvem vários processos celulares, como transdução de sinal, expressão gênica, reparo de DNA e divisão celular.

No entanto, quando um proto-oncogene sofre uma mutação ou é alterado de alguma forma, ele pode se transformar em um oncogene, que é capaz de causar câncer. As mutações podem ocorrer devido a fatores genéticos herdados ou por exposição a agentes ambientais como radiação, tabagismo e certos produtos químicos.

As mutações em proto-oncogenes podem resultar em uma sobreexpressão do gene, produzindo níveis excessivos de proteínas ou produzindo proteínas com funções alteradas que podem levar ao crescimento celular desregulado e, eventualmente, à formação de tumores malignos. Portanto, é importante entender o papel dos proto-oncogenes no controle do crescimento celular normal e como as mutações nesses genes podem levar ao desenvolvimento de câncer.

Os Receptores de Interleucina-3 (IL-3R) são um tipo de receptor celular que se ligam à citocina Interleucina-3 (IL-3), uma proteína envolvida no crescimento, diferenciação e sobrevivência das células hematopoéticas. O IL-3R é composto por duas subunidades: a subunidade alfa (CD123) e a subunidade beta comum (CD131), que também são componentes dos receptores de Interleucina-5 e Interleucina-6. A ligação da IL-3 ao seu receptor desencadeia uma cascata de sinalizações intracelulares que promovem a proliferação e diferenciação das células hematopoéticas, especialmente dos granulócitos e mastócitos. O IL-3R desempenha um papel crucial no sistema imune e sua disfunção pode contribuir para o desenvolvimento de várias doenças, como leucemias e outros transtornos hematológicos.

Fosfoglicerato quinase é uma enzima importante envolvida no metabolismo de glicose, mais especificamente na glicólise. Ela catalisa a conversão do 1,3-bisfosfoglicerato em 3-fosfo-D-gliceroaldeído e inorgânico fosfato através da transferência de um grupo fosfato da molécula de 1,3-bisfosfoglicerato para a molécula de ADP, formando ATP.

Esta reação é essencial para a produção de energia na forma de ATP durante a glicólise, um processo metabólico que ocorre em quase todas as células vivas e desempenha um papel fundamental no fornecimento de energia às células.

A fosfoglicerato quinase é altamente regulada e sua atividade pode ser afetada por vários fatores, incluindo a concentração de substratos, pH, temperatura e a presença de inibidores alostéricos ou activadores. Existem diferentes isoformas desta enzima em diferentes tecidos do corpo, o que permite uma regulação mais precisa da glicólise em resposta às necessidades energéticas das células.

A lectina 3 semelhante a Ig de ligação ao ácido siálico, frequentemente abreviada como SIGLEC-3 ou CD33, é uma proteína que pertence à família das lectinas de tipo C e é encontrada principalmente nas células hematopoiéticas.

SIGLEC-3 é um receptor transmembranar com um domínio extracelular de ligação a carboidratos, especificamente ácido siálico, que está presente na superfície de leucócitos, especialmente nos neutrófilos e monócitos. O domínio citoplasmático da proteína contém sinais de transdução de sinal que desempenham um papel importante nas funções imunológicas, como a modulação da resposta inflamatória e a fagocitose.

A ligação do ácido siálico à SIGLEC-3 pode desencadear uma variedade de respostas celulares, incluindo a ativação ou inibição da função dos leucócitos, dependendo do contexto imunológico. Além disso, a expressão dessa proteína tem sido associada à patogênese de várias doenças, como leucemia mielóide aguda e doença de Alzheimer.

Em resumo, SIGLEC-3 é uma lectina que se liga especificamente ao ácido siálico em células hematopoiéticas e desempenha um papel importante na modulação da resposta imune e inflamatória.

O Fator Estimulador de Colônias de Macrófagos (FCM) é um fator de crescimento hematopoético que desempenha um papel crucial na regulação da proliferação, diferenciação e sobrevivência das células do sistema imune, especialmente dos macrófagos. Ele é produzido principalmente por monócitos activados, macrófagos e outras células inflamatórias em resposta a estímulos infeciosos ou lesões teciduais.

O FCM estimula a formação de colônias de macrófagos quando adicionado a culturas de células hematopoéticas progenitoras, o que resulta no aumento da produção e diferenciação de macrófagos maduros. Além disso, o FCM também regula a função dos macrófagos, promovendo a fagocitose, a apoptose e a libertação de citocinas pró-inflamatórias, como o TNF-α, IL-1, IL-6 e IL-12.

Devido à sua importância na regulação da resposta imune inata, o FCM tem sido alvo de investigação como possível terapia para doenças inflamatórias e neoplásicas, incluindo a doença inflamatória intestinal, a artrite reumatoide e o câncer. No entanto, o seu uso clínico ainda é experimental e requer mais estudos para avaliar a sua segurança e eficácia terapêutica.

Macrófagos são células do sistema imune inato que desempenham um papel crucial na defesa do corpo contra infecções e no processamento de tecidos e detritos celulares. Eles derivam de monócitos que se diferenciam e ativam em resposta a sinais inflamatórios ou patogênicos. Macrófagos têm uma variedade de funções, incluindo a fagocitose (ingestão e destruição) de microrganismos e partículas estranhas, a produção de citocinas pro-inflamatórias e a apresentação de antígenos a células T do sistema imune adaptativo. Eles também desempenham um papel importante na remodelação e reparo tecidual após lesões ou infecções. Macrófagos variam em sua morfologia e função dependendo do tecido em que reside, com diferentes populações especializadas em diferentes tarefas. Por exemplo, os macrófagos alveolares nos pulmões são especializados na fagocitose de partículas inaladas, enquanto os macrófagos sinusoidais no fígado desempenham um papel importante no processamento e eliminação de detritos celulares e patógenos sanguíneos.

A transcrição genética é um processo fundamental no funcionamento da célula, no qual a informação genética codificada em DNA (ácido desoxirribonucleico) é transferida para a molécula de ARN mensageiro (ARNm). Este processo é essencial para a síntese de proteínas, uma vez que o ARNm serve como um intermediário entre o DNA e as ribossomas, onde ocorre a tradução da sequência de ARNm em uma cadeia polipeptídica.

O processo de transcrição genética envolve três etapas principais: iniciação, alongamento e terminação. Durante a iniciação, as enzimas RNA polimerase se ligam ao promotor do DNA, um sítio específico no qual a transcrição é iniciada. A RNA polimerase então "desvenda" a dupla hélice de DNA e começa a sintetizar uma molécula de ARN complementar à sequência de DNA do gene que está sendo transcrito.

Durante o alongamento, a RNA polimerase continua a sintetizar a molécula de ARNm até que a sequência completa do gene seja transcrita. A terminação da transcrição genética ocorre quando a RNA polimerase encontra um sinal específico no DNA que indica o fim do gene, geralmente uma sequência rica em citosinas e guaninas (CG-ricas).

Em resumo, a transcrição genética é o processo pelo qual a informação contida no DNA é transferida para a molécula de ARNm, que serve como um intermediário na síntese de proteínas. Este processo é fundamental para a expressão gênica e para a manutenção das funções celulares normais.

STAT5 (Signal Transducer and Activator of Transcription 5) é um fator de transcrição que desempenha um papel importante na transdução de sinais e regulação da expressão gênica em resposta a diversos tipos de citocinas e fatores de crescimento. Existem duas isoformas de STAT5, STAT5A e STAT5B, que são codificadas por genes distintos mas possuem uma alta homologia de sequência e função semelhante.

Após a ativação da via de sinalização, o receptor da citocina ou fator de crescimento se associa a tirosina quinases, levando à fosforilação dos respetivos domínios de ligação às proteínas SH2 nos monômeros STAT5. Essa fosforilação permite a formação de dimers STAT5, que então translocam para o núcleo celular e se ligam a elementos de resposta específicos no DNA, regulando assim a expressão gênica de genes alvo relacionados à diferenciação celular, proliferação, sobrevivência e apoptose.

A desregulação da ativação ou função do fator de transcrição STAT5 tem sido associada a diversas condições patológicas, incluindo câncer, diabetes e doenças autoimunes.

A subunidade beta comum de receptores de citocinas, geralmente referida como subunidade beta (β) ou subunidade de ligação à citocina (CCR), refere-se a um tipo específico de proteína que forma parte dos receptores de superfície celular para várias citocinas. As citocinas são moléculas de sinalização importantes no sistema imunológico e outros sistemas de comunicação celular.

A subunidade beta comum é compartilhada por diferentes receptores de citocinas, como o receptor da interleucina-2 (IL-2), IL-4, IL-7, IL-9, IL-15 e IL-21. Esses receptores pertencem à família das citocinas hematopoietina (HCF). A subunidade beta comum é frequentemente referida como o componente de sinalização do receptor, pois desempenha um papel crucial na transdução de sinal e ativação da cascata de sinalização intracelular após a ligação da citocina ao receptor.

A subunidade beta comum é uma proteína transmembrana que consiste em domínios extracelulares, transmembrana e intracelular. O domínio extracelular contém quatro hélices alfa anfipáticas que são responsáveis pela ligação à citocina. Quando a citocina se liga ao seu receptor específico, a subunidade beta comum é recrutada para formar um complexo de receptor funcional. Isso resulta em uma mudança conformacional que permite a ativação da tirosina quinase janus (JAK) associada à subunidade intracelular e, em última instância, a fosforilação e ativação de fatores de transcrição, levando à expressão gênica alterada e respostas celulares específicas.

Na medicina, "neoplasias hematológicas" se referem a um grupo de condições em que ocorre um crescimento anormal e desregulado de células sanguíneas ou do sistema imunológico. Esses tumores podem ser benignos ou malignos, mas geralmente se referem a formas cancerosas.

Existem três principais tipos de neoplasias hematológicas: leucemias, linfomas e mielomas.

1. Leucemias: São cancros dos glóbulos brancos (leucócitos) que se desenvolvem no sangue ou no sistema linfático. Podem ser agudas ou crônicas, dependendo da velocidade de progressão e do tipo de célula afetada.
2. Linfomas: São cancros dos linfócitos, um tipo de glóbulo branco que faz parte do sistema imunológico. Podem ser classificados em Hodgkin e não-Hodgkin, dependendo da presença ou ausência de células de Reed-Sternberg.
3. Mielomas: São cancros das células plasmáticas, um tipo de glóbulo branco que produz anticorpos. O crescimento descontrolado dessas células leva à produção excessiva de uma proteína anormal, chamada paraproteína ou mieloma, o que pode causar diversos sintomas e complicações.

O tratamento para neoplasias hematológicas depende do tipo específico, da extensão da doença e da saúde geral do paciente. Pode incluir quimioterapia, radioterapia, terapia dirigida, transplante de células-tronco ou combinações desses tratamentos.

Anemia hemolítica é um tipo de anemia que ocorre quando os glóbulos vermelhos do sangue são destruídos prematuramente no corpo. Isso pode acontecer devido a uma variedade de fatores, incluindo certas condições médicas e exposição a certos medicamentos ou toxinas.

Existem dois tipos principais de anemia hemolítica: extrínseca e intrínseca. A anemia hemolítica extrínseca é causada por fatores externos que danificam os glóbulos vermelhos, como infecções bacterianas ou parasitárias, reações medicamentosas adversas e exposição a toxinas ambientais. Já a anemia hemolítica intrínseca é causada por defeitos genéticos nos próprios glóbulos vermelhos, como deficiências enzimáticas ou estruturais dos glóbulos vermelhos que os tornam frágeis e susceptíveis à destruição prematura.

Alguns sintomas comuns de anemia hemolítica incluem fadiga, falta de ar, palidez, batimento cardíaco acelerado, dor abdominal e urina escura. O tratamento depende da causa subjacente da anemia hemolítica e pode incluir medicações, transfusões de sangue ou, em casos graves, cirurgia.

Receptores de proteína tirosina quinase (RTKs) são um tipo importante de receptores de membrana celular que desempenham funções críticas na transdução de sinal em organismos multicelulares. Eles são capazes de iniciar respostas intracelulares em diversos processos fisiológicos, como crescimento, diferenciação, motilidade e sobrevivência celular.

Os RTKs possuem uma estrutura distinta, com um domínio extracelular que liga os ligantes específicos (geralmente proteínas de sinalização extracelulares), um domínio transmembrana e um domínio intracelular com atividade enzimática de quinase. A ligação do ligante induz a dimerização dos receptores, o que leva à autofosforilação cruzada dos resíduos de tirosina no domínio intracelular. Isso cria sítios de ligação para proteínas adaptadoras e outras quinases, resultando em uma cascata de fosforilações que transmitem o sinal ao núcleo celular e desencadeiam respostas genéticas específicas.

A disfunção dos RTKs pode contribuir para diversas doenças humanas, incluindo câncer, diabetes e doenças cardiovasculares. Além disso, os RTKs são alvos terapêuticos importantes para o tratamento de vários tipos de câncer, uma vez que a inibição da atividade desses receptores pode interromper a proliferação e sobrevivência das células tumorais.

O Receptor X Retinoide beta (RXR-β) é um tipo de receptor nuclear que desempenha um papel fundamental na regulação da expressão gênica em resposta a ligantes, como os retinoides. Os retinoides são derivados da vitamina A e desempenham diversas funções importantes no organismo, incluindo o desenvolvimento embrionário, a diferenciação celular, a proliferação celular e a apoptose (morte celular programada).

O RXR-β pertence à família de receptores nuclear hormonais que se ligam a elementos específicos do DNA chamados responsivos a retinoides (RRs), localizados nos promotores dos genes alvo. A ligação do ligante ao RXR-β induz uma mudança conformacional no receptor, permitindo que ele se associe a outros fatores de transcrição e coativadores, formando um complexo transcripcional ativo que regula a expressão gênica.

O RXR-β pode formar heterodímeros com vários outros receptores nucleares, como o Receptor de Ácido Retinoico (RAR), o Receptor do Vitamina D (VDR) e o Receptor da Tiroxina (TR). A formação desses complexos permite que o RXR-β module a atividade transcripcional desses receptores, amplificando ou atenuando sua resposta aos ligantes.

Devido à sua importância na regulação da expressão gênica e no controle de diversos processos fisiológicos, o RXR-β tem sido alvo de estudos como possível terapia para doenças como câncer, diabetes e doenças inflamatórias. No entanto, ainda é necessário realizar mais pesquisas para compreender plenamente as funções desse receptor e sua potencial utilidade clínica.

Proteínas nucleares se referem a um grande grupo e diversificado de proteínas que estão presentes no núcleo das células e desempenham funções essenciais na regulação da organização e expressão gênica. Elas participam de uma variedade de processos celulares, incluindo a transcrição, tradução, reparo e embalagem do DNA. Algumas proteínas nucleares são capazes de se ligar diretamente ao DNA e desempenhar um papel na regulação da expressão gênica, enquanto outras podem estar envolvidas no processamento e modificação dos RNA mensageiros (mRNAs) após a transcrição.

Existem diferentes classes de proteínas nucleares, incluindo histonas, proteínas de ligação à cromatina, fatores de transcrição e proteínas envolvidas no processamento do RNA. As histonas são proteínas básicas que se associam ao DNA para formar a estrutura básica da cromatina, enquanto as proteínas de ligação à cromatina desempenham um papel na compactação e organização do DNA em níveis superiores.

Fatores de transcrição são proteínas que se ligam a elementos regulatórios específicos no DNA e controlam a transcrição gênica, enquanto as proteínas envolvidas no processamento do RNA desempenham um papel na maturação dos mRNAs, incluindo o corte e empalme de intrões e a adição de grupos metilo às extremidades 5' e 3' dos mRNAs.

Em resumo, as proteínas nucleares são um grupo heterogêneo de proteínas que desempenham funções cruciais na regulação da expressão gênica e no processamento do RNA no núcleo das células.

A deleção de genes é um tipo de mutação genética em que uma parte ou a totalidade de um gene desaparece do cromossomo. Isto pode ocorrer devido a erros durante a recombinação genética, exposição a agentes mutagénicos ou por motivos aleatórios. A deleção de genes pode resultar em uma proteína anormal, insuficiente ou inexistente, levando a possíveis consequências fenotípicas, como doenças genéticas ou características físicas alteradas. A gravidade da deleção depende da função do gene afetado e do tamanho da região deletada. Em alguns casos, a deleção de genes pode não causar nenhum efeito visível se outras cópias do gene existirem e puderem cumprir suas funções normalmente.

Osteopetrose, também conhecida como "doença dos ossos de mármore" ou "osteossclerose generalizada", é uma condição genética rara que afeta o crescimento e a densidade óssea. Nesta doença, os ossos tornam-se excessivamente densos e fragilizados devido ao crescimento anormalmente lento ou à falha no processo de reabsorção óssea. Isto pode levar a várias complicações, incluindo fraturas ósseas espontâneas, anemia, problemas de audição e visão, e, em casos graves, comprometimento do sistema nervoso central. O tratamento geralmente se concentra em gerenciar os sintomas e complicações associados à condição.

Em genética, um indivíduo homozigoto é aquela pessoa que herda a mesma variante alélica (versão de um gene) de cada pai para um determinado gene. Isto significa que as duas cópias do gene presentes em cada célula do corpo são idênticas entre si. Podemos distinguir dois tipos de homozigotos:

1. Homozigoto dominante: Ocorre quando os dois alelos herdados são idênticos e expressam o fenótipo (característica observável) associado ao alelo dominante. Neste caso, o indivíduo exibe a versão forte ou mais evidente da característica genética em estudo.

2. Homozigoto recessivo: Acontece quando ambos os alelos herdados são idênticos e expressam o fenótipo associado ao alelo recessivo. Neste cenário, o indivíduo apresenta a versão fraca ou menos evidente da característica genética em questão.

Em resumo, um homozigoto é um indivíduo que possui duas cópias idênticas de um gene específico, o que resultará no expressão do fenótipo associado ao alelo dominante ou recessivo, dependendo dos tipos de alelos herdados.

Antígenos de diferença, em medicina e imunologia, referem-se a marcadores específicos presentes na superfície de células ou organismos que permitem distinguir entre diferentes tipos, estágios de desenvolvimento ou linhagens de células ou microorganismos. Eles desempenham um papel crucial no reconhecimento e resposta imune a patógenos, permitindo que o sistema imunológico distingua entre as próprias células do hospedeiro e células estrangeiras ou infectadas.

Um exemplo clássico de antígenos de diferença são os antígenos leucocitários humanos (HLA) presentes na superfície das células de mamíferos. Existem três principais classes de HLA, cada uma associada a diferentes funções imunológicas:

1. HLA classe I (A, B, C): expressa em quase todas as células nucleadas do corpo e apresenta peptídeos derivados de proteínas intracelulares às células T CD8+ citotóxicas.
2. HLA classe II (DR, DQ, DM, DO): expressa principalmente em células apresentadoras de antígenos (APCs) como macrófagos, células dendríticas e linfócitos B e apresenta peptídeos derivados de proteínas extracelulares às células T CD4+ auxiliares.
3. HLA classe III: contém genes relacionados a componentes do sistema complemento e citocinas pró-inflamatórias.

As variações nos genes que codificam esses antígenos de diferença resultam em um alto polimorfismo, o que permite que o sistema imunológico reconheça e distingua entre diferentes indivíduos e células do próprio corpo. No entanto, esse alto grau de variação também pode levar a reações autoimunes e transplante rejeição em certas situações.

Outro exemplo importante de antígenos de diferença são os complexos principais de histocompatibilidade (MHC) de classe I e II em mamíferos, que desempenham um papel crucial na apresentação de antígenos a células T. Os MHC de classe I são expressos em quase todas as células nucleadas do corpo e apresentam peptídeos derivados de proteínas intracelulares às células T CD8+ citotóxicas, enquanto os MHC de classe II são expressos principalmente em células apresentadoras de antígenos (APCs) e apresentam peptídeos derivados de proteínas extracelulares às células T CD4+ auxiliares.

Em resumo, os antígenos de diferença são moléculas que diferem entre indivíduos ou células e desempenham um papel importante no reconhecimento do self e não-self pelo sistema imunológico. Eles podem ser encontrados em vários tecidos e órgãos, incluindo a pele, os olhos, as membranas mucosas e o sangue. O reconhecimento desses antígenos pode levar à resposta imune adaptativa, que inclui a produção de anticorpos e a ativação de células T citotóxicas.

O Receptor de TIE-2, também conhecido como CD202b ou TEK, é um tipo de receptor tirosina quinase que se associa a proteínas específicas na superfície celular e desempenha um papel importante na regulação da angiogênese, isto é, o crescimento e desenvolvimento dos vasos sanguíneos.

Este receptor está presente principalmente em células endoteliais, que revestem a superfície interna dos vasos sanguíneos. A ligação de ligandos específicos ao Receptor de TIE-2 ativa diversas vias de sinalização intracelular, levando à sobrevivência, proliferação e migração das células endoteliais, processos essenciais para a formação e manutenção dos vasos sanguíneos.

Além disso, o Receptor de TIE-2 também desempenha um papel na modulação da resposta inflamatória e no desenvolvimento de vários tipos de câncer, tornando-se um alvo terapêutico potencial para doenças associadas à angiogênese desregulada, como câncer, retinopatia diabética e doença arterial periférica.

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