Ao longo das últimas décadas muito se tem feito no sentido de controlar estas doenças e os seus factores de risco. No entanto, apesar de todos os esforços e múltiplos programas de
saúde a sua incidência continuará a aumentar, estimando-se, segundo a OMS, que esta possa registar um aumento de cerca de 17% nos próximos dez anos. Embora a evolução de alguns indicadores mostre ser possível obter ganhos no controlo destas doenças, estes ocorrem de modo desigual entre os dois sexos e entre diferentes grupos sociais, contribuindo para agravar o gradiente social de
saúde entre pobres e ricos. As pessoas com melhor acesso à informação, capacidade de a compreender e utilizar (literacia), maior acesso a bens económicos e a
serviços de saúde conseguem enfrentar melhor os riscos e os constrangimentos do quotidiano, beneficiando mais dos avanços na área médica e terapêutica. Pelo contrário, a
pobreza e a exclusão social deterioram o bem-estar dos cidadãos, comprometendo gravemente a ...