Estudo da atividade elétrica e características do CORAÇÃO, MIOCÁRDIO e CARDIOMIÓCITOS.
Estudo do comportamento e da geração de cargas elétricas nos organismos vivos, particularmente no sistema nervoso, e dos efeitos da eletricidade nos organismos vivos.
Propriedades elétricas características dos seres vivos, e os processos de organismos ou suas partes envolvidos na geração de cargas elétricas e nas respostas a elas.
Funções e atividades de organismos vivos ou suas partes envolvidos na geração e na resposta às cargas elétricas.
Métodos para induzir e medir atividades elétricas em sítios específicos no coração a fim de diagnosticar e tratar problemas relacionados com o sistema elétrico do coração.
Mudanças abruptas no potencial de membrana, que percorrem a MEMBRANA CELULAR de células excitáveis em resposta a estímulos excitatórios.
Técnica eletrofisiológica para estudo de células, membranas celulares e, ocasionalmente, organelas isoladas. Todos os métodos de patch-clamp contam com um selo de altíssima resistência entre uma micropipeta e uma membrana. O selo geralmente é atado por uma suave sucção. As quatro variantes mais comuns incluem patch na célula, patch de dentro para fora, patch de fora para fora e clamp na célula inteira. Os métodos de patch-clamp são comumente usados em voltage-clamp, que é o controle da voltagem através da membrana e medida do fluxo de corrente, mas métodos de corrente-clamp, em que a corrente é controlada e a voltagem é medida, também são utilizados.
Quaisquer distúrbios da pulsação rítmica normal do coração ou CONTRAÇÃO MIOCÁRDICA. As arritmias cardíacas podem ser classificadas pelas anormalidades da FREQUÊNCIA CARDÍACA, transtornos de geração de impulsos elétricos, ou condução de impulso.
Sistema que conduz impulso composto por músculo cardíaco modificado apresentando poder de ritmicidade espontânea e uma condução mais altamente desenvolvida que o resto do coração.
Diferenças de voltagem através da membrana. Nas membranas celulares são computados por subtração da voltagem medida no lado de fora da membrana da voltagem medida no interior da membrana. Resultam das diferenças entre as concentrações interna e externa de potássio, sódio, cloreto e outros íons difusíveis através das membranas celulares ou das ORGANELAS. Nas células excitáveis, o potencial de repouso de -30 a -100 mV. Estímulos físico, químico ou elétrico tornam o potencial de membrana mais negativo (hiperpolarização) ou menos negativo (despolarização).
Representações teóricas que simulam o comportamento ou a atividade dos sistemas, processos ou fenômenos cardiovasculares; inclui o uso de equações matemáticas, computadores e outros equipamentos eletrônicos.
Técnicas ópticas de imagem usadas para registrar padrões de atividade elétrica em tecidos por meio da monitoração dos potenciais transmembrânicos via imagens de FLUORESCÊNCIA com corantes fluorescentes sensíveis à voltagem.
Pequena massa nodular formada por fibras musculares especializadas que estão localizadas no septo interatrial próximo ao óstio do seio coronário. Dá origem ao feixe atriventricular do sistema de condução do coração.
Remoção de tecido com corrente elétrica alimentada via eletrodos posicionados na terminação distal do cateter. As fontes de energia são geralmente corrente contínua (choque DC) ou corrente alternada a radiofrequências (geralmente 750 kHz). A técnica é utilizada mais frequentemente para remover a junção atrioventricular e/ou as vias acessórias para interromper a condução atrioventricular e produzir um bloqueio atrioventricular no tratamento de várias taquiarritmias.
Câmaras do coração às quais o SANGUE circulante retorna.
Unidades celulares básicas do tecido nervoso. Cada neurônio é formado por corpo, axônio e dendritos. Sua função é receber, conduzir e transmitir impulsos no SISTEMA NERVOSO.
Registro de informação eletrofisiológica regional pela análise do potencial de superfície para dar uma visão geral dos efeitos da corrente cardíaca sobre a superfície corporal. Tem sido aplicado no diagnóstico tardio de infarto do miocárdio inferior, na localização do desvio da via na síndrome de Wolff-Parkinson-White, no reconhecimento de hipertrofia ventricular, na estimativa do tamanho de um infarto do miocárdio e nos efeitos de diferentes intervenções feitas para reduzir o tamanho do infarto. O fator limitante neste momento é a complexidade de registro e análise, que requer 100 ou mais eletrodos, equipamentos sofisticados e pessoal dedicado.
Expressão genérica para qualquer taquicardia que se origina acima do nó de His.
Registro do momento-a-momento das forças eletromotrizes do CORAÇÃO enquanto projetadas a vários locais da superfície corporal delineadas como uma função escalar do tempo. O registro é monitorado por um traçado sobre papel carta em movimento lento ou por observação em um cardioscópio que é um MONITOR DE TUBO DE RAIOS CATÓDICOS.
Procedimentos minimamente invasivos guiados com o auxílio da imagem por ressonância magnética para visualizar estruturas dos tecidos.
Tecido extra condutor de impulso no coração que cria conexões para condução do impulso entre os ÁTRIOS DO CORAÇÃO e os VENTRÍCULOS DO CORAÇÃO.
Regulação da frequência de contração dos músculos cardíacos por um marca-passo artificial.
Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sanguínea.
Ação hemodinâmica e eletrofisiológica do ÁTRIO DO CORAÇÃO.
Glicoproteínas seletivas a íons com passagem controlada que atravessam a membrana. O estímulo para a ATIVAÇÃO DO CANAL IÔNICO pode ser uma variedade de estímulos, como LIGANTES, POTENCIAIS DA MEMBRANA, deformação mecânica ou por meio de PEPTÍDEOS E PROTEÍNAS DE SINALIZAÇÃO INTRACELULAR.
Disciplina científica voltada para a fisiologia do sistema nervoso.
Registro de potenciais elétricos na retina após estimulação luminosa.
Células do músculo estriado encontradas no coração. São derivadas dos mioblastos cardíacos (MIOBLASTOS CARDÍACOS).
Ritmo cardíaco anormal caracterizado por descargas de impulsos elétricos descoordenados e rápidos, nas câmaras superiores do coração (ÁTRIOS DO CORAÇÃO). Em tal caso, o sangue não pode ser eficazmente bombeado nas câmaras inferiores do coração (VENTRÍCULOS DO CORAÇÃO). É causado por geração de impulso anormal.
Canais iônicos que permitem a passagem específica de íons SÓDIO. Uma quantidade variável de subtipos de canais de sódio está envolvida em desempenhar funções especializadas como sinalização nervosa, contração do MIOCÁRDIO e na função do RIM.
Abertura e fechamento de canais iônicos devido a um estímulo. Este pode ser uma alteração no potencial de membrana (ativação por voltagem), drogas ou transmissores químicos (ativação por ligante), ou deformação mecânica. Acredita-se que a ativação envolve alterações conformacionais (do canal iônico) que alteram a permeabilidade seletiva.
Pequeno feixe de fibras especializadas do MÚSCULO CARDÍACO que se origina no NÓ ATRIOVENTRICULAR e penetra na parte membranosa do septo interventricular. O fascículo atrioventricular consiste nos ramos dos feixes esquerdo e direito e transmite os impulsos elétricos aos VENTRÍCULOS CARDÍACOS gerando a CONTRAÇÃO MIOCÁRDICA.
Elemento fundamental encontrado em todos os tecidos organizados. É um membro da família dos metais alcalinoterrosos cujo símbolo atômico é Ca, número atômico 20 e peso atômico 40. O cálcio é o mineral mais abundante no corpo e se combina com o fósforo para formar os fosfatos de cálcio presentes nos ossos e dentes. É essencial para o funcionamento normal dos nervos e músculos além de desempenhar um papel importante na coagulação do sangue (como o fator IV) e em muitos processos enzimáticos.
Representação feita por computador de sistemas físicos e fenômenos como os processos químicos.
Glicoproteínas de membrana celular seletivas para os íons potássio. Há pelo menos oito grupos principais de canais de K formados por dezenas subunidades distintas.
Linhagem de ratos albinos amplamente utilizada para propósitos experimentais por sua tranquilidade e facilidade de manipulação. Foi desenvolvida pela Companhia de Animais Sprague-Dawley.
Eletrodo com uma ponta extremamente pequena, usado em uma pinça de voltagem ou como aparelho para estimular ou registrar potenciais bioelétricos de células isoladas, intra ou extracelularmente. (Dorland, 28a ed)
Uso de correntes ou potenciais elétricos para obter respostas biológicas.
Intervalo de tempo após o disparo de um potencial de ação, quando a MEMBRANA CELULAR foi alterada para um estado não excitável e está gradativamente voltando ao estado de repouso (excitável). Durante o período refratário absoluto (PRA), nenhum estímulo pode desencadear uma resposta. O PRA é seguido por um período refratário relativo, durante o qual a célula torna-se gradativamente mais excitável e o impulso de alta intensidade (necessário para provocar uma resposta), gradativamente diminui até alcançar a intensidade necessária durante o estado de repouso.
Canais de potássio cuja permeabilidade aos íons é extremamente sensível à diferença do potencial transmembrana. A abertura destes canais é induzida pela despolarização de membrana do potencial de ação.
O cão doméstico (Canis familiaris) compreende por volta de 400 raças (família carnívora CANIDAE). Estão distribuídos por todo o mundo e vivem em associação com as pessoas (Tradução livre do original: Walker's Mammals of the World, 5th ed, p1065).
Classe de drogas que atuam inibindo o afluxo de sódio através de membranas celulares. O bloqueio de canais de sódio diminui a velocidade e a amplitude da despolarização rápida inicial, reduz a excitabilidade celular e a velocidade de condução.
Registro das localizações e medidas da atividade elétrica no EPICÁRDIO por meio de eletrodos colocados na superfície do coração para analisar os padrões da ativação e para localizar sítios arritmogênicos.
Elementos de intervalos de tempo limitados, contribuindo para resultados ou situações particulares.
Família de canais de potássio de abertura dependente da tensão da membrana caracterizados por longas caudas intracelulares das extremidades terminal N e terminal C. Seu nome deriva da proteína da Drosófila cuja mutação causa agitação anormal da pata quando anestesiada com éter. Suas cinéticas de ativação são dependentes da concentração extracelular de MAGNÉSIO e PRÓTON.
Cavidade dupla (porém, separada) dentro da CAVIDADE TORÁCICA. Consiste em um espaço entre as PLEURAS visceral e parietal e contém normalmente uma camada capilar de um líquido seroso que lubrifica as superfícies da pleura.
Registro de correntes elétricas produzidas no cérebro, pela medida de eletrodos adaptados ao couro cabeludo, na superfície do cérebro, ou colocados no cérebro.
Subtipo de canal de sódio disparado por voltagem que medeia a PERMEABILIDADE de MIÓCITOS CARDÍACOS. Defeitos no gene SCN5A, que codifica para a subunidade alfa deste canal de sódio estão associados com uma variedade de DOENÇAS CARDÍACAS que resultam da perda de função do canal de sódio.
Junções especializadas, nas quais um neurônio se comunica com uma célula alvo. Nas sinapses clássicas, a terminação pré-sináptica de um neurônio libera um transmissor químico armazenado em vesículas sinápticas que se difunde através de uma fenda sináptica estreita, ativando receptores na membrana pós-sináptica da célula alvo. O alvo pode ser um dendrito, corpo celular ou axônio de outro neurônio, ou ainda uma região especializada de um músculo ou célula secretora. Os neurônios também podem se comunicar através de acoplamento elétrico direto com SINAPSES ELÉTRICAS. Vários outros processos não sinápticos de transmissão de sinal elétrico ou químico ocorrem via interações mediadas extracelulares.
Combinação de métodos genéticos e ópticos no controle de eventos específicos com precisão temporal em células alvo fe um sistema biológico intacto e funcional.
Mecanismos de transdução de sinal pelos quais a mobilização de cálcio (externo à célula ou de reservatórios intracelulares) ao citoplasma é disparada por estímulos externos. Os sinais de cálcio frequentemente se propagam como ondas, oscilações, picos, faíscas ou sopros. O cálcio age como um mensageiro intracelular ativando as proteinas responsivas ao cálcio.
Condução prejudicada de impulso cardíaco que pode acontecer em qualquer lugar ao longo da via de condução, como entre NÓ SINOATRIAL e átrio direito (bloqueio SA) ou entre átrios e ventrículos (bloqueio AV). Os bloqueios cardíacos podem ser classificados pela duração, frequência, ou integralidade no bloqueio da condução. A reversibilidade depende do grau dos defeitos estruturais ou funcionais.
Ação hemodinâmica e eletrofisiológica dos VENTRÍCULOS CARDÍACOS.
Comunicação de um NEURÔNIO com um alvo (músculo, neurônio ou célula secretora) através de uma SINAPSE. Na transmissão sináptica química, o neurônio pré-sináptico libera um NEUROTRANSMISSOR que se difunde através da fenda sináptica e se liga a receptores sinápticos específicos, ativando-os. Os receptores ativados modulam canais iônicos específicos e/ou sistemas de segundos mensageiros, influenciando a célula pós-sináptica. Na transmissão sináptica elétrica, os sinais elétricos estão comunicados como um fluxo de corrente iônico através de SINAPSES ELÉTRICAS.
Espécie de "rã" com garras (Xenopus) mais comum e de maior abrangência na África. Esta espécie é utilizada intensamente em pesquisa científica. Há atualmente uma população significativa na Califórnia descendente de animais que escaparam de laboratórios.
Condutores elétricos alocados por cirurgia em um ponto específico dentro do corpo através dos quais uma ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA é liberada ou a atividade elétrica é registrada.
Diagnóstico de estados de doença pelo registro da atividade elétrica espontânea de tecidos ou órgãos ou pela resposta à estimulação de um tecido eletricamente excitável.
Registro da amplitude média do potencial de repouso, começando entre a córnea e a retina, nas adaptações dos olhos à luz e ao escuridão, à medida que os olhos alternam uma distância padrão para a direita e esquerda. O aumento no potencial com adaptação à luz é usado para avaliar a condição do pigmento retinal do epitélio .
Câmeras inferiores direita e esquerda do coração. O ventrículo direito bombeia SANGUE venoso para os PULMÕES e o esquerdo bombeia sangue oxigenado para a circulação arterial sistêmica.
Métodos de criação de máquinas e dispositivos.
Dispositivo desenhado para estimular, por impulsos elétricos, a contração dos músculos cardíacos. Pode ser temporário (externo) ou permanente (interno ou interno-externo).
O neurotransmissor inibitório mais comum no sistema nervoso central.
Grupo de canais de potássio de abertura dependente da tensão da membrana cuja abertura e fechamento são lentos. Devido a sua tardia cinética de ativação, desempenham um papel importante no controle da duração do potencial de ação.
Batimentos cardíacos anormalmente rápidos com início e cessação súbitos.
Propagação do IMPULSO NERVOSO ao longo do nervo afastando-se do local do estímulo excitatório.
Elevação curva da SUBSTÂNCIA CINZENTA, que se estende ao longo de todo o assoalho no LOBO TEMPORAL do VENTRÍCULOS LATERAIS (ver também LOBO TEMPORAL). O hipocampo, subículo e GIRO DENTEADO constituem a formação hipocampal. Algumas vezes, os autores incluem o CÓRTEX ENTORRINAL na formação hipocampal.
Respostas elétricas registradas a partir do nervo, músculo, RECEPTORES SENSITIVOS ou área do SISTEMA NERVOSO CENTRAL seguida à estimulação. Sua intensidade varia de menos de um microvolt a vários microvolts. Os potenciais evocados podem ser auditivos (POTENCIAIS EVOCADOS AUDITIVOS), POTENCIAIS SOMATOSSENSORIAIS EVOCADOS ou POTENCIAIS EVOCADOS VISUAIS, ou POTENCIAIS EVOCADOS MOTORES, ou outras modalidades tenham sido descritas.
Células germinativas femininas derivadas dos OOGÔNIOS e denominados OÓCITOS quando entram em MEIOSE. Os oócitos primários iniciam a meiose, mas detêm-se durante o estágio diplóteno até a OVULAÇÃO na PUBERDADE para produzir oócitos ou óvulos secundários haploides (ÓVULO).
Condutores elétricos pelos quais correntes elétricas entram ou saem de um meio, seja ele uma solução eletrolítica, um sólido, massa fundida, gás ou vácuo.
Ritmo ventricular anormalmente rápido, normalmente acima de 150 batidas por minuto. É gerado dentro do ventrículo, abaixo do FASCÍCULO ATRIOVENTRICULAR, ou como formação de impulso autônomo ou condução de impulso reentrante. Dependendo da etiologia, o início da taquicardia ventricular pode ser paroxísmica (repentino) ou não paroxísmica, seus complexos de QRS amplos podem ser uniformes ou polimórficos, e o batimento ventricular pode ser independente do batimento atrial (dissociação AV).
Batimentos cardíacos anormalmente rápidos causados por reentrada do impulso atrial nas duas (rápido e lento) vias do NÓ ATRIOVENTRICULAR. O tipo comum envolve um bloqueio do impulso atrial na via lenta que reentra a via rápida em direção retrógrada e simultaneamente transmite aos átrios e ventrículos elevando rapidamente a FREQUÊNCIA CARDÍACA a 150-250 batidas por minuto.
Agentes usados para tratamento ou prevenção das arritmias cardíacas. Estes agentes podem afetar a fase de polarização-repolarização do potencial de ação, sua excitabilidade ou refratariedade, ou condução do impulso, ou ainda a responsividade da membrana dentro das fibras cardíacas. Os agentes antiarrítmicos são frequentemente classificados em quatro grupos principais de acordo com seu mecanismo de ação: bloqueio do canal de sódio, bloqueio beta-adrenérgico, prolongamento da repolarização, ou bloqueio do canal de cálcio.
Elemento no grupo dos metais alcalinos com o símbolo atômico K, número atômico 19 e peso atômico 39,10. É o principal cátion do líquido intracelular das células musculares, entre outras. O íon potássio é um eletrólito forte e desempenha um papel significativo na regulação do volume celular e na manutenção do EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO.
Linhagem celular gerada por células embrionárias de rim que foram induzidas à transformação por transfecção com adenovírus humano tipo 5.
Os CANAIS DE CÁLCIO dependentes de voltagem de longa duração encontram-se tanto em tecidos excitáveis quanto em não excitáveis. São responsáveis pela contratibilidade do músculo liso vascular e miocárdio normal. Cinco subunidades (alfa-1, alfa-2, gama, e delta) formam o canal do tipo L. A subunidade alfa-1 é o sítio de ligação para antagonistas baseados em cálcio. Os antagonistas de cálcio baseados na Di-hidropiridina são utilizados como marcadores para esses sítios de ligação.
Capacidade de um substrato permitir a passagem de ELÉTRONS.
Contrações atriais irregulares e rápidas causadas por bloqueio na condução do impulso elétrico no átrio direito e uma nova frente de onda que sobe pelo septo interatrial e desce pela parede livre do átrio direito, ou vice-versa. Diferentemente da FIBRILAÇÃO ATRIAL causada por geração anormal do impulso, o flutter atrial típico é causado por condução anormal do impulso. Como na fibrilação atrial, os pacientes com flutter atrial não conseguem bombear sangue de modo eficaz nas câmaras inferiores do coração (VENTRÍCULOS DO CORAÇÃO).
Família de canais de potássio de retificação tardia de abertura dependente da tensão da membrana que apresenta homologia com seu membro fundador, a proteína KCNQ1. Os canais de potássio KCNQ têm sido relacionados com várias doenças, entre as quais a SÍNDROME DO QT LONGO, SURDEZ e EPILEPSIA.
Fibras musculares cardíacas modificadas que formam a porção terminal do sistema de condução do coração.
Classe de fármacos que atuam por inibição do efluxo de potássio através das membranas celulares. O bloqueio dos canais de potássio prolonga a duração dos POTENCIAIS DE AÇÃO. São usados como ANTIARRÍTMICOS e VASODILATADORES.
Relação entre a quantidade (dose) de uma droga administrada e a resposta do organismo à droga.
Saco fibrosseroso cônico envolvendo o CORAÇÃO e as raizes dos grandes vasos (AORTA, VEIA CAVA, ARTÉRIA PULMONAR). O pericárdio consiste em dois sacos: o pericárdio fibroso externo e o pericárdio seroso interno. O pericárdio seroso consiste em uma camada parietal externa de frente para o pericárdio fibroso, e uma visceral interna próxima ao coração (epicárdio), e uma cavidade pericárdica entre estas duas camadas.
Doenças animais ocorrendo de maneira natural ou são induzidas experimentalmente com processos patológicos suficientemente semelhantes àqueles de doenças humanas. São utilizados como modelos para o estudo de doenças humanas.
Condução caracterizada por episódios de desmaio (SÍNCOPE) e grau variado de arritmia ventricular, como indicado pelo intervalo de QT prolongado. As formas hereditárias são causadas por mutação de genes que codificam as proteínas do canal iônico cardíaco. As duas formas principais são SÍNDROME DE ROMANO-WARD e SÍNDROME DE JERVELL-LANGE NIELSEN.
Batimentos cardíacos anormalmente rápidos originando um ou mais focos automáticos (marca-passos não sinusais) nos ÁTRIOS DO CORAÇÃO, mas fora do NÓ SINOATRIAL. Diferentemente do mecanismo de reentrada, a taquicardia automática acelera e gradualmente diminui a velocidade. O episódio é caracterizado por uma FREQUÊNCIA CARDÍACA entre 135 e menos que 200 batidas por minuto e durando 30 segundos ou mais.
Veias que retornam sangue oxigenado dos pulmões para o átrio esquerdo do coração.
Estrutura emaranhada composta de células nervosas que se interconectam. Estas células podem estar separadas na fenda sináptica ou juntas a outras células pelos processos citoplasmáticos. Em invertebrados, por exemplo, a rede nervosa permite que os impulsos nervosos se espalhem sobre uma área ampla da rede uma vez que as sinapses podem passar informação em qualquer direção.
Membrana de tecido nervoso (composta por dez camadas e encontrada no olho) que se continua no NERVO ÓPTICO. Recebe imagens de objetos externos e transmite [essas informações] ao cérebro [em forma de] impulsos visuais [nervosos]. Sua superfície externa está em contato com a COROIDE e a interna, com o CORPO VÍTREO. A camada mais externa é pigmentada e as outras (9), transparentes.
Células contráteis maduras, geralmente conhecidas como miócitos, que formam um dos três tipos de músculo. Os três tipos de músculo são o esquelético (FIBRAS MUSCULARES ESQUELÉTICAS), o cardíaco (MIÓCITOS CARDÍACOS) e o liso (MIÓCITOS DE MÚSCULO LISO). Provêm de células musculares embrionárias (precursoras) denominadas MIOBLASTOS.
Células propagadas in vitro em meio especial apropriado ao seu crescimento. Células cultivadas são utilizadas no estudo de processos de desenvolvimento, processos morfológicos, metabólicos, fisiológicos e genéticos, entre outros.
Subclasse de canais iônicos que se abrem ou fecham em resposta à ligação de LIGANTES específicos.
Grupo heterogêneo de CANAIS DE CÁLCIO ativados por baixa voltagem ou transitórios. São encontrados nas membranas do miócito cardíaco, nodo sinoatrial, células de Purkinje do coração e do sistema nervoso central.
Pequena massa de fibras musculares cardíacas modificadas, localizada na junção da VEIA CAVA SUPERIOR com o átrio direito. Os impulsos da contração provavelmente começam neste nó, propagam-se pelo átrio (ÁTRIO CARDÍACO) sendo então transmitidos pelo feixe de His (FEIXE ATRIOVENTRICULAR) para o ventrículo (VENTRÍCULO CARDÍACO).
Resposta elétrica evocada no córtex cerebral por estimulação visual ou por estimulação das vias visuais.
Forma de pré-excitação ventricular caracterizada por um intervalo PR curto e um intervalo QRS longo, com uma onda delta. Nesta síndrome, os impulsos atriais são anormalmente conduzidos para os VENTRÍCULOS DO CORAÇÃO por meio de um FEIXE ACESSÓRIO ATRIOVENTRICULAR localizado entre a parede do átrio direito ou esquerdo e os ventrículos, também conhecido como FEIXE DE KENT. A forma hereditária pode ser causada por mutação do gene PRKAG2 que codifica uma subunidade reguladora gama-2 da proteína quinase ativada por AMP.
Nome popular utilizado para o gênero Cavia. A espécie mais comum é a Cavia porcellus, que é o porquinho-da-índia, ou cobaia, domesticado e usado como bicho de estimação e para pesquisa biomédica.
Representações teóricas que simulam o comportamento ou a actividade de processos biológicos ou doenças. Para modelos de doença em animais vivos, MODELOS ANIMAIS DE DOENÇAS está disponível. Modelos biológicos incluem o uso de equações matemáticas, computadores e outros equipamentos eletrônicos.
Refere-se a animais no período logo após o nascimento.
Proteínas de superfície celular que se ligam ao ÁCIDO GAMMA-AMINOBUTÍRICO e contêm um canal de cloro integralmente de membrana. Cada receptor é reunido como um pentâmero a partir de um conjunto de pelo menos 19 possibilidades diferentes de subunidades. Os receptores pertencem a uma superfamília que compartilha uma alça de CISTEÍNA comum.
Área do lobo parietal relacionada com a recepção de sensações como movimento, dor, pressão, posição, temperatura, toque e vibração. Localiza-se posteriormente ao sulco central.
Glicoproteínas de membrana celular que formam canais para a passagem seletiva de íons cloro. Entre os bloqueadores não seletivos estão FENAMATOS, ÁCIDO ETACRÍNICO, e TAMOXIFENO.
Tecido muscular do CORAÇÃO. Composto de células musculares estriadas e involuntárias (MIÓCITOS CARDÍACOS) conectadas, que formam a bomba contrátil geradora do fluxo sanguíneo.
Glicoproteínas de membrana celular dependentes de voltagem seletivamente permeáveis aos íons cálcio. São categorizados como tipos L-, T-, N-, P-, Q- e R-, baseados na cinética de ativação e inativação, especificidade ao íon, e sensibilidade à drogas e toxinas. Os tipo L- e T- encontram-se presentes em todo os sistemas cardiovascular e nervoso central e os tipos N-, P-, Q- e R- localizam-se no tecido neuronal.
Membro do grupo de metais alcalinos. Possui o símbolo Na, o número atômico 11 e peso atômico 23.
Veneno aminoperidroquinazolínico encontrado principalmente no fígado e ovários de peixes da ordem TETRAODONTIFORMES, que são comestíveis. A toxina causa parestesia e paralisia por sua interferência na condução neuromuscular.
Número de vezes que os VENTRÍCULOS CARDÍACOS se contraem por unidade de tempo, geralmente por minuto.
Representações teóricas que simulam o comportamento ou a atividade dos sistemas, processos ou fenômenos neurológicos; inclui o uso de equações matemáticas, computadores, e outros equipamentos eletrônicos.
Padrões para limitar a exposição de trabalhadores a contaminantes presentes no ar. Concentração máxima no ar com a qual, se acredita, uma substância particular não produzirá efeitos adversos à saúde com exposição diária repetida. Pode ser uma média ponderada pelo tempo (TLV-TWA: Abrev. de Threshold Limit Value- Time-Weighted Average), um valor de curto prazo (TLV-STEL: Abrev. de Short-Term Value) ou um valor instantâneo (TLV-Ceiling: teto). São expressos em partes por milhão (ppm) ou miligrama por metro cúbico (mg/m3).
Despolarização dos potenciais de membrana nas MEMBRANAS SINÁPTICAS de neurônios alvo durante a neurotransmissão. Os potenciais pós-sinápticos excitatórios podem individualmente ou em conjunto atingir o limiar de excitabilidade para desencadear os POTENCIAIS DE AÇÃO.
Família de proteínas de membrana que conduzem íons SÓDIO seletivamente devido a alterações na diferença de POTENCIAIS DA MEMBRANA. Possuem caracteristicamente uma estrutura multimérica com uma subunidade alfa central que define o subtipo de canal de sódio e várias subunidades beta que modulam a atividade do canal de sódio.
Mecanismos fisiológicos que regem a ocorrência rítmica de certos fenômenos bioquímicos, fisiológicos e comportamentais.
Agentes que afetam BOMBAS DE ÍON, CANAIS DE ÍON, transportadores ABC e outras PROTEÍNAS DE MEMBRANA TRANSPORTADORAS.
Método não invasivo de demonstração da anatomia interna baseado no princípio de que os núcleos atômicos em um campo magnético forte absorvem pulsos de energia de radiofrequência e as emitem como ondas de rádio que podem ser reconstruídas nas imagens computadorizadas. O conceito inclui técnicas tomográficas do spin do próton.
Transtorno caracterizado por episódios recorrentes de disfunção cerebral paroxística, devido a súbita descarga neuronal excessiva e desordenada. Os sistemas de classificação da epilepsia geralmente se baseiam em (1) sinais clínicos dos episódios de ataques (ex. ataque motor), (2) etiologia (ex. pós-traumático), (3) localização anatômica da origem do ataque (ex. ataque do lobo frontal), (4) tendência em se alastrar para outras estruturas encefálicas, e (5) padrões temporais (ex. epilepsia noturna). (Tradução livre do original: Adams et al., Principles of Neurology, 6th ed, p313)
Medida dos campos magnéticos gerados por correntes elétricas no coração. A medida deste campos complementa as informações obtidas com a ELETROCARDIOGRAFIA.
Espécie Oryctolagus cuniculus (família Leporidae, ordem LAGOMORPHA) nascem nas tocas, sem pelos e com os olhos e orelhas fechados. Em contraste com as LEBRES, os coelhos têm 22 pares de cromossomos.
Membrana serosa delgada, que envolve os pulmões (PULMÃO) e reveste a CAVIDADE TORÁCICA. A pleura é composta por duas camadas, a pleura visceral interna (situada próximo ao parênquima pulmonar) e a pleura parietal externa. Entre as duas camadas está a CAVIDADE PLEURAL, que contém uma fina camada de líquido.
Capacidade do SISTEMA NERVOSO em modificar sua reatividade como resultado de ativações sucessivas.
A parte do SISTEMA NERVOSO CENTRAL contida no CRÂNIO. O encéfalo embrionário surge do TUBO NEURAL, sendo composto de três partes principais, incluindo o PROSENCÉFALO (cérebro anterior), o MESENCÉFALO (cérebro médio) e o ROMBENCÉFALO (cérebro posterior). O encéfalo desenvolvido consiste em CÉREBRO, CEREBELO e outras estruturas do TRONCO ENCEFÁLICO (MeSH). Conjunto de órgãos do sistema nervoso central que compreende o cérebro, o cerebelo, a protuberância anular (ou ponte de Varólio) e a medula oblonga, estando todos contidos na caixa craniana e protegidos pela meninges e pelo líquido cefalorraquidiano. É a maior massa de tecido nervoso do organismo e contém bilhões de células nervosas. Seu peso médio, em um adulto, é da ordem de 1.360 g, nos homens e 1.250 g nas mulheres. Embriologicamente, corresponde ao conjunto de prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Seu crescimento é rápido entre o quinto ano de vida e os vinte anos. Na velhice diminui de peso. Inglês: encephalon, brain. (Rey, L. 1999. Dicionário de Termos Técnicos de Medicina e Saúde, 2a. ed. Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro)
Corrente elétrica aplicada ao CORAÇÃO para terminar um distúrbio de seu ritmo, ARRITMIAS CARDÍACAS (Tradução livre do original: Stedman, 25th ed).
Aplicação dos princípios e das práticas da área da ciência da engenharia à investigação biomédica, bem como aos cuidados relativos à saúde.
Fármacos que afetam a função do sistema nervoso autônomo, ou mimetizam as ações, tendo assim efeito em processos como a respiração, a circulação, a digestão, a regulação da temperatura corporal, as secreções de algumas glândulas endócrinas, etc.
Doença envolvendo o nervo médio, desde sua origem no PLEXO BRAQUIAL até sua terminação na mão. Os sinais clínicos incluem fraqueza do pulso e flexão de dedos, pronação do antebraço, abdução tenar e perda da sensação na palma lateral, primeiros três dedos, e metade radial do dedo anular. Os sítios comuns de lesão incluem o cotovelo, onde o nervo passa através das duas cabeças do músculo teres pronator (síndrome pronatora) e no túnel carpal (SÍNDROME DO TÚNEL CARPAL).
Camada delgada de SUBSTÂNCIA CINZENTA localizada na superfície dos hemisférios cerebrais (ver CÉREBRO) que se desenvolve a partir do TELENCÉFALO e se molda em giros e sulcos. Alcança seu maior desenvolvimento no ser humano, sendo responsável pelas faculdades intelectuais e funções mentais superiores.
Membrana seletivamente permeável (contendo lipídeos e proteínas) que envolve o citoplasma em células procarióticas e eucarióticas.
Qualquer mudança detectável e hereditária que ocorre no material genético causando uma alteração no GENÓTIPO e transmitida às células filhas e às gerações sucessivas.
Fenilenodiaminas referem-se a um grupo de compostos orgânicos aromáticos com duas aminas primárias unidas a um núcleo de difenila, possuindo propriedades como precursores de corantes e agentes farmacológicos.
Transmissão de leituras de instrumentos a longa distância por meio de fios, ondas de rádio, ou outro meio. (Tradução livre do original: McGraw-Hill Dictionary of Scientific and Technical Terms, 4th ed)
Canal de potássio regulado por voltagem expressado principalmente no CORAÇÃO.
Processamento assistido por computador de sinais elétricos, ultrassônicos ou eletrônicos para interpretar funções e atividades.
Técnicas de imagem usadas para colocalizar os sítios das funções ou atividades fisiológicas do encéfalo com suas respectivas estruturas.
Nervos localizados fora do cérebro e medula espinhal, incluindo os nervos autônomos, cranianos e espinhais. Os nervos periféricos contêm células não neuronais, tecido conjuntivo e axônios. As camadas de tecido conjuntivo incluem, da periferia para o interior, epineuro, perineuro e endoneuro.
Arritmia cardíaca potencialmente letal, caracterizada por disparos de impulsos elétricos rápidos extremamente descoordenados (400-600/min) nos VENTRÍCULOS DO CORAÇÃO. Tal assíncrono ventricular de agitação ou fibrilação previne qualquer produção cardíaca eficiente, e resulta em inconsciência (SÍNCOPE). É um dos importantes padrões eletrocardiográficos observados em PARADA CARDÍACA.
Teste pré-clínico de medicamentos em animais experimentais ou in vitro, para seus efeitos biológicos e tóxicos e aplicações clínicas potenciais.
Substâncias usadas por suas ações farmacológicas em qualquer aspecto dos sistemas de neurotransmissores. O grupo de agentes neurotransmissores inclui agonistas, antagonistas, inibidores da degradação, inibidores da recaptação, substâncias que esgotam (depleters) estoques [ou reservas de outras substâncias], precursores, e moduladores da função dos receptores.
Drogas que se ligam a receptores de aminoácidos excitatórios, bloqueando assim a ação de agonistas sem ativar aqueles receptores.
Batimentos cardíacos anormalmente rápidos, geralmente com FREQUÊNCIA CARDÍACA acima de 100 batimentos por minuto para adultos. A taquicardia acompanhada por distúrbio na despolarização cardíaca (arritmia cardíaca) é chamada taquiarritmia.
Animais não humanos, selecionados por causa de características específicas, para uso em pesquisa experimental, ensino ou prova.
Camundongos Endogâmicos C57BL referem-se a uma linhagem inbred de camundongos de laboratório, altamente consanguíneos, com genoma quase idêntico e propensão a certas características fenotípicas.
Geralmente quaisquer NEURÔNIOS não motores ou sensitivos. Interneurônios podem também se referir aos neurônios cujos AXÔNIOS permanecem em uma região particular do cérebro em contraste aos neurônios de projeção que apresentam axônios que projetam para outras regiões cerebrais.
Tratos neurais que conectam partes distintas do sistema nervoso.
Classe de receptores ionotrópicos do glutamato caracterizados pela afinidade pelo N-metil-D-aspartato. Os receptores NMDA possuem um sítio alostérico de ligação para a glicina que deve ser ocupado para a abertura eficiente do canal e um sítio dentro do próprio canal ao qual se liga o íon magnésio de maneira dependente de voltagem. A dependência de voltagem positiva da condutância do canal e a alta permeabilidade de condutância aos íons cálcio (bem como para cátions não covalentes) são importantes na excitotoxicidade e plasticidade neuronal.
Uma das principais classes de receptores colinérgicos. Os receptores nicotínicos foram originalmente distinguidos pela sua preferência pela NICOTINA em detrimento à MUSCARINA. Eles são geralmente divididos entre os tipos muscular e neuronal (antigamente, ganglionar), baseados na farmacologia e na composição das subunidades dos receptores.
Canais de potássio cuja ativação é dependente das concentrações de cálcio intracelulares.
A resposta observável de um animal diante de qualquer situação.
Dispositivos implantáveis que monitoram continuamente a atividade elétrica do coração e automaticamente detectam e interrompem a TAQUICARDIA VENTRICULAR e a FIBRILAÇÃO VENTRICULAR. Consistem em um gerador de impulso, baterias e eletrodos.
Compostos inorgânicos derivados do ácido clorídrico que contêm o íon Cl-.
Doenças dos nervos periféricos externos ao cérebro e medula espinhal, incluindo doenças das raizes dos nervos, gânglios, plexos, nervos autônomos, nervos sensoriais e nervos motores.
Junções especializadas entre NEURÔNIOS, que conectam o citoplasma de um neurônio ao de outro, permitindo passagem direta de corrente iônica.
Cadeias simples de aminoácidos que são as unidades das PROTEÍNAS multiméricas. As proteínas multiméricas podem ser compostas por subunidades idênticas ou não idênticas. Uma ou mais subunidades monoméricas podem compor um protômero, que em si é uma subunidade de um grupo maior.
Enzima que desempenha um papel nas vias metabólicas do glutamato e do butanoato por catalisar a oxidação do succinato semialdeído a succinato utilizando NAD+ como uma coenzima. A deficiência desta enzima causa 4-hidroxibutiricoacidúria que é um raro erro inato do metabolismo do neurotransmissor ácido 4-aminobutírico (GABA).
Canais de potássio nos quais o fluxo de íons K+ no interior da célula é maior que o fluxo externo.
Perda transitória da consciência e do tônus postural, causada por diminuição do fluxo sanguíneo ao cérebro (i. é, ISQUEMIA CEREBRAL). A pré-síncope refere-se à sensação de cabeça leve e perda da força que precede um evento de síncope, ou acompanha uma síncope incompleta. (Tradução livre do original: Adams et al., Principles of Neurology, 6th ed, pp367-9).
Variedade de estados neuromusculares resultantes de mutações em CANAIS IÔNICOS manifestando-se como episódios de EPILEPSIA, TRANSTORNOS DA CEFALEIA e DISCINESIAS.
Classe Insecta, no filo dos ARTRÓPODOS, cujos membros são caracterizados pela divisão em três partes: cabeça, tórax e abdome. Consistem no grupo dominante de animais na Terra; várias centenas de milhares de tipos foram descritos. Três ordens, HEMIPTERA, DIPTERA e SIPHONAPTERA são de interesse para a medicina porque causam doenças em humanos e animais. (Tradução livre do original: Borror et al., An Introduction to the Study of Insects, 4th ed, p1)
Aminoácido não essencial de ocorrência natural que se encontra sob a forma L. O ácido glutâmico é o neurotransmissor excitatório mais comum do SISTEMA NERVOSO CENTRAL.
Técnica para manutenção ou crescimento de órgãos animais in vitro. Refere-se a culturas tridimensionais de tecido não desestruturado que conserva algumas ou todas as características histológicas do tecido in vivo.
Produção de uma imagem quando os raios X encontram uma tela fluorescente.
Receptor purinérgico P2X de neurotransmissores envolvido em sinalização sensorial da PERCEPÇÃO GUSTATIVA, quimiorrecepção, distensão visceral e DOR NEUROPÁTICA. O receptor possui três subunidades P2X2. As subunidades P2X2 também estão associadas com as subunidades de RECEPTOR P2X3 em uma variante heterotrimérica do receptor.
O décimo nervo craniano. O nervo vago é um nervo misto que contém fibras aferentes somáticas (da pele da região posterior da orelha e meato acústico externo), fibras aferentes viscerais (da faringe, laringe, tórax e abdome), fibras eferentes parassimpáticas (para o tórax e abdome) e fibras eferentes para o músculo estriado (da laringe e faringe).
Agentes que emitem luz após excitação luminosa. O comprimento de onda da luz emitida geralmente é maior que o da luz incidente. Os fluorocromos são substâncias que causam fluorescência em outras substâncias, ou seja, corantes usados para marcar ou diferenciar outros compostos com etiquetas fluorescentes.
Função de se opor ou impedir a excitação de neurônios ou suas células alvo excitáveis.
Aminoácido não essencial. É principalmente encontrado na gelatina e na fibroína da seda e utilizado terapeuticamente como nutriente. É também um neurotransmissor inibitório rápido.
Acomodação dos olhos sob condições de pouca luz. A sensibilidade do olho à luz é elevada durante a adaptação a escuridão.
Técnica de pesquisa usada durante a ELETROENCEFALOGRAFIA em que uma série de flashes de luz brilhante ou padrões visuais são usados para induzir a atividade cerebral.
Região côncava interior do olho, consistindo da retina, da coroide, da esclera, do disco óptico e dos vasos sanguíneos, observada através do oftalmoscópio.
Morte natural rápida e inesperada devido a colapso cardiovascular dentro de uma hora dos sintomas iniciais. Geralmente é causada pela piora de cardiopatias existentes. O início súbito dos sintomas, como DOR NO PEITO e ARRITMIAS CARDÍACAS, particularmente TAQUICARDIA VENTRICULAR, pode levar a perda de consciência e parada cardíaca seguida de morte biológica (Tradução livre do original: from Braunwald's Heart Disease: A Textbook of Cardiovascular Medicine, 7th ed., 2005).
Proteínas de superfície celular que se ligam ao glutamato e desencadeiam alterações que influenciam o comportamento das células. Os receptores de glutamato incluem os receptores ionotrópicos (receptores AMPA, Kainato e N-metil-D-aspartato), que controlam diretamente os canais iônicos, e os receptores metabotrópicos que atuam através do sistema de segundos mensageiros. Os receptores de glutamato são os mediadores mais comuns da transmissão sináptica excitatória rápida do sistema nervoso central. Eles também têm sido envolvidos nos mecanismos de memória e de várias doenças.
Agentes que induzem vários graus de analgesia, depressão da consciência, da circulação, e da respiração, relaxamento da musculatura esquelética, redução da atividade reflexa e amnésia. Há dois tipos de anestésicos gerais: inalatórios e intravenosos. Com qualquer um dos dois, a concentração arterial da droga necessária para induzir a anestesia varia com a condição do paciente, com o grau desejado de anestesia e com o uso concomitante de outras drogas. (Tradução livre do original: AMA Drug Evaluations Annual, 1994, p.173)
Oscilações semelhantes a ondas da diferença de potencial elétrico entre as partes do cérebro gravadas por eletroencefalografia.
Terminações distais dos axônios que são especializados na liberação de neurotransmissores. Também estão incluídas as varicosidades ao longo do curso de um axônio que apresentam especializações similares e que também liberam transmissores. Terminais pré-sinápticos tanto do sistema nervoso central como periférico estão incluídos nesta definição.
Linhagem de ratos albinos desenvolvida no Instituto Wistar e que se espalhou amplamente para outras instituições. Este fato diluiu marcadamente a linhagem original.
Classe de compostos químicos derivados do ácido barbitúrico ou ácido tiobarbitúrico. Muitos desses são MODULADORES GABAÉRGICOS utilizados como HIPNÓTICOS E SEDATIVOS, como ANESTÉSICOS, ou mesmo, como ANTICONVULSIVANTES.
Camada mais interna do coração. É formada de células endoteliais.
Compostos endógenos e drogas que se ligam a RECEPTORES DE GABA-A e os ativam.
Análogos e derivados proteicos da proteína fluorescente verde da [água viva] Aequorea victoria que emitem luz (FLUORESCÊNCIA) quando excitados com RAIOS ULTRAVIOLETA. São usadas em GENES REPÓRTER em procedimentos de TÉCNICAS GENÉTICAS. Numerosos mutantes têm sido fabricados para emitir outras cores ou ser sensíveis ao pH.
Procedimento em que se colocam CATETERES CARDÍACOS para a realização de procedimentos terapêuticos ou diagnósticos.
Camundongos de laboratório que foram produzidos de um OVO ou EMBRIÃO DE MAMÍFEROS, manipulados geneticamente.
Substâncias usadas por sua ação farmacológica sobre os sistemas glicinérgicos. Os agentes glicinérgicos incluem agonistas, antagonistas, degradação ou captação de inibidores, depletores, precursores e moduladores da função do receptor.
Movimento de íons através de membranas celulares transdutoras de energia. O transporte pode ser ativo, passivo ou facilitado. Os íons podem atravessar a membrana por eles mesmos (uniporte) ou como um grupo de dois ou mais íons na mesma estrutura (simporte), ou em direções opostas (antiporte).
Substâncias usadas por sua ação farmacológica sobre os sistemas GABAérgicos. Os agentes GABAérgicos incluem agonistas, antagonistas, inibidores da degradação ou captação, agentes que esgotam (depleters) estoques de drogas, precursores, e moduladores da função do receptor.
Qualquer fármaco usado por suas ações em sistemas colinérgicos. Encontram-se neste grupo agonistas e antagonistas, fármacos que afetam o ciclo da ACETILCOLINA, e aqueles que afetam a sobrevivência dos neurônios colinérgicos. O termo "fármacos colinérgicos" às vezes é usado no sentido mais restrito de AGONISTAS MUSCARÍNICOS, mas os textos modernos desencorajam este uso.
Hiperpolarização dos potenciais de membrana nas MEMBRANAS SINÁPTICAS dos neurônios alvo durante a TRANSMISSÃO SINÁPTICA. São alterações locais que diminuem a responsividade aos sinais excitatórios.
Estudo dos FENÔMENOS FÍSICOS e PROCESSOS FÍSICOS aplicáveis aos seres vivos.
Refere-se à proteção dos indivíduos, de sua progênie e de todo o gênero humano, permitindo ao mesmo tempo exercer atividades necessárias que podem ocasionar exposição às radiações ionizantes Repidisca/CEPIS). Medidas adotadas para evitar ou reduzir os efeitos de uma dose de radiação projetada na população (Material IV - Glosario de Protección Civil, OPAS, 1992)
Determinadas culturas de células que têm o potencial de se propagarem indefinidamente.
Campo especializado da física e da engenharia que estuda o comportamento e as propriedades da luz e a tecnologia de análise da geração, transmissão e manipulação da RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA na escala visível, infravermelha e ultravioleta.
Voltagens através das MEMBRANAS pré e pós-sinápticas.
Classe de drogas que agem inibindo seletivamente a entrada de cálcio através da membrana celular.
O estudo de canais e câmaras de líquido de dimensões diminutas de dezenas a centenas de micrômetros e volume de nanolitros ou picolitros. É de interesse na MICROCIRCULAÇÃO biológica e usado na MICROQUÍMICA e TÉCNICAS INVESTIGATIVAS.
Resposta elétrica evocada no CÓRTEX CEREBRAL, por estimulação [de qualquer ponto] das VIAS AFERENTES desde os NERVOS PERIFÉRICOS até o CÉREBRO.
Receptores de superfície celular que se ligam à GLICINA com alta afinidade e desencadeiam alterações intracelulares que influenciam o comportamento das células. Os receptores de glicina no SISTEMA NERVOSO CENTRAL possuem um canal de cloro intrínseco e são geralmente inibitórios.
Procedimentos diagnósticos e terapêuticos que são invasivos ou cirúrgicos, e requerem um radiologista especialmente treinado. Em geral, são mais invasivos do que uma imagem diagnóstica, mas menos invasivos do que a maioria das cirurgias. Geralmente envolvem cateterização, fluoroscopia ou tomografia computadorizada. Alguns exemplos incluem colangiografia percutânea trans-hepática, biópsia percutânea transtorácica, angioplastia de balão e embolização arterial.
Veia pequena que coleta sangue venoso (cerca de dois terços) do MIOCÁRDIO e o drena para o ÁTRIO DIREITO. O seio coronário, normalmente localizado entre o ÁTRIO ESQUERDO e o VENTRÍCULO ESQUERDO na superfície posterior do coração, pode servir como referência anatômica para procedimentos cardíacos.
Atividade contrátil do MIOCÁRDIO.
Período de tempo a partir de 1801 até 1900 da era comum.
Procedimento constituído por uma sequência de fórmulas algébricas e/ou passos lógicos para se calcular ou determinar uma dada tarefa.
Gênero aquático da família Pipidae que ocorre na África e se distingue por ter duras garras pretas nos três dedos mediais dos membros posteriores.
Alteração patológica retrogressiva da retina, focal ou generalizada, causada por defeitos genéticos, inflamação, trauma, doença vascular ou avançar da idade. A degeneração que afeta predominantemente a mácula lútea da retina é a DEGENERAÇÃO MACULAR.
Estudos para determinar as vantagens ou desvantagens, praticabilidade ou capacidade de executar um plano projetado, um estudo ou um projeto.
Subgrupo de CANAIS IÔNICOS regulados por nucleotídeos cíclicos da superfamília dos canais de cátion dos loops dos poros que são abertos por hiperpolarização e não por despolarização. O poro condutor de íon permite a passagem de SÓDIO, CÁLCIO e POTÁSSIO, com preferência para o potássio.
Tipo de arritmia cardíaca com contrações prematuras dos VENTRÍCULOS DO CORAÇÃO. É caracterizado pelo complexo QRS prematuro no ECG, que é de forma anormal e de grande duração (geralmente maior que 129 milissegundos (ms)). É a forma mais comum de todas as arritmias cardíacas. Os complexos ventriculares prematuros não têm nenhum significado clínico, exceto em colaboração com cardiopatias.

Eletrofisiologia cardíaca é um ramo da medicina que estuda o funcionamento eletrico do coração, investigando a geração e condução dos impulsos eléctricos no miocárdio. Através do uso de cateteres colocados em posições específicas no coração, os especialistas em eletrofisiologia cardíaca podem mapear e analisar a atividade eléctrica do coração para diagnosticar e tratar arritmias cardíacas, ou seja, ritmos cardíacos irregulares ou anormais. Esses procedimentos permitem a ablação de tecidos responsáveis por geração dessas arritmias, reduzindo assim o risco de complicações, como acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. Além disso, essa especialidade também está envolvida no acompanhamento e ajuste dos dispositivos implantáveis, como marcapassos e desfibriladores cardioversores implantáveis (ICDs).

Eletrofisiologia é uma subspecialidade da cardiologia que se concentra no estudo das propriedades elétricas do coração e do sistema de condução cardíaca. Ele envolve o registro, análise e interpretação dos sinais elétricos do coração usando técnicas invasivas e não invasivas. A eletrofisiologia clínica geralmente se concentra no diagnóstico e tratamento de arritmias cardíacas, que são perturbações do ritmo cardíaco. Isso pode incluir a ablação por cateter, um procedimento em que se usa calor ou frio para destruir tecido cardíaco anormal que está causando uma arritmia, e o implante de dispositivos como marcapassos e desfibriladores cardioversores implantáveis. A eletrofisiologia também pode envolver pesquisa básica em fisiologia elétrica cardíaca e desenvolvimento de novas terapias para doenças cardiovasculares.

Os fenômenos eletrofisiológicos referem-se às respostas elétricas que ocorrem em tecidos biológicos, especialmente no coração, em resposta a estímulos elétricos ou físicos. Esses fenômenos são estudados por meio da eletrofisiologia, uma subespecialidade da fisiólogia que se concentra no estudo dos processos elétricos que ocorrem nos tecidos vivos.

No coração, os fenômenos eletrofisiológicos são particularmente importantes para a regulação do ritmo cardíaco e da condução elétrica entre as células musculares cardíacas. O sistema de condução cardíaca é composto por células especializadas que geram impulsos elétricos (nódulos sinoatrial e atrioventricular) e células que transmitem esses impulsos através do músculo cardíaco (fibras de Purkinje).

A análise dos fenômenos eletrofisiológicos no coração pode ser realizada por meio de várias técnicas, como a eletrocardiografia (ECG), que registra a atividade elétrica do coração através da pele, e a monitorização intracardíaca, que registra a atividade elétrica diretamente a partir do interior do coração. Essas técnicas podem ser usadas para diagnosticar uma variedade de condições cardiovasculares, como arritmias e doenças do sistema de condução cardíaca.

Em resumo, os fenômenos eletrofisiológicos referem-se às respostas elétricas que ocorrem em tecidos biológicos, especialmente no coração, em resposta a estímulos elétricos ou físicos. O estudo desses fenômenos é crucial para entender a regulação do ritmo cardíaco e diagnosticar condições cardiovasculares.

Eletrofisiologia é um ramo da medicina que estuda o funcionamento eletrico dos tecidos corporais, especialmente do coração. Processos eletrofisiológicos se referem às atividades elétricas que ocorrem nos tecidos durante diferentes processos fisiológicos ou patológicos. No contexto médico, geralmente se refere ao estudo da atividade elétrica do coração, incluindo a condução elétrica e a excitabilidade cardíaca.

Isso pode ser avaliado por meio de técnicas invasivas ou não invasivas, como o registro de eletrocardiogramas (ECG) ou a realização de estudos eletrofisiológicos intracardíacos. O objetivo desse estudo é diagnosticar e tratar condições cardíacas, como arritmias, que podem ser causadas por anomalias nos processos eletrofisiológicos do coração.

As técnicas eletrofisiológicas cardíacas são métodos invasivos utilizados para estudar e mapear a atividade elétrica do coração. Esses procedimentos são geralmente realizados por um especialista em eletrofisiologia cardíaca, que introduz cateteres com eletrôdos nas cavidades cardíacas através de veias ou artérias periféricas.

Ao registrar e analisar os padrões de atividade elétrica nos diferentes locais do coração, essas técnicas ajudam a diagnosticar e avaliar a gravidade de diversos problemas cardíacos, como arritmias (batimentos cardíacos irregulares ou anormais). Além disso, as informações obtidas por meio dessas técnicas podem guiar o tratamento, incluindo a ablação por cateter, que consiste em cauterizar ou congelar tecido cardíaco específico para interromper circuitos elétricos anormais e restaurar um ritmo cardíaco normal.

Em resumo, as técnicas eletrofisiológicas cardíacas são procedimentos invasivos que permitem o registro e a análise da atividade elétrica do coração, auxiliando no diagnóstico, avaliação e tratamento de diversas condições cardiovasculares.

Em fisiologia, Potenciais de Ação (PA) referem-se a sinais elétricos que viajam ao longo da membrana celular de um neurônio ou outra célula excitável, como as células musculares e cardíacas. Eles são geralmente desencadeados por alterações no potencial de repouso da membrana celular, levando a uma rápida despolarização seguida de repolarização e hiperpolarização da membrana.

PA's são essenciais para a comunicação entre células e desempenham um papel crucial no processamento e transmissão de sinais nervosos em organismos vivos. Eles são geralmente iniciados por estímulos que abrem canais iônicos na membrana celular, permitindo a entrada ou saída de íons, como sódio (Na+) e potássio (K+), alterando assim o potencial elétrico da célula.

A fase de despolarização do PA é caracterizada por uma rápida influxo de Na+ na célula, levando a um potencial positivo em relação ao exterior da célula. Em seguida, a célula rapidamente repolariza, expulsando o excesso de Na+ e permitindo a entrada de K+, restaurando assim o potencial de repouso da membrana. A fase final de hiperpolarização é causada por uma maior permeabilidade à K+, resultando em um potencial negativo mais pronunciado do que o normal.

PA's geralmente viajam ao longo da membrana celular em ondas, permitindo a propagação de sinais elétricos através de tecidos e órgãos. Eles desempenham um papel crucial no controle de diversas funções corporais, incluindo a contração muscular, a regulação do ritmo cardíaco e a transmissão de sinais nervosos entre neurônios.

As técnicas de Patch-Clamp são um conjunto de métodos experimentais utilizados em eletrôfisiologia para estudar a atividade iônica e as propriedades elétricas das células, especialmente as correntes iónicas que fluem através de canais iónicos em membranas celulares. Essa técnica foi desenvolvida por Ernst Neher e Bert Sakmann nos anos 80, o que lhes rendeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1991.

A técnica básica do Patch-Clamp envolve a formação de um "patch" (ou parche) hermeticamente selado entre uma micropipeta de vidro e a membrana celular. A pipeta, preenchida com solução fisiológica, é pressionada contra a membrana celular, formando um contato gigaseal (seal de ~10 GigaOhms) que isola uma pequena parte da membrana dentro da pipeta. Isolar essa pequena porção da membrana permite que os cientistas estudem as propriedades elétricas e iónicas deste microdomínio com alta resolução temporal e espacial.

Existem quatro configurações principais de técnicas de Patch-Clamp:

1. **Configuração Celular Acoplada (Cell-Attached):** Nesta configuração, a pipeta está conectada à membrana externa da célula intacta. A corrente elétrica é medida entre a pipeta e o meio extracelular, fornecendo informações sobre as correntes iónicas unidirecionais através de canais iónicos individuais na membrana celular.
2. **Configuração de Whole-Cell (Célula Inteira):** Após a formação do gigaseal, a membrana é brevemente rompida mecanicamente ou por pulso de alta tensão, conectando a pipeta diretamente com o citoplasma da célula. Nesta configuração, as correntes iónicas podem ser medidas entre a pipeta e o meio extracelular, fornecendo informações sobre as atividades dos canais iónicos em todo o plasma membrana.
3. **Configuração de Interior da Célula (Inside-Out):** Nesta configuração, a pipeta é retirada da célula após a formação do gigaseal, invertendo a orientação da membrana isolada. A face interna da membrana fica exposta ao meio intracelular simulado dentro da pipeta, enquanto o meio extracelular está presente no exterior da pipeta. Isto permite que os cientistas estudem as propriedades iónicas e regulatórias das faces internas dos canais iónicos.
4. **Configuração de Exterior da Célula (Outside-Out):** Após a formação do gigaseal, a pipeta é retirada da célula e retraída para expor a face externa da membrana isolada ao meio extracelular. Nesta configuração, os cientistas podem estudar as propriedades iónicas e regulatórias das faces externas dos canais iónicos.

## Aplicações

A Patch-clamp é uma técnica extremamente sensível que pode ser usada para medir a atividade de um único canal iônico em células vivas ou mesmo em fragmentos de membrana isolados (vesículas). Além disso, a técnica também pode ser usada para controlar o ambiente intracelular e extracelular, permitindo que os cientistas estudem as respostas das células a diferentes condições experimentais.

A Patch-clamp é amplamente utilizada em pesquisas de neurociência, farmacologia e biologia celular para investigar a função e a regulação dos canais iónicos em diferentes tipos de células. A técnica tem sido usada para estudar a fisiologia de células nervosas, incluindo neurônios, glóbulos, células musculares e células endócrinas. Além disso, a Patch-clamp também é usada para investigar os mecanismos moleculares subjacentes às doenças associadas a defeitos nos canais iónicos, como a fibrose cística, a epilepsia e as doenças cardiovasculares.

A Patch-clamp também tem sido usada em estudos de farmacologia para investigar os efeitos dos fármacos sobre a atividade dos canais iónicos. A técnica pode ser usada para identificar novos alvos terapêuticos e para desenvolver drogas com maior especificidade e eficácia. Além disso, a Patch-clamp também é usada em estudos de toxicologia para investigar os efeitos dos tóxicos sobre a função celular.

A Patch-clamp também tem sido usada em estudos de biologia molecular para investigar a estrutura e a função dos canais iónicos. A técnica pode ser usada para identificar os genes que codificam os canais iónicos e para estudar as interações entre os diferentes componentes dos canais iónicos. Além disso, a Patch-clamp também é usada em estudos de neurociência para investigar os mecanismos celulares subjacentes às funções cognitivas e comportamentais.

Em resumo, a Patch-clamp é uma técnica poderosa que permite a medição da atividade dos canais iónicos em células vivas. A técnica tem sido usada em estudos de fisiologia, farmacologia, toxicologia, biologia molecular e neurociência para investigar os mecanismos celulares subjacentes às funções fisiológicas e patológicas. A Patch-clamp é uma técnica essencial para a pesquisa em biologia celular e molecular e tem contribuído significativamente para o nosso entendimento dos processos fisiológicos e patológicos em nossos corpos.

ARRITMIAS CARDÍACAS:

As arritmias cardíacas são perturbações no ritmo normal dos batimentos do coração. Normalmente, o coração se contrai e relaxa seguindo um padrão regular de estimulação elétrica que origina na parte superior direita do coração, no nódulo sinoatrial (NA). Esse sinal elétrico viaja através do sistema de condução elétrica do coração, passando pelo nódulo atrioventricular (AV) e pelos feixes de His, antes de alcançar as fibrilhas musculares das câmaras inferiores, ou ventrículos. Quando esse processo é interrompido ou desregulado, resultam em arritmias cardíacas.

Existem vários tipos de arritmias cardíacas, incluindo:

1. Bradicardia: ritmo cardíaco lento, geralmente abaixo de 60 batimentos por minuto em adultos saudáveis.
2. Taquicardia: ritmo cardíaco acelerado, acima de 100 batimentos por minuto. Pode ser supraventricular (origina nas câmaras superiores, ou aurículas) ou ventricular (origina nos ventrículos).
3. Fibrilação atrial: ritmo cardíaco irregular e rápido das aurículas, resultando em batimentos descoordenados e ineficazes dos ventrículos. Pode aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos e acidente vascular cerebral.
4. Fibrilação ventricular: ritmo cardíaco rápido, irregular e descoordenado nos ventrículos, geralmente associado a baixa taxa de sobrevida se não for tratada imediatamente.
5. Flutter atrial: ritmo cardíaco rápido e regular das aurículas, com aproximadamente 240-360 batimentos por minuto. Pode desencadear fibrilação atrial ou converter-se em ritmo sinusal normal com tratamento.

As causas mais comuns de arritmias incluem doenças cardiovasculares, como doença coronariana, hipertensão arterial, doença valvar e cardiomiopatia; uso de drogas estimulantes, tabagismo, consumo excessivo de álcool, estresse emocional e falta de sono. Além disso, certos distúrbios genéticos e doenças sistêmicas podem também predispor a arritmias. O diagnóstico geralmente é feito por meio de história clínica detalhada, exame físico, eletrocardiograma (ECG) e, em alguns casos, monitoramento Holter ou testes de exercício. O tratamento depende do tipo e gravidade da arritmia e pode incluir medidas não farmacológicas, como modificação do estilo de vida, e medicamentos, dispositivos implantáveis (como marcapasso e desfibrilador cardioversor implantável) ou procedimentos invasivos, como ablação por cateter.

O Sistema de Condução Cardíaco é um conjunto complexo e altamente organizado de tecidos especializados no coração que gerencia a coordenação dos batimentos cardíacos. Ele é responsável por iniciar, conduzir e coordenar os impulsos elétricos necessários para a contração sincronizada das câmaras do coração (câmara superior direita - átrio direito, câmara superior esquerda - átrio esquerdo, câmara inferior direita - ventrículo direito e câmara inferior esquerda - ventrículo esquerdo).

O sistema de condução cardíaca é composto por:

1. Nó Sinoatrial (NSA ou nódulo sinusal): localizado no átrio direito, próximo à junção com a veia cava superior, é o principal pacemaker do coração, gerando impulsos elétricos espontaneamente e regularmente.

2. Nó Atrioventricular (NAV ou nódulo auriculoventricular): localizado na parede interatrial, entre os átrios direito e esquerdo, próximo à junção com os ventrículos, é o relé dos impulsos elétricos que chegam do NSA. Ele possui uma taxa de despolarização mais lenta em comparação ao NSA, o que permite que os átrios se contraiam antes dos ventrículos.

3. Fascículo His: é um feixe de células especializadas que transmitem os impulsos elétricos do NAV aos ventrículos. Ele divide-se em dois ramos principais, o direito e esquerdo, que se subdividem em fibras de Purkinje.

4. Fibras de Purkinje: extensas redes de células alongadas e especializadas que conduzem rapidamente os impulsos elétricos a todas as partes dos ventrículos, permitindo sua contração simultânea e eficiente.

A coordenação entre o NSA e o NAV garante que haja um intervalo de tempo entre a despolarização atrial (contracção dos átrios) e a despolarização ventricular (contracção dos ventrículos). Isso permite que os átrios se contraiam e empurrem o sangue para os ventrículos, que, por sua vez, se contraem e impulsionam o sangue para o sistema circulatório. A disfunção do sistema de condução cardíaco pode resultar em arritmias e outras condições cardiovasculares graves.

Em termos de fisiologia e biofísica celular, "potenciais de membrana" referem-se a diferenças de carga elétrica ou potencial elétrico entre as faces interna e externa de uma membrana biológica, especialmente aquelas encontradas nas células. Esses potenciais de membrana são gerados por desequilíbrios iônicos através da membrana e desempenham um papel fundamental no funcionamento das células, incluindo a comunicação celular, a propagação de sinais e o metabolismo.

O potencial de repouso é o potencial de membrana em condições basais, quando nenhum estímulo elétrico está presente. Em muitos tipos de células, como as neurônios, o potencial de repouso geralmente varia entre -60 e -70 milivoltios (mV), com o interior da célula negativamente carregado em relação ao exterior.

Quando uma célula é estimulada por um estímulo adequado, como a chegada de um neurotransmissor em sinapses, isso pode levar a alterações no potencial de membrana, resultando em um potencial de ação ou um potencial pós-sináptico. Um potencial de ação é uma rápida mudança no potencial de membrana, geralmente de alguns milisegundos de duração, que envolve uma despolarização inicial seguida por uma repolarização e, em seguida, por uma sobrepolarização ou hiperpolarização. Essas mudanças no potencial de membrana permitem a comunicação entre células e a propagação de sinais ao longo do tecido.

Em resumo, os potenciais de membrana são diferenças de carga elétrica entre as faces interna e externa de uma membrana biológica, desempenhando um papel crucial na fisiologia celular, incluindo a comunicação entre células e a propagação de sinais.

Modelos cardiovasculares referem-se a representações ou simulações de sistemas e processos relacionados ao sistema cardiovascular humano, utilizados no estudo e investigação científica. Esses modelos podem ser conceituais, matemáticos, computacionais ou fisiológicos e visam compreender melhor a fisiologia, patofisiologia, diagnóstico e terapêutica de doenças cardiovasculares.

Existem diferentes tipos de modelos cardiovasculares, dependendo do nível de complexidade e abrangência dos sistemas ou processos a serem representados. Alguns exemplos incluem:

1. Modelos anatômicos: Representações físicas ou digitais do sistema cardiovascular, como réplicas em escala de órgãos e vasos sanguíneos, ou modelos computacionais tridimensionais baseados em imagens médicas.
2. Modelos hemodinâmicos: Simulações matemáticas e computacionais dos fluxos sanguíneos e pressões nos vasos sanguíneos, levando em consideração as propriedades mecânicas do sangue e das paredes vasculares.
3. Modelos elétricos: Representações dos processos elétricos no coração, como a propagação de impulsos elétricos através do tecido cardíaco e a geração de batimentos cardíacos.
4. Modelos metabólicos: Simulações da regulação hormonal, dos processos bioquímicos e do metabolismo energético no sistema cardiovascular.
5. Modelos clínicos: Ferramentas para a predição de respostas terapêuticas, prognóstico de doenças e tomada de decisões clínicas, baseadas em dados experimentais ou clínicos.

Esses modelos podem ser utilizados em diferentes contextos, como pesquisa básica, desenvolvimento de novas terapias, ensino e treinamento médico, avaliação de dispositivos médicos e tomada de decisões clínicas.

Em termos médicos, imagens com corantes sensíveis à voltagem, também conhecidas como fluoroscopia com contraste de iodo, são exames de diagnóstico por imagem que utilizam um corante especial (contraste à base de iodo) e radiação para ajudar a produzir imagens detalhadas de vasos sanguíneos, órgãos e tecidos moles do corpo.

Durante o exame, o paciente recebe uma injeção do corante sensível à voltagem, que é absorvido preferencialmente pelos tecidos ou órgãos alvo. Em seguida, um equipamento de fluoroscopia é usado para aplicar radiação em pequenas doses e capturar imagens em tempo real enquanto o corante circula pelo corpo. Ao contraste com os tecidos circundantes, as áreas onde o corante foi injetado aparecem mais brilhantes nas imagens, fornecendo detalhes sobre a estrutura e função dos vasos sanguíneos ou órgãos em questão.

Este tipo de exame é particularmente útil para diagnosticar problemas vasculares, como coágulos sanguíneos ou aneurismas, bem como outras condições que afetam os órgãos internos, como a função gastrointestinal ou urinária. No entanto, devido ao uso de radiação, as imagens com corantes sensíveis à voltagem são normalmente consideradas um método de diagnóstico de segunda linha, sendo preferidas outras técnicas de imagem sem radiação, como ultrassom ou ressonância magnética, quando possível.

O nó atrioventricular (NAV) é a estrutura responsável pela condução elétrica do sinal cardíaco, localizado no septo interatrial entre as aurículas direita e esquerda, próximo à junção com o ventrículo direito. Ele funciona como um pacemaker secundário, ou seja, quando o nó sinusal falha em sua função de geração do impulso elétrico, o NAV assume essa função.

O NAV recebe os impulsos elétricos das aurículas através dos feixes internodais e, após um breve atraso para permitir que as aurículas se contraiam completamente, transmite o impulso aos ventrículos através do feixe de His e do sistema de Purkinje. Isso permite que os ventrículos se contraiam em coordenação, produzindo uma batida cardíaca eficiente.

A disfunção do nó atrioventricular pode resultar em vários distúrbios da condução cardíaca, como o bloqueio AV, que pode variar de leve a grave e requer tratamento médico adequado.

A ablação por cateter é um procedimento em que se utiliza um cateter com uma extremidade especialmente projetada para destruir tecido cardíaco anormal causador de arritmias, através do aquecimento ou congelamento. Esse tipo de procedimento geralmente é realizado em pessoas com problemas cardiovasculares, como fibrilação atrial, flutter atrial ou outras arritmias supraventriculares.

Durante o procedimento, o cateter é inserido no corpo através de uma veia, geralmente na virilha ou no pescoço, e é guiado até o coração usando imagens de fluoroscopia em tempo real. A extremidade do cateter então é posicionada no tecido cardíaco anormal e a energia térmica ou congelamento é aplicada para destruir as células desse tecido, interrompendo assim o circuito elétrico anormal que causa as arritmias.

A ablação por cateter pode ser uma opção de tratamento eficaz para pessoas com arritmias cardíacas que não respondem a outros tratamentos, como medicamentos ou estimulação elétrica do coração. No entanto, como qualquer procedimento médico, a ablação por cateter também apresenta riscos e complicações potenciais, como dano ao tecido cardíaco normal, coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral ou danos aos vasos sanguíneos. Portanto, é importante que o procedimento seja realizado por um especialista qualificado e experiente em centros médicos equipados com as tecnologias adequadas.

Os átrios do coração são as duas câmaras superiores do coração, localizadas acima das ventrículos. O atrio direito recebe o sangue desoxigenado das veias cavas e o impulsiona para o ventrículo direito, que posteriormente o envia para os pulmões para ser oxigenado. Já o atrio esquerdo recebe o sangue oxigenado das veias pulmonares e o empurra para o ventrículo esquerdo, que então o distribui pelo corpo através da artéria aorta. Ambos os átrios trabalham em conjunto com as válvulas cardíacas para garantir o fluxo unidirecional do sangue pelos circuitos pulmonar e sistêmico.

Neuróns (ou neurónios) são células especializadas no sistema nervoso responsáveis por processar e transmitir informação. Elas possuem um corpo celular, que contém o núcleo e outros organelos, e duas ou mais extensões chamadas de axônios e dendritos. Os axônios são responsáveis por transmitir sinais elétricos (potenciais de ação) para outras células, enquanto os dendritos recebem esses sinais de outros neurônios ou de outros tipos de células. A junção entre dois neurônios é chamada de sinapse e é onde ocorre a transmissão de sinal químico entre eles. Neurônios podem variar em tamanho, forma e complexidade dependendo da sua função e localização no sistema nervoso.

'Mapeamento Potencial de Superfície Corporal' é um termo usado em medicina e pesquisa clínica para descrever a estimativa da área total de pele que pode ser potencialmente afetada por uma condição ou lesão específica. É frequentemente usado em dermatologia e cuidados de queimados para avaliar a gravidade das queimaduras e planejar o tratamento.

O mapeamento é geralmente realizado usando uma fórmula matemática que leva em consideração a localização e a extensão da lesão na superfície do corpo. A escala de Lund e Browder é um método comumente utilizado para o mapeamento de queimaduras, que divide o corpo em diferentes regiões e atribui um valor percentual à área de cada região. Esses valores são então somados para obter a área total afetada.

Além disso, o mapeamento potencial de superfície corporal também pode ser usado em outras áreas da medicina, como no estudo de doenças que afetam a pele, como a psoríase e a dermatite atópica, para avaliar a extensão da doença e monitorar a resposta ao tratamento.

Taquicardia supraventricular (TSV) é um tipo de arritmia cardíaca, ou seja, um ritmo cardíaco anormalmente acelerado. A palavra "taqui" significa rápido e "cardia" refere-se ao coração. Portanto, taquicardia significa batimentos cardíacos rápidos. Já "supraventricular" se refere à localização acima do ventrículo, a câmara inferior do coração.

A TSV é caracterizada por um ritmo cardíaco acelerado que origina-se em uma região acima dos ventrículos, geralmente na aurícula (câmara superior do coração). Isto pode ocorrer devido a diversas condições, como doenças cardiovasculares subjacentes, uso de estimulantes, consumo excessivo de cafeína ou stress emocional. Algumas pessoas com TSV podem não apresentar sintomas, enquanto outras podem experimentar palpitações, falta de ar, tontura, desmaios ou dor no peito.

Existem diferentes tipos de taquicardia supraventricular, incluindo a fibrilação auricular (FA), flutter auricular e taquicardia paroxística supraventricular (TPSV). O tratamento da TSV depende do tipo e da gravidade dos sintomas, podendo incluir medicações, procedimentos como ablação por cateter ou, em casos graves, cirurgia. É importante procurar atendimento médico se experimentar sintomas de taquicardia supraventricular para obter um diagnóstico e tratamento adequados.

Eletrocardiografia (ECG) é um método não invasivo e indolor de registro da atividade elétrica do coração ao longo do tempo. É amplamente utilizado na avaliação cardiovascular, auxiliando no diagnóstico de diversas condições, como arritmias (anormalidades de ritmo cardíaco), isquemia miocárdica (falta de fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco), infarto do miocárdio (dano ao músculo cardíaco devido a obstrução dos vasos sanguíneos), entre outras patologias.

Durante um exame de eletrocardiografia, eletrôdos são colocados em diferentes locais do corpo, geralmente nos pulsos, punhos, coxas e peito. Esses eletrôdos detectam a atividade elétrica do coração e enviam sinais para um ecgografador, que registra as variações de voltagem ao longo do tempo em forma de traços gráficos. O resultado final é um gráfico com ondas e intervalos que representam diferentes partes do ciclo cardíaco, fornecendo informações sobre a velocidade, ritmo e sincronia dos batimentos cardíacos.

Em resumo, a eletrocardiografia é uma ferramenta essencial para o diagnóstico e monitoramento de diversas condições cardiovasculares, fornecendo informações valiosas sobre a atividade elétrica do coração.

A Imagem por Ressonância Magnética Intervencionista (IRMi) é um tipo de procedimento diagnóstico e terapêutico que combina a alta resolução da imagem por ressonância magnética com técnicas minimamente invasivas. Neste procedimento, uma agulha ou outro instrumento é guidado até o local específico do corpo humano usando a imagem em tempo real fornecida pela IRM. Isso permite que os médicos obtenham amostras de tecido para análise laboratorial (biópsia), realizem procedimentos terapêuticos, como a injeção de medicamentos ou substâncias no local afetado, ou até mesmo realizem tratamentos termoablativos, em que o tecido é destruído por calor ou frio controlados.

A vantagem da IRMi em relação a outros métodos de imagem é sua capacidade de fornecer imagens detalhadas em diferentes planos, além de não utilizar radiação ionizante. Além disso, a IRMi pode ser usada para monitorar o progresso do tratamento ao longo do tempo e ajustá-lo conforme necessário. No entanto, é importante ressaltar que a IRMi requer equipamentos especializados e treinamento específico para os profissionais de saúde que irão realizar o procedimento.

Em termos médicos, um feixe acessório atrioventricular (FAAV) refere-se a uma conexão elétrica adicional entre as câmaras superiores e inferiores do coração (os átrios e os ventrículos, respectivamente). Normalmente, o sinal elétrico que causa a contração cardíaca viaja de forma organizada a partir dos átrios através do feixe de His e das fibras de Purkinje até os ventrículos. No entanto, em algumas pessoas, existem conexões adicionais chamadas feixes acessórios que podem conduzir o sinal elétrico do átrio ao ventrículo de forma desorganizada e muito rápida.

Essas conexões acessórias podem resultar em um tipo de arritmia cardíaca chamada síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW), que é caracterizada por um padrão elétrico anormal no ECG (eletricardiógrafo). Algumas pessoas com FAAV podem não apresentar sintomas e nem desenvolver arritmias, enquanto outras podem experimentar palpitações, tontura, falta de ar ou desmaios. Em casos graves, as arritmias associadas a FAAV podem ser perigosas para a vida, especialmente se forem rápidas e prolongadas. O tratamento pode incluir medicamentos para controlar a arritmia ou procedimentos como ablação por cateter, que destrói o feixe acessório elétrico anormal.

Estimulação cardíaca artificial (ECA) é um procedimento terapêutico que utiliza um dispositivo médico eletrônico, chamado marcapasso, para gerar impulsos eléctricos e regular a função de contração do músculo cardíaco. O marcapasso consiste em um gerador de impulsos e leads elétricos que são implantados no corpo do paciente, geralmente sob a clavícula, com o objetivo de estimular eletricamente o miocárdio.

Existem basicamente dois tipos de ECA: a estimulação cardíaca definitiva e a temporária. A estimulação cardíaca definitiva é indicada para pacientes que apresentam bradicardia sintomática (ritmo cardíaco lento), bloqueio cardíaco avançado ou disfunção sinusal, condições em que o coração não consegue bombear sangue de forma eficiente devido a uma falha no sistema de condução elétrica do miocárdio. Já a estimulação cardíaca temporária é utilizada em situações de emergência, como parada sinusal ou bloqueio auriculoventricular completo, para manter a função cardiovascular enquanto são realizadas outras intervenções terapêuticas.

O marcapasso pode ser programado para atuar apenas quando necessário, através de um modo de estimulação dito "a demanda", no qual o dispositivo monitora continuamente a atividade elétrica do coração e dispara somente se detectar uma frequência cardíaca inferior ao limite pré-definido. Além disso, os marcapassos podem ser configurados para desencadear a estimulação em diferentes segmentos do ciclo cardíaco, dependendo da necessidade clínica do paciente.

Em resumo, a estimulação cardíaca artificial é um tratamento médico que utiliza um dispositivo eletrônico implantável para regular e normalizar a atividade elétrica do coração, melhorando assim a função cardiovascular e a qualidade de vida dos pacientes.

De acordo com a National Heart, Lung, and Blood Institute (Instituto Nacional de Coração, Pulmões e Sangue), "o coração é um órgão muscular que pump (pompa) sangue pelo corpo de um indivíduo. O sangue transporta oxigênio e nutrientes aos tecidos do corpo para manterem-nos saudáveis e funcionando adequadamente."

O coração está localizado na parte central e à esquerda do peito, e é dividido em quatro câmaras: duas câmaras superiores (átrios) e duas câmaras inferiores (ventrículos). O sangue rico em oxigênio entra no coração através das veias cavas superior e inferior, fluindo para o átrio direito. A partir daqui, o sangue é bombeado para o ventrículo direito através da válvula tricúspide. Em seguida, o sangue é pompado para os pulmões pelos vasos sanguíneos chamados artérias pulmonares, onde é oxigenado. O sangue oxigenado então retorna ao coração, entrando no átrio esquerdo através das veias pulmonares. É então bombeado para o ventrículo esquerdo através da válvula mitral. Finalmente, o sangue é enviado para o restante do corpo pelas artérias aórtas e seus ramos.

Em resumo, o coração é um órgão vital que funciona como uma bomba para distribuir oxigênio e nutrientes por todo o corpo, mantendo assim os tecidos saudáveis e funcionando adequadamente.

Em termos médicos, a função atrial refere-se às ações de contração dos dois órgãos musculares localizados na parte superior do coração, chamados átrios direito e esquerdo. Essas estruturas fazem parte do sistema de bombeamento cardíaco e desempenham um papel crucial no processo de preenchimento dos ventrículos, as câmaras inferiores do coração.

A função atrial pode ser dividida em duas fases principais:

1. Função de reserva: Durante a fase de enchimento inicial dos ventrículos, os átrios se relaxam e preenchem com sangue. Essa etapa é denominada "função de reserva", pois os átrios atuam como um reservatório temporário para o sangue que entra no coração.

2. Função de bombeamento: Após a fase de enchimento inicial, os átrios se contraem, empurrando o sangue adicional para os ventrículos. Isso ocorre quando as válvulas atrioventriculares (mitral e tricúspide) estão abertas, permitindo que o sangue flua livremente dos átrios para os ventrículos. Essa etapa é denominada "função de bombeamento", pois os átrios ajudam a aumentar a quantidade de sangue expelida pelos ventrículos durante cada batimento cardíaco.

A função atrial desempenha um papel importante na manutenção da eficiência do sistema circulatório, garantindo que o suprimento adequado de oxigênio e nutrientes seja distribuído aos tecidos e órgãos periféricos. Qualquer disfunção ou desequilíbrio na função atrial pode resultar em sintomas e condições cardiovasculares adversas, como insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e outras arritmias.

Canais iônicos se referem a proteínas integrales de membrana especializadas que permitem o fluxo controlado e selectivo de íons em e sobre as membranas celulares. Eles desempenham um papel crucial no estabelecimento e manutenção do potencial de membrana, condução de impulsos nervosos, regulação do volume celular e outras funções importantes em células excitáveis e não excitáveis.

Existem diferentes tipos de canais iônicos que são específicos para determinados íons, como sódio (Na+), potássio (K+), cálcio (Ca2+) e cloro (Cl-). Cada tipo de canal iônico possui uma estrutura tridimensional distinta que lhe confere a selectividade para um determinado íon. Além disso, os canais iônicos podem ser ativados por diferentes estímulos, como variações no potencial de membrana, ligantes químicos ou mecânicos, e podem ser modulados por diversas substâncias, como drogas e neurotransmissores.

A abertura e fechamento dos canais iônicos são controlados por mudanças conformacionais nas proteínas que formam os canais. Essas mudanças podem ser desencadeadas por diferentes mecanismos, como a ligação de ligantes à proteína do canal ou a interação com outras proteínas reguladoras. A regulação dos canais iônicos é essencial para a homeostase celular e o funcionamento adequado das células em diferentes tecidos e órgãos.

Em resumo, os canais iônicos são proteínas integrantes da membrana celular que permitem o fluxo selectivo de íons através dela, desempenhando um papel fundamental no funcionamento das células e nos processos fisiológicos do organismo.

Neurofisiologia é um ramo da ciência que estuda a relação entre o sistema nervoso e suas funções fisiológicas. Ela examina a estrutura e função do cérebro e do sistema nervoso em geral, abordando aspectos como a neuroquímica, neuroanatomia, neurofarmacologia e fenômenos elétricos relacionados ao sistema nervoso. A neurofisiologia também investiga como o sistema nervoso influencia a percepção, o pensamento, as emoções, o movimento e a comunicação. Essa área da ciência é fundamental para entender os distúrbios e doenças do sistema nervoso, bem como para desenvolver estratégias de tratamento e reabilitação.

A eletrorretinografia (ERG) é um exame que mede a resposta elétrica dos diferentes tipos de células fotorreceptoras no olho, conhecidas como bastonetes e cones, à estimulação visual. É usado para avaliar a função do sistema visual, especialmente a capacidade dos olhos de detectar luz e enviar essa informação ao cérebro.

Durante o exame, um dispositivo chamado eletrorretinografo é usado para registrar a atividade elétrica da retina enquanto o paciente está exposto a diferentes tipos e intensidades de luz. A resposta elétrica é então analisada para avaliar a função dos bastonetes e cones, bem como outras partes do sistema visual.

A eletrorretinografia pode ser útil no diagnóstico e acompanhamento de uma variedade de condições oftalmológicas, incluindo retinopatias, distúrbios da corneana, desordens genéticas que afetam a visão, e doenças degenerativas da retina, como a degeneração macular relacionada à idade (DMAE). Também pode ser usado para avaliar o dano causado por diabetes, glaucoma, ou intoxicação por drogas.

Miócitos cardíacos, também conhecidos como miocárdio, se referem às células musculares especializadas que constituem o tecido muscular do coração. Esses miócitos são responsáveis pela contratilidade do músculo cardíaco, permitindo que o coração bombeie sangue para todo o corpo.

Ao contrário dos músculos esqueléticos, que são controlados voluntariamente, a atividade dos miócitos cardíacos é involuntária e controlada pelo sistema de condução elétrica do coração. Eles possuem um alto grau de especialização estrutural e funcional, incluindo a presença de filamentos contráteis (actina e miosina), junções comunicantes (gap junctions) que permitem a propagação rápida do potencial de ação entre as células, e um sistema complexo de canais iônicos que regulam a excitabilidade celular.

As alterações na estrutura e função dos miócitos cardíacos podem levar a diversas condições patológicas, como insuficiência cardíaca, hipertrofia ventricular esquerda, e doenças do ritmo cardíaco. Portanto, uma compreensão detalhada dos miócitos cardíacos é fundamental para o diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares.

Fibrilação Atrial é um tipo de arritmia cardíaca, ou seja, um distúrbio do ritmo cardíaco. Normalmente, o coração se contrai e se relaxa em um padrão rítmico regular, coordenado por impulsos elétricos que viajam através do músculo cardíaco. Em pacientes com fibrilação atrial, esses impulsos elétricos são desorganizados e resultam em contrações rápidas e irregulares dos músculos das câmaras superiores do coração (átrios).

Isso pode levar a uma série de complicações, incluindo um batimento cardíaco acelerado, insuficiência cardíaca, dificuldade em bombear sangue suficiente para o corpo e aumento do risco de formação de coágulos sanguíneos. Os coágulos podem viajar pelos vasos sanguíneos e bloquear os vasos no cérebro, levando a um acidente vascular cerebral (AVC).

A fibrilação atrial é frequentemente associada a outras condições médicas, como doença cardiovascular, hipertensão arterial, diabetes, apneia do sono e doenças das válvulas cardíacas. Também pode ser desencadeada por fatores desencadeantes, como consumo excessivo de álcool, uso de drogas ilícitas, stress emocional ou fisico, infecções e cirurgias cardíacas.

O tratamento da fibrilação atrial geralmente inclui medicação para controlar o ritmo cardíaco e prevenir a formação de coágulos sanguíneos, como anticoagulantes ou antiplaquetários. Em alguns casos, procedimentos como ablação por cateter ou cirurgia a coração aberto podem ser recomendados para destruir os tecidos do coração que estão gerando as irregularidades elétricas.

Na medicina e fisiologia, "canais de sódio" se referem a proteínas integrales de membrana que formam poros transmembranares específicos para permitir a passagem de íons de sódio (Na+) através da membrana celular. Esses canais desempenham um papel crucial no processo de geração e propagação do potencial de ação em células excitáveis, como neurônios e músculos cardíacos e esqueléticos.

Existem diferentes tipos de canais de sódio, classificados com base em suas características funcionais, estruturais e moleculares. Alguns deles são controlados por voltagem (Canais de Sódio Voltage-Dependente, ou VDSCs), enquanto outros podem ser ativados por ligação a ligantes químicos específicos (Canais Iônicos Controlados por Ligante, ou LICs).

Os canais de sódio voltagem-dependentes são os mais estudados e bem caracterizados. Eles possuem quatro subunidades idênticas ou semelhantes, cada uma contendo um domínio de ligação à voltagem e um poro seletivo para sódio. A ativação desses canais geralmente ocorre em resposta a um aumento na voltagem membranares, levando à rápida influxo de íons Na+ na célula e despolarização da membrana. Esse processo é essencial para a iniciação e propagação do potencial de ação.

Doenças associadas a canais de sódio incluem a miopatia hipercaliêmica, a paraplegia espástica familiar e a síndrome do QT longo, entre outras. Além disso, alguns fármacos e toxinas podem afetar o funcionamento dos canais de sódio, levando a alterações na excitabilidade celular e possíveis efeitos adversos ou intoxicação.

A ativação do canal iónico é um processo biofísico e bioquímico que ocorre em células vivas, no qual canais proteicos específicos se abrem ou se fecham permitindo a passagem de íons através da membrana celular. Esses canais iónicos são responsáveis por regular o fluxo de íons como sódio (Na+), potássio (K+), cálcio (Ca2+) e cloro (Cl-), entre outros, que desempenham papéis vitais em diversos processos celulares, tais como a propagação de impulsos nervosos, contração muscular, secreção e reabsorção de hormônios e neurotransmissores, além da manutenção do equilíbrio osmótico e eletrólito.

A ativação dos canais iónicos pode ser desencadeada por diversos estímulos, como variações no potencial de membrana, ligantes químicos específicos (como neurotransmissores ou drogas), mudanças na concentração de íons ou mesmo alterações mecânicas e térmicas. Esses estímulos promovem a abertura ou fechamento dos canais, geralmente por meio de reações conformacionais nas proteínas que formam esses canais.

A ativação desses canais pode ser classificada em dois tipos principais:

1. Ativação dependente de voltagem (VDC): Nesse tipo, a abertura dos canais é controlada por variações no potencial elétrico da membrana celular. Canais iónicos desse tipo são sensíveis à diferença de cargas elétricas entre os lados intracelular e extracelular da membrana, o que faz com que eles se abram ou fechem em resposta a alterações no potencial de membrana.
2. Ativação dependente de ligante (LDC): Nesse tipo, a abertura dos canais é controlada por ligantes químicos específicos que se ligam à proteína do canal, promovendo uma reação conformacional que resulta em sua abertura ou fechamento. Esses ligantes podem ser neurotransmissores, drogas ou outras moléculas presentes no ambiente extracelular ou intracelular.

A ativação dos canais iónicos desempenha um papel fundamental em diversos processos fisiológicos, como a condução de impulsos nervosos, a regulação do potencial de membrana e o equilíbrio iônico nas células. Além disso, alterações na atividade desses canais estão associadas a diversas patologias, como epilepsia, diabetes, hipertensão arterial, fibrose cística e doenças neurodegenerativas, o que torna seu estudo de extrema importância na compreensão dos mecanismos moleculares subjacentes a essas condições e no desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas.

O Fascículo Atrioventricular (FAV) é um feixe de fibras musculares cardíacas que conduz os impulsos elétricos do nódulo auriculoventricular (localizado na parede das cavidades superiores do coração, as aurículas) para as cavidades inferiores do coração, os ventrículos. Essa é uma estrutura crucial no processo de condução elétrica cardíaca e permite a coordenação dos batimentos cardíacos entre as aurículas e os ventrículos. A disfunção ou danos nessa região podem levar a arritmias cardíacas graves, como a doença do node do feixe (doença de Lenegre ou doença de Lev) ou bloqueio cardíaco.

O cálcio é um mineral essencial importante para a saúde humana. É o elemento mais abundante no corpo humano, com cerca de 99% do cálcio presente nas estruturas ósseas e dentárias, desempenhando um papel fundamental na manutenção da integridade estrutural dos ossos e dentes. O restante 1% do cálcio no corpo está presente em fluidos corporais, como sangue e líquido intersticial, desempenhando funções vitais em diversos processos fisiológicos, tais como:

1. Transmissão de impulsos nervosos: O cálcio é crucial para a liberação de neurotransmissores nos sinais elétricos entre as células nervosas.
2. Contração muscular: O cálcio desempenha um papel essencial na contração dos músculos esqueléticos, lissos e cardíacos, auxiliando no processo de ativação da troponina C, uma proteína envolvida na regulação da contração muscular.
3. Coagulação sanguínea: O cálcio age como um cofator na cascata de coagulação sanguínea, auxiliando no processo de formação do trombo e prevenindo hemorragias excessivas.
4. Secreção hormonal: O cálcio desempenha um papel importante na secreção de hormônios, como a paratormona (PTH) e o calcitriol (o forma ativa da vitamina D), que regulam os níveis de cálcio no sangue.

A manutenção dos níveis adequados de cálcio no sangue é crucial para a homeostase corporal, sendo regulada principalmente pela interação entre a PTH e o calcitriol. A deficiência de cálcio pode resultar em doenças ósseas, como osteoporose e raquitismo, enquanto excesso de cálcio pode levar a hipercalcemia, com sintomas que incluem náuseas, vômitos, constipação, confusão mental e, em casos graves, insuficiência renal.

Computer Simulation, em um contexto médico ou de saúde, refere-se ao uso de modelos computacionais e algoritmos para imitar ou simular processos, fenômenos ou situações clínicas reais. Essas simulações podem ser utilizadas para testar hipóteses, avaliar estratégias, treinar profissionais de saúde, desenvolver novas tecnologias ou terapêuticas e prever resultados clínicos. Ao utilizar dados reais ou derivados de estudos, as simulações permitem a análise de cenários complexos e a obtenção de insights que poderiam ser difíceis ou impraticáveis de obter através de métodos experimentais tradicionais. Além disso, as simulações por computador podem fornecer um ambiente seguro para o treinamento e avaliação de habilidades clínicas, minimizando os riscos associados a práticas em pacientes reais.

Os canais de potássio são proteínas integrales de membrana que formam pores na membrana celular, permitindo a passagem de íons de potássio (K+) para dentro e fora da célula. Eles desempenham um papel fundamental no equilíbrio eletrólito e no potencial de repouso das células. Existem diferentes tipos de canais de potássio, cada um com suas próprias características e funções específicas, como a regulação do ritmo cardíaco, a excitabilidade neuronal e a liberação de insulina. Algumas condições médicas, como a doença de Channelopatia, podem ser causadas por mutações nos genes que codificam esses canais, levando a desregulação iônica e possíveis problemas de saúde.

Sprague-Dawley (SD) é um tipo comummente usado na pesquisa biomédica e outros estudos experimentais. É um rato albino originário dos Estados Unidos, desenvolvido por H.H. Sprague e R.H. Dawley no início do século XX.

Os ratos SD são conhecidos por sua resistência, fertilidade e longevidade relativamente longas, tornando-os uma escolha popular para diversos tipos de pesquisas. Eles têm um genoma bem caracterizado e são frequentemente usados em estudos que envolvem farmacologia, toxicologia, nutrição, fisiologia, oncologia e outras áreas da ciência biomédica.

Além disso, os ratos SD são frequentemente utilizados em pesquisas pré-clínicas devido à sua semelhança genética, anatômica e fisiológica com humanos, o que permite uma melhor compreensão dos possíveis efeitos adversos de novos medicamentos ou procedimentos médicos.

No entanto, é importante ressaltar que, apesar da popularidade dos ratos SD em pesquisas, os resultados obtidos com esses animais nem sempre podem ser extrapolados diretamente para humanos devido às diferenças específicas entre as espécies. Portanto, é crucial considerar essas limitações ao interpretar os dados e aplicá-los em contextos clínicos ou terapêuticos.

Microeletródo é um termo utilizado em eletrônica e biomedicina para se referir a um tipo específico de eletrodo com dimensões muito pequenas, geralmente com tamanho na ordem de micrômetros ou menos. Eles são usados em uma variedade de aplicações, incluindo registro de sinais elétricos no cérebro (por exemplo, no registro de unidade única) e estimulação de tecidos biológicos (como no tratamento da doença de Parkinson).

Microeletródeos podem ser feitos de diferentes materiais, como metais, óxidos metálicos ou carbono, e sua superfície pode ser modificada com diferentes revestimentos para aprimorar suas propriedades elétricas e biológicas. A fabricação de microeletródeos geralmente requer técnicas avançadas de microfabricação, como litografia de feixe de elétrons ou fotolitografia.

Devido às suas pequenas dimensões, os microeletródeos podem fornecer informações detalhadas sobre a atividade elétrica de células individuais e tecidos circundantes, o que é especialmente útil em estudos neurocientíficos. Além disso, eles podem ser usados para estimular tecidos com alta precisão espacial, o que tem atraído interesse na sua aplicação em terapias neuromoduladoras e no tratamento de doenças neurológicas e psiquiátricas.

A estimulação elétrica é um procedimento médico que utiliza correntes elétricas para stimular as células do corpo, geralmente os nervos e músculos. Essa técnica pode ser usada em diversas situações clínicas, como no tratamento de doenças neurológicas ou ortopédicas, na reabilitação funcional, alívio da dor crônica ou mesmo em pesquisas científicas. A estimulação elétrica pode ser aplicada por meio de eletrodos colocados sobre a pele (estimulação elétrica transcutânea) ou, em casos mais invasivos, por meio de eletrodos implantados cirurgicamente no interior do corpo. A intensidade, frequência e duração da estimulação são controladas cuidadosamente para obter os melhores resultados clínicos e minimizar os riscos associados ao procedimento.

O Período Refratário Eletrofisiológico é um conceito usado em eletrólitos cardíacos e neurofisiologia. Ele se refere ao período de tempo durante o qual uma célula excitável, como as células do músculo cardíaco, é incapaz de responder a estímulos adicionais ou repetidos devido às alterações iónicas que ocorrem no interior e exterior da membrana celular após a ativação.

Em termos mais específicos, durante o período refractário eletrofisiológico, os canais de sódio da membrana celular estão inativados, o que impede a entrada rápida de íons sódio e a geração de um novo potencial de ação. Esse período é dividido em dois componentes: o período refractário absoluto, durante o qual é impossível desencadear um novo potencial de ação, e o período refractário relativo, no qual é possível desencadear um potencial de ação, mas requer uma maior intensidade do estímulo.

O período refractário eletrofisiológico é crucial para garantir que o coração funcione de maneira organizada e sincronizada. Ele impede a geração de potenciais de ação excessivos ou descoordenados, o que poderia levar a arritmias cardíacas perigosas. Além disso, o período refractário varia entre diferentes tipos de células cardíacas e pode ser afetado por vários fatores, como a frequência cardíaca, a concentração de íons e a presença de drogas ou substâncias tóxicas.

Os Canais de Potássio de Aberta Dependente da Tensão da Membrana (CVTC, do inglês Voltage-gated potassium channels) são canais iónicos específicos que se encontram nas membranas celulares de vários tipos de células, incluindo as neurónias e as células musculares.

Estes canais são sensíveis a variações no potencial eléctrico da membrana celular, ou seja, abrem e fecham em resposta a alterações na tensão eléctrica através da membrana. Quando a tensão eléctrica alcança um determinado valor (o chamado potencial de ativação), o canal muda de conformação e abre, permitindo assim que os íons potássio (K+) se movimentem para fora da célula.

A atividade dos CVTC desempenha um papel fundamental em vários processos fisiológicos, como a regulação do potencial de repouso celular, a propagação do impulso nervoso e a contração muscular. Além disso, alterações no funcionamento destes canais têm sido associadas a diversas patologias, incluindo doenças cardiovasculares, neurológicas e epilepsia.

A definição médica de "cães" se refere à classificação taxonômica do gênero Canis, que inclui várias espécies diferentes de canídeos, sendo a mais conhecida delas o cão doméstico (Canis lupus familiaris). Além do cão doméstico, o gênero Canis também inclui lobos, coiotes, chacais e outras espécies de canídeos selvagens.

Os cães são mamíferos carnívoros da família Canidae, que se distinguem por sua habilidade de correr rápido e perseguir presas, bem como por seus dentes afiados e poderosas mandíbulas. Eles têm um sistema sensorial aguçado, com visão, audição e olfato altamente desenvolvidos, o que lhes permite detectar e rastrear presas a longa distância.

No contexto médico, os cães podem ser estudados em vários campos, como a genética, a fisiologia, a comportamento e a saúde pública. Eles são frequentemente usados como modelos animais em pesquisas biomédicas, devido à sua proximidade genética com os humanos e à sua resposta semelhante a doenças humanas. Além disso, os cães têm sido utilizados com sucesso em terapias assistidas e como animais de serviço para pessoas com deficiências físicas ou mentais.

Os "bloqueadores dos canais de sódio" são um tipo de fármaco que atua bloqueando os canais de sódio dependentes de voltagem nas membranas celulares. Esses canais desempenham um papel crucial no processo de despolarização e repolarização das células excitáveis, como as células musculares e nervosas.

Quando os canais de sódio estão bloqueados, o fluxo de sódio para dentro da célula é reduzido, o que impede ou diminui a capacidade da célula de se despolarizar completamente. Isso, por sua vez, interfere na geração e propagação dos potenciais de ação, o que pode resultar em uma variedade de efeitos fisiológicos, dependendo do tipo e localização dos canais bloqueados.

Existem diferentes classes de bloqueadores dos canais de sódio, cada uma com suas próprias propriedades farmacológicas e indicadas para o tratamento de diferentes condições clínicas. Alguns exemplos incluem:

* Antiarrítmicos: utilizados no tratamento de arritmias cardíacas, como a fibrilação atrial e a taquicardia ventricular. Exemplos incluem a procainamida, a flecainida e a sotalol.
* Antiepiléticos: utilizados no tratamento de convulsões e outras formas de epilepsia. Exemplos incluem a fenitoína, a carbamazepina e a lamotrigina.
* Analgésicos: utilizados no tratamento do dolor de cabeça em migrâncias e cluster headaches. Exemplos incluem a topiramato e o valproato.

Como qualquer medicamento, os bloqueadores dos canais de sódio podem causar efeitos adversos e interações com outros fármacos, por isso é importante que sejam utilizados apenas sob orientação médica.

O mapeamento epicárdico é um procedimento diagnóstico utilizado em cardiologia para localizar e caracterizar arritmias cardíacas, como a fibrilação atrial (FA) e a taquicardia ventricular (TV). Consiste em gravar e mapear a atividade elétrica do coração através de cateteres colocados no epicárdio, a membrana externa do coração.

Durante o procedimento, um eletrófisiologista inserirá um cateter especial no coração através da veia femoral ou jugular. Esse cateter possui eletrodos que podem detectar e mapear a atividade elétrica do coração. O mapeamento permite identificar as regiões do coração onde as arritmias estão sendo geradas, o que pode ajudar no planejamento de tratamentos, como ablação por cateter ou cirurgia para corrigir ou interromper a arritmia.

É importante ressaltar que o mapeamento epicárdico geralmente é realizado em casos mais complexos, quando as técnicas de mapeamento endocárdico (do interior do coração) não fornecem informações suficientes para o tratamento das arritmias.

'Fatores de tempo', em medicina e nos cuidados de saúde, referem-se a variáveis ou condições que podem influenciar o curso natural de uma doença ou lesão, bem como a resposta do paciente ao tratamento. Esses fatores incluem:

1. Duração da doença ou lesão: O tempo desde o início da doença ou lesão pode afetar a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento. Em geral, um diagnóstico e tratamento precoces costumam resultar em melhores desfechos clínicos.

2. Idade do paciente: A idade de um paciente pode influenciar sua susceptibilidade a determinadas doenças e sua resposta ao tratamento. Por exemplo, crianças e idosos geralmente têm riscos mais elevados de complicações e podem precisar de abordagens terapêuticas adaptadas.

3. Comorbidade: A presença de outras condições médicas ou psicológicas concomitantes (chamadas comorbidades) pode afetar a progressão da doença e o prognóstico geral. Pacientes com várias condições médicas costumam ter piores desfechos clínicos e podem precisar de cuidados mais complexos e abrangentes.

4. Fatores socioeconômicos: As condições sociais e econômicas, como renda, educação, acesso a cuidados de saúde e estilo de vida, podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento e progressão de doenças. Por exemplo, indivíduos com baixa renda geralmente têm riscos mais elevados de doenças crônicas e podem experimentar desfechos clínicos piores em comparação a indivíduos de maior renda.

5. Fatores comportamentais: O tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a má nutrição e a falta de exercícios físicos regularmente podem contribuir para o desenvolvimento e progressão de doenças. Pacientes que adotam estilos de vida saudáveis geralmente têm melhores desfechos clínicos e uma qualidade de vida superior em comparação a pacientes com comportamentos de risco.

6. Fatores genéticos: A predisposição genética pode influenciar o desenvolvimento, progressão e resposta ao tratamento de doenças. Pacientes com uma história familiar de determinadas condições médicas podem ter um risco aumentado de desenvolver essas condições e podem precisar de monitoramento mais apertado e intervenções preventivas mais agressivas.

7. Fatores ambientais: A exposição a poluentes do ar, água e solo, agentes infecciosos e outros fatores ambientais pode contribuir para o desenvolvimento e progressão de doenças. Pacientes que vivem em áreas com altos níveis de poluição ou exposição a outros fatores ambientais de risco podem precisar de monitoramento mais apertado e intervenções preventivas mais agressivas.

8. Fatores sociais: A pobreza, o isolamento social, a violência doméstica e outros fatores sociais podem afetar o acesso aos cuidados de saúde, a adesão ao tratamento e os desfechos clínicos. Pacientes que experimentam esses fatores de estresse podem precisar de suporte adicional e intervenções voltadas para o contexto social para otimizar seus resultados de saúde.

9. Fatores sistêmicos: As disparidades raciais, étnicas e de gênero no acesso aos cuidados de saúde, na qualidade dos cuidados e nos desfechos clínicos podem afetar os resultados de saúde dos pacientes. Pacientes que pertencem a grupos minoritários ou marginalizados podem precisar de intervenções específicas para abordar essas disparidades e promover a equidade em saúde.

10. Fatores individuais: As características do paciente, como idade, sexo, genética, história clínica e comportamentos relacionados à saúde, podem afetar o risco de doenças e os desfechos clínicos. Pacientes com fatores de risco individuais mais altos podem precisar de intervenções preventivas personalizadas para reduzir seu risco de doenças e melhorar seus resultados de saúde.

Em resumo, os determinantes sociais da saúde são múltiplos e interconectados, abrangendo fatores individuais, sociais, sistêmicos e ambientais que afetam o risco de doenças e os desfechos clínicos. A compreensão dos determinantes sociais da saúde é fundamental para promover a equidade em saúde e abordar as disparidades em saúde entre diferentes grupos populacionais. As intervenções que abordam esses determinantes podem ter um impacto positivo na saúde pública e melhorar os resultados de saúde dos indivíduos e das populações.

"Canal de potássio éter-a-go-go" (EAG, do inglés "ether-à-go-go") refere-se a um tipo específico de canal iônico de potássio que foi descoberto por meio de estudos com a mosca-da-fruta, *Drosophila melanogaster*. Esses canais são denominados "éter-a-go-go" porque mutações nesses genes causam uma resposta exagerada à droga éter em experimentos comportamentais com as moscas.

Os canais de potássio EAG desempenham um papel importante na regulação do potencial de repouso e da excitabilidade celular em diferentes tipos de células, incluindo neurônios e células musculares. Eles são permeáveis ao íon potássio (K+) e desempenham um papel crucial no processo de repolarização do potencial de ação.

As mutações nos genes que codificam os canais de potássio EAG estão associadas a várias condições clínicas, incluindo determinados tipos de arritmias cardíacas e epilepsia. Além disso, pesquisas recentes sugerem que esses canais podem desempenhar um papel na regulação da resposta à dor e no desenvolvimento do câncer.

A cavidade pleural é o espaço fisiológico que separa as membranas serosas parietal e visceral que revestem os pulmões e a parede do tórax. Normalmente, esses dois folhetos estão em contato íntimo e contêm apenas uma pequena quantidade de fluido lubrificante para permitir o deslizamento suave durante a respiração. No entanto, em certas condições patológicas, como na presença de infecções, tumores ou inflamações, esse espaço pode se encher de líquido ou ar, resultando em derrame pleural ou pneumotórax, respectivamente. Essas condições podem comprimir o pulmão e causar sintomas respiratórios graves. A anatomia e fisiologia da cavidade pleural são fundamentais para a compreensão do funcionamento normal dos pulmões e das doenças associadas à região.

Electroencephalography (EEG) is a medical procedure that records electrical activity in the brain. It's non-invasive and typically involves attaching small metal electrodes to the scalp with a special paste or conductive cap. These electrodes detect tiny electrical charges that result from the activity of neurons (brain cells) communicating with each other. The EEG machine amplifies these signals and records them, producing a visual representation of brain waves.

EEG is primarily used to diagnose and monitor various conditions related to the brain, such as epilepsy, sleep disorders, brain tumors, strokes, encephalitis, and other neurological disorders. It can also be used during certain surgical procedures, like brain mapping for seizure surgery or during surgeries involving the brain's blood supply.

There are different types of EEG recordings, including routine EEG, ambulatory (or prolonged) EEG, sleep-deprived EEG, and video EEG monitoring. Each type has specific indications and purposes, depending on the clinical situation. Overall, EEG provides valuable information about brain function and helps healthcare professionals make informed decisions regarding diagnosis and treatment.

O Canal de Sódio Disparado por Voltagem NAV1.5, também conhecido como SCN5A, refere-se a um gene que fornece instruções para produzir uma proteína chamada canal de sódio dependente de voltagem alpha subunidade 5. Esta proteína é uma parte importante do canal de sódio no coração, que permite que o sódio se mova para dentro das células cardíacas.

O canal de sódio desempenha um papel crucial na regulação do ritmo cardíaco e na propagação dos batimentos cardíacos através do músculo cardíaco. O gene SCN5A fornece as instruções para a formação de uma proteína que é essencial para o funcionamento adequado do canal de sódio no coração.

Mutações neste gene podem resultar em várias condições cardíacas, incluindo síndrome do QT longo, bradicardia sinusal familiar e outras arritmias cardíacas graves. Essas condições podem aumentar o risco de desmaios, batimentos cardíacos irregulares e morte súbita cardíaca.

Na neurobiologia, uma sinapse é a junção funcional entre dois neurônios (ou entre um neurônio e outro tipo de célula, como uma célula muscular) na qual o sinal elétrico gerado pelo potencial de ação no neurôio presináptico é convertido em um sinal químico. Isso ocorre através da liberação de neurotransmissores que se ligam a receptores específicos no neurônio pós-sináptico, desencadeando uma resposta elétrica nesta célula. A sinapse permite assim a comunicação e transmissão de sinais entre diferentes neurônios e é fundamental para a organização e funcionamento do sistema nervoso central.

Optogenética é um campo interdisciplinar que combina a genética e a óptica para controlar células específicas em organismos vivos usando luz. Isso geralmente envolve a expressão de genes que codificam proteínas sensíveis à luz, chamadas opsinas, em células-alvo selecionadas. Essas opsinas podem ser ativadas ou desativadas por diferentes comprimentos de onda da luz, permitindo o controle preciso e reversível da atividade celular.

Em um contexto médico, a optogenética tem mostrado grande promessa como uma ferramenta para investigar e potencialmente tratar doenças neurológicas e outras condições médicas. Por exemplo, pesquisadores têm usado a optogenética para controlar a atividade de circuitos neuronais específicos em modelos animais de doença de Parkinson, epilepsia e depressão, com o objetivo de desenvolver novas estratégias terapêuticas. No entanto, é importante notar que a optogenética ainda está em sua infância como uma tecnologia clínica e enfrenta desafios significativos antes de ser amplamente aplicada em pacientes humanos.

Em termos médicos, a "sinalização do cálcio" refere-se ao processo de regulação e comunicação celular envolvendo variações nos níveis de cálcio intracelular. O cálcio é um íon essencial que desempenha um papel crucial como mensageiro secundário em diversas vias de sinalização dentro da célula.

Em condições basais, a concentração de cálcio no citoplasma celular é mantida em níveis baixos, geralmente abaixo de 100 nanomolares (nM). Contudo, quando ocorrem estímulos específicos, como hormonas ou neurotransmissores, as células podem aumentar rapidamente os níveis de cálcio intracelular para milhares de nM. Essas variações nos níveis de cálcio ativam diversas proteínas e enzimas, desencadeando uma cascata de eventos que resultam em respostas celulares específicas, tais como a contração muscular, secreção de hormônios ou neurotransmissores, diferenciação celular, proliferação e apoptose.

Existem dois principais mecanismos responsáveis pelo aumento rápido dos níveis de cálcio intracelular: o primeiro é a entrada de cálcio através de canais iónicos dependentes de voltagem localizados nas membranas plasmáticas e do retículo sarcoplásmico (RS); o segundo mecanismo consiste na liberação de cálcio armazenado no RS por meio de canais de receptores associados a IP3 (IP3R) ou ryanodina (RyR). Quando os níveis de cálcio intracelular retornam ao estado basal, as células utilizam bombas de transporte ativas de cálcio, como a bomba de sódio-cálcio e a bomba de cálcio do RS, para extrudir o cálcio em excesso e manter o equilíbrio iónico.

Devido à sua importância na regulação de diversos processos celulares, o sistema de sinalização de cálcio é um alvo terapêutico importante para o tratamento de várias doenças, incluindo hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, diabetes, câncer e doenças neurodegenerativas.

Um bloqueio cardíaco ocorre quando a condução elétrica do coração é interrompida ou atrasada, resultando em uma frequência cardíaca anormalmente lenta ou ausente. Existem dois tipos principais de bloqueio cardíaco: o bloqueio auriculoventricular (BAV) e o bloqueio de ramo.

No BAV, a comunicação elétrica entre as câmaras superior (átrios) e inferior (ventrículos) do coração é interrompida ou atrasada. Isso pode resultar em uma frequência cardíaca lenta (bradicardia) ou ausente (asistolia). O BAV pode ser classificado como de primeiro, segundo ou terceiro grau, dependendo da gravidade do bloqueio.

No bloqueio de ramo, a condução elétrica é interrompida em um dos dois ramos que conduzem os sinais elétricos dos nódulos auriculoventriculares aos ventrículos. Isso pode resultar em uma frequência cardíaca ligeiramente desacelerada ou anormal, mas geralmente não é tão grave quanto o BAV de segundo ou terceiro grau.

Os sinais e sintomas de um bloqueio cardíaco podem incluir tontura, falta de ar, fadiga, desmaios ou batimentos cardíacos irregulares. Em casos graves, o bloqueio cardíaco pode ser uma emergência médica que requer tratamento imediato, como a colocação de um marcapasso temporário ou permanente para regularizar a frequência cardíaca.

Em termos médicos, a "função ventricular" refere-se à capacidade dos ventrículos do coração em realizar suas respectivas funções de bombear efeiva e eficientemente. Existem quatro câmaras no coração: duas aurículas na parte superior e dois ventrículos na parte inferior. As aurículas recebem o sangue e os ventrículos pompam o sangue para fora do coração.

Os ventrículos desempenham um papel crucial no sistema circulatório, pois são responsáveis por impulsionar o sangue oxigenado para todo o corpo (ventrículo esquerdo) e o sangue desoxigenado de volta ao pulmão para ser reoxigenado (ventrículo direito). A função ventricular é geralmente avaliada por meio de exames como ecocardiogramas, que permitem aos médicos avaliar a capacidade dos ventrículos em se contrair e relaxar, bem como o volume e a pressão do sangue neles.

A disfunção ventricular pode ser causada por diversas condições, incluindo doenças cardiovasculares, doenças genéticas ou outras afecções que danificam o músculo cardíaco. A disfunção ventricular grave pode levar a insuficiência cardíaca e outras complicações graves de saúde.

Na neurobiologia, a transmissão sináptica refere-se ao processo de comunicação entre dois neurônios (células nervosas) ou entre um neurônio e outro tipo de célula, como uma célula muscular. Este processo ocorre na sinapse, a junção especializada entre as duas células, onde a informação é transmitida através da libertação e detecção de neurotransmissores.

A transmissão sináptica pode ser dividida em dois tipos principais: elétrica e química. A transmissão sináptica elétrica ocorre quando as diferenças de potencial elétrico entre os neurôios pré- e pós-sinápticos são passadas diretamente por meio de conexões especializadas chamadas uniões gap.

No entanto, a maioria das sinapses utiliza a transmissão sináptica química, que envolve a libertação de neurotransmissores armazenados em vesículas sinápticas na terminália axonal (extremidade do neurônio pré-sináptico). Quando um potencial de ação alcança a terminália axonal, isto desencadeia o processo de exocitose, no qual as vesículas sinápticas se fundem com a membrana plasmática e libertam os neurotransmissores no espaço sináptico.

Em seguida, os neurotransmissores difundem-se através do espaço sináptico e ligam-se a receptores específicos na membrana plasmática do neurônio pós-sináptico. Isto pode resultar em alterações no potencial de membrana da célula pós-sináptica, levando potencialmente a um novo potencial de ação se os limiares forem atingidos. Após a transmissão, os neurotransmissores são reciclados ou degradados, preparando o sistema para a próxima ronda de sinalização sináptica.

Em resumo, a transmissão sináptica é um processo fundamental na comunicação entre neurônios e é essencial para a função cerebral normal. A disfunção neste processo pode contribuir para diversas condições neurológicas e psiquiátricas, incluindo doenças neurodegenerativas, transtornos de humor e transtornos do espectro autista.

"Xenopus laevis" é o nome científico de uma espécie de rã africana conhecida como rã-da-África-do-Sul ou rã-comum-africana. É amplamente utilizada em pesquisas biomédicas, especialmente na área da genética e embriologia, devido às suas características reprodutivas únicas e facilidade de manuseio em laboratório. A rã-da-África-do-Sul é originária dos lagos e riachos do sul e leste da África. É uma espécie adaptável que pode sobreviver em diferentes habitats aquáticos e terrestres, o que a torna um modelo ideal para estudos ecológicos e evolutivos. Além disso, seu genoma foi sequenciado, fornecendo informações valiosas para a compreensão da biologia molecular e celular dos vertebrados.

Eletrodos implantados referem-se a dispositivos médicos que são inseridos cirurgicamente no corpo humano, geralmente no cérebro ou na medula espinhal, para fins terapêuticos ou de pesquisa. Eles são usados em uma variedade de procedimentos, como estimulação cerebral profunda (ECP) e gravação de sinais neurais.

Os eletrodos implantados geralmente são feitos de materiais biocompatíveis, tais como platina iridiada ou ósmio, que são capazes de conduzir a corrente elétrica. Eles possuem uma extremidade afiada para facilitar a inserção no tecido nervoso e contatos alongados na extremidade oposta para fornecer a estimulação ou gravação dos sinais neurais.

A colocação desses eletrodos é geralmente realizada com o auxílio de sistemas de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), para garantir a precisão da inserção. Após a implantação, os eletrodos são conectados a um gerador de impulsos, que gera pulsos elétricos que são transmitidos através dos eletrodos para estimular as células nervosas.

A estimulação cerebral profunda é uma técnica amplamente utilizada em pacientes com doenças neurológicas graves, como a doença de Parkinson, distonia e tremores essenciais. Além disso, os eletrodos implantados também são usados em pesquisas científicas para entender melhor o funcionamento do cérebro e desenvolver novas terapias para doenças neurológicas e psiquiátricas.

L'elettrodiagnosi è una metodologia diagnostica che registra e analizza l'attività elettrica dei nervi e dei muscoli del corpo umano. Viene comunemente utilizzata per identificare i disturbi neuromuscolari, come neuropatie, miopatie e radicolopatie. L'elettrodiagnosi include una varietà di test, tra cui la elettroencefalografia (EEG), la registrazione dell'attività elettrocardiografica (ECG), la potenziale evocato somatosensoriale (SEP), la potenziale evocata motoria (MEP) e l'elettromiografia (EMG). Questi test possono aiutare a diagnosticare condizioni come lesioni nervose, ernie del disco, malattie muscolari, lesioni al midollo spinale e altre patologie che colpiscono il sistema nervoso periferico. L'elettrodiagnosi è considerata una procedura sicura e non invasiva quando eseguita da un professionista sanitario qualificato.

Electrooculography (EOG) is a medical technique used to measure the resting potential of the eye and the small electrical changes that occur when the eyes move. It involves placing electrodes near the eyes to detect these tiny electrical signals, which can then be used to infer information about eye movements and position.

EOG is often used in research settings to study eye movement control and related neurological conditions, and it can also have clinical applications in diagnosing and monitoring certain disorders, such as some types of ocular motility dysfunction and brainstem death. However, it has largely been replaced by video-based eye tracking methods for many applications due to their greater ease of use and higher spatial resolution.

Os ventrículos do coração são as câmaras inferioras dos dois compartimentos do coração, responsáveis pelo bombeamento do sangue para fora do coração. Existem dois ventrículos: o ventrículo esquerdo e o ventrículo direito.

O ventrículo esquerdo recebe o sangue oxigenado do átrio esquerdo e o bombeia para a artéria aorta, que distribui o sangue oxigenado para todo o corpo. O ventrículo esquerdo é a câmara muscular mais grossa e forte no coração, pois tem que gerar uma pressão muito maior para impulsionar o sangue para todos os tecidos e órgãos do corpo.

O ventrículo direito recebe o sangue desoxigenado do átrio direito e o bombeia para a artéria pulmonar, que leva o sangue desoxigenado para os pulmões para ser oxigenado. O ventrículo direito é mais delgado e menos muscular do que o ventrículo esquerdo, pois a pressão necessária para bombear o sangue para os pulmões é menor.

A válvula mitral separa o átrio esquerdo do ventrículo esquerdo, enquanto a válvula tricúspide separa o átrio direito do ventrículo direito. A válvula aórtica se localiza entre o ventrículo esquerdo e a artéria aorta, enquanto a válvula pulmonar está localizada entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar. Essas válvulas garantem que o sangue flua em apenas uma direção, evitando o refluxo do sangue.

Desenho de equipamento, em termos médicos ou de engenharia biomédica, refere-se ao processo de projetar e desenvolver dispositivos, instrumentos ou sistemas que sejam seguros, eficazes e ergonômicos para uso em contextos clínicos ou hospitalares. Isso pode incluir uma ampla gama de produtos, desde equipamentos simples como seringas e bisturis até dispositivos complexos como monitores cardíacos, ressonâncias magnéticas e sistemas de imagem médica.

O processo de design de equipamento envolve uma série de etapas, incluindo a pesquisa de necessidades dos usuários, definição do problema, geração de ideias, prototipagem, testes e avaliação. A segurança e a eficácia são considerações fundamentais em todos os aspectos do design, e os designers devem seguir as normas e regulamentos relevantes para garantir que o equipamento seja adequado ao seu propósito e não cause danos aos pacientes ou operadores.

Além disso, o design de equipamento também deve levar em conta considerações ergonômicas, tais como a facilidade de uso, a acessibilidade e a comodidade do usuário. Isso pode envolver a seleção de materiais adequados, a criação de interfaces intuitivas e a minimização da fadiga relacionada ao uso do equipamento.

Em resumo, o design de equipamento é um processo complexo e multidisciplinar que envolve uma combinação de ciência, engenharia, arte e design centrado no usuário para criar soluções inovadoras e eficazes para as necessidades dos pacientes e dos profissionais de saúde.

Uma marca-passo artificial, também conhecida como prótese de membro inferior ou perna protética, é um dispositivo ortopédico projetado para substituir uma perna ausente ou danificada. Ela funciona através da simulação do movimento natural da perna durante a marcha, permitindo que o usuário se locomova com segurança e independência.

A marca-passo artificial é composta por várias partes, incluindo um socket, que se encaixa na parte superior da coxa do usuário; uma junta mecânica ou de alta tecnologia, como uma prótese de joelho microprocessada, que fornece flexão e extensão durante a marcha; um pé protético, que absorve o impacto ao andar e proporciona estabilidade; e uma haste ou coluna, que conecta o socket ao pé.

A tecnologia utilizada em marcas-passos artificiais tem evoluído significativamente nos últimos anos, com a introdução de materiais leves e duráveis, além de joelhos protéticos mais sofisticados que podem adaptar-se automaticamente à velocidade do passo e à inclinação do terreno. Isso permite uma marcha mais natural e confortável para o usuário, reduzindo a fadiga e o risco de lesões.

A indicação médica para o uso de marcas-passos artificiais pode incluir amputações traumáticas ou cirúrgicas devido a doenças vasculares periféricas, como diabetes ou insuficiência arterial, tumores ósseos ou neurológicos, e outras condições que afetam a integridade estrutural da perna. A prescrição de uma marca-passo artificial é geralmente feita por um médico especialista em reabilitação, como um fisiatra ou ortopedista, após uma avaliação cuidadosa dos objetivos funcionais e necessidades do paciente.

Gama-aminobutírico (GABA) é um neurotransmissor importante no sistema nervoso central de mamíferos e outros animais. É classificado como um inibidor do neurotransmissão, o que significa que ele reduz a atividade neuronal. A GABA desempenha um papel crucial em processos como o controle da excitação nervosa, a regulação do humor e a modulação da resposta ao estresse.

O ácido gama-aminobutírico é sintetizado no cérebro a partir do aminoácido glutamato, que por sua vez é obtido através da dieta ou da degradação de outros aminoácidos. A produção de GABA é catalisada pela enzima glutamato descarboxilase (GAD), e a inativação do neurotransmissor é mediada pela enzima GABA transaminase (GABA-T).

Devido à sua importância no controle da excitação nervosa, o sistema GABAérgico tem sido alvo de pesquisas e desenvolvimento farmacológico para o tratamento de diversos distúrbios neurológicos e psiquiátricos, como epilepsia, ansiedade e insônia. Alguns medicamentos comuns que atuam no sistema GABAérgico incluem benzodiazepínicos, barbitúricos e anticonvulsivantes.

Os Canais de Potássio de Retificação Tardia, também conhecidos como canais de potássio dependentes de voltagem com inativação lenta (SV channels), são um tipo específico de canal iônico que desempenham um papel crucial no processo de repolarização do potencial de ação cardíaco.

Esses canais são permeáveis ao íon potássio e suas características distintivas incluem:

1. Dependência de voltagem: Os canais se abrem em resposta a uma mudança na voltagem, geralmente durante a fase de despolarização do potencial de ação.
2. Inativação lenta: Após a ativação inicial, os canais levam um tempo relativamente longo para se inativar completamente, mantendo-se abertos por mais tempo do que outros tipos de canais de potássio dependentes de voltagem.
3. Retificação tardia: Devido à sua inativação lenta, esses canais permitem um fluxo contínuo de íons potássio para fora da célula durante a fase de repolarização, o que resulta em uma "retificação" ou correção do potencial de membrana em direção ao potencial de equilíbrio do íon potássio.

Em condições normais, os Canais de Potássio de Retificação Tardia ajudam a garantir uma repolarização adequada e uniforme dos miocárdios ventriculares, o que é essencial para a manutenção do ritmo cardíaco normal. No entanto, em certas condições patológicas, como doenças cardiovasculares e uso de drogas, esses canais podem ser afetados, levando a arritmias graves, como a síndrome do QT longo.

Taquicardia Paroxística é um tipo de arritmia cardíaca (perturbação do ritmo cardíaco) que se caracteriza por episódios súbitos e geralmente de curta duração de batimentos cardíacos acelerados, com frequências superiores a 100 batimentos por minuto. Esses episódios podem começar e terminar abruptamente e podem ser desencadeados por estresse emocional, exercício físico ou outros fatores desencadeantes. A taquicardia paroxística pode originar-se em diferentes partes do coração, levando a diferentes tipos de arritmias, como a Taquicardia Paroxística Supraventricular (TPS) e a Taquicardia Ventricular Paroxística (TVP). A TPS é uma arritmia que começa no átrio ou no nó AV do coração, enquanto a TVP se origina nos ventrículos. Embora muitas vezes benigna, a taquicardia paroxística pode causar sintomas desagradáveis, como palpitações cardíacas, tontura, falta de ar e desmaios, e em alguns casos pode ser um sinal de problemas cardiovasculares subjacentes mais graves. O tratamento depende da causa subjacente e pode incluir medicação, procedimentos ablativos ou o uso de um marcapasso.

A condução nervosa é um termo usado em neurologia para descrever a transmissão de impulsos nervosos por meio de fibras nervosas. Essas fibras são cobertas por uma membrana chamada mielina, que permite a propagação rápida e eficiente dos sinais elétricos ao longo delas.

Em condições saudáveis, a condução nervosa é responsável por permitir que os sinais viajem entre diferentes partes do sistema nervoso central e periférico, permitindo a comunicação entre o cérebro e outras partes do corpo. No entanto, em algumas condições neurológicas, a condução nervosa pode ser afetada, resultando em sintomas como fraqueza muscular, formigamento, dormência ou perda de sensibilidade em diferentes partes do corpo.

A avaliação da condução nervosa é uma técnica amplamente utilizada em neurologia clínica para ajudar no diagnóstico de várias condições neurológicas, como neuropatias periféricas, compressões nervosas e doenças musculares. Essa avaliação geralmente envolve a estimulação elétrica das fibras nervosas e a gravação dos sinais resultantes em diferentes pontos ao longo do nervo, permitindo a medição da velocidade e amplitude dos impulsos nervosos.

O hipocampo é uma estrutura do cérebro em forma de bota com duas projeções curvadas localizadas no lobo temporal medial, parte do sistema límbico. Possui um papel fundamental na memória e nas funções cognitivas, particularmente na formação de memórias declarativas e espaciais a longo prazo. Além disso, o hipocampo desempenha um papel importante no processamento da nossa experiência emocional e no estabelecimento do contexto em que essas experiências ocorrem.

Lesões ou danos no hipocampo podem resultar em déficits na memória, como no caso de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer, e também estão associados à depressão clínica e outros transtornos mentais. O hipocampo é um dos primeiros locais afetados pela doença de Alzheimer, o que explica por que os pacientes com essa doença frequentemente apresentam problemas de memória a curto prazo.

Apesar de sua importância no funcionamento cognitivo e emocional, o hipocampo é um dos poucos locais do cérebro onde as novas células nervosas (neurônios) podem se formar durante a vida adulta, um processo chamado neurogênese adulta. Essa capacidade de regeneração pode ser estimulada por meio de exercícios físicos regulares e outras atividades que promovem o bem-estar geral do indivíduo.

Em medicina e neurologia, "potenciais evocados" referem-se a respostas elétricas enregistradas em diferentes partes do sistema nervoso central (SNC), geralmente no cérebro ou medula espinhal, em resposta a estímulos específicos aplicados a outros sentidos ou órgãos. Estes potenciais evocados são usados clinicamente como ferramentas diagnósticas para avaliar o funcionamento dos nervos e do cérebro, especialmente no que diz respeito à velocidade de condução nervosa e integridade das vias nervosas.

Existem diferentes tipos de potenciais evocados, dependendo do tipo de estímulo utilizado:

1. Potenciais Evocados Somes térmicos ou elétricos (PES): são obtidos após a aplicação de um estímulo doloroso ou não doloroso em um nervo periférico, geralmente no membro superior ou inferior. A resposta é registada sobre o couro cabeludo e fornece informações sobre a integridade do trato sensitivo e da velocidade de condução nervosa dos nervos periféricos e da medula espinhal.
2. Potenciais Evocados Visuais (PEV): são obtidos após a exposição a um estímulo luminoso, geralmente uma luz intermitente ou um padrão visual específico. A resposta é registada sobre o couro cabeludo e fornece informações sobre a integridade do sistema visual e da via óptica, incluindo a velocidade de condução nervosa dos neurónios responsáveis pela transmissão dos sinais visuais.
3. Potenciais Evocados Auditivos (PEA): são obtidos após a exposição a um estímulo sonoro, geralmente um clique ou uma série de cliques. A resposta é registada sobre o couro cabeludo e fornece informações sobre a integridade do sistema auditivo e da via auditiva, incluindo a velocidade de condução nervosa dos neurónios responsáveis pela transmissão dos sinais sonoros.
4. Potenciais Evocados Somatossensoriais (PESS): são obtidos após a exposição a um estímulo táctil, geralmente uma vibração ou um choque eléctrico leve. A resposta é registada sobre o couro cabeludo e fornece informações sobre a integridade do sistema somatossensorial e da via sensitiva, incluindo a velocidade de condução nervosa dos neurónios responsáveis pela transmissão dos sinais tácteis.

Os potenciais evocados são técnicas diagnósticas úteis no estudo das vias sensoriais e da integridade do sistema nervoso periférico e central. Podem ser utilizados na avaliação de lesões neurológicas, incluindo neuropatias periféricas, compressões nervosas, lesões da medula espinal e do tronco encefálico, e no estudo dos processos desmielinizantes, como a esclerose múltipla. Também podem ser utilizados na avaliação da função cognitiva e na pesquisa científica.

Os oócitos são células germinativas femininas imaturas que se encontram no ovário e contêm todo o material genético necessário para a formação de um óvulo maduro. Durante o desenvolvimento embrionário, as células germinativas primordiais migram para os rins fetais e, posteriormente, para os ovários em desenvolvimento. As células germinativas primordiais se transformam em oócitos durante a infância e permanecem inactivos até à puberdade.

Existem dois tipos principais de oócitos: os oócitos primários e os oócitos secundários. Os oócitos primários são as células germinativas imaturas que ainda não sofreram a divisão meiótica completa, enquanto que os oócitos secundários já completaram a primeira divisão meiótica e contêm apenas metade do número normal de cromossomas.

Durante cada ciclo menstrual, um oócito secundário é recrutado para começar a segunda divisão meiótica, processo que resulta na formação de um óvulo maduro e um corpúsculo polar. O óvulo maduro é libertado do ovário durante a ovulação e pode ser fecundado por um espermatozoide para formar um zigoto, enquanto que o corpúsculo polar degenera-se e é reabsorvido pelo organismo.

Os oócitos são células extremamente sensíveis e vulneráveis ao estresse oxidativo, radiação ionizante e outros fatores ambientais adversos, o que pode levar à sua degeneração e reduzir a reserva ovárica de uma mulher. A diminuição da reserva ovárica está associada à menopausa precoce e à infertilidade feminina.

Em medicina e fisiologia, um eletrodo é um dispositivo que serve como ponto de contato para a transferência de elétrons (correntes iônicas) ou sinal elétrico entre um objeto ou sistema biológico (como a pele humana ou tecido interno) e um instrumento externo, geralmente um equipamento de aquisição de sinais eletromédicos.

Existem diferentes tipos de eletrodos projetados para fins específicos, como:

1. Eletrodos de superfície: São colocados na superfície da pele e são usados em registros de eletrocardiogramas (ECG), eletroencefalogramas (EEG) e eletromiogramas (EMG) de superfície.

2. Eletrodos invasivos: São introduzidos no corpo, geralmente através de uma agulha ou sonda, para registrar sinais elétricos internos, como nos casos de eletrocardiogramas intracardíacos (ICD) e eletroencefalogramas invasivos.

3. Eletrodos de monitoramento contínuo: São utilizados em dispositivos médicos implantáveis, como marcapassos cardíacos e desfibriladores automáticos implantáveis (DAI), para detectar ritmos anormais do coração e entregar terapia elétrica quando necessário.

4. Eletrodos de estimulação: São usados em dispositivos de neuroestimulação, como os utilizados no tratamento da dor crônica ou distúrbios do movimento, para enviar impulsos elétricos aos nervos periféricos ou diretamente ao cérebro.

5. Eletrodos de microbiologia: São usados em pesquisas laboratoriais e clínicas para estudar o comportamento de células, tecidos e microrganismos sob estimulação elétrica.

Em resumo, os eletrodos são componentes essenciais dos dispositivos médicos que detectam, monitoram e controlam sinais elétricos no corpo humano. A escolha do tipo de eletrodo a ser utilizado depende da aplicação clínica específica e das necessidades do paciente.

Taquicardia Ventricular é um tipo de arritmia cardíaca (distúrbio do ritmo cardíaco), na qual ocorrem batimentos cardíacos muito rápidos e anormais, originados a partir dos ventrículos, as câmaras inferiores do coração responsáveis pela contração forte que impulsiona o sangue para fora do coração. Geralmente, isso ocorre acima de 100 batimentos por minuto.

Este tipo de taquicardia pode ser desencadeada por diversas condições, como doenças cardiovasculares (como cardiopatias isquêmicas, miocardite, ou insuficiência cardíaca), uso de drogas e estimulantes, desequilíbrios eletrólíticos, entre outros fatores. Em alguns casos, a taquicardia ventricular pode ser uma complicação de um infarto agudo do miocárdio (ATQMI).

A Taquicardia Ventricular pode ser classificada em:
- Monomórfica: os batimentos cardíacos apresentam a mesma morfologia elétrica, indicando que estão originados de um único foco.
- Polimórfica: os batimentos cardíacos têm diferentes morfologias elétricas, sugerindo que estão sendo gerados por múltiplos focos ou que estes estão se propagando irregularmente através do tecido ventricular.

A Taquicardia Ventricular pode ser perigosa e potencialmente fatal, especialmente quando prolongada no tempo ou associada a sintomas graves, como falta de ar, dor no peito, desmaios ou choque. Em casos graves, o tratamento geralmente inclui medicação antiarrítmica, cardioversão elétrica (aplicação de choques elétricos no peito para restaurar o ritmo cardíaco normal) e, em alguns casos, a implantação de um desfibrilador automático implantável (DAI).

Taquicardia por Reentrada no Nó Atrioventricular (TRNA) é um tipo específico de arritmia cardíaca, ou seja, uma condição em que ocorre uma batida cardíaca rápida e anormal. A TRNA ocorre quando há uma via elétrica adicional no nó atrioventricular (NVA), que é a estrutura do coração responsável por regular a condução dos sinais elétricos entre as câmaras superiores (átrios) e inferiores (ventrículos) do coração.

Em condições normais, os sinais elétricos seguem um caminho único através do NVA, o que garante uma condução controlada e eficiente dos impulsos elétricos. No entanto, em algumas pessoas, pode haver uma via elétrica adicional no NVA, criando a possibilidade de um circuito de reentrada. Isso significa que os sinais elétricos podem circular repetidamente entre as duas vias, resultando em uma frequência cardíaca rápida e anormal.

A TRNA geralmente se manifesta como episódios de palpitações, tonturas, falta de ar ou desmaios leves. Em alguns casos, pode ser associada a sintomas mais graves, como dor no peito ou perda de consciência. O diagnóstico geralmente é feito por meio de um exame chamado holter, que registra a atividade elétrica do coração ao longo de 24 horas ou mais. O tratamento pode incluir medicamentos, ablação por cateter e, em casos graves, implantação de um marcapasso ou desfibrilador cardioversor implantável (DCI).

Antiarrítmicos são medicamentos usados para tratar e prevenir ritmos cardíacos irregulares ou anormais, também conhecidos como arritmias. Eles funcionam modificando a atividade elétrica do coração, restaurando um ritmo cardíaco normal e regularizando a condução elétrica entre as células do músculo cardíaco.

Existem diferentes classes de antiarrítmicos, cada uma com mecanismos de ação específicos. Algumas classes incluem:

1. Classe I: Esses medicamentos bloqueiam os canais de sódio no coração, o que diminui a velocidade de propagação dos impulsos elétricos e prolonga o período refratário (o tempo em que as células cardíacas não respondem a estímulos adicionais). A classe I é dividida em três subclasses (IA, IB e IC), dependendo da duração do bloqueio dos canais de sódio.
2. Classe II: Esses medicamentos são betabloqueadores, que bloqueiam os receptores beta-adrenérgicos no coração. Eles reduzem a frequência cardíaca e a excitabilidade do músculo cardíaco, o que pode ajudar a prevenir arritmias.
3. Classe III: Esses medicamentos prolongam o período refratário das células cardíacas, impedindo que elas sejam estimuladas excessivamente e desenvolvam arritmias. Eles fazem isso por meio de vários mecanismos, incluindo o bloqueio dos canais de potássio no coração.
4. Classe IV: Esses medicamentos são bloqueadores dos canais de cálcio, que reduzem a entrada de cálcio nas células do músculo cardíaco. Isso diminui a excitabilidade e a contração do músculo cardíaco, o que pode ajudar a prevenir arritmias.

Cada classe de antiarrítmicos tem seus próprios benefícios e riscos, e os médicos escolherão o tratamento adequado com base nas necessidades individuais do paciente. Além disso, é importante notar que alguns antiarrítmicos podem interagir com outros medicamentos ou ter efeitos adversos graves, especialmente em doses altas ou em pessoas com certas condições de saúde subjacentes. Portanto, é essencial que os pacientes consultem um médico antes de começar a tomar qualquer medicamento para tratar arritmias.

Potássio é um mineral essencial que desempenha um papel importante em várias funções corporais, especialmente no equilíbrio de fluidos e na atividade cardíaca e nervosa saudável. Ele é o terceiro cátion mais abundante no corpo humano, atrás de cálcio e sódio. O potássio está amplamente distribuído em tecidos corporais, com cerca de 98% encontrado dentro das células.

A concentração normal de potássio no soro sanguíneo é de aproximadamente 3.5-5.0 mEq/L. Níveis anormalmente altos ou baixos podem ser prejudiciais e até mesmo perigosos para a saúde. O potássio é um eletrólito importante que auxilia na condução de impulsos nervosos e musculares, incluindo o músculo cardíaco. Ele também desempenha um papel crucial no metabolismo de carboidratos e proteínas e na síntese de glicogênio.

O potássio é adquirido principalmente através da dieta, com alimentos ricos em potássio incluindo bananas, batatas, abacates, legumes verdes, carne, frutos do mar e laticínios. O corpo elimina o excesso de potássio através dos rins, mas também pode ser excretado pela pele e pelos intestinos.

HEK293 (células humanas embrionárias de rins do célula humana 293) é uma linha celular derivada de células renais fetais humanas cultivadas originalmente em 1977. Elas são amplamente utilizadas em pesquisas científicas, especialmente em biologia molecular e genética, porque eles podem ser facilmente manipulados geneticamente e se dividem rapidamente em cultura.

As células HEK293 expressam naturalmente altos níveis de vários receptores e canais iônicos, o que as torna úteis para estudar a função dessas proteínas. Além disso, eles podem ser usados ​​para produzir grandes quantidades de proteínas recombinantes, o que os torna úteis em pesquisas sobre doenças e na descoberta de drogas.

Embora as células HEK293 tenham origem humana, elas não são consideradas ética ou legalmente como tecidos humanos, porque elas foram cultivadas em laboratório por muitas gerações e perderam a maioria das características dos tecidos originais. No entanto, o uso de células HEK293 em pesquisas continua a ser objeto de debate ético em alguns círculos.

Os Canais de Cálcio Tipo L são um tipo específico de canais iónicos que permitem a passagem de íons de cálcio (Ca²+) através da membrana celular. Eles desempenham um papel crucial no processo de excitação-contracção dos músculos lisos e cardíacos, assim como na regulação do potencial de ação nas células excitáveis.

A característica distintiva dos Canais de Cálcio Tipo L é sua ativação lenta em resposta à despolarização da membrana celular. Isso contrasta com outros tipos de canais de cálcio, como os Canais de Cálcio Tipo R, que se ativam rapidamente e transientemente.

A abertura dos Canais de Cálcio Tipo L permite a entrada de íons de cálcio no citoplasma da célula, o que desencadeia uma série de eventos que levam à contração muscular ou à modulação da atividade elétrica das células excitáveis. A regulação dos Canais de Cálcio Tipo L é complexa e envolve diversas proteínas reguladoras, tais como calmodulina e kinases dependentes de cálcio.

Diversas drogas e toxinas podem interferir no funcionamento dos Canais de Cálcio Tipo L, o que pode levar a alterações na função cardiovascular e muscular. Por exemplo, alguns fármacos utilizados no tratamento da hipertensão arterial e da angina de peito atuam bloqueando esses canais, reduzindo assim a demanda de oxigênio do músculo cardíaco.

Em termos médicos, a condutividade elétrica é a capacidade de tecidos ou fluidos do corpo humano permitirem o fluxo de corrente elétrica. É uma medida da facilidade com que um eléctrico pode fluir através de um material. A condutividade elétrica dos tecidos corporais varia significativamente e é importante em diversas aplicações médicas, como na eletrofisiologia cardíaca e no monitorização de traumatismos cerebrais.

A condutividade elétrica dos tecidos é influenciada por vários fatores, tais como a composição iônica, a estrutura celular e a umidade. Por exemplo, os tecidos com alto teor de água e elevada concentração iónica, como o sangue e o líquido cefalorraquidiano, tendem a apresentar uma condutividade elétrica maior do que outros tecidos menos aquosos ou com menor concentração iónica.

A medição da condutividade elétrica pode fornecer informações valiosas sobre o estado fisiológico e patológico dos tecidos, sendo utilizada em diversos exames diagnósticos, como a eletromiografia (EMG) para avaliar a atividade muscular e a eletrocardiografia (ECG) para monitorizar a atividade cardíaca. Além disso, alterações na condutividade elétrica podem estar associadas a diversas condições patológicas, como inflamação, lesão ou câncer, tornando-se um potencial biomarcador de doença.

A "flutter atrial" é um transtorno do ritmo cardíaco (arritmia) supraventricular, no qual o músculo da aurícula atrial se contrai em um padrão rápido e regular, geralmente entre 250 a 350 batimentos por minuto. Isso é causado por uma excitabilidade anormal do tecido de condução elétrica no átrio direito, criando uma rota alternativa para a propagação dos impulsos elétricos que estimulam as contrações cardíacas.

O flutter atrial pode causar sintomas como palpitações, falta de ar, tontura ou desmaio, mas em alguns casos pode ser assintomático. É importante distinguir o flutter atrial da fibrilação atrial, outro transtorno do ritmo cardíaco comum, pois o tratamento e a prognóstica podem ser diferentes. O diagnóstico geralmente é feito por meio de um ECG (eletriccardiograma) ou monitoramento Holter.

O tratamento do flutter atrial pode incluir medicação, ablação por cateter ou cirurgia, dependendo da gravidade dos sintomas e das condições médicas subjacentes do paciente. É importante que as pessoas com flutter atrial sejam acompanhadas por um especialista em arritmias cardíacas para garantir o tratamento adequado e prevenir complicações.

Os canais de potássio KCNQ são um tipo específico de canal iônico que permite a passagem de íons de potássio através da membrana celular. A sigla "KCNQ" refere-se ao nome da família genética que codifica esses canais, também conhecidos como canais de potássio dependentes de voltagem lentos.

Esses canais desempenham um papel crucial em diversas funções celulares, especialmente no controle da excitabilidade elétrica das células do coração e do sistema nervoso. Eles ajudam a regular o potencial de repouso e a propagação dos sinais elétricos nas membranas celulares.

Algumas mutações nos genes KCNQ podem levar a distúrbios do ritmo cardíaco, como a síndrome do QT longo, ou à perda de audição em indivíduos com síndrome de Usher. Portanto, o estudo e a compreensão dos canais de potássio KCNQ têm importância significativa na pesquisa médica e biológica.

Os ramos subendocárdicos são ramos menores dos vasos sanguíneos coronários (artérias que abastecem o coração com sangue oxigenado) que se originam dos ramos diafragmais do sistema coronário e se estendem para a superfície endocárdica do ventrículo esquerdo. Eles descem verticalmente entre as fibras do miocárdio subendo até o ápice do coração, fornecendo sangue a essa região e ao septo interventricular. A irregularidade da sua distribuição e pequeno diâmetro os tornam susceptíveis à obstrução, particularmente em indivíduos com doença arterial coronariana (DAC). Isso pode levar a isquemia miocárdica (falta de fluxo sanguíneo suficiente para atender às necessidades metabólicas do músculo cardíaco), angina (dor no peito) e, em casos graves, infarto do miocárdio (morte de tecido cardíaco devido à falta de fluxo sanguíneo).

Os "Bloqueadores dos Canais de Potássio" são um tipo de fármaco que atua bloqueando os canais de potássio das células do coração e músculo liso. Esses canais são responsáveis pela regulação do fluxo iônico de potássio através da membrana celular, o que é crucial para a excitabilidade eletrofisiológica dessas células.

Existem diferentes classes de bloqueadores dos canais de potássio, cada uma com propriedades farmacológicas distintas e indicadas para o tratamento de diferentes condições clínicas. Algumas das mais comuns incluem:

* Bloqueadores dos Canais de Potássio a Curto Ação (Ia e Ib): são usados no tratamento de arritmias cardíacas, especialmente as que ocorrem durante ou após um infarto do miocárdio. Exemplos incluem a procainamida, a disopiramida e a fenitoína.
* Bloqueadores dos Canais de Potássio a Longo Ação (Ic e Idi): são usados no tratamento de arritmias cardíacas crónicas, como a fibrilação atrial e o flutter atrial. Exemplos incluem a flecainida, a propafenona e a moricizina.
* Bloqueadores dos Canais de Potássio do Grupo IIb: são usados no tratamento da hipertensão arterial e da angina de peito estável. Exemplos incluem o diltiazem e o verapamilo.

Os efeitos adversos mais comuns associados ao uso desses fármacos incluem bradicardia, hipotensão, náuseas, vômitos e constipação. Em casos graves, podem ocorrer arritmias cardíacas e insuficiência cardíaca congestiva. É importante que os pacientes sejam acompanhados por um médico durante o tratamento com esses fármacos, especialmente se houver história de doença cardiovascular ou outras condições de saúde subjacentes.

Em medicina e farmacologia, a relação dose-resposta a droga refere-se à magnitude da resposta biológica de um organismo a diferentes níveis ou doses de exposição a uma determinada substância farmacológica ou droga. Essencialmente, quanto maior a dose da droga, maior geralmente é o efeito observado na resposta do organismo.

Esta relação é frequentemente representada por um gráfico que mostra como as diferentes doses de uma droga correspondem a diferentes níveis de resposta. A forma exata desse gráfico pode variar dependendo da droga e do sistema biológico em questão, mas geralmente apresenta uma tendência crescente à medida que a dose aumenta.

A relação dose-resposta é importante na prática clínica porque ajuda os profissionais de saúde a determinar a dose ideal de uma droga para um paciente específico, levando em consideração fatores como o peso do paciente, idade, função renal e hepática, e outras condições médicas. Além disso, essa relação é fundamental no processo de desenvolvimento e aprovação de novas drogas, uma vez que as autoridades reguladoras, como a FDA, exigem evidências sólidas demonstrando a segurança e eficácia da droga em diferentes doses.

Em resumo, a relação dose-resposta a droga é uma noção central na farmacologia que descreve como as diferentes doses de uma droga afetam a resposta biológica de um organismo, fornecendo informações valiosas para a prática clínica e o desenvolvimento de novas drogas.

Pericárdio é a membrana delgada e fibrosa que reveste o coração e os grandes vasos adjacentes. Consiste em duas camadas: a camada visceral, que está inseparavelmente ligada à superfície do miocárdio (tecido muscular do coração), e a camada parietal, que forma o revestimento interno da cavidade do saco pericárdico. Existe um pequeno espaço entre essas duas camadas, chamado de cavidade pericárdica, que contém um líquido lubrificante para reduzir a fricção e permitir o movimento suave do coração durante os ciclos cardíacos. O pericárdio fornece proteção mecânica ao coração, mantendo-o em sua posição normal no tórax e reduzindo a fricção durante os batimentos cardíacos. Além disso, desempenha um papel na regulação da hemodinâmica e na resposta inflamatória do coração.

Modelos animais de doenças referem-se a organismos não humanos, geralmente mamíferos como ratos e camundongos, mas também outros vertebrados e invertebrados, que são geneticamente manipulados ou expostos a fatores ambientais para desenvolver condições patológicas semelhantes às observadas em humanos. Esses modelos permitem que os cientistas estudem as doenças e testem terapias potenciais em um sistema controlável e bem definido. Eles desempenham um papel crucial no avanço da compreensão dos mecanismos subjacentes às doenças e no desenvolvimento de novas estratégias de tratamento. No entanto, é importante lembrar que, devido às diferenças evolutivas e genéticas entre espécies, os resultados obtidos em modelos animais nem sempre podem ser diretamente aplicáveis ao tratamento humano.

A Síndrome do QT Longo é um distúrbio do ritmo cardíaco que pode causar batimentos cardíacos irregulares e potencialmente perigosos para a vida. Ela recebe este nome devido ao padrão elétrico do coração, como mostrado no eletrocardiograma (ECG), onde o intervalo QT está alongado (mais longo do que o normal). O intervalo QT é a medida do tempo entre os batimentos elétricos que causam a contração do ventrículo (câmara inferior do coração) e seu repouso, antes do próximo batimento. Quando esse intervalo é prolongado, os batimentos cardíacos podem ser descoordenados, levando a arritmias potencialmente perigosas, como a torsades de pointes.

A Síndrome do QT Longo pode ser hereditária (congenita) ou adquirida. A forma congênita é geralmente causada por mutações em genes que controlam os canais iônicos no coração, enquanto a forma adquirida pode ocorrer como resultado de certos medicamentos, doenças ou outros fatores que afetem o sistema elétrico do coração. Os sintomas podem incluir desmaios, tontura, falta de ar e ritmos cardíacos anormais. O tratamento geralmente inclui a evitação de certos medicamentos, modificações no estilo de vida e, em alguns casos, o uso de dispositivos para controlar o ritmo cardíaco ou medicação específica para corrigir o problema elétrico do coração.

Taquicardia Atrial Ectópica é um tipo de arritmia cardíaca, que se caracteriza por batimentos cardíacos prematuros e anormais, originados a partir dos focos ectópicos (localização anormal) no átrio (câmara superior do coração). Esses batimentos cardíacos prematuros interrompem o ritmo cardíaco normal, resultando em uma frequência cardíaca acelerada, geralmente acima de 100 batimentos por minuto.

A Taquicardia Atrial Ectópica pode ser desencadeada por vários fatores, como estresse emocional, consumo de cafeína, álcool ou tabaco, doenças cardiovasculares subjacentes, uso de certos medicamentos e outras condições médicas. Em alguns casos, a taquicardia atrial ectópica pode ser assintomática, mas em outros casos, os sintomas podem incluir palpitações cardíacas, falta de ar, tontura, desmaios ou dor no peito.

O tratamento da Taquicardia Atrial Ectópica depende da gravidade dos sintomas e da causa subjacente. Em alguns casos, o tratamento pode incluir medidas simples, como evitar os fatores desencadeantes ou reduzir a ingestão de cafeína, álcool ou tabaco. Em outros casos, o tratamento pode envolver a administração de medicamentos para controlar a frequência cardíaca ou a ablação por cateter, uma técnica minimamente invasiva que destrói os focos ectópicos no átrio. Em todos os casos, é importante procurar atendimento médico especializado para avaliar e tratar adequadamente a Taquicardia Atrial Ectópica.

As veias pulmonares são os vasos sanguíneos que transportam o sangue desoxigenado, rico em dióxido de carbono, das pulmões para o coração. Existem quatro veias pulmonares no total, duas veias pulmonares maiores e duas veias pulmonares acessórias. As veias pulmonares maiores drenam os seis lobos pulmonares (três em cada lado), enquanto as veias pulmonares acessórias drenam as áreas periféricas dos pulmões. Todas as quatro veias pulmonares desembocam no átrio esquerdo do coração.

A "rede nervosa" é um conceito usado em neurologia e neurociência para descrever um conjunto interconectado de neurônios (células nervosas) e suas sinapses (conexões elétricas e químicas) que trabalham juntos para processar e transmitir informações. Essas redes podem envolver diferentes áreas do sistema nervoso central, como o cérebro e a medula espinhal, ou sistemas periféricos, como os nervos cranianos e espinais.

As redes nervosas são fundamentais para muitas funções cerebrais complexas, como a percepção sensorial, o processamento cognitivo, a memória, a emoção, a motricidade e a tomada de decisões. Elas podem ser organizadas em diferentes hierarquias, com diferentes níveis de processamento e integração da informação. Além disso, as redes nervosas podem ser modificadas ao longo do tempo por meio de processos de aprendizagem e plasticidade sináptica, o que permite a adaptação às mudanças ambientais e experienciais.

A análise das redes nervosas é um campo ativo de pesquisa em neurociência, que utiliza técnicas avançadas de imagem cerebral, registro de atividade neural e análise computacional para mapear e caracterizar as conexões entre diferentes áreas do cérebro. Essas informações podem ser úteis para entender como o cérebro processa a informação e como as disfunções das redes nervosas estão relacionadas a diversos transtornos neurológicos e psiquiátricos, como a epilepsia, a doença de Parkinson, a esquizofrenia e o transtorno obsessivo-compulsivo.

A retina é a membrana sensível à luz no fundo do olho, composta por várias camadas de células especializadas em detectar luz e converter essa informação em sinais elétricos que podem ser transmitidos ao cérebro via nervo óptico. A retina contém fotorreceptores conhecidos como bastonetes (responsáveis pela visão periférica e capacidade de ver em baixas condições de iluminação) e cones (responsáveis pela visão central, percepção de cores e detalhes finos). A retina é essencial para a visão normal e qualquer dano ou doença que afete sua estrutura ou função pode resultar em problemas visuais graves.

Muscle cells, also known as muscle fibers, are specialized cells that have the ability to contract and generate force, allowing for movement and other physiological functions. There are three main types of muscle tissue: skeletal, cardiac, and smooth.

Skeletal muscle cells are voluntary striated muscle cells that attach to bones and enable body movement through the contraction and relaxation of bundles of these cells. These cells are multinucleated, meaning they contain multiple nuclei, and have a high content of contractile proteins such as actin and myosin.

Cardiac muscle cells, found in the heart, are involuntary striated muscle cells that contract rhythmically to pump blood throughout the body. These cells are also multinucleated and contain specialized structures called intercalated discs that allow for electrical coupling between adjacent cells, enabling synchronized contraction.

Smooth muscle cells are involuntary non-striated muscle cells found in various organs such as the digestive system, respiratory system, and blood vessels. These cells have a single nucleus and contain fewer contractile proteins than skeletal or cardiac muscle cells. They are capable of slow, sustained contractions that help regulate organ function.

Overall, muscle cells play a critical role in enabling movement, circulation, and various physiological functions throughout the body.

As células cultivadas, em termos médicos, referem-se a células que são obtidas a partir de um tecido ou órgão e cultiva-se em laboratório para se multiplicarem e formarem uma população homogênea de células. Esse processo permite que os cientistas estudem as características e funções das células de forma controlada e sistemática, além de fornecer um meio para a produção em massa de células para fins terapêuticos ou de pesquisa.

A cultivação de células pode ser realizada por meio de técnicas que envolvem a adesão das células a uma superfície sólida, como couros de teflon ou vidro, ou por meio da flutuação livre em suspensiones líquidas. O meio de cultura, que consiste em nutrientes e fatores de crescimento específicos, é usado para sustentar o crescimento e a sobrevivência das células cultivadas.

As células cultivadas têm uma ampla gama de aplicações na medicina e na pesquisa biomédica, incluindo o estudo da patogênese de doenças, o desenvolvimento de terapias celulares e genéticas, a toxicologia e a farmacologia. Além disso, as células cultivadas também são usadas em testes de rotina para a detecção de microrganismos patogênicos e para a análise de drogas e produtos químicos.

Os canais iónicos de abertura ativada por ligante são proteínas transmembranares que formam pores em células, permitindo a passagem seletiva de íons em resposta à ligação de um sinalizador químico específico ou ligante. Eles desempenham papéis importantes no controle da excitabilidade elétrica e homeostase iônica nas células. Quando o ligante se associa ao receptor do canal, isto induz uma mudança conformacional que abre o pore, permitindo que os íons fluam através da membrana celular. Esses canais podem ser classificados com base no tipo de ligante que os ativa, como neurotransmissores, hormônios ou outras moléculas sinalizadoras. Alguns exemplos bem conhecidos de canais iónicos ativados por ligantes incluem o receptor nicotínico da acetilcolina e os receptores do glutamato, que são importantes no funcionamento do sistema nervoso central.

Os Canais de Cálcio Tipo T (em inglês, "T-type calcium channels") são canais iónicos dependentes de voltagem que permitem a passagem de íons de cálcio (Ca²+) através da membrana celular. Eles desempenham um papel importante na regulação de vários processos fisiológicos, como a excitação neuronal e a contratilidade cardíaca.

A característica distintiva dos Canais de Cálcio Tipo T é sua ativação em potenciais de membrana negativos, o que os diferencia dos outros tipos de canais de cálcio dependentes de voltagem, como os Canais de Cálcio L (que são ativados por potenciais de membrana mais positivos) e os Canais de Cálcio N, P/Q e R (que são ativados em potenciais de membrana ainda mais negativos).

Os Canais de Cálcio Tipo T são compostos por subunidades alfa-1, beta, gama e delta, que se associam para formar um complexo funcional. A subunidade alfa-1 é a responsável pela condução iónica do canal, enquanto as subunidades beta, gama e delta regulam sua expressão e atividade.

Em termos médicos, os Canais de Cálcio Tipo T têm sido implicados em várias patologias, como a epilepsia, a hipertensão arterial e as doenças cardiovasculares. Além disso, também estão envolvidos no processo de neurodegeneração associado à doença de Alzheimer.

O nó sinoatrial (SA), às vezes chamado de marcapasso natural, é a estrutura responsável por gerar os impulsos elétricos que iniciam cada batimento cardíaco. Localizado no tecido especializado do músculo cardíaco nos átrios direito e esquerdo, o nó SA funciona como um relógio interno do coração, determinando a frequência cardíaca em repouso e durante a atividade física.

A ativação do nó SA desencadeia uma onda de despolarização que se propaga através dos átrios, causando sua contração e a subsequente movimentação do sangue para as câmaras ventriculares. O sinal elétrico é então transmitido pelo nó atrioventricular (AV) para o sistema de condução do ventrículo, levando à contração dos ventrículos e à expulsão do sangue para a circulação sistêmica e pulmonar.

A taxa de disparo espontânea do nó SA varia ao longo do dia, sendo influenciada por fatores hormonais, neurológicos e patológicos. Em condições normais, o nó SA dispara entre 60 e 100 vezes por minuto em adultos saudáveis ​​em repouso. No entanto, essa taxa pode aumentar ou diminuir em resposta a exercício físico, estresse emocional, doenças ou certos medicamentos.

Desequilíbrios no nó SA podem resultar em distúrbios da condução cardíaca, como bradicardia (taxa cardíaca lenta) e taquicardia (taxa cardíaca rápida), que podem exigir tratamento médico ou cirúrgico. Portanto, o nó SA desempenha um papel fundamental na manutenção da homeostase cardiovascular e na regulação da frequência cardíaca em resposta a estímulos internos e externos.

Em termos médicos, "Potenciais Evocados Visuais" (PEV) se referem a respostas elétricas enregistradas no cérebro ou na medula espinal em resposta a estímulos visuais específicos. Estes potenciais evocados são geralmente obtidos por meio de técnicas de registro de eletroencefalografia (EEG) ou de eletromiografia (EMG).

Os PEV fornecem informações sobre a velocidade e a integridade do processamento sensorial visual, o que pode ajudar no diagnóstico e na avaliação do tratamento de várias condições neurológicas, como por exemplo, lesões na via óptica, esclerose múltipla, neuropatias ópticas hereditárias e outras doenças que possam afetar o sistema visual.

Os PEV geralmente consistem em ondas de potencial elétrico com diferentes latências (tempos de início) e amplitude, as quais são evocadas por estímulos visuais específicos, como luzes clignotantes ou padrões visuais. A análise dos PEV pode fornecer informações sobre a velocidade e a integridade do processamento sensorial visual em diferentes níveis do sistema nervoso.

A Síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) é um distúrbio cardiovascular caracterizado por uma via accessória elétrica anormal no coração (chamada de feixe accessório), que permite que os sinais elétricos circulem além do nó AV normalmente presente no coração. Isto pode resultar em ritmos cardíacos anormais, incluindo a taquicardia supraventricular (TSV) e a fibrilação atrial (FA).

A via accessória atua como um "curto-circuito" no coração, permitindo que os sinais elétricos saltem o nó AV e cheguem diretamente às câmaras inferiores do coração (ventrículos), resultando em um padrão de ECG característico conhecido como "onda delta". Essa onda delta é responsável pela ampliação do intervalo QRS no ECG, que é uma das principais características da síndrome.

A WPW pode ser assintomática ou causar sintomas como palpitações cardíacas, tontura, falta de ar e desmaios. Em alguns casos, a síndrome pode aumentar o risco de desenvolver fibrilação atrial e outros ritmos cardíacos anormais, especialmente durante exercícios físicos intensos ou emocionalmente estressantes.

O diagnóstico da WPW geralmente é feito com base no ECG, que mostra o padrão característico de onda delta e ampliação do intervalo QRS. O tratamento pode incluir medicações para controlar os ritmos cardíacos anormais ou procedimentos cirúrgicos como a ablação por cateter, que destrói a via accessória elétrica anormal e restaura o padrão normal de condução no coração.

As "cobaias" são, geralmente, animais usados em experimentos ou testes científicos. Embora o termo possa ser aplicado a qualquer animal utilizado nesse contexto, é especialmente comum referir-se a roedores como ratos e camundongos. De acordo com a definição médica, cobaias são animais usados em pesquisas biomédicas para estudar diversas doenças e desenvolver tratamentos, medicamentos e vacinas. Eles são frequentemente escolhidos devido ao seu curto ciclo de reprodução, tamanho relativamente pequeno e baixo custo de manutenção. Além disso, os ratos e camundongos compartilham um grande número de genes com humanos, o que torna os resultados dos experimentos potencialmente aplicáveis à medicina humana.

Biological models, em um contexto médico ou científico, referem-se a sistemas ou organismos vivos utilizados para entender, demonstrar ou predizer respostas biológicas ou fenômenos. Eles podem ser usados ​​para estudar doenças, testar novos tratamentos ou investigar processos fisiológicos. Existem diferentes tipos de modelos biológicos, incluindo:

1. Modelos in vitro: experimentos realizados em ambientes controlados fora de um organismo vivo, geralmente em células cultivadas em placa ou tubo de petri.

2. Modelos animais: utilizam animais como ratos, camundongos, coelhos, porcos e primatas para estudar doenças e respostas a tratamentos. Esses modelos permitem o estudo de processos fisiológicos complexos em um organismo inteiro.

3. Modelos celulares: utilizam células humanas ou animais cultivadas para investigar processos biológicos, como proliferação celular, morte celular programada (apoptose) e sinalização celular.

4. Modelos computacionais/matemáticos: simulam sistemas biológicos ou processos usando algoritmos e equações matemáticas para predizer resultados e comportamentos. Eles podem ser baseados em dados experimentais ou teóricos.

5. Modelos humanos: incluem estudos clínicos em pacientes humanos, bancos de dados médicos e técnicas de imagem como ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC).

Modelos biológicos ajudam os cientistas a testar hipóteses, desenvolver novas terapias e entender melhor os processos biológicos que ocorrem em nossos corpos. No entanto, é importante lembrar que nem todos os resultados obtidos em modelos animais ou in vitro podem ser diretamente aplicáveis ao ser humano devido às diferenças entre espécies e contextos fisiológicos.

"Animais Recém-Nascidos" é um termo usado na medicina veterinária para se referir a animais que ainda não atingiram a idade adulta e recentemente nasceram. Esses animais ainda estão em desenvolvimento e requerem cuidados especiais para garantir sua sobrevivência e saúde. A definição precisa de "recém-nascido" pode variar conforme a espécie animal, mas geralmente inclui animais que ainda não abriram os olhos ou começaram a se locomover por conta própria. Em alguns casos, o termo pode ser usado para se referir a filhotes com menos de uma semana de idade. É importante fornecer às mães e aos filhotes alimentação adequada, cuidados de higiene e proteção contra doenças e predadores durante esse período crucial do desenvolvimento dos animais.

Os Receptores de GABA-A são tipos específicos de receptores ionotrópicos encontrados no sistema nervoso central dos mamíferos. Eles são sensíveis ao neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA), que é o principal neurotransmissor inhibitório no cérebro. A ligação do GABA a esses receptores resulta em um influxo de íons cloreto no neurônio pós-sináptico, o que diminui a sua excitabilidade e despolarização, levando assim à hiperpolarização da membrana e à inibição da atividade neural.

Os receptores de GABA-A são complexos proteicos integrados por cinco subunidades, que podem ser classificadas em várias famílias (α, β, γ, δ, ε, π e θ). A composição específica dessas subunidades determina as propriedades farmacológicas e funcionais do receptor. Alguns fármacos comuns que atuam nos receptores de GABA-A incluem benzodiazepínicos, barbitúricos, anestésicos gerais e álcool etílico. Esses fármacos podem modular a atividade dos receptores de GABA-A, aumentando ou diminuindo sua sensibilidade ao neurotransmissor GABA, o que pode resultar em efeitos sedativos, ansiolíticos, anticonvulsivantes, amnésicos ou até mesmo letais.

O córtex somatossensorial é a região do cérebro que processa as informações sensoriais recebidas dos receptores espalhados pelo corpo, relacionadas ao toque, pressão, temperatura e dor. Essas informações são transmitidas pelo sistema nervoso periférico até a medula espinal, onde ascendem através do tronco encefálico até alcançar o tálamo. No tálamo, esses sinais são processados e depois enviados ao córtex somatossensorial, localizado na parte posterior do lobo parietal do cérebro.

Este córtex é dividido em duas áreas principais: o S1 (área primária) e o S2 (área secundária). A área S1 é responsável por processar as informações sobre a localização exata das sensações no corpo, enquanto a área S2 interpreta as características das sensações, como intensidade, duração e qualidade.

A estimulação do córtex somatossensorial pode causar sensações táteis conscientes, como formigueiro ou coceira, em diferentes partes do corpo, dependendo da área específica do córtex que foi ativada. Lesões no córtex somatossensorial podem resultar em perda de sensação ou alterações na percepção tátil e proprioceptiva (consciência da posição dos membros e do corpo no espaço).

Os canais de cloreto são proteínas integrales de membrana que formam poros ou canais na membrana celular, permitindo a passagem de íons de cloreto (Cl-) através dela. Eles desempenham um papel importante em várias funções celulares, incluindo a regulação do volume e da acidez intracelular, a transmissão de impulsos nervosos e a secreção de hormônios e outras substâncias. Existem diferentes tipos de canais de cloreto, cada um com sua própria estrutura e função específicas. Algumas condições médicas, como a fibrose cística, podem estar associadas a mutações nos genes que codificam esses canais, levando a desequilíbrios iônicos e outras complicações de saúde.

Miocárdio é o termo médico para o tecido muscular do coração. Ele é responsável por pumping blood através do corpo, fornecendo oxigênio e nutrientes aos tecidos e órgãos. O miocárdio é composto por células musculares especializadas chamadas miócitos cardíacos, que são capazes de se contrair e relaxar para movimentar o sangue. O miocárdio é revestido por uma membrana fibrosa chamada epicárdio e possui uma camada interna chamada endocárdio, que forma a superfície interna dos ventrículos e átrios do coração. A doença do miocárdio pode resultar em condições cardiovasculares graves, como insuficiência cardíaca e doença coronariana.

Os canais de cálcio são proteínas integrales de membrana found in a variety of cell types, including excitable and nonexcitable cells. Eles desempenham um papel crucial na regulação de vários processos celulares, tais como a excitabilidade da célula, contraction muscular, neurotransmitter release, e diferenciação celular.

Existem diferentes tipos de canais de cálcio, cada um com suas próprias características distintivas e padrões de expressão. Alguns dos principais tipos incluem:

1. Canais de cálcio voltajage-dependente (VDCC): Estes canais são ativados por variações no potencial de membrana da célula. Eles são encontrados principalmente em células excitáveis, tais como neurônios e músculos, onde eles desempenham um papel importante na geração e propagação de potenciais de ação.

2. Canais de cálcio de receptor-operado (ROCC): Estes canais são ativados por ligandos específicos, tais como neurotransmitters ou hormônios. Eles são encontrados em uma variedade de células e estão envolvidos em processos como a liberação de neurotransmissores e a regulação da secreção hormonal.

3. Canais de cálcio de segunda mensageiro-operado: Estes canais são ativados por segundos mensageiros intracelulares, tais como IP3 (inositol trifosfato) ou diacylglycerol (DAG). Eles estão envolvidos em processos de sinalização celular e regulação da expressão gênica.

4. Canais de cálcio de vazamento: Estes canais são sempre parcialmente abertos, permitindo a passagem contínua de íons de cálcio através da membrana celular. Eles estão envolvidos na manutenção dos níveis basais de cálcio intracelular.

Os canais de cálcio desempenham um papel crucial em uma variedade de processos fisiológicos, incluindo a contração muscular, a liberação de neurotransmissores, a regulação da secreção hormonal e a expressão gênica. Portanto, é importante entender como eles são regulados e como as disfunções nos canais de cálcio podem contribuir para doenças e condições patológicas.

Sódio (Na, número atômico 11) é um elemento essencial encontrado em sais inorgânicos dissolvidos em fluidos corporais e é vital para a regulação do volume e pressão dos líquidos corporais, transmissão de impulsos nervosos e função muscular normal. O sódio é um eletrólito importante que funciona como um cátion primário no equilíbrio iônico das células. É absorvido no intestino delgado e excretado principalmente pelos rins. A homeostase do sódio é controlada pela hormona antidiurética (ADH), aldosterona e renina-angiotensina. O sódio pode ser encontrado em uma variedade de alimentos, incluindo alimentos processados, refrigerantes e alimentos enlatados. Consumo excessivo de sódio está associado a hipertensão arterial, doença renal crônica e outras condições médicas.

Tetrodotoxin (TTX) é uma potente toxina paralizante encontrada em alguns animais marinhos, incluindo peixes-balão, estrelas-do-mar, caracóis-do-mar e salamandras. Essa toxina bloqueia os canais de sódio voltage-dependentes nas membranas celulares, inibindo a despolarização dos neurônios e músculos esqueléticos, o que pode levar ao parada respiratória e morte. A TTX é extremamente tóxica, sem antídoto conhecido, e mesmo pequenas quantidades podem ser fatalmente venenosas para humanos. É importante manter cautela extrema quando se trata de animais marinhos que possam conter essa toxina, evitando sua manipulação ou consumo.

Frequência cardíaca (FC) é o número de batimentos do coração por unidade de tempo, geralmente expresso em batimentos por minuto (bpm). Em condições de repouso, a frequência cardíaca normal em adultos varia de aproximadamente 60 a 100 bpm. No entanto, a frequência cardíaca pode variar consideravelmente dependendo de uma série de fatores, como idade, nível de atividade física, estado emocional e saúde geral.

A frequência cardíaca desempenha um papel crucial na regulação do fluxo sanguíneo e do fornecimento de oxigênio e nutrientes aos tecidos e órgãos do corpo. É controlada por sistemas complexos que envolvem o sistema nervoso autônomo, hormonas e outros neurotransmissores. A medição da frequência cardíaca pode fornecer informações importantes sobre a saúde geral de um indivíduo e pode ser útil no diagnóstico e monitoramento de diversas condições clínicas, como doenças cardiovasculares, desequilíbrios eletróliticos e intoxicações.

Na medicina e na neurociência, "modelos neurológicos" referem-se a representações simplificadas ou abstrações dos sistemas nervosos e suas funções. Esses modelos podem ser conceituais, matemáticos ou computacionais e são usados para compreender melhor os processos complexos do sistema nervoso central e periférico. Eles ajudam nos estudos de aprendizagem, memória, linguagem, visão, audição, movimento e outras funções cerebrais. Além disso, os modelos neurológicos são úteis no desenvolvimento e teste de terapias e tratamentos para doenças e distúrbios neurológicos, como dano cerebral, epilepsia, doença de Parkinson e outras condições. Esses modelos podem ser construídos com base em dados experimentais ou clínicos, e sua validade é avaliada pela comparação com os dados reais e por sua capacidade de predizer resultados e fenômenos neurológicos.

Os Níveis Máximos Permitidos (NMPs) referem-se aos limites regulamentados para a concentração ou exposição máxima permitida a determinadas substâncias nocivas, como poluentes do ar, contaminantes da água, produtos químicos perigosos ou radiação. Esses limites são estabelecidos com base em estudos científicos e dados epidemiológicos que avaliam os riscos para a saúde humana associados à exposição dessas substâncias. Os NMPs têm como objetivo proteger a população em geral, incluindo trabalhadores expostos profissionalmente a esses perigos, contra efeitos adversos à saúde que podem ocorrer com níveis elevados de exposição. A observância dos NMPs é essencial para promover a segurança e a saúde ambiental e ocupacional.

Em neurociência, potenciais pós-sinápticos excitatórios (PPSE ou EPSP, do inglês Excitatory Post-Synaptic Potential) se referem a mudanças no potencial de membrana em neurônios pós-sinápticos como resultado da ativação de receptores ionotrópicos excitatórios por neurotransmissores. Eles são impulsos elétricos gerados nos neurônios que têm o potencial de desencadear a liberação de neurotransmissores em sinapses subsequentes, contribuindo para a excitação e ativação do neurônio pós-sináptico.

Os PPSE são geralmente causados pela ligação de glutamato, o principal neurotransmissor excitatório no cérebro, em receptores ionotrópicos como NMDA (N-metil-D-aspartato) e AMPA (α-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolepropionic acid). A ativação destes receptores resulta em um fluxo de íons positivos, principalmente sódio (Na+), para o interior da célula, levando a uma despolarização da membrana pós-sináptica e um aumento no potencial de membrana. Se o potencial de membrana atinge um limiar adequado, é desencadeada a abertura de canais de voltagem dependentes de cálcio (Ca2+), levando à liberação de neurotransmissores e à propagação do sinal ao longo da célula.

Em resumo, potenciais pós-sinápticos excitatórios são alterações no potencial de membrana em neurônios pós-sinápticos causadas pela ativação de receptores ionotrópicos excitatórios por neurotransmissores, contribuindo para a excitação e comunicação entre células nervosas.

Os Canais de Sódio Disparados por Voltagem, também conhecidos como VDSCs (do inglês Voltage-Gated Sodium Channels), são canais iônicos dependentes de voltagem que desempenham um papel crucial no potencial de ação das células excitáveis, como neurônios e músculos.

Esses canais permitem que o íon sódio (Na+) se mova através da membrana celular em resposta a alterações na voltagem elétrica da célula. Quando a célula é despolarizada, os domínios de voltagem dos canais sofrem uma mudança conformacional que abre o poro do canal, permitindo que os íons Na+ entrem na célula e contribuam para a rápida despolarização da membrana.

Os Canais de Sódio Disparados por Voltagem são compostos por uma grande subunidade alfa, que forma o poro iônico, e uma ou mais subunidades beta, que modulam a expressão, a localização e as propriedades funcionais do canal. Existem diferentes tipos de canais de sódio disparados por voltagem, cada um com suas próprias características e distribuições tissulares específicas.

Algumas mutações em genes que codificam os Canais de Sódio Disparados por Voltagem podem resultar em doenças genéticas, como a miotonia congênita e a síndrome do QT longo, que afetam o funcionamento normal dos músculos e do coração, respectivamente.

Biological clocks refer to internal timing devices in organisms that regulate the daily (circadian) rhythms of various biological processes, such as sleep-wake cycles, hormone release, and metabolism. These clocks are composed of groups of interacting molecules that form autoregulatory feedback loops, which allow the clock to keep time even in the absence of external cues. The molecular mechanisms underlying biological clocks have been studied extensively in model organisms such as fruit flies and mice, and have been found to involve a set of conserved genes and proteins that form interlocking transcriptional-translational feedback loops. Disruptions to these clock systems have been linked to various health problems, including sleep disorders, mood disorders, and cancer.

Moduladores de Transporte de Membrana (MTMs) são compostos que modulam a atividade dos transportadores de membrana, também conhecidos como proteínas de transporte de membrana ou cotransportadores. Esses transportadores são responsáveis por movimentar diversas moléculas e íons através das membranas celulares, mantendo assim o equilíbrio iônico e o ambiente intracelular.

Os MTMs podem atuar como inibidores ou aumentadores da atividade dos transportadores de membrana, dependendo do composto específico e do tipo de transportador alvo. Eles desempenham um papel crucial em diversos processos fisiológicos, incluindo a regulação do equilíbrio hídrico e osmótico, a absorção e secreção de nutrientes e drogas, e a comunicação celular.

Algumas condições médicas e patológicas, como hipertensão arterial, diabetes, câncer e doenças neurodegenerativas, estão associadas a disfunções nos transportadores de membrana. Portanto, os MTMs têm sido estudados como potenciais fármacos terapêuticos para tratar essas condições. No entanto, é importante notar que o desenvolvimento e uso clínico de MTMs ainda estão em fase inicial e requerem mais pesquisas para avaliar a segurança e eficácia.

A Imagem por Ressonância Magnética (IRM) é um exame diagnóstico não invasivo que utiliza campos magnéticos fortes e ondas de rádio para produzir imagens detalhadas e cross-sectionais do corpo humano. A técnica explora as propriedades de ressonância de certos núcleos atômicos (geralmente o carbono-13, o flúor-19 e o hidrogênio-1) quando submetidos a um campo magnético estático e exposição a ondas de rádio.

No contexto médico, a IRM é frequentemente usada para obter imagens do cérebro, medula espinhal, órgãos abdominais, articulações e outras partes do corpo. As vantagens da IRM incluem sua capacidade de fornecer imagens em alta resolução com contraste entre tecidos diferentes, o que pode ajudar no diagnóstico e acompanhamento de uma variedade de condições clínicas, como tumores, derrames cerebrais, doenças articulares e outras lesões.

Apesar de ser geralmente segura, existem algumas contraindicações para a IRM, incluindo o uso de dispositivos médicos implantados (como marcapassos cardíacos ou clipes aneurismáticos), tatuagens contendo metal, e certos tipos de ferrossa ou implantes metálicos. Além disso, as pessoas com claustrofobia podem experimentar ansiedade durante o exame devido ao ambiente fechado do equipamento de IRM.

Epilepsy is a chronic neurological disorder characterized by recurrent and unprovoked seizures. These seizures are caused by excessive and abnormal electrical activity in the brain. Epilepsy can affect people of any age, gender, or race, and its causes can vary from genetic factors to brain injury, infection, stroke, or tumors.

Seizures can take many forms, including staring spells, convulsions, or loss of consciousness. The type and frequency of seizures can differ from person to person, and some people with epilepsy may have only one type of seizure, while others may experience different types.

Epilepsy is typically diagnosed based on the patient's medical history, physical examination, and results from an electroencephalogram (EEG) or imaging tests such as a CT scan or MRI. While there is no cure for epilepsy, it can often be managed effectively with medication, surgery, dietary changes, or other treatments. With proper management, many people with epilepsy are able to lead full and active lives.

Magnetocardiografia (MCG) é um método de registro da atividade elétrica do coração humano usando medidas de campos magnéticos. A atividade elétrica cardíaca gera pequenos campos magnéticos que podem ser detectados e amplificados usando sensores muito sensíveis, como magnetômetros de supercondutores de interferência quantizada (SQUIDs).

A MCG fornece informações sobre a atividade cardíaca sem o contato físico com a pele do paciente, diferentemente da eletrocardiografia (ECG) convencional. Isso pode ser útil em situações em que o contato físico é indesejável ou impossível, como em estudos de fetos em desenvolvimento.

A MCG pode fornecer informações sobre a localização e a extensão de anomalias cardiovasculares, como isquemia miocárdica, infarto do miocárdio e arritmias cardíacas. No entanto, o uso clínico da MCG ainda é limitado devido à complexidade dos equipamentos necessários e às dificuldades em obter imagens de alta resolução. A pesquisa atual está focada em melhorar a tecnologia e as técnicas de aquisição de dados para expandir o uso clínico da MCG.

Desculpe por qualquer confusão, mas "coelhos" não é um termo médico. Coelhos são animais da família Leporidae, que também inclui coelhos e duas espécies de lebres verdadeiras. Eles são mais intimamente relacionados aos parentes lagomorfos do que aos roedores.

No entanto, em um contexto médico ou veterinário, o termo "coelho" geralmente se refere a um coelho doméstico mantido como animal de estimação ou usado em pesquisas biomédicas. Se você tiver alguma preocupação ou pergunta específica sobre os cuidados com coelhos ou sua saúde, eu poderia tentar ajudá-lo melhor com essa informação adicional.

A pleura é a membrana serosa que reveste a cavidade torácica e os pulmões. Ela é composta por duas camadas: a parietal, que está unida à parede do tórax, e a visceral, que envolve os pulmões. O espaço entre essas duas camadas é chamado de cavidade pleural e contém um pequeno volume de líquido lubrificante, o fluido pleural, que permite que as superfícies deslizem facilmente uma sobre a outra durante a respiração. A pleura tem como função proteger os pulmões, manter sua posição correta dentro da cavidade torácica e permitir o movimento livre dos pulmões durante a inspiração e expiração.

A plasticidade neuronal refere-se à capacidade do sistema nervoso de se adaptar e mudar ao longo do tempo em resposta a diferentes experiências, fatores ambientais e lesões. Essas alterações ocorrem principalmente nos circuitos neuronais, que são modificados por mecanismos como a formação e eliminação de sinapses, alongamento e encurtamento de axônios, e mudanças na força sináptica.

A plasticidade é um processo dinâmico e contínuo que ocorre em diferentes escalas temporais, desde os milissegundos (plasticidade a curto prazo) até os meses ou anos (plasticidade a longo prazo). Ela desempenha um papel fundamental no desenvolvimento do cérebro, na aprendizagem e memória, e na adaptação às lesões ou doenças.

Existem diferentes tipos de plasticidade neuronal, como a plasticidade hebbiana, que é baseada no princípio "as células que despertam juntas, desencadeiam juntas", e a plasticidade homeostática, que permite que o cérebro mantenha sua atividade em um equilíbrio adequado.

A plasticidade neuronal é um campo de estudo em constante crescimento e investigação, com implicações importantes para a compreensão dos mecanismos da mente e do cérebro, e para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para tratar diferentes condições neurológicas e psiquiátricas.

O encéfalo é a parte superior e a mais complexa do sistema nervoso central em animais vertebrados. Ele consiste em um conjunto altamente organizado de neurônios e outras células gliais que estão envolvidos no processamento de informações sensoriais, geração de respostas motoras, controle autonômico dos órgãos internos, regulação das funções homeostáticas, memória, aprendizagem, emoções e comportamentos.

O encéfalo é dividido em três partes principais: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico. O cérebro é a parte maior e mais complexa do encéfalo, responsável por muitas das funções cognitivas superiores, como a tomada de decisões, a linguagem e a percepção consciente. O cerebelo está localizado na parte inferior posterior do encéfalo e desempenha um papel importante no controle do equilíbrio, da postura e do movimento coordenado. O tronco encefálico é a parte inferior do encéfalo que conecta o cérebro e o cerebelo ao resto do sistema nervoso periférico e contém centros responsáveis por funções vitais, como a respiração e a regulação cardiovascular.

A anatomia e fisiologia do encéfalo são extremamente complexas e envolvem uma variedade de estruturas e sistemas interconectados que trabalham em conjunto para gerenciar as funções do corpo e a interação com o ambiente externo.

Cardioversão Elétrica é um procedimento médico em que se utiliza uma descarga eléctrica para restaurar a regularidade do ritmo cardíaco, especialmente quando uma pessoa está passando por uma fibrilação ou flutter atrial, arritmias graves que podem levar a baixo débito cardíaco e insuficiência cardíaca.

A descarga eléctrica é geralmente administrada por meio de eletrodos colocados no peito ou no interior do coração (durante uma cirurgia aberta ou por cateterização). A descarga interrompe a atividade elétrica anormal do coração, permitindo que o sistema de condução cardíaco retome seu ritmo normal.

A Cardioversão Elétrica pode ser realizada em um ambiente hospitalar ou clínico, geralmente sob sedação ou anestesia leve para minimizar a desconfortabilidade do paciente durante o procedimento. Após a cardioversão, o médico monitorará cuidadosamente o ritmo cardíaco do paciente e ajustará o tratamento conforme necessário.

A Engenharia Biomédica é uma disciplina interdisciplinar que aplica principios da engenharia, física, matemática e ciência da computação para compreender, criar e aplicar soluções inovadoras a problemas relacionados à saúde humana. Ela envolve o desenvolvimento de tecnologias e sistemas para diagnóstico, tratamento e monitoramento de doenças, bem como a investigação de mecanismos fisiológicos e patofisiológicos com o objetivo de desenvolver melhores abordagens terapêuticas. A engenharia biomédica também pode envolver a concepção e avaliação de dispositivos, sistemas e procedimentos para a assistência em saúde, como próteses, órteses, implantes e equipamentos médicos. Além disso, ela pode abranger a análise de dados clínicos e a modelagem computacional de sistemas biológicos complexos.

Os fármacos do Sistema Nervoso Autônomo (SNA) são medicamentos que interagem com o sistema nervoso autônomo, que é a parte involuntária do sistema nervoso responsável por regular várias funções corporais, como frequência cardíaca, pressão arterial, respiração, digestão e outras. Esses fármacos podem ser usados para tratar uma variedade de condições médicas, desde doenças cardiovasculares e pulmonares até transtornos gastrointestinais e urinários.

Existem diferentes classes de fármacos que afetam o SNA, incluindo:

1. Agonistas adrenérgicos: estimulam os receptores adrenérgicos do SNA, aumentando a atividade simpática e causando efeitos como vasoconstrição, broncodilatação e taquicardia. Exemplos incluem fenilefrina, noradrenalina e clonidina.
2. Antagonistas adrenérgicos: inibem os receptores adrenérgicos do SNA, diminuindo a atividade simpática e causando efeitos como vasodilatação, bradicardia e broncoconstrição. Exemplos incluem propranolol, atenolol e prazosin.
3. Agonistas colinérgicos: estimulam os receptores colinérgicos do SNA, aumentando a atividade parasimpática e causando efeitos como bradicardia, vasodilatação e broncoconstrição. Exemplos incluem pilocarpina, bethanechol e cevimeline.
4. Antagonistas colinérgicos: inibem os receptores colinérgicos do SNA, diminuindo a atividade parasimpática e causando efeitos como taquicardia, vasodilatação e midriase. Exemplos incluem atropina, escopolamina e difenidramina.
5. Agentes muscarínicos: atuam especificamente nos receptores muscarínicos do SNA, causando efeitos como bradicardia, vasodilatação e broncoconstrição. Exemplos incluem pilocarpina, bethanechol e cevimeline.
6. Agentes nicotínicos: atuam especificamente nos receptores nicotínicos do SNA, causando efeitos como taquicardia, vasodilatação e broncodilatação. Exemplos incluem nicotina, suxametonium e pancurônio.

A escolha do agente a ser usado depende da situação clínica específica e dos objetivos terapêuticos desejados. É importante que o profissional de saúde tenha conhecimento detalhado sobre os mecanismos de ação, farmacocinética e farmacodinâmica desses agentes para poder fazer uma escolha adequada e evitar possíveis interações medicamentosas ou efeitos adversos indesejados.

A neuropatia mediana é um tipo específico de neuropatia periférica que afeta o nervo mediano, um dos três nervos principais que passam pelas mãos e braços. Este nervo é responsável pela transmissão de sinais para movimentar as mãos e os dedos, além de fornecer sensação à palma da mão e aos três primeiros dedos e metade do quarto dedo da mão não dominante (geralmente o esquerdo).

A neuropatia mediana pode ser classificada em duas categorias principais: compressiva e sistêmica. A forma compressiva, também conhecida como síndrome do túnel do carpo, é causada pela compressão do nervo mediano no pulso devido ao estreitamento do túnel carpal, um local anatômico no qual o nervo passa. Isto geralmente resulta em sintomas como dormência, formigamento, dor ou fraqueza nos dedos e mão afetados.

A forma sistêmica de neuropatia mediana é menos comum e pode ser causada por várias condições subjacentes, incluindo diabetes, doenças autoimunes, deficiências nutricionais ou exposição a venenos. Neste caso, o nervo mediano sofre danos ao longo de seu trajeto, resultando em sintomas semelhantes à forma compressiva, mas geralmente mais graves e generalizados.

Tratamento da neuropatia mediana depende da causa subjacente. Para a forma compressiva, o tratamento pode incluir repouso, imobilização do pulso, fisioterapia ou cirurgia para aliviar a pressão no nervo. No caso de formas sistêmicas, o tratamento geralmente envolve o controle da condição subjacente causadora, como o diabetes ou outras doenças, e possivelmente a terapia medicamentosa para ajudar a proteger os nervos e reduzir a inflamação.

O córtex cerebral, também conhecido como córtex cerebral ou bark cerebral, é a camada externa do hemisfério cerebral no cérebro dos vertebrados. É uma estrutura altamente desenvolvida em mamíferos e particularmente em humanos, onde desempenha um papel central nos processos cognitivos superiores, incluindo a percepção consciente, a linguagem, a memória e o raciocínio.

O córtex cerebral é composto por tecido nervoso cortical, que consiste em camadas de neurônios e células gliais organizados em colunas verticais. Essas colunas são a unidade funcional básica do córtex cerebral e estão envolvidas em processar informações sensoriais, motores e cognitivas.

O córtex cerebral é dividido em diferentes áreas funcionais, cada uma das quais desempenha um papel específico nos processos mentais. Algumas dessas áreas incluem a área de Broca, responsável pela produção de fala, e o giro fusiforme, envolvido na reconhecimento facial.

Em resumo, o córtex cerebral é uma estrutura complexa e crucial no cérebro dos mamíferos que desempenha um papel central em uma variedade de processos cognitivos superiores.

A membrana celular, também conhecida como membrana plasmática, é uma fina bicamada lipídica flexível que rodeia todas as células vivas. Ela serve como uma barreira seletivamente permeável, controlantingresso e saída de substâncias da célula. A membrana celular é composta principalmente por fosfolipídios, colesterol e proteínas integrais e periféricas. Essa estrutura permite que a célula interaja com seu ambiente e mantenha o equilíbrio osmótico e iónico necessário para a sobrevivência da célula. Além disso, a membrana celular desempenha um papel crucial em processos como a comunicação celular, o transporte ativo e a recepção de sinais.

Em genética, uma mutação é um cambo hereditário na sequência do DNA (ácido desoxirribonucleico) que pode resultar em um cambio no gene ou região reguladora. Mutações poden ser causadas por erros de replicación ou réparo do DNA, exposição a radiação ionizante ou substancias químicas mutagénicas, ou por virus.

Existem diferentes tipos de mutações, incluindo:

1. Pontuais: afetan un único nucleótido ou pairaxe de nucleótidos no DNA. Pueden ser categorizadas como misturas (cambios na sequencia do DNA que resultan en un aminoácido diferente), nonsense (cambios que introducen un códon de parada prematura e truncan a proteína) ou indels (insercións/eliminacións de nucleótidos que desplazan o marco de lectura).

2. Estruturais: involvan cambios maiores no DNA, como deleciones, duplicacións, inversións ou translocacións cromosómicas. Estas mutações poden afectar a un único gene ou extensos tramos do DNA e pueden resultar en graves cambios fenotípicos.

As mutações poden ser benévolas, neutras ou deletéras, dependendo da localización e tipo de mutación. Algúns tipos de mutações poden estar associados con desordens genéticas ou predisposición a determinadas enfermidades, mentres que outros non teñen efecto sobre a saúde.

Na medicina, o estudo das mutações é importante para o diagnóstico e tratamento de enfermedades genéticas, así como para a investigación da patogénese de diversas enfermidades complexas.

As fenilenodiaminas são um tipo específico de composto orgânico que consiste em um anel benzeno (um anel aromático com seis carbonos) com dois grupos amino (-NH2) substituídos em posições adjacentes. Essas moléculas são frequentemente usadas como intermediários na síntese de outros compostos, incluindo corantes e tinturas. Algumas fenilenodiaminas também possuem atividade biológica e podem ser utilizadas em medicamentos ou estudos farmacológicos. No entanto, é importante ressaltar que algumas fenilenodiaminas podem ser tóxicas ou cancerígenas em certas concentrações, portanto seu uso deve ser cuidadosamente controlado e monitorado.

Telemetria é o processo de monitorar e transmitir remotamente medições e outras dados sobre os sinais vitais de um paciente ou sobre as condições físicas e mecânicas de equipamentos e sistemas, geralmente usando dispositivos eletrônicos. No contexto médico, a telemetria é frequentemente usada para monitorar pacientes em risco em unidades de terapia intensiva ou outros ambientes hospitalares. Os dados coletados podem incluir frequência cardíaca, pressão arterial, taxa respiratória, temperatura corporal e outras informações relevantes. Esses dados são então transmitidos para um centro de monitoramento central, onde os profissionais de saúde podem acompanhar o estado do paciente em tempo real e tomar medidas imediatas se houver alguma mudança nos sinais vitais ou outras condições. A telemetria pode também ser usada fora do ambiente hospitalar, por exemplo, para monitorar pacientes com doenças crônicas em suas casas.

O canal de potássio KCNQ1, também conhecido como Kv7.1, é uma proteína que forma um canal de potássio voltage-dependente. Este canal desempenha um papel importante no funcionamento do coração e da orelha interna. No coração, ajuda a regular a frequência cardíaca e a contração do músculo cardíaco. Na orelha interna, é essencial para a percepção da audição e do equilíbrio.

Mutações neste gene podem resultar em várias condições médicas, incluindo síndrome de Romano-Ward, uma forma hereditária de prolongamento do intervalo QT, que pode causar batimentos cardíacos irregulares e aumentar o risco de morte súbita cardíaca. Outras mutações podem causar surdez congênita.

'Processamento de Sinais Assistido por Computador' (em inglês, 'Computer-Aided Processing of Signals') refere-se ao uso de tecnologias computacionais para a aquisição, análise, interpretação e visualização de sinais. Neste contexto, um sinal pode ser definido como qualquer coisa que carregue informação, geralmente em forma de variações de amplitude, frequência ou tempo. Exemplos comuns de sinais incluem sons, imagens e dados fisiológicos.

O processamento de sinais assistido por computador pode envolver uma variedade de técnicas, incluindo filtragem, transformada de Fourier, análise espectral, detecção de padrões e aprendizado de máquina. Essas técnicas podem ser usadas para fins como a remoção de ruído, a extração de recursos relevantes, a classificação e a compressão de dados.

No campo da medicina, o processamento de sinais assistido por computador tem uma variedade de aplicações, incluindo a análise de imagens médicas (como radiografias, ressonâncias magnéticas e tomografias computadorizadas), a monitorização de sinais fisiológicos (como eletrocardiogramas e eletroencefalogramas) e a análise de dados clínicos. Essas técnicas podem ajudar os profissionais médicos a fazer diagnósticos mais precisos, a monitorar a progressão de doenças e a avaliar a eficácia dos tratamentos.

O mapeamento encéfalo, também conhecido como neuroimagem funcional ou cartografia cerebral, é um método de estudar a atividade do cérebro humano usando técnicas de imagem avançadas. Essa abordagem permite que os pesquisadores vejam quais áreas do cérebro são ativadas durante diferentes tarefas ou estados mentais, fornecendo informações valiosas sobre a organização funcional do cérebro.

Existem várias técnicas de mapeamento encéfalo, incluindo:

1. **Imagem por ressonância magnética funcional (fMRI):** Essa técnica utiliza um campo magnético e ondas de rádio para medir os níveis de oxigênio no sangue, que estão correlacionados com a atividade cerebral. A fMRI fornece imagens detalhadas do cérebro em tempo real, mostrando quais áreas são ativadas durante diferentes tarefas ou pensamentos.

2. **Eletroencefalografia (EEG) e magnetoencefalografia (MEG):** Essas técnicas registram a atividade elétrica e magnética do cérebro, respectivamente, fornecendo informações sobre a localização e timing exatos dos sinais cerebrais. No entanto, essas técnicas não oferecem a mesma resolução espacial das técnicas de imagem, como a fMRI.

3. **Estimulação magnética transcraniana (TMS):** Essa técnica utiliza campos magnéticos para estimular especificamente determinadas áreas do cérebro, permitindo que os pesquisadores examinem as funções cognitivas e comportamentais associadas a essas áreas.

4. **Positron Emission Tomography (PET) e Single-Photon Emission Computed Tomography (SPECT):** Essas técnicas de imagem registram a atividade metabólica do cérebro, fornecendo informações sobre as áreas do cérebro que estão mais ativas durante diferentes tarefas ou pensamentos. No entanto, essas técnicas envolvem a exposição a radiação e geralmente oferecem uma resolução espacial inferior à fMRI.

O uso combinado de diferentes técnicas permite que os pesquisadores obtenham informações mais completas sobre o cérebro e suas funções, ajudando a esclarecer os mistérios da mente humana e abrindo novas perspectivas para o tratamento de doenças cerebrais.

Os nervos periféricos referem-se a um sistema complexo e extenso de estruturas nervosas que se originam a partir da medula espinhal e do tronco encefálico e se estendem para fora do sistema nervoso central (SNC) até todos os tecidos e órgãos periféricos do corpo. Eles transmitem informações sensoriais, como toque, dor, temperatura e posição, dos órgãos periféricos para o SNC, e também conduzem as respostas motoras e autonomicas do SNC para os músculos e glândulas periféricas.

Os nervos periféricos são geralmente agrupados em dois tipos: nervos aferentes (sensitivos) e nervos eferentes (motores). Os nervos aferentes transmitem informações sensoriais dos órgãos periféricos para o SNC, enquanto os nervos eferentes conduzem as respostas motoras do SNC para os músculos esqueléticos e glândulas.

Os nervos periféricos são vulneráveis a várias condições patológicas, como neuropatias diabéticas, compressões nervosas, intoxicações e infecções, que podem causar sintomas variados, como dor, formigueiro, fraqueza muscular e perda de sensibilidade.

Fibrilação Ventricular é uma arritmia cardíaca grave em que as câmaras inferiores do coração, os ventrículos, batem de forma desorganizada e muito rápida, geralmente a mais de 300 batimentos por minuto. Isso impede que o sangue seja efetivamente bombeado para o resto do corpo, resultando em uma diminuição drástica da circulação sanguínea e na falta de oxigênio nos tecidos. A fibrilação ventricular é uma emergência médica potencialmente letal que requer tratamento imediato, geralmente com choque elétrico (desfibrilhação) para restabelecer o ritmo cardíaco normal.

A avaliação pré-clínica de medicamentos é um processo de pesquisa e experimentação que ocorre antes do início dos ensaios clínicos em humanos. Nesta fase, os potenciais novos medicamentos são testados em laboratório e em animais para avaliar sua segurança, eficácia, farmacologia, toxicidade e farmacocinética. A avaliação pré-clínica é essencial para identificar quaisquer riscos potenciais associados ao uso do medicamento e para garantir que ele seja seguro o suficiente para ser testado em humanos. O processo de avaliação pré-clínica geralmente inclui estudos in vitro (em tubos de ensaio ou outros sistemas não vivos) e estudos em animais, e pode levar anos antes que um novo medicamento seja aprovado para os ensaios clínicos em humanos.

Neurotransmitters são substâncias químicas que transmitem sinais entre células nervosas (neurônios) em nosso sistema nervoso. Eles desempenham um papel crucial na regulação de muitos processos fisiológicos, incluindo humor, stress, sono, apetite, memória e aprendizagem, além de controlar funções corporais importantes como frequência cardíaca, pressão arterial e resposta ao dolor.

Quando um neurônio é estimulado ele libera neurotransmissores no espaço sináptico (uma pequena fenda entre duas células nervosas), onde esses sinais químicos podem se ligar a receptores específicos na membrana da célula seguinte, influenciando assim sua atividade elétrica. Dependendo do tipo de neurotransmissor e dos receptores envolvidos, essa ligação pode resultar em excitação ou inibição da célula postsináptica.

Existem vários tipos diferentes de neurotransmissores no corpo humano, sendo os mais conhecidos: glutamato (principal neurotransmissor excitatório), GABA (inibe a atividade dos neurônios), acetilcolina (importante em processos cognitivos e memória), serotonina (regula humor, sono e apetite), noradrenalina (associada à resposta de luta ou fuga) e dopamina (relacionada ao prazer e recompensa).

Distúrbios no equilíbrio dos neurotransmissores têm sido associados a diversas condições médicas, como depressão, ansiedade, transtornos bipolares, doença de Parkinson, Alzheimer e esquizofrenia.

Os antagonistas de aminoácidos excitatórios são substâncias ou drogas que bloqueiam a atividade dos aminoácidos excitatórios, como o glutamato e o aspartato, nos receptores neuronais. Esses aminoácidos desempenham um papel importante na transmissão sináptica e no controle da excitabilidade celular no sistema nervoso central.

Existem diferentes tipos de antagonistas de aminoácidos excitatórios, dependendo do tipo de receptor que eles bloqueiam. Por exemplo, o ácido kainico e o ácido domoico são antagonistas dos receptores AMPA/kainato, enquanto o dizocilpina (MK-801) e a memantina são antagonistas do receptor NMDA.

Essas drogas têm sido estudadas como possíveis tratamentos para uma variedade de condições neurológicas e psiquiátricas, incluindo epilepsia, dor crônica, lesão cerebral traumática, doença de Alzheimer e dependência de drogas. No entanto, o uso clínico dessas drogas ainda é limitado devido aos seus efeitos adversos potenciais, como confusão, sonolência, descoordenação motora e aumento da pressão intracraniana.

Taquicardia é um termo médico que se refere a uma frequência cardíaca anormalmente rápida, geralmente acima de 100 batimentos por minuto em repouso. Pode ocorrer em pessoas saudáveis em situações de excitação ou exercício físico intenso, mas também pode ser um sintoma de diversas condições médicas, como doenças cardiovasculares, problemas na tireoide, anemia, desidratação, uso de drogas estimulantes ou outras drogas, entre outros.

Existem diferentes tipos de taquicardia, dependendo da causa e do local no coração onde se origina o batimento cardíaco rápido. Alguns dos tipos mais comuns incluem:

* Taquicardia sinusal: é a forma mais comum de taquicardia e geralmente não é motivo de preocupação. Ocorre quando o nódulo sinoatrial, a região do coração que normalmente inicia os batimentos cardíacos, dispara sinais elétricos demasiadamente rápidos.
* Taquicardia supraventricular: é uma forma de taquicardia que se origina em cima das cavidades superiores do coração (átrios). Pode ser causada por problemas no tecido de condução elétrica do coração ou por outras condições médicas.
* Taquicardia ventricular: é uma forma grave de taquicardia que se origina nas cavidades inferiores do coração (ventrículos). Pode ser desencadeada por doenças cardiovasculares graves e pode ser potencialmente fatal se não for tratada imediatamente.

Os sintomas da taquicardia podem incluir palpitações, falta de ar, tontura, vertigem, suor excessivo, cansaço, dor no peito ou desmaios. Se você experimentar esses sintomas, é importante procurar atendimento médico imediatamente.

Em medicina e biologia, modelos animais referem-se a organismos não humanos usados em pesquisas científicas para entender melhor os processos fisiológicos, testar terapias e tratamentos, investigar doenças e seus mecanismos subjacentes, e avaliar a segurança e eficácia de drogas e outros produtos. Esses animais, geralmente ratos, camundongos, coelhos, porcos, peixes-zebra, moscas-da-fruta, e vermes redondos, são geneticamente alterados ou naturalmente suscetíveis a certas condições de doença que se assemelham às encontradas em humanos. Modelos animais permitem que os cientistas conduzam experimentos controlados em ambientes laboratoriais seguros, fornecendo insights valiosos sobre a biologia humana e contribuindo significativamente para o avanço do conhecimento médico e desenvolvimento de novas terapias.

C57BL/6J, ou simplesmente C57BL, é uma linhagem genética inbred de camundongos de laboratório. A designação "endogâmico" refere-se ao fato de que esta linhagem foi gerada por cruzamentos entre parentes próximos durante gerações sucessivas, resultando em um genoma altamente uniforme e consistente. Isso é útil em pesquisas experimentais, pois minimiza a variabilidade genética entre indivíduos da mesma linhagem.

A linhagem C57BL é uma das mais amplamente utilizadas em pesquisas biomédicas, incluindo estudos de genética, imunologia, neurobiologia e oncologia, entre outros. Alguns dos principais organismos responsáveis pela manutenção e distribuição desta linhagem incluem o The Jackson Laboratory (EUA) e o Medical Research Council Harwell (Reino Unido).

Interneurônios são neurónios que se encontram no sistema nervoso central e estabelecem conexões sinápicas principalmente com outros neurónios locais, mas não diretamente com as células sensoriais ou musculares. Eles estão envolvidos em processar, integrar e modular informações dentro de uma rede neural local, desempenhando um papel fundamental no controle da excitação e inibição das redes neuronais. Podem ser encontrados em diversas regiões do cérebro, incluindo a medula espinal, cerebelo, e córtex cerebral, e são caracterizados por sua morfologia, função e conectividade sináptica específica.

As vias neurais, também conhecidas como tratos ou feixes nervosos, referem-se a grupos organizados e compactos de axônios (prolongamentos citoplasmáticos dos neurónios) que se projetam para distâncias variadas no sistema nervoso. Eles transmitem sinais elétricos (impulsos nervosos) entre diferentes regiões do cérebro, medula espinhal e outros órgãos periféricos. Essas vias neurais são responsáveis por garantir a comunicação e integração adequadas das informações sensoriais, motores e viscerais no organismo. Além disso, elas desempenham um papel crucial na coordenação de respostas complexas, como reflexos e comportamentos voluntários.

Os Receptores de N-Metil-D-Aspartato (NMDA, do inglês N-Methyl-D-aspartate receptors) são um tipo específico de receptor de glutamato encontrado principalmente no cérebro dos mamíferos. Eles desempenham um papel crucial em diversos processos neurofisiológicos, como a plasticidade sináptica e o aprendizado e memória.

Os NMDA receptores são ionotrópicos, ou seja, eles formam canais iônicos que permitem o fluxo de íons quando ativados por um ligante específico, no caso, o neurotransmissor glutamato e o agonista N-Metil-D-Aspartato. A ativação dos NMDA receptores leva à abertura do canal iônico associado, permitindo a entrada de cálcio (Ca2+) no interior da célula nervosa.

Este influxo de Ca2+ desencadeia uma série de eventos bioquímicos que podem resultar em alterações na força sináptica entre as células nervosas, processo conhecido como potenciação a longo prazo (LTP). A LTP é um mecanismo celular associado ao aprendizado e memória.

No entanto, uma ativação excessiva ou prolongada dos NMDA receptores pode contribuir para a toxicidade do glutamato e à morte de células nervosas, o que está relacionado a diversas condições neurológicas e psiquiátricas, como dano cerebral traumático, acidente vascular cerebral, esclerose múltipla, epilepsia, doença de Alzheimer, depressão e esquizofrenia. Portanto, os NMDA receptores são alvos terapêuticos importantes para o desenvolvimento de novas estratégias de tratamento dessas condições.

Os Receptores Nicotínicos (RNs) são canais iónicos dependentes de ligantes encontrados nas membranas pós-sinápticas de neurônios e outros tipos de células em todo o sistema nervoso central e periférico. Eles recebem seu nome devido à sua alta afinidade pela nicotina, uma substância presente no tabaco.

Os RNs são compostos por cinco subunidades proteicas dispostas em forma de anel, que formam um poro central através do qual passam íons como o sódio (Na+), potássio (K+) e cálcio (Ca2+). A ativação dos RNs ocorre quando uma molécula de acetilcolina (ACh), o neurotransmissor endógeno que liga a esses receptores, se liga a um sítio específico na subunidade do receptor. Isso resulta em uma alteração conformacional da proteína, permitindo a abertura do poro iónico e o fluxo de íons através da membrana celular.

A ativação dos RNs desencadeia uma variedade de respostas fisiológicas, como a excitação ou inibição do neurônio pós-sináptico, dependendo do tipo e localização dos receptores. Além disso, os RNs desempenham um papel crucial em diversos processos, incluindo a modulação da neurotransmissão, o controle do movimento, a regulação do humor e a memória.

Os RNs são alvo de diversas drogas e toxinas, como a nicotina, curare e cobra-coral. A exposição a essas substâncias pode alterar a função dos receptores, levando a distúrbios neurológicos e outras complicações de saúde.

Os Canais de Potássio Cálcio-Ativados (CPCA, do inglês "Calcium-Activated Potassium Channels") são canais iónicos que permitem o fluxo seletivo de íons potássio através da membrana celular. Eles são ativados por níveis elevados de cálcio intracelular e desempenham um papel importante na regulação do potencial de repouso e excitabilidade das células.

Existem dois tipos principais de CPCA: os canais de potássio grandes (BK) e os canais de potássio intermediários (IK). Os canais BK são ativados tanto por cálcio quanto por voltagem, enquanto os canais IK são principalmente ativados por cálcio.

Os CPCA estão presentes em uma variedade de tecidos, incluindo o sistema nervoso central e periférico, músculo liso e glândulas endócrinas. Eles desempenham funções importantes, como a regulação do tônus vascular, a liberação de hormônios e neurotransmissores, e a modulação da excitabilidade neuronal.

Alterações nos CPCA têm sido associadas a várias condições patológicas, como hipertensão arterial, diabetes, epilepsia e doenças neurológicas degenerativas. Portanto, eles são alvos terapêuticos potenciais para o tratamento de essas condições.

O comportamento animal refere-se aos processos e formas de ação sistemáticos demonstrados por animais em resposta a estímulos internos ou externos. Ele é geralmente resultado da interação entre a hereditariedade (genes) e os fatores ambientais que uma determinada espécie desenvolveu ao longo do tempo para garantir sua sobrevivência e reprodução.

Esses comportamentos podem incluir comunicação, alimentação, defesa territorial, cortejo, acasalamento, cuidado parental, entre outros. Alguns comportamentos animais são instintivos, ou seja, eles estão pré-programados nos genes do animal e são desencadeados por certos estímulos, enquanto outros podem ser aprendidos ao longo da vida do animal.

A pesquisa em comportamento animal é multidisciplinar, envolvendo áreas como a etologia, biologia evolutiva, psicologia comparativa, neurociência e antropologia. Ela pode fornecer informações importantes sobre a evolução dos organismos, a organização social das espécies, os mecanismos neurológicos que subjazem ao comportamento e até mesmo insights sobre o próprio comportamento humano.

Desfibriladores Implantáveis, frequentemente abreviados como ICD (do inglês Implantable Cardioverter-Defibrillator), são dispositivos médicos eletrônicos que estão inside do corpo e fornecem terapia para tratar ritmos cardíacos anormais, particularmente arritmias graves como a fibrilação ventricular e taquicardia ventricular, que podem ser perigosas ou até mesmo levantes à morte súbita cardíaca.

O ICD monitoriza continuamente o ritmo cardíaco do paciente e, quando detecta uma arritmia grave, entrega um choque elétrico para restaurar o ritmo normal do coração. Isso pode ser feito por meio de um impulso elétrico (cardioversão) ou uma série de choques rápidos (defibrilação). Alguns ICDs também possuem a capacidade de fornecer terapia anti-taquicardia, que é uma estimulação elétrica controlada para regularizar o ritmo cardíaco.

Os desfibriladores implantáveis são geralmente indicados para pessoas com histórico de fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular, doença cardiovascular subjacente, aumento do risco de desenvolver arritmias graves, ou sobreviventes de parada cardíaca. O dispositivo é geralmente implantado em uma cirurgia minimamente invasiva, na qual o gerador do ICD (a bateria e a unidade de processamento) é colocado abaixo da pele, geralmente no lado esquerdo do tórax, e os fios elétricos (chamados de leads) são passados pelas veias até ao coração.

Embora os ICDs sejam altamente eficazes em prevenir a morte súbita cardíaca, eles têm algumas limitações e complicações potenciais associadas à sua utilização, como infecção do local de implantação, deslocamento ou falha dos leads, e a necessidade de substituir a bateria periodicamente. Além disso, o som de choque liberado pelo dispositivo pode ser assustador para os pacientes e seus cuidadores, embora isso seja um sinal de que o ICD está funcionando corretamente para salvar vidas.

Cloretos são compostos químicos que contêm o ânion cloreto (Cl-). O cloreto é um anião monoatômico formado quando o Cloro, um elemento do grupo dos halogênios na tabela periódica, ganha um elétron adicional para completar sua camada de valência e obter estabilidade.

Os cloretos podem ser encontrados em diferentes sais, como o cloreto de sódio (NaCl), também conhecido como sal de cozinha, ou o cloreto de potássio (KCl). Também existem compostos orgânicos que contêm o grupo funcional cloreto, como os clorofenóis e os clorometanos.

Em um contexto médico, os cloretos geralmente se referem a sais de cloreto, especialmente o cloreto de sódio, que é essencial para a manutenção da homeostase hídrica e eletrolítica no corpo humano. O cloreto de sódio desempenha um papel fundamental na regulação do volume de fluidos corporais, no equilíbrio ácido-base e no funcionamento normal dos nervos e músculos. As soluções de cloreto de sódio também são frequentemente usadas como soluções isotônicas para reidratar pacientes desidratados ou com baixos níveis de eletrólitos no sangue.

As Doenças do Sistema Nervoso Periférico (DSNP) referem-se a um grupo diversificado de condições que afetam os nervos fora do cérebro e da medula espinhal, que compõem o sistema nervoso periférico. Esses nervos são responsáveis por transmitir informações entre o cérebro e o restante do corpo, permitindo a comunicação entre os sistemas muscular, esquelético e sensorial.

As DSNP podem ser classificadas em duas categorias principais: neuropatias e mielopatias. As neuropatias envolvem danos ou disfunções nos nervos periféricos individuais, enquanto as mielopatias afetam a medula espinal.

Existem diversas causas para as DSNP, incluindo:

1. Doenças autoimunes: Condições como a polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica (CIDP), a síndrome de Guillain-Barré e o lúpus eritematoso sistêmico podem causar DSNP.
2. Doenças genéticas: Algumas doenças genéticas, como a ataxia familiar, a neuropatia hereditária sensorial e motora e a doença de Charcot-Marie-Tooth, podem afetar o sistema nervoso periférico.
3. Infecções: Doenças infecciosas como a lepra, a HIV/AIDS, a hepatite C e a sífilis podem resultar em DSNP.
4. Intoxicação por agentes tóxicos: A exposição a substâncias químicas nocivas, como metais pesados (por exemplo, chumbo e mercúrio), solventes orgânicos e certos medicamentos, pode danificar os nervos periféricos.
5. Trauma: Lesões físicas aos nervos, como fraturas ou distensões, podem causar DSNP.
6. Deficiência nutricional: A deficiência de vitaminas B, especialmente a vitamina B12 e a vitamina B1 (tiamina), pode contribuir para o desenvolvimento de DSNP.
7. Diabetes: O diabetes é uma causa comum de neuropatia periférica, que afeta cerca de 50% dos pacientes diabéticos ao longo do tempo.
8. Idade avançada: A idade avançada aumenta o risco de desenvolver DSNP devido a alterações degenerativas naturais nos nervos periféricos.

Os sintomas da DSNP podem variar dependendo do tipo e da gravidade da condição. Alguns dos sintomas comuns incluem:

- Dor, ardência ou formigamento nas mãos e/ou nos pés
- Fraqueza muscular
- Perda de reflexos tendinosos profundos
- Atrofia muscular
- Perda da sensação de toque, temperatura ou dor
- Problemas de equilíbrio e coordenação
- Incontinência urinária ou fecal

O tratamento da DSNP depende do tipo e da causa subjacente. Em alguns casos, o controle adequado dos níveis de açúcar no sangue pode ajudar a prevenir ou a retardar a progressão da neuropatia em pacientes diabéticos. Outros tratamentos podem incluir:

- Medicamentos para aliviar a dor e outros sintomas
- Terapia física e reabilitação
- Suplementação nutricional, se houver deficiência nutricional subjacente
- Cirurgia, em casos graves ou complicados

É importante consultar um médico se você experimentar sintomas de DSNP para obter um diagnóstico e tratamento adequados.

Em neurociência, as sinapses elétricas (também conhecidas como giunzioni elettriche) são tipos especiais de sinapses em que a comunicação entre duas células nervosas (neurônios) ocorre por meio do fluxo direto de íons através de canais iônicos, em vez da liberação e detecção de neurotransmissores químicos.

Neste tipo de sinapse, a membrana pré-sináptica e pós-sináptica estão fisicamente unidas por meio de conexões especializadas chamadas de gap junctions (giunzioni comunicanti). As gap junctions são aglomerados de proteínas transmembranares, chamadas de conectinas e involucrinas, que formam canais de ligação entre as membranas das células adjacentes. Esses canais permitem a difusão direta de íons e moléculas pequenas entre os citoplasmas dos neurônios envolvidos.

Devido à natureza elétrica da transmissão sináptica, as sinapses elétricas exibem propriedades distintas em comparação com as sinapses químicas tradicionais:

1. Velocidade de transmissão: A transmissão sinápica é muito mais rápida nas sinapses elétricas do que nas sinapses químicas, pois não há etapas adicionais, como a síntese, armazenamento e liberação de neurotransmissores.
2. Fidelidade da transmissão: A transmissão sináptica em sinapses elétricas é mais precisa e menos propensa à interferência por fatores externos, como a concentração de neurotransmissores ou a atividade enzimática.
3. Propagação do potencial de ação: Em vez de gerar um novo potencial de ação na membrana pós-sináptica, o potencial de ação se propaga diretamente através da sinapse elétrica, mantendo sua amplitude e polaridade.
4. Sincronização: As sinapses elétricas são frequentemente encontradas em redes neuronais que requerem sincronização temporal precisa entre os neurônios, como no sistema olfativo e nos circuitos de ritmo cardíaco.

Embora as sinapses elétricas sejam menos comuns do que as sinapses químicas, elas desempenham papéis importantes em vários sistemas neuronais e contribuem para a diversidade das interações entre os neurônios.

Proteínas são compostos macromoleculares formados por cadeias de aminoácidos e desempenham funções essenciais em todos os organismos vivos. Muitas proteínas são construídas a partir de subunidades menores, denominadas "subunidades proteicas".

Subunidades proteicas são porções discretas e funcionalmente distintas de uma proteína complexa que podem se combinar para formar a estrutura tridimensional ativa da proteína completa. Essas subunidades geralmente são codificadas por genes separados e podem ser modificadas postraducionalmente para atingir sua conformação e função finais.

A organização em subunidades permite que as proteínas sejam sintetizadas e montadas de forma eficiente, além de proporcionar mecanismos regulatórios adicionais, como a dissociação e reassociação das subunidades em resposta a estímulos celulares. Além disso, as subunidades proteicas podem ser compartilhadas entre diferentes proteínas, o que permite a economia de recursos genéticos e funcionais no genoma.

Em resumo, as subunidades proteicas são componentes estruturais e funcionais das proteínas complexas, desempenhando um papel fundamental na determinação da atividade, regulação e diversidade de funções das proteínas.

A Succinato-Semialdeído Desidrogenase (SSD) é uma enzima que desempenha um papel crucial no metabolismo dos aminoácidos e do ciclo de Krebs. Ela catalisa a reação de oxidação do succinato-semialdeído a succinil-CoA, um importante intermediário no processo de produção de energia dentro da célula. A SSD participa em duas vias metabólicas principais: o catabolismo dos aminoácidos e a glicina oxidação.

Existem duas formas principais desta enzima, uma localizada no citosol (SSDH1) e outra no mitocôndrio (SSDH2). A forma mitocondrial está associada à cadeia de transporte de elétrons e desempenha um papel na geração de energia através da fosforilação oxidativa.

A deficiência ou disfunção da Succinato-Semialdeído Desidrogenase pode resultar em várias condições clínicas, incluindo acidose metabólica, neurossintomatologia e anormalidades no crescimento e desenvolvimento. Além disso, a mutação genética que afeta a atividade da SSDH2 tem sido associada ao risco aumentado de cancro, especialmente nos tumores da glândula suprarrenal e do sistema nervoso central.

Os canais de potássio corretores do fluxo de internalização, também conhecidos como canais de potássio sensíveis ao fluxo (IKCs), são canais de potássio dependentes de voltagem que desempenham um papel importante na regulação da excitabilidade celular. Eles são chamados "corretores do fluxo" porque sua ativação pode ser induzida por um aumento no fluxo iônico através da membrana plasmática, o que resulta em uma diminuição adicional no fluxo iônico e, consequentemente, na hiperpolarização da membrana.

Esses canais são expressos predominantemente em células excitatórias, como neurônios e células musculares lisas, onde eles desempenham um papel crucial na regulação do potencial de ação e na modulação da excitabilidade celular. A ativação dos canais IKCs pode ser induzida por uma variedade de estímulos, incluindo aumentos no fluxo de cálcio, alongamento mecânico e mudanças na tensão transmembrana.

A abertura dos canais IKCs resulta em um influxo de potássio para fora da célula, o que leva a uma hiperpolarização da membrana e à inibição do potencial de ação. Isso pode ser particularmente importante em situações em que a excitabilidade celular precisa ser reduzida, como durante a fase de repolarização do potencial de ação ou em resposta a estímulos excessivos.

Em resumo, os canais de potássio corretores do fluxo de internalização são canais de potássio dependentes de voltagem que desempenham um papel crucial na regulação da excitabilidade celular, particularmente em células excitatórias. A sua ativação resulta em uma hiperpolarização da membrana e à inibição do potencial de ação, o que pode ser importante para reduzir a excitabilidade celular em situações específicas.

Síncope é um termo médico que se refere a um desmaio ou perda súbita e temporária de consciência, geralmente causada por insuficiência de fluxo sanguíneo para o cérebro. Isso pode ser resultado de diversos fatores, como baixa pressão arterial, problemas cardíacos, desequilíbrio eletrolítico, entre outros. Quando uma pessoa desmaia, ela geralmente adota uma postura flexionada, com os membros corporais dobrados e o tronco reclinado, a menos que seja impedida por algum objeto ou outra pessoa. A síncope normalmente dura apenas alguns minutos, sendo seguida de uma recuperação rápida e completa, embora episódios repetidos possam indicar condições subjacentes mais graves que requerem avaliação e tratamento médicos.

Canalopatias são um grupo de condições médicas que afetam o sistema vestibular do ouvido interno, mais especificamente as vias semicirculares e o canal utriculo-sacular. Essas estruturas contêm órgãos sensoriais responsáveis pela detecção da aceleração angular e linear do corpo, fornecendo informações importantes sobre a posição e movimento do corpo no espaço.

As canalopatias são frequentemente caracterizadas por sintomas como tontura, vertigem, desequilíbrio, náuseas e vômitos. A causa mais comum de canalopatias é a doença de Ménière, uma condição que afeta o sistema vestibular e auditivo e pode causar perda auditiva e zumbido. Outras causas incluem lesões no ouvido interno, infecções virais e certos medicamentos ototóxicos.

O diagnóstico de canalopatias geralmente requer um exame físico cuidadoso, bem como testes especializados, como a calorimetria vestibular e a videonistagmografia, que podem ajudar a identificar quaisquer anormalidades no sistema vestibular. O tratamento pode incluir medidas conservadoras, como mudanças no estilo de vida e fisioterapia vestibular, bem como medicamentos para controlar os sintomas. Em casos graves ou persistentes, a cirurgia pode ser considerada.

De acordo com a medicina, insetos são membros de um grupo diversificado e amplamente distribuído de animais invertebrados, com corpo dividido em três partes (cabeça, tórax e abdômen), seis patas e, geralmente, dois pares de asas. Eles pertencem à classe Hexapoda e ao filo Arthropoda. Alguns insetos podem ser transmissores de doenças ou causar problemas de saúde em humanos, como alergias, infestações de piolhos ou sarna, e outras condições relacionadas à higiene pessoal e ambiental. No entanto, a maioria dos insetos é inócua ou mesmo benéfica para a saúde humana e ao ecossistema em geral.

O ácido glutâmico é um aminoácido não essencial, o que significa que ele pode ser produzido pelo próprio corpo. É considerado o aminoácido mais abundante no cérebro e atua como neurotransmissor excitatório, desempenhando um papel importante na transmissão de sinais nervosos e na plasticidade sináptica.

Além disso, o ácido glutâmico é um intermediário metabólico importante no ciclo de Krebs (ciclo do ácido tricarboxílico) e também pode ser convertido em outros aminoácidos, glicina e glutamina. Além disso, ele desempenha um papel na síntese de energia, no metabolismo de proteínas e na manutenção do equilíbrio ácido-base.

Em termos médicos, alterações no nível ou função do ácido glutâmico podem estar associadas a várias condições neurológicas, como epilepsia, dano cerebral traumático, esclerose múltipla e doença de Alzheimer. Uma excessiva atividade do receptor de ácido glutâmico pode levar a excitotoxicidade, um processo que causa danos e morte celular em neurônios, o que é observado em diversas condições neurológicas.

As técnicas de cultura de órgãos, também conhecidas como enxertos teciduais ou cultivos teciduais, são procedimentos laboratoriais em que se removem pequenas amostras de tecido de um órgão ou tecido específico de um indivíduo e cultiva-se em um meio adequado no laboratório para permitir o crescimento e a replicação das células. Essas técnicas são frequentemente usadas em pesquisas biológicas e médicas para estudar as propriedades e funções dos tecidos, bem como para testar a toxicidade e a eficácia de diferentes drogas e tratamentos.

Em um contexto clínico, as técnicas de cultura de órgãos podem ser usadas para criar modelos de doenças em laboratório, permitindo que os cientistas estudem a progressão da doença e testem a eficácia de diferentes tratamentos antes de aplicá-los a pacientes. Além disso, as técnicas de cultura de órgãos também podem ser usadas para cultivar tecidos ou órgãos para transplante, oferecendo uma alternativa à doação de órgãos e possibilitando que os pacientes recebam tecidos compatíveis geneticamente.

No entanto, é importante notar que as técnicas de cultura de órgãos ainda estão em desenvolvimento e enfrentam desafios significativos, como a falta de vascularização e inervação adequadas nos tecidos cultivados. Além disso, o processo de cultivo pode levar semanas ou meses, dependendo do tipo de tecido ou órgão sendo cultivado, o que pode limitar sua aplicabilidade em situações clínicas urgentes.

Fluoroscopia é um tipo de imagem médica em tempo real que utiliza raios-X para visualizar e avaliar as estruturas internas do corpo. Durante o procedimento, um fluoroscópio, um equipamento especializado, produz uma série de raios-X que passam através do corpo e são projetados em um monitor de vídeo. Isso permite que os médicos vejam os movimentos dos órgãos e tecidos internos enquanto ocorrem, o que é particularmente útil para guiar procedimentos invasivos ou avaliar a mobilidade de certas estruturas.

A fluoroscopia pode ser usada em uma variedade de situações clínicas, como:

* Ajudar a diagnosticar problemas gastrointestinais, como úlceras, tumores ou sangramentos;
* Guiar procedimentos terapêuticos, como colocação de stents ou injeções articulares;
* Realizar estudos contrastados, como uma artrografia (exame de uma articulação com contraste) ou uma uretrografia retrograda (exame da uretra com contraste);
* Avaliar a integridade estrutural de órgãos internos, como o coração ou os pulmões.

Embora a fluoroscopia seja uma ferramenta útil em medicina, ela envolve a exposição a radiação ionizante. Por isso, é importante que os profissionais de saúde usem técnicas de imagem que minimizem a exposição à radiação e sigam as diretrizes de segurança adequadas para proteger os pacientes e si mesmos.

Os receptores purinérgicos P2X2 são canais iônicos dependentes de ligantes localizados na membrana plasmática de células excitáveis e inexcitáveis. Eles são ativados por ligandos endógenos, como ATP (trifosfato de adenosina) e outros análogos de purinas. O receptor P2X2 é um dos sete subtipos de receptores P2X descritos até agora (P2X1-P2X7).

O receptor P2X2 forma homotrímeros ou heterotrímeros com outros subtipos de receptores P2X, como o P2X3, formando os chamados receptores P2X2/P2X3. Esses receptores desempenham um papel importante na transdução de sinais em vários sistemas fisiológicos, incluindo sistema nervoso periférico e central, sistema cardiovascular, sistema respiratório e sistema urinário.

A ativação do receptor P2X2 leva à abertura do canal iônico, resultando em fluxo de cátions, como sódio (Na+) e cálcio (Ca2+), na célula. Isso pode desencadear uma variedade de respostas celulares, como a despolarização da membrana e a liberação de neurotransmissores.

Em resumo, os receptores purinérgicos P2X2 são canais iônicos dependentes de ligantes que desempenham um papel importante na transdução de sinais em vários sistemas fisiológicos, sendo ativados por ligandos endógenos como o ATP.

O nervo vago, também conhecido como décimo par craniano (CN X), é um importante nervo misto no corpo humano. Ele origina-se no tronco cerebral e desce através do pescoço para o tórax e abdômen, onde inerva diversos órgãos internos.

A parte motora do nervo vago controla os músculos da laringe e do diafragma, além de outros músculos envolvidos na deglutição e fala. A parte sensorial do nervo vago transmite informações sobre a posição e movimentos dos órgãos internos, como o coração, pulmões e sistema gastrointestinal, para o cérebro.

Além disso, o nervo vago desempenha um papel importante no sistema nervoso autônomo, que regula as funções involuntárias do corpo, como a frequência cardíaca, pressão arterial, digestão e respiração. Distúrbios no nervo vago podem levar a sintomas como dificuldade em engolir, falta de ar, alterações na frequência cardíaca e problemas gastrointestinais.

Fluorescent dyes are substances that emit light after absorbing radiation, typically in the form of ultraviolet or visible light. This process, known as fluorescence, occurs because the absorbed energy excites electrons within the dye molecule to a higher energy state. When these electrons return to their ground state, they release the excess energy as light, often at a longer wavelength than the absorbed light.

Fluorescent dyes have numerous applications in medicine and biology, particularly in diagnostic testing, research, and medical imaging. For example, fluorescent dyes can be used to label cells or proteins of interest, allowing researchers to track their movement and behavior within living organisms. In addition, certain fluorescent dyes can be used to detect specific molecules or structures within biological samples, such as DNA or damaged tissues.

One common type of fluorescent dye is called a fluorophore, which is a molecule that exhibits strong fluorescence when excited by light. Fluorophores can be attached to other molecules, such as antibodies or nucleic acids, to create fluorescent conjugates that can be used for various applications.

Fluorescent dyes are also used in medical imaging techniques, such as fluorescence microscopy and flow cytometry, which allow researchers to visualize and analyze cells and tissues at the molecular level. These techniques have revolutionized many areas of biomedical research, enabling scientists to study complex biological processes with unprecedented precision and detail.

Overall, fluorescent dyes are powerful tools for medical diagnosis, research, and imaging, providing valuable insights into the structure and function of living organisms at the molecular level.

A 'inibição neural' é um processo fisiológico no sistema nervoso em que a atividade de certas neurônios (células nervosas) é reduzida ou interrompida pela ativação de outras neurônios. Isto ocorre quando as células nervosas inibitórias secretam neurotransmissores, como a glicina ou o ácido γ-aminobutírico (GABA), nos sítios receptores pós-sinápticos das células nervosas alvo. Esses neurotransmissores inibidores ligam-se aos receptores específicos nas membranas pós-sinápticas, levando à hiperpolarização da membrana e à redução da probabilidade de geração de potenciais de ação (impulsos nervosos).

A inibição neural desempenha um papel crucial no controle da excitação neuronal e na modulação das respostas sinápticas, permitindo assim a regulação fina dos circuitos neuronais e do processamento de informação no cérebro. Diversas condições patológicas, como epilepsia, ansiedade e transtornos do humor, podem estar relacionadas com disfunções na inibição neural.

Glicina é o menor dos aminoácidos não essenciais, com um grupo funcional de amina na sua extremidade e um grupo carboxílico no outro. Sua fórmula química é NH2-CH2-COOH. É uma das 20 moléculas de aminoácidos que servem como blocos de construção para as proteínas.

A glicina desempenha um papel importante em diversas funções no corpo humano, incluindo a síntese de proteínas e colágeno, o neurotransmissor inhibitório mais simples do sistema nervoso central, e é envolvida na detoxificação de certos produtos químicos no fígado.

A glicina pode ser encontrada em várias fontes alimentares, como carne, peixe, laticínios, ovos, soja e leguminosas. É também produzida naturalmente pelo corpo humano a partir do aminoácido serina.

A definição médica de "adaptação à escuridão" refere-se ao processo fisiológico pelo qual o olho se ajusta à falta de luz ou à transição da luz para a escuridão. Esse processo envolve várias alterações no interior do olho, especialmente na pupila e na retina, com o objetivo de maximizar a capacidade visual em condições de baixa iluminação.

Quando nos encontramos em ambientes pouco iluminados, a pupila se dilata (o diâmetro da pupila aumenta) para permitir que mais luz entre no olho e atinja a retina. Além disso, os bastonetes na retina, responsáveis pela visão em baixas luminosidades, tornam-se mais sensíveis à luz, o que permite uma melhor percepção dos estímulos visuais fracos. Esses processos ocorrem gradualmente e podem levar alguns minutos para ser completada, dependendo da intensidade da escuridão e da adaptação prévia do indivíduo à luz ou à escuridão.

A capacidade de adaptação à escuridão varia entre indivíduos e pode ser afetada por vários fatores, como a idade, doenças oculares e uso de certos medicamentos. Geralmente, as pessoas jovens apresentam uma adaptação à escuridão mais rápida e eficiente do que os indivíduos idosos.

A estimulação luminosa é um termo usado em medicina e psicologia para se referir ao uso de luz como forma de tratamento ou estímulo. Pode ser utilizada em diversos contextos, tais como a terapia de luz, que é uma forma comum de tratar distúrbios do humor sazonal e outras condições de saúde mental, como depressão.

Nesta abordagem, o indivíduo é exposto a uma fonte de luz brilhante, geralmente uma caixa de luz especialmente concebida para este propósito, por um determinado período de tempo a cada dia. A exposição à luz afeta a produção de melatonina no corpo, uma hormona que regula o ciclo sonho-vigília, auxiliando assim a regularizar os ritmos circadianos e combater sintomas depressivos.

Além disso, a estimulação luminosa também pode ser empregada em outras áreas, como no tratamento de doenças oculares ou na reabilitação neurológica, visando incentivar a plasticidade cerebral e promover a recuperação de funções perdidas ou danificadas. Nestes casos, diferentes técnicas e equipamentos podem ser utilizados, dependendo da condição específica a ser tratada e dos objetivos terapêuticos desejados.

O Fundo do Olho, também conhecido como fundo da retina ou examen de fondo de ojo em língua portuguesa, é um exame oftalmológico que permite avaliar a parte interna do olho, mais especificamente a retina, o disco óptico, a mácula, as artérias e veias retinianas, além dos nervos ópticos. Essa avaliação é essencial para detectar possíveis doenças ou condições oftalmológicas, como degeneração macular, descolamento de retina, glaucoma, diabetes e outras patologias sistêmicas que podem afetar o olho.

Durante o exame, o oftalmologista dilata a pupila do paciente, geralmente com colírios, para permitir uma melhor visualização do fundo do olho. Em seguida, utiliza um oftalmoscópio ou outro equipamento especializado, como um retinoscópio, para examinar a estrutura ocular interna. O procedimento é indolor e geralmente rápido, embora a dilatação da pupila possa causar sensibilidade à luz e leve visão embaçada por algumas horas após o exame.

Morte Súbita Cardíaca (MSC) é definida como a morte repentina resultante de uma falha cardiovascular inesperada e imprevisível, geralmente dentro de um curto período após o início dos sintomas. Em muitos casos, a MSC ocorre em indivíduos com doença cardiovascular subjacente, mas pode também ocorrer em pessoas sem diagnóstico prévio de doença cardiovascular. A maioria dos eventos de MSC é causada por arritmias ventriculares, especialmente fibrilação ventricular. O tempo desde o início dos sintomas até a morte geralmente é curto, geralmente em minutos. A MSC é um importante problema de saúde pública e é uma das principais causas de mortalidade nos países desenvolvidos.

Os Receptores de Glutamato (RG) são tipos específicos de receptores de neurotransmissores encontrados no sistema nervoso central dos animais, incluindo os humanos. Eles são responsáveis por mediar a maior parte da excitação sináptica eplasticidade sináptica no cérebro. O glutamato é o neurotransmissor excitatório mais abundante no cérebro e atua sobre esses receptores para iniciar uma cascata de eventos que podem levar à despolarização da membrana pós-sináptica, liberação de calcios intracelular e ativação de diversas vias de sinalizações.

Existem três principais classes de RG: receptores ionotrópicos (iRGs) e metabotrópicos (mRGs), além dos receptores kainatos (RKs). Os iRGs são divididos em N-metil-D-aspartato (NMDA) e não-NMDA, sendo que os últimos incluem os RKs. Cada classe de RG tem suas próprias características estruturais e funcionais, bem como padrões de expressão e distribuição no cérebro.

Os iRGs são canais iônicos dependentes de ligantes que permitem o fluxo rápido de íons quando ativados pelo glutamato. Eles desempenham um papel crucial na transmissão sináptica rápida e plástica, sendo essenciais para diversos processos cognitivos, como aprendizagem e memória.

Os mRGs, por outro lado, são receptores acoplados a proteínas G que desencadeiam respostas intracelulares mais lentas e complexas quando ativados pelo glutamato. Eles estão envolvidos em diversos processos fisiológicos e patológicos, como modulação da neurotransmissão, plasticidade sináptica, neurodegeneração e doenças neurológicas.

Devido à sua importância na função cerebral normal e nas disfunções associadas a diversos transtornos neurológicos e psiquiátricos, os RGs têm sido alvo de pesquisas intensivas no campo da neurociência. O entendimento dos mecanismos moleculares que regem sua ativação, inativação e modulação pode fornecer informações valiosas para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para tratar essas condições.

Anestésicos Gerais são drogas medicamentosas utilizadas em procedimentos cirúrgicos e outros procedimentos invasivos para bloquear a dor, a consciência e os reflexos do paciente. Eles agem no sistema nervoso central, inibindo a transmissão de impulsos nervosos que causam a percepção da dor e outras sensações desagradáveis.

Existem diferentes tipos de anestésicos gerais, incluindo inalantes (como éter, halotano, desflurano e sevoflurano) e intravenosos (como propofol, etomidato, thiopental e ketamina). A escolha do tipo de anestésico geral a ser utilizado depende de vários fatores, como a idade e o estado de saúde do paciente, o tipo e a duração do procedimento cirúrgico, e as preferências do médico anestesista.

Os anestésicos gerais podem ser administrados sozinhos ou em combinação com outros medicamentos, como relaxantes musculares e opioides, para garantir a máxima segurança e conforto do paciente durante o procedimento cirúrgico. É importante que os anestésicos gerais sejam administrados por profissionais de saúde treinados e experientes, pois sua administração incorreta pode levar a complicações graves, como depressão respiratória, pressão arterial baixa e ritmo cardíaco irregular.

As ondas encefálicas referem-se a padrões rítmicos e repetitivos de atividade elétrica que ocorrem no cérebro e podem ser detectados por meio de técnicas de neuroimagem, como o eletrroencefalograma (EEG). Essas ondas são classificadas com base em sua frequência, amplitude e localização anatômica.

Existem cinco tipos principais de ondas encefálicas:

1. Ondas Delta (δ): frequência entre 0,5 e 4 Hz; amplitude alta; observadas durante o sono profundo ou em indivíduos com lesões cerebrais graves.
2. Ondas Teta (θ): frequência entre 4 e 8 Hz; amplitude moderada a alta; associadas ao sono leve, relaxamento, meditação e estados de fadiga ou concentração reduzida.
3. Ondas Alpha (α): frequência entre 8 e 13 Hz; amplitude moderada; predominantemente observadas em indivíduos desperto com os olhos fechados, indicando um estado relaxado e alerta.
4. Ondas Beta (β): frequência entre 13 e 30 Hz; amplitude baixa a moderada; associadas a atividades cognitivas ativas, como raciocínio, resolução de problemas e concentração.
5. Ondas Gama (γ): frequência acima de 30 Hz; amplitude baixa; relacionadas à integração sensorial, percepção consciente e processamento de informações complexas.

A análise das ondas encefálicas pode fornecer informações valiosas sobre o estado funcional do cérebro em diferentes situações e condições clínicas, como epilepsia, transtornos do sono, demências e outros distúrbios neurológicos.

Em neurociência, as terminações pré-sinápticas são as extremidades especializadas dos axônios (fibras nervosas) que formam sinapses com outras células neuronais ou células alvo em outros tecidos. Eles contêm vesículas sinápticas cheias de neurotransmissores, substâncias químicas que desempenham um papel fundamental na transmissão de sinais elétricos entre neurônios. Quando um potencial de ação alcança a terminação pré-sináptica, essas vesículas se fundem com a membrana pré-sináptica e liberam seus neurotransmissores no espaço sináptico, onde podem se ligar a receptores na membrana pós-sináptica da célula alvo, desencadeando assim uma resposta elétrica ou química. Essa comunicação entre neurônios é fundamental para a maioria dos processos cognitivos e comportamentais, incluindo percepção, memória, aprendizagem e controle motor.

Os Ratos Wistar são uma linhagem popular e amplamente utilizada em pesquisas biomédicas. Eles foram desenvolvidos no início do século 20, nos Estados Unidos, por um criador de animais chamado Henry Donaldson, que trabalhava no Instituto Wistar de Anatomia e Biologia. A linhagem foi nomeada em homenagem ao instituto.

Os Ratos Wistar são conhecidos por sua resistência geral, baixa variabilidade genética e taxas consistentes de reprodução. Eles têm um fundo genético misto, com ancestrais que incluem ratos albinos originários da Europa e ratos selvagens capturados na América do Norte.

Estes ratos são frequentemente usados em estudos toxicológicos, farmacológicos e de desenvolvimento de drogas, bem como em pesquisas sobre doenças humanas, incluindo câncer, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e neurológicas. Além disso, os Ratos Wistar são frequentemente usados em estudos comportamentais, devido à sua natureza social e adaptável.

Embora os Ratos Wistar sejam uma importante ferramenta de pesquisa, é importante lembrar que eles não são idênticos a humanos e podem reagir de maneira diferente a drogas e doenças. Portanto, os resultados obtidos em estudos com ratos devem ser interpretados com cautela e validados em estudos clínicos envolvendo seres humanos antes que qualquer conclusão definitiva seja feita.

Barbitúricos são uma classe de drogas depressoras do sistema nervoso central que actuam no cérebro e no sistema nervoso periférico. Eles são derivados da barbitúrea, um composto orgânico sintético. Os barbitúricos têm propriedades anticonvulsivantes, sedativas, hipnóticas e anestésicas. São usados em medicina para tratar condições como a epilepsia, insônia e ansiedade, bem como para induzir o sono antes de cirurgias. No entanto, devido aos seus efeitos adversos potencialmente graves, incluindo dependência, tolerância e sobreposição com álcool e outras drogas, o uso clínico dos barbitúricos tem diminuído nos últimos anos em favor de medicamentos alternativos com perfis de segurança mais favoráveis.

O endocárdio é a membrana delicada e fina que reveste o interior dos cavidades cardíacas, ou seja, o átrio e o ventrículo. Ele é composto por epitélio planocelular simples e tecido conjuntivo lânguidamente disposto. O endocárdio desempenha um papel importante na função cardiovascular, pois ajuda a facilitar o fluxo sanguíneo suave dentro do coração e também participa da formação de válvulas cardíacas. Lesões ou inflamações no endocárdio podem levar a condições médicas graves, como a doença de reumático e a endocardite infecciosa.

Agonistas de Receptores de GABA-A são substâncias ou medicamentos que se ligam e ativam os receptores GABA-A no cérebro. O ácido gama-aminobutírico (GABA) é o neurotransmissor inhibitório mais importante no sistema nervoso central e desempenha um papel crucial na regulação da excitação neuronal. Os agonistas de receptores GABA-A mimetizam os efeitos do GABA, aumentando a atividade do receptor e resultando em uma diminuição da excitabilidade nervosa.

Esses compostos são frequentemente usados como medicamentos para tratar diversas condições, incluindo ansiedade, insônia, convulsões e espasticidade muscular. Exemplos de agonistas de receptores GABA-A incluem benzodiazepínicos (tais como diazepam, lorazepam e clonazepam), barbitúricos, anestésicos gerais e alguns anticonvulsivantes. No entanto, é importante ressaltar que esses medicamentos podem ter efeitos adversos significativos e devem ser usados com cuidado, sob a supervisão de um profissional de saúde qualificado.

As proteínas de fluorescência verde, também conhecidas como GFP (do inglês Green Fluorescent Protein), são proteínas originárias da medusa Aequorea victoria que emitem luz verde brilhante quando expostas à luz ultravioleta ou azul. Elas fluorescem devido à presença de um cromóforo, formado por um tripeptídeo único (Ser65-Tyr66-Gly67), no seu interior.

A GFP é frequentemente utilizada em pesquisas biológicas como marcador fluorescente para estudar a expressão gênica, localização celular e interações proteicas em organismos vivos. Ela pode ser geneticamente modificada para emitir diferentes comprimentos de onda de luz, o que permite a observação simultânea de vários processos biológicos dentro da mesma célula ou tecido.

A descoberta e o uso da GFP como marcador fluorescente revolucionaram a biologia celular e molecular, pois fornecem uma ferramenta poderosa para visualizar eventos bioquímicos e celulares em tempo real, sem a necessidade de fixação ou coloração de amostras.

Cateterismo cardíaco é um procedimento diagnóstico e terapêutico que consiste em inserir um cateter flexível, alongado e tubular (sonda) dentro do coração, geralmente por meio de uma veia ou artéria periférica. O objetivo principal desse exame é avaliar a função cardiovascular, investigar problemas cardíacos e, em alguns casos, realizar intervenções minimamente invasivas para tratar determinadas condições.

Existem dois tipos principais de cateterismo cardíaco: o cateterismo venoso e o cateterismo arterial. No primeiro, o cateter é inserido em uma veia, geralmente na virilha ou no pescoço, e é guiado até as câmaras do coração. Já no cateterismo arterial, a inserção ocorre em uma artéria, normalmente na virilha ou no braço, e o cateter é direcionado para as artérias coronárias.

Durante o procedimento, o médico utiliza imagens de raio-X e/ou ecografia para monitorar a passagem do cateter e posicioná-lo corretamente. Além disso, são coletadas amostras de sangue e realizados testes como a angiografia coronariana, que consiste em injetar um meio de contraste no cateter para obter imagens detalhadas das artérias coronárias e identificar possíveis obstruções ou outros problemas.

Além do diagnóstico, o cateterismo cardíaco pode ser usado terapeuticamente para realizar procedimentos como a dilatação de vasos restritos (angioplastia) e a inserção de stents para manter a permeabilidade dos vasos sanguíneos. Também é empregado no tratamento de arritmias cardíacas, fechamento de comunicações anormais entre as câmaras do coração e outras intervenções minimamente invasivas.

Embora seja um procedimento seguro quando realizado por profissionais qualificados, o cateterismo cardíaco apresenta riscos potenciais, como reações alérgicas ao meio de contraste, hemorragias, infecções e complicações relacionadas à anestesia. Portanto, é importante que os pacientes estejam bem informados sobre os benefícios e riscos associados ao procedimento antes de decidirem se submeterão a ele.

Transgenic mice are a type of genetically modified mouse that has had foreign DNA (transgenes) inserted into its genome. This is typically done through the use of recombinant DNA techniques, where the transgene is combined with a vector, such as a plasmid or virus, which can carry the transgene into the mouse's cells. The transgene can be designed to express a specific protein or RNA molecule, and it can be targeted to integrate into a specific location in the genome or randomly inserted.

Transgenic mice are widely used in biomedical research as models for studying human diseases, developing new therapies, and understanding basic biological processes. For example, transgenic mice can be created to express a gene that is associated with a particular disease, allowing researchers to study the effects of the gene on the mouse's physiology and behavior. Additionally, transgenic mice can be used to test the safety and efficacy of new drugs or therapies before they are tested in humans.

It's important to note that while transgenic mice have contributed significantly to our understanding of biology and disease, there are also ethical considerations associated with their use in research. These include concerns about animal welfare, the potential for unintended consequences of genetic modification, and the need for responsible oversight and regulation of transgenic mouse research.

Glicinérgico é um termo usado em farmacologia e neurociência para descrever substâncias ou fármacos que exercem seus efeitos aumentando a atividade do neurotransmissor glicina no sistema nervoso central. A glicina é um importante neurotransmissor inibitório no cérebro dos vertebrados, desempenhando funções importantes em vários processos fisiológicos, como a transmissão neural e o controle motor.

Os agonistas glicinérgicos são substâncias que se ligam diretamente aos receptores de glicina no cérebro, imitando os efeitos da própria glicina e aumentando sua atividade. Isso resulta em uma diminuição da excitabilidade neuronal e pode levar a efeitos sedativos, ansiolíticos, anticonvulsivantes e musculoesqueléticos.

Exemplos de fármacos glicinérgicos incluem:

1. Benzodiazepinas: esses medicamentos aumentam a atividade da glicina ao se ligar a um site regulador no receptor de glicina, aumentando assim a frequência e a duração das respostas glicinérgicas.
2. Barbitúricos: esses medicamentos também aumentam a atividade da glicina ao se ligar diretamente aos receptores de glicina, aumentando sua sensibilidade à glicina e prolongando as respostas glicinérgicas.
3. Ácido valpróico: embora seu mecanismo de ação principal seja o bloqueio dos canais de sódio voltage-dependentes, o ácido valpróico também pode aumentar a liberação e a síntese de glicina no cérebro, além de inibir sua recaptação.

Em resumo, os fármacos glicinérgicos são aqueles que exercem seus efeitos terapêuticos ao modular a atividade do sistema glicinérgico no cérebro, aumentando a liberação, a sensibilidade ou a duração das respostas glicinérgicas.

O transporte de íons é um processo biológico fundamental envolvido no movimento ativo de íons, como sódio (Na+), potássio (K+), cálcio (Ca2+), e cloro (Cl-), através das membranas celulares. Esse processo é essencial para uma variedade de funções celulares, incluindo a manutenção do equilíbrio iônico, a geração de potenciais de ação nos neurônios e miocárdio, e o funcionamento adequado dos canais iónicos e bombas de transporte associadas às membranas.

Existem dois tipos principais de transporte de íons:

1. Transporte passivo ou difusão facilitada: Nesse tipo de transporte, os íons se movem através da membrana celular seguindo o gradiente eletroquímico, isto é, do local de maior concentração para o local de menor concentração. Esse processo pode ser facilitado por proteínas de transporte específicas, como os co-transportadores e antiportadores, que auxiliam no movimento dos íons em conjunto com outras moléculas ou íons.
2. Transporte ativo: Nesse tipo de transporte, os íons são movidos contra o gradiente eletroquímico, exigindo energia metabólica adicional fornecida geralmente pela hidrólise do ATP (adenosina trifosfato). Esse processo é catalisado por bombas de transporte especializadas, como a bomba de sódio-potássio (Na+/K+-ATPase), que movem ativamente os íons sódio para fora e potássio para dentro da célula, mantendo assim o equilíbrio iônico e o potencial de membrana adequado.

A compreensão do transporte de íons é fundamental para a compreensão de diversos processos fisiológicos e patológicos, como a neurotransmissão, a regulação da pressão arterial, a secreção e absorção de fluidos e eletrólitos em órgãos como os rins e o intestino delgado, e a excitação celular em geral.

GABAérgicos são substâncias, geralmente fármacos, que aumentam a atividade do ácido gama-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor inhibitório no cérebro. Eles funcionam modulando os receptores GABA_{A}, aumentando a frequência de abertura dos canais iônicos associados e, consequentemente, aumentando a condutância do íon cloreto através da membrana neuronal. Isso resulta em uma hiperpolarização da membrana e, portanto, inibe a atividade do neurônio, o que pode levar a sedação, ansiolise, anticonvulsivante e efeitos miorrelaxantes. Exemplos de GABAérgicos incluem benzodiazepínicos, barbitúricos, álcool e alguns anti-convulsivos como a gabapentina e a pregabalina.

Colinérgico é um termo usado em medicina e farmacologia para se referir a substâncias, drogas ou receptores que estão relacionados ao neurotransmissor acetilcolina. A acetilcolina desempenha um papel importante na transmissão de sinais no sistema nervoso central e periférico.

Os fármacos colinérgicos podem atuar como agonistas dos receptores muscarínicos ou nicotínicos da acetilcolina, aumentando assim a sua atividade. Esses fármacos são usados no tratamento de várias condições clínicas, incluindo glaucoma, miastenia gravis e demência.

Por outro lado, os anticolinérgicos bloqueiam os receptores da acetilcolina, inibindo assim a sua atividade. Eles são usados no tratamento de doenças como a doença de Parkinson, a síndrome do intestino irritável e as náuseas e vômitos induzidos por drogas.

Em resumo, colinérgico refere-se a tudo o que está relacionado à acetilcolina e à sua atividade nos sistemas nervoso central e periférico.

Em neurociência, Potenciais Pós-Sinápticos Inibidores (PPSI ou IPSPs, do inglês Inhibitory Postsynaptic Potentials) se referem a mudanças no potencial de membrana em neurônios-alvo causadas por neurotransmissores inibitórios. Eles representam uma resposta elétrica local na membrana pós-sináptica, geralmente resultando em uma diminuição do potencial de membrana e, consequentemente, reduzindo a probabilidade de ocorrência de um potencial de ação.

A transmissão sináptica inibitória é mediada por neurotransmissores como GABA (ácido gama-aminobutírico) e glicina, que se ligam aos receptores específicos na membrana pós-sináptica. A ligação resulta em um fluxo iônico alterado através da membrana, geralmente envolvendo o influxo de íons cloreto (Cl-), que causa uma hiperpolarização da membrana e dificulta a geração de potenciais de ação.

Os PPSI desempenham um papel crucial no controle da excitabilidade neuronal, auxiliando na sincronização das atividades entre diferentes células nervosas e redes neuronais. Eles também estão envolvidos em diversos processos cognitivos, como a memória e o aprendizado.

Biofísica é uma ciência interdisciplinar que estuda os processos e fenômenos biológicos usando princípios e métodos da física. Ela procura entender como sistemas vivos funcionam ao nível molecular, celular e orgânico, examinando as interações entre átomos, moléculas e células. A biofísica abrange uma ampla gama de tópicos, incluindo a estrutura e função de biomoléculas (como proteínas e ácidos nucléicos), transporte ativo e difusão passiva através de membranas celulares, comunicação celular, processos de sinalização, mecanismos de motilidade celular, organização e dinâmica dos citoesqueleto, física de sistemas vivos e evolução. A biofísica é uma ciência fundamental que fornece insights importantes sobre a base física da vida e tem aplicações em áreas como biotecnologia, medicina e engenharia de tecidos.

Protection Radiologică, sau protecția radiologică, se referă la măsuri și practici adoptate pentru a minimiza expunerea la radiații ionizante, reducând astfel riscurile asociate cu efectele negative ale acestora asupra sănătății. Aceste măsuri sunt esențiale atât în mediul medical, cât și în alte domenii unde se utilizează surse de radiații ionizante, cum ar fi industria nucleară sau investigațiile de cercetare științifică.

Protecția radiologică include o serie de principii și tehnici, precum:

1. Justificație: Utilizarea radiațiilor ionizante ar trebui să fie justificată prin beneficiile prevăzute față de riscurile posibile asociate cu expunerea la aceste radiații.

2. Optimizare a protecției: Dózarea de radiații ar trebui să fie cât mai mică posibil pentru a obține un rezultat diagnostic sau terapeutic dorit, reducând astfel expunerea la doze nejustificate ale pacienților, personalului medical și altei persoane expuse.

3. Limitarea dozelor: Expunerea la radiații ar trebui să fie limitată astfel încât doza efectivă pentru toate persoanele expuse să nu depășească niveluri acceptabile de risc pentru sănătate.

4. Implementarea măsurilor practice de protecție, cum ar fi utilizarea ecranelor de plumb sau a altor materiale absorbante de radiații, distanța față de sursa de radiații și timpul de expunere la radiații trebuie minimizează.

5. Educația și instruirea personalului medical și alte persoane expuse cu privire la riscurile asociate cu expunerea la radiații, precum și metodele de reducere a acestor riscuri.

6. Monitorizarea și evaluarea expunerii la radiații pentru a se asigura că dozele rămân în limite acceptabile și pentru a îmbunătăți procedurile de protecție împotriva radiațiilor, dacă este necesar.

Em medicina e biologia celular, uma linhagem celular refere-se a uma população homogênea de células que descendem de uma única célula ancestral original e, por isso, têm um antepassado comum e um conjunto comum de características genéticas e fenotípicas. Essas células mantêm-se geneticamente idênticas ao longo de várias gerações devido à mitose celular, processo em que uma célula mother se divide em duas células filhas geneticamente idênticas.

Linhagens celulares são amplamente utilizadas em pesquisas científicas, especialmente no campo da biologia molecular e da medicina regenerativa. Elas podem ser derivadas de diferentes fontes, como tecidos animais ou humanos, embriões, tumores ou células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs). Ao isolar e cultivar essas células em laboratório, os cientistas podem estudá-las para entender melhor seus comportamentos, funções e interações com outras células e moléculas.

Algumas linhagens celulares possuem propriedades especiais que as tornam úteis em determinados contextos de pesquisa. Por exemplo, a linhagem celular HeLa é originária de um câncer de colo de útero e é altamente proliferativa, o que a torna popular no estudo da divisão e crescimento celulares, além de ser utilizada em testes de drogas e vacinas. Outras linhagens celulares, como as células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs), podem se diferenciar em vários tipos de células especializadas, o que permite aos pesquisadores estudar doenças e desenvolver terapias para uma ampla gama de condições médicas.

Em resumo, linhagem celular é um termo usado em biologia e medicina para descrever um grupo homogêneo de células que descendem de uma única célula ancestral e possuem propriedades e comportamentos similares. Estas células são amplamente utilizadas em pesquisas científicas, desenvolvimento de medicamentos e terapias celulares, fornecendo informações valiosas sobre a biologia das células e doenças humanas.

Óptica: É a ciência que trata do comportamento e das propriedades da luz, incluindo sua geração, emissão, transmissão, modulação, transformação, detecção e efeitos sobre materiais e sistemas biológicos. A óptica abrange uma ampla gama de fenômenos e aplicações, desde a ótica geométrica e física, que descreve o comportamento da luz como raios e ondas, até a óptica quântica, que trata do comportamento da luz como partículas (fótons).

Fotônica: É um ramo da óptica que se concentra no uso e controle de fótons - as unidades elementares de luz. A fotônica investiga a geração, detecção e manipulação de fótons individuais e de estados quânticos da luz. Além disso, a fotônica também abrange o desenvolvimento e aplicação de dispositivos e sistemas que utilizam a luz para transmitir, armazenar e processar informações, como lasers, fibra óptica, e componentes optoeletrônicos. A fotônica é essencial para muitas tecnologias modernas, incluindo comunicações de alta velocidade, imagem e visualização de alta resolução, sensoriamento remoto, e computação óptica.

Em termos médicos, potenciais sinápticos referem-se a variações elétricas que ocorrem em neurônios como resultado da ativação de receptores ionóforos por neurotransmissores liberados em sinapses. Eles são responsáveis pela transmissão de sinais elétricos entre neurônios e entre neurônios e outras células excitáveis, como músculos e glândulas.

Existem dois tipos principais de potenciais sinápticos: excitatórios e inibitórios. Os potenciais sinápticos excitatórios (PSE) ocorrem quando a ligação de um neurotransmissor excitatório, como o glutamato, leva ao influxo de íons positivos (principalmente sódio) na célula pós-sináptica, levando à despolarização da membrana e aumentando a probabilidade de geração de um potencial de ação.

Por outro lado, os potenciais sinápticos inibitórios (PSI) ocorrem quando a ligação de um neurotransmissor inibitório, como o GABA ou a glicina, leva ao influxo de íons negativos (principalmente cloro) na célula pós-sináptica, levando à hiperpolarização da membrana e diminuindo a probabilidade de geração de um potencial de ação.

A integração dos potenciais sinápticos excitatórios e inibitórios é crucial para o processamento de informações no sistema nervoso central, permitindo que os neurônios computem e processem sinais complexos.

Os bloqueadores dos canais de cálcio são uma classe de fármacos que atuam bloqueando os canais de cálcio dependentes de voltagem em células musculares lisas e cardíacas, bem como em células do sistema nervoso. Esses canais permitem que o cálcio entre nas células quando são excitadas elétricamente, desencadeando uma série de eventos que levam à contração muscular ou à liberação de neurotransmissores.

Existem diferentes gerações e tipos de bloqueadores dos canais de cálcio, cada um com propriedades farmacológicas distintas. Em geral, eles são classificados como di-hidropiridínicos, fenilalquilaminas, benzotiazepinas e difenilpiperazinas. Cada subgrupo tem diferentes efeitos sobre os canais de cálcio em diferentes tecidos, o que resulta em propriedades farmacológicas únicas e indicações clínicas específicas.

Alguns exemplos de bloqueadores dos canais de cálcio incluem a nifedipina, amlodipina, verapamilo e diltiazem. Esses fármacos são frequentemente usados no tratamento de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, angina de peito e arritmias cardíacas. Além disso, eles também podem ser usados no tratamento de outras condições, como espasmos vasculares cerebrais, glaucoma de ângulo fechado e doença de Parkinson.

Como qualquer medicamento, os bloqueadores dos canais de cálcio podem ter efeitos adversos e interações com outros fármacos. Portanto, é importante que sejam usados sob a supervisão de um profissional de saúde qualificado.

Microfluidica é um ramo da ciência que se concentra no estudo e manipulação de fluidos em escalas muito pequenas, geralmente em canais ou dispositivos com dimensões na ordem de micrômetros (1 micrômetro = 1 micra = 1 milímetro/1000 = 10^-6 metros). Neste campo, os cientistas e engenheiros estudam e desenvolvem sistemas para controlar e manipular fluidos em escala microscópica, o que pode incluir a movimentação, mistura, separação, detecção e análise de diferentes substâncias.

A microfluidica tem uma variedade de aplicações em diferentes campos, como biologia, química, física, engenharia e medicina. Em particular, tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento de dispositivos de diagnóstico rápido e portátil, como os chamados "lab-on-a-chip", que permitem a realização de análises complexas em pequenas quantidades de amostra.

Alguns exemplos de técnicas e fenômenos estudados em microfluidica incluem:

* Capilaridade, forças de superfície e tensão interfacial
* Mistura e transporte difusivo
* Fluxo laminar e turbulento
* Reações químicas e bioquímicas em escala microscópica
* Separação de partículas, células ou moléculas
* Detecção e análise de biomoléculas (DNA, proteínas, etc.)

A microfluidica é um campo interdisciplinar que combina conhecimentos de diferentes áreas, como física, química, engenharia e biologia. Assim, sua pesquisa e desenvolvimento requer uma abordagem colaborativa e integrada, envolvendo equipes multidisciplinares de especialistas em diferentes domínios.

Os Potenciais Somatossensoriais Evocados (PSEE) são respostas elétricas enregistradas em resposta a um estímulo somatossensorial específico, como toque, vibração ou doloroso. Eles são usados clinicamente para avaliar o sistema nervoso periférico e central, particularmente as vias sensoriais. O registro dos PSEE pode fornecer informações sobre a integridade e a velocidade de condução dos neurônios que transmitem informações sensoriais.

A técnica para realizar um PSEE envolve a aplicação de um estímulo somatossensorial em uma região específica do corpo, como o dedo ou o tornozelo. Os eletrôdos são então colocados em diferentes partes do sistema nervoso periférico e central para registrar as respostas elétricas geradas. A latência e a amplitude dos potenciais evocados são medidas e comparadas com valores normais para ajudar no diagnóstico de condições neurológicas, como neuropatias periféricas, compressões nervosas ou doenças da medula espinhal.

Em resumo, os Potenciais Somatossensoriais Evocados são um método objetivo e não invasivo de avaliar o sistema nervoso sensorial, fornecendo informações valiosas sobre a integridade e a função dos neurônios que transmitem informações somatossensoriais.

Os Receptores da Glicina (Glycine Receptors em inglês) são tipos específicos de receptores ionotrópicos localizados no sistema nervoso central dos vertebrados. Eles são responsáveis pela transmissão sináptica inhibitória e desempenham um papel crucial na modulação do equilíbrio excitação-inibição no cérebro.

Os receptores da glicina são constituídos por pentâmeros de subunidades proteicas, das quais existem duas principais classes: α e β. A maioria dos receptores da glicina contém uma combinação de subunidades α1 e β. Quando a glicina se liga ao local de ligação do receptor, ela promove a abertura de um poro iônico no centro do complexo proteico, permitindo que íons cloreto fluam para dentro ou para fora da célula.

A entrada de íons cloreto na célula causa uma hiperpolarização da membrana pós-sináptica, o que torna mais difícil a ativação dos canais de voltagem dependentes de cálcio e, portanto, reduz a liberação de neurotransmissores excitatórios. Dessa forma, os receptores da glicina desempenham um papel importante na regulação da atividade sináptica e no controle do equilíbrio entre excitação e inibição no cérebro.

Além disso, os receptores da glicina estão envolvidos em diversas funções fisiológicas importantes, como a regulação do sono, a percepção dolorosa, a motricidade e o controle motor. Distúrbios nos receptores da glicina podem levar a várias condições neurológicas e psiquiátricas, incluindo epilepsia, distúrbios do movimento, esquizofrenia e transtornos de ansiedade.

Radiografia Intervencionista é um ramo da medicina que combina a imagiologia médica, geralmente radiografias, com procedimentos mínimamente invasivos para diagnóstico e tratamento de diversas condições. Neste processo, um radiólogo intervencionista utiliza equipamentos de imagem avançados, como fluoroscopia, ultrassom, TC ou RMN, para guidar cateteres e outros instrumentos finos até a localização específica do problema no corpo do paciente.

Esses procedimentos podem incluir:

- Angioplastias e stents coronarianos para tratar doenças das artérias coronárias;
- Embolização de aneurismas cerebrais ou outros vasos sanguíneos afetados;
- Colocação de cateteres venosos centrais e acessos vasculares duradouros;
- Biopsias por imagem guiada para avaliar tumores ou outras lesões;
- Drenagem de abscessos ou coleções fluidas;
- Tratamento de doenças do fígado, pâncreas e vias biliares, como o bloqueio dos dutos biliares causados por cálculos ou tumores.

Radiografia Intervencionista geralmente é realizada em um ambiente hospitalar ou clínica especializada e pode ser usada tanto no diagnóstico quanto no tratamento de doenças, reduzindo a necessidade de cirurgias mais invasivas e acelerando o processo de recuperação.

O seio coronário é a maior veia do sistema venoso cardiovascular. É um vaso sanguíneo de curto comprimento que recebe sangue dos ventrículos e átrios do coração, além de drenar as veias cardíacas menores. O seio coronário é localizado na superfície posterior do coração e desemboca na câmara superior da veia cavas superior, chamada de aurícula direita. A função primária do seio coronário é a de drenar o sangue desoxigenado do miocárdio (músculo cardíaco) e transportá-lo de volta para os pulmões, onde pode ser reoxigenado.

Miocardiocontraction é um termo médico que se refere ao processo de encurtamento e alongamento dos músculos do miocárdio, ou seja, o tecido muscular do coração. Durante a contração miocárdica, as células musculares do coração, chamadas de miócitos, se contraiem em resposta à ativação do sistema nervoso simpático e às mudanças no equilíbrio iônico das células.

Este processo é controlado por impulsos elétricos que viajam através do sistema de condução cardíaca, o que faz com que as células musculares se contraiam em sincronia. A contração miocárdica resulta no bombeamento do sangue pelas câmaras do coração para o resto do corpo, fornecendo oxigênio e nutrientes aos tecidos e órgãos vitais.

A fraqueza ou disfunção da contração miocárdica pode resultar em várias condições cardiovasculares, como insuficiência cardíaca congestiva, doença coronariana e arritmias cardíacas. Portanto, a avaliação da função de contração miocárdica é uma parte importante do diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares.

Desculpe, a sua pergunta é um pouco confusa. Se está a procura de uma definição médica da "história do século XIX", isso pode ser interpretado de diferentes formas, uma vez que o século XIX abrange muitos eventos e avanços na história geral, incluindo avanços na medicina. Vou supor que está à procura de informação sobre os desenvolvimentos médicos e saúde pública do século XIX.

No século XIX, a medicina passou por uma série de transformações importantes, incluindo:

1. Avanços no conhecimento anatômico: A dissecação de cadáveres humanos tornou-se mais amplamente aceita e permitiu que os médicos adquirissem um maior entendimento da anatomia humana.
2. Descoberta dos microorganismos: Louis Pasteur e Robert Koch desenvolveram a teoria da doença infecciosa, demonstrando que as doenças eram causadas por microrganismos. Isso levou ao desenvolvimento de vacinas e antibióticos no século XX.
3. Melhorias na cirurgia: A anestesiologia tornou-se mais segura com o uso generalizado do cloroformio e éter, enquanto a antisepsia reduziu as taxas de infecção pós-operatória.
4. Saúde pública: O século XIX viu um crescente interesse em questões relacionadas à saúde pública, como saneamento, água potável e controle de doenças infecciosas.
5. Avanços no tratamento da hanseníase (doença de Hansen): O norueguês Gerhard Armauer Hansen descobriu o bacilo causador da hanseníase em 1873, o que levou a melhores métodos de diagnóstico e tratamento.
6. Descoberta do vírus da raiva: Louis Pasteur desenvolveu a primeira vacina contra a raiva em 1885, após descobrir o agente causador da doença.

Em resumo, o século XIX foi um período de grandes avanços na medicina e saúde pública, com muitas descobertas que tiveram impacto duradouro no tratamento e prevenção de doenças.

Algoritmo, em medicina e saúde digital, refere-se a um conjunto de instruções ou passos sistemáticos e bem definidos que são seguidos para resolver problemas ou realizar tarefas específicas relacionadas ao diagnóstico, tratamento, monitoramento ou pesquisa clínica. Esses algoritmos podem ser implementados em diferentes formatos, como fluxogramas, tabelas decisiomais, ou programação computacional, e são frequentemente utilizados em processos de tomada de decisão clínica, para ajudar os profissionais de saúde a fornecer cuidados seguros, eficazes e padronizados aos pacientes.

Existem diferentes tipos de algoritmos utilizados em diferentes contextos da medicina. Alguns exemplos incluem:

1. Algoritmos diagnósticos: Utilizados para guiar o processo de diagnóstico de doenças ou condições clínicas, geralmente por meio de uma série de perguntas e exames clínicos.
2. Algoritmos terapêuticos: Fornecem diretrizes para o tratamento de doenças ou condições específicas, levando em consideração fatores como a gravidade da doença, história clínica do paciente e preferências individuais.
3. Algoritmos de triagem: Ajudam a identificar pacientes que necessitam de cuidados adicionais ou urgentes, baseado em sinais vitais, sintomas e outras informações clínicas.
4. Algoritmos de monitoramento: Fornecem diretrizes para o monitoramento contínuo da saúde dos pacientes, incluindo a frequência e os métodos de avaliação dos sinais vitais, funções orgânicas e outras métricas relevantes.
5. Algoritmos de pesquisa clínica: Utilizados em estudos clínicos para padronizar procedimentos, coletar dados e analisar resultados, garantindo a integridade e a comparabilidade dos dados entre diferentes centros de pesquisa.

Os algoritmos clínicos são frequentemente desenvolvidos por organizações profissionais, sociedades científicas e agências governamentais, com base em evidências científicas e consensos de especialistas. Eles podem ser implementados em diferentes formatos, como fluxogramas, tabelas ou softwares, e são frequentemente incorporados a sistemas de informação clínica e às práticas clínicas diárias para apoiar a tomada de decisões e melhorar os resultados dos pacientes.

"Xenopus" é um género de anfíbios anuros da família Pipidae, que inclui várias espécies de rãs africanas conhecidas vulgarmente como "rãs-de-lago". A espécie mais comum e estudada é a Xenopus laevis, originária da África Austral. Estes anfíbios são utilizados frequentemente em pesquisas científicas, particularmente em biologia do desenvolvimento, devido à sua fertilização externa e óvulos grandes que facilitam o estudo. Além disso, o seu genoma foi sequenciado, tornando-os ainda mais úteis para a investigação científica.

Em suma, "Xenopus" refere-se a um género de rãs africanas de grande utilidade em pesquisas biológicas, devido às suas características reprodutivas e genéticas.

A degeneração retiniana é um termo geral usado para descrever um grupo de condições oculares que envolvem a deterioração e perda progressiva das células fotorreceptoras na retina, geralmente os cones e bastonetes. Essas células são responsáveis por captar a luz e converter em sinais eletricos que são enviados ao cérebro via nervo óptico, permitindo-nos ver as imagens.

Existem dois tipos principais de degeneração retiniana: seca (não neovascular) e úmida (neovascular). A degeneração retiniana seca é mais comum e geralmente progressa gradualmente ao longo de um período de tempo. Ela ocorre quando as células fotorreceptoras degeneram naturalmente à medida que a pessoa envelhece, mas em alguns indivíduos, este processo é acelerado, resultando em perda visual significativa.

Já a degeneração retiniana úmida é menos comum, mas geralmente progressa mais rapidamente do que a forma seca. Ela ocorre quando novos vasos sanguíneos anormais crescem na retina em resposta à falta de oxigênio e nutrientes. Esses vasos sanguíneos podem ser frágeis e vazar fluidos e sangue, danificando as células fotorreceptoras e levando a perda visual.

A degeneração retiniana pode ocorrer em diferentes graus de gravidade e pode afetar uma ou ambas as retinas. Ela é uma das principais causas de perda visual e cegueira irreversível em idosos, especialmente aqueles com mais de 60 anos. Além disso, certas doenças genéticas, como a degeneração macular relacionada à idade (DMA) e a retinite pigmentosa, também podem causar degeneração retiniana.

Os estudos de viabilidade são um tipo preliminar de pesquisa clínica ou investigação pré-clínica que tem como objetivo avaliar a segurança, tolerabilidade e fisiologia de uma intervenção terapêutica ou diagnóstica em humanos ou animais antes do início de ensaios clínicos mais amplos. Eles geralmente envolvem um pequeno número de participantes e têm duração curta. Os estudos de viabilidade podem ser realizados para avaliar diferentes aspectos de uma intervenção, como a dose ideal, rota de administração, farmacocinética e farmacodinâmica, efeitos adversos e outros parâmetros relevantes. O objetivo geral é determinar se a intervenção tem potencial para ser segura e eficaz o suficiente para justificar estudos clínicos adicionais em uma população maior.

Os canais disparados por nucleotídeos cíclicos ativados por hiperpolarização, também conhecidos como canais de ligante ativados por hiperpolarização (HLCS, do inglês hyperpolarization-activated cyclic nucleotide-gated channels), são um tipo específico de canal iônico presente nas membranas celulares de vários tipos de células, incluindo neurônios e células musculares cardíacas.

Esses canais são únicos porque eles podem ser ativados por uma combinação de dois estímulos: hiperpolarização da membrana celular e a presença de nucleotídeos cíclicos, como o AMP cíclico (cAMP) ou o guanosina monofosfato cíclico (cGMP).

Quando a célula é hiperpolarizada, os canais HLCS se abrem e permitem que íons de sódio e potássio fluam através da membrana celular. Isso gera um fluxo líquido iônico que despolariza a membrana celular e pode iniciar ou modular a atividade elétrica da célula.

Além disso, a ligação de nucleotídeos cíclicos aos canais HLCS pode aumentar a sua probabilidade de abertura, o que pode resultar em uma maior corrente iônica e uma maior despolarização da membrana celular.

Os canais HLCS desempenham um papel importante em vários processos fisiológicos, incluindo a regulação do ritmo cardíaco, a modulação da atividade neuronal e o controle da liberação de hormônios e neurotransmissores.

Complexos Ventriculares Prematuros (CVPs) referem-se a batimentos cardíacos extra que originam no ventrículo do coração antes do normal nodo sairal (nodo sinoatrial) disparar um batimento. Eles são anormais porque os ventrículos se contraiem antes de receberem o sinal elétrico dos átrios, resultando em uma descoordenação na atividade elétrica do coração. CVPs podem ser causados por doenças cardíacas subjacentes ou podem ocorrer em pessoas saudáveis sem nenhuma condição subjacente. Eles podem ser sintomáticos, causando palpitações, desmaios ou outros sintomas, ou assintomáticos. A frequência e a complexidade dos CVPs podem variar de uma pessoa para outra. Em geral, quanto mais frequentes e complexos forem os CVPs, maior será o risco de complicações, como insuficiência cardíaca ou morte súbita. Uma avaliação médica completa é necessária para determinar a causa subjacente dos CVPs e desenvolver um plano de tratamento adequado.

Íons são átomos ou moléculas com carga elétrica. Essa carga geralmente é o resultado de ganho ou perda de um ou mais elétrons do que os prótons presentes no núcleo. Se um átomo ou molécula perde um ou mais elétrons, fica com carga positiva e é chamado de "cátion". Por outro lado, se ganha um ou mais elétrons, adquire carga negativa e é denominado "ânion". A medida que os íons possuem cargas elétricas, eles são atraídos uns aos outros e a outras partículas com cargas opostas, o que é fundamental em diversos processos químicos e fisiológicos, como a formação de sais e a transmissão nervosa.

Impedância Elétrica é um conceito em eletricidade e eletrônica que descreve a oposição ao fluxo de corrente elétrica em um circuito ou sistema. É geralmente expressa como a razão entre a tensão elétrica aplicada e a corrente resultante, medida em ohms (Ω). A impedância pode ser composta por resistência (oposição à corrente contínua) e reatância (oposição ao fluxo de correntes alternadas), que podem ser combinadas para formar um número complexo. A impedância é uma importante consideração em muitas aplicações, como o design de circuitos eletrônicos, sistemas de comunicação e equipamentos médicos.

Desculpe, "História Antiga" não é um termo médico específico. Em geral, no contexto acadêmico, História Antiga se refere ao estudo dos primeiros períodos históricos pré-clássicos e clássicos, geralmente concentrando-se nos povos e civilizações do antigo Oriente Próximo, Egito, Grécia e Roma. No entanto, se desejar, posso fornecer informações sobre a história da medicina ao longo de diferentes períodos, incluindo o antigo. Isso pode abranger as práticas médicas dos povos do antigo Egito, Mesopotâmia, Grécia e Roma, entre outros. Informe-me se isso serve ao seu interesse.

O Canal de Sódio Disparado por Voltagem NAV1.8, também conhecido como SCN10A ou canal de sódio tetrodotoxina-resistente (TTX-R), é um tipo específico de canal iônico de sódio que desempenha um papel importante no processo de geração e propagação do potencial de ação em neurônios.

Esses canais são sensíveis à voltagem, o que significa que eles podem ser ativados por alterações na voltagem elétrica ao longo da membrana celular. O NAV1.8 é particularmente resistente à toxina tetrodotoxina (TTX), uma neurotoxina encontrada em alguns peixes, como o peixe-balão e o fugu, que normalmente bloqueia outros canais de sódio.

O canal NAV1.8 é expresso principalmente em neurônios do sistema nervoso periférico (SNP), incluindo os nociceptores, que são responsáveis pela detecção e transmissão de estímulos dolorosos. O NAV1.8 desempenha um papel crucial na geração e propagação do potencial de ação em nociceptores, especialmente aqueles envolvidos no processamento do doloroso agudo e crônico.

Alterações nos canais NAV1.8 têm sido associadas a várias condições clínicas, incluindo dor neuropática, epilepsia, e transtornos psiquiátricos. Portanto, o estudo dos canais NAV1.8 pode fornecer informações importantes sobre os mecanismos subjacentes a essas condições e pode ajudar no desenvolvimento de novas terapias para tratá-las.

A definição médica de "Visão Ocular" refere-se à capacidade do sistema visual de processar informações visuais claras e precisas, permitindo que as pessoas identifiquem, distinguem, se concentrem e avaliem os estímulos visuais em seu ambiente. A visão ocular é um processo complexo que envolve não apenas o olho, mas também o cérebro e outras partes do sistema nervoso.

Para uma boa visão ocular, é necessário que o olho seja capaz de focar em objetos claros e nítidos a diferentes distâncias, além de possuir uma boa percepção de cores e contraste. Além disso, os músculos dos olhos devem trabalhar em conjunto para permitir que as pessoas movam os olhos suave e precisamente, mantendo a focalização enquanto seguem objetos em movimento ou mudam a direção do olhar.

Problemas na visão ocular podem ser causados por uma variedade de fatores, incluindo problemas de refração (como miopia, hipermetropia e astigmatismo), doenças oculares (como catarata, glaucoma e degeneração macular), lesões ou trauma ocular, e doenças neurológicas que afetam o sistema visual.

A avaliação da visão ocular geralmente inclui exames oftalmológicos completos, incluindo medições da agudeza visual, alinhamento dos olhos, movimentos oculares, pressão intraocular e exame do fundo do olho. Esses exames podem ajudar a diagnosticar problemas de visão e recomendar tratamentos adequados, como óculos, lentes de contato ou cirurgia.

Computer-Aided Image Processing (CAIP) se refere ao uso de tecnologias e algoritmos de computador para a aquisição, armazenamento, visualização, segmentação e análise de diferentes tipos de imagens médicas, tais como radiografias, ressonâncias magnéticas (MRI), tomografias computadorizadas (CT), ultrassom e outras. O processamento de imagem assistido por computador é uma ferramenta essencial na medicina moderna, pois permite aos médicos visualizar e analisar detalhadamente as estruturas internas do corpo humano, detectar anomalias, monitorar doenças e planejar tratamentos.

Alguns dos principais objetivos e aplicações do CAIP incluem:

1. Melhorar a qualidade da imagem: O processamento de imagens pode ser usado para ajustar os parâmetros da imagem, como o contraste, a nitidez e a iluminação, para fornecer uma melhor visualização dos detalhes anatômicos e patológicos.
2. Remoção de ruídos e artefatos: O CAIP pode ajudar a eliminar os efeitos indesejáveis, como o ruído e os artefatos, que podem ser introduzidos durante a aquisição da imagem ou por causa do movimento do paciente.
3. Segmentação de estruturas anatômicas: O processamento de imagens pode ser usado para identificar e isolar diferentes estruturas anatômicas, como órgãos, tecidos e tumores, a fim de facilitar a avaliação e o diagnóstico.
4. Medição e quantificação: O CAIP pode ajudar a medir tamanhos, volumes e outras propriedades dos órgãos e tecidos, bem como monitorar o progresso da doença ao longo do tempo.
5. Apoio à intervenção cirúrgica: O processamento de imagens pode fornecer informações detalhadas sobre a anatomia e a patologia subjacentes, auxiliando os médicos em procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos e outras terapêuticas.
6. Análise de imagens avançada: O CAIP pode incorporar técnicas de aprendizagem de máquina e inteligência artificial para fornecer análises mais precisas e automatizadas das imagens médicas, como a detecção de lesões e o diagnóstico diferencial.

Em resumo, o processamento de imagens médicas desempenha um papel fundamental na interpretação e no uso clínico das imagens médicas, fornecendo informações precisas e confiáveis sobre a anatomia e a patologia subjacentes. Com o advento da inteligência artificial e do aprendizado de máquina, as técnicas de processamento de imagens estão se tornando cada vez mais sofisticadas e automatizadas, promovendo uma melhor compreensão das condições clínicas e ajudando os médicos a tomar decisões informadas sobre o tratamento dos pacientes.

Torsades de Pointes é um tipo raro, mas sério e potencialmente fatal de arritmia ventricular (perturbação do ritmo cardíaco), caracterizada por ondas T longas e anormais no ECG (eletrorcardiograma) que se transformam em complexos QRS largos e multiformes, seguidos por uma pausa e então o retorno ao ritmo sinusal normal ou a outra arritmia ventricular. O termo "Torsades de Pointes" significa "torção das pontas" em francês, descrevendo a aparência em espiral das ondas T no ECG durante a arritmia.

Esta condição geralmente ocorre em pessoas com determinados fatores de risco, como bradicardia (batimentos cardíacos lentos), hipocalemia (baixos níveis séricos de potássio), uso de medicamentos que prolongam o intervalo QT e certas doenças genéticas que afetam os canais iônicos no coração. O mecanismo subjacente envolve a despolarização anormal das células ventriculares, levando à formação de complexos QRS largos e irregulares.

O tratamento para Torsades de Pointes geralmente inclui medidas de reanimação cardiopulmonar (RCP) e desfibrilação elétrica se houver parada cardíaca, além do uso de medicamentos como a magnésia ou a overdrive pacing (estimulação elétrica acelerada do coração) para regularizar o ritmo cardíaco. Em casos graves ou recorrentes, um marcapasso pode ser necessário para prevenir novas ocorrências. É importante que as pessoas com fatores de risco sejam acompanhadas por um médico e evitem medicamentos que prolonguem o intervalo QT, se possível.

As vias visuais, também conhecidas como sistemas visuais ou tratos visuais, referem-se aos conjuntos complexos e interconectados de estruturas anatômicas e processos fisiológicos que permitem a nossa capacidade de ver e processar informações visuais. Isto inclui o olho, o nervo óptico, o centro visual no cérebro (geralmente referido como o corpo geniculado lateral e a corteza visual), e as vias que conectam essas estruturas.

O processo visual começa quando a luz entra no olho através da pupila e passa pela lente, focando a imagem na retina. A retina contém células fotorreceptoras (cones e bastonetes) que convertem a luz em sinais elétricos, que são então transmitidos ao nervo óptico. O nervo óptico transporta esses sinais para o cérebro, onde eles são processados ​​no centro visual no córtex cerebral.

As vias visuais são responsáveis por processar diferentes aspectos da informação visual, como forma, cor, movimento e profundidade. Essas informações são então integradas em um todo coerente, permitindo que percebamos e interajamos com o nosso ambiente visual. Lesões ou disfunções nas vias visuais podem resultar em vários problemas de visão, como visão dupla, perda de visão, distúrbios do processamento visual e outros déficits neurológicos.

O receptor nicotínico de acetilcolina alfa-7 (α7) é um tipo específico de receptor nicotínico de acetilcolina que é encontrado tanto no sistema nervoso central quanto no sistema nervoso periférico. Ele pertence à superfamília dos receptores ionotrópicos ligados a canais, que são proteínas transmembranares que formam poros iônicos sensíveis a determinadas moléculas.

No caso do receptor nicotínico de acetilcolina alfa-7, ele é ativado pela ligação da acetilcolina (um neurotransmissor) à sua subunidade α7. Isso leva a um sinal elétrico que pode modular a liberação de outros neurotransmissores e desempenhar um papel importante em vários processos fisiológicos, como a memória, o aprendizado, a atenção e a regulação do humor.

Além disso, o receptor nicotínico de acetilcolina alfa-7 também desempenha um papel importante na modulação da resposta inflamatória e imune, sendo por isso alvo de estudos para o desenvolvimento de novas terapias para doenças como a esclerose múltipla, a doença de Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas.

O nervo isquiático é o nervo espinhal mais longo e largo no corpo humano. Ele é formado pela união dos ramos anteriores dos nervos lombares L4 a S3 na região inferior da coluna vertebral. O nervo isquiático sai da coluna vertebral através do forame isquiático, localizado na parte inferior da pelve.

Ele é responsável por fornecer inervação motora aos músculos flexores da perna e dos pés, além de inervar sensorialmente a pele da parte posterior da coxa, toda a perna e o pé. O nervo isquiático pode ser afetado por compressões ou lesões, o que pode resultar em sintomas como dor, formigamento, entumecimento ou fraqueza nos músculos inervados por ele. A síndrome do nervo isquiático é um exemplo de uma condição que pode afetar esse nervo.

Cisaprida é um fármaco estimulante da motilidade gastrointestinal, ou seja, aumenta a atividade muscular do trato digestivo. É usado no tratamento de dispepsia (transtornos digestivos) e para acelerar a passagem de conteúdo do estômago para o intestino delgado em pacientes com obstrução intestinal leve a moderada.

A cisaprida atua como agonista dos receptores de serotonina (5-HT4) no sistema nervoso entérico, aumentando a liberação de acetilcolina e promovendo a contração dos músculos lisos do trato gastrointestinal. Isso resulta em um aumento na taxa de esvaziamento gástrico e intestinal.

Embora eficaz, o uso da cisaprida tem sido limitado devido aos riscos associados à sua administração, incluindo prolongação do intervalo QT no ECG (um sinal de possível arritmia cardíaca grave) e interações medicamentosas com outros fármacos que também podem prolongar o intervalo QT. Portanto, a prescrição da cisaprida geralmente é restrita a casos específicos em que os benefícios superam os riscos potenciais e sob estreita vigilância médica.

A microscopia confocal é um tipo de microscopia de fluorescência que utiliza um sistema de abertura espacial confocal para obter imagens com resolução e contraste melhorados, reduzindo a interferência dos sinais de fundo. Neste método, a luz do laser é usada como fonte de iluminação, e um pinhole é colocado na posição conjugada do plano de focalização da lente do objetivo para selecionar apenas os sinais oriundos da região focalizada. Isso resulta em imagens com menor ruído e maior contraste, permitindo a obtenção de seções ópticas finas e a reconstrução tridimensional de amostras. A microscopia confocal é amplamente utilizada em diversas áreas da biomedicina, como na investigação das interações entre células e matriz extracelular, no estudo da dinâmica celular e molecular, e no diagnóstico e pesquisa de doenças.

A imunohistoquímica (IHC) é uma técnica de laboratório usada em patologia para detectar e localizar proteínas específicas em tecidos corporais. Ela combina a imunologia, que estuda o sistema imune, com a histoquímica, que estuda as reações químicas dos tecidos.

Nesta técnica, um anticorpo marcado é usado para se ligar a uma proteína-alvo específica no tecido. O anticorpo pode ser marcado com um rastreador, como um fluoróforo ou um metal pesado, que permite sua detecção. Quando o anticorpo se liga à proteína-alvo, a localização da proteína pode ser visualizada usando um microscópio especializado.

A imunohistoquímica é amplamente utilizada em pesquisas biomédicas e em diagnósticos clínicos para identificar diferentes tipos de células, detectar marcadores tumorais e investigar a expressão gênica em tecidos. Ela pode fornecer informações importantes sobre a estrutura e função dos tecidos, bem como ajudar a diagnosticar doenças, incluindo diferentes tipos de câncer e outras condições patológicas.

Os Canais de Potássio Ativados por Cálcio de Condutância Alta, frequentemente abreviados como "BKCa" (do inglês Big Conductance Calcium-Activated Potassium channels), são canais de potássio dependentes de cálcio presentes em células excitares, especialmente nos neurônios e no músculo liso.

Esses canais são geralmente inativos à concentração normal de cálcio intracelular, mas quando a concentração de cálcio aumenta, eles se abrem e permitem que o íon potássio saia da célula. Isso resulta em uma hiperpolarização da membrana celular, o que torna mais difícil a geração de um potencial de ação.

A ativação dos canais BKCa desempenha um papel importante na regulação do potencial de repouso e da frequência de descarga de neurônios, além de controlar o tônus do músculo liso. Diversas doenças estão associadas a mutações nesses canais, incluindo epilepsia, hipertensão e transtornos neurológicos.

O canal de potássio Kv1.5 é um tipo específico de canal de potássio que desemplaya um papel crucial no controle da frequência cardíaca e na manutenção do ritmo sinusal normal. Ele pertence à família de canais de potássio dependentes de voltagem, e sua ativação ocorre em resposta a alterações na voltagem da membrana celular.

Na célula cardíaca, o canal Kv1.5 é expresso predominantemente na membrana celular dos miocitos do nódulo sinusal e das fibras de Purkinje. Ele contribui para a corrente de potássio de repolarização tardia (IKur), que desemplaya um papel fundamental no processo de remodelação elétrica cardíaca associada à doença cardiovascular, especialmente na fibrilação atrial.

A regulação e a modulação das propriedades funcionais dos canais Kv1.5 são complexas e envolvem diversos mecanismos, incluindo a fosforilação por proteínas quinases, a interação com proteínas reguladoras e a expressão gênica. Diversas drogas e compostos naturais têm demonstrado atividade moduladora sobre os canais Kv1.5, o que tem despertado grande interesse na comunidade científica para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas no tratamento de doenças cardiovasculares, especialmente as relacionadas à fibrilação atrial.

As células receptoras sensoriais são um tipo especializado de células que detectam e respondem a estímulos internos ou externos, convertendo-os em sinais elétricos que podem ser transmitidos ao sistema nervoso central. Eles podem detectar uma variedade de diferentes tipos de estímulos, tais como luz, som, temperatura, dor e substâncias químicas. Essas células geralmente contêm receptores especializados ou canais iônicos que são sensíveis a um determinado tipo de estímulo. Quando o estímulo é aplicado, esses receptores ou canais se abrem, levando a fluxo de íons e alterações no potencial elétrico da célula. Isso gera um sinal elétrico que é transmitido ao longo do axônio da célula receptora sensorial até o sistema nervoso central, onde é processado e interpretado como uma experiência consciente, como ver uma cor ou sentir dor. As células receptoras sensoriais estão presentes em todo o corpo e desempenham um papel fundamental na nossa capacidade de perceber e interagir com o mundo ao nosso redor.

Os neurónios aferentes, também conhecidos como neurónios sensoriais ou neurónios afferents, são um tipo de neurónio que transmite sinais para o sistema nervoso central (SNC) a partir dos órgãos dos sentidos e outras partes do corpo. Eles convertem estímulos físicos, como luz, som, temperatura, dor e pressão, em sinais elétricos que podem ser processados pelo cérebro.

Os neurónios aferentes têm suas dendrites e corpos celulares localizados no tecido periférico, enquanto seus axônios transmitem os sinais para o SNC através dos nervos periféricos. Esses neurónios podem ser classificados de acordo com a natureza do estímulo que detectam, como mecânicos (por exemplo, toque, vibração), térmicos (calor ou frio) ou químicos (por exemplo, substâncias irritantes).

A ativação dos neurónios aferentes pode levar a diferentes respostas do organismo, dependendo do tipo de estímulo e da localização do neurônio no corpo. Por exemplo, um sinal doloroso pode resultar em uma resposta de proteção ou evitação do estímulo, enquanto um sinal relacionado ao gosto pode levar a uma resposta alimentar.

Gânglios referem-se a aglomerados de células nervosas localizados ao longo do sistema nervoso periférico, principalmente nos nervos espinhais e cranianos. Eles atuam como estações de processamento e transmissão de sinais nervosos entre o cérebro e o corpo. Cada gânglio contém vários corpos neuronais (células nervosas) alongados, chamados de axônios, que são envoltos por uma camada de tecido conjuntivo. Esses axônios transmitem informações em forma de impulsos elétricos para outras partes do corpo ou para o cérebro. Além disso, os gâganglios desempenham um papel importante no sistema imunológico, pois contêm células do sistema imune chamadas macrófagos, que ajudam a proteger contra infecções e inflamações.

Os Canais de Receptores Transientes de Potencial (TRPC, do inglês Transient Receptor Potential Channels) são canais iônicos não-seletivos que permitem o fluxo de cátions, como sódio e cálcio, através da membrana plasmática das células. Eles desempenham um papel importante na regulação de vários processos celulares, incluindo a modulação da excitabilidade celular, o controle do crescimento e proliferação celular, e a diferenciação celular.

Os canais TRPC são ativados por uma variedade de estímulos, como lipídios, proteases, e mudanças no potencial de membrana. Alguns membros da família TRPC também podem ser ativados por temperatura, pressão mecânica e substâncias químicas irritantes, como capsaicina e mentol.

A desregulação dos canais TRPC tem sido associada a várias condições patológicas, incluindo hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças neurológicas. Portanto, o entendimento da função e regulação dos canais TRPC é importante para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para essas condições.

Vibrissas são pelos tácteis grossos e rígidos, geralmente presentes em mamíferos. Eles estão localizados principalmente no focinho (bigodes), mas também podem ser encontrados acima dos olhos (ciliares) e nas patas dianteiras (carpais). As vibrissas são muito inervadas, o que significa que elas têm um grande número de terminais nervosos. Isso permite que os animais detectem mudanças sutis no ambiente, como vento, movimento e vibrações, ajudando-os na navegação, detecção de presas e evitação de obstáculos. Em humanos, os pelos tácteis grossos geralmente não são chamados de vibrissas, mas podem ser encontrados em áreas como as sobrancelhas e barbas.

La periodicidade, in medicina e farmacologia, si riferisce alla proprietà di un farmaco o di una sostanza di avere effetti che si ripetono ad intervalli regolari nel tempo dopo l'assunzione. Questo termine è spesso usato per descrivere il pattern con cui un farmaco viene assorbito, distribuito, metabolizzato e eliminato dall'organismo.

Ad esempio, la periodicità di un farmaco può essere descritta dalla sua emivita, che è il tempo necessario per che la concentrazione del farmaco nel sangue si dimezzi dopo l'assunzione. Altri fattori che possono influenzare la periodicità di un farmaco includono la frequenza e la via di somministrazione, la clearance renale e epatica, e le interazioni con altri farmaci o cibi.

La comprensione della periodicità di un farmaco è importante per prevederne l'efficacia e la sicurezza, nonché per determinare la frequenza ottimale di somministrazione al fine di mantenere concentrazioni terapeutiche costanti nel tempo.

Anthracenes são compostos orgânicos aromáticos policíclicos que consistem em três anéis benzênicos condensados. Eles têm a fórmula química C6H4C2H4C6H4 e são classificados como hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA).

Anthracenes não ocorrem naturalmente em grandes quantidades, mas podem ser formados por processos industriais ou naturais, como a combustão incompleta de materiais orgânicos. Eles são insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos comuns.

Embora os antracenos em si não sejam particularmente tóxicos, alguns dos compostos relacionados a eles podem ser cancerígenos e prejudiciais ao ambiente. A exposição ocupacional a antracenos pode causar irritação da pele e dos olhos, além de possivelmente aumentar o risco de câncer de pulmão em trabalhadores expostos à fumaça de tabaco.

Em suma, os antracenos são compostos orgânicos aromáticos formados por três anéis benzênicos condensados, que podem ser produzidos industrialmente ou naturalmente e podem estar relacionados a alguns riscos à saúde e ao ambiente.

Amiloride é um diurético sulfonado, um tipo de medicação usada no tratamento da hipertensão arterial e edema, incluindo o edema causado por insuficiência cardíaca congestiva ou doença renal. Ele funciona aumentando a excreção de sódio e água na urina, reduzindo assim a volume de fluidos corporais e diminuindo a pressão arterial.

A amilorida também pode ser usada no tratamento da acidoses tubulares renais distais, uma condição em que os rins não conseguem regular adequadamente o equilíbrio ácido-base do corpo. Ela age bloqueando a reabsorção de sódio e potássio no túbulo contornado distal do néfron, aumentando assim a excreção de sódio na urina e reduzindo a perda de potássio.

Como qualquer medicação, a amiloride pode causar efeitos colaterais, como boca seca, cansaço, dores musculares, dor de cabeça, náuseas e aumento da frequência urinária. Em casos mais graves, ela pode causar alterações no equilíbrio eletrólito, especialmente no potássio, o que pode levar a arritmias cardíacas e outros problemas graves de saúde. Portanto, é importante que a amiloride seja usada sob a supervisão de um médico e que os níveis de eletrólitos sejam monitorados regularmente durante o tratamento.

Diagnóstico por Imagem é um ramo da medicina que utiliza tecnologias de imagem avançadas para visualizar e identificar alterações anatômicas ou funcionais em diferentes partes do corpo humano. Essas técnicas permitem aos médicos diagnosticar, monitorar e tratar diversas condições de saúde, desde lesões traumáticas até doenças graves como câncer. Algumas das modalidades comuns de diagnóstico por imagem incluem radiografia, ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e medicina nuclear. Cada técnica tem suas próprias vantagens e indicações, sendo selecionada de acordo com a necessidade clínica do paciente e os objetivos diagnósticos desejados.

Em termos médicos, a capacitância elétrica não é uma conceito diretamente relacionado à prática clínica ou à anatomia humana. No entanto, em um contexto mais amplo de física e engenharia biomédica, a capacitância elétrica refere-se à propriedade de um objeto ou sistema de armazenar energia elétrica em um campo elétrico quando uma diferença de potencial elétrico (tensão) é aplicada entre dois pontos ou condutores desse objeto ou sistema.

A unidade de capacitância elétrica no Sistema Internacional de Unidades (SI) é o farad (F), que é definido como a capacitância de um condutor que, quando carregado com uma diferença de potencial de 1 volt (V), armazena uma carga elétrica de 1 coulomb (C).

Em biomedicina, a capacitância elétrica pode ser aplicada em diversos contextos, tais como o estudo da condução nervosa e muscular, a análise de impedâncias bioelétricas, e o desenvolvimento de dispositivos médicos eletrônicos. Por exemplo, a capacitância elétrica dos tecidos pode ser usada para detectar alterações na estrutura e função celular em doenças como câncer e doenças cardiovasculares.

Em medicina e fisiologia, transdutores são dispositivos que convertem um tipo de energia em outro, geralmente converte um sinal físico ou químico em um sinal elétrico que pode ser amplificado, analisado e gravado. Transdutores são frequentemente usados em equipamentos médicos para medir uma variedade de parâmetros fisiológicos, tais como pressão arterial, fluxo sanguíneo, temperatura corporal e atividade elétrica do coração e cérebro. Exemplos comuns de transdutores incluem termopares (para medir temperatura), piezoeletros (para medir pressão) e eletrodos (para medir atividade elétrica).

A conexina 43, também conhecida como Cx43, é uma proteína que forma canais de comunicação intercelular chamados de juntas comunicantes. Essas junções permitem a passagem de íons e moléculas pequenas entre células adjacentes, desempenhando um papel fundamental na coordenação de sinais elétricos e na regulação de processos fisiológicos em tecidos e órgãos. A conexina 43 é expressa em diversos tecidos, incluindo o coração, cérebro e músculos esqueléticos, e está associada a várias funções biológicas, como a condução de impulsos elétricos no miocárdio e a modulação da atividade neuronal. Alterações na expressão ou funcionamento da conexina 43 têm sido relacionadas a diversas condições patológicas, como doenças cardiovasculares, neurológicas e tumorais.

Em medicina e farmacologia, o "Tempo de Reação" refere-se ao período necessário para que um medicamento ou terapia produza um efeito detectável ou mensurável em um organismo ou sistema biológico, após a administração do tratamento. É frequentemente usado como uma medida da rapidez com que um medicamento atua no corpo e pode variar consideravelmente dependendo do tipo de medicamento, dos métodos de administração e da resposta individual do paciente. O Tempo de Reação é um parâmetro importante na avaliação da eficácia e segurança de um tratamento e pode influenciar decisions clínicas sobre a escolha e dose de um medicamento, bem como o planejamento da monitorização dos pacientes.

Reprodutibilidade de testes, em medicina e ciências da saúde, refere-se à capacidade de um exame, procedimento diagnóstico ou teste estatístico obter resultados consistentes e semelhantes quando repetido sob condições semelhantes. Isto é, se o mesmo método for aplicado para medir uma determinada variável ou observação, os resultados devem ser semelhantes, independentemente do momento em que o teste for realizado ou quem o realiza.

A reprodutibilidade dos testes é um aspecto crucial na validação e confiabilidade dos métodos diagnósticos e estudos científicos. Ela pode ser avaliada por meio de diferentes abordagens, como:

1. Reproduzibilidade intra-observador: consistência dos resultados quando o mesmo examinador realiza o teste várias vezes no mesmo indivíduo ou amostra.
2. Reproduzibilidade inter-observador: consistência dos resultados quando diferentes examinadores realizam o teste em um mesmo indivíduo ou amostra.
3. Reproduzibilidade temporal: consistência dos resultados quando o mesmo teste é repetido no mesmo indivíduo ou amostra após um determinado período de tempo.

A avaliação da reprodutibilidade dos testes pode ser expressa por meio de diferentes estatísticas, como coeficientes de correlação, concordância kappa e intervalos de confiança. A obtenção de resultados reprodutíveis é essencial para garantir a fiabilidade dos dados e as conclusões obtidas em pesquisas científicas e na prática clínica diária.

Robótica é um campo multidisciplinar da engenharia e ciência que se dedica ao projeto, desenvolvimento, operação, e uso de robôs e sistemas robóticos. A robótica combina conhecimentos em áreas como a engenharia mecânica, elétrica e eletrônica, ciência da computação, inteligência artificial, matemática e outras ciências naturais para criar máquinas capazes de realizar tarefas que exijam algum nível de autonomia, percepção do ambiente, deslocamento físico, manipulação de objetos e interação com humanos ou outros sistemas.

Os robôs podem ser projetados para realizar tarefas em diferentes contextos, como a indústria, medicina, exploração espacial, defesa, entretenimento, e assistência pessoal. Alguns exemplos de robôs incluem os robôs industriais usados em linhas de produção para executar tarefas repetitivas e precisas, os robôs cirúrgicos utilizados em procedimentos médicos minimamente invasivos, e os robôs sociais projetados para interagir com humanos em ambientes domésticos ou educacionais.

A robótica tem o potencial de impactar positivamente a sociedade ao automatizar tarefas perigosas, monótonas ou exigentes fisicamente, além de oferecer soluções inovadoras para problemas complexos em diferentes setores. No entanto, é também importante considerar os desafios e questões éticas associadas ao desenvolvimento e implementação de sistemas robóticos, como a privacidade, segurança e responsabilidade.

Quinidina é um fármaco antiarrítmico classe Ia, que actua principalmente bloqueando os canais de sódio cardíacos, o que tem como consequência a redução da velocidade de condução e excitabilidade do músculo cardíaco. É utilizado no tratamento de diversos tipos de arritmias, incluindo fibrilação auricular e flutter auricular, taquicardia ventricular e fibrilação ventricular.

Além disso, a quinidina também possui propriedades antipiréticas (contra a febre) e analgésicas (contra a dor). No entanto, devido aos seus efeitos adversos significativos, como diarreia, náuseas, vômitos, problemas gastrointestinais, tonturas, zumbidos auriculares e, em casos graves, reações alérgicas e alterações da visão, a sua utilização é hoje bastante restrita.

A quinidina é obtida a partir da casca da cinchona, uma árvore originária da América do Sul, e foi um dos primeiros fármacos a serem utilizados no tratamento de doenças cardiovasculares.

Os núcleos septais referem-se a um par de massas de matéria cinzenta localizadas no centro do cérebro, especificamente na região conhecida como diencéfalo. Eles fazem parte do sistema extrapiramidal, que controla a coordenação dos movimentos involuntários e voluntários do corpo.

Existem dois núcleos septais principais: o núcleo septal medial e o núcleo septal lateral. O núcleo septal medial está envolvido no processamento de informações emocionais e é considerado parte do sistema de recompensa do cérebro, enquanto o núcleo septal lateral desempenha um papel importante na modulação da atenção e memória.

Lesões ou disfunções nos núcleos septais podem estar associadas a vários transtornos neurológicos e psiquiátricos, como doença de Parkinson, esquizofrenia e depressão. Além disso, os núcleos septais também estão envolvidos no processamento da dor e no controle dos ritmos circadianos.

"Suíno" é um termo que se refere a animais da família Suidae, que inclui porcos e javalis. No entanto, em um contexto médico, "suíno" geralmente se refere à infecção ou contaminação com o vírus Nipah (VND), também conhecido como febre suína. O vírus Nipah é um zoonose, o que significa que pode ser transmitido entre animais e humanos. Os porcos são considerados hospedeiros intermediários importantes para a transmissão do vírus Nipah de morcegos frugívoros infectados a humanos. A infecção por VND em humanos geralmente causa sintomas graves, como febre alta, cefaleia intensa, vômitos e desconforto abdominal. Em casos graves, o VND pode causar encefalite e respiração complicada, podendo ser fatal em alguns indivíduos. É importante notar que a infecção por VND em humanos é rara e geralmente ocorre em áreas onde há contato próximo com animais infectados ou seus fluidos corporais.

Na medicina e neurociência, um axónio é a extensão citoplasmática alongada de uma neurona (célula nervosa) que conduz os sinais elétricos, chamados potenciais de ação, em distâncias relativamente longas do corpo celular (soma ou perikário) para outras células. Esses sinais podem ser transmitidos para outras neuronas, geralmente através de sinapses, ou para outros tipos de células alvo, como células musculares ou glândulas.

Os axónios variam em tamanho, desde alguns micrômetros a vários metros de comprimento, e geralmente são revestidos por uma bainha de mielina formada por células de Schwann no sistema nervoso periférico ou óligodendrócitos no sistema nervoso central. Essa bainha isolante ajuda a acelerar a propagação dos potenciais de ação ao longo do axônio, um processo conhecido como condução saltatória.

Além disso, os axónios podem ser classificados em diferentes categorias com base em sua estrutura e função, como mielinizados ou amielínicos, alongados ou ramificados, e contendo vesículas sinápticas ou não. Essas características desempenham um papel importante no tipo de sinal que cada axônio transmite e na forma como esse sinal é processado e integrado pelos sistemas nervoso central e periférico.

A "Na+/K+-ATPase" ou "ATPase trocadora de sódio-potássio" é uma proteína integral de membrana que funciona como uma bomba iônica transportando ativamente sódio (Na+) para fora e potássio (K+) para dentro das células. Ela é essencial para a manutenção do equilíbrio de solutos e cargas elétricas através da membrana celular, o que é crucial para a excitabilidade eletroquímica das células, especialmente nas células musculares e nervosas.

A bomba Na+/K+-ATPase utiliza energia derivada da hidrólise de ATP (adenosina trifosfato) para transportar os íons contra seus gradientes de concentração, processo conhecido como "pumpagem ativa". Por cada molécula de ATP que é hidrolisada, a bomba transloca duas moléculas de sódio para fora da célula e três moléculas de potássio para dentro. Isso gera um gradiente de concentração iônica ao longo da membrana celular, com níveis mais altos de sódio no exterior e níveis mais altos de potássio no interior.

A atividade da Na+/K+-ATPase é fundamental para a manutenção do potencial de repouso das membranas celulares, o que é essencial para a transmissão de sinais elétricos ao longo dos neurônios e a contração dos músculos. Além disso, a bomba Na+/K+-ATPase também desempenha um papel importante no controle do volume celular e na regulação da pressão arterial.

O bulbo olfatório é uma estrutura anatômica do sistema nervoso periférico que desempenha um papel fundamental no sentido do olfato. Ele está localizado na parte superior e posterior da cavidade nasal e é responsável por receber os estímulos odorantes presentes no ar inspirado.

As células receptoras olfativas, que contêm cílios especializados em detectar moléculas odorantes, são localizadas na mucosa do bulbo olfatório. Quando essas moléculas se ligam aos receptores nas células olfativas, um sinal elétrico é gerado e transmitido ao sistema nervoso central através dos neurônios bipolares e das fibras do nervo olfatório.

Esses sinais são processados no cérebro, mais especificamente no lobo temporal medial, onde são interpretados como diferentes odores. Portanto, o bulbo olfatório é a primeira parada dos estímulos odorantes no nosso corpo antes de serem processados e reconhecidos como cheiros concretos.

As células piramidais são um tipo específico de neurônios (células nervosas) encontradas no córtex cerebral e na medula espinal. Elas recebem seu nome devido à sua forma distinta, com um corpo celular alongado e uma única dendrite (ramificação) que se estende para trás, parecida com a base de uma pirâmide.

No córtex cerebral, as células piramidais são os neurônios mais abundantes e desempenham um papel crucial na transmissão de sinais nervosos entre diferentes áreas do cérebro. Eles recebem informações de outras células nervosas através das suas dendrites e, em seguida, enviam essas informações para outras partes do cérebro ou para a medula espinal através de um axônio longo.

No entanto, as células piramidais da medula espinal têm uma função diferente. Elas estão localizadas na parte anterior da medula espinal e são responsáveis pela transmissão de sinais nervosos relacionados ao controle motor do corpo, como o movimento muscular voluntário.

Em resumo, as células piramidais são um tipo importante de neurônios que desempenham papéis críticos na transmissão de sinais nervosos no cérebro e na medula espinal.

Microfluidic analytical techniques refer to a group of technologies and methods that manipulate and analyze small volumes of fluids, typically in the order of microliters or picoliters, in channels with dimensions ranging from tens to hundreds of micrometers. These techniques combine microfabrication technology with chemical, biochemical, and physical analysis methods to create miniaturized analytical systems.

The main advantages of microfluidic analytical techniques include low sample and reagent consumption, rapid analysis times, high sensitivity and resolution, automation, and potential for integration with other technologies. They have found applications in various fields such as biomedicine, genomics, proteomics, diagnostics, environmental monitoring, and chemical analysis.

Examples of microfluidic analytical techniques include microchip electrophoresis, digital microfluidics, lab-on-a-chip devices, bead-based assays, and surface-enhanced Raman spectroscopy (SERS) in microfluidic channels. These techniques enable the development of point-of-care diagnostic devices, portable analytical systems, and high-throughput screening platforms for various applications.

Em termos médicos, estimulação física refere-se a um tratamento que utiliza diferentes formas de exercícios físicos e atividades manipulativas para melhorar a função fisiológica, restaurar a amplitude de movimento, aliviar o desconforto ou dor, e promover a saúde geral e o bem-estar. A estimulação física pode ser realizada por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, outros profissionais de saúde treinados, ou mesmo por si próprios, com base nas orientações e exercícios prescritos.

Alguns métodos comuns de estimulação física incluem exercícios terapêuticos (como alongamentos, fortalecimento muscular, equilíbrio e treinamento de coordenação), massagem, termoterapia (como calor ou crioterapia com gelo), estimulação elétrica funcional, e outras técnicas manuais. O objetivo da estimulação física é ajudar os indivíduos a recuperarem a força, a amplitude de movimento, a resistência e a coordenação necessárias para realizar as atividades diárias com segurança e independência, bem como aliviar os sintomas associados a diversas condições médicas ou lesões.

As proteínas do tecido nervoso referem-se a um grande grupo de proteínas específicas que desempenham funções importantes no sistema nervoso central e periférico. Elas estão envolvidas em uma variedade de processos biológicos, incluindo a transmissão sináptica, a manutenção da estrutura das células nervosas (neurônios) e a proteção contra danos celulares.

Algumas proteínas do tecido nervoso bem conhecidas incluem:

1. Neurofilamentos: proteínas estruturais que fornecem suporte e integridade às células nervosas.
2. Tubulina: uma proteína importante na formação de microtúbulos, que desempenham um papel crucial no transporte axonal e no movimento citoplasmático.
3. Canais iônicos: proteínas que regulam o fluxo de íons através da membrana celular, desempenhando um papel fundamental na geração e condução de sinais elétricos nos neurônios.
4. Receptores neurotransmissores: proteínas localizadas nas membranas pré- e pós-sinápticas que permitem a ligação e a ativação dos neurotransmissores, desencadeando respostas celulares específicas.
5. Enzimas: proteínas que catalisam reações químicas importantes no metabolismo e no sinalizamento celular.
6. Proteínas de choque térmico (HSPs): proteínas induzidas por estresse que ajudam a proteger as células nervosas contra danos causados por estressores ambientais, como calor, frio ou hipóxia.
7. Fatores neurotróficos: proteínas que promovem o crescimento, a sobrevivência e a diferenciação dos neurônios, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento e na manutenção do sistema nervoso.

As alterações nas expressões e funções dessas proteínas podem contribuir para o desenvolvimento de diversos distúrbios neurológicos e psiquiátricos, como doença de Alzheimer, doença de Parkinson, esclerose múltipla, depressão e transtorno bipolar. Assim, a compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos na regulação das proteínas cerebrais pode fornecer informações importantes para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para essas condições.

Vesículas sinápticas são membranas minúsculas e esféricas que contêm neurotransmissores, localizadas no terminal pré-sináptico das neurônios. Elas desempenham um papel crucial na transmissão de sinais elétricos em forma de impulsos nervosos entre as células nervosas ou entre as células nervosas e outros tipos de células, como as células musculares.

Quando dois neurônios se comunicam entre si por meio de sinapses, o potencial de ação atinge o terminal pré-sináptico do neurônio presináptico, desencadeando um processo conhecido como exocitose. Neste processo, as vesículas sinápticas se fundem com a membrana plasmática e libertam os neurotransmissores no espaço sináptico, onde podem se ligar a receptores na membrana pós-sináptica do neurônio pós-sináptico. Isso pode resultar em uma resposta elétrica ou química adicional no neurônio pós-sináptico, permitindo que o sinal se propague através da rede neural.

As vesículas sinápticas são importantes para a plasticidade sináptica, um processo pelo qual as conexões entre as células nervosas podem ser modificadas em resposta à atividade neural. A quantidade e a frequência de liberação dos neurotransmissores podem ser alteradas, o que pode influenciar a força da sinapse e, consequentemente, a transmissão do sinal.

Os antagonistas nicotínicos são um tipo de fármaco que bloqueia os efeitos da acetilcolina no receptor nicotínico, que é um tipo de receptor localizado nas membranas das células nervosas. A acetilcolina é um neurotransmissor, ou seja, uma substância química liberada pelas células nervosas para transmitir sinais elétricos entre si.

Quando a acetilcolina se liga aos receptores nicotínicos, ela causa a abertura de canais iônicos na membrana celular, permitindo que íons passem através deles e gerem um sinal elétrico. Os antagonistas nicotínicos impedem a ligação da acetilcolina a esses receptores, inibindo assim a ativação dos canais iônicos e o consequente sinal elétrico.

Esses fármacos são usados no tratamento de diversas condições clínicas, como por exemplo:

* Doença de Parkinson: alguns antagonistas nicotínicos podem ajudar a reduzir os sintomas da doença de Parkinson, pois a acetilcolina desempenha um papel importante no controle do movimento.
* Glaucoma: algumas gotas oculares contendo antagonistas nicotínicos podem ajudar a reduzir a pressão intraocular no glaucoma.
* Síndrome de abstinência nicotínica: os antagonistas nicotínicos podem ajudar as pessoas a parar de fumar, pois bloqueiam os efeitos da nicotina nos receptores nicotínicos, reduzindo assim os sintomas de abstinência.

No entanto, é importante ressaltar que os antagonistas nicotínicos podem ter efeitos adversos significativos, especialmente se utilizados em doses altas ou por longos períodos de tempo. Alguns desses efeitos adversos incluem: boca seca, visão turva, constipação, dificuldade para urinar, confusão mental, sonolência e ritmo cardíaco acelerado. Portanto, é importante que os pacientes usem esses medicamentos apenas sob orientação médica e sigam rigorosamente as instruções do médico.

Modelos anatômicos são réplicas tridimensionais de estruturas e órgãos do corpo humano, usados ​​para fins educacionais, de treinamento ou de pesquisa. Eles podem ser feitos de diferentes materiais, como plástico, cera, resina ou tecido, e variam em complexidade desde modelos simples de um único órgão até modelos completos do corpo humano.

Os modelos anatômicos são frequentemente usados ​​em salas de aula e laboratórios de anatomia para ajudar os estudantes a visualizar e compreender as estruturas complexas do corpo humano. Eles também podem ser utilizados em cirurgias e procedimentos médicos para planejar e praticar técnicas antes de realizar intervenções reais.

Além disso, os modelos anatômicos podem ser usados ​​para fins de pesquisa, permitindo que os cientistas estudem as estruturas e funções do corpo humano em detalhes minuciosos. Eles também podem ser utilizados para testar hipóteses e desenvolver novas tecnologias e técnicas médicas.

Em resumo, os modelos anatômicos são ferramentas valiosas na educação, treinamento e pesquisa médica, fornecendo uma representação visual e tangível das estruturas complexas do corpo humano.

Os Receptores 5-HT3 de Serotonina são um tipo de receptor ionótipo ligado à proteína G que é ativado por endógenos e exógenos ligantes, especialmente a serotonina (5-hidroxitriptamina ou 5-HT). Eles desempenham um papel importante na modulação de diversas funções fisiológicas, como vômitos e náuseas, motilidade gastrointestinal, processamento sensorial e funções cognitivas.

Os receptores 5-HT3 são encontrados principalmente no sistema nervoso central (SNC) e no sistema nervoso periférico (SNP). No SNP, eles estão presentes em neurônios enterocromafimas do trato gastrointestinal, onde desempenham um papel crucial na regulação da motilidade intestinal. No SNC, os receptores 5-HT3 são encontrados em várias áreas, incluindo o cérebro e a medula espinhal, onde estão envolvidos em diversos processos fisiológicos e patológicos, como ansiedade, depressão, dor, e dependência de drogas.

A ativação dos receptores 5-HT3 leva à abertura de canais iônicos seletivos para cátions, resultando em fluxo de sódio, potássio e cálcio através da membrana celular. Isto gera uma resposta elétrica excitadora que pode desencadear a liberação de neurotransmissores adicionais e modular a atividade sináptica.

Devido à sua importância em diversos processos fisiológicos, os receptores 5-HT3 têm sido alvo terapêutico para o tratamento de várias condições clínicas, como náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia, dor crônica, e dependência de drogas. Além disso, os antagonistas dos receptores 5-HT3 têm sido usados em estudos pré-clínicos para investigar a fisiopatologia de diversas doenças neurológicas e psiquiátricas.

Eletrodiagnóstico (EDX) é um tipo de exame que avalia o sistema nervoso periférico, incluindo nervos e músculos. A eletromiografia (EMG) é uma parte importante do exame EDX. Ela registra e analisa a atividade elétrica dos músculos em repouso e durante a contração muscular voluntária, fornecendo informações sobre o estado de saúde dos nervos e músculos.

A EMG é realizada por meio de um aparelho chamado eletromiografo, que inclui agulhas finas e esterilizadas (agulha EMG) ou eletrodos não invasivos (superficiais). A agulha EMG é inserida na fibra muscular para registrar a atividade elétrica do músculo, enquanto os eletrodos superficiais são colocados sobre a pele para capturar sinais de baixa amplitude.

Os resultados da EMG podem ajudar no diagnóstico de várias condições musculares e nervosas, como doenças neuromusculares, neuropatias periféricas, miopatias, lesões nervosas e outras condições que afetam o sistema nervoso periférico. A interpretação dos resultados da EMG requer conhecimento profundo do sistema nervoso periférico e experiência clínica, sendo geralmente realizada por neurologistas ou fisiatras treinados em eletromiografia.

O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) é um ramo do sistema nervoso responsável por controlar as funções involuntárias e parcialmente involuntárias do corpo. Ele regula processos como a frequência cardíaca, pressão arterial, digestão, resposta de luta ou fuga, respiração, micção e defecação, entre outros.

O SNA é dividido em dois subsistemas: o sistema simpático e o parasimpático. O sistema simpático prepara o corpo para a ação, aumentando a frequência cardíaca, a pressão arterial e o fluxo de glicose para fornecer energia extra aos músculos. Por outro lado, o sistema parasimpático promove a conservação de energia, desacelerando as funções corporais quando o corpo está em repouso.

O SNA funciona através do envio e recepção de sinais nervosos por meio de neurônios que utilizam neurotransmissores específicos, como a noradrenalina no sistema simpático e a acetilcolina no sistema parasimpático. Estes sinais nervosos permitem que o SNA mantenha a homeostase do corpo, garantindo que as funções corporais críticas sejam reguladas de forma constante e eficiente, mesmo sem a consciência ou controle voluntário da pessoa.

As células bipolares da retina são um tipo de neurônio localizado na retina, a membrana sensorial que reveste a parte interna do olho e é responsável pela detecção da luz e conversão em sinais nervosos que são enviados ao cérebro. As células bipolares desempenham um papel crucial na transformação dos sinais recebidos pelas células fotorreceptoras (cones e bastonetes) em respostas mais complexas que podem ser processadas pelas células ganglionares, as quais enviam esses sinais ao cérebro.

Existem diferentes tipos de células bipolares, classificadas com base em suas conexões sinápticas, respostas elétricas e funções. Em geral, as células bipolares recebem sinais dos fotorreceptores através de sinapses chiméricas e enviam suas próprias projeções às células ganglionares e às células amacrinas, outro tipo de neurônio presente na retina.

As células bipolares são essenciais para a organização dos sinais visuais e desempenham um papel fundamental no processamento da informação visual, como o contraste, a sensibilidade à luz e o movimento. Desse modo, danos ou disfunções nas células bipolares podem levar a diversas condições oftalmológicas e visuais, tais como a degeneração macular relacionada à idade (DMAE) e o glaucoma.

Os Receptores de GABA (ácido gama-aminobutírico) são tipos específicos de receptores ionotrópicos encontrados no sistema nervoso central dos mamíferos, incluindo os seres humanos. Eles são os principais receptores inhibitórios no cérebro e desempenham um papel crucial na modulação da excitação neural e na regulação da atividade sináptica.

Existem três subtipos principais de receptores de GABA: GABA-A, GABA-B e GABA-C. Os receptores GABA-A e GABA-C são ligados a canais iônicos que permitem o fluxo de ânions cloreto (Cl-) quando ativados pelo neurotransmissor GABA, resultando em hiperpolarização da membrana celular e inibição da atividade neuronal. Por outro lado, os receptores GABA-B são ligados a proteínas G e desencadeiam uma cascata de eventos secundários que podem resultar em hiperpolarização ou despolarização da membrana celular, dependendo das condições específicas.

Os receptores de GABA estão envolvidos em diversas funções cerebrais importantes, como o controle do sono e da vigília, a regulação do humor e do comportamento emocional, a memória e a aprendizagem, e a proteção contra convulsões e outras formas de atividade neuronal excessiva. Além disso, os receptores de GABA desempenham um papel crucial no desenvolvimento do cérebro, especialmente durante as primeiras fases da vida pré-natal e pós-natal.

Devido à sua importância em diversos processos fisiológicos e patológicos, os receptores de GABA têm sido alvo de pesquisas intensivas no campo da farmacologia e da medicina. Diversos fármacos que atuam sobre os receptores de GABA estão disponíveis no mercado e são usados clinicamente para tratar uma variedade de condições, como ansiedade, insônia, epilepsia, convulsões e espasticidade muscular. No entanto, o uso desses fármacos pode estar associado a efeitos adversos significativos, especialmente em doses altas ou em combinação com outros medicamentos.

O Sistema Nervoso Parassimpático (SNP) é uma parte do sistema nervoso autônomo que atua em oposição ao sistema nervoso simpático. Seu objetivo principal é conservar a energia do corpo e promover a homeostase, restaurando o organismo ao seu estado de repouso ou "condições internas normais".

As fibras do SNP são geralmente curtas e myelinated, o que resulta em respostas rápidas e eficientes. O neurotransmissor primário utilizado pelas sinapses pré-ganglionares e pós-ganglionares é a acetilcolina (ACh).

O SNP desencadeia uma variedade de respostas, incluindo:

1. Redução da frequência cardíaca (bradicardia) e da pressão arterial;
2. Estimulação da secreção de sucos gástricos e saliva;
3. Contração da musculatura lisa dos brônquios, aumentando o fluxo de ar para os pulmões;
4. Aumento do peristaltismo intestinal, promovendo a digestão e a evacuação;
5. Relaxamento da bexiga vesical e do esfíncter urinário, facilitando a micção;
6. Contração do músculo detrusor da bexiga para a excreção de urina;
7. Dilatação dos vasos sanguíneos na pele e nos órgãos internos, promovendo o fluxo sanguíneo e a oxigenação dos tecidos.

Em resumo, o Sistema Nervoso Parassimpático é responsável por regular as funções corporais involuntárias que permitem ao organismo economizar energia e manter a homeostase, promovendo assim um estado de equilíbrio interno.

Valva tricúspide é a válvula cardíaca composta por três folhetos (cuspides) fibrosos e semilunares que se localiza entre a aurícula direita e o ventrículo direito do coração. Sua função é regular o fluxo sanguíneo unidirecional durante a contração cardíaca, permitindo que o sangue flua do átrio para o ventrículo enquanto impede o refluxo do sangue de volta para a aurícula. A disfunção ou doença da válvula tricúspide pode resultar em sintomas como falta de ar, inchaço nas pernas e fadiga.

Os moduladores GABAérgicos são substâncias, geralmente fármacos ou drogas, que modulam a atividade do receptor GABA-A no sistema nervoso central. O ácido gama-aminobutírico (GABA) é o neurotransmissor inhibitório mais importante no cérebro de mamíferos e desempenha um papel crucial na regulação da excitação neuronal e da neurotransmissão.

Os moduladores GABAérgicos podem aumentar ou diminuir a atividade dos receptores GABA-A, afetando assim o equilíbrio entre a excitação e a inibição no cérebro. Alguns exemplos de moduladores GABAérgicos incluem benzodiazepínios, barbitúricos, álcool e anestésicos gerais. Essas substâncias são frequentemente usadas no tratamento de diversas condições clínicas, como ansiedade, insônia, convulsões e espasticidade muscular, mas também podem ter potencial para abuso e dependência.

Em resumo, os moduladores GABAérgicos são substâncias que alteram a atividade dos receptores GABA-A no cérebro, desempenhando um papel importante na regulação da excitação neuronal e tendo diversas aplicações clínicas.

La disfunción ventricular se refiere a una condición médica en la cual el ventrículo, una cámara inferior del corazón, no puede bombear sangre de manera eficiente. Existen dos ventrículos en el corazón: el ventrículo izquierdo y el ventrículo derecho. Cada uno tiene una función específica en el proceso de bombeo de sangre a través del cuerpo.

El ventrículo izquierdo recibe la sangre oxigenada del lado izquierdo del corazón y la bombeara hacia todo el cuerpo a través de la arteria aorta. La disfunción ventricular izquierda puede causar síntomas como falta de aliento, fatiga, hinchazón en los pies y las piernas, y ritmos cardíacos irregulares.

Por otro lado, el ventrículo derecho recibe la sangre desoxigenada del cuerpo y la envía hacia los pulmones para oxigenarla. La disfunción ventricular derecha puede causar hinchazón en el abdomen, el hígado agrandado y dificultad para respirar, especialmente cuando se está acostado.

La disfunción ventricular puede ser causada por diversas afecciones, como enfermedades cardiovasculares, hipertensión arterial, diabetes, enfermedades valvulares cardíacas, infecciones cardíacas y trastornos genéticos. El tratamiento de la disfunción ventricular depende de la causa subyacente y puede incluir medicamentos, dispositivos médicos, cirugía o trasplante de corazón.

Analysis of Variance (ANOVA) é um método estatístico utilizado para comparar as médias de dois ou mais grupos de dados. Ele permite determinar se a diferença entre as médias dos grupos é significativa ou não, levando em consideração a variabilidade dentro e entre os grupos. A análise de variância consiste em dividir a variação total dos dados em duas partes: variação devido às diferenças entre os grupos (variação sistemática) e variação devido a erros aleatórios dentro dos grupos (variação residual). Através de um teste estatístico, é possível verificar se a variação sistemática é grande o suficiente para rejeitar a hipótese nula de que as médias dos grupos são iguais. É amplamente utilizado em experimentos e estudos científicos para avaliar a influência de diferentes fatores e interações sobre uma variável dependente.

Em termos de anatomia e fisiologia, as "junções gap" referem-se a um tipo específico de junção intercelular que se encontram principalmente nos tecidos do sistema nervoso periférico. Estas junções permitem a comunicação rápida e eficiente entre células adjacentes, especialmente entre neurônios e células musculares lisas.

As junções gap são constituídas por complexos proteicos que unem as membranas plasmáticas de duas células adjacentes, criando um pequeno espaço (ou "gap") entre elas. Este espaço é geralmente menor do que 3,5 nanómetros de largura.

Existem três tipos principais de junções gap:

1. Junções comunicantes ou nexos: Estas junções permitem a passagem direta de íons e moléculas pequenas entre as células, criando assim um sincício elétrico entre elas. São essenciais para a coordenação de atividades em tecidos como o coração e o cérebro.

2. Junções hemi-desmais: Estas junções são compostas por proteínas cadherinas que se ligam à actina dos filamentos do citoesqueleto, fornecendo assim estabilidade mecânica entre as células. São frequentes em tecidos epiteliais e nos músculos esqueléticos.

3. Junções fasciculantes: Estas junções são semelhantes às hemi-desmais, mas envolvem a ligação de microtúbulos entre as células em vez de actina. São menos comuns e geralmente encontradas em tecidos como o sistema nervoso central.

Em resumo, as junções gap são estruturas cruciais para a comunicação e interação entre células em diversos tecidos do corpo humano, especialmente no sistema nervoso periférico.

Neurônios motores são um tipo específico de neurônios encontrados no sistema nervoso central (SNC) que desempenham um papel fundamental na transmissão dos sinais elétricos para as células musculares e glandulares, permitindo assim a movimentação do corpo e outras respostas fisiológicas.

Eles possuem duas principais partes: o corpo celular (ou pericário) e os axônios. O corpo celular contém o núcleo da célula, enquanto o axônio é a extensão alongada que transmite os impulsos nervosos para as células alvo.

Existem dois tipos principais de neurônios motores: os upper motor neurons (UMNs) e os lower motor neurons (LMNs). Os UMNs têm seus corpos celulares localizados no cérebro, principalmente na área motora da cortex cerebral e no tronco encefálico. Eles enviam suas axônios através dos tratos descendentes para se conectar aos LMNs no SNC.

LMNs, por outro lado, têm seus corpos celulares localizados nas regiões do SNC como a medula espinal e os gânglios da base. Eles enviam suas axônios através dos nervos periféricos para se conectar diretamente às células musculares esqueléticas, permitindo assim a contração muscular e o movimento voluntário.

Lesões ou doenças que afetam os neurônios motores podem resultar em diversos sintomas, como fraqueza muscular, espasticidade, fasciculações e atrofia muscular. Exemplos de condições que envolvem a degeneração dos neurônios motores incluem a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e a Atrofia Muscular Espinal (AME).

"Knockout mice" é um termo usado em biologia e genética para se referir a camundongos nos quais um ou mais genes foram desativados, ou "knockout", por meio de técnicas de engenharia genética. Isso permite que os cientistas estudem os efeitos desses genes específicos na função do organismo e no desenvolvimento de doenças. A definição médica de "knockout mice" refere-se a esses camundongos geneticamente modificados usados em pesquisas biomédicas para entender melhor as funções dos genes e seus papéis na doença e no desenvolvimento.

Fluorescência é um fenômeno óptico em que substâncias, chamadas fluoróforos, absorvem luz de determinada longitude de onda (geralmente ultravioleta ou visível) e em seguida emitem luz com uma longitude de onda diferente e geralmente alongada. Isso ocorre devido à excitação de elétrons nessas moléculas, que retornam ao seu estado fundamental liberando energia na forma de luz. Esse fenômeno é amplamente utilizado em diversas áreas, como no diagnóstico e pesquisa médica, análises químicas e biológicas, e até mesmo em aplicações industriais e de segurança.

A dopamina é um neurotransmissor, ou seja, uma substância química que transmite sinais entre neurônios (células nervosas) no cérebro. Ele desempenha um papel importante em várias funções cerebrais importantes, incluindo a regulação do movimento, o processamento de recompensa e a motivação, a memória e o aprendizado, a atenção e as emoções. A dopamina também é produzida por células endócrinas no pâncreas e desempenha um papel na regulação da secreção de insulina.

No cérebro, os neurônios que sintetizam e liberam dopamina estão concentrados em duas áreas principais: o núcleo substância negra e o locus coeruleus. Os níveis anormais de dopamina no cérebro têm sido associados a várias condições neurológicas e psiquiátricas, incluindo doença de Parkinson, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), distúrbios do movimento, dependência de drogas e transtornos mentais graves.

As técnicas estereotáxicas são métodos cirúrgicos minimamente invasivos que envolvem a utilização de sistemas de coordenadas tridimensionais para localizar e atingir com precisão estruturas específicas do cérebro ou outros órgãos. Essas técnicas geralmente empregam a fixação da cabeça ou do corpo do paciente em um dispositivo especial, além de imagens diagnósticas (como TC ou RM) para planificar e guiar o procedimento. O objetivo é realizar procedimentos cirúrgicos com menor trauma para os tecidos circundantes, reduzindo assim os riscos e promovendo uma rápida recuperação do paciente. As aplicações clínicas das técnicas estereotáxicas incluem biopsias, tratamento de tumores cerebrais, neuroestimulação, e cirurgia funcional (como a correção de movimentos involuntários em doenças como a Doença de Parkinson).

Os Canais de Potássio de Domínios Poros em Tandem (em inglês, "Tandem Pore Domain Potassium Channels") são canais iónicos específicos que desempenham um papel crucial no controle do fluxo de íons potássio através das membranas celulares. Eles são compostos por quatro subunidades idênticas ou semelhantes, cada uma delas possuindo dois domínios de poro em tandem (um após o outro).

Cada par de domínios de poro forma um poro funcional que permite a passagem de íons potássio. A estrutura em tandem dos domínios de poro confere às essas proteínas canais propriedades únicas, como a regulação do fluxo iônico dependente da tensão e da voltagem.

Esses canais são expressos em diferentes tecidos, incluindo o sistema nervoso central e periférico, o coração e os músculos esqueléticos, onde desempenham funções importantes na regulação da excitabilidade celular e no equilíbrio iônico.

Devido à sua complexa estrutura e função, a pesquisa sobre os Canais de Potássio de Domínios Poros em Tandem continua a ser uma área ativa de investigação na fisiologia e patofisiologia celular.

Computer-assisted surgery (CAS) é um termo genérico que se refere ao uso de tecnologia computacional para ajudar no processo de realizar cirurgias. Existem vários tipos e aplicações de CAS, incluindo sistemas de navegação, planificação pré-operatória, robótica e imagens avançadas.

Em geral, a cirurgia assistida por computador pode ser definida como o uso de tecnologia computacional para aumentar a precisão, segurança e eficácia das cirurgias. Isso é alcançado através do processamento de dados em tempo real, fornecendo informações detalhadas e visualizações avançadas ao cirurgião durante a procedura.

Alguns dos benefícios da cirurgia assistida por computador incluem:

* Melhor precisão e redução de erros humanos
* Maior segurança para o paciente
* Menor invasividade das proceduras
* Recuperação mais rápida do paciente
* Possibilidade de realizar cirurgias mais complexas e delicadas

Existem diferentes abordagens e tecnologias utilizadas em CAS, dependendo do tipo de cirurgia a ser realizada. Alguns exemplos incluem:

* Sistemas de navegação: fornecem informações de localização precisas durante a cirurgia, auxiliando o cirurgião a navegar no corpo do paciente. Esses sistemas geralmente utilizam imagens pré-operatórias, como TC ou RM, para criar um modelo 3D do local de operação e rastrear instrumentos cirúrgicos em tempo real.
* Planificação pré-operatória: utiliza software especializado para ajudar o cirurgião a planejar a abordagem e as etapas da cirurgia antes do procedimento. Isso pode incluir a simulação de diferentes técnicas e resultados possíveis, a fim de escolher a melhor opção para o paciente.
* Robótica: permite que o cirurgião controle instrumentos cirúrgicos remotamente, fornecendo precisão e estabilidade adicionais durante a cirurgia. Esses sistemas geralmente são utilizados em cirurgias minimamente invasivas, como a colocação de implantes ortopédicos ou a remoção de tumores.
* Impressão 3D: é usada para criar modelos personalizados do corpo do paciente, auxiliando o cirurgião a planejar e praticar a cirurgia antes do procedimento. Isso pode ser particularmente útil em cirurgias complexas ou quando se trata de pacientes com anatomia incomum.

Os Receptores de Inositol 1,4,5-Trifosfato (IP3R) são canais iónicos dependentes de Ca2+ localizados no retículo sarcoplasmático e retículo endoplasmático das células excitatórias. Eles desempenham um papel crucial na regulação do Ca2+ intracelular, que por sua vez controla uma variedade de processos celulares, incluindo a transmissão sináptica, a secreção de hormônios e neurotransmissores, o crescimento e proliferação celular, e a apoptose.

Os IP3R são ativados por ligantes intracelulares, como o inositol 1,4,5-trifosfato (IP3) e o Ca2+. A ligação de IP3 ao domínio de ligação do IP3 no receptor induz uma mudança conformacional que facilita a abertura do canal iónico e permite a entrada de Ca2+ no citoplasma. O aumento dos níveis de Ca2+ intracelular, por sua vez, pode ativar outros IP3R, levando a uma resposta de feedforward que amplifica a sinalização do Ca2+.

Existem três subtipos principais de IP3R (IP3R1, IP3R2 e IP3R3) que diferem em sua distribuição tissular, propriedades funcionais e mecanismos regulatórios. Por exemplo, o IP3R1 é expresso predominantemente no cérebro e no sistema nervoso periférico, enquanto o IP3R2 é encontrado principalmente em células do músculo liso e do coração. O IP3R3, por outro lado, é expresso amplamente em uma variedade de tecidos e é considerado o subtipo mais ubíquo.

A disfunção dos receptores IP3 pode contribuir para várias condições patológicas, incluindo doenças neurodegenerativas, cardiovasculares e musculoesqueléticas. Além disso, os IP3R desempenham um papel importante na regulação da apoptose celular e podem ser alvo terapêutico para o tratamento de doenças associadas à morte celular excessiva ou insuficiente.

Los compuestos de piridinio son sales o ésteres del catión de piridinio, C5H6N+. El catión de piridinio es formado cuando el nitrógeno en la piridina, un compuesto heterocíclico básico, se protona y acepta un ion hidrógeno (H+). La fórmula molecular general para los ésteres de piridinio es C5H5N(R)XY, donde R es un grupo alquilo o arilo, y X e Y pueden ser cualquier par de grupos que confieren naturaleza iónica al compuesto. Estos compuestos se utilizan a menudo como intermedios en la síntesis de otros compuestos orgánicos y desempeñan un papel importante en diversas áreas de química, incluyendo catálisis, farmacología y materiales.

Em medicina, uma imagem tridimensional (3D) refere-se a uma representação visual de volumes corporais ou estruturas anatômicas obtidas por meios de imagiologia médica. Ao contrário das tradicionais imagens bidimensionais (2D), as 3D fornecem informações adicionais sobre o volume, a forma e a posição espacial das estruturas, proporcionando uma visão mais completa e detalhada do órgão ou tecido em questão. Essas imagens podem ser criadas por diferentes técnicas de aquisição de dados, como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e ultrassom 3D. Além disso, eles são frequentemente utilizados em procedimentos cirúrgicos e intervencionistas para planejar tratamentos, guiar biopsias e avaliar os resultados do tratamento.

Propofol é um fármaco usado principalmente em situações clínicas para iniciar e manter a anestesia geral durante procedimentos cirúrgicos. Também é empregado no tratamento de sedação em unidades de terapia intensiva. É um agente hipnótico de curta duração, o que significa que provoca sonolência e induz o sono.

A molécula do propofol pertence à classe dos alcoóis propilénicos e atua no sistema nervoso central, aumentando a atividade do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico), o que resulta em uma depressão da atividade cerebral e indução à anestesia.

Além disso, o propofol possui propriedades antieméticas, ou seja, ajuda a prevenir as náuseas e vômitos associados à anestesia. É administrado por via intravenosa, geralmente dissolvido em uma solução lipídica, e sua dose é ajustada de acordo com o peso do paciente, idade, condições clínicas e outros fatores relevantes.

Como qualquer medicamento, o propofol pode ter efeitos adversos, como diminuição da pressão arterial, bradicardia (batimento cardíaco lento), dor ou irritação no local da injeção, e alucinações, entre outros. Seu uso deve ser monitorado por profissionais de saúde treinados e certificados em anestesiologia ou cuidados intensivos.

Os Receptores de AMPA (Receptor-ionótipo α-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolepropiónico) são canais iónicos dependentes de ligantes encontrados no sistema nervoso central dos animais. Eles pertencem à superfamília dos receptores do glutamato e são responsáveis pela maior parte da transmissão rápida e excitatória em sinapses no cérebro dos mamíferos.

Os receptores de AMPA são geralmente tetrâmeros compostos por quatro subunidades, que podem ser uma combinação de quatro tipos diferentes: GluA1 (antigamente conhecido como GluR1), GluA2, GluA3 e GluA4. A composição exata dos tetrâmeros determina as propriedades funcionais do receptor, incluindo a condutância iônica, a permeabilidade ao cálcio e a sensibilidade às drogas alostéricas.

Quando o glutamato, o neurotransmissor excitatório primário no cérebro dos mamíferos, se liga a um receptor de AMPA, isto resulta na abertura do canal iônico associado e no fluxo de íons sódio (Na+) e, em menor grau, de íons potássio (K+) através da membrana celular. Isto gera um sinal elétrico que pode propagar-se ao longo do neurónio e desencadear a libertação de outros neurotransmissores em sinapses subsequentes.

Os receptores de AMPA desempenham um papel crucial no processamento da informação no cérebro, na plasticidade sináptica (a capacidade dos circuitos cerebrais de se reorganizarem em resposta a estímulos) e no aprendizado e memória.

Os venenos de aranha referem-se a substâncias tóxicas produzidas e injetadas pelas espécies de aranhas através de suas picadas. A composição química dos venenos varia entre as diferentes espécies de aranhas, mas geralmente contém uma mistura de proteínas, peptídeos e enzimas.

Os efeitos toxicológicos do veneno de aranha podem variar desde reações locais leves, como dor e inflamação, até reações sistêmicas graves, como necrose tecidual, paralisia muscular, coagulopatias e insuficiência cardiorrespiratória. A gravidade desses efeitos depende de vários fatores, tais como a quantidade de veneno injetada, a sensibilidade individual da vítima ao veneno e a localização da picada.

Algumas espécies de aranhas, como a viúva negra e a reclusa marrom, são conhecidas por possuir venenos particularmente potentes e podem causar sintomas graves ou até mesmo fatal em humanos, especialmente em crianças, idosos ou pessoas com sistemas imunológicos fragilizados. No entanto, é importante ressaltar que a maioria das espécies de aranhas possui venenos relativamente inofensivos para os humanos e as picadas geralmente causam sintomas leves ou moderados que podem ser tratados com cuidados domésticos simples.

"Canais de Cátion Regulados por Nucleotídeos Cíclicos" (CRNCs, do inglês "Cyclic Nucleotide-gated channels") são canais iónicos dependentes de ligantes que se encontram nas membranas plasmáticas de células sensoriais, especialmente nos rhabdomeros dos bastonetes e cones da retina e no epitélio olfativo. Eles são geralmente tetraméricos, formados por subunidades idênticas ou semelhantes, cada uma contendo um domínio de ligação para nucleotídeos cíclicos (como o cGMP ou cAMP) e um domínio de condução de iões. Quando ativados por esses nucleotídeos cíclicos, os canais CRNCs abrem-se, permitindo a passagem de iões positivamente carregados (como sódio e cálcio) para entrar na célula. Isso gera um sinal elétrico que desencadeia uma resposta sensorial específica, como a percepção de luz ou cheiro.

O tálamo é uma estrutura em forma de amêndoa localizada no centro do cérebro, que serve como um importante centro de relé para a maioria dos sinais sensoriais que vão do corpo para o cérebro, com exceção do olfato. Ele desempenha um papel crucial na transmissão, modulação e processamento da informação sensorial, bem como no controle da consciência e da atenção. Além disso, o tálamo também é importante para a regulação dos estados de sono e vigília. Lesões no tálamo podem resultar em diversos sintomas neurológicos, incluindo alterações na sensação, movimento e consciência.

Em bioquímica e ciência de proteínas, a estrutura terciária de uma proteína refere-se à disposição tridimensional dos seus átomos em uma única cadeia polipeptídica. Ela é o nível de organização das proteínas que resulta da interação entre os resíduos de aminoácidos distantes na sequência de aminoácidos, levando à formação de estruturas secundárias (como hélices alfa e folhas beta) e regiões globulares ou fibrilares mais complexas. A estrutura terciária é mantida por ligações não covalentes, como pontes de hidrogênio, interações ionicamente carregadas, forças de Van der Waals e, em alguns casos, pelos ligantes ou ions metálicos que se ligam à proteína. A estrutura terciária desempenha um papel crucial na função das proteínas, uma vez que determina sua atividade enzimática, reconhecimento de substratos, localização subcelular e interações com outras moléculas.

De acordo com a medicina, luz é geralmente definida como a forma de radiação eletromagnética visível que pode ser detectada pelo olho humano. A gama de frequência da luz visível é normalmente considerada entre aproximadamente 400-700 terahertz (THz) ou 400-700 nanômetros (nm) na escala de comprimento de onda.

A luz pode viajar no vácuo e em outros meios, como o ar, à velocidade da luz, que é cerca de 299.792 quilômetros por segundo. A luz pode ser classificada em diferentes tipos, incluindo luz natural (como a emitida pelo sol) e luz artificial (como a produzida por lâmpadas ou outros dispositivos).

Em um contexto clínico, a luz é frequentemente usada em procedimentos médicos, como exames de imagem, terapia fotodinâmica e fototerapia. Além disso, a percepção da luz pelo sistema visual humano desempenha um papel fundamental na regulação dos ritmos circadianos e do humor.

Uma junção neuromuscular, também conhecida como placa motora ou união neuro-muscular, é a região anatômica especializada onde um neurônio (geralmente um axônio de uma célula nervosa motoressoma) se conecta à fibra muscular esquelética e estabelece comunicação sináptica para sua ativação. Essa junção é responsável por transmitir os sinais elétricos do sistema nervoso central ao tecido muscular, permitindo que as células musculares contraiam e se movimentem.

A junção neuromuscular é composta por uma terminália axonal enovelada (botão sináptico) rica em vesículas sinápticas contendo neurotransmissores (principalmente acetilcolina), que, quando estimulados, são liberados e se difundem através do pequeno espaço sináptico até atingirem os receptores colinérgicos pós-sinápticos na membrana da fibra muscular. A ligação entre o botão sináptico e a fibra muscular é mantida por proteínas de adesão, como a rapsina.

Após a liberação dos neurotransmissores e sua interação com os receptores na membrana muscular, ocorre uma despolarização da membrana (potencial de ação), levando à abertura de canais iônicos dependentes de voltagem e à entrada de íons sódio (Na+) e cálcio (Ca2+). Isso gera um potencial de placa que, se atinge um limiar específico, leva ao influxo de íons cálcio no retículo sarcoplasmático, desencadeando a liberação de calcios e a subsequente contração muscular.

Portanto, a junção neuromuscular é fundamental para o controle do movimento e da postura, bem como para outras funções fisiológicas que envolvem a atividade muscular esquelética e lisa.

Agonistas colinérgicos são substâncias que se ligam e ativam os receptores colinérgicos, imitando o efeito da acetilcolina, um neurotransmissor importante no sistema nervoso central e periférico. Eles podem ser usados como medicamentos para tratar uma variedade de condições médicas, incluindo doenças neurológicas e musculares. Alguns exemplos de agonistas colinérgicos incluem a bethanechol, que é usada para tratar a retenção urinária, e a donepezil, que é usado no tratamento da doença de Alzheimer. No entanto, é importante notar que os agonistas colinérgicos também podem causar efeitos colaterais indesejados, como náuseas, vômitos, diarréia e aumento da salivação.

Na medicina e fisiologia, a cinética refere-se ao estudo dos processos que alteram a concentração de substâncias em um sistema ao longo do tempo. Isto inclui a absorção, distribuição, metabolismo e excreção (ADME) das drogas no corpo. A cinética das drogas pode ser afetada por vários fatores, incluindo idade, doença, genética e interações com outras drogas.

Existem dois ramos principais da cinética de drogas: a cinética farmacodinâmica (o que as drogas fazem aos tecidos) e a cinética farmacocinética (o que o corpo faz às drogas). A cinética farmacocinética pode ser descrita por meio de equações matemáticas que descrevem as taxas de absorção, distribuição, metabolismo e excreção da droga.

A compreensão da cinética das drogas é fundamental para a prática clínica, pois permite aos profissionais de saúde prever como as drogas serão afetadas pelo corpo e como os pacientes serão afetados pelas drogas. Isso pode ajudar a determinar a dose adequada, o intervalo posológico e a frequência de administração da droga para maximizar a eficácia terapêutica e minimizar os efeitos adversos.

As proteínas de transporte de cátions são um tipo específico de proteínas de transporte transmembranares que se encarregam do movimento ativo ou passivo dos cátions (íons carregados positivamente) através das membranas celulares. Estes canais proteicos possuem uma estrutura tridimensional complexa, com um orifício central que funciona como uma via de condução para os íons.

Existem diferentes tipos de proteínas de transporte de cátions, cada uma delas especializada no transporte de determinados íons, tais como sódio (Na+), potássio (K+), cálcio (Ca2+) ou magnésio (Mg2+). Algumas destas proteínas actuam como bombas, consumindo energia metabólica para mover os íons contra o seu gradiente de concentração, enquanto outras actuam como canais, permitindo a difusão passiva dos íons quando existem diferenciais de concentração suficientes.

As proteínas de transporte de cátions desempenham funções vitais em diversos processos celulares, incluindo o equilíbrio iónico, a neurotransmissão, a contração muscular e a regulação hormonal. O mal funcionamento destas proteínas pode resultar em diversas patologias, como doenças neuromusculares, cardiovasculares ou renais.

Os canais K-ATP (potássio dependentes de ATP) são canais de potássio que se encontram nas membranas celulares e são sensíveis à concentração de ATP (adenosina trifosfato). Eles desempenham um papel importante na regulação do potencial de repouso da célula e no controle do fluxo iônico através das membranas.

Em condições fisiológicas, quando os níveis de ATP são altos, os canais K-ATP estão fechados, o que permite que a célula mantenha seu potencial de repouso. No entanto, em situações de baixa concentração de ATP, como durante a isquemia ou hipóxia, os canais K-ATP se abrem, resultando em um fluxo de potássio para fora da célula e hiperpolarização da membrana.

A ativação dos canais K-ATP pode ter efeitos protetores sobre as células, especialmente no coração e no cérebro, onde a sua abertura pode ajudar a prevenir danos causados por falta de oxigênio ou baixos níveis de ATP. No entanto, em outros tecidos, como o pâncreas, a ativação dos canais K-ATP pode desencadear a liberação de insulina e desequilíbrios glucêmicos.

Em resumo, os canais K-ATP são importantes reguladores da atividade celular e sua abertura ou fechamento pode ter efeitos significativos sobre a fisiologia e patofisiologia de vários tecidos e órgãos.

Eletrocardiografia Ambulatorial, também conhecida como Holter, é um exame diagnóstico não invasivo que registra continuamente o ritmo cardíaco e a atividade elétrica do coração de um paciente durante um período prolongado, geralmente 24 horas ou mais. O dispositivo utilizado neste exame é um pequeno gravador chamado Holter, que está conectado ao paciente por meio de eleitos posicionados no tórax.

Este exame é útil para detectar e avaliar arritmias cardíacas, isquemia miocárdica, síndromes do sinusoides, síndrome do QT longo e outras condições cardiovasculares. Os dados coletados pelo Holter são analisados posteriormente por um médico especialista em cardiologia para identificar quaisquer irregularidades no ritmo cardíaco ou atividade elétrica do coração.

A eletrocardiografia ambulatorial é uma ferramenta importante na avaliação de sintomas como palpitações, desmaios, tonturas e dor no peito, que podem ser causados por problemas cardiovasculares. Além disso, o exame pode ajudar a avaliar a eficácia do tratamento para determinadas condições cardíacas e ajudar a orientar as decisões de tratamento futuro.

Os antagonistas GABAérgicos são drogas ou substâncias que bloqueiam a atividade dos receptores GABAergic no sistema nervoso central. O ácido gama-aminobutírico (GABA) é o principal neurotransmissor inhibitório no cérebro e desempenha um papel importante na regulação da excitação neuronal. Os receptores GABAergic são responsáveis pela resposta aos sinais de GABA e podem ser classificados em dois tipos principais: GABA-A e GABA-B.

Os antagonistas GABA-A atuam bloqueando os canais iônicos ligados ao receptor, o que impede a entrada de ions cloreto no neurônio e aumenta a excitabilidade do neurônio. Exemplos de antagonistas GABA-A incluem as benzodiazepinas inversas (por exemplo, flumazenil) e alguns anestésicos inalatórios (por exemplo, halotano e isoflurano).

Os antagonistas GABA-B atuam bloqueando os receptores metabotrópicos acoplados a proteínas G, o que impede a ativação de vias secundárias envolvidas na modulação da excitabilidade neuronal. Exemplos de antagonistas GABA-B incluem as fenilpiperidinas (por exemplo, CGP 35348) e alguns anti-convulsivantes (por exemplo, fenciclidina).

Os antagonistas GABAergic podem ser usados em terapêutica para tratar certas condições médicas, como por exemplo no tratamento de overdose de benzodiazepínicos, mas também podem ter efeitos adversos indesejáveis, como aumento da ansiedade, agitação, convulsões e outros sintomas neurológicos.

Dendritos são prolongamentos citoplasmáticos ramificados e alongados que se originam a partir do corpo celular de neurônios (células nervosas). Eles são estruturas morfologicamente diversas e complexas, especializadas em receber sinais elétricos (potenciais de ação) das outras células nervosas ou de outros tipos de células excitáveis, como as células musculares.

Os dendritos possuem uma grande quantidade de receptores químicos e canais iônicos que lhes permitem detectar variações nas concentrações de neurotransmissores liberados pelas células vizinhas, processando assim a informação recebida. A comunicação entre neurônios ocorre através da sinapse, uma junção especializada onde os terminais dos axônios (outra extensão do neurônio) se unem aos dendritos ou diretamente ao corpo celular da célula pós-sináptica.

A complexidade e a ramificação dos dendritos são fundamentais para o processamento e integração de sinais no sistema nervoso, pois aumentam significativamente a superfície disponível para as interações sinápticas com outros neurônios. Alterações na estrutura e função dos dendritos têm sido associadas a diversas condições neurológicas e psiquiátricas, como doenças neurodegenerativas, epilepsia, transtornos de ansiedade e depressão.

Em termos médicos, "Potenciais Evocados Auditivos" (PEA) referem-se a respostas elétricas enregistradas no cérebro ou no sistema nervoso periférico em resposta a estímulos sonoros. Estes potenciais evocados são geralmente registados usando técnicas de eletroencefalografia (EEG) ou métodos relacionados, como a magnetoencefalografia (MEG).

Existem diferentes tipos de PEA, dependendo da localização do estímulo sonoro e da resposta elétrica registada. Por exemplo, os potenciais evocados auditivos de tronco encefálico (PEATE) são gerados no tronco encefálico em resposta a estímulos sonoros e podem ser úteis no diagnóstico de várias condições neurológicas, como a sordera.

Os potenciais evocados auditivos de longa latência (PEAL) são gerados em diferentes áreas do cérebro e ocorrem com mais atraso em relação ao estímulo sonoro. Os PEAL podem fornecer informações sobre a integridade da via auditiva central e podem ser úteis no diagnóstico de várias condições neurológicas, como a esquizofrenia ou os transtornos do espectro autista.

Em resumo, os Potenciais Evocados Auditivos são respostas elétricas enregistradas no cérebro ou no sistema nervoso periférico em resposta a estímulos sonoros, que podem fornecer informações importantes sobre a integridade da via auditiva e ser úteis no diagnóstico de várias condições neurológicas.

O córtex visual, também conhecido como córtex occipital ou área visual primária (V1), é a região do cérebro responsável por processar os estímulos visuais. Ele está localizado na parte posterior do lobo occipital e é o primeiro estágio da análise dos sinais visuais no cérebro. O córtex visual recebe informações diretamente do tálamo e processa características básicas dos estímulos visuais, como formas, cores e movimentos. Lesões nesta região podem causar déficits visuais, como a perda da visão central ou lateral (hemianopsia).

As células CHO (do inglês, Chinese Hamster Ovary) são células ováricas de camundongo-chinês que são amplamente utilizadas em pesquisas científicas e biotecnologia. Elas são facilmente cultivadas em laboratório e possuem a capacidade de expressar altos níveis de proteínas, tornando-as úteis para a produção de vacinas, anticorpos e outros produtos terapêuticos recombinantes. Além disso, as células CHO são frequentemente usadas em estudos de toxicologia e farmacologia, bem como na pesquisa de doenças genéticas e no desenvolvimento de novos medicamentos.

Desculpe por qualquer inconveniente, mas a palavra "Indóis" não é um termo médico ou científico amplamente reconhecido. Pode ser que você esteja se referindo a "indianos", que se refere a pessoas originárias da Índia, um país na Ásia Meridional. No entanto, em um contexto médico ou científico, geralmente é preferível utilizar termos mais precisos para descrever a origem étnica ou geográfica de uma pessoa, como "sul-asiático" ou "do sul da Ásia". Isso é especialmente importante em pesquisas e prática clínica, pois a ascendência pode estar relacionada a fatores genéticos que influenciam a saúde e a resposta a diferentes tratamentos.

A medula espinal é o principal componente do sistema nervoso central que se estende por baixo do tronco cerebral, passando através da coluna vertebral. Ela é protegida pelas vértebras e contém neurónios alongados (axônios) que transmitem sinais entre o cérebro e as partes periféricas do corpo, incluindo os músculos e órgãos dos sentidos.

A medula espinal é responsável por transmitir informações sensoriais, como toque, temperatura e dor, do corpo para o cérebro, assim como controlar as funções motoras voluntárias, como movimentos musculares e reflexos. Além disso, ela também regula algumas funções involuntárias, tais como a frequência cardíaca e a pressão arterial.

A medula espinal é organizada em segmentos alongados chamados de segmentos da medula espinal, cada um dos quais é responsável por inervar uma parte específica do corpo. Esses segmentos estão conectados por longas fibras nervosas que permitem a comunicação entre diferentes partes da medula espinal e com o cérebro.

Lesões na medula espinal podem resultar em perda de função sensorial e motora abaixo do nível da lesão, dependendo da localização e gravidade da lesão.

O núcleo olivar é uma estrutura localizada na medula oblonga, parte do tronco encefálico. Ele desempenha um papel importante no controle dos movimentos musculares e na coordenação do equilíbrio. O núcleo olivar possui duas partes principais: o núcleo inferior e o núcleo superior.

O núcleo inferior recebe informações dos gânglios da raiz dorsal, que contém neurônios sensoriais responsáveis pela propriocepção, a percepção consciente ou inconsciente da posição e movimento dos músculos e articulações. O núcleo inferior também recebe informações do cerebelo, uma estrutura cerebral que controla o equilíbrio e coordena os movimentos voluntários.

O núcleo superior, por sua vez, envia axônios para o cerebelo, onde eles se conectam com células de Purkinje, que são responsáveis pela modulação dos sinais motores antes que eles sejam enviados ao cérebro.

Lesões no núcleo olivar podem resultar em distúrbios do controle motor e equilíbrio, como a síndrome de Wallenberg, uma condição causada por um acidente vascular cerebral que afeta o tronco encefálico.

TRPV (Transient Receptor Potential Vanilloid) são canais iônicos que permitem a passagem de cátions, ou seja, íons carregados positivamente, através da membrana celular. Eles desempenham um papel importante na percepção de temperatura, dor e outros estímulos sensoriais.

Existem vários subtipos de canais TRPV, incluindo TRPV1 a TRPV6. O TRPV1 é particularmente bem estudado e é ativado por uma variedade de estímulos, como temperaturas elevadas (acima de 43°C), capsaicina (o componente picante do pimentão) e certos lípidos inflamatórios. Quando ativado, o TRPV1 permite a entrada de cátions, especialmente cálcio, na célula, levando à excitação da célula e à transdução de sinais.

Os canais TRPV estão envolvidos em uma variedade de processos fisiológicos e patológicos, incluindo a modulação da dor, a regulação da temperatura corporal, a inflamação e a neurodegeneração. Portanto, eles são um alvo importante para o desenvolvimento de novas terapias para doenças como a dor crônica, as doenças neurodegenerativas e as doenças inflamatórias.

De acordo com a definição do National Center for Biotechnology Information (NCBI), um departamento da National Library of Medicine dos Estados Unidos, electricidade pode ser definida como:

"A fenômeno físico associado à presença e movimento de cargas elétricas. A eletricidade ocorre naturalmente em muitos formulários, como no raio ou no choque estático, e é fundamental para a vida. O corpo humano contém uma pequena quantidade de eletricidade, que desempenha um papel importante na função nervosa e cardíaca."

Em resumo, electricidade refere-se ao fenômeno físico envolvendo cargas elétricas em movimento. Também desempenha um papel crucial nas funções corporais, especialmente no sistema nervoso e cardiovascular.

Atropina é um fármaco anticolinérgico, alcalóide natural que é derivado da planta belladonna (atropa belladonna), também conhecida como "hera venenosa". A atropina bloqueia os efeitos do neurotransmissor acetilcolina nos receptores muscarínicos, localizados em tecidos excitáveis como o músculo liso, coração e glândulas.

A atropina tem vários usos clínicos, incluindo:

1. Tratamento de bradicardia (batimentos cardíacos lentos)
2. Prevenção e tratamento de vômitos e diarreia
3. Dilatação da pupila para exames oftalmológicos
4. Tratamento de intoxicação por pesticidas organofosforados ou carbamatos
5. Controle de secreções em pacientes com lesões do sistema nervoso central ou durante a anestesia.

No entanto, o uso da atropina também pode causar efeitos colaterais indesejáveis, como:

1. Secamento da boca, garganta e pele
2. Visão embaçada ou corrida
3. Aumento da pressão intraocular
4. Taquicardia (batimentos cardíacos rápidos)
5. Confusão mental, agitação ou excitação
6. Náuseas e vômitos
7. Retenção urinária
8. Constipação.

A atropina deve ser usada com cuidado em pacientes idosos, crianças e indivíduos com doenças cardiovasculares ou glaucoma de ângulo fechado, pois esses grupos podem ser mais susceptíveis aos efeitos adversos da droga.

Desculpe, a expressão "bicamadas lipídicas" não parece ser um termo médico amplamente reconhecido ou utilizado na literatura científica ou médica. É possível que você tenha se referido a algum outro conceito relacionado a lípidos ou biologia celular, mas neste momento específico, não consigo fornecer uma definição médica para "bicamadas lipídicas".

Os lípidos às vezes podem formar estruturas chamadas bicamadas em membranas celulares. Nessas bicamadas, as cadeias de gordura dos lípidos se orientam de forma a ter as cabeças polar (hidrofílicas) voltadas para o ambiente aquoso, enquanto as caudas apolares (hidrofóbicas) ficam voltadas para dentro da bicamada. No entanto, não estou certo se isso é o que você está procurando, pois a expressão "bicamadas lipídicas" em si não é um termo médico padrão. Se puder fornecer mais contexto ou esclarecer o que deseja saber, posso tentar oferecer uma resposta mais precisa.

Na física e matemática aplicada, a dinâmica não linear é um ramo do estudo da dinâmica que se ocupa de sistemas nos quais as leis que governam o comportamento dos mesmos não são descritas por funções lineares, ou seja, relacionamentos diretos e proporcionais entre causa e efeito. Em outras palavras, em sistemas dinâmicos lineares, uma mudança constante na entrada resultará em uma mudança constante na saída. No entanto, em sistemas dinâmicos não lineares, a mesma mudança na entrada pode resultar em diferentes saídas dependendo de outros fatores, como o estado atual do sistema ou a magnitude da própria entrada.

Esses sistemas podem exibir comportamentos complexos e imprevisíveis, como ciclos limites, bifurcações, caos e comportamento fractal. A dinâmica não linear tem aplicações em diversas áreas da ciência, tais como física, química, biologia, economia e engenharia.

Uma sequência de aminoácidos refere-se à ordem exata em que aminoácidos específicos estão ligados por ligações peptídicas para formar uma cadeia polipeptídica ou proteína. Existem 20 aminoácidos diferentes que podem ocorrer naturalmente nas sequências de proteínas, cada um com sua própria propriedade química distinta. A sequência exata dos aminoácidos em uma proteína é geneticamente determinada e desempenha um papel crucial na estrutura tridimensional, função e atividade biológica da proteína. Alterações na sequência de aminoácidos podem resultar em proteínas anormais ou não funcionais, o que pode contribuir para doenças humanas.

"Dados de sequência molecular" referem-se a informações sobre a ordem ou seqüência dos constituintes moleculares em uma molécula biológica específica, particularmente ácidos nucléicos (como DNA ou RNA) e proteínas. Esses dados são obtidos através de técnicas experimentais, como sequenciamento de DNA ou proteínas, e fornecem informações fundamentais sobre a estrutura, função e evolução das moléculas biológicas. A análise desses dados pode revelar padrões e características importantes, tais como genes, sítios de ligação regulatórios, domínios proteicos e motivos estruturais, que podem ser usados para fins de pesquisa científica, diagnóstico clínico ou desenvolvimento de biotecnologia.

O núcleo accumbens é uma região estrutural do cérebro que faz parte do sistema de recompensa e é responsável por processar reforços positivos, como prazer e gratificação. Ele está localizado no centro do estriado ventral, uma parte do telencéfalo basal, e é composto por duas partes: o núcleo accumbens central e o núcleo accumbens externo.

O núcleo accumbens desempenha um papel importante na regulação da motivação, aprendizagem associativa, resposta às drogas e outras funções comportamentais. Ele contém neurônios que sintetizam neurotransmissores importantes, como a dopamina e o ácido gama-aminobutírico (GABA). A dopamina é particularmente importante no núcleo accumbens, pois está envolvida na transdução de sinal que ocorre quando um estímulo é recompensador ou gratificante.

Alterações no núcleo accumbens têm sido associadas a diversas condições clínicas, como transtornos de uso de substâncias, distúrbios do humor e transtornos neuropsiquiátricos. Por exemplo, estudos sugerem que o aumento da atividade no núcleo accumbens pode contribuir para a vulnerabilidade à dependência de drogas e outros comportamentos compulsivos.

Neurotoxinas são substâncias químicas que são tóxicas para o sistema nervoso. Eles podem danificar, destruir ou interromper o funcionamento dos neurônios, células do sistema nervoso responsáveis por receber, processar e transmitir informações no corpo. A exposição a neurotoxinas pode resultar em uma variedade de sintomas, dependendo da área do sistema nervoso afetada. Esses sintomas podem incluir problemas cognitivos, memória prejudicada, alterações de humor, dificuldades de coordenação, convulsões e paralisia. Algumas neurotoxinas comuns incluem chumbo, mercúrio, organofosfatos (usados em pesticidas) e certos tipos de algas azuis tóxicas. A exposição a essas toxinas pode ocorrer por meio da ingestão, inalação ou contato com a pele.

A acetilcolina é um neurotransmissor, ou seja, uma substância química que transmite sinais entre células nervosas. Ela atua nos neurônios e nos músculos esqueléticos, sendo responsável por contrair as fibras musculares quando é liberada no espaço sináptico (lugar onde dois neurônios se encontram).

A acetilcolina é sintetizada a partir da colina e ácido acético, graças à enzima colina acetiltransferase. Após ser libertada no espaço sináptico, ela se liga aos receptores nicotínicos ou muscarínicos, localizados nas membranas pós-sinápticas dos neurônios ou células musculares.

Este neurotransmissor desempenha um papel importante em diversas funções do organismo, como a regulação da atividade cardiovascular, respiratória e gastrointestinal, além de estar envolvido no processo de aprendizagem e memória.

Distúrbios no sistema colinérgico (sistema que utiliza a acetilcolina como neurotransmissor) podem resultar em diversas condições clínicas, como a doença de Alzheimer, miastenia gravis e síndrome de Down.

Stricnina é uma substância extremamente tóxica e derivada da noz do arvore-da-estricnina. É um alcaloide bittero e cristalino, com a formula molecular C21H22N2O2. A estricnina é amplamente conhecida por sua utilização em pequenas doses como raticida e para controlar outros animais considerados pragas, mas em dose maiores pode ser fatal a humanos e animais.

A estricnina atua como um agonista do receptor da glicina no sistema nervoso central, o que leva a uma hiper-excitabilidade das vias motoras e consequentemente a espasmos musculares involuntarios graves e convulsoes. Os sintomas de intoxicação aguda com estricnina incluem rigidez dos músculos, espasmos musculares dolorosos, especialmente nos membros e na mandibula (conhecidos como sinal de riso de estricnina), convulsoes generalizadas e eventualmente parada respiratoria e morte.

A intoxicação com estricnina é geralmente tratada com suporte medico agressivo, incluindo a administração de musculos relajantes e ventilacao mecanica para manter a passagem do ar e prevenir danos adicionais aos pulmões. O antidoto especifico para intoxicação com estricnina é a difenidato, que age como um antagonista do receptor da glicina e pode ajudar a reverter os sintomas da intoxicação. No entanto, o tratamento precoce e agressivo com suporte medico geralmente tem as melhores perspectivas de resultado positivo.

Perfusão é um termo médico que se refere ao fluxo de sangue através de tecidos ou órgãos em um organismo vivo. É a medida do volume de fluido circulante, geralmente sangue, que é fornecido a um tecido por unidade de tempo. A perfusão é uma maneira importante de se avaliar a saúde dos tecidos e órgãos, pois o fluxo sanguíneo adequado é essencial para a entrega de oxigênio e nutrientes e a remoção de resíduos metabólicos. A perfusão pode ser afetada por vários fatores, incluindo a pressão arterial, a resistência vascular, o volume sanguíneo e as condições locais do tecido.

Adenosine trisphosphate (ATP) é um nucleótido fundamental que desempenha um papel central na transferência de energia em todas as células vivas. É composto por uma molécula de adenosina unida a três grupos fosfato. A ligação entre os grupos fosfato é rica em energia, e quando esses enlaces são quebrados, a energia libertada é utilizada para conduzir diversas reações químicas e processos biológicos importantes, como contração muscular, sinalização celular e síntese de proteínas e DNA. ATP é constantemente synthesized and broken down in the cells to provide a source of immediate energy.

A definição médica de 'trifosfato de adenosina' refere-se especificamente a esta molécula crucial, que é fundamental para a função e o metabolismo celulares.

A microscopia de fluorescência é um tipo de microscopia que utiliza a fluorescência dos materiais para gerar imagens. Neste método, a amostra é iluminada com luz de uma determinada longitude de onda, à qual as moléculas presentes na amostra (chamadas fluoróforos) absorvem e posteriormente emitem luz em outra longitude de onda, geralmente de maior comprimento de onda (e portanto menor energia). Essa luminescência pode ser detectada e utilizada para formar uma imagem da amostra.

A microscopia de fluorescência é amplamente utilizada em diversas áreas, como na biologia celular e molecular, pois permite a observação de estruturas específicas dentro das células, bem como a detecção de interações moleculares. Além disso, essa técnica pode ser combinada com outros métodos, como a imunofluorescência, para aumentar ainda mais sua sensibilidade e especificidade.

Fenótipo, em genética e biologia, refere-se às características observáveis ou expressas de um organismo, resultantes da interação entre seu genoma (conjunto de genes) e o ambiente em que vive. O fenótipo pode incluir características físicas, bioquímicas e comportamentais, como a aparência, tamanho, cor, função de órgãos e respostas a estímulos externos.

Em outras palavras, o fenótipo é o conjunto de traços e características que podem ser medidos ou observados em um indivíduo, sendo o resultado final da expressão gênica (expressão dos genes) e do ambiente. Algumas características fenotípicas são determinadas por um único gene, enquanto outras podem ser influenciadas por múltiplos genes e fatores ambientais.

É importante notar que o fenótipo pode sofrer alterações ao longo da vida de um indivíduo, em resposta a variações no ambiente ou mudanças na expressão gênica.

Cardiologia é uma especialidade médica que se concentra no diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares. Isso inclui doenças relacionadas ao coração e às artérias e veias, como doença coronariana (constricção ou obstrução das artérias que abastecem o coração), insuficiência cardíaca, doença de valvulas cardíacas, arritmias (batimentos cardíacos irregulares ou anormais) e hipertensão arterial sistêmica.

Os especialistas em cardiologia, conhecidos como cardiologistas, podem realizar exames físicos, interpretação de exames diagnósticos (como ECGs, ecocardiogramas e testes de stress), administrar tratamentos farmacológicos e, em alguns casos, realizar procedimentos invasivos, como angioplastias e colocação de stents. Alguns cardiologistas podem se especializar ainda mais em subespecialidades da cardiologia, como eletrófica (que lida com arritmias), intervencionista (que realiza procedimentos invasivos) ou preventiva (que se concentra na prevenção de doenças cardiovasculares).

Agonistas de aminoácidos excitatórios são substâncias ou moléculas que se ligam e ativam receptores específicos no sistema nervoso central (SNC) que normalmente são ativados por aminoácidos excitatórios, como o glutamato e a aspartato. Esses agonistas mimetizam os efeitos dos aminoácidos excitatórios e desencadeiam uma resposta excitatória nas células nervosas, aumentando a atividade neural e a liberação de neurotransmissores.

Existem diferentes tipos de receptores de aminoácidos excitatórios no SNC, como os receptores NMDA (N-metil-D-aspirato), AMPA (α-amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolepropionate) e kainato. Cada tipo de agonista atua em um desses receptores específicos, induzindo diferentes respostas e efeitos no cérebro.

Alguns exemplos de agonistas de aminoácidos excitatórios incluem a NBOME (N-metoxibencilopirrolidina), que atua como um agonista dos receptores 5-HT2A e do receptor sigma-1, e a ibotenato, uma substância presente em algumas espécies de cogumelos que atua como um agonista do receptor NMDA.

É importante ressaltar que os agonistas de aminoácidos excitatórios podem desempenhar um papel importante no tratamento de diversas condições neurológicas e psiquiátricas, como a doença de Parkinson e a depressão resistente ao tratamento. No entanto, o uso dessas substâncias também pode estar associado a efeitos colaterais adversos e riscos para a saúde, especialmente quando utilizadas em doses altas ou por longos períodos de tempo.

Miócitos de músculo liso são células musculares involuntárias que compõem a maior parte do tecido muscular não-rayado, encontradas principalmente nos sistemas cardiovascular, respiratório e gastrointestinal. Eles possuem uma forma alongada e cilíndrica, com um único núcleo central e pouco citoplasma. Os miócitos de músculo liso são capazes de se contrair e relaxar em resposta a estímulos hormonais, nervosos ou químicos, o que permite que esses órgãos realem funções como a regulação do fluxo sanguíneo, a movimentação dos alimentos pelo trato digestivo e a dilatação e contração das vias respiratórias. Ao contrário dos músculos esqueléticos, o músculo liso não é controlado voluntariamente e sua atividade é regulada principalmente por meio de processos autônomos e hormonais.

Proteínas de membrana são tipos especiais de proteínas que estão presentes nas membranas celulares e participam ativamente em diversas funções celulares, como o transporte de moléculas através da membrana, reconhecimento e ligação a outras células e sinais, e manutenção da estrutura e funcionalidade da membrana. Elas podem ser classificadas em três categorias principais: integrais, periféricas e lipid-associated. As proteínas integrais são fortemente ligadas à membrana e penetram profundamente nela, enquanto as proteínas periféricas estão associadas à superfície da membrana. As proteínas lipid-associated estão unidas a lípidos na membrana. Todas essas proteínas desempenham papéis vitais em processos como comunicação celular, transporte de nutrientes e controle do tráfego de moléculas entre o interior e o exterior da célula.

De acordo com a medicina, o software não é geralmente definido porque não se refere especificamente a ela. Em vez disso, o termo "software" é usado em um sentido geral para descrever programas computacionais e sistemas de computador que são usados em uma variedade de contextos, incluindo ambientes clínicos e de pesquisa.

Em geral, o software pode ser definido como um conjunto de instruções ou diretrizes escritas em um determinado idioma de programação que podem ser executadas por hardware, como uma computadora, para realizar tarefas específicas. Isso inclui sistemas operacionais, aplicativos, scripts, macros e outras formas de software personalizado ou comercialmente disponíveis.

Em um contexto médico, o software pode ser usado para automatizar tarefas, analisar dados, gerenciar registros, fornecer cuidados ao paciente e realizar outras funções importantes. Exemplos de software usados em um ambiente clínico incluem sistemas de registro eletrônico de saúde (EHR), softwares de imagem médica, softwares de monitoramento de sinais vitais e outros aplicativos especializados.

Os septos cardíacos se referem às paredes que dividem as diferentes câmaras do coração em compartimentos separados. Existem quatro câmaras no coração: duas aurículas na parte superior e dois ventrículos na parte inferior. Há dois septos no coração humano:

1. Septo Atrial: É a parede que divide a aurícula direita da aurícula esquerda. Normalmente, é uma membrana fina e delicada.
2. Septo Ventricular: É a parede muscular grossa que separa o ventrículo direito do ventrículo esquerdo.

Em indivíduos saudáveis, esses septos funcionam para manter a circulação de sangue separada, permitindo que a oxigenação adequada ocorra em todo o corpo. Algumas condições médicas, como defeitos do septo atrial ou ventricular, podem resultar em comunicação anormal entre as câmaras, levando a sintomas e complicações cardiovasculares.

Ganglios espinais referem-se a um grupo de corpos celulares nervosos encontrados na parte posterior do sistema nervoso periférico. Eles estão localizados nas raízes dorsais dos nervos espinhais, que são responsáveis por transmitir informações sensoriais do corpo para o cérebro.

Cada gânglio espinal contém um grande número de neurônios pseudounipolares, que possuem dois processos: um dendrito que recebe informações sensoriais dos receptores periféricos e um axônio que transmite essas informações para o cérebro.

Os gânglios espinais desempenham um papel importante na modulação do processamento da dor, pois contêm neurônios que são sensíveis a diferentes tipos de estímulos dolorosos, como calor, frio, toque e pressão. Além disso, eles também contêm células gliares e outras células que podem modular a atividade dos neurônios sensoriais.

Lesões ou doenças nos gânglios espinais podem resultar em diversos sintomas, como dor neuropática, perda de sensibilidade e fraqueza muscular. Algumas condições que afetam os gânglios espinais incluem a síndrome do túnel carpiano, a neuralgia pós-herpética e o câncer de gânglio espinal.

Compostos bicíclicos heterocíclicos são moléculas orgânicas que contêm dois anéis ciclados, sendo um ou ambos deles formados por átomos de carbono e outros elementos heteroátomos, como nitrogênio, oxigênio ou enxofre. Estes compostos são uma classe importante de substâncias químicas que ocorrem naturalmente em muitas fontes, incluindo plantas, animais e microorganismos.

Os anéis heterocíclicos podem apresentar diferentes tamanhos e configurações geométricas, o que confere às moléculas propriedades físicas e químicas únicas. Alguns compostos bicíclicos heterocíclicos são conhecidos por sua atividade biológica, como os alcalóides, que podem atuar como estimulantes, analgésicos ou venenos. Outros exemplos incluem a vitamina B12 e a clorfeniramina, um antialérgico comum.

Devido à sua complexidade estrutural e diversidade de propriedades, os compostos bicíclicos heterocíclicos são objeto de intenso estudo em química orgânica e farmacêutica, com aplicações potenciais em diversas áreas, como o desenvolvimento de novos fármacos, materiais avançados e técnicas analíticas.

Na medicina, um "Trocador de Sódio e Cálcio" ou "Trocadores Iônicos de Sódio-Cálcio" refere-se a um tipo de dispositivo médico usado em hemodiálise para controlar os níveis de sódio e cálcio no sangue dos pacientes.

Esses trocadores são frequentemente usados em conjunto com máquinas de diálise para ajudar a remover excessos de líquidos, eletrólitos e resíduos metabólicos do sangue de pacientes com insuficiência renal crónica.

O trocador de sódio e cálcio funciona através de um processo chamado "diálise" em que o sangue é passado por uma membrana semi-permeável, permitindo a difusão de pequenas moléculas entre o sangue e uma solução de diálise.

O trocador de sódio e cálcio permite que os níveis de sódio e cálcio sejam controlados independentemente, adicionando ou removendo esses íons do lado da solução de diálise para equilibrar os níveis no sangue.

Isso é importante porque pacientes com insuficiência renal crónica frequentemente apresentam alterações nos níveis séricos de sódio e cálcio, o que pode contribuir para complicações como hipertensão arterial, desequilíbrios eletrólitos e doenças ósseas.

Em resumo, um "Trocador de Sódio e Cálcio" é um dispositivo médico usado em hemodiálise para controlar os níveis de sódio e cálcio no sangue dos pacientes com insuficiência renal crónica.

As piperidinas são compostos heterocíclicos que consistem em um anel de seis átomos, com cinco átomos de carbono e um átomo de nitrogênio. A ligação do nitrogênio ao carbono no primeiro átomo do anel define a piperidina como uma amina cíclica saturada.

Piperidinas são encontradas em muitos compostos naturais, incluindo alcalóides, e têm uma variedade de usos na indústria farmacêutica devido à sua natureza flexível e capazes de formar ligações com diferentes grupos funcionais. Eles são encontrados em muitos medicamentos, como analgésicos, anti-inflamatórios, antitussivos, antiasmáticos, antivirais, antibióticos e outros.

Em suma, as piperidinas são uma classe importante de compostos químicos com propriedades únicas que os tornam valiosos na indústria farmacêutica e em outras áreas da química.

As células de Purkinje são neurônios localizados na camada plexiforme externa do cérebro dos vertebrados, especificamente no cerebelo. Elas possuem um grande corpo celular e extensas dendritas que formam uma complexa rede arborizada. As células de Purkinje são responsáveis por processar informações sensórias e motoras e desempenham um papel crucial no controle do movimento e na coordenação muscular. São também neurônios GABAérgicos, o que significa que eles liberam neurotransmissores inhibitórios, auxiliando no equilíbrio dos circuitos neuronais no cerebelo. Lesões ou disfunções nas células de Purkinje podem resultar em diversos transtornos neurológicos, como ataxia e distúrbios do movimento.

Insuficiência Cardíaca (IC) é um termo usado para descrever um estado em que o coração não consegue fornecer sangue suficiente para atender às necessidades metabólicas do organismo, resultando em sintomas e sinais clínicos. Isso geralmente ocorre devido a uma redução na função contrátil do músculo cardíaco (disfunção sistólica) ou à incapacidade do ventrículo de se encher adequadamente entre as batidas (disfunção diastólica). A IC pode ser classificada em estágios, de acordo com a gravidade da doença e os sintomas associados. Os estágios vão de A a D, sendo D o mais grave, com sintomas persistentes e limitação significativa da atividade física. A IC pode ser causada por várias condições subjacentes, como doenças coronarianas, hipertensão arterial, doença valvar cardíaca, miocardiopatias, arritmias e outras condições menos comuns. O tratamento da IC geralmente inclui medidas gerais de estilo de vida, terapia farmacológica, dispositivos médicos e, em alguns casos, transplante cardíaco ou suporte circulatório mecânico.

Transfecção é um processo biológico que consiste na introdução de material genético exógeno (por exemplo, DNA ou RNA) em células vivas. Isso geralmente é alcançado por meios artificiais, utilizando métodos laboratoriais específicos, com o objetivo de expressar genes ou fragmentos de interesse em células alvo. A transfecção pode ser usada em pesquisas científicas para estudar a função gênica, no desenvolvimento de terapias genéticas para tratar doenças e na biotecnologia para produzir proteínas recombinantes ou organismos geneticamente modificados.

Existem diferentes métodos de transfecção, como a eleptraoporação, que utiliza campos elétricos para criar poros temporários na membrana celular e permitir a entrada do material genético; a transdução, que emprega vírus como vetores para transportar o DNA alheio dentro das células; e a transfeição direta, que consiste em misturar as células com o DNA desejado e utilizar agentes químicos (como lipídeos ou polímeros) para facilitar a fusão entre as membranas. Cada método tem suas vantagens e desvantagens, dependendo do tipo de célula alvo e da finalidade da transfecção.

Iontoforese é um método não invasivo de administração de medicamentos que utiliza a aplicação de corrente elétrica para facilitar a absorção de iões de determinados fármacos através da pele. Essencialmente, o processo envolve a colocação de um eletrodo carregado eletricamente na pele, geralmente em forma de gel ou pomada, que contém o medicamento desejado. Em seguida, uma pequena corrente elétrica é passada através da pele, atraindo os iões do fármaco para dentro dos tecidos subjacentes.

Este método é frequentemente empregado em fisioterapia e tratamentos clínicos para aliviar a dor, inflamação e edema, bem como no tratamento de feridas e cicatrizes. Além disso, a iontoforese pode ser usada para fins cosméticos, como promover a penetração de cremes anti-envelhecimento e outros produtos de beleza na pele.

Embora seja geralmente considerado seguro e eficaz quando realizado por profissionais qualificados, a iontoforese pode causar reações adversas em indivíduos sensíveis à corrente elétrica ou a determinados fármacos. Portanto, é importante consultar um médico antes de submeter-se a este tratamento e seguir as instruções do profissional de saúde para garantir seu uso adequado e seguro.

"Cricetulus" é um gênero de roedores da família Cricetidae, que inclui várias espécies de hamsters. Esses animais são originários do leste asiático e possuem hábitos noturnos. Eles têm um corpo alongado, com comprimento variando entre 8 a 13 centímetros, e uma cauda longa, que pode medir até 5 centímetros. Sua pelagem é geralmente marrom-acinzentada no dorso e branca no ventre.

Os hamsters do gênero "Cricetulus" são animais solitários e territoriais, com preferência por ambientes secos e arenosos. Eles se alimentam principalmente de sementes, insetos e outros pequenos invertebrados. A reprodução ocorre durante todo o ano, com gestação que dura aproximadamente 20 dias. As ninhadas geralmente consistem em 3 a 8 filhotes, que nascem cegos e sem pelagem.

Embora sejam frequentemente mantidos como animais de estimação em alguns lugares do mundo, é importante ressaltar que os hamsters do gênero "Cricetulus" não são adequados para serem criados como animais de companhia devido à sua natureza solitária e territorial. Além disso, eles requerem cuidados específicos e uma dieta adequada para manterem boa saúde e bem-estar.

O ácido alfa-Amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazol Propiônico, também conhecido como ácido AMPA, é um importante neurotransmissor excitatório no sistema nervoso central dos mamíferos. Ele desempenha um papel crucial na transmissão sináptica rápida e na plasticidade sináptica, que está relacionada à aprendizagem e memória. O ácido AMPA é um agonista do receptor de glutamato, o principal neurotransmissor excitatório no cérebro. Os receptores AMPA são responsáveis pela maioria da corrente de íons de sódio e potássio que flui através dos canais iônicos quando os neurônios são ativados.

A desregulação dos receptores AMPA tem sido associada a várias condições neurológicas, como epilepsia, doença de Alzheimer, dor crónica e transtornos mentais graves. Portanto, o ácido AMPA é um alvo importante para o desenvolvimento de novas terapias farmacológicas para essas condições.

Em bioquímica e farmacologia, a regulação alostérica refere-se ao mecanismo de regulação da atividade enzimática ou receptora em que o ligamento de uma molécula reguladora (normalmente uma pequena molécula) em um sítio alostérico distinto do sítio ativo afeta a ligação e/ou a atividade catalítica da enzima ou receptor com relação ao seu substrato ou ligante fisiológico.

A ligação da molécula reguladora provoca um cambalear no equilíbrio conformacional da proteína, alterando sua estrutura tridimensional e criando (ou destruindo) um novo sítio de ligação ou afetando a atividade catalítica do sítio ativo. Essas mudanças podem resultar em aumento ou diminuição da atividade enzimática/receptora, dependendo do tipo de interação alostérica e da natureza da molécula reguladora.

A regulação alostérica é um mecanismo importante na regulação da atividade de diversas proteínas, incluindo enzimas e receptores, e desempenha um papel crucial em diversos processos fisiológicos, como o metabolismo, a transdução de sinal e a expressão gênica.

O espaco intracelular refere-se ao interior de uma célula, onde se encontram os organitos celulares e o citoplasma. É delimitado pelas membranas celulares e nuclear e contém diversos organitos, tais como mitocôndrias, retículo endoplasmático, apparato de Golgi, entre outros. Algumas estruturas intracelulares, como os ribossomas e filamentos de actina e tubulina, não são delimitadas por membranas e estão diretamente imersas no citoplasma. O espaco intracelular é o local onde se processam as principais atividades metabólicas da célula, incluindo a síntese de proteínas, glicose e lipídeos, além da produção de energia em forma de ATP.

As isoquinolinas são compostos heterocíclicos aromáticos que consistem em dois anéis benzênicos fundidos com um anel pirrolidino. Elas fazem parte da classe mais ampla de compostos chamados de quinolinas, que também inclui a acridina e a fenantrolina.

As isoquinolinas ocorrem naturalmente em algumas plantas e animais e podem ser sintetizadas em laboratório. Elas têm propriedades farmacológicas interessantes e são usadas como matérias-primas na síntese de uma variedade de fármacos e outros compostos químicos úteis.

Algumas das aplicações medicinais das isoquinolinas incluem o tratamento de doenças infecciosas, doenças cardiovasculares e neurológicas, entre outras. No entanto, é importante notar que algumas isoquinolinas também podem ser tóxicas em altas concentrações ou quando administradas inadequadamente.

Animais geneticamente modificados (AGM) são organismos vivos cuja composição genética foi alterada por meios artificiais, geralmente utilizando técnicas de engenharia genética. Essas alterações visam introduzir novos genes ou modificar a expressão dos genes existentes nos animais, com o objetivo de conferir características desejadas ou propriedades especiais às espécies.

A engenharia genética em animais geralmente envolve:

1. Identificação e isolamento do gene de interesse;
2. Inserção do gene no genoma do animal alvo, frequentemente por meio de vetores como vírus ou plasmídeos;
3. Seleção e criação de linhagens de animais geneticamente modificados que exibam as características desejadas.

Existem vários motivos para a criação de AGMs, incluindo pesquisas básicas em biologia do desenvolvimento, modelagem de doenças humanas e estudos farmacológicos. Alguns exemplos de animais geneticamente modificados são ratos com genes relacionados ao câncer desativados ou sobreactivados, moscas-da-fruta com genes fluorescentes, e bois transgênicos que produzem leite com maior quantidade de proteínas específicas.

É importante ressaltar que a pesquisa e o uso de AGMs são objeto de debate ético e regulatório em diversos países, visto que podem gerar preocupações relacionadas ao bem-estar animal, à liberação acidental no ambiente e à possibilidade de impactos desconhecidos sobre os ecossistemas.

Desculpe por qualquer confusão, mas "Piridinas" não é um termo médico ou fisiológico geralmente reconhecido. No entanto, "piridina" é um termo químico que se refere a um anel aromático heterocíclico com um átomo de nitrogênio e cinco átomos de carbono. É encontrado em alguns compostos naturais e é usado em síntese orgânica.

Se deseja informações sobre a saúde ou condições médicas relacionadas à química ou bioquímica, por favor forneça mais detalhes para que possamos fornecer uma resposta melhor adaptada.

Cricetinae é uma subfamília de roedores da família Cricetidae, que inclui vários gêneros e espécies conhecidas popularmente como hamsters. Esses animais são originários de diferentes partes do mundo, especialmente da Eurásia. Geralmente, eles possuem um corpo alongado, com pernas curtas e uma cauda curta. Além disso, apresentam bolsas guarnecidas de pêlos em suas bochechas, que utilizam para armazenar e transportar alimentos.

A subfamília Cricetinae é dividida em diversos gêneros, como Cricticus (hamsters-comuns), Phodopus (hamsters-anões), y Cansumys (hamsters-chinês). Esses animais variam em tamanho e aparência, mas geralmente possuem hábitos noturnos e são onívoros, alimentando-se de sementes, frutas, insetos e outros itens disponíveis em seu habitat natural.

Além disso, os hamsters são animais populares como animais de estimação, devido à sua natureza dócil e à facilidade de cuidado em cativeiro. No entanto, é importante ressaltar que eles precisam de um ambiente adequado para viver, com uma gaiola espaçosa, rica em brinquedos e outros estímulos, além de uma dieta balanceada e cuidados regulares de saúde.

Uma mutação de sentido incorreto, também conhecida como "mutação nonsense" ou "mutação nonsensical", é um tipo de mutação genética que resulta na produção de uma proteína truncada e frequentemente não funcional. Isso ocorre quando um erro (mutação) no DNA resulta na introdução de um codão de parada prematuro no gene, fazendo com que a síntese da proteína seja interrompida antes do término normal.

Em condições normais, os codões de parada indicam onde as ribossomos devem parar de ler e traduzir o mRNA (ácido ribonucleico mensageiro) em uma cadeia polipeptídica (proteína). No entanto, quando um codão de parada prematuro é introduzido por uma mutação nonsense, a proteína resultante será truncada e geralmente não será capaz de cumprir sua função normal no organismo. Essas mutações podem levar a doenças genéticas graves ou letalmente prejudiciais, dependendo da localização e do tipo de proteína afetada.

A concentração de íons de hidrogênio, geralmente expressa como pH, refere-se à medida da atividade ou concentração de íons de hidrogênio (H+) em uma solução. O pH é definido como o logaritmo negativo da atividade de íons de hidrogênio:

pH = -log10[aH+]

A concentração de íons de hidrogênio é um fator importante na regulação do equilíbrio ácido-base no corpo humano. Em condições saudáveis, o pH sanguíneo normal varia entre 7,35 e 7,45, indicando uma leve tendência alcalina. Variações nesta faixa podem afetar a função de proteínas e outras moléculas importantes no corpo, levando a condições médicas graves se o equilíbrio não for restaurado.

Nociceptores são receptores sensoriais especializados no sistema nervoso periférico que detectam danos ou ameaças potenciais de danos a tecidos vivos e enviam sinais para o cérebro, resultando em percepção consciente de dor. Eles são encontrados na pele, mucosa, órgãos internos e outros tecidos do corpo. Nociceptores podem ser estimulados por uma variedade de estímulos nocivos, como calor excessivo, frio intenso, pressão, tensão, vibração, radiação ionizante e substâncias químicas irritantes ou tóxicas. A ativação dos nociceptores desencadeia uma cascata de eventos que resultam na transmissão de sinais dolorosos ao longo do sistema nervoso central, onde são processados e percebidos como dor consciente.

Fibras nervosas são estruturas anatômicas e funcionais especializadas que transmitem impulsos nervosos em nosso sistema nervoso. Elas são formadas por axônios, que são prolongamentos dos neurônios (células nervosas), cercados por mielina ou não, dependendo do tipo de fibra.

Existem basicamente três tipos de fibras nervosas: a) fibras nervosas sensoriais (ou aferentes), que transmitem informações do mundo externo e interno do corpo para o sistema nervoso central; b) fibras nervosas motores (ou eferentes), que conduzem impulsos nervosos do sistema nervoso central para os músculos, causando sua contração e movimento; e c) fibras nervosas autonômicas, que controlam as funções involuntárias dos órgãos internos, como a pressão arterial, frequência cardíaca, digestão e respiração.

As fibras nervosas podem ser classificadas em outras categorias com base em sua velocidade de condução, diâmetro do axônio e espessura da bainha de mielina. As fibras nervosas de grande diâmetro e com bainha de mielina tendem a ter uma velocidade de condução mais rápida do que as fibras menores e sem mielina.

Em resumo, as fibras nervosas são estruturas vitalmente importantes para a comunicação entre diferentes partes do nosso corpo e o sistema nervoso central, permitindo-nos perceber, interagir e responder ao ambiente que nos rodeia.

As doenças retinianas referem-se a um grupo de condições médicas que afetam a retina, uma membrana fina e delicada no interior do olho que é responsável por receber a luz e enviar sinais ao cérebro, permitindo-nos ver as imagens. A retina contém milhões de células fotorreceptoras sensíveis à luz, chamadas cones e bastonetes, que detectam a luz e a converterm em sinais elétricos transmitidos ao cérebro via nervo óptico.

As doenças retinianas podem afetar qualquer parte da retina e causar sintomas variados, dependendo da localização e gravidade da doença. Algumas das doenças retinianas mais comuns incluem:

1. Retinopatia diabética: uma complicação do diabetes que afeta os vasos sanguíneos na retina, podendo causar hemorragias, edema (inchaço) e cicatrizes na retina.
2. Degeneração macular relacionada à idade (DMAE): uma doença degenerativa que afeta a mácula, a parte central da retina responsável pela visão aguda e detalhada. A DMAE pode causar perda de visão central e distorção visual.
3. Descolamento de retina: uma condição em que a retina se desprende do tecido subjacente, ocorrendo com mais frequência em pessoas miopes ou após traumatismos oculares. O descolamento de retina pode causar perda de visão parcial ou total se não for tratado rapidamente.
4. Retinite pigmentosa: uma doença genética que afeta as células fotorreceptoras da retina, levando à perda progressiva da visão noturna e periférica.
5. Doenças vasculares da retina: incluem diversas condições que afetam os vasos sanguíneos na retina, como a occlusão venosa ou arterial, trombose e aneurismas. Essas doenças podem causar perda de visão parcial ou total.
6. Doenças inflamatórias da retina: incluem várias condições que causam inflamação na retina, como a uveíte, a coroidite e a neurite óptica. Essas doenças podem causar perda de visão, dor ocular e outros sintomas.
7. Toxicidade da retina: alguns medicamentos e substâncias tóxicas podem danificar as células fotorreceptoras na retina, levando à perda de visão. Exemplos incluem a cloroquina, a hidroxiquinolina e o metotrexato.
8. Trauma ocular: lesões físicas no olho podem causar danos à retina, levando à perda de visão parcial ou total. Exemplos incluem contusões, lacerções e hemorragias.

O cerebelo é uma estrutura localizada na parte posterior do tronco encefálico, abaixo do cérebro e acima do canal medular espinal. É responsável por regular a coordenação muscular, o equilíbrio e os movimentos complexos do corpo. Além disso, desempenha um papel importante no processamento de informações sensoriais e na aprendizagem motora. O cerebelo é dividido em duas hemisférias laterais e uma parte central chamada vermis, e está composto por tecidos nervosos especializados, incluindo neurônios e células gliais. Lesões ou danos no cerebelo podem causar sintomas como tremores, falta de coordenação muscular, dificuldade em manter o equilíbrio e problemas de fala.

RNA mensageiro (mRNA) é um tipo de RNA que transporta a informação genética codificada no DNA para o citoplasma das células, onde essa informação é usada como modelo para sintetizar proteínas. Esse processo é chamado de transcrição e tradução. O mRNA é produzido a partir do DNA através da atuação de enzimas específicas, como a RNA polimerase, que "transcreve" o código genético presente no DNA em uma molécula de mRNA complementar. O mRNA é então traduzido em proteínas por ribossomos e outros fatores envolvidos na síntese de proteínas, como os tRNAs (transportadores de RNA). A sequência de nucleotídeos no mRNA determina a sequência de aminoácidos nas proteínas sintetizadas. Portanto, o mRNA é um intermediário essencial na expressão gênica e no controle da síntese de proteínas em células vivas.

De acordo com a definição médica, o oxigênio é um gás incolor, inodoro e insípido que é essencial para a vida na Terra. Ele é um elemento químico com o símbolo "O" e número atômico 8. O oxigênio é a terceira substância mais abundante no universo, depois do hidrogênio e hélio.

No contexto médico, o oxigênio geralmente se refere à forma molecular diatômica (O2), que é um dos gases respiratórios mais importantes para os seres vivos. O oxigênio é transportado pelos glóbulos vermelhos do sangue até as células, onde ele participa de reações metabólicas vitais, especialmente a produção de energia através da respiração celular.

Além disso, o oxigênio também é usado em medicina para tratar várias condições clínicas, como insuficiência respiratória, intoxicação por monóxido de carbono e feridas que precisam se curar. A administração de oxigênio pode ser feita por meio de diferentes métodos, tais como máscaras faciais, cânulas nasais ou dispositivos de ventilação mecânica. No entanto, é importante ressaltar que o uso excessivo ou inadequado de oxigênio também pode ser prejudicial à saúde, especialmente em pacientes com doenças pulmonares crônicas.

Conforme a definição da Clínica Mayo, convulsão é "uma súbita, involuntária, e irregular contração muscular que pode resultar em movimentos corporais anormais, mudanças na consciência, sensação incomum ou comportamento anormal." As convulsões podem ser causadas por vários fatores, incluindo epilepsia, baixo nível de glicose no sangue, falta de oxigênio, intoxicação com drogas ou medicamentos, traumatismos cranianos, infecções cerebrais, distúrbios metabólicos e outras condições médicas. Em alguns casos, a causa da convulsão pode ser desconhecida.

As convulsões podem ser classificadas em diferentes tipos, dependendo de sua duração, localização no cérebro, sintomas associados e outros fatores. Algumas pessoas podem experimentar apenas uma convulsão em algum momento de suas vidas, enquanto outras podem ter repetidas convulsões que podem indicar um problema subjacente no cérebro. Se você ou alguém que conhece está tendo convulsões regulares ou inexplicáveis, é importante procurar atendimento médico imediatamente para determinar a causa e receber o tratamento adequado.

Em medicina e biologia, a transdução de sinal é o processo pelo qual uma célula converte um sinal químico ou físico em um sinal bioquímico que pode ser utilizado para desencadear uma resposta celular específica. Isto geralmente envolve a detecção do sinal por um receptor na membrana celular, que desencadeia uma cascata de eventos bioquímicos dentro da célula, levando finalmente a uma resposta adaptativa ou homeostática.

A transdução de sinal é fundamental para a comunicação entre células e entre sistemas corporais, e está envolvida em processos biológicos complexos como a percepção sensorial, o controle do ciclo celular, a resposta imune e a regulação hormonal.

Existem vários tipos de transdução de sinal, dependendo do tipo de sinal que está sendo detectado e da cascata de eventos bioquímicos desencadeada. Alguns exemplos incluem a transdução de sinal mediada por proteínas G, a transdução de sinal mediada por tirosina quinase e a transdução de sinal mediada por canais iónicos.

Em termos médicos, "segurança" geralmente se refere à ausência de perigo ou risco para a saúde e o bem-estar de um indivíduo ou grupo. Pode referir-se especificamente à prevenção de lesões, doenças ou complicações relacionadas à saúde, geralmente por meio de medidas protetivas, cuidados adequados ou condições seguras.

A segurança em saúde é um aspecto crucial da prestação de cuidados de saúde e pode incluir a implementação de protocolos e procedimentos para garantir a segurança do paciente, como a prática de higiene adequada, o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e a prevenção de quedas e outros acidentes.

Em um sentido mais amplo, a segurança pode também se referir à ausência de riscos ou ameaças para a saúde pública, como a poluição do ar ou da água, a exposição a substâncias tóxicas ou a práticas perigosas no local de trabalho.

Amiodarona é um fármaco antiarrítmico utilizado no tratamento de diversos tipos de arritmias, incluindo taquicardia ventricular, fibrilação ventricular e flutter ventricular. É classificado como um antiarrítmico classe III, mas também exibe propriedades das classes I, II e IV devido à sua complexa farmacologia.

A amiodarona age prolongando o período refratário cardíaco, estabilizando as membranas celulares e inibindo a liberação de catecolaminas. Esses efeitos ajudam a suprimir a atividade elétrica anômala no coração e restaurar um ritmo cardíaco normal.

O fármaco é disponibilizado em comprimidos para administração oral ou em forma injetável para uso intravenoso. A amiodarona tem uma meia-vida longa, variando de 20 a 100 dias, o que requer precaução ao ajustar as doses e monitorar os níveis plasmáticos do medicamento.

Embora a amiodarona seja eficaz no tratamento de arritmias potencialmente perigosas para a vida, seu uso não é livre de riscos. Podem ocorrer efeitos colaterais graves, como disfunção pulmonar, hepática e tireoidal, além de alterações na visão e no cabelo. Portanto, o benefício terapêutico deve ser avaliado em relação ao risco potencial de complicações adversas antes do início da terapia com amiodarona.

A regeneração nervosa é o processo em que os axônios dos neurônios (células nervosas) danificados ou cortados são capazes de se reparar e voltar a crescer. Quando um axônio é danificado, as suas extremidades formam pequenas projeções chamadas cones de crescimento. Estes cones de crescimento podem detectar sinais químicos específicos no ambiente circundante e guiá-los para se reconnectarem com os tecidos alvo adequados.

No entanto, este processo é geralmente lento e a velocidade de regeneração varia dependendo da localização do dano nervoso e da idade do indivíduo. Além disso, nem sempre os axônios conseguem restabelecer as ligações corretas com os tecidos alvo, o que pode resultar em funções nervosas alteradas ou perdidas permanentemente.

A regeneração nervosa é um campo de investigação ativo na neurociência e a pesquisa continua a procurar formas de promover e melhorar este processo com o objetivo de desenvolver tratamentos mais eficazes para lesões nervosas e doenças neurológicas.

Receptores de drogas são estruturas proteicas encontradas nas membranas celulares que se ligam especificamente a certas moléculas, incluindo drogas e substâncias biologicamente ativas. Essa ligação geralmente desencadeia uma resposta bioquímica ou fisiológica dentro da célula.

Existem diferentes tipos de receptores de drogas, cada um com sua própria estrutura e função específicas. Alguns receptores de drogas desempenham um papel importante no funcionamento normal do corpo, enquanto outros estão associados a doenças ou desequilíbrios fisiológicos.

Quando uma droga se liga a um receptor de droga, isto pode alterar a atividade do receptor e desencadear uma resposta celular. Essa interação é à base da maioria dos efeitos terapêuticos e adversos das drogas. A natureza específica dessa interação depende da estrutura química da droga, da sua afinidade pelo receptor e do mecanismo de sinalização celular associado ao receptor em particular.

Em resumo, os receptores de drogas são proteínas especializadas nas membranas celulares que se ligam a drogas e outras moléculas, desencadeando respostas bioquímicas ou fisiológicas dentro da célula. A compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos na interação entre as drogas e os receptores de drogas é fundamental para o desenvolvimento de novas terapias farmacológicas eficazes e seguras.

O Espaço Extracelular (EE) refere-se à região física localizada fora das células, onde os componentes extracelulares são encontrados. Estes componentes incluem uma matriz extracelular fluida rica em íons e moléculas dissolvidas, como glicoproteínas, proteoglicanos e fibrilas colágenas. Além disso, o EE abriga também sistemas de sinalização intercelular, como neurotransmissores, hormônios e fatores de crescimento. O EE desempenha um papel fundamental na homeostase dos tecidos, suporte estrutural, comunicação celular e processos de reparo e cura. A composição do EE pode variar dependendo do tipo e localização do tecido em questão.

Laura, peço desculpas, mas "Ratos Long-Evans" não é um termo médico. É uma linhagem específica de camundongos usados em pesquisas laboratoriais. Aqui está uma definição mais geral:

Os Ratos Long-Evans são uma cepa de rato desenvolvida pela primeira vez na Universidade de Ottawa no Canadá, por William Evans e sua equipe nos anos 1940 e 1950. Eles são frequentemente usados em pesquisas biomédicas devido à sua relativa resistência a doenças e à sua facilidade de manuseio. Long-Evans rats are outbred, meaning that they are genetically diverse and do not have the uniform genetic background found in inbred strains.

Esses ratos têm uma aparência distinta, com pelagem marrom avermelhada e branca no focinho, abdômen e patas. Eles são conhecidos por sua habilidade de aprendizado e memória, o que os torna úteis em estudos relacionados à neurobiologia e comportamento. Além disso, eles têm um ciclo estral regular e uma expectativa de vida média de 2-3 anos.

Em resumo, "Ratos Long-Evans" são uma linhagem específica de ratos usados em pesquisas laboratoriais devido à sua relativa resistência a doenças, fácil manuseio e genética diversa.

A psicofísica é um ramo da psicologia e da fisiologia que se ocupa do estudo das relações entre estímulos físicos e as respostas mentais ou comportamentais a esses estímulos. Ela investiga como os processos sensoriais percebem e processam diferentes tipos de estímulos, tais como luz, som, temperatura, pressão e outros. A psicofísica utiliza métodos experimentais rigorosos para medir essas relações, geralmente por meio de técnicas de medição de limiares, como o limiar de detecção (o ponto em que um estímulo é detectado) e o limiar de discriminação (a diferença mínima entre dois estímulos que pode ser detectada). Os dados coletados por esses métodos podem ser usados para criar funções psicofísicas, que descrevem como as respostas mentais ou comportamentais mudam à medida que os estímulos físicos variam. Essas informações podem ser aplicadas em uma variedade de campos, incluindo a psicologia, a neurociência, a ergonomia e o design de produtos.

Cateterismo é um procedimento médico que consiste em inserir um cateter, um tubo flexível e alongado, em uma cavidade ou duto do corpo. Existem diferentes tipos de cateterismos, dependendo da região do corpo onde o cateter será inserido e do objetivo do procedimento. Alguns dos cateterismos mais comuns incluem:

1. Cateterismo cardíaco: é a inserção de um cateter em uma veia ou artéria, geralmente na virilha ou no pescoço, e é guiado até o coração para medir pressões, realizar angiografias ou intervir no coração.
2. Cateterismo urinário: é a inserção de um cateter flexível através da uretra até à bexiga para drenar urina, geralmente em pacientes com problemas na micção ou quando é necessária a administração de medicamentos diretamente na bexiga.
3. Cateterismo vesical suprapúbico: é um procedimento em que se insere um cateter através da parede abdominal, abaixo do umbigo, até à bexiga para drenar urina, geralmente em pacientes com problemas de longa data para miccionar.
4. Cateterismo venoso central: é a inserção de um cateter em uma veia grande, normalmente no pescoço ou no tórax, até à veia cava superior ou inferior, geralmente utilizado para administrar medicamentos, nutrição parenteral total ou monitorizar pressões centrais.
5. Cateterismo arterial: é a inserção de um cateter em uma artéria, normalmente na virilha ou no braço, para medir pressões arteriais diretamente ou obter amostras de sangue para análises.

O tipo de anestesia utilizada varia conforme o local e a complexidade do procedimento. Em alguns casos, é possível realizar o procedimento com anestesia local, enquanto em outros pode ser necessário sedação ou anestesia geral. Após o procedimento, o paciente deve ser monitorado adequadamente para detectar quaisquer complicações e receber tratamento imediato se necessário.

agonista GABAergico é um termo utilizado em medicina e neurologia para se referir a substâncias ou fármacos que imitam ou reforçam a ação do ácido gama-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor inhibitório no cérebro. O GABA é o principal neurotransmissor responsável por regular a excitação e a inibição dos neurônios no sistema nervoso central.

Os agonistas GABAergicos atuam nos receptores GABA-A ou GABA-B, aumentando a frequência de abertura dos canais iônicos associados a esses receptores e levando assim à hiperpolarização da membrana do neurônio, o que resulta em uma diminuição da excitação neural.

Essas substâncias são frequentemente utilizadas no tratamento de diversas condições clínicas, como ansiedade, insónia, epilepsia e espasticidade muscular, entre outras. Alguns exemplos de agonistas GABAergicos incluem benzodiazepínicos, barbitúricos, álcool e alguns anticonvulsivantes.

Mecanotransdução celular refere-se ao processo pelo qual as células convertem forças mecânicas em sinais bioquímicos. Este processo desempenha um papel fundamental na maneira como as células percebem e respondem aos estímulos mecânicos de seu ambiente, como pressão, tensão, fluxo e rigidez da matriz extracelular.

A mecanotransdução celular envolve uma série complexa de eventos que incluem a detecção da força mecânica por receptores especializados, como os receptores de adesão focal e os canais iônicos dependentes de tensão, o sinalizando intracelular via cascatas de segunda mensageira, e a ativação de respostas celulares específicas, tais como alterações na expressão gênica, crescimento, diferenciação e mobilidade.

Este processo desempenha um papel importante em uma variedade de funções fisiológicas e patológicas, incluindo o desenvolvimento embrionário, a homeostase tissular, a reparação e regeneração de tecidos, a doença cardiovascular, o câncer e a neurodegeneração.

Anticonvulsivos são medicamentos usados principalmente no tratamento da epilepsia, uma condição neurológica que causa convulsões ou espasmos involuntários. Esses medicamentos funcionam reduzindo a atividade excessiva dos nervos no cérebro, o que pode ajudar a prevenir convulsões e controlar outros sintomas relacionados à epilepsia.

Além do tratamento da epilepsia, alguns anticonvulsivos também podem ser usados off-label para tratar outras condições, como:

* Transtorno bipolar: Alguns anticonvulsivos, como valproato e lamotrigina, podem ajudar a estabilizar o humor e reduzir os sintomas do transtorno bipolar.
* Dor neuropática: Medicamentos como gabapentina e pregabalina podem ser usados para tratar diferentes tipos de dor neuropática, que é causada por danos aos nervos.
* Transtornos do sono: Alguns anticonvulsivos, como pregabalina e gabapentina, também podem ser usados para tratar certos transtornos do sono, como insônia e parasomnia.

Como qualquer medicamento, os anticonvulsivos podem causar efeitos colaterais e interações com outros medicamentos. É importante que os pacientes consultem um profissional de saúde antes de começarem a tomar qualquer medicamento desse tipo e sigam as instruções cuidadosamente para obter os melhores resultados terapêuticos e minimizar os riscos associados ao tratamento.

Os fenômenos biofísicos referem-se a eventos ou processos que ocorrem nas células e organismos vivos, os quais podem ser explicados e medidos usando princípios e técnicas da física. Isso pode incluir uma variedade de fenômenos, como a difusão de moléculas através de membranas celulares, a transmissão de sinais elétricos em neurônios, a interação de luz com tecidos biológicos e a mecânica dos movimentos musculares. A biofísica é uma disciplina científica que estuda esses fenômenos para melhor entender os processos subjacentes à vida e à saúde.

Em medicina, 'sítios de ligação' geralmente se referem a regiões específicas em moléculas biológicas, como proteínas, DNA ou carboidratos, onde outras moléculas podem se ligar e interagir. Esses sítios de ligação são frequentemente determinados por sua estrutura tridimensional e acomodam moléculas com formas complementares, geralmente através de interações não covalentes, como pontes de hidrogênio, forças de Van der Waals ou interações iônicas.

No contexto da imunologia, sítios de ligação são locais em moléculas do sistema imune, tais como anticorpos ou receptores das células T, onde se ligam especificamente a determinantes antigênicos (epítopos) em patógenos ou outras substâncias estranhas. A ligação entre um sítio de ligação no sistema imune e o seu alvo é altamente específica, sendo mediada por interações entre resíduos aminoácidos individuais na interface do sítio de ligação com o epítopo.

Em genética, sítios de ligação também se referem a regiões específicas no DNA onde proteínas reguladoras, como fatores de transcrição, se ligam para regular a expressão gênica. Esses sítios de ligação são reconhecidos por sequências de nucleotídeos características e desempenham um papel crucial na regulação da atividade genética em células vivas.

La tonsila cerebelosa, nota anche come tonsilla di Verres, è una parte del sistema linfatico situata nella regione più bassa del cervelletto, una ghiandola situata nell'estremità posteriore del tronco encefalico nel cervello. Le tonsille cerebellari sono due masse di tessuto simmetriche che scendono attraverso il forame magno, un'apertura nel cranio attraverso la quale il midollo spinale entra e esce dal cranio.

Le tonsille cerebellari fanno parte del sistema immunitario e aiutano a proteggere il corpo dalle infezioni. Sono costituite da tessuto linfoide, che contiene globuli bianchi chiamati linfociti che aiutano a combattere le infezioni.

In alcune persone, le tonsille cerebellari possono scendere troppo in basso nel canale rachidiano, una condizione nota come ernia del cervelletto o tonsille cerebellari erniate. Questa condizione può causare sintomi come mal di testa, vertigini, vomito e difficoltà respiratorie. Se grave, l'ernia del cervelletto può richiedere un intervento chirurgico per prevenire danni al midollo spinale o al tronco encefalico.

Em termos médicos, a percepção de cores refere-se à capacidade do sistema visual humano de identificar e classificar diferentes comprimentos de onda da luz visível como cores distintas. Isto é feito através de mecanismos complexos envolvendo a retina, o nervo óptico e áreas específicas do cérebro.

A retina contém dois tipos principais de células fotorreceptoras responsáveis pela percepção de cores: os cones e os bastonetes. Existem três subtipos de cones, cada um sensível a diferentes faixas de comprimento de onda da luz - aproximadamente 420-440nm (azul), 530-540nm (verde) e 560-580nm (vermelho). A estimulação simultânea desses diferentes subtipos de cones permite que percebamos uma gama diversificada de cores.

Lesões ou distúrbios nos olhos, no nervo óptico ou nas áreas cerebrais responsáveis pelo processamento da visão podem afetar a capacidade de percepção de cores. Algumas condições que podem influenciar negativamente nesta habilidade são: daltonismo (uma deficiência na distinção entre certos pares de cores, geralmente vermelho/verde), acromatopsia (incapacidade total de perceber qualquer cor) e protanopia/deuteranopia (formas mais graves de daltonismo onde faltam completamente uns dos tipos de cones).

Em biologia e medicina, o termo "tamanho celular" refere-se ao tamanho físico geral de uma célula, geralmente medido em micrômetros (µm) ou nanômetros (nm). O tamanho das células varia significativamente entre diferentes espécies e tipos celulares.

Em geral, as células eucarióticas (como as células humanas) tendem a ser maiores do que as procarióticas (como as bactérias), com tamanhos típicos em torno de 10-100 µm de diâmetro para células eucarióticas, enquanto as células procarióticas geralmente são menores que 5 µm.

O tamanho celular é determinado por uma variedade de fatores genéticos e ambientais, incluindo a disponibilidade de nutrientes, a taxa de crescimento e divisão celular, e as demandas energéticas da célula. Alterações no tamanho celular podem estar associadas a várias condições médicas, como distúrbios do crescimento e desenvolvimento, doenças genéticas e neoplásicas (como o câncer).

La lidocaína é un fármaco antiarrítmico e anestésico local, pertencente ao grupo das amidas. É amplamente utilizado en medicina para bloquear a conducción nervosa y aliviar o dolor de forma temporánea. A lidocaína actúa sobre os canais de sodio dos nervios, impedindo que se abran e bloqueando así a transmisión de impulsos nerviosos.

En medicina, a lidocaína é utilizada como anestésico local para realizar procedementos médicos e dentários que causean dolor, como injeções, suturas ou extraccións de dentes. Tamén se utiliza no tratamento de arritmias cardiacas, especialmente aquelas que ocorren durante un ataque cardíaco ou durante a cirurgía cardíaca.

Como todo fármaco, a lidocaína pode ter efeitos secundarios, entre os que se incluén náuseas, vómitos, mareos, confusión, visión borrosa, dificultade para respirar ou latido cardiaco irregular. É importante seguir as instrucións do médico no uso da lidocaína e informalo imediatamente se apreciar algún dos sintomas anteriores.

Cardiomegaly é um termo médico que se refere ao aumento de tamanho do coração. Pode ser causada por diversas condições, como doenças cardíacas, hipertensão arterial, anormalidades no ritmo cardíaco (arritmias) ou doenças pulmonares que levam a um aumento da pressão no coração. Em alguns casos, a cardiomegalia pode ser assintomática e detectada apenas em exames de imagem, como radiografias de tórax ou ecocardiogramas. No entanto, em outras situações, os sintomas podem incluir falta de ar, dificuldade para respirar, cansaço e inchaço nas pernas. O tratamento da cardiomegalia depende da causa subjacente e pode incluir medicamentos, procedimentos cirúrgicos ou outros tipos de intervenções terapêuticas.

Em termos médicos, uma contração muscular ocorre quando as fibras musculares encurtam e se engrossam devido à interação entre actina e miosina, duas proteínas filamentosas presentes no sarcômero, a unidade básica da estrutura do músculo. Essa contração gera força e causa movimento, permitindo que o nosso corpo se desloque, mantenha a postura e realize diversas outras funções. A contração muscular pode ser classificada em três tipos: isotônica (gera movimento ao longo de uma articulação), isométrica (gera força sem alterar o comprimento do músculo) e auxotônica (combinação dos dois anteriores). O controle da contração muscular é realizado pelo sistema nervoso, que envia sinais elétricos para as células musculares através de neurônios motores, desencadeando a liberação de neurotransmissores e a subsequente ativação do processo contrátil.

Simbolizados como "cationes", esses são íons carregados positivamente que resultam da perda de um ou mais elétrons por átomos ou moléculas. Em soluções aquosas, os cátions são atraídos e se movem em direção ao ônio (polo negativo) durante o processo de eletrólise ou na presença de um campo elétrico. Exemplos comuns de cátions incluem íons de sódio (Na+), potássio (K+), magnésio (Mg2+) e cálcio (Ca2+).

A potenciação de longa duração (PLD) é um fenômeno neurofisiológico no qual a força e/ou a durabilidade da transmissão sináptica entre dois neurônios é reforçada por uma única estimulação prolongada ou repetida de alta frequência. Essa forma de plasticidade sináptica é considerada um mecanismo fundamental subjacente à memória e ao aprendizado em nível celular e molecular.

A PLD geralmente ocorre em sinapses excitatórias, especialmente aquelas que utilizam glutamato como neurotransmissor. O processo envolve uma série de modificações moleculares complexas, incluindo alterações na expressão e localização dos receptores de glutamato no postsinapse, mudanças na estrutura da sinapse e aumento na síntese e liberação de neurotransmissores no pré-sinapse.

Existem vários tipos de PLD, sendo o mais conhecido deles a potenciação de longa duração dependente de NMDA (PLD-NMDA), que requer a ativação do receptor NMDA de glutamato. Outros tipos de PLD incluem a potenciação de longa duração dependente de LTPB (PLD-LTPB), que é independente da ativação do receptor NMDA, e a depresão de longa duração (DLD), na qual a força sináptica é reduzida permanentemente.

Em resumo, a potenciação de longa duração é um processo fundamental no cérebro que permite a modulação das conexões sinápticas em resposta à atividade neural, desempenhando um papel crucial no processo de aprendizagem e memória.

O N-metilaspartato é um composto que ocorre naturalmente e é um derivado do ácido aspártico, um aminoácido não essencial. No entanto, não existe uma única definição médica para "N-metilaspartato" especificamente, pois ele não desempenha um papel direto em nenhuma condição ou doença em particular.

Em algumas situações, o N-metilaspartato pode ser mencionado em estudos ou pesquisas médicas relacionadas ao sistema nervoso central, uma vez que ele desempenha um pequeno papel no metabolismo cerebral e tem sido investigado como um possível marcador de doenças neurológicas. Além disso, o N-metilaspartato pode ser mencionado em relação ao transporte ativo de aminoácidos através das membranas celulares, uma vez que ele é um substrato para um dos sistemas de transporte de aminoácidos.

No entanto, é importante reiterar que o N-metilaspartato não tem uma definição médica específica e geralmente só é mencionado em contextos mais especializados ou relacionados à pesquisa biomédica.

Modelos moleculares são representações físicas ou gráficas de moléculas e suas estruturas químicas. Eles são usados para visualizar, compreender e estudar a estrutura tridimensional, as propriedades e os processos envolvendo moléculas em diferentes campos da química, biologia e física.

Existem vários tipos de modelos moleculares, incluindo:

1. Modelos espaciais tridimensionais: Esses modelos são construídos com esferas e haste que representam átomos e ligações químicas respectivamente. Eles fornecem uma visão tridimensional da estrutura molecular, facilitando o entendimento dos arranjos espaciais de átomos e grupos funcionais.

2. Modelos de bolas e haste: Esses modelos são semelhantes aos modelos espaciais tridimensionais, mas as esferas são conectadas por hastes flexíveis em vez de haste rígidas. Isso permite que os átomos se movam uns em relação aos outros, demonstrando a natureza dinâmica das moléculas e facilitando o estudo dos mecanismos reacionais.

3. Modelos de nuvem eletrônica: Esses modelos representam a distribuição de elétrons em torno do núcleo atômico, fornecendo informações sobre a densidade eletrônica e as interações entre moléculas.

4. Modelos computacionais: Utilizando softwares especializados, é possível construir modelos moleculares virtuais em computadores. Esses modelos podem ser usados para simular a dinâmica molecular, calcular propriedades físico-químicas e predizer interações entre moléculas.

Modelos moleculares são úteis no ensino e aprendizagem de conceitos químicos, na pesquisa científica e no desenvolvimento de novos materiais e medicamentos.

Desculpe, a sua pergunta é um pouco confusa. A expressão "História do Século XX" se refere a um campo de estudo historiográfico que abrange uma ampla gama de eventos, processos e fenômenos sociais, políticos, econômicos, culturais e tecnológicos que ocorreram no século XX.

No entanto, se você estiver procurando uma definição médica específica relacionada a eventos ou desenvolvimentos na área da saúde ocorridos durante o século XX, isso seria muito amplo e dependeria do contexto específico em que está sendo feita a pergunta.

Algumas áreas importantes de avanços médicos no século XX incluem:

* Descobertas de antibióticos e vacinas, o que levou a uma redução significativa da mortalidade por doenças infecciosas.
* Desenvolvimento de técnicas de cirurgia avançadas, como transplantes de órgãos e cirurgias a coração aberto.
* Avanços na compreensão da genética e do DNA, o que levou ao desenvolvimento de terapias genéticas e testes de diagnóstico genético.
* Descobertas no campo da psicologia e psiquiatria, como a teoria do inconsciente de Freud e a descoberta dos antidepressivos tricíclicos.
* Avanços na tecnologia médica, como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada, que permitiram melhores diagnósticos e tratamentos.

Entretanto, é importante notar que esses são apenas alguns exemplos de avanços médicos no século XX e haveria muito mais para ser discutido dependendo do contexto específico da pergunta.

O transporte biológico refere-se aos processos envolvidos no movimento de substâncias, como gases, nutrientes e metabólitos, através de meios biológicos, como células, tecidos e organismos. Esses processos são essenciais para manter a homeostase e suportar as funções normais dos organismos vivos. Eles incluem difusão, ósmose, transporte ativo e passivo, fluxo sanguíneo e circulação, além de outros mecanismos que permitem o movimento de moléculas e íons através das membranas celulares e entre diferentes compartimentos corporais. A eficiência do transporte biológico é influenciada por vários fatores, incluindo a concentração de substâncias, a diferença de pressão parcial, o gradiente de concentração, a permeabilidade das membranas e a disponibilidade de energia.

Em termos médicos, a estimulação acústica refere-se ao uso de estímulos sonoros específicos para provocar uma resposta em sistemas biológicos, particularmente no sistema nervoso. Esses estímulos sonoros podem variar em termos de frequência, intensidade e duração, dependendo do objetivo da estimulação.

A estimulação acústica é utilizada em vários campos da medicina, como na terapia de reabilitação auditiva, no tratamento de alguns distúrbios neurológicos e psiquiátricos, bem como em pesquisas científicas relacionadas à percepção sonora e ao processamento auditivo.

Em algumas situações clínicas, a estimulação acústica pode ser empregada para ajudar a reorganizar o processamento auditivo em indivíduos com deficiência auditiva ou danos cerebrais relacionados à audição. Nesses casos, os estímulos sonoros são apresentados de forma controlada e precisa, visando promover a plasticidade neural e, assim, melhorar a capacidade de percepção e interpretação dos sons.

Em resumo, a estimulação acústica é um método médico que utiliza estímulos sonoros para provocar uma resposta em sistemas biológicos, visando objetivos terapêuticos ou de pesquisa específicos.

Etanol, comumente conhecido como álcool etílico ou simplesmente álcool, é um tipo de álcool que é amplamente utilizado em bebidas alcoólicas, perfumes, cosméticos e como desinfetante. É um líquido incolor e volátil com um odor característico e um sabor adocicado.

Na medicina, o etanol pode ser usado como um sedativo ou hipnótico leve, mas seu uso clínico é limitado devido aos seus efeitos intoxicantes e potencial de dependência. Além disso, o abuso de bebidas alcoólicas contendo etanol pode levar a diversos problemas de saúde, como cirrose hepática, pancreatite, doenças cardiovasculares e neurológicas, entre outros.

Em termos químicos, o etanol é um composto orgânico com a fórmula CH3CH2OH, sendo formado por uma cadeia hidrocarbonada de dois carbonos com um grupo hidroxila (-OH) ligado a um dos carbonos. É produzido naturalmente pela fermentação alcoólica de açúcares e amidos por leveduras e outros microorganismos, processo que é amplamente utilizado na indústria alimentícia e nas bebidas alcoólicas.

A Reação em Cadeia da Polimerase via Transcriptase Reversa (RT-PCR, do inglés Reverse Transcription Polymerase Chain Reaction) é uma técnica de laboratório que permite à amplificação e cópia em massa de fragmentos específicos de DNA a partir de um pequeno quantitativo de material genético. A RT-PCR combina duas etapas: a transcriptase reversa, na qual o RNA é convertido em DNA complementar (cDNA), e a amplificação do DNA por PCR, na qual os fragmentos de DNA são copiados múltiplas vezes.

Esta técnica é particularmente útil em situações em que se deseja detectar e quantificar RNA mensageiro (mRNA) específico em amostras biológicas, uma vez que o mRNA não pode ser diretamente amplificado por PCR. Além disso, a RT-PCR é frequentemente utilizada em diagnóstico molecular para detectar e identificar patógenos, como vírus e bactérias, no material clínico dos pacientes.

A sensibilidade e especificidade da RT-PCR são altas, permitindo a detecção de quantidades muito pequenas de RNA ou DNA alvo em amostras complexas. No entanto, é importante ter cuidado com a interpretação dos resultados, pois a técnica pode ser influenciada por vários fatores que podem levar a falsos positivos ou negativos.

Microinchada é um método de administração de medicamentos ou outros compostos que envolve a injeção de pequenas quantidades de líquido (geralmente menos de 0,1 ml) por meio de uma agulha muito fina. Essa técnica é frequentemente usada em dermatologia e medicina estética para entregar substâncias ativas, como vitaminas, minerais, hormônios ou medicamentos, diretamente no tecido dérmico ou subdérmico.

A vantagem das microinjeções é que elas podem fornecer uma dose precisa do fármaco em um local específico, minimizando assim os efeitos adversos sistêmicos e aumentando a biodisponibilidade da substância ativa. Além disso, as microinjeções geralmente causam menos dor e trauma no tecido do que as injeções tradicionais, pois as agulhas utilizadas são muito finas e causam menos dano aos nervos e vasos sanguíneos.

Alguns exemplos de tratamentos que podem ser administrados por meio de microinjeções incluem: rejuvenecimento da pele, correção de rugas e doenças da pele, como a acne e a rosácea. É importante ressaltar que as microinjeções devem ser realizadas por profissionais de saúde qualificados e treinados para garantir a segurança e eficácia do tratamento.

A Relação Estrutura-Atividade (REA) é um conceito fundamental na farmacologia e ciências biomoleculares, que refere-se à relação quantitativa entre as características estruturais de uma molécula e sua atividade biológica. Em outras palavras, a REA descreve como as propriedades químicas e geométricas específicas de um composto influenciam sua interação com alvos moleculares, tais como proteínas ou ácidos nucléicos, resultando em uma resposta biológica desejada.

A compreensão da REA é crucial para o design racional de drogas, pois permite aos cientistas identificar e otimizar as partes da molécula que são responsáveis pela sua atividade biológica, enquanto minimizam os efeitos colaterais indesejados. Através do estudo sistemático de diferentes estruturas químicas e suas respectivas atividades biológicas, é possível estabelecer padrões e modelos que guiam o desenvolvimento de novos fármacos e tratamentos terapêuticos.

Em resumo, a Relação Estrutura-Atividade é um princípio fundamental na pesquisa farmacológica e biomolecular que liga as propriedades estruturais de uma molécula à sua atividade biológica, fornecendo insights valiosos para o design racional de drogas e a compreensão dos mecanismos moleculares subjacentes a diversas funções celulares.

A 4-aminopiridina é um composto orgânico que atua como estimulante do sistema nervoso central. É um derivado da piridina, com um grupo amino (-NH2) substituído na posição 4. Possui propriedades farmacológicas que afetam a transmissão de sinais nervosos, aumentando a liberação de neurotransmissores e inibindo sua recaptação.

Embora a 4-aminopiridina tenha sido estudada em várias áreas da medicina, incluindo o tratamento de doenças neurológicas como esclerose múltipla e lesões da medula espinhal, ela não está amplamente aprovada para uso clínico devido aos seus efeitos adversos potencialmente graves. Entre esses efeitos adversos estão convulsões, hiperatividade, taquicardia e aumento da pressão arterial.

Como qualquer fármaco ou substância com propriedades farmacológicas, a 4-aminopiridina deve ser utilizada somente sob orientação médica e com estrita supervisão, devido ao seu potencial para causar efeitos adversos indesejados.

Em medicina e ciências da saúde, um estudo retrospectivo é um tipo de pesquisa em que os dados são coletados e analisados com base em eventos ou informações pré-existentes. Neste tipo de estudo, os investigadores examinam dados clínicos, laboratoriais ou outros registros passados para avaliar as associações entre fatores de risco, exposições, intervenções e resultados de saúde.

A principal vantagem dos estudos retrospectivos é sua capacidade de fornecer informações rápidas e em geral de baixo custo, uma vez que os dados já tenham sido coletados previamente. Além disso, esses estudos podem ser úteis para gerar hipóteses sobre possíveis relacionamentos causais entre variáveis, as quais poderão ser testadas em estudos prospectivos subsequentes.

Entretanto, os estudos retrospectivos apresentam algumas limitações inerentes à sua natureza. A primeira delas é a possibilidade de viés de seleção e informação, visto que os dados podem ter sido coletados com propósitos diferentes dos do estudo atual, o que pode influenciar nas conclusões obtidas. Além disso, a falta de controle sobre as variáveis confundidoras e a ausência de randomização podem levar a resultados equívocos ou imprecisos.

Por tudo isso, embora os estudos retrospectivos sejam úteis para geração de hipóteses e obtenção de insights preliminares, é essencial confirmar seus achados por meio de estudos prospectivos adicionais, que permitem um melhor controle das variáveis e uma maior robustez nas conclusões alcançadas.

O limiar sensorial é o nível mínimo de estimulação que é necessário para detectar um estímulo ou alteração em nosso ambiente. Em outras palavras, é a quantidade mínima de energia que precisa ser aplicada a um órgão dos sentidos (como olho, ouvido, língua, pele ou nariz) para que uma pessoa seja capaz de percebê-lo.

Existem diferentes tipos de limiares sensoriais, dependendo do tipo de estímulo e da modalidade sensorial envolvida. Alguns exemplos incluem:

* Limiar absoluto: é o nível mínimo de intensidade de um estímulo que uma pessoa pode detectar em condições ideais, quando não há outros estímulos presentes para distrair.
* Limiar diferencial: é a diferença mínima de intensidade entre dois estímulos que uma pessoa pode distinguir.
* Limiar de recorrência: é o número mínimo de vezes que um estímulo precisa ser apresentado para que uma pessoa seja capaz de reconhecê-lo como familiar ou significativo.

A medição dos limiares sensoriais pode ser útil em várias áreas da medicina, como no diagnóstico e avaliação de doenças que afetam os órgãos dos sentidos, na avaliação da função cognitiva e na pesquisa científica.

As células quimiorreceptoras são um tipo especializado de células sensoriais que detectam substâncias químicas no meio ambiente e convertem essas informações em sinais elétricos que podem ser processados pelo sistema nervoso. Eles desempenham um papel crucial na detecção de estímulos químicos importantes, como gostos, cheiros e variações no pH ou níveis de oxigênio no sangue.

Existem dois tipos principais de células quimiorreceptoras: as células receptoras de sabor (também conhecidas como células gustativas) e as células receptoras olfatórias (ou células sensoriais olfativas). As células receptoras de sabor estão localizadas principalmente na língua, paladar e revestimento da boca, enquanto as células receptoras olfatórias estão no epitélio olfativo nasais.

As células quimiorreceptoras possuem receptores específicos que se ligam a moléculas-alvo, como compostos químicos presentes em alimentos, aromas ou gases. Quando essas moléculas se ligam aos receptores, elas desencadeiam uma resposta elétrica nas células que é transmitida ao cérebro via nervos aferentes. O cérebro interpreta então esses sinais como diferentes sabores, cheiros ou outras informações químicas importantes.

Em resumo, as células quimiorreceptoras são células sensoriais especializadas que detectam e respondem a substâncias químicas no meio ambiente, desempenhando um papel fundamental na percepção de gostos, cheiros e outras informações químicas importantes para nossa sobrevivência e bem-estar.

Quinoxalina é um composto heterocíclico formado por um sistema benzene fusionado com um sistema pirazina. Em termos médicos, as quinoxalinas não têm um significado específico ou uma definição direta. No entanto, alguns compostos de quinoxalina são usados em medicina e pesquisa médica.

Alguns derivados de quinoxalina exibem atividade biológica e são utilizados como agentes antibacterianos, antifúngicos, antivirais, e antitumorais. Por exemplo, a clinafloxacina é um antibiótico fluoroquinolónico derivado de quinoxalina, usado no tratamento de infecções bacterianas. Além disso, alguns compostos de quinoxalina são utilizados como marcadores fluorescentes em estudos bioquímicos e biofísicos.

Em resumo, as quinoxalinas não têm uma definição médica específica, mas alguns de seus derivados possuem propriedades farmacológicas importantes e são utilizados em diversas aplicações medicinais e de pesquisa.

O tronco encefálico é a parte inferior e central do cérebro que conecta o cérebro com a medula espinhal. Ele consiste em grandes feixes de fibras nervosas e importantes núcleos que controlam funções vitais, como respiração, batimento cardíaco, pressão arterial e nível de consciência.

O tronco encefálico é dividido em três seções: a ponte, o mielóforo e o bulbo raquidiano. Cada seção tem funções específicas e importantes no controle dos sistemas nervoso e cardiovascular. Lesões ou doenças que afetam o tronco encefálico podem causar sérios problemas de saúde, incluindo paralisia, perda de sensibilidade, dificuldades para engolir e falta de ar.

Rodopsina é um tipo de proteína fotorreceptora encontrada nas membranas dos discos dos bastonetes, os quais são os tipos de células fotorreceptoras responsáveis pela visão em baixa luminosidade no olho humano. A rodaopsina é composta por uma proteína chamada opsina e um cromóforo denominado retinal. O retinal é derivado da vitamina A e pode existir em duas formas isoméricas, 11-cis e tudo-trans. Quando a luz incide sobre a rodaopsina, o retinal sofre uma transformação fotorreversível de 11-cis para tudo-trans, levando à ativação da opsina e iniciando assim uma cascata de reações que resultam em sinais elétricos enviados ao cérebro através do nervo óptico. Este processo é essencial para a percepção visual da luz, especialmente em condições de baixa iluminação.

Os Canais Epiteliais de Sódio (CES) são proteínas integrales de membrana que formam poros na membrana epitelial, permitindo a passagem de íons de sódio (Na+) através deles. Esses canais são altamente selectivos e permeáveis ao sódio, desempenhando um papel crucial no equilíbrio de fluidos e na manutenção do potencial elétrico nas células epiteliais.

Eles estão presentes em diferentes tecidos, como rins, pulmões, intestinos e glândulas sudoríparas, e são responsáveis por processos fisiológicos importantes, tais como a reabsorção de água e sódio nos rins, a absorção de nutrientes no intestino delgado, e a regulação da pressão osmótica.

A ativação dos CES geralmente é controlada por hormônios, neurotransmissores e fatores locais, que desencadeiam uma cascata de eventos que levam à abertura ou fechamento do canal. A disfunção desses canais tem sido associada a diversas condições clínicas, como hipertensão arterial, fibrose cística e diabetes insípido.

Em terminologia médica, a exocitose refere-se a um processo biológico fundamental em células, especialmente as que sintetizam e secretam moléculas específicas. Neste processo, uma vesícula (pequena estrutura membranosa) presente no interior da célula se funde com a membrana plasmática celular, resultando na liberação de seu conteúdo para o ambiente extracelular.

Este mecanismo é essencial em diversos processos fisiológicos, como por exemplo:

1. Libertação de neurotransmissores nas sinapses dos neurônios;
2. Secreção de hormonas e enzimas por células endócrinas e exócrinas;
3. Rejeição de antígenos pelas células imunológicas;
4. Eliminação de detritos celulares e patógenos invasores.

A exocitose é um processo complexo controlado por diversas proteínas que regulam as etapas de transporte, tethering (ancoragem temporária), fusão da membrana e reciclagem das vesículas. A disfunção neste processo pode estar associada a várias doenças, incluindo diabetes, distúrbios neurológicos e disfunções imunológicas.

Os anestésicos inalatórios são gases ou vapores utilizados durante a anestesia para produzir insensibilidade à dor, bem como causar amnésia, analgesia e relaxamento muscular. Eles agem no sistema nervoso central, suprimindo a atividade neuronal e a transmissão de impulsos dolorosos. Alguns exemplos comuns de anestésicos inalatórios incluem sevoflurano, desflurano, isoflurano e halotano. A escolha do agente anestésico é baseada no perfil farmacológico, na segurança relativa e nas preferências clínicas. Os anestésicos inalatórios são administrados por meio de equipamentos especializados que permitem a titulação precisa da concentração alvo do gás ou vapor no ambiente circundante do paciente, garantindo assim um controle adequado da profundidade e dos efeitos da anestesia.

Conexinas são proteínas transmembranares que desempenham um papel fundamental na formação de canais intercelulares conhecidos como uniões comunicantes (UCs). As UCs permitem a comunicação e o fluxo direto de moléculas entre citoplasmas de células adjacentes, desempenhando um papel crucial em vários processos fisiológicos, como a propagação do impulso elétrico nos neurônios, a regulação do crescimento e diferenciação celular, e o controle do volume e composição iônica dos tecidos.

Existem vários tipos de conexinas em diferentes tecidos e espécies, mas todas elas apresentam uma estrutura similar, com quatro domínios transmembranares, dois domínios citoplasmáticos curtos e dois longos, e um domínio extracelular que é responsável pela formação dos canais intercelulares. As conexinas são sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso e transportadas para a membrana plasmática, onde se organizam em hexâmeros chamados conexons. Dois conexons de células adjacentes podem se unir para formar uma UC, permitindo a comunicação entre as células.

As mutações nos genes que codificam as conexinas podem levar a diversas doenças humanas, como surdez hereditária, distrofia miotônica e câncer. Além disso, o papel das conexinas na comunicação intercelular tem implicações importantes para a compreensão de processos patológicos como a inflamação e a doença cardiovascular.

Hipnóticos e sedativos são classes de medicamentos que têm propriedades calmantes, relaxantes musculares e soporíferas. Eles actuam no sistema nervoso central, diminuindo a excitação e o anxiety levels, promovendo a sedação e facilitando o sono. Os hipnóticos são geralmente utilizados para induzir o sono ou manter o sono, enquanto que os sedativos são usados para produzir um estado de calma e reduzir a ansiedade. No entanto, as diferenças entre as duas classes são muitas vezes pouco claras e algumas drogas podem ser utilizadas tanto como hipnóticos como sedativos, dependendo da dose utilizada.

Exemplos de fármacos hipnóticos incluem benzodiazepínicos (como o diazepam e o temazepam), non-benzodiazepínicos (como o zolpidem e o zaleplon) e barbitúricos. Os benzodiazepínicos e non-benzodiazepínicos actuam no receptor GABA-A, aumentando a atividade do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA), o que resulta em efeitos sedativos e hipnóticos. Os barbitúricos também actuam no receptor GABA-A, mas a sua utilização como hipnóticos tem vindo a diminuir devido ao seu potencial para causar overdose e morte.

Os sedativos incluem drogas como as benzodiazepínicas, que têm propriedades ansiolíticas, amnésicas, anticonvulsivantes e musculares relaxantes além de seus efeitos hipnóticos. Outros exemplos de sedativos incluem a prometazina e a hidroxizina, que têm propriedades anticolinérgicas e antihistamínicas adicionais aos seus efeitos sedativos.

Embora os hipnóticos e sedativos possam ser eficazes no tratamento de insónia e ansiedade, eles também podem causar efeitos adversos significativos, como sonolência diurna, amnesia anterógrada, dependência e tolerância. Além disso, a sua utilização em conjunto com outras drogas que suprimam o sistema nervoso central (SNC) pode aumentar o risco de overdose e morte. Por estas razões, os hipnóticos e sedativos devem ser utilizados com cautela e sob a supervisão de um médico qualificado.

As células ganglionares da retina são um tipo específico de neurônio que se encontram na camada interna da retina, uma estrutura localizada no fundo do olho responsável por processar a luz e enviar informações visuais ao cérebro. Essas células ganglionares são responsáveis por reunir os sinais gerados pelos fotorreceptores (cones e bastonetes) e outras células da retina, transformando-os em impulsos nervosos que são transmitidos via nervo óptico ao cérebro.

Existem diferentes tipos de células ganglionares, cada uma com funções específicas e responsáveis por processar diferentes aspectos da informação visual, como movimento, contraste, cor e forma. Algumas dessas células são capazes de enviar sinais sobre a direção e velocidade dos estímulos visuais, enquanto outras podem ser especializadas em detectar padrões ou formas específicas.

Lesões ou danos nas células ganglionares da retina podem resultar em déficits visuais, como diminuição da acuidade visual, perda de campo visual e alterações no processamento de informações visuais complexas. Algumas doenças oculares, como o glaucoma e a degeneração macular relacionada à idade, podem afetar essas células e levar ao desenvolvimento de condições potencialmente incapacitantes se não forem tratadas adequadamente.

'Resultado do Tratamento' é um termo médico que se refere ao efeito ou consequência da aplicação de procedimentos, medicações ou terapias em uma condição clínica ou doença específica. Pode ser avaliado através de diferentes parâmetros, como sinais e sintomas clínicos, exames laboratoriais, imagiológicos ou funcionais, e qualidade de vida relacionada à saúde do paciente. O resultado do tratamento pode ser classificado como cura, melhora, estabilização ou piora da condição de saúde do indivíduo. Também é utilizado para avaliar a eficácia e segurança dos diferentes tratamentos, auxiliando na tomada de decisões clínicas e no desenvolvimento de diretrizes e protocolos terapêuticos.

"A adaptação fisiológica é o processo em que o corpo humano se ajusta a alterações internas ou externas, tais como exercício físico, exposição ao calor ou frio, altitude elevada ou stress emocional, a fim de manter a homeostase e as funções corporais normais. Este processo envolve uma variedade de mecanismos, incluindo alterações no sistema cardiovascular, respiratório, endócrino e nervoso, que permitem que o corpo se adapte às novas condições e continue a funcionar de maneira eficiente. A adaptação fisiológica pode ser reversível e desaparecer quando as condições que a desencadearam voltarem ao normal."

A palavra "Maleato de Dizocilpina" se refere a um composto farmacêutico específico, que é frequentemente estudado em pesquisas científicas e médicas. É um sal de maleato da dizocilpina, que é um antagonista não competitivo do receptor NMDA de glutamato.

O receptor NMDA desempenha um papel importante na transmissão sináptica e na plasticidade sináptica no cérebro, e a dizocilpina tem sido estudada por sua possível atuação como agente neuroprotetor e no tratamento de doenças neurológicas e psiquiátricas, como a esquizofrenia.

No entanto, é importante notar que o maleato de dizocilpina não está aprovado para uso clínico em humanos e sua pesquisa e desenvolvimento estão atualmente restritos ao ambiente laboratorial e pré-clínico.

Os Receptores Purinérgicos P2 são um tipo de receptor de membrana encontrado em células que são ativados por ligações com ligantes purino, como ATP e ADP. Eles estão divididos em duas subclasses principais: P2X e P2Y. Os Receptores P2X são canais iônicos dependentes de ligante e se ligam a ATP diretamente, enquanto os Receptores P2Y são receptores acoplados à proteína G que se ligam a uma variedade mais ampla de ligantes purino e pyrimidino. Esses receptores desempenham um papel importante em vários processos fisiológicos, incluindo a transmissão sináptica, a resposta inflamatória e a homeostase energética.

Tetraetilamónio, com a fórmula química N(C2H5)4, é um sólido incolor e inflamável à temperatura ambiente. É usado em algumas soluções tinturais como um agente redutor e também foi historicamente usado como um antidetonante em gasolina.

No contexto médico, a exposição ao tetraetilamónio pode ocorrer principalmente por inalação ou contato com a pele e os olhos. A intoxicação por tetraetilamónio é relativamente rara, mas quando ocorre, geralmente afeta o sistema nervoso central e pode causar sintomas como confusão, delírio, agitação, alucinações, convulsões e, em casos graves, coma. A exposição também pode causar irritação nos olhos, nariz, garganta e pulmões.

Em caso de exposição ao tetraetilamónio, é importante procurar imediatamente assistência médica. O tratamento geralmente inclui medidas de suporte, como oxigenoterapia e manutenção da pressão arterial, além de lavagem ocular e remoção de roupas contaminadas em caso de contato com a pele ou olhos. Em casos graves, pode ser necessária hospitalização e tratamento adicional, como ventilação mecânica e administração de medicamentos para controlar os sintomas.

Em medicina e patologia, corantes são substâncias químicas utilizadas para dar coloração a tecidos, células ou microorganismos, com o objetivo de realçar estruturas ou detalhes específicos durante exames microscópicos. Existem diferentes tipos de corantes, como os ácido-base, que se unem a determinados grupos químicos presentes nos tecidos, e os corantes selectivos, que têm afinidade por certos componentes celulares ou bacterianos. Alguns exemplos de corantes comuns são o hematoxilina, eosina, azul de metileno e verde de bromofenol. A escolha adequada do corante e a técnica apropriada de coloração são fundamentais para obter resultados confiáveis e precisos nos exames laboratoriais.

A microscopia eletrônica é um tipo de microscopia que utiliza feixes de elétrons em vez de luz visível para ampliar objetos e obter imagens altamente detalhadas deles. Isso permite que a microscopia eletrônica atinja resoluções muito superiores às dos microscópios ópticos convencionais, geralmente até um nível de milhares de vezes maior. Existem dois tipos principais de microscopia eletrônica: transmissão (TEM) e varredura (SEM). A TEM envolve feixes de elétrons que passam através da amostra, enquanto a SEM utiliza feixes de elétrons que são desviados pela superfície da amostra para gerar imagens. Ambos os métodos fornecem informações valiosas sobre a estrutura, composição e química dos materiais a nanoscala, tornando-se essenciais em diversas áreas de pesquisa e indústria, como biologia, física, química, ciências dos materiais, nanotecnologia e medicina.

Desculpe por qualquer confusão, mas "gatos" em si não são considerados um termo médico. No entanto, gatos são especies de animais domésticos e selvagens da família Felidae. Em um contexto médico, às vezes podemos discutir doenças que afetam gatos ou interações entre gatos e humanos, como alergias a pelos de gato. Mas sim, gatos são animais de companhia comuns, e não há uma definição médica específica para eles.

Retinitis pigmentosa (RP) é um grupo de doenças genéticas que causa degeneração progressiva das células fotorreceptoras (bastonetes e cones) na retina, a membrana sensível à luz no interior do olho. A degeneração leva à perda de visão gradual, geralmente começando com a visão noturna e periferia (visão lateral), e pode progressar para cegueira completa em casos graves.

Os sintomas variam de pessoa para pessoa e podem incluir:

1. Visão noturna prejudicada ou perda da visão noturna (nyctalopia)
2. Perda progressiva da visão periférica (campo visual)
3. Dificuldade em distinguir cores e formas
4. Cegueira total em casos graves e avançados

Existem diferentes tipos e formas de RP, que podem ser herdadas por meios autossômicos dominantes, recessivos ou ligados ao cromossomo X. A idade de início dos sintomas e a taxa de progressão da doença também variam dependendo do tipo específico de RP.

Atualmente, não existe cura para a retinitis pigmentosa, mas os tratamentos podem atrasar a progressão da doença ou ajudar a maximizar a visão remanescente. Estes podem incluir dispositivos de baixa visão, terapia genética e terapia com células-tronco, entre outros.

Isoproterenol é um fármaco simpatomimético que acting como agonista beta-adrenérgico não seletivo. Isso significa que ele estimula os receptores beta-1 e beta-2 adrenérgicos, levando a uma aumento na frequência cardíaca, força de contração cardíaca e dilatação dos brônquios.

É clinicamente usado como um broncodilatador para tratar as crises de asma e outras doenças pulmonares obstrutivas. Além disso, ele também é usado em alguns casos para diagnosticar e testar a função cardíaca.

No entanto, devido a seus efeitos vasodilatadores e taquicárdicos, o uso de isoproterenol pode causar efeitos colaterais indesejados, como palpitações, rubor, sudorese, tremores e hipertensão. Em doses altas, ele pode levar a arritmias cardíacas graves e outras complicações cardiovasculares.

Neuropeptídeos são pequenos peptídeos que atuam como neurotransmissor ou modulador na comunicação entre neurônios no sistema nervoso central. Eles desempenham um papel fundamental em uma variedade de funções fisiológicas e comportamentais, incluindo o processamento sensorial, a regulação do humor, a memória e a aprendizagem, a recompensa e a adicção, o controle da dor, a fisiologia gastrointestinal e cardiovascular, e os processos de crescimento e desenvolvimento.

Os neuropeptídeos são sintetizados a partir de precursores proteicos maiores, que são processados por enzimas específicas em peptídeos menores e ativos. Eles podem ser armazenados em vesículas sinápticas e liberados em resposta a estimulação do neurônio. Uma vez libertados, os neuropeptídeos podem se ligar a receptores específicos em células alvo adjacentes, desencadeando uma cascata de eventos intracelulares que podem levar a alterações na excitabilidade celular e no comportamento.

Existem centenas de diferentes neuropeptídeos identificados em humanos e outros animais, cada um com suas próprias funções específicas e sistemas de regulação. Alguns exemplos bem conhecidos de neuropeptídeos incluem a encefalina, a endorfina, a substance P, o neuropeptide Y, e o hormônio do crescimento.

A taspigargina é um fármaco que pertence à classe dos inhibidores da serina/treonina protease. É derivado da plante Thapsia garganica e tem sido estudada em pesquisas clínicas como um possível tratamento para o câncer, especialmente do câncer de mama e próstata. A taspigargina atua inibindo a enzima protease, que desempenha um papel importante no crescimento e propagação das células cancerosas. No entanto, o uso clínico da taspigargina ainda não foi aprovado pela FDA (Food and Drug Administration) e mais estudos são necessários para determinar sua segurança e eficácia no tratamento do câncer em humanos.

A função ventricular esquerda refere-se à capacidade do ventrículo esquerdo do coração, a câmara inferior da metade esquerda do coração, em se contrair e relaxar de forma eficiente para pompar o sangue rico em oxigênio para todo o corpo. A função ventricular esquerda é essencial para manter a circulação adequada e garantir que os tecidos e órgãos recebam oxigênio suficiente.

Durante a fase de enchimento, o ventrículo esquerdo se relaxa e preenche-se com sangue proveniente da aurícula esquerda através da válvula mitral. Em seguida, durante a sístole ventricular, o músculo cardíaco do ventrículo esquerdo se contrai, aumentando a pressão no interior da câmara e fechando a válvula mitral. A pressão elevada força a abertura da válvula aórtica, permitindo que o sangue seja ejetado para a aorta e distribuído pelo corpo.

A função ventricular esquerda é frequentemente avaliada por meio de exames diagnósticos, como ecocardiogramas, para detectar possíveis disfunções ou doenças, como insuficiência cardíaca congestiva ou doença coronária. A manutenção de uma função ventricular esquerda saudável é crucial para garantir a saúde geral e o bem-estar do indivíduo.

Bário é um elemento químico com símbolo " Ba " e número atômico 56. No campo da medicina, bário é frequentemente usado como um material de contraste em exames de imagem, como uma série de raios X ou tomografias computadorizadas (TC).

Quando ingerido ou inalado sob a forma de um composto de bário, o bário opaca os tecidos moles do corpo, permitindo que as estruturas internas sejam vistas mais claramente em imagens médicas. Por exemplo, um líquido à base de bário pode ser usado para realçar a forma e a posição do trato digestivo superior durante uma exame de raio X.

Embora o uso de bário seja geralmente seguro quando realizado por profissionais treinados, ele pode causar reações alérgicas em algumas pessoas e pode ser perigoso se ingerido em grandes quantidades ou se inalado em forma de poeira. Portanto, o uso de bário em exames de imagem é cuidadosamente monitorado e controlado para minimizar quaisquer riscos potenciais.

Em medicina e fisiologia, a permeabilidade refere-se à capacidade de um tecido ou membrana biológica de permitir o passe de gases, líquidos ou substâncias químicas. É uma propriedade importante dos vasos sanguíneos, glândulas endócrinas e outros órgãos e tecidos. A permeabilidade pode ser alterada por vários fatores, como doenças, lesões ou medicamentos, o que pode resultar em diversas consequências clínicas, dependendo do local e da extensão da alteração. Por exemplo, um aumento na permeabilidade capilar pode causar inchaço (edema) devido à fuga de líquidos dos vasos sanguíneos para o tecido circundante. Da mesma forma, uma diminuição na permeabilidade da membrana celular pode afetar a capacidade das células de absorver nutrientes e eliminar resíduos, o que pode levar a desequilíbrios metabólicos e outros problemas de saúde.

A substituição de aminoácidos em um contexto médico refere-se a uma condição genética ou a um efeito de um medicamento ou terapia que resulta em alterações na sequência normal de aminoácidos em proteínas. Isso pode ocorrer devido a mutações no DNA que codifica as proteínas, levando a uma substituição de um aminoácido por outro durante a tradução do RNA mensageiro. Também pode ser resultado do uso de medicamentos ou terapias que visam substituir certos aminoácidos essenciais que o corpo não consegue produzir sozinho, como no caso da fenilcetonúria (PKU), uma doença genética em que a enzima que descompõe o aminoácido fenilalanina está ausente ou não funciona adequadamente. Neste caso, os pacientes devem seguir uma dieta restrita em fenilalanina e receber suplementos de outros aminoácidos essenciais para prevenir danos ao cérebro e às funções cognitivas.

Simulação de Dinâmica Molecular (SDM) é um método computacional que permite estudar o movimento e a dinâmica de sistemas moleculares ao longo do tempo. Ela consiste em calcular as trajetórias dos átomos e moléculas, baseada nas leis da física clássica ou quantica, considerando as forças interatuaçãomoleculares a partir de um potencial de força previamente definido.

A SDM permite visualizar e analisar a dinâmica dos processos químicos e físicos ao nível atômico, o que é especialmente útil em situações onde a experimentação direta é difícil ou impraticável. Além disso, ela pode ser utilizada para prever propriedades termodinâmicas e estruturais de sistemas moleculares, bem como para estudar reações químicas e processos de transporte em diferentes escalas de tempo e comprimento.

A SDM é amplamente utilizada em diversas áreas da ciência, tais como química, física, biologia estrutural, engenharia de materiais e farmacêutica, fornecendo insights detalhados sobre os mecanismos moleculares subjacentes a diversos fenômenos naturais e artificiais.

Astrócitos são células gliais encontradas no sistema nervoso central (SNC) de vertebrados. Eles são as células gliais mais abundantes no SNC, constituindo cerca de 30% do volume total do cérebro. Astrócitos desempenham um papel importante na manutenção da homeostase do cérebro, fornecendo suporte estrutural e nutricional a neurônios, regulando a composição iônica do líquido extracelular e participando da resposta inflamatória.

Além disso, astrócitos também desempenham um papel importante na sinaptogênese, modulação sináptica e eliminação de sinapses desnecessárias ou danificadas. Eles possuem prolongamentos chamados processos, que se estendem para fora do corpo celular e envolvem neurônios e outras células gliais, formando uma complexa rede interconectada.

Em resposta a lesões ou doenças, astrócitos podem sofrer reações gliosas, que incluem alterações morfológicas e bioquímicas, resultando em formação de uma glia limitans e produção de fatores neurotróficos e citocinas. Essas reações podem ser benéficas ou prejudiciais, dependendo do contexto e da extensão da lesão ou doença.

Em medicina e biologia molecular, a expressão genética refere-se ao processo pelo qual o DNA é transcrito em RNA e, em seguida, traduzido em proteínas. É o mecanismo fundamental pelos quais os genes controlam as características e funções de todas as células. A expressão genética pode ser regulada em diferentes níveis, incluindo a transcrição do DNA em RNA, processamento do RNA, tradução do RNA em proteínas e modificações pós-tradução das proteínas. A disregulação da expressão genética pode levar a diversas condições médicas, como doenças genéticas e câncer.

A Concentração Inibidora 50, ou IC50, é um termo usado em farmacologia e toxicologia para descrever a concentração de um fármaco, toxina ou outra substância que é necessária para inibir metade da atividade de um alvo biológico específico, como uma enzima ou receptor celular. Em outras palavras, é a concentração na qual o inhibidor bloqueia 50% da atividade do alvo.

A medição da IC50 pode ser útil em diversas situações, tais como:

1. Avaliar a potência de um fármaco ou droga: quanto menor for a IC50, maior é a eficácia do composto no inibir o alvo;
2. Comparar diferentes compostos: a IC50 pode ser usada para comparar a potência relativa de diferentes compostos que atuam sobre o mesmo alvo;
3. Estudar mecanismos de resistência a drogas: mudanças na IC50 podem indicar resistência a um fármaco ou droga, o que pode ser útil no desenvolvimento de estratégias para combater essa resistência;
4. Desenvolver novos fármacos: a medição da IC50 é uma etapa importante no processo de desenvolvimento de novos medicamentos, pois permite avaliar a eficácia e segurança dos compostos em estudo.

É importante ressaltar que a IC50 é dependente do tempo e das condições experimentais, como a temperatura, pH e concentração de substrato, entre outros fatores. Portanto, é crucial relatar essas informações ao longo da publicação dos resultados para garantir a reprodutibilidade e comparabilidade dos dados.

Cardiopatia é um termo geral que se refere a qualquer doença ou disfunção do coração. Isso pode incluir uma variedade de condições, como doenças das válvulas cardíacas, doença coronariana (que causa angina e ataques cardíacos), miocardite (inflamação do músculo cardíaco), arritmias (batimentos cardíacos irregulares) e insuficiência cardíaca (incapacidade do coração de bombear sangue adequadamente). Algumas cardiopatias podem ser presentes desde o nascimento (cardiopatias congênitas), enquanto outras desenvolvem ao longo da vida devido a fatores como estilo de vida, idade avançada, história familiar ou doenças sistêmicas que afetam o coração. O tratamento para as cardiopatias varia dependendo da causa subjacente e pode incluir medicação, procedimentos cirúrgicos, estilo de vida modificado e terapia de reabilitação cardiovascular.

O córtex pré-frontal é a região anterior do cérebro localizada frontalmente ao sulco pré-central, abrangendo as circunvoluções do lobo frontal. Essa região desempenha um papel fundamental em diversas funções cognitivas superiores e processos emocionais, tais como a tomada de decisões, planejamento, atenção, memória de trabalho, controle de impulsos, personalidade e autoconsciência. Lesões no córtex pré-frontal podem resultar em alterações significativas no comportamento, julgamento e emoções, dependendo da localização e extensão da lesão.

As células fotorreceptoras cones da retina são tipos específicos de células especializadas na retina do olho que detectam e respondem à luz, desempenhando um papel crucial no processo visual. Existem três tipos principais de cones, cada um deles sensível a diferentes comprimentos de onda da luz, correspondendo a cores específicas: vermelho, verde e azul.

Os cones são menos numerosos do que outro tipo de célula fotorreceptora, chamada bastonetes, mas desempenham um papel fundamental na visão em condições de luz diurna e na percepção da cor. Ao contrário dos bastonetes, os cones necessitam de níveis mais altos de iluminação para funcionar adequadamente.

A informação visual captada pelas células fotorreceptoras cones é transmitida através de uma série complexa de neurónios na retina, até finalmente chegar ao cérebro, onde é processada e interpretada como imagens visuais.

Protein isoforms are variants of a protein that are encoded by different but related genes or by alternatively spliced mRNA transcripts of the same gene. These variations can result in changes in the amino acid sequence, structure, and function of the resulting proteins. Isoforms of proteins can be produced through various mechanisms, including gene duplication, genetic mutation, and alternative splicing of pre-mRNA.

Protein isoforms are common in nature and can be found in all organisms, from bacteria to humans. They play important roles in many biological processes, such as development, differentiation, and adaptation to changing environmental conditions. In some cases, protein isoforms may have overlapping or redundant functions, while in other cases they may have distinct and even opposing functions.

Understanding the structure and function of protein isoforms is important for basic research in biology and for the development of new therapies and diagnostics in medicine. For example, changes in the expression levels or activities of specific protein isoforms have been implicated in various diseases, including cancer, neurodegenerative disorders, and cardiovascular disease. Therefore, targeting specific protein isoforms with drugs or other therapeutic interventions may offer new approaches for treating these conditions.

Em termos médicos, a permeabilidade da membrana celular refere-se à capacidade de substâncias solúveis em líquidos de passarem através da membrana plasmática das células. Essa membrana é seletivamente permeável, o que significa que ela permite o trânsito de alguns tipos de moléculas enquanto restringe ou impede a passagem de outras.

A permeabilidade da membrana celular é regulada por diversos fatores e mecanismos, incluindo proteínas transportadoras (como canais iônicos e bombas de sódio-potássio), lipídios e a estrutura geral da bicamada lipídica. A permeabilidade seletiva é crucial para manter o equilíbrio osmótico, controlar o ambiente interno da célula (homeostase) e permitir a comunicação e sinalização celular.

Alterações na permeabilidade da membrana celular podem resultar em diversas disfunções e doenças, como desequilíbrios iônicos, alterações no pH intracelular, estresse oxidativo e morte celular.

Isoflurano é um agente anestésico general inalatório utilizado em procedimentos cirúrgicos para produzir e manter a anestesia. É classificado como um hidrocarboneto halogenado fluorado, com fórmula química C3H2ClF5O.

Este composto é volátil e líquido à temperatura ambiente, o que facilita sua administração por inalação através de um equipamento especializado, como um ventilador anestésico. Após a inalação, o isoflurano sofre rápida distribuição pelos tecidos corporais e penetra no cérebro, onde age como um depressor do sistema nervoso central.

Algumas propriedades desejáveis do isoflurano incluem:

1. Rápido início e fim da anestesia: O isoflurano é rapidamente absorvido e eliminado, permitindo que os pacientes retornem mais rápido à consciência em comparação com outros agentes anestésicos.
2. Controle preciso da profundidade da anestesia: Aumentando ou diminuindo a concentração de isoflurano no ar inspirado, é possível ajustar rapidamente e facilmente a profundidade da anestesia, mantendo o conforto do paciente durante a cirurgia.
3. Baixa solubilidade nos tecidos: Isoflurano tem uma baixa solubilidade nos tecidos corporais, o que resulta em mudanças rápidas na concentração plasmática e no nível de anestesia em resposta às alterações na concentração inspiratória.
4. Propriedades vasodilatadoras e cardiovasculares: Isoflurano causa vasodilatação periférica, o que pode resultar em uma diminuição da pressão arterial. No entanto, isto geralmente é bem tolerado e reversível após a redução da concentração do agente anestésico.
5. Baixa toxicidade: Isoflurano tem um baixo potencial de toxicidade em comparação com outros agentes anestésicos, tornando-o uma opção segura para cirurgias de longa duração.

Embora existam muitos benefícios associados ao uso de isoflurano como agente anestésico, também há algumas desvantagens. Entre eles estão:

1. Potencial para induzir convulsões: Em concentrações muito altas, isoflurano pode causar convulsões, especialmente em indivíduos com histórico de epilepsia ou outras condições neurológicas pré-existentes.
2. Efeitos sobre a memória e o aprendizado: A exposição prolongada à isoflurana pode afetar negativamente a memória e o aprendizado em animais, embora os efeitos clínicos em humanos sejam menos claros.
3. Impacto no sistema imunológico: Alguns estudos sugerem que a exposição à isoflurana pode suprimir o sistema imunológico, aumentando o risco de infecções pós-operatórias.
4. Potencial para danos hepáticos: Embora raro, a exposição prolongada à isoflurana pode causar danos ao fígado em alguns indivíduos.
5. Efeitos sobre a pressão arterial: Isoflurano pode causar uma diminuição na pressão arterial, especialmente em doses altas ou em indivíduos com problemas cardiovasculares pré-existentes.
6. Potencial para interações medicamentosas: Isoflurano pode interagir com outros medicamentos, alterando seus efeitos e aumentando o risco de eventos adversos.
7. Impacto ambiental: O uso de isoflurano gera resíduos que podem ser prejudiciais ao meio ambiente se não forem tratados adequadamente.

A percepção visual é o processo pelo qual a informação recebida pelos olhos é interpretada e compreendida pelo cérebro. É um processo complexo que envolve vários estágios, incluindo a detecção de luz e cores, a formação de formas e padrões, o reconhecimento de objetos e faces, e o processamento de movimento e profundidade.

A percepção visual começa quando a luz entra no olho através da pupila e atinge a retina, onde é convertida em sinais elétricos que são enviados ao cérebro via nervo óptico. O cérebro processa esses sinais e os transforma em uma representação mental do mundo exterior.

A percepção visual pode ser influenciada por vários fatores, como a atenção, as expectativas, a experiência passada e o estado emocional. Além disso, diferentes pessoas podem ter diferentes estilos de percepção visual, o que pode afetar a forma como elas interpretam as mesmas informações visuais.

Desordens na percepção visual podem resultar em problemas como a dificuldade em reconhecer rostos ou objetos, a confusão entre formas e cores, e a má percepção de profundidade e movimento. Esses problemas podem ser causados por lesões cerebrais, doenças neurológicas ou outras condições médicas.

De acordo com a definição médica, uma larva é uma forma imatura e distinta encontrada em alguns animais durante seu ciclo de vida, geralmente associada àqueles que passam por metamorfose. Ela se desenvolve a partir do ovo e subsequentemente se transforma em uma forma adulta através de processos de crescimento e diferenciação celular complexos.

As larvas apresentam morfologia, fisiologia e comportamento distintos dos indivíduos adultos, o que as torna adaptadas a um modo de vida específico, geralmente relacionado ao ambiente aquático ou à alimentação de substâncias diferentes das que serão consumidas na forma adulta.

Um exemplo clássico é a larva da rã (girino), que habita ambientes aquáticos e se alimenta de vegetais e organismos planctônicos, enquanto a rã adulta vive em ambientes terrestres e se alimenta de pequenos animais. Outro exemplo é a larva da mosca doméstica (mosca), que se desenvolve dentro de um invólucro protector (cria) e se alimenta de matérias orgânicas em decomposição, enquanto a mosca adulta tem hábitos alimentares diferentes e voa livremente.

A diferenciação celular é um processo biológico em que as células embrionárias imaturas e pluripotentes se desenvolvem e amadurecem em tipos celulares específicos com funções e estruturas distintas. Durante a diferenciação celular, as células sofrem uma série de mudanças genéticas, epigenéticas e morfológicas que levam à expressão de um conjunto único de genes e proteínas, o que confere às células suas características funcionais e estruturais distintivas.

Esse processo é controlado por uma complexa interação de sinais intracelulares e extracelulares, incluindo fatores de transcrição, modificações epigenéticas e interações com a matriz extracelular. A diferenciação celular desempenha um papel fundamental no desenvolvimento embrionário, na manutenção dos tecidos e órgãos em indivíduos maduros e na regeneração de tecidos danificados ou lesados.

A capacidade das células de se diferenciar em tipos celulares específicos é uma propriedade importante da medicina regenerativa e da terapia celular, pois pode ser utilizada para substituir as células danificadas ou perdidas em doenças e lesões. No entanto, o processo de diferenciação celular ainda é objeto de intenso estudo e pesquisa, uma vez que muitos aspectos desse processo ainda não são completamente compreendidos.

Em termos médicos, memória é definida como a capacidade do cérebro de codificar, armazenar e recuperar informações. Ela desempenha um papel fundamental no aprendizado, na resolução de problemas, no raciocínio e em outras funções cognitivas superiores. A memória pode ser classificada em diferentes tipos, dependendo do tempo de armazenamento e da natureza dos itens lembrados:

1. Memória sensorial: É a forma mais curta de memória, responsável por manter informações por menos de um segundo a alguns segundos. Ela registra as impressões dos sentidos antes que sejam processadas e enviadas para a memória de curto prazo.

2. Memória de curto prazo (memória de trabalho): É a capacidade de manter e manipular informações ativas na mente por aproximadamente 20 a 30 segundos, sem repeti-las ou receber mais estímulos relacionados. A maioria das pessoas pode armazenar entre 5 a 9 itens neste tipo de memória.

3. Memória de longo prazo: É a forma de memória responsável por armazenar informações por períodos prolongados, desde horas até toda a vida. Ela pode ser subdividida em:

a. Memória explícita (declarativa): Pode ser consciente ou inconsciente e envolve o aprendizado de fatos e eventos específicos, como nomes, datas e fatos. A memória explícita pode ser subdividida em:

i. Memória episódica: Armazena informações sobre eventos específicos, incluindo o contexto e as emoções associadas a eles.
ii. Memória semântica: Guarda conhecimento geral, como fatos, conceitos e linguagem.

b. Memória implícita (não declarativa): É inconsciente e envolve habilidades condicionadas, procedimentais e de aprendizado por prática. Inclui:

i. Condicionamento clássico: Aprendizagem associativa entre estímulos e respostas.
ii. Habilidades motoras: Aprendizagem de habilidades físicas, como andar de bicicleta ou escrever à mão.
iii. Memória procissional: Temporariamente armazena informações ativas durante a execução de uma tarefa, como lembrar um telefone enquanto se marca um número.

A memória pode ser afetada por vários fatores, como idade, estresse, doenças mentais e neurológicas, drogas e álcool. Além disso, a forma como as informações são apresentadas e processadas pode influenciar na sua consolidação e recuperação.

As sulfonamidas são um tipo de antibiótico sintético que é amplamente utilizado no tratamento de infecções bacterianas. Elas funcionam inibindo a enzima bacteriana dihidropteroato sintase, impedindo assim a síntese de ácido fólico e, consequentemente, o crescimento bacteriano.

As sulfonamidas são derivadas da sulfanilamida e foram umas das primeiras classes de antibióticos a serem desenvolvidas e amplamente utilizadas na prática clínica. Elas são eficazes contra uma variedade de bactérias gram-positivas e gram-negativas, incluindo Streptococcus pneumoniae, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis e Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), entre outros.

No entanto, o uso de sulfonamidas tem vindo a diminuir devido ao aumento da resistência bacteriana a estes antibióticos e à disponibilidade de alternativas terapêuticas mais eficazes e seguras. Além disso, as sulfonamidas podem causar reações adversas graves em alguns indivíduos, especialmente em crianças menores de 2 meses de idade e em pessoas com deficiências imunitárias ou anemia hemolítica.

As sulfonamidas estão disponíveis em várias formas, incluindo comprimidos, cápsulas, suspensões e cremes, e podem ser administradas por via oral, tópica ou intravenosa, dependendo da infecção a ser tratada. Algumas sulfonamidas comuns incluem sulfametoxazol/trimetoprim (Bactrim, Septra), sulfasalazine (Azulfidine) e dapsone.

Agonistas adrenérgicos beta são drogas ou substâncias que se ligam e ativam os receptores adrenérgicos beta do sistema nervoso simpático. Existem três tipos principais de receptores adrenérgicos beta: beta-1, beta-2 e beta-3, cada um com funções específicas no corpo.

A ativação dos receptores adrenérgicos beta-1 aumenta a frequência cardíaca e a força de contração do músculo cardíaco, enquanto a ativação dos receptores adrenérgicos beta-2 promove a dilatação dos brônquios e a relaxação da musculatura lisa dos vasos sanguíneos. Além disso, os agonistas adrenérgicos beta-3 estão envolvidos no metabolismo de gorduras.

Existem diferentes agonistas adrenérgicos beta disponíveis no mercado farmacêutico, cada um com efeitos específicos dependendo do tipo de receptor beta que eles ativam. Alguns exemplos incluem:

* Agonistas beta-1 selectivos (ex.: dobutamina, doprexima): utilizados no tratamento de insuficiência cardíaca congestiva e choque cardiogênico.
* Agonistas beta-2 selectivos (ex.: salbutamol, terbutalina): utilizados no tratamento de asma, bronquite crônica e outras doenças pulmonares obstrutivas.
* Agonistas não-selectivos (ex.: isoprenalina, epinefrina): utilizados em situações de emergência para tratar choque e parada cardiorrespiratória.

Como qualquer medicamento, os agonistas adrenérgicos beta podem causar efeitos adversos, especialmente se forem usados em doses altas ou por longos períodos de tempo. Alguns desses efeitos adversos incluem taquicardia, hipertensão arterial, rubor facial, ansiedade, tremores e sudorese. Em casos graves, podem ocorrer arritmias cardíacas, infarto do miocárdio e morte súbita. Portanto, é importante que os pacientes usem esses medicamentos apenas sob orientação médica e sigam rigorosamente as instruções de dose e duração do tratamento.

Enzimatic inhibitors are substances that reduce or prevent the activity of enzymes. They work by binding to the enzyme's active site, or a different site on the enzyme, and interfering with its ability to catalyze chemical reactions. Enzymatic inhibitors can be divided into two categories: reversible and irreversible. Reversible inhibitors bind non-covalently to the enzyme and can be removed, while irreversible inhibitors form a covalent bond with the enzyme and cannot be easily removed.

Enzymatic inhibitors play an important role in regulating various biological processes and are used as therapeutic agents in the treatment of many diseases. For example, ACE (angiotensin-converting enzyme) inhibitors are commonly used to treat hypertension and heart failure, while protease inhibitors are used in the treatment of HIV/AIDS.

However, it's important to note that enzymatic inhibition can also have negative effects on the body. For instance, some environmental toxins and pollutants act as enzyme inhibitors, interfering with normal biological processes and potentially leading to adverse health effects.

Os antagonistas de dopamina são drogas ou substâncias que bloqueiam os efeitos da dopamina, um neurotransmissor importante no cérebro. Eles fazem isso se ligando aos receptores de dopamina no cérebro e impedindo que a dopamina se ligue a eles. Isso resulta em uma interrupção dos sinais químicos enviados pelos neurônios que usam a dopamina como neurotransmissor.

Existem diferentes tipos de antagonistas de dopamina, classificados com base nos receptores específicos de dopamina que eles bloqueiam. Alguns exemplos incluem:

1. Antagonistas do receptor D1: essas drogas bloqueiam o receptor D1 da dopamina e são usadas no tratamento de transtornos psicóticos, como a esquizofrenia.
2. Antagonistas do receptor D2: essas drogas bloqueiam o receptor D2 da dopamina e são usadas no tratamento de transtornos psicóticos, náuseas e vômitos, e doença de Parkinson.
3. Antagonistas dos receptores D3-D5: essas drogas bloqueiam os receptores D3 a D5 da dopamina e são usadas no tratamento de transtornos psicóticos e dependência de substâncias.

Alguns exemplos de antagonistas de dopamina incluem a haloperidol, a risperidona, a olanzapina, a paliperidona, a quetiapina, a clozapina, a metoclopramida e a domperidona. É importante notar que os antagonistas de dopamina podem ter efeitos colaterais significativos, como movimentos involuntários, sedação, aumento de peso e alterações no ritmo cardíaco, entre outros. Portanto, eles devem ser usados com cuidado e sob a supervisão de um médico.

As artérias cerebrais são os vasos sanguíneos que fornecem sangue oxigenado e nutrientes para o cérebro. Existem duas principais artérias cerebrais, a artéria carótida interna e a artéria vertebral, que se unem para formar os cirúrgicos cerebrais anteriores, médios e posteriores. A artéria carótida interna se divide em duas artérias cerebrais internas que fornecem sangue para a maior parte do cérebro, incluindo o córtex cerebral e os lóbulos frontais, temporais e parietais. A artéria vertebral se une com a outra artéria vertebral para formar a artéria basilar, que então se divide em duas artérias cerebrais posteriores que fornecem sangue para o cérebro inferior, incluindo o córtex occipital e o tronco encefálico. Essas artérias são fundamentais para a saúde do cérebro e qualquer problema nelas, como obstrução ou hemorragia, pode resultar em sérios problemas neurológicos, como derrames cerebrais ou AVCs.

As proteínas oftalmológicas, também conhecidas como proteínas relacionadas a doenças oculares, se referem a um grupo específico de proteínas que estão associadas a várias condições e doenças oculares. Essas proteínas desempenham funções importantes no olho, como manter a integridade da estrutura ocular, participar na regulação dos processos fisiológicos e metabólicos, e proteger contra danos e doenças. No entanto, mutações em certos genes que codificam essas proteínas podem levar ao desenvolvimento de várias patologias oculares.

Algumas das proteínas oftalmológicas mais conhecidas e suas respectivas associações com doenças incluem:

1. Opsina: É uma proteína importante na visão, presente nos bastonetes e cones da retina. Mutações nesse gene podem causar diversas doenças como a retinite pigmentosa e o daltonismo.

2. Rodopsina: Outra proteína relacionada à visão, é responsável pela detecção da luz na retina. Mutações nessa proteína podem resultar em doenças como a retinite pigmentosa e o daltonismo.

3. Colágeno: É uma proteína estrutural importante no olho, presente no tecido conjuntivo da córnea e da esclera. Mutações nesse gene podem causar doenças como a queratocono (deformação da córnea) e o síndrome de Ehlers-Danlos (afeta a integridade dos tecidos conjuntivos).

4. Cristalina: É uma proteína presente no humor aquoso e no vitreo, responsável por manter a transparência do olho. Mutações nesse gene podem resultar em cataratas (opacidade do cristalino) e glaucoma (aumento da pressão intraocular).

5. Timidina fosforilase: É uma enzima presente na retina, responsável pela manutenção dos níveis de energia nas células fotorreceptoras. Mutações nesse gene podem causar a doença de Leber congênita amaurose (LCA), uma forma rara de cegueira hereditária.

6. Aquaporina: É uma proteína presente na membrana das células da córnea, responsável pelo transporte de água e íons. Mutações nesse gene podem resultar em doenças como a queratocono e a seca ocular.

7. Fator de transcrição RP65: É uma proteína presente nas células da retina, responsável pela regulação da expressão gênica. Mutações nesse gene podem causar a retinite pigmentosa e outras doenças degenerativas da retina.

8. Proteína de choque térmico HSP27: É uma proteína presente nas células da retina, responsável pela proteção contra o estresse oxidativo e a apoptose. Mutações nesse gene podem causar a degeneração macular associada à idade (DMAE) e outras doenças relacionadas à idade.

9. Proteína de choque térmico HSP70: É uma proteína presente nas células da retina, responsável pela proteção contra o estresse oxidativo e a apoptose. Mutações nesse gene podem causar a degeneração macular associada à idade (DMAE) e outras doenças relacionadas à idade.

10. Proteína de choque térmico HSP90: É uma proteína presente nas células da retina, responsável pela proteção contra o estresse oxidativo e a apoptose. Mutações nesse gene podem causar a degeneração macular associada à idade (DMAE) e outras doenças relacionadas à idade.

A ouabaína é um glicosídeo cardiotônico, o que significa que tem efeitos farmacológicos no músculo cardíaco. É derivado da planta Strophanthus gratus, originária da África tropical. A ouabaína atua como uma toxina para insetos, mas em humanos, é usada como um fármaco para tratar insuficiência cardíaca congestiva e arritmias cardíacas.

Ela funciona ao inibir a enzima Na+/K+ ATPase no miocárdio, aumentando assim a concentração de cálcio intracelular no músculo cardíaco. Isso resulta em um aumento da força de contração cardíaca e também pode ajudar a regular o ritmo cardíaco. No entanto, devido aos seus efeitos significativos sobre o coração, a ouabaína é geralmente administrada sob estrita supervisão médica e em doses cuidadosamente controladas.

Como qualquer medicamento, a ouabaína pode ter efeitos colaterais indesejáveis e interações com outros medicamentos. Portanto, é importante que sua utilização seja discutida e monitorada por um profissional de saúde qualificado.

A serotonina é um neurotransmissor, ou seja, uma substância química que transmite sinais entre células nervosas. Ele desempenha um papel importante na regulação do humor, sono, apetite, memória e aprendizagem, entre outros processos no corpo humano. A serotonina é produzida a partir do aminoácido triptofano e pode ser encontrada em altas concentrações no sistema gastrointestinal e no cérebro. Alterações nos níveis de serotonina têm sido associadas a diversos distúrbios psiquiátricos, como depressão e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Simportador é um termo usado em fisiologia e bioquímica para descrever uma proteína que transporta duas ou mais moléculas ou íons através de uma membrana celular durante o processo de simporte. Ao contrário dos antipoportadores, que trocam duas moléculas diferentes no processo de antiporte, os simportadores movem as moléculas em direção à mesma direção no processo de simporte.

Em um contexto médico, o termo "simportador" pode ser usado para descrever proteínas específicas que estão envolvidas no transporte de nutrientes, como açúcares e aminoácidos, através das membranas celulares. Por exemplo, o simportador GLUT-1 é uma proteína que transporta glicose do sangue para as células em todo o corpo.

Além disso, os simportadores também desempenham um papel importante no funcionamento de vários sistemas corporais, como o sistema nervoso e o sistema digestivo. Por exemplo, os simportadores podem ser encontrados nas membranas das células do intestino delgado, onde eles ajudam a absorver nutrientes dos alimentos digeridos. No cérebro, os simportadores desempenham um papel crucial na regulação da concentração de neurotransmissores, como o glutamato e o glicina, nas sinapses entre as células nervosas.

Em resumo, "simportador" é um termo médico que se refere a uma proteína que transporta duas ou mais moléculas ou íons em direção à mesma direção através de uma membrana celular. Essas proteínas desempenham um papel importante no transporte de nutrientes e na regulação de vários sistemas corporais, incluindo o sistema nervoso e o sistema digestivo.

As vias aferentes referem-se aos neurônios ou fibras nervosas que conduzem impulsos nervosos para o sistema nervoso central (SNC), geralmente do sistema sensorial periférico. Eles transmitem informações sensoriais, como toque, dor, temperatura e propriocepção, dos órgãos sensoriais e receptores localizados no corpo para o cérebro e medula espinal. Esses impulsos aferentes são processados e integrados no SNC, permitindo que o organismo perceba e responda adequadamente a estímulos internos e externos.

"Caenorhabditis elegans" é um tipo de nemátodo, ou verme redondo, que é frequentemente usado em estudos de biologia e genética. Ele mede aproximadamente 1 milímetro de comprimento e tem um ciclo de vida relativamente curto, o que o torna uma espécie conveniente para pesquisas laboratoriais.

Além disso, "C. elegans" é um organismo modelo importante porque seu corpo contém apenas aproximadamente 1.000 células e sua anatomia é bem compreendida. Todos os indivíduos machos desta espécie possuem exatamente 1.031 células no estado adulto, enquanto as fêmeas têm 959 células. Além disso, o genoma de "C. elegans" foi completamente sequenciado, o que permite aos pesquisadores estudar sua genética com precisão.

Outra vantagem do uso de "C. elegans" em pesquisas é seu curto tempo de geração e sua capacidade de se reproduzir por partenogênese, o que significa que as fêmeas podem produzir embriões sem a necessidade de fertilização masculina. Isso permite aos pesquisadores criar populações geneticamente uniformes rapidamente e facilmente.

"C. elegans" é frequentemente usado em estudos de desenvolvimento, neurobiologia, aprendizado e memória, doenças humanas e outras áreas da biologia. Sua simplicidade e fácil manipulação o tornam uma importante ferramenta de pesquisa em biologia molecular e celular.

Anestésicos locais são drogas que bloqueiam a condução de impulsos nervosos, causando perda de sensação em uma área do corpo sem causar inconsciência. Eles funcionam ao inibir o canal de sódio dependente de voltagem nas membranas dos neurônios, o que impede a geração e propagação de potenciais de ação.

Existem diferentes tipos de anestésicos locais, incluindo amidas e ésteres. Alguns exemplos comuns de anestésicos locais são a lidocaína, prilocaína, bupivacaína e procaina. Essas drogas podem ser administradas por injeção direta no local a ser anestesiado ou em forma de creme ou spray para uso tópico.

Os anestésicos locais são usados em uma variedade de procedimentos médicos e odontológicos, como cirurgias menores, suturas, extrações dentárias e infiltrações. Eles podem ser usados sozinhos ou em combinação com outros medicamentos para aumentar seu efeito anestésico e prolongar sua duração de ação.

Embora os anestésicos locais sejam geralmente seguros quando usados corretamente, eles podem causar efeitos adversos graves em alguns indivíduos, especialmente se administrados em excesso ou por via errada. Os efeitos adversos mais comuns incluem dor no local de injeção, formigueiro, entumecimento e rubor. Em casos raros, a overdose pode levar a convulsões, parada cardíaca ou respiratória.

A regulação da expressão gênica é o processo pelo qual as células controlam a ativação e desativação dos genes, ou seja, como as células produzem ou suprimem certas proteínas. Isso é fundamental para a sobrevivência e funcionamento adequado de uma célula, pois permite que ela responda a estímulos internos e externos alterando sua expressão gênica. A regulação pode ocorrer em diferentes níveis, incluindo:

1. Nível de transcrição: Fatores de transcrição se ligam a sequências específicas no DNA e controlam se um gene será transcrito em ARN mensageiro (mRNA).

2. Nível de processamento do RNA: Após a transcrição, o mRNA pode ser processado, incluindo capear, poliadenilar e splicing alternativo, afetando assim sua estabilidade e tradução.

3. Nível de transporte e localização do mRNA: O local onde o mRNA é transportado e armazenado pode influenciar quais proteínas serão produzidas e em que quantidades.

4. Nível de tradução: Proteínas chamadas iniciadores da tradução podem se ligar ao mRNA e controlar quando e em que taxa a tradução ocorrerá.

5. Nível de modificação pós-traducional: Depois que uma proteína é sintetizada, sua atividade pode ser regulada por meio de modificações químicas, como fosforilação, glicosilação ou ubiquitinação.

A regulação da expressão gênica desempenha um papel crucial no desenvolvimento embrionário, diferenciação celular e resposta às mudanças ambientais, bem como na doença e no envelhecimento.

A adenosina é uma substância química natural que ocorre no corpo humano e desempenha um papel importante em diversas funções biológicas. É um nucleósido, formado pela combinação de adenina, uma base nitrogenada, com ribose, um açúcar simples.

Na medicina, a adenosina é frequentemente usada como um medicamento para tratar determinadas condições cardíacas, como ritmos cardíacos anormais (arritmias). Ao ser administrada por via intravenosa, a adenosina atua no nó AV do coração, interrompendo a condução elétrica e permitindo que o coração retome um ritmo normal.

Apesar de sua importância como medicamento, é importante notar que a adenosina também desempenha outras funções no corpo humano, incluindo a regulação da pressão arterial e do fluxo sanguíneo, além de estar envolvida no metabolismo de energia das células.

A percepção espacial é um aspecto da percepção que envolve a habilidade de compreender, interpretar e jogar com os aspectos espaciais do ambiente circundante. Em termos médicos ou neuropsicológicos, isso geralmente se refere à capacidade de uma pessoa de localizar objetos em relação um ao outro e a si mesma, estimar distâncias e direções, e mentalmente manipular imagens espaciais. Essas habilidades são importantes para navegação, atividades motoras complexas e tarefas visuoespaciais, como ler um mapa ou encaixar peças de quebra-cabeça. Lesões no cérebro, especialmente no lobo parietal, podem afetar a percepção espacial.

Em termos médicos, a "comunicação celular" refere-se ao processo de troca e transmissão de informações e sinais entre as células de um organismo vivo. Isto é fundamental para a coordenação e regulamentação de diversas funções celulares e teciduais, incluindo a resposta às mudanças ambientais e à manutenção da homeostase. A comunicação celular pode ocorrer por meio de vários mecanismos, tais como a libertação e detecção de moléculas mensageiras (como hormonas, neurotransmissores e citocinas), contato direto entre células (através de juncções comunicantes ou receptores de superfície celular) e interações mediadas por campo elétrico ou mecânicas. A compreensão da comunicação celular é crucial para a nossa compreensão do funcionamento normal dos organismos, assim como para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas para uma variedade de condições médicas.

Em farmacologia e química, um ligante é uma molécula ou íon que se liga a um centro biológico activo, tais como receptores, enzimas ou canais iónicos, formando uma complexo estável. A ligação pode ocorrer através de interacções químicas não covalentes, como pontes de hidrogénio, forças de Van der Waals ou interacções iónicas.

Os ligantes podem ser classificados em agonistas, antagonistas e inibidores. Os agonistas activam o centro biológico activo, imitando a acção do endógeno (substância natural produzida no organismo). Os antagonistas bloqueiam a acção dos agonistas, impedindo-os de se ligarem ao centro activo. Por outro lado, os inibidores enzimáticos impedem a actividade enzimática através da ligação covalente ou não covalente à enzima.

A afinidade de um ligante por um determinado alvo biológico é uma medida da força da sua interacção e é frequentemente expressa em termos de constante de dissociação (Kd). Quanto menor for o valor de Kd, maior será a afinidade do ligante pelo alvo.

A ligação de ligantes a receptores ou enzimas desempenha um papel fundamental no funcionamento dos sistemas biológicos e é alvo de muitos fármacos utilizados em terapêutica.

O Transporte Proteico é um processo biológico fundamental em que as células utilizam proteínas específicas, denominadas proteínas de transporte ou carreadoras, para movimentar moléculas ou íons através das membranas celulares. Isso permite que as células mantenham o equilíbrio e a homeostase dos componentes internos, além de facilitar a comunicação entre diferentes compartimentos celulares e a resposta às mudanças no ambiente externo.

Existem vários tipos de transporte proteico, incluindo:

1. Transporte passivo (ou difusão facilitada): Neste tipo de transporte, as moléculas se movem através da membrana celular acompanhadas por uma proteína de transporte, aproveitando o gradiente de concentração. A proteína de transporte não requer energia para realizar este processo e geralmente permite que as moléculas polares ou carregadas atravessem a membrana.
2. Transporte ativo: Neste caso, a célula utiliza energia (geralmente em forma de ATP) para movimentar as moléculas contra o gradiente de concentração. Existem dois tipos de transporte ativo:
a. Transporte ativo primário: As proteínas de transporte, como a bomba de sódio-potássio (Na+/K+-ATPase), utilizam energia diretamente para mover as moléculas contra o gradiente.
b. Transporte ativo secundário: Este tipo de transporte é acionado por um gradiente de concentração pré-existente de outras moléculas. As proteínas de transporte aproveitam esse gradiente para mover as moléculas contra o seu próprio gradiente, geralmente em conjunto com o transporte de outras moléculas no mesmo processo (co-transporte ou anti-transporte).

As proteínas envolvidas no transporte através das membranas celulares desempenham um papel fundamental na manutenção do equilíbrio iônico e osmótico, no fornecimento de nutrientes às células e no processamento e eliminação de substâncias tóxicas.

A lateralidade funcional refere-se à preferência consistente e dominante de um lado do corpo para a realização de atividades ou funções específicas, especialmente aquelas que requerem coordenação motora fina e habilidades visuoespaciais. Isto geralmente é referido como a dominância da mão, olho, ou orelha, dependendo do lado do corpo que uma pessoa naturalmente tende a usar para escrever, mirar ou ouvir. Em alguns casos, a lateralidade funcional pode não ser claramente definida, o que é às vezes referido como "lateralidade cruzada" ou "ambidirecionalidade", onde as pessoas podem usar diferentes lados do corpo para diferentes funções. A determinação da lateralidade funcional pode ser importante em contextos clínicos, pois a dominância unilateral geralmente está associada a melhores habilidades motoras e cognitivas. No entanto, a presença de lateralidade cruzada ou ambidirecionalidade não necessariamente indica um problema ou deficiência subjacente.

Vigília, em termos médicos, refere-se a um estado de alerta e consciência em que um indivíduo está acordado e ativamente participando ou interagindo com o ambiente ao seu redor. Durante a vigília, os indivíduos geralmente têm a capacidade de processar informações, tomar decisões e se engajar em atividades físicas e mentais. É o oposto do estado de sono ou sonolência, no qual as pessoas experimentam redução da consciência e responsividade ao ambiente externo. A vigília é controlada por sistemas complexos no cérebro que regulam os estados de alerta e sono.

De acordo com a medicina e biologia, peixes são organismos aquáticos vertebrados que pertencem à classe Osteichthyes (ou Teleostei), geralmente possuem corpo coberto por escamas, barbatanas para locomoção, brânquias para respirar e vivem exclusivamente em ambientes aquáticos. Existem aproximadamente 32 mil espécies diferentes de peixes, variando em tamanho, forma, habitat e comportamento. Alguns exemplos comuns incluem a tilápia, salmão, carpa, tubarão e goldfish. Peixes desempenham um papel importante no ecossistema e também são uma fonte importante de alimento para os humanos.

Na biologia celular, a separação celular refere-se ao processo final da divisão celular, no qual as duas células filhas resultantes de uma única célula original são fisicamente separadas. Isto é alcançado por um processo complexo envolvendo a modificação do citoesqueleto e a formação de uma estrutura chamada fuso mitótico, que garante que os cromossomos sejam igualmente distribuídos entre as células filhas. A separação celular é controlada por uma série de proteínas e enzimas que coordenam a divisão do citoplasma e a formação da membrana celular. Desregulações neste processo podem levar a diversas condições médicas, incluindo câncer e anormalidades congénitas.

A "Mutagênese Sítio-Dirigida" é um termo utilizado em biologia molecular para descrever um processo específico de introdução intencional de mutações em um gene ou segmento específico do DNA. A técnica envolve a utilização de enzimas conhecidas como "mutagenases sítio-dirigidas" ou "endonucleases de restrição com alta especificidade", que são capazes de reconhecer e cortar sequências de DNA específicas, criando assim uma quebra no DNA.

Após a quebra do DNA, as células utilizam mecanismos naturais de reparo para preencher o espaço vazio na cadeia de DNA, geralmente através de um processo chamado "recombinação homóloga". No entanto, se as condições forem controladas adequadamente, é possível que a célula insira uma base errada no local de reparo, o que resultará em uma mutação específica no gene ou segmento desejado.

Esta técnica é amplamente utilizada em pesquisas científicas para estudar a função e a estrutura dos genes, bem como para desenvolver modelos animais de doenças humanas com o objetivo de melhorar o entendimento da patogênese e avaliar novas terapias. Além disso, a mutagênese sítio-dirigida também tem aplicação em engenharia genética para a produção de organismos geneticamente modificados com propriedades desejadas, como a produção de insulina humana em bactérias ou a criação de plantas resistentes a pragas.

Microscopia é um método de investigação e técnica de laboratório que utiliza um microscópio para visualizar objetos ou estruturas muito pequenas, invisíveis a olho nu. A microscopia permite a observação detalhada de amostras em diferentes escalas, desde alguns micrômetros até frações de nanômetro.

Existem vários tipos de microscópios, como o microscópio óptico (luminescente), microscópio eletrônico, microscópio de força atômica e outras variações avançadas. Cada tipo utiliza diferentes princípios físicos para ampliar a imagem da amostra e obter diferentes níveis de resolução e contraste.

A microscopia é essencial em diversas áreas do conhecimento, como biologia, medicina, ciência dos materiais, química e física, fornecendo informações valiosas sobre a estrutura, composição e função de células, tecidos, organismos microscópicos, superfícies e outros materiais.

Los antagonistas adrenérgicos beta son un tipo de fármaco que bloquea los receptores beta-adrenérgicos en el cuerpo. Estos receptores se encuentran en varios tejidos y órganos, como el corazón, los pulmones, los vasos sanguíneos, el hígado y los riñones.

Cuando las moléculas de adrenalina (también conocida como epinefrina) o noradrenalina (norepinefrina) se unen a estos receptores, desencadenan una serie de respuestas fisiológicas que aumentan la frecuencia cardíaca, la contractilidad del músculo cardíaco, la relajación del músculo liso bronquial y la vasodilatación.

Los antagonistas adrenérgicos beta se unen a estos receptores sin activarlos, impidiendo así que las moléculas de adrenalina o noradrenalina se unan y desencadenen una respuesta. Como resultado, los fármacos de esta clase reducen la frecuencia cardíaca, la contractilidad del músculo cardíaco, la broncoconstricción y la vasoconstricción.

Existen tres subtipos de receptores beta-adrenérgicos: beta1, beta2 y beta3. Los antagonistas adrenérgicos beta pueden ser selectivos para uno o más de estos subtipos. Por ejemplo, los betabloqueantes no selectivos bloquean tanto los receptores beta1 como beta2, mientras que los betabloqueantes selectivos solo bloquean los receptores beta1.

Estos fármacos se utilizan en el tratamiento de una variedad de condiciones médicas, como la hipertensión arterial, la angina de pecho, el glaucoma y las arritmias cardíacas. También se utilizan en el tratamiento del temblor esencial y el glaucoma de ángulo abierto.

O "Peixe-Zebra" não é um termo médico comum. No entanto, parece que você se refere a uma condição genética rara em humanos também conhecida como Síndrome da Cornualina ou Displasia Cornual. A displasia cornual é uma anomalia congênita extremamente rara que afeta o desenvolvimento dos dentes, face e crânio. As pessoas com essa condição podem apresentar características faciais distintas, como fissuras ou sulcos na superfície da face, semelhantes a lascas de peixe, o que leva à comparação com a aparência de um peixe-zebra. Essa condição é geralmente associada a anomalias dentárias e pode ser herdada como um traço autossômico dominante ou recessivo, dependendo do tipo genético específico.

Neuroglia, também conhecida como glia ou células gliais, refere-se a um tipo específico de células que preenchem o sistema nervoso central (SNC) e fornece suporte estrutural e nutricional aos neurônios. Embora não sejam responsáveis pela transmissão de sinais elétricos, como os neurônios, as células neurogliais desempenham um papel crucial em várias funções importantes do SNC, incluindo isolamento e proteção dos neurônios, regulando a composição do líquido extracelular, apoio à manutenção da homeostase iônica e neurotrófica, eliminação de resíduos metabólicos e participação ativa em processos inflamatórios e reparo de lesões.

Existem diferentes tipos de células neurogliais, cada uma com suas próprias funções distintivas:

1. Astrocitos: São as células gliais mais abundantes no SNC e desempenham um papel importante na manutenção da homeostase iônica e neurotrófica em volta dos neurônios. Eles também participam na formação de barreiras hematoencefálicas, que ajudam a proteger o cérebro contra substâncias nocivas no sangue.

2. Oligodendrócitos: Essas células produzem e envolvem mielina em volta dos axônios dos neurônios no SNC, formando os feixes de mielina que isolam e protegem os axônios, permitindo assim a condução rápida e eficiente dos sinais elétricos ao longo deles.

3. Microglia: São as células responsáveis pela resposta imune no SNC. Eles desempenham um papel crucial na detecção, fagocitose e eliminação de patógenos, substâncias estranhas e detritos celulares, além de ajudar a remodelar a sinapse neuronal.

4. Células de Ependima: Linham os ventrículos cerebrais e o canal central da medula espinhal, secretando líquido cefalorraquidiano (LCR) e ajudando a manter um ambiente homeostático no SNC.

5. Células de Schwan: São células gliais encontradas no sistema nervoso periférico (SNP), produzindo e envolvendo mielina em volta dos axônios dos neurônios no SNP, fornecendo isolamento e proteção aos axônios.

Em resumo, as células gliais são componentes vitais do sistema nervoso central e periférico, desempenhando diversas funções importantes que vão desde o suporte metabólico e nutricional aos neurônios até a proteção e manutenção da homeostase iônica no ambiente neural. Além disso, elas também desempenham papéis cruciais em processos como a remielinização, regeneração e reparo dos axônios após lesões ou doenças neurodegenerativas.

Proteínas recombinantes são proteínas produzidas por meio de tecnologia de DNA recombinante, que permite a inserção de um gene de interesse (codificando para uma proteína desejada) em um vetor de expressão, geralmente um plasmídeo ou vírus, que pode ser introduzido em um organismo hospedeiro adequado, como bactérias, leveduras ou células de mamíferos. O organismo hospedeiro produz então a proteína desejada, que pode ser purificada para uso em pesquisas biomédicas, diagnóstico ou terapêutica.

Este método permite a produção de grandes quantidades de proteínas humanas e de outros organismos em culturas celulares, oferecendo uma alternativa à extração de proteínas naturais de fontes limitadas ou difíceis de obter. Além disso, as proteínas recombinantes podem ser produzidas com sequências específicas e modificadas geneticamente para fins de pesquisa ou aplicação clínica, como a introdução de marcadores fluorescentes ou etiquetas de purificação.

As proteínas recombinantes desempenham um papel importante no desenvolvimento de vacinas, terapias de substituição de enzimas e fármacos biológicos, entre outras aplicações. No entanto, é importante notar que as propriedades estruturais e funcionais das proteínas recombinantes podem diferir das suas contrapartes naturais, o que deve ser levado em consideração no design e na interpretação dos experimentos.

As técnicas de cultura de células são procedimentos laboratoriais utilizados para cultivar, manter e fazer crescer células fora do corpo (em vitro), em meios especiais que contêm nutrientes, como aminoácidos, açúcares, vitaminas e gases. Esses meios também podem conter substâncias para regular o pH, ósmose e outros fatores ambientais. Além disso, é possível adicionar hormônios, fatores de crescimento ou antibióticos ao meio de cultura para promover o crescimento celular ou impedir a contaminação.

Existem diferentes tipos de técnicas de cultura de células, incluindo:

1. Cultura em monocamada: As células são cultivadas em uma única camada sobre uma superfície sólida ou semi-sólida.
2. Cultura em suspensão: As células são cultivadas em solução líquida, suspensionando-as no meio de cultura.
3. Cultura em multicamadas: As células são cultivadas em camadas sobrepostas, permitindo a formação de tecidos tridimensionais.
4. Cultura em organóides: As células são cultivadas para formar estruturas tridimensionais complexas que imitam órgãos ou tecidos específicos.

As técnicas de cultura de células são amplamente utilizadas em pesquisas biológicas e médicas, incluindo estudos de toxicologia, farmacologia, genética, virologia, imunologia e terapias celulares. Além disso, essas técnicas também são usadas na produção comercial de vacinas, hormônios e outros produtos biológicos.

Neurogénese é um processo biológico em que os novos neurônios (células cerebrais) são criados e integrados a circuitos nervosos funcionais no sistema nervoso central. Embora tradicionalmente se acreditasse que a neurogénese não ocorresse nos cérebros maduros de mamíferos, estudos recentes demonstraram que novos neurônios podem ser gerados em áreas específicas do cérebro adulto, como o hipocampo e o bulbo olfativo. Essa descoberta tem implicações importantes para a compreensão da plasticidade cerebral, aprendizagem, memória e possíveis estratégias terapêuticas para tratar doenças neurodegenerativas e lesões cerebrais.

A capsaicina é um composto químico encontrado naturalmente em pimentas, particularmente nas variedades mais picantes. É responsável pela sensação de queimação ou ardência que as pessoas experimentam quando entram em contato com ou consomem essas pimentas.

Em termos médicos, a capsaicina é frequentemente usada como um ingrediente ativo em cremes e sprays para aliviar dores musculares e articulares, bem como para tratar neuropatias periféricas e outras condições dolorosas. A capsaicina age no corpo reduzindo a substância P, um neurotransmissor que transmite sinais de dor ao cérebro. Quando a capsaicina se liga aos receptores da substância P nos nervos sensoriais, ela inibe temporariamente a liberação de mais substância P, o que pode resultar em alívio da dor.

No entanto, é importante notar que a capsaicina pode causar irritação e desconforto em alguns indivíduos, especialmente se usada em concentrações muito altas ou por longos períodos de tempo. Portanto, é recomendável seguir as instruções do fabricante cuidadosamente ao usar qualquer produto contendo capsaicina.

Ecocardiografia é um procedimento de diagnóstico por imagem não invasivo que utiliza ultrassom para produzir detalhadas imagens do coração. É frequentemente usada para avaliar a função e estrutura do músculo cardíaco, das válvulas cardíacas e das camadas saculadas do coração, conhecidas como sacos ou bolsas que se alongam e enchem com sangue durante o batimento cardíaco.

Existem três tipos principais de ecocardiografia:

1. Ecocardiografia bidimensional (2D): Fornece imagens em duas dimensões do coração, permitindo a avaliação da forma e movimento das diferentes partes do coração.

2. Ecocardiografia Doppler: Utiliza o princípio do efeito Doppler para medir o fluxo sanguíneo através do coração. Isso pode ajudar a identificar problemas com as válvulas cardíacas e a avaliar a função da bomba cardíaca.

3. Ecocardiografia tridimensional (3D): Fornece imagens em três dimensões do coração, oferecendo uma visão mais detalhada e completa da estrutura e função do coração.

A ecocardiografia é usada para avaliar uma variedade de condições cardíacas, incluindo insuficiência cardíaca, doenças das válvulas cardíacas, hipertensão arterial, pericardite (inflamação do revestimento do coração), miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e outras condições. É um exame seguro e indolor que geralmente leva de 20 a 45 minutos para ser concluído.

O Canal de Liberação de Cálcio do Receptor de Rianodina (RLCC, do inglês Ryanodine Receptor Calcium Release Channel) é uma proteína localizada nas membranas do retículo sarcoplasmático (RS), um orgânulo intracelular que armazena cálcio em células musculares e outros tipos de células excitáveis. O RLCC desempenha um papel fundamental na regulação da concentração de cálcio no citoplasma, processo essencial para a contracção muscular e a excitação celular.

A proteína é composta por quatro subunidades idênticas, cada uma com aproximadamente 565.000 daltons. A ativação do RLCC resulta na liberação de cálcio armazenado no RS para o citoplasma, aumentando a concentração local de cálcio e desencadeando uma série de eventos que levam à contração muscular ou outras respostas celulares. O RLCC pode ser ativado por diversos fatores, incluindo a ligação do cálcio, a presença de íons magnésio e a modulação por proteínas reguladoras, como a calmodulina e a fosfatase calcineurina.

A desregulação do RLCC tem sido associada a diversas condições patológicas, incluindo distrofia muscular de Duchenne, miopatias centronucleares e arritmias cardíacas. Além disso, o RLCC é um alvo terapêutico potencial para doenças como a insuficiência cardíaca congestiva e a hipertensão arterial pulmonar.

"Atividade Motora" é um termo usado na medicina e nas ciências da saúde para se referir ao movimento ou às ações físicas executadas por um indivíduo. Essas atividades podem ser controladas intencionalmente, como andar ou levantar objetos, ou involuntariamente, como batimentos cardíacos e respiração.

A atividade motora é controlada pelo sistema nervoso central, que inclui o cérebro e a medula espinhal. O cérebro processa as informações sensoriais e envia sinais para os músculos através da medula espinhal, resultando em movimento. A força, a amplitude e a precisão dos movimentos podem ser afetadas por vários fatores, como doenças neurológicas, lesões traumáticas, envelhecimento ou exercício físico.

A avaliação da atividade motora é importante em muitas áreas da saúde, incluindo a reabilitação, a fisioterapia e a neurologia. A observação cuidadosa dos movimentos e a análise das forças envolvidas podem ajudar a diagnosticar problemas de saúde e a desenvolver planos de tratamento personalizados para ajudar os indivíduos a recuperar a função motora ou a melhorar o desempenho.

Proteínas de transporte, também conhecidas como proteínas de transporte transmembranar ou simplesmente transportadores, são tipos específicos de proteínas que ajudam a mover moléculas e ions através das membranas celulares. Eles desempenham um papel crucial no controle do fluxo de substâncias entre o interior e o exterior da célula, bem como entre diferentes compartimentos intracelulares.

Existem vários tipos de proteínas de transporte, incluindo:

1. Canais iónicos: esses canais permitem a passagem rápida e seletiva de íons através da membrana celular. Eles podem ser regulados por voltagem, ligantes químicos ou outras proteínas.

2. Transportadores acionados por diferença de prótons (uniporteres, simportadores e antiporteres): esses transportadores movem moléculas ou íons em resposta a um gradiente de prótons existente através da membrana. Uniporteres transportam uma única espécie molecular em ambos os sentidos, enquanto simportadores e antiporteres simultaneamente transportam duas ou mais espécies moleculares em direções opostas.

3. Transportadores ABC (ATP-binding cassette): esses transportadores usam energia derivada da hidrólise de ATP para mover moléculas contra gradientes de concentração. Eles desempenham um papel importante no transporte de drogas e toxinas para fora das células, bem como no transporte de lípidos e proteínas nas membranas celulares.

4. Transportadores vesiculares: esses transportadores envolvem o empacotamento de moléculas em vesículas revestidas de proteínas, seguido do transporte e fusão das vesículas com outras membranas celulares. Esse processo é essencial para a endocitose e exocitose.

As disfunções nesses transportadores podem levar a várias doenças, incluindo distúrbios metabólicos, neurodegenerativos e câncer. Além disso, os transportadores desempenham um papel crucial no desenvolvimento de resistência à quimioterapia em células tumorais. Portanto, eles são alvos importantes para o desenvolvimento de novas terapias e estratégias de diagnóstico.

O termo "Sistema de Registros" não tem uma definição médica específica, mas geralmente refere-se a um sistema computacional ou eletrônico usado para armazenar, manter e recuperar registros de pacientes ou informações relacionadas à saúde.

Esses sistemas são projetados para facilitar o acesso e a gerência das informações de saúde dos pacientes, bem como para aprimorar a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde. Eles podem incluir diferentes tipos de registros eletrônicos, tais como:

* Histórico Médico Eletrônico (HME): um registro detalhado da história clínica do paciente, que pode incluir informações sobre consultas médicas, diagnósticos, tratamentos, exames de laboratório e outros procedimentos.
* Registros de Imagens Médicas: sistemas especializados para armazenar e gerenciar imagens médicas, como radiografias, ressonâncias magnéticas (RM) e tomografias computadorizadas (TC).
* Registros Farmacêuticos: sistemas usados para registrar e monitorar a prescrição e dispensação de medicamentos a pacientes.
* Sistemas de Ordem de Exames: sistemas que permitem a solicitação eletrônica de exames laboratoriais ou outros procedimentos diagnósticos.

Em suma, um Sistema de Registros é uma ferramenta essencial para a gestão eficiente e segura das informações de saúde dos pacientes em ambientes clínicos e hospitalares.

"Fatores Etários" referem-se aos efeitos e influências que as diferentes faixas etárias têm sobre a saúde, doenças e resposta ao tratamento médico. Esses fatores podem incluir mudanças no funcionamento fisiológico, psicológico e social associadas à idade, bem como as experiências de vida únicas e eventos que ocorrem em diferentes etapas da vida.

Por exemplo, os recém-nascidos e crianças pequenas têm fatores etários específicos que afetam sua saúde, como um sistema imunológico ainda em desenvolvimento, menor capacidade respiratória e uma maior susceptibilidade a certas doenças infecciosas. Da mesma forma, os adultos idosos geralmente experimentam declínio na função fisiológica, como diminuição da força muscular, flexibilidade e capacidade cardiovascular, o que pode aumentar o risco de doenças crônicas e lesões.

Além disso, os fatores etários podem também influenciar a maneira como as pessoas respondem aos tratamentos médicos. Por exemplo, os idosos geralmente têm maior risco de efeitos adversos dos medicamentos devido às mudanças no metabolismo e na função renal associadas à idade. Portanto, é importante que os profissionais de saúde considerem os fatores etários ao avaliar, diagnosticar e tratar pacientes em diferentes faixas etárias.

Em termos médicos, células-tronco embrionárias são células pluripotentes encontradas no blastocisto, uma estrutura que se forma durante os primeiros estágios do desenvolvimento embrionário em mamíferos. Essas células possuem a capacidade de se diferenciar em quase todos os tipos celulares do corpo, o que as torna muito valiosas para a pesquisa biomédica e terapêutica.

As células-tronco embrionárias são dotadas de duas características fundamentais: auto-renovação e potencial diferenciação. A auto-renovação permite que as células-tronco se dividam indefinidamente, mantendo sua identidade e capacidades. Já o potencial de diferenciação refere-se à capacidade das células-tronco embrionárias de se tornarem qualquer um dos tipos celulares do corpo humano, exceto tecidos extra-embrionários, como a placenta.

Devido à sua grande plasticidade e capacidade regenerativa, as células-tronco embrionárias têm sido alvo de intenso estudo na busca por tratamentos para doenças degenerativas, lesões traumáticas e outras condições clínicas graves. No entanto, o uso dessas células em terapias ainda é controverso devido a questões éticas relacionadas ao seu potencial de se desenvolverem em um organismo completo, bem como à possibilidade de rejeição imune e formação de tumores.

Acuidade Visual é a capacidade de distinguir detalhes finos e formas distintas de um objeto ou símbolo, geralmente medido pela habilidade de ler correctamente as letras em pequenas dimensões em uma tabela de acuidade visual padronizada, à distância normal de exame. A acuidade visual normal é geralmente definida como 20/20 na notação americana ou 6/6 na notação métrica, o que significa que um indivíduo com visão normal pode ler a linha mais fina de letras a uma distância de 20 pés (ou 6 metros) que uma pessoa com visão perfeita pode ler a mesma linha a uma distância de 20 pés (ou 6 metros). A acuidade visual pode ser afetada por vários fatores, incluindo problemas de refração (como miopia ou hipermetropia), doenças oculares (como cataratas ou degeneração macular), lesões oculares e certos medicamentos.

Pressão sanguínea é a força que o sangue exerce contra as paredes dos vasos sanguíneos à medida que o coração pompa o sangue para distribuir oxigênio e nutrientes pelos tecidos do corpo. É expressa em milímetros de mercúrio (mmHg) e geralmente é medida na artéria braquial, no braço. A pressão sanguínea normal varia conforme a idade, saúde geral e outros fatores, mas geralmente é considerada normal quando está abaixo de 120/80 mmHg.

Existem dois valores associados à pressão sanguínea: a pressão sistólica e a pressão diastólica. A pressão sistólica é a pressão máxima que ocorre quando o coração se contrai (batimento) e empurra o sangue para as artérias. A pressão diastólica é a pressão mínima que ocorre entre os batimentos, quando o coração se enche de sangue.

Uma pressão sanguínea alta (hipertensão) ou baixa (hipotensão) pode indicar problemas de saúde e requer avaliação médica. A hipertensão arterial é um fator de risco importante para doenças cardiovasculares, como doença coronária, acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca congestiva.

'Temperatura ambiente' não tem uma definição médica específica, pois é um termo geral usado para descrever a temperatura do ar em um ambiente ou local em particular. No entanto, em alguns contextos relacionados à saúde e ciências biológicas, a temperatura ambiente geralmente se refere à faixa de temperatura entre 20 e 25 graus Celsius (68-77 graus Fahrenheit), que é considerada uma temperatura confortável para a maioria das pessoas e organismos.

Em outros contextos, como em estudos ou experimentos científicos, a temperatura ambiente pode ser definida com mais precisão, dependendo do método de medição e da escala de temperatura utilizada. Por exemplo, a temperatura ambiente pode ser medida usando um termômetro de mercúrio ou digital e pode ser expressa em graus Celsius, Fahrenheit ou Kelvin.

Em resumo, 'temperatura ambiente' é um termo genérico que refere-se à temperatura do ar em um determinado local ou ambiente, geralmente variando entre 20 e 25 graus Celsius (68-77 graus Fahrenheit) em contextos relacionados à saúde e ciências biológicas.

Western blotting é uma técnica amplamente utilizada em laboratórios de biologia molecular e bioquímica para detectar e identificar proteínas específicas em amostras biológicas, como tecidos ou líquidos corporais. O método consiste em separar as proteínas por tamanho usando electroforese em gel de poliacrilamida (PAGE), transferindo essas proteínas para uma membrana de nitrocelulose ou PVDF, e, em seguida, detectando a proteína alvo com um anticorpo específico marcado, geralmente com enzimas ou fluorescência.

A técnica começa com a preparação da amostra de proteínas, que pode ser extraída por diferentes métodos dependendo do tipo de tecido ou líquido corporal. Em seguida, as proteínas são separadas por tamanho usando electroforese em gel de poliacrilamida (PAGE), onde as proteínas migram através do campo elétrico e se separam com base em seu peso molecular. Após a electroforese, a proteína é transferida da gel para uma membrana de nitrocelulose ou PVDF por difusão, onde as proteínas ficam fixadas à membrana.

Em seguida, a membrana é bloqueada com leite em pó ou albumina séricas para evitar a ligação não específica do anticorpo. Após o bloqueio, a membrana é incubada com um anticorpo primário que se liga especificamente à proteína alvo. Depois de lavar a membrana para remover os anticópos não ligados, uma segunda etapa de detecção é realizada com um anticorpo secundário marcado, geralmente com enzimas como peroxidase ou fosfatase alcalina, que reage com substratos químicos para gerar sinais visíveis, como manchas coloridas ou fluorescentes.

A intensidade da mancha é proporcional à quantidade de proteína presente na membrana e pode ser quantificada por densitometria. Além disso, a detecção de proteínas pode ser realizada com métodos mais sensíveis, como o Western blotting quimioluminescente, que gera sinais luminosos detectáveis por radiografia ou câmera CCD.

O Western blotting é uma técnica amplamente utilizada em pesquisas biológicas e clínicas para a detecção e quantificação de proteínas específicas em amostras complexas, como tecidos, células ou fluidos corporais. Além disso, o Western blotting pode ser usado para estudar as modificações póst-traducionais das proteínas, como a fosforilação e a ubiquitinação, que desempenham papéis importantes na regulação da atividade enzimática e no controle do ciclo celular.

Em resumo, o Western blotting é uma técnica poderosa para a detecção e quantificação de proteínas específicas em amostras complexas. A técnica envolve a separação de proteínas por electroforese em gel, a transferência das proteínas para uma membrana de nitrocelulose ou PVDF, a detecção e quantificação das proteínas com anticorpos específicos e um substrato enzimático. O Western blotting é amplamente utilizado em pesquisas biológicas e clínicas para estudar a expressão e modificações póst-traducionais de proteínas em diferentes condições fisiológicas e patológicas.

Em medicina e ciências da saúde, um estudo prospectivo é um tipo de pesquisa em que os participantes são acompanhados ao longo do tempo para avaliar ocorrência e desenvolvimento de determinados eventos ou condições de saúde. A coleta de dados neste tipo de estudo começa no presente e prossegue para o futuro, permitindo que os pesquisadores estabeleçam relações causais entre fatores de risco e doenças ou outros resultados de saúde.

Nos estudos prospectivos, os cientistas selecionam um grupo de pessoas saudáveis (geralmente chamado de coorte) e monitoram sua exposição a determinados fatores ao longo do tempo. A vantagem desse tipo de estudo é que permite aos pesquisadores observar os eventos à medida que ocorrem naturalmente, reduzindo assim o risco de viés de recordação e outros problemas metodológicos comuns em estudos retrospectivos. Além disso, os estudos prospectivos podem ajudar a identificar fatores de risco novos ou desconhecidos para doenças específicas e fornecer informações importantes sobre a progressão natural da doença.

No entanto, os estudos prospectivos também apresentam desafios metodológicos, como a necessidade de longos períodos de acompanhamento, altas taxas de perda de seguimento e custos elevados. Além disso, é possível que os resultados dos estudos prospectivos sejam influenciados por fatores confundidores desconhecidos ou não controlados, o que pode levar a conclusões enganosas sobre as relações causais entre exposições e resultados de saúde.

A percepção auditiva é o processo pelo qual o sistema nervoso interpreta as informações sonoras captadas pelo sistema auditivo. É a habilidade de ouvir, processar e entender os sons do ambiente, incluindo a fala e a música. A percepção auditiva envolve a capacidade de identificar as fontes sonoras, localizá-las no espaço, compreender as mensagens verbais e extrair outras informações relevantes dos estímulos sonoros.

Este processo é mediado por uma complexa rede neural que inclui o sistema auditivo periférico (orelha externa, meia e interna), os nervos auditivos e as áreas cerebrais responsáveis pelo processamento auditivo, como o córtex auditivo primário e as áreas associativas. A percepção auditiva é fundamental para a comunicação humana, a aprendizagem e a interação social.

Algumas condições médicas, como a perda auditiva, os distúrbios do processamento auditivo e as lesões cerebrais, podem afetar a capacidade de percepção auditiva, causando dificuldades na compreensão da fala ou no reconhecimento de sons complexos. Nesses casos, é possível recorrer a intervenções terapêuticas e tecnológicas, como próteses auditivas, implantes cocleares e terapias de reabilitação auditiva, para ajudar a compensar essas deficiências e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas.

Em termos médicos e científicos, a estrutura molecular refere-se à disposição espacial dos átomos que compõem uma molécula e das ligações químicas entre eles. Ela descreve como os átomos se organizam e interagem no espaço tridimensional, incluindo as distâncias e ângulos entre eles. A estrutura molecular é crucial para determinar as propriedades físicas e químicas de uma molécula, como sua reactividade, estado físico, polaridade e função biológica. Diferentes técnicas experimentais e computacionais podem ser usadas para determinar e prever a estrutura molecular de compostos, fornecendo informações valiosas sobre suas interações e reatividade em sistemas biológicos e outros contextos.

Proteínas recombinantes de fusão são proteínas produzidas em laboratório por meio de engenharia genética, onde duas ou mais sequências de genes são combinadas para formar um único gene híbrido. Esse gene híbrido é então expresso em um organismo hospedeiro, como bactérias ou leveduras, resultando na produção de uma proteína recombinante que consiste nas sequências de aminoácidos das proteínas originais unidas em uma única cadeia polipeptídica.

A técnica de produção de proteínas recombinantes de fusão é amplamente utilizada na pesquisa biomédica e na indústria farmacêutica, pois permite a produção em grande escala de proteínas que seriam difíceis ou impraticáveis de obter por outros métodos. Além disso, as proteínas recombinantes de fusão podem ser projetadas para conter marcadores específicos que facilitam a purificação e detecção da proteína desejada.

As proteínas recombinantes de fusão são utilizadas em diversas aplicações, como estudos estruturais e funcionais de proteínas, desenvolvimento de vacinas e terapêuticas, análise de interações proteína-proteína e produção de anticorpos monoclonais. No entanto, é importante ressaltar que a produção de proteínas recombinantes pode apresentar desafios técnicos, como a necessidade de otimizar as condições de expressão para garantir a correta dobramento e função da proteína híbrida.

Músculo liso é um tipo de tecido muscular que se encontra em paredes de órgãos internos e vasos sanguíneos, permitindo a contração involuntária e a movimentação dos mesmos. Esses músculos são controlados pelo sistema nervoso autônomo e suas fibras musculares não possuem estruturas transversais distintivas como os músculos esqueléticos. Eles desempenham funções importantes, como a regulação do trânsito intestinal, a contração da útero durante o parto e a dilatação e constrição dos vasos sanguíneos.

A cristalografia por raios X é um método analítico e estrutural importante na ciência dos materiais, química e biologia estrutural. Ela consiste em utilizar feixes de raios X para investigar a estrutura cristalina de materiais, fornecendo informações detalhadas sobre a disposição atômica e molecular neles. Quando um feixe de raios X incide sobre um cristal, as ondas electromagnéticas são difratadas (ou seja, desviadas) pelos átomos do material, criando um padrão de difração que pode ser captado por detectores especializados. A análise dos dados obtidos permite a determinação da posição e tipo dos átomos no cristal, assim como das distâncias e ângulos entre eles. Essa informação é essencial para compreender as propriedades físicas e químicas do material em estudo e tem aplicações em diversas áreas, desde a descoberta de novos medicamentos até ao desenvolvimento de materiais avançados com propriedades específicas.

Em bioquímica e biologia molecular, a "estructura secundária de proteína" refere-se ao arranjo espacial dos átomos que resulta directamente das interaccións locais entre os átomos da cadea polipeptídica. A estrutura secundária é formada por enrolamentos e/ou dobramentos regulares de unha ou dous segmentos da cadea polipeptídica, mantidos por interaccións intramoleculares débes como pontes de hidróxeno entre grupos carboxilo (-COOH) e amino (-NH2) dos resíduos de aminoácidos.

Existen tres tipos principais de estructura secundária: hélice alfa (α-hélice), folha beta (β-folha) e formas desorganizadas ou coil (sem estructura). A hélice alfa é unha espiral regular em que a cadea polipeptídica gira ao redor dun eixo central, mantendo unha relación específica entre os átomos de carbono α dos resíduos de aminoácidos. A folha beta consiste en un arrollamento plano da cadea polipeptídica, com resíduos de aminoácidos alternados dispostos aproximadamente no mesmo plano e conectados por pontes de hidróxeno entre grupos laterais compatíbeis. As formas desorganizadas ou coil non presentan un enrolamento regular e están formadas por segmentos da cadea polipeptídica que adoptan conformacións flexibles e cambiantes.

A combinación e a organización destes elementos de estructura secundária forman a estructura terciaria das proteínas, que determina as propiedades funcionais da molécula.

Infarto do Miocárdio, também conhecido como ataque cardíaco, é uma condição médica grave na qual há a necrose (morte) de parte do músculo cardíaco (miocárdio) devido à falta de fluxo sanguíneo e oxigênio em decorrência da oclusão ou obstrução completa de uma artéria coronariana, geralmente por um trombo ou coágulo sanguíneo. Isso pode levar a sintomas como dor torácica opressiva, desconforto ou indisposição, falta de ar, náuseas, vômitos, sudorese e fraqueza. O infarto do miocárdio é uma emergência médica que requer tratamento imediato para minimizar danos ao músculo cardíaco e salvar vidas.

Modelos Teóricos em ciências da saúde e medicina referem-se a representações abstratas ou conceituais de fenômenos, processos ou estruturas relacionados à saúde e doença. Eles são construídos com base em teorias, evidências empíricas e suposições para explicar, prever ou dar sentido a determinados aspectos da realidade observável.

Modelos Teóricos podem ser classificados em diferentes categorias, dependendo do nível de abstração, propósito e método utilizado para sua construção. Alguns exemplos incluem:

1. Modelos biológicos: representações mecanicistas dos processos fisiológicos e bioquímicos que ocorrem no corpo humano, como modelos de doenças genéticas ou modelos de interação entre drogas e receptores celulares.
2. Modelos psicológicos: abordagens teóricas para entender os processos cognitivos, emocionais e comportamentais que influenciam a saúde e doença, como modelos de cognição social, modelos de estresse e resiliência ou modelos de mudança de comportamento.
3. Modelos sociais: representações dos fatores sociais, culturais e ambientais que desempenham um papel na saúde e doença das populações, como modelos de determinantes sociais da saúde, modelos de disparidades em saúde ou modelos de intervenção em saúde pública.
4. Modelos epidemiológicos: abordagens matemáticas e estatísticas para entender a disseminação e controle de doenças infecciosas e outros problemas de saúde pública, como modelos de transmissão de doenças, modelos de vigilância em saúde pública ou modelos de avaliação de intervenções em saúde pública.

Modelos são úteis para a pesquisa e prática em saúde porque fornecem uma estrutura conceitual para entender os fenômenos complexos que desempenham um papel na saúde e doença. Eles podem ajudar a identificar as relações causais entre diferentes fatores, prever os resultados de intervenções e informar a tomada de decisões sobre políticas e práticas de saúde. No entanto, é importante lembrar que os modelos são simplificações da realidade e podem estar sujeitos a limitações e incertezas. Portanto, eles devem ser usados com cautela e em combinação com outras fontes de evidência para informar as decisões sobre saúde.

Em bioquímica, uma ligação proteica refere-se a um tipo específico de interação entre duas moléculas, geralmente entre uma proteína e outa molécula (como outra proteína, peptídeo, carboidrato, lípido, DNA, ou outro ligante orgânico ou inorgânico). Essas interações são essenciais para a estrutura, função e regulação das proteínas. Existem diferentes tipos de ligações proteicas, incluindo:

1. Ligação covalente: É o tipo mais forte de interação entre as moléculas, envolvendo a troca ou compartilhamento de elétrons. Um exemplo é a ligação disulfureto (-S-S-) formada pela oxidação de dois resíduos de cisteínas em proteínas.

2. Ligação iônica: É uma interação eletrostática entre átomos com cargas opostas, como as ligações entre resíduos de aminoácidos carregados positivamente (lisina, arginina) e negativamente (ácido aspártico, ácido glutâmico).

3. Ligação hidrogênio: É uma interação dipolo-dipolo entre um átomo parcialmente positivo e um átomo parcialmente negativo, mantido por um "ponte" de hidrogênio. Em proteínas, os grupos hidroxila (-OH), amida (-CO-NH-) e guanidina (R-NH2) são exemplos comuns de grupos que podem formar ligações de hidrogênio.

4. Interações hidrofóbicas: São as interações entre resíduos apolares, onde os grupos hidrofóbicos tenderão a se afastar da água e agrupar-se juntos para minimizar o contato com o solvente aquoso.

5. Interações de Van der Waals: São as forças intermoleculares fracas resultantes das flutuações quantísticas dos dipolos elétricos em átomos e moléculas. Essas interações são importantes para a estabilização da estrutura terciária e quaternária de proteínas.

Todas essas interações contribuem para a estabilidade da estrutura das proteínas, bem como para sua interação com outras moléculas, como ligantes e substratos.

Prótons são partículas subatómicas com carga elétrica positiva e massa aproximadamente igual a 1,672 x 10^-27 quilogramas. Eles constituem um dos três constituintes fundamentais de um átomo, juntamente com os neutrons (que não possuem carga elétrica) e os elétrons (que possuem carga elétrica negativa).

No núcleo de um átomo, geralmente existem prótons e neutrons. A quantidade de prótons no núcleo de um átomo é chamada de número atômico e é única para cada elemento químico. Por exemplo, o hidrogênio possui apenas um próton em seu núcleo, enquanto o carbono possui seis prótons.

Além disso, prótons desempenham um papel importante em vários processos físicos e químicos, como na formação de ligações químicas, no comportamento magnético dos materiais e na radiação ionizante, entre outros.

Proteínas luminescentes são proteínas que emitem luz como resultado de uma reação química. Elas podem ocorrer naturalmente em alguns organismos vivos, como fireflies, certain types of bacteria, and jellyfish, where they play a role in various biological processes such as bioluminescent signaling and defense mechanisms.

There are several types of naturally occurring luminescent proteins, including:

1. Luciferases: Enzymes that catalyze the oxidation of a luciferin substrate, resulting in the release of energy in the form of light.
2. Green Fluorescent Protein (GFP): A protein first discovered in jellyfish that emits green light when exposed to ultraviolet or blue light. GFP and its variants have become widely used as genetic tags for studying gene expression and protein localization in various organisms.
3. Aequorin: A calcium-sensitive photoprotein found in certain jellyfish that emits blue light when calcium ions bind to it, making it useful for measuring intracellular calcium concentrations.

Additionally, scientists have engineered and developed various artificial luminescent proteins with different spectral properties and applications in research and biotechnology. These proteins are often used as reporters of gene expression, protein-protein interactions, or cellular processes, and they can be detected and visualized using various imaging techniques.

O Transporte Biológico Ativo refere-se a um processo em que substâncias, como moléculas ou íons, são ativamente movidos através de uma membrana celular por meio do consumo de energia. Este tipo de transporte é mediado por proteínas de membrana específicas, conhecidas como transportadores ou bombas de membrana.

Existem dois tipos principais de Transporte Biológico Ativo:

1. Transporte primário ativo: Neste tipo de transporte, a energia é fornecida diretamente pela hidrólise de ATP (trifosfato de adenosina) catalisada por enzimas chamadas ATPases. Um exemplo bem conhecido é a bomba de sódio-potássio (Na+/K+-ATPase), que move sódio para fora e potássio para dentro da célula, mantendo assim o gradiente de concentração iônica através da membrana.

2. Transporte secundário ativo: Neste tipo de transporte, a energia é obtida indiretamente por meio do gradiente de concentração iônica gerado pelo transporte primário ativo. O gradiente é usado para mover outras moléculas contra seu gradiente de concentração. Um exemplo disso é o cotransporte simultâneo (ou symport) de glucose e sódio, no qual a entrada de sódio na célula impulsiona a entrada de glucose.

Em resumo, o Transporte Biológico Ativo é um processo essencial para a manutenção da homeostase celular, permitindo que as células controlem ativamente a composição iônica e molecular do seu citoplasma.

A Biologia Computacional é uma área da ciência que se encontra no interface entre a biologia, computação e matemática. Ela utiliza técnicas e métodos computacionais para analisar dados biológicos e para modelar sistemas biológicos complexos. Isto inclui o desenvolvimento e aplicação de algoritmos e modelos matemáticos para estudar problemas em genética, genómica, proteômica, biofísica, biologia estrutural e outras áreas da biologia. A Biologia Computacional também pode envolver o desenvolvimento de ferramentas e recursos computacionais para ajudar os cientistas a armazenar, gerenciar e analisar dados biológicos em larga escala.

A circulação cerebrovascular refere-se ao sistema de vasos sanguíneos que fornece sangue oxigenado e nutrientes para o cérebro. O cérebro consome cerca de 20% do consumo total de oxigênio do corpo, apesar de representar apenas 2% do peso corporal total, tornando a circulação cerebrovascular essencial para sua função normal.

A circulação cerebrovascular é composta por três partes principais: as artérias cerebrais, as arteríolas cerebrais e os capilares cerebrais. As artérias cerebrais transportam o sangue rico em oxigênio do coração para o cérebro. Elas se dividem em várias ramificações menores, chamadas arteríolas cerebrais, que então se abrem passageiros ainda menores, os capilares cerebrais.

Os capilares cerebrais formam uma rede densa e complexa que permite que o sangue se misture com o líquido extracelular do cérebro, fornecendo oxigênio e nutrientes a todas as células cerebrais. O sistema venoso cerebral drena então o sangue desoxigenado e os resíduos metabólicos dos capilares para o coração.

A circulação cerebrovascular é regulada por mecanismos complexos que controlam o diâmetro das artérias e arteríolas cerebrais, a fim de manter uma pressão de fluxo sanguíneo constante no cérebro, independentemente das flutuações na pressão arterial sistêmica. Além disso, a circulação cerebrovascular desempenha um papel importante na regulação do fluxo sanguíneo cerebral em resposta à atividade neural e às demandas metabólicas locais do cérebro.

Distúrbios da circulação cerebrovascular, como aterosclerose, hipertensão arterial e doença cardiovascular, podem levar ao desenvolvimento de doenças cerebrovasculares, como acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico, que são as principais causas de incapacidade e morte em todo o mundo. Portanto, a compreensão da fisiologia e patofisiologia da circulação cerebrovascular é fundamental para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas eficazes para prevenir e tratar doenças cerebrovasculares.

A interpretação estatística de dados refere-se ao processo de analisar, interpretar e extrair conclusões a partir de dados empíricos usando métodos estatísticos. Ela envolve a aplicação de técnicas estatísticas para identificar padrões, tendências e relações entre variáveis em um conjunto de dados, bem como a avaliação da significância e confiabilidade desses achados.

A interpretação estatística de dados pode incluir a calculação de medidas estatísticas descritivas, como médias, mediana, moda e desvio padrão, bem como a realização de análises inferenciais, como testes de hipóteses e regressões. Essas técnicas podem ajudar os investigadores a entender as relações entre variáveis, a identificar fatores de risco ou proteção, a testar teorias e a fazer previsões.

No entanto, é importante lembrar que a interpretação estatística de dados é apenas uma parte do processo de análise de dados e deve ser interpretada com cautela. É essencial considerar os limites dos métodos estatísticos utilizados, as suposições subjacentes a esses métodos e a relevância prática dos resultados estatísticos para a pesquisa em questão. Além disso, a interpretação estatística de dados deve ser feita em conjunto com outras formas de análise de dados, como a análise qualitativa e a revisão da literatura, para fornecer uma compreensão mais completa do fenômeno em estudo.

Os músculos lisos vasculares são tipos específicos de tecido muscular involuntário que se encontram nas paredes das principais estruturas vasculares, como artérias e veias. Eles desempenham um papel crucial na regulação do fluxo sanguíneo e no controle da pressão arterial.

Ao contrário dos músculos esqueléticos, que são controlados voluntariamente, os músculos lisos vasculares são controlados involuntariamente pelo sistema nervoso autônomo. Eles podem se contrairem e relaxar para regular o diâmetro interno dos vasos sanguíneos, o que afeta a velocidade do fluxo sanguíneo e a pressão arterial.

Quando os músculos lisos vasculares se contraem, eles diminuem o diâmetro interno dos vasos sanguíneos, o que aumenta a resistência ao fluxo sanguíneo e eleva a pressão arterial. Por outro lado, quando os músculos lisos vasculares se relaxam, eles aumentam o diâmetro interno dos vasos sanguíneos, o que diminui a resistência ao fluxo sanguíneo e reduz a pressão arterial.

Além disso, os músculos lisos vasculares também desempenham um papel importante na regulação da temperatura corporal, pois podem se contrair ou relaxar em resposta às mudanças de temperatura para ajudar a manter o equilíbrio térmico do corpo.

Lipossomas são vesículas sintéticas ou naturais compostas por uma camada dupla de fosfolípidos, que se assemelham à membrana celular natural. Eles variam em tamanho, geralmente entre 50-450 nanômetros de diâmetro. Lipossomas são amplamente utilizados como sistemas de entrega de fármacos, pois podem encapsular tanto drogas hidrofílicas quanto hidrofóbicas em sua estrutura, protegendo-as do meio ambiente e facilitando a absorção e transporte através das membranas celulares. Além disso, os lipossomas podem ser modificados com diferentes grupos funcionais para atingir objetivos específicos, como aumentar a biodisponibilidade ou reduzir a clearance imune.

'Aprendizagem' é um processo complexo e ativo que resulta na mudança duradoura do comportamento ou desempenho, bem como dos conhecimentos internos e das habilidades de um indivíduo. Em termos médicos, a aprendizagem geralmente é considerada no contexto da reabilitação ou terapia, onde o objetivo é ajudar os indivíduos a desenvolverem novas habilidades ou compensarem deficiências. A aprendizagem pode ser influenciada por uma variedade de fatores, incluindo a motivação, as experiências prévias, o ambiente e as características individuais do aprendiz. Existem diferentes teorias sobre como ocorre a aprendizagem, tais como o condicionamento clássico, o condicionamento operante e o aprendizado social. O processo de aprendizagem pode ser facilitado por métodos educacionais especiais, técnicas de ensino e estratégias de aprendizagem adaptadas às necessidades e capacidades do indivíduo.

"Macaca mulatta", comumente conhecida como macaco rhesus, é um primata da família Cercopithecidae e gênero Macaca. Originária do sul e centro da Ásia, esta espécie de macaco é amplamente encontrada em florestas, planícies e montanhas. Eles são onívoros e costumam viver em grupos sociais complexos.

Os macacos rhesus são frequentemente usados em pesquisas biomédicas devido à sua semelhança genética com humanos, incluindo aproximadamente 93% de compatibilidade no DNA. Eles têm sido fundamentais no avanço do conhecimento médico, especialmente na área de neurologia e imunologia.

Além disso, o macaco rhesus é conhecido por sua capacidade de se adaptar a diferentes ambientes, incluindo áreas urbanizadas, tornando-os uma espécie invasora em algumas regiões do mundo.

Os campos visuais referem-se à extensão total do espaço que pode ser vista quando o olhar está fixo em uma direção específica. Em outras palavras, é a área que é visível ao redor de um ponto fixo de focalização. Normalmente, as pessoas têm campos visuais amplos, permitindo-lhes ver objetos tanto na periferia quanto diretamente à frente delas enquanto olham em frente.

A visão periférica é uma parte importante do campo visual e permite que as pessoas percebam movimentos ou objetos em suas proximidades, mesmo que não estejam diretamente no centro de sua visão. A capacidade de detectar tais estímulos na periferia pode ser importante para a segurança e a navegação.

Lesões ou doenças que afetam o sistema visual, como glaucoma, retinopatia diabética ou dano ao nervo óptico, podem resultar em reduções no campo visual. A avaliação dos campos visuais é uma técnica comumente usada na oftalmologia e na optometria para a detecção e o monitoramento de tais condições.

Homeostase é um termo da fisiologia que se refere à capacidade do organismo ou sistema biológico de manter a estabilidade interna e regular as condições internas, como temperatura, níveis de fluidos e eletrólitos, pH sanguíneo e glicose em sangue, mesmo diante de mudanças no ambiente externo. Isso é alcançado por meio de mecanismos regulatórios complexos que envolvem a detecção de desvios da condição ideal (ou "ponto de setpoint") e ativação de respostas para restaurar o equilíbrio. A homeostase é fundamental para a manutenção da saúde e funcionamento adequado dos organismos vivos.

A "Recuperação de Função Fisiológica" é o processo em que as funções ou sistemas corporais voltam ao seu estado normal e funcionalidade após uma lesão, doença, cirurgia ou outro tipo de estresse físico. Durante este processo, os tecidos e órgãos danificados se reparam e regeneram-se, permitindo que o corpo execute as funções normais novamente.

A recuperação fisiológica pode envolver uma variedade de mecanismos, incluindo a inflamação, a regeneração celular, a remodelação tecidual e a neuroplasticidade. A velocidade e a eficácia da recuperação dependem de vários fatores, como a gravidade do dano, a idade do indivíduo, a saúde geral e o estilo de vida.

Em alguns casos, a recuperação pode ser completa, enquanto em outros, pode haver algum grau de deficiência ou incapacidade permanente. O objetivo do tratamento médico e da reabilitação é geralmente maximizar a recuperação fisiológica e ajudar o indivíduo a adaptar-se às mudanças funcionais, se houver.

A química encefálica refere-se às interações químicas e processos bioquímicos que ocorrem no cérebro, envolvendo neurotransmissores, neuromoduladores, neuropeptídeos e outras moléculas. Esses processos químicos desempenham um papel fundamental na regulação de diversas funções cerebrais, como a transmissão de sinais elétricos entre as células nervosas (neurônios), a modulação da excitabilidade neuronal, o controle do humor, das emoções, do pensamento e do comportamento. Alterações na química encefálica podem estar associadas a diversos distúrbios neurológicos e psiquiátricos, como depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia e doença de Parkinson.

"Drosophila" é um género taxonómico que inclui várias espécies de pequenos insectos voadores, comumente conhecidos como moscas-da-fruta. A espécie mais estudada e conhecida do género Drosophila é a D. melanogaster (mosca-da-fruta-comum), que é amplamente utilizada em pesquisas biológicas, especialmente no campo da genética, desde o início do século XX.

A D. melanogaster tem um ciclo de vida curto, reprodução rápida e fácil manutenção em laboratório, além de um pequeno tamanho do genoma, tornando-a uma escolha ideal para estudos genéticos. Além disso, os machos e as fêmeas apresentam diferenças visuais distintas, facilitando o rastreamento dos genes ligados ao sexo.

A análise da mosca-da-fruta tem contribuído significativamente para a nossa compreensão de princípios genéticos básicos, como a herança mendeliana, a recombinação genética e o mapeamento genético. Além disso, estudos em Drosophila desempenharam um papel fundamental no avanço do conhecimento sobre processos biológicos fundamentais, como o desenvolvimento embrionário, a neurobiologia e a evolução.

O retículo sarcoplasmático (RS) é um orgânulo intracelular encontrado principalmente em células musculares, especialmente nas fibras musculares esqueléticas e cardíacas. Também é conhecido como retículo endoplasmático rugoso do músculo liso.

O RS desempenha um papel crucial no processo de contração muscular, armazenando cálcio (Ca2+) e regulando sua libertação durante a ativação dos canais de liberação de ryanodina (RyRs). Quando a célula muscular é estimulada para se contrair, o sinal elétrico desencadeia a abertura dos RyRs no RS, resultando em um influxo de Ca2+ no citoplasma. O aumento do Ca2+ intracitoplasmático promove a interação entre a actina e a miosina, levando à contração muscular. Após a contração, o RS reabsorve o Ca2+ em excesso, restaurando assim os níveis basais de Ca2+ no citoplasma.

Além disso, o RS também desempenha funções importantes na síntese e processamento de proteínas, armazenamento de glicogênio e metabolismo lipídico nas células musculares.

Em medicina e biologia, uma linhagem refere-se a uma sucessão de indivíduos ou células que descendem de um ancestral comum e herdam características genéticas ou fenotípicas distintivas. No contexto da genética microbiana, uma linhagem pode referir-se a um grupo de microrganismos relacionados geneticamente que evoluíram ao longo do tempo a partir de um antepassado comum. O conceito de linhagem é particularmente relevante em estudos de doenças infecciosas, onde o rastreamento da linhagem pode ajudar a entender a evolução e disseminação de patógenos, bem como a informar estratégias de controle e prevenção.

Proteínas musculares referem-se a um tipo específico de proteínas encontradas em nosso tecido muscular, que desempenham um papel crucial no desenvolvimento, manutenção e funcionamento dos músculos esqueléticos. Existem três tipos principais de proteínas musculares: actina, miosina e titina.

1. Actina: É uma proteína globular que forma filamentos finos no músculo alongando-o durante a contração.

2. Miosina: É uma proteína motor que interage com a actina para produzir força e deslocamento, resultando em curtimento do músculo durante a contração.

3. Titina: É a proteína mais longa conhecida no corpo humano, atuando como uma haste elástica entre os filamentos finos (actina) e grossos (miosina), mantendo a estrutura do músculo e ajudando-o a retornar à sua forma original após a contração.

As proteínas musculares são constantemente sintetizadas e degradadas em um processo conhecido como balanceamento de proteínas. A síntese de proteínas musculares pode ser aumentada com exercícios de resistência, ingestão adequada de nutrientes (especialmente leucina, um aminoácido essencial) e suficiente repouso, o que resulta em crescimento e força muscular. No entanto, a deficiência de proteínas ou outros nutrientes, estresse físico excessivo, doenças ou envelhecimento pode levar a perda de massa e função muscular, conhecida como sarcopenia.

DNA complementar refere-se à relação entre duas sequências de DNA em que as bases nitrogenadas de cada sequência são complementares uma à outra. Isso significa que as bases Adenina (A) sempre se combinam com Timina (T) e Guanina (G) sempre se combinam com Citosina (C). Portanto, se você tiver uma sequência de DNA, por exemplo: 5'-AGTACT-3', a sua sequência complementar será: 3'-TCAGAT-5'. Essa propriedade do DNA é fundamental para a replicação e transcrição do DNA.

O Valor Preditivo dos Testes (VPT) é um conceito utilizado em medicina para avaliar a capacidade de um teste diagnóstico ou exame em prever a presença ou ausência de uma doença ou condição clínica em indivíduos assintomáticos ou com sintomas. Existem dois tipos principais de VPT:

1. Valor Preditivo Positivo (VPP): É a probabilidade de que um resultado positivo no teste seja realmente indicativo da presença da doença. Em outras palavras, é a chance de ter a doença quando o teste for positivo. Um VPP alto indica que o teste tem boa precisão em identificar aqueles que realmente possuem a doença.

2. Valor Preditivo Negativo (VPN): É a probabilidade de que um resultado negativo no teste seja verdadeiramente indicativo da ausência da doença. Em outras palavras, é a chance de não ter a doença quando o teste for negativo. Um VPN alto indica que o teste tem boa precisão em identificar aqueles que realmente não possuem a doença.

Os Valores Preditivos dos Testes dependem de vários fatores, incluindo a prevalência da doença na população estudada, a sensibilidade e especificidade do teste, e a probabilidade prévia (prior) ou pré-teste da doença. Eles são úteis para ajudar os clínicos a tomar decisões sobre o manejo e tratamento dos pacientes, especialmente quando os resultados do teste podem levar a intervenções clínicas importantes ou consequências significativas para a saúde do paciente.

Em termos médicos, dor é definida como uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a danos tisulares reais ou potenciais ou descrita em termos de tais danos. A dor pode ser classificada em diferentes categorias, dependendo de sua duração (aguda ou crônica) e da natureza do mecanismo fisiopatológico subjacente (nociceptiva, neuropática ou psicogênica).

A dor nociceptiva resulta do ativamento dos nociceptores, que são receptores especializados localizados no sistema nervoso periférico e responsáveis pela detecção de estímulos potencialmente danosos, como calor, pressão ou quimiorrecepção. Esses sinais são transmitidos através do sistema nervoso periférico e central até o córtex cerebral, onde são processados e interpretados como dor.

A dor neuropática, por outro lado, é causada por lesões ou disfunções no próprio sistema nervoso, resultando em sinais dolorosos anormais ou exagerados. Isso pode ocorrer devido a doenças como diabetes, HIV/AIDS, esclerose múltipla ou lesões nervosas.

Finalmente, a dor psicogênica é uma forma de dor que não tem causa física evidente e é predominantemente causada por fatores psicológicos, como estresse, ansiedade ou depressão. No entanto, essa distinção entre as diferentes categorias de dor pode ser complicada, pois muitas vezes elas coexistem e interagem em um paciente.

Em resumo, a dor é uma experiência complexa que envolve aspectos sensoriais, emocionais e cognitivos, e sua compreensão e tratamento requerem uma abordagem multidisciplinar que leve em consideração os diferentes mecanismos fisiopatológicos e psicossociais envolvidos.

O magnésio é um mineral essencial importante para diversas funções corporais, incluindo a manutenção da normalidade do ritmo cardíaco, regulação da pressão arterial e suporte ao sistema imunológico. Ele também desempenha um papel crucial no metabolismo de energia e na síntese de proteínas e DNA. O magnésio age como um catalisador em mais de 300 reações enzimáticas no corpo humano.

Este mineral pode ser encontrado em uma variedade de alimentos, tais como frutos secos, legumes, cereais integrais, carnes magras e peixes. Além disso, o magnésio está disponível como suplemento dietético e pode ser administrado por via intravenosa em situações clínicas especiais.

Um déficit de magnésio pode resultar em sintomas como fraqueza muscular, espasmos, ritmo cardíaco irregular, irritabilidade, tremores e confusão. Em casos graves, um déficit de magnésio pode levar a convulsões e arritmias cardíacas. Por outro lado, um excesso de magnésio também pode ser perigoso, particularmente em pessoas com função renal comprometida, podendo causar fraqueza muscular, confusão, baixa pressão arterial e parada respiratória.

Desempenho psicomotor refere-se à capacidade de uma pessoa em realizar habilidades físicas e mentais complexas que requerem a integração de informação sensorial, processamento cognitivo e resposta motora fina e grossa. Isso inclui habilidades como coordenação mano-motora, equilíbrio, resistência, força, flexibilidade, velocidade de reação e raciocínio espacial. O desempenho psicomotor é frequentemente avaliado em exames clínicos e neurológicos para avaliar possíveis problemas ou deficiências no sistema nervoso central que podem estar afetando as habilidades motoras e cognitivas de um indivíduo.

Mutagénese é o processo biológico pelo qual a estrutura do material genético, geralmente o DNA ou ARN, é alterada de forma permanente e hereditária. Essas alterações, chamadas mutações, podem ser pontuais (afetando apenas um único par de bases) ou estruturais (afetando grandes segmentos do DNA). A mutagénese pode ser causada por agentes físicos, químicos ou biológicos chamados mutágens. Essas mudanças no material genético podem levar a alterações na sequência de aminoácidos nas proteínas e, consequentemente, à expressão anormal dos genes, o que pode resultar em fenótipos anormais ou doenças genéticas. É importante ressaltar que nem todas as mutações são prejudiciais; algumas podem ser neutras ou até mesmo benéficas, contribuindo para a diversidade genética e à evolução das espécies.

De acordo com a medicina, movimento é definido como o processo de alteração da posição de um corpo ou de suas partes em relação a um ponto de referência fixo ou a outro corpo. Pode ser classificado em diferentes tipos, tais como:

1. Movimento passivo: é quando o corpo ou sua parte é movida por uma força externa, sem a participação voluntária do indivíduo.
2. Movimento ativo: é quando o próprio indivíduo exerce força sobre seus músculos para realizar o movimento.
3. Movimento voluntário: é quando ocorre por vontade consciente da pessoa, como levantar um braço ou andar.
4. Movimento involuntário: é quando acontece sem a intenção consciente do indivíduo, como os batimentos cardíacos ou a respiração.
5. Movimento linear: é quando ocorre em uma linha reta, como um braço se estendendo para frente.
6. Movimento circular: é quando ocorre em uma curva fechada, como girar um pulso.
7. Movimento rotacional: é quando ocorre ao redor de um eixo, como a rotação da cabeça.

O movimento é fundamental para a vida humana, permitindo que as pessoas executem atividades diárias, mantenham a saúde e se movam de um lugar para outro.

Sensibilidade e especificidade são conceitos importantes no campo do teste diagnóstico em medicina.

A sensibilidade de um teste refere-se à probabilidade de que o teste dê um resultado positivo quando a doença está realmente presente. Em outras palavras, é a capacidade do teste em identificar corretamente as pessoas doentes. Um teste com alta sensibilidade produzirá poucos falso-negativos.

A especificidade de um teste refere-se à probabilidade de que o teste dê um resultado negativo quando a doença está realmente ausente. Em outras palavras, é a capacidade do teste em identificar corretamente as pessoas saudáveis. Um teste com alta especificidade produzirá poucos falso-positivos.

Em resumo, a sensibilidade de um teste diz-nos quantos casos verdadeiros de doença ele detecta e a especificidade diz-nos quantos casos verdadeiros de saúde ele detecta. Ambas as medidas são importantes para avaliar a precisão de um teste diagnóstico.

A Microscopia Eletrônica de Varredura (Scanning Electron Microscope - SEM) é um tipo de microscópio eletrônico que utiliza feixes de elétrons para produzir imagens ampliadas e detalhadas de superfícies e estruturas de amostras. Ao contrário da microscopia óptica convencional, que usa luz visível para iluminar e visualizar amostras, a SEM utiliza feixes de elétrons gerados por um cátodo eletrônico. Esses feixes são direcionados e varridos sobre a superfície da amostra, que é coberta por uma fina camada de ouro ou platina para aumentar a condutividade elétrica.

Quando os elétrons colidem com a amostra, eles causam a emissão secundária e backscatter de elétrons, que são detectados por um conjunto de detectores e convertidos em sinais elétricos. Esses sinais são processados e amplificados para gerar uma imagem detalhada da superfície da amostra, fornecendo informações sobre a topografia, composição química e estrutura das amostras analisadas. A SEM é amplamente utilizada em diversas áreas da ciência, como biologia, medicina, física, química e engenharia, para análises de materiais, células, tecidos e outros sistemas micro e nanométricos.

A norepinefrina, também conhecida como noradrenalina, é um neurotransmissor e hormona catecolamina que desempenha um papel importante no sistema nervoso simpático, responsável pela resposta "luta ou fuga" do corpo.

Como neurotransmissor, a norepinefrina é libertada por neurónios simpáticos e actua nos receptores adrenérgicos localizados no cérebro e no sistema nervoso periférico, modulando a atividade de vários sistemas fisiológicos, como o cardiovascular, respiratório, metabólico e cognitivo.

Como hormona, é secretada pela glândula adrenal em resposta a situações estressantes e actua no corpo aumentando a frequência cardíaca, a pressão arterial, o débito cardíaco e a libertação de glicose no sangue, entre outras ações.

Desequilíbrios na produção ou metabolismo da norepinefrina podem estar associados a várias condições clínicas, como depressão, transtorno de estresse pós-traumático, doença de Parkinson e disfunções cardiovasculares.

Em medicina e biologia, "técnicas de cocultura" referem-se a métodos em que células ou microorganismos são cultivados juntos em um meio de cultura compartilhado. Isso permite a interação entre os organismos cultivados, muitas vezes para estudar a comunicação, simbiose, competição ou outros fenômenos biológicos que ocorrem quando esses organismos estão presentes uns junto aos outros. As técnicas de cocultura podem ser usadas em uma variedade de contextos, incluindo a pesquisa de microbiologia, imunologia, neurociência e farmacologia, entre outras.

Em alguns casos, as células ou microorganismos podem ser cultivados em diferentes compartimentos de um sistema de cocultura, como por exemplo, no caso de utilizar insertos ou inserções que separam diferentes tipos celulares em um único poço de placa de Petri. Isso permite a interação entre os organismos, mas mantém-os fisicamente separados, o que pode ser útil para estudar a influência mútua sobre a proliferação, sobrevivência ou diferenciação celular.

Em resumo, as técnicas de cocultura são importantes ferramentas de pesquisa que permitem o estudo das interações entre células e microorganismos em ambientes controlados e facilitam a compreensão dos processos biológicos que ocorrem nestas interações.

"Drosophila melanogaster" é a designação científica completa da mosca-da-fruta, um pequeno inseto dipterano amplamente utilizado em pesquisas biológicas e genéticas. Originária de regiões tropicais e subtropicais, a mosca-da-fruta é frequentemente encontrada em frutas e vegetais em decomposição. Seu ciclo de vida curto e seu genoma relativamente simples tornam essa espécie uma ferramenta valiosa para estudos genéticos e desenvolvimentais, incluindo a pesquisa sobre doenças humanas e a genética da população.

Em medicina e biologia, a contagem de células refere-se ao processo de determinar o número de células presentes em um determinado volume ou área de amostra. Isto geralmente é realizado usando técnicas de microscopia óptica ou electrónica, e pode ser aplicado a uma variedade de amostras, incluindo sangue, tecido, fluido corporal ou culturas celulares. A contagem de células é um método comum para medir a concentração de células em amostras, o que pode ser útil no diagnóstico e monitorização de doenças, pesquisa científica, e no controlo de qualidade em processos industriais. Existem diferentes métodos para realizar a contagem de células, tais como a contagem manual usando uma grade de contagem, ou automatizada usando dispositivos especializados, como contadores de células electrónicos ou citômetros de fluxo.

Na medicina, "interações de medicamentos" referem-se a efeitos que ocorrem quando duas ou mais drogas se combinam e afetam umas às outras em diferentes formas. Essas interações podem resultar em uma variedade de efeitos, como aumento ou diminuição da eficácia dos medicamentos, desenvolvimento de novos efeitos colaterais ou até mesmo reações adversas graves.

Existem três tipos principais de interações de medicamentos:

1. Interação farmacocinética: Isso ocorre quando um medicamento afeta a forma como outro medicamento é absorvido, distribuído, metabolizado ou excretado no corpo. Por exemplo, um medicamento pode acelerar ou retardar a taxa de que outro medicamento é processado, levando a níveis plasmáticos alterados e possivelmente a efeitos tóxicos ou ineficazes.

2. Interação farmacodinâmica: Isso ocorre quando dois medicamentos atuam sobre os mesmos receptores ou sistemas de enzimas, resultando em um efeito aditivo, sinérgico ou antagônico. Por exemplo, se dois depressores do sistema nervoso central (SNC) forem administrados juntos, eles podem aumentar o risco de sonolência excessiva e depressão respiratória.

3. Interação clínica: Isso ocorre quando os efeitos combinados de dois ou mais medicamentos resultam em um impacto adverso no paciente, como alterações nos parâmetros laboratoriais, função orgânica ou capacidade funcional geral.

As interações de medicamentos podem ser prevenidas ou minimizadas por meio de uma avaliação cuidadosa da história farmacológica do paciente, prescrição adequada e monitoramento regular dos níveis sanguíneos e função orgânica. Além disso, os profissionais de saúde devem estar atualizados sobre as possíveis interações entre diferentes classes de medicamentos e como gerenciá-las adequadamente para garantir a segurança e eficácia do tratamento.

O músculo esquelético, também conhecido como músculo striado ou estriado esqueleto, é um tipo de tecido muscular que se alonga e encurta para produzir movimento, geralmente em relação aos ossos. Esses músculos são controlados voluntariamente pelo sistema nervoso somático e estão inervados por nervos motores somáticos.

As células musculares esqueléticas, chamadas de fibras musculares, são alongadas, multinucleadas e possuem estruturas internas características, como as bandas alternadas claras e escuras (estrutura em banda cruzada), que são responsáveis pela sua aparência estriada quando observadas ao microscópio.

Os músculos esqueléticos desempenham um papel fundamental na locomoção, respiração, postura, e outras funções corporais importantes. A atrofia ou a lesão dos músculos esqueléticos podem resultar em debilidade, dificuldade de movimento e outros problemas funcionais.

Músculos são tecidos biológicos especializados no movimento corporal e geração de força. Eles estão presentes em animais com sistemas nervosos complexos, permitindo que esses organismos se movimentem de forma controlada e precisa. Existem três tipos principais de músculos no corpo humano: esqueléticos, lisos e cardíacos.

1. Músculos Esqueléticos: Esses músculos se conectam aos ossos e permitem que o esqueleto se mova. Eles são controlados voluntariamente pelo sistema nervoso somático e geralmente funcionam em pares antagonistas, permitindo que os movimentos sejam finamente ajustados.

2. Músculos Lisos: Esses músculos estão presentes nos órgãos internos, como o trato digestivo, vasos sanguíneos e brônquios. Eles são involuntários e controlados pelo sistema nervoso autônomo, permitindo que os órgãos se contraiam e relaxem para realizar funções específicas, como a contração do músculo liso uterino durante o parto.

3. Músculo Cardíaco: Esse tipo de músculo é exclusivo do coração e permite que ele se contrai e relaxe para bombear sangue pelo corpo. O músculo cardíaco é involuntário e funciona automaticamente, embora possa ser influenciado por hormônios e outros sinais nervosos.

Em geral, os músculos são compostos de células alongadas chamadas fibras musculares, que contêm proteínas contráteis como actina e miosina. Quando essas proteínas se ligam e deslizam uma em relação à outra, a fibra muscular se contrai, gerando força e movimento.

De acordo com a definição do portal MedlinePlus, da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, o glúcido é um monossacarídeo simples, também conhecido como açúcar simples, que é a principal fonte de energia para o organismo. É um tipo de carboidrato encontrado em diversos alimentos, como frutas, vegetais, cereais e doces.

O glucose é essencial para a manutenção das funções corporais normais, pois é usado pelas células do corpo para produzir energia. Quando se consome carboidrato, o corpo o quebra down em glicose no sangue, ou glicemia, que é então transportada pelos vasos sanguíneos para as células do corpo. A insulina, uma hormona produzida pelo pâncreas, ajuda a regular a quantidade de glicose no sangue, permitindo que ela entre nas células do corpo e seja usada como energia.

Um nível normal de glicemia em jejum é inferior a 100 mg/dL, enquanto que após as refeições, o nível pode chegar até 140 mg/dL. Quando os níveis de glicose no sangue ficam muito altos, ocorre a doença chamada diabetes. A diabetes pode ser controlada com dieta, exercício e, em alguns casos, com medicação.

O rim é um órgão em forma de feijão localizado na região inferior da cavidade abdominal, posicionado nos dois lados da coluna vertebral. Ele desempenha um papel fundamental no sistema urinário, sendo responsável por filtrar os resíduos e líquidos indesejados do sangue e produzir a urina.

Cada rim é composto por diferentes estruturas que contribuem para seu funcionamento:

1. Parenchima renal: É a parte funcional do rim, onde ocorre a filtração sanguínea. Consiste em cerca de um milhão de unidades funcionais chamadas néfrons, responsáveis pelo processo de filtragem e reabsorção de água, eletrólitos e nutrientes.

2. Cápsula renal: É uma membrana delgada que envolve o parenquima renal e o protege.

3. Medulha renal: A parte interna do rim, onde se encontram as pirâmides renais, responsáveis pela produção de urina concentrada.

4. Cortical renal: A camada externa do parenquima renal, onde os néfrons estão localizados.

5. Pelvis renal: É um funil alongado que se conecta à ureter, responsável pelo transporte da urina dos rins para a bexiga.

Além de sua função na produção e excreção de urina, os rins também desempenham um papel importante no equilíbrio hidroeletrólito e no metabolismo de alguns hormônios, como a renina, a eritropoietina e a vitamina D ativa.

Na medicina e biologia molecular, a conformação proteica refere-se à estrutura tridimensional específica que uma proteína adota devido ao seu enovelamento ou dobramento particular em nível molecular. As proteínas são formadas por cadeias de aminoácidos, e a sequência destes aminoácidos determina a conformação final da proteína. A conformação proteica é crucial para a função da proteína, uma vez que diferentes conformações podem resultar em diferentes interações moleculares e atividades enzimáticas.

Existem quatro níveis de organização estrutural em proteínas: primária (sequência de aminoácidos), secundária (formação repetitiva de hélices-α ou folhas-β), terciária (organização tridimensional da cadeia polipeptídica) e quaternária (interações entre diferentes subunidades proteicas). A conformação proteica refere-se principalmente à estrutura terciária e quaternária, que são mantidas por ligações dissulfite, pontes de hidrogênio, interações hidrofóbicas e outras forças intermoleculares fracas. Alterações na conformação proteica podem ocorrer devido a mutações genéticas, variações no ambiente ou exposição a certos fatores estressantes, o que pode levar a desregulação funcional e doenças associadas, como doenças neurodegenerativas e câncer.

Em medicina, "Bases de Dados Factuais" (ou "knowledge bases" em inglês) geralmente se referem a sistemas computacionais que armazenam e organizam informações clínicas estruturadas e validadas, como dados sobre doenças, sinais e sintomas, exames laboratoriais, imagens médicas, tratamentos efetivos, entre outros. Essas bases de dados são frequentemente utilizadas por sistemas de apoio à decisão clínica, como sistemas expertos e sistemas de raciocínio baseado em casos, para fornecer informações relevantes e atualizadas a profissionais de saúde durante o processo de diagnóstico e tratamento de doenças.

As Bases de Dados Factuais podem ser classificadas em diferentes categorias, dependendo da natureza das informações que armazenam. Algumas exemplos incluem:

* Bases de dados de termos médicos e ontologias, como o SNOMED CT (Sistema Nacional de Classificação de Doenças Clínicas) e o UMLS (Unified Medical Language System), que fornecem uma estrutura hierárquica para classificar e codificar termos médicos relacionados a doenças, procedimentos, anormalidades e outros conceitos relevantes à saúde humana.
* Bases de dados clínicas, como o MIMIC (Medical Information Mart for Intensive Care), que armazenam informações detalhadas sobre pacientes hospitalizados, incluindo dados fisiológicos, laboratoriais e de imagens médicas.
* Bases de dados farmacológicas, como o DrugBank, que fornece informações detalhadas sobre medicamentos, incluindo sua estrutura química, mecanismo de ação, efeitos adversos e interações com outras drogas.
* Bases de dados genéticas, como o 1000 Genomes Project, que fornece informações detalhadas sobre variações genéticas em humanos e sua relação com doenças e traços fenotípicos.

Em geral, as bases de dados médicas são uma ferramenta essencial para a pesquisa e prática clínica, fornecendo informações precisas e atualizadas sobre conceitos relacionados à saúde humana. Além disso, eles também podem ser usados para desenvolver modelos de aprendizado de máquina e sistemas de inteligência artificial que ajudam a diagnosticar doenças, prever resultados clínicos e personalizar tratamentos.

Recidiva, em medicina e especialmente em oncologia, refere-se à reaparição de um distúrbio ou doença (especialmente câncer) após um período de melhora ou remissão. Isto pode ocorrer quando as células cancerosas restantes, que não foram completamente eliminadas durante o tratamento inicial, começam a se multiplicar e causar sintomas novamente. A recidiva do câncer pode ser local (quando reaparece no mesmo local ou próximo ao local original), regional (quando reaparece em gânglios linfáticos ou tecidos adjacentes) ou sistêmica/metastática (quando se espalha para outras partes do corpo). É importante notar que a recidiva não deve ser confundida com a progressão da doença, que refere-se ao crescimento contínuo e disseminação do câncer sem um período de melhora ou remissão prévia.

Ritmo circadiano é um padrão biológico natural que tem uma duração de aproximadamente 24 horas, regulando vários processos fisiológicos e comportamentais em seres vivos. O termo "circadiano" vem do latim "circa diem", o que significa "em torno do dia".

Este ritmo é controlado por um relógio biológico interno localizado no núcleo supraquiasmático (NSQ) do hipotálamo, uma pequena região no cérebro. O NSQ recebe informações sobre a luz ambiente através do olho e sincroniza o relógio interno com o ambiente externo.

Exemplos de processos regulados por ritmos circadianos incluem:

1. Ciclos de sono-vigília: A maioria dos animais, incluindo humanos, experimenta períodos diários de sono e vigília.
2. Temperatura corporal: A temperatura corporal varia ao longo do dia, atingindo o pico durante as horas da tarde e atingindo o mínimo durante a noite.
3. Pressão arterial: A pressão arterial também segue um ritmo circadiano, com os níveis mais altos geralmente observados durante as horas de vigília e os níveis mais baixos durante o sono.
4. Secreção hormonal: Muitos hormônios, como cortisol e melatonina, seguem padrões circadianos de secreção. Por exemplo, a melatonina, uma hormona que promove o sono, é secretada principalmente durante a noite em humanos.
5. Funções metabólicas: Ritmos circadianos desempenham um papel importante na regulação de várias funções metabólicas, como o metabolismo de glicose e lípidos.

Desregulações nos ritmos circadianos podem contribuir para diversas condições de saúde, incluindo distúrbios do sono, obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

Em termos médicos, "hemodinâmica" refere-se ao ramo da fisiologia que estuda a dinâmica do fluxo sanguíneo e a pressão nos vasos sanguíneos. Ela abrange a medição e análise das pressões arteriais, volume de sangue pompado pelo coração, resistência vascular periférica e outros parâmetros relacionados à circulação sanguínea. Essas medidas são importantes na avaliação do funcionamento cardiovascular normal ou patológico, auxiliando no diagnóstico e tratamento de diversas condições, como insuficiência cardíaca, hipertensão arterial e doenças vasculares.

As Proteínas Quinases Dependentes de AMP Cíclico (AMPK em inglês) são um tipo de enzima que desempenham um papel crucial na regulação do metabolismo energético celular. Elas são ativadas em resposta a baixos níveis de AMP cíclico (cAMP), uma molécula mensageira envolvida no processamento de sinais intracelulares.

Quando ocorre um déficit de energia celular, as concentrações de AMP aumentam e as de ATP (a principal moeda energética da célula) diminuem. Isso leva à ativação da AMPK, que por sua vez desencadeia uma cascata de reações metabólicas destinadas a restaurar o equilíbrio energético da célula.

A AMPK promove a oxidação de glicose e gorduras como fontes de energia, inibe processos anabólicos desnecessários que consomem energia (como a síntese de proteínas e colesterol), e estimula a biogênese mitocondrial, aumentando assim a capacidade da célula em gerar ATP.

Devido à sua importância na regulação do metabolismo energético, as Proteínas Quinases Dependentes de AMP Cíclico têm sido alvo de pesquisas como potenciais alvos terapêuticos para o tratamento de diversas condições clínicas, incluindo diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e câncer.

Marcadores biológicos, também conhecidos como biomarcadores, referem-se a objetivos mensuráveis que podem ser usados para indicar normalidade ou patologia em um organismo vivo, incluindo células, tecidos, fluidos corporais e humanos. Eles podem ser moleculas, genes ou características anatômicas que são associadas a um processo normal ou anormal do corpo, como uma doença. Biomarcadores podem ser usados ​​para diagnosticar, monitorar o progressão de uma doença, prever resposta ao tratamento, avaliar efeitos adversos do tratamento e acompanhar a saúde geral de um indivíduo. Exemplos de biomarcadores incluem proteínas elevadas no sangue que podem indicar danos aos rins ou níveis altos de colesterol que podem aumentar o risco de doença cardiovascular.

A envelhecimento é um processo complexo e gradual de alterações físicas, mentais e sociais que ocorrem ao longo do tempo como resultado do avançar da idade. É um processo natural e universal que afeta todos os organismos vivos.

Desde a perspectiva médica, o envelhecimento está associado a uma maior susceptibilidade à doença e à incapacidade. Muitas das doenças crónicas, como doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e demência, estão fortemente ligadas à idade. Além disso, as pessoas idosas geralmente têm uma reserva funcional reduzida, o que significa que são menos capazes de se recuperar de doenças ou lesões.

No entanto, é importante notar que a taxa e a qualidade do envelhecimento podem variar consideravelmente entre indivíduos. Alguns fatores genéticos e ambientais desempenham um papel importante no processo de envelhecimento. Por exemplo, uma dieta saudável, exercício regular, estilo de vida saudável e manutenção de relações sociais saudáveis podem ajudar a promover o envelhecimento saudável e ativo.

Endogamic rats referem-se a ratos que resultam de um acasalamento consistente entre indivíduos relacionados geneticamente, geralmente dentro de uma população fechada ou isolada. A endogamia pode levar a uma redução da variabilidade genética e aumentar a probabilidade de expressão de genes recessivos, o que por sua vez pode resultar em um aumento na frequência de defeitos genéticos e anomalias congênitas.

Em estudos experimentais, os ratos endogâmicos são frequentemente usados para controlar variáveis genéticas e criar linhagens consistentes com características específicas. No entanto, é importante notar que a endogamia pode também levar a efeitos negativos na saúde e fertilidade dos ratos ao longo do tempo. Portanto, é essencial monitorar cuidadosamente as populações de ratos endogâmicos e introduzir periodicamente genes exógenos para manter a diversidade genética e minimizar os riscos associados à endogamia.

Em medicina, o termo "seguimentos" refere-se ao processo de acompanhamento e monitorização contínua da saúde e evolução clínica de um paciente ao longo do tempo. Pode envolver consultas regulares, exames diagnósticos periódicos, avaliações dos sintomas e tratamentos em curso, além de discussões sobre quaisquer alterações no plano de cuidados de saúde. O objetivo dos seguimentos é garantir que as condições de saúde do paciente estejam sendo geridas de forma eficaz, identificar e abordar quaisquer problemas de saúde adicionais a tempo, e promover a melhor qualidade de vida possível para o paciente.

Na medicina e na psicologia, a cognição refere-se às funções mentais que incluem o processamento da informação, a atenção, o aprendizado, a memória, o raciocínio, a tomada de decisões, o julgamento, a linguagem e as habilidades visuoespaciais. Ela é geralmente definida como o conjunto de processos mentais que envolvem a aquisição, o processamento, o armazenamento e a recuperação da informação. A cognição desempenha um papel fundamental em praticamente todas as atividades humanas, desde tarefas simples como reconhecer um objeto ou lembrar de um telefone até atividades complexas como resolver problemas e tomar decisões importantes. Distúrbios na cognição podem resultar em uma variedade de condições médicas, incluindo demências, transtornos neurológicos e do desenvolvimento, e outras condições mentais.

Imunofluorescência é uma técnica de laboratório utilizada em patologia clínica e investigação biomédica para detectar e localizar antígenos (substâncias que induzem a produção de anticorpos) em tecidos ou células. A técnica consiste em utilizar um anticorpo marcado com um fluoróforo, uma molécula fluorescente, que se une especificamente ao antígeno em questão. Quando a amostra é examinada sob um microscópio de fluorescência, as áreas onde ocorre a ligação do anticorpo ao antígeno irradiam uma luz característica da molécula fluorescente, permitindo assim a visualização e localização do antígeno no tecido ou célula.

Existem diferentes tipos de imunofluorescência, como a imunofluorescência direta (DFI) e a imunofluorescência indireta (IFA). Na DFI, o anticorpo marcado com fluoróforo se liga diretamente ao antígeno alvo. Já na IFA, um anticorpo não marcado é usado para primeiro se ligar ao antígeno, e em seguida um segundo anticorpo marcado com fluoróforo se une ao primeiro anticorpo, amplificando assim a sinalização.

A imunofluorescência é uma técnica sensível e específica que pode ser usada em diversas áreas da medicina, como na diagnose de doenças autoimunes, infecções e neoplasias, bem como no estudo da expressão de proteínas e outros antígenos em tecidos e células.

Em Epidemiologia, "Estudos de Casos e Controles" são um tipo de design de pesquisa analítica observacional que é usado para identificar possíveis fatores de risco ou causas de doenças. Neste tipo de estudo, os investigadores selecionam casos (indivíduos com a doença de interesse) e controles (indivíduos sem a doença de interesse) do mesmo grupo populacional. Em seguida, eles comparam a exposição a um fator de risco hipotético ou mais entre os casos e controles para determinar se há uma associação entre a exposição e o desenvolvimento da doença.

A vantagem dos estudos de casos e controle é que eles podem ser usados para investigar raramente ocorridas doenças ou aquelas com longos períodos de latência, uma vez que requerem um número menor de participantes do que outros designs de estudo. Além disso, eles são eficazes em controlar a variabilidade entre indivíduos e em ajustar os efeitos de confusão através da correspondência de casos e controles por idade, sexo e outras características relevantes. No entanto, um dos principais desafios deste tipo de estudo é identificar controles adequados que sejam representativos da população de interesse e livres de doença na época do estudo.

Em termos médicos, peptídeos referem-se a pequenas moléculas formadas por ligações covalentes entre dois ou mais aminoácidos. Eles atuam como importantes mensageiros químicos no organismo, desempenhando diversas funções fisiológicas e metabólicas. Os peptídeos são sintetizados a partir de genes específicos e sua estrutura varia consideravelmente, desde sequências simples com apenas dois aminoácidos até polipetídeos complexos com centenas de resíduos. Alguns peptídeos possuem atividade hormonal, como a insulina e o glucagon, enquanto outros exercem funções no sistema imune ou neuronal. A pesquisa médica continua a investigar e descobrir novos papeis dos peptídeos no corpo humano, bem como sua potencial utilidade em diagnóstico e tratamento de doenças.

Em estatística e análise de dados, a expressão "distribuição aleatória" refere-se à ocorrência de dados ou eventos que não seguem um padrão ou distribuição específica, mas sim uma distribuição probabilística. Isto significa que cada observação ou evento tem a mesma probabilidade de ocorrer em relação aos outros, e nenhum deles está pré-determinado ou influenciado por fatores externos previsíveis.

Em outras palavras, uma distribuição aleatória é um tipo de distribuição de probabilidade que atribui a cada possível resultado o mesmo nível de probabilidade. Isto contrasta com as distribuições não aleatórias, em que algumas observações ou eventos têm maior probabilidade de ocorrer do que outros.

A noção de distribuição aleatória é fundamental para a estatística e a análise de dados, pois muitos fenômenos naturais e sociais são influenciados por fatores complexos e interdependentes que podem ser difíceis ou impossíveis de prever com precisão. Nesses casos, a análise estatística pode ajudar a identificar padrões e tendências gerais, mesmo quando os dados individuais são incertos ou variáveis.

Em termos médicos, "atenção" geralmente se refere à habilidade de uma pessoa para ser capaz de processar e responder a estímulos específicos do ambiente enquanto ignora outros. A atenção é um processo cognitivo complexo que envolve várias áreas do cérebro, incluindo o córtex pré-frontal e o lobo parietal.

Existem diferentes tipos de atenção, como a atenção focal (concentração em um único estímulo ou tarefa), a atenção dividida (capacidade de prestar atenção a dois ou mais estímulos ou tarefas simultaneamente) e a atenção sustentada (habilidade de manter a atenção em uma tarefa por um longo período).

A capacidade de atenção pode ser afetada por vários fatores, como doenças neurológicas, lesões cerebrais, uso de drogas e álcool, falta de sono, estresse e ansiedade. Além disso, a idade também pode desempenhar um papel importante na capacidade de atenção, com a capacidade de atenção tendendo a diminuir à medida que as pessoas envelhecem.

Transtornos da atenção, como o déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), podem afetar significativamente a capacidade de uma pessoa para se concentrar e prestar atenção a tarefas ou atividades. O TDAH é um transtorno neurológico comum que geralmente começa na infância e pode persistir até à idade adulta. Os sintomas do TDAH incluem dificuldade em manter a atenção, impulsividade e hiperatividade excessiva.

Doença crônica é um termo usado para descrever uma condição de saúde que dura um ano ou mais e requer gerenciamento contínuo ou intermitente. Essas doenças geralmente não podem ser curadas, mas seu avanço pode ser controlado com o tratamento adequado. Elas podem variar de leve a grave e podem afetar significativamente a qualidade de vida de uma pessoa. Exemplos comuns de doenças crônicas incluem diabetes, doença cardiovascular, asma, câncer, HIV/AIDS e doenças mentais como depressão e ansiedade. É importante ressaltar que o manejo adequado dessas condições geralmente inclui uma combinação de medidas terapêuticas, como medicamentos, dieta, exercícios físicos, aconselhamento e mudanças no estilo de vida.

O Retículo Endoplasmático (RE) é um orgânulo membranoso encontrado em células eucariontes, desempenhando um papel fundamental no metabolismo celular. Ele se divide em dois tipos: o Retículo Endoplasmático Rugoso (RER) e o Retículo Endoplasmático Liso (REL).

O RER é composto por uma rede de sacos achatados com membranas onduladas, que contém ribossomas ligados à sua superfície externa. O RER está envolvido na síntese e processamento de proteínas, especialmente aquelas que serão secretadas ou inseridas nas membranas celulares.

Por outro lado, o REL é formado por tubos e vesículas com membranas lisas, sem ribossomas ligados à sua superfície. O REL desempenha funções metabólicas diversificadas, como a síntese de lipídios, metabolismo de drogas, detoxificação celular e regulação do cálcio intracelular.

Em resumo, o Retículo Endoplasmático é um importante orgânulo celular que desempenha funções essenciais no metabolismo proteico e lipídico, além de participar em processos de detoxificação e regulação do cálcio intracelular.

Homologia de sequência de aminoácidos é um conceito em bioquímica e genética que se refere à semelhança na sequência dos aminoácidos entre duas ou mais proteínas. A homologia implica uma relação evolutiva entre as proteínas, o que significa que elas compartilham um ancestral comum e, consequentemente, tiveram uma sequência de aminoácidos similar no passado.

Quanto maior a porcentagem de aminoácidos similares entre duas proteínas, maior é a probabilidade delas serem homólogas e terem funções semelhantes. A homologia de sequência de aminoácidos é frequentemente usada em estudos de genética e biologia molecular para inferir relações evolutivas entre diferentes espécies, identificar genes ortólogos (que desempenham funções semelhantes em diferentes espécies) e parálogos (que desempenham funções similares no mesmo genoma), além de ajudar a prever a estrutura e a função de proteínas desconhecidas.

É importante notar que a homologia de sequência não implica necessariamente que as proteínas tenham exatamente as mesmas funções ou estruturas, mas sim que elas estão relacionadas evolutivamente e podem compartilhar domínios funcionais ou estruturais comuns.

Cyclic AMP (cAMP) é um importante mensageiro secundário no corpo humano. É uma molécula de nucleotídeo que se forma a partir do ATP (trifosfato de adenosina) e é usada para transmitir sinais em células. Quando ocorre algum estímulo, como a ligação de um hormônio a um receptor na membrana celular, uma enzima chamada adenilil ciclase é ativada e converte o ATP em cAMP.

A molécula de cAMP ativa várias proteínas efectoras, como as protein kinases, que desencadeiam uma cascata de reações que levam a uma resposta celular específica. Depois de realizar sua função, o cAMP é convertido de volta em AMP pela enzima fosfodiesterase, encerrando assim seu efeito como mensageiro secundário.

Em resumo, a definição médica de "Cyclic AMP" refere-se a um importante mensageiro intracelular que desempenha um papel fundamental na transdução de sinais em células vivas, especialmente no que diz respeito à regulação de processos fisiológicos como o metabolismo, a secreção hormonal e a excitabilidade celular.

Eletrofisiologia é a ciência e o ramo da fisiologia que mede o fluxo de íons em tecidos biológico e, em particular, as técnicas ... A eletrofisiologia consiste no estudo das propriedades elétricas em células e tecidos. Envolve medições de diferenças de ... Técnicas de eletrofisiologia clássica incluem a colocação de eletrodos em várias preparações de tecido biológico. sólidos ... A cardiologia engloba, como área de atuação, a eletrofisiologia, a qual consiste no diagnóstico e tratamento de arritmias ...
2021 © Todos os Direitos Reservados a Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro - Desenvolvido por: SD STYLE DESIGN. ...
Vamos fazer uma revisão do que foi o ano de 2017 na eletrofisiologia. Para isso, ninguém melhor do que o nosso amigo Bruno ... Eletrofisiologista, Divisão de Eletrofisiologia, Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Médico do Departamento de ... Citar este artigo: Opinião: 2017 na eletrofisiologia - Medscape - 8 de fevereiro de 2018. ...
Bruno Valdigem para representar o melhor de eletrofisiologia no congresso deste ano. O primeiro, aponta a Dra. Olga, trouxe um ... Eletrofisiologista, Divisão de Eletrofisiologia, Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Eletrofisiologista da rede DOr/São ... Citar este artigo: Eletrofisiologia no ESC 2023 - Medscape - 4 de setembro de 2023. ... Coordenadora do Serviço de Arritmia, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca da Rede DOr São Luiz ...
Durante o exame, eletrodos específicos são colocados em locais apropriados ao longo da via visual para medir as respostas provocadas pela luz quando esta estimula o olho.
... High Impact List of Articles PPts Journals, ... Eletrofisiologia Cardíaca. A eletrofisiologia cardíaca é um dispositivo científico para o diagnóstico e tratamento de várias ... Clínicas de Eletrofisiologia Cardíaca, Jornal Internacional de Cardiologia. ... cardíaca Cirurgia de Ablação Cirurgia de bypass Cirurgia de Coração Aberto Doenças cardíacas Ecocardiografia Eletrofisiologia ...
... de Greg Becker que descreve um experimento chamado eletrofisiologia da intuição. ... Video: Coração e Eletrofisiologia da Intuição. Porvidaplenaebem 10 de setembro de 2011. 6 de setembro de 2023. ... Também descreve um experimento chamado eletrofisiologia da intuição.. O coração gera, de longe, o mais forte sinal ...
Resultados - Bolsa de Formação Médica em Eletrofisiologia Cardíaca 2018/2. Publicado a 27 de junho de 2018. A Delegação Norte ... Resultados - Bolsa de Formação Médica em Eletrofisiologia Cardíaca 2018/2 ... à Bolsa de Formação Médica em Eletrofisiologia Cardíaca 2018/2, o Júri decidiu, por unanimidade, atribuir a mesma ao Exmo. Dr. ...
05.03 - Eletrofisiologia cardíaca.. *05.04 - Fisiopatologia da Insuficiência cardíaca.. *05.05 - Farmacodinâmica dos ...
Temos mais de 6500 convênios nacionais , regionais e internacionais em 10 mil pontos de atendimentos! Aproveite para ter descontos incríveis, tanto nas lojas físicas como nas lojas virtuais! Faça sua busca e descubra que sempre existe um estabelecimento credenciado pertinho de você!. Obs: Nas buscas por cidade aparecem todos os convênios virtuais, além dos convênios locais.. ...
ELETROFISIOLOGIA. WatchmanTM Pense fora da caixinha de remédio. Saiba mais ELETROFISIOLOGIA. RHYTHMIA HDxTM Sistema de ...
Eletrofisiologia avançada. =,Prevenção e Princípios de combate a incêndios em laboratório. Atividades satélite. ...
O HCor conta com equipes multidisciplinares que oferecem um atendimento humanizado e de excelência em diversas especialidades.
A eletrofisiologia é usada para medir, registrar e monitorar a atividade elétrica do córtex. As medições podem ser de ...
De acordo com a Associação Brasileira de Arritmia, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca Artificial (Abec), existem no país ... De acordo com a Associação Brasileira de Arritmia, Eletrofisiologia e Estimulação Cardíaca Artificial (Abec), existem no país ...
Trazer as novidades do mundo da eletrofisiologia e de dispositivos implantáveis aplicadas ao EGC. Este curso é voltado somente ...
Nitz AJ, Dobner JJ, Matulionis DH: Aplicação de torniquete pneumático e integridade do nervo: função motora e eletrofisiologia ...
Fez uma especialização em eletrofisiologia e neuroanatomia na França, no Institut Marey Paris Auteuil, e voltou ao Brasil para ...
Os cardiologistas mais recomendados de Bradesco Saúde em Natal. Veja as opiniões dos pacientes da doctoralia.com.br, verifique os preços e agende uma consulta facilmente pela internet.
Eletrofisiologia A passagem de íons através da membrana celular dos miócitos é regulada por canais iônicos específicos, que ...
... é voltada a cientista júnior com experiência em técnicas de eletrofisiologia e interesse nas áreas de linguagem, linguística e ... é voltada a cientista júnior com experiência em técnicas de eletrofisiologia e interesse nas áreas de linguagem, linguística e ... O candidato deve ser um cientista júnior com experiência em técnicas de eletrofisiologia e especial interesse nas áreas de ... O candidato deve ser um cientista júnior com experiência em técnicas de eletrofisiologia e especial interesse nas áreas de ...
Eletrofisiologia. https://www.arritmiamarcapassouberlandia.com/estudo-eletrofisiologico-e-ablacao-por-radiofrequencia/ O médico ...
ELETROFISIOLOGIA VISUAL São exames altamente tecnológicos para avaliar o funcionamento das estruturas oculares. Os exames ...
Cardiologia eletrofisiologia. Cardiologista com especialização em Eletrofisiologia Clínica Invasiva. Formado pela Universidade ... apresenta especialização em Cardiolgia pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre e formação em Eletrofisiologia nas ...
Eletrofisiologia (EP). O seu médico pode querer realizar um teste de EP se o seu eletrocardiograma indicar que você pode ter a ...
Direções para futuros estudos em eletrofisiologia aplicada ao marketing. O uso das técnicas eletrofisiológicas encontra-se mais ... A utilização da RGP em estudos de eletrofisiologia e, por extensão, no neuromarketing baseia-se no fato de que o sistema ...
Na área do ensino, oferece cursos de especialização em Eletrofisiologia Clínica e Invasiva, ligado à Faculdade de Medicina da ...

No FAQ disponível com os "eletrofisiologia"