Sesquiterpeno lactona encontrada em raízes de THAPSIA. Inibe as ATPASES TRANSPORTADORAS DE CÁLCIO mediada por captadores de CÁLCIO no RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO.
Classe de compostos com unidades repetidas de 5 carbonos de HEMITERPENOS.
Proteína transportadora de cátion que utiliza a energia da hidrólise do ATP para o transporte de CÁLCIO. Diferenciam-se dos CANAIS DE CÁLCIO que permitem a passagem de cálcio através da membrana sem o uso de energia.
Elemento fundamental encontrado em todos os tecidos organizados. É um membro da família dos metais alcalinoterrosos cujo símbolo atômico é Ca, número atômico 20 e peso atômico 40. O cálcio é o mineral mais abundante no corpo e se combina com o fósforo para formar os fosfatos de cálcio presentes nos ossos e dentes. É essencial para o funcionamento normal dos nervos e músculos além de desempenhar um papel importante na coagulação do sangue (como o fator IV) e em muitos processos enzimáticos.
Ionóforo divalente de cálcio que é amplamente utilizado como ferramenta na investigação do papel do cálcio intracelular nos processos celulares.
Compostos ou agentes que se combinam com uma enzima de tal maneira a evitar a combinação substrato-enzima normal e a reação catalítica.
Sistema de cisternas no CITOPLASMA de grande quantidade de células. Em alguns locais, o retículo endoplasmático é contíguo à membrana plasmática (MEMBRANA CELULAR) ou com a membrana externa do envelope nuclear. Se as superfícies externas das membranas do retículo endoplasmático se encontrarem recobertas por ribossomos, diz-se que o retículo endoplasmático apresenta superfície rugosa (RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO); caso contrário, diz-se que sua superfície é lisa (RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO).
Hidroquinonas são compostos químicos aromáticos derivados do benzeno, contendo dois grupos hidroxila (-OH), usados em aplicações farmacêuticas, cosméticas e fotográficas, mas com potencial de causar efeitos colaterais adversos, como dermatite e claramente estabelecido como cancerígeno em animais.
Mensageiro intracelular produzido pela ação da fosfolipase C sobre o fosfatidilinositol 4,5-bifosfato, que é um dos fosfolipídeos de membrana. Inositol 1,4,5-trifosfato é liberado para o citoplasma onde irá produzir a liberação de íons cálcio de dentro dos estoques intracelulares, os retículos sarcoplasmáticos. Estes íons cálcio estimulam a atividade da quinase B ou da calmodulina.
Mecanismos de transdução de sinal pelos quais a mobilização de cálcio (externo à célula ou de reservatórios intracelulares) ao citoplasma é disparada por estímulos externos. Os sinais de cálcio frequentemente se propagam como ondas, oscilações, picos, faíscas ou sopros. O cálcio age como um mensageiro intracelular ativando as proteinas responsivas ao cálcio.
ATPases transportadoras de cálcio que catalizam o transporte ativo de CÁLCIO do CITOPLASMA para as vesículas do RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO. São encontradas principalmente nas CÉLULAS MUSCULARES e desempenham papel no relaxamento de MÚSCULOS.
Glicoproteínas de membrana celular dependentes de voltagem seletivamente permeáveis aos íons cálcio. São categorizados como tipos L-, T-, N-, P-, Q- e R-, baseados na cinética de ativação e inativação, especificidade ao íon, e sensibilidade à drogas e toxinas. Os tipo L- e T- encontram-se presentes em todo os sistemas cardiovascular e nervoso central e os tipos N-, P-, Q- e R- localizam-se no tecido neuronal.
Quelante de cálcio fluorescente utilizado para estudar o cálcio intracelular nos tecidos.
Quelante relativamente mais específico para o cálcio e menos tóxico que o ÁCIDO EDÉTICO.
Classe de drogas que agem inibindo seletivamente a entrada de cálcio através da membrana celular.
Derivados insaturados dos ESTRANOS com grupos metila no carbono 13, sem carbono no carbono 10, e não mais do que um carbono no carbono 17. Devem conter uma ou mais duplas ligações.
Rede de túbulos e cisternas localizada no citoplasma de FIBRAS MUSCULARES ESQUELÉTICAS que participam na contração e no relaxamento dos músculos através da liberação e armazenamento de íons cálcio.
Agentes químicos que aumentam a permeabilidade de membranas lipídicas biológicas ou artificiais a íons específicos. A maioria dos ionóforos são moléculas orgânicas relativamente pequenas que atuam como carregadores móveis dentro das membranas ou coalescem formando canais iônicos permeáveis através das membranas. Muitos são antibióticos e muitos agem como agentes desacoplantes, colapsando o gradiente de prótons através das membranas mitocondriais.
Metilxantina que ocorre naturalmente em algumas bebidas e também usada como agente farmacológico. O efeito farmacológico mais notável da cafeína é como estimulante do sistema nervoso central, aumentando o estado de alerta e produzindo agitação. Também relaxa o MÚSCULO LISO, estimula o MÚSCULO CARDÍACO, estimula a DIURESE e parece ser útil no tratamento de alguns tipos de dor na cabeça. Vários efeitos celulares da cafeína têm sido observados, mas não está completamente esclarecido como cada um contribui para o seu perfil farmacológico. Entre os mais importantes estão a inibição de FOSFODIESTERASES de nucleotídeos cíclicos, o antagonismo de RECEPTORES DA ADENOSINA e a modulação do processamento do cálcio intracelular.
Carboxilato de metilpirrol isolado da RYANIA, que rompe o CANAL DE LIBERAÇÃO DE CÁLCIO DO RECEPTOR DE RIANODINA, modificando a liberação de CÁLCIO a partir do RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO resultando na alteração da CONTRAÇÃO MUSCULAR. Foi previamente utilizado em INSETICIDAS. É utilizado experimentalmente em conjunto com a TAPSIGARGINA e outros inibidores de captação de cálcio pela ATPASE CÁLCICA no RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO.
Compostos químicos que se ligam a íons e os removem de soluções. Muitos quelantes agem por meio da formação de COMPLEXOS DE COORDENAÇÃO com METAIS.
Grupo de compostos que são derivados de oxo-pirrolidinas. Um membro desse grupo é a 2-oxo pirrolidina, que é um intermediário na manufatura de polivinilpirrolidona.
Benzopirróis com o nitrogênio no carbono número um adjacente à porção benzílica, diferente de ISOINDÓIS que têm o nitrogênio fora do anel de seis membros.
Compostos inorgânicos ou orgânicos que contêm boro como parte integral da molécula.
Lantânio. O elemento protótipo da família de terras raras (lantanídeos). Possui símbolo atômico La, número atômico 57 e peso atômico 138,91. O íon lantanídeo é utilizado experimentalmente em biologia como um antagonista do cálcio; o óxido do lantânio melhora as propriedades ópticas do vidro.
Células propagadas in vitro em meio especial apropriado ao seu crescimento. Células cultivadas são utilizadas no estudo de processos de desenvolvimento, processos morfológicos, metabólicos, fisiológicos e genéticos, entre outros.
Antibiótico ionóforo poliéter, de Streptomyces chartreusensis. Liga-se a e transporta CÁLCIO e outros cátions bivalentes através das membranas e desacopla a fosforilação oxidativa, ao inibir a ATPase mitocondrial de fígado de rato. A substância é usada principalmente como ferramenta bioquímica para estudar o papel de íons bivalentes nos vários sistemas biológicos.
Receptores intracelulares que se ligam ao INOSITOL 1,4,5-TRISFOSFATO e desempenham um papel importante na sinalização intracelular. Os receptores de inositol 1,4,5-trisfosfato são canais de cálcio que liberam CÁLCIO em resposta a um aumento do níveis de inositol 1,4,5-trisfosfato no CITOPLASMA.
O líquido dentro das CÉLULAS.
Líquido intracelular do citoplasma, depois da remoção de ORGANELAS e outros componentes citoplasmáticos insolúveis.
Gênero de plantas da família APIACEAE. Seus membros contêm TAPSIGARGINA e outros guaianolídeos (SESQUITERPENOS DE GUAIANO).
Compostos cíclicos com um anel do tamanho aproximadamente de 1-4 dúzias de átomos.
Antibiótico antiviral contendo N-acetilglicosamina obtido do Streptomyces lysosuperificus. É também ativo contra algumas bactérias e fungos, porque inibe a glicosilação de proteínas. A tunicamicina é utilizada como uma ferramenta no estudo dos mecanismos biossintéticos microbianos.
Encontra-se dentre os AGONISTAS COLINÉRGICOS, é lentamente hidrolisado e atua tanto sobre RECEPTORES MUSCARÍNICOS quanto RECEPTORES NICOTÍNICOS.
Subgrupo de canais de cátion TRP que contém 3 a 4 REPETIÇÕES DE ANQUIRINA e um domínio terminal C conservado. Seus membros são altamente expressos no SISTEMA NERVOSO CENTRAL. A seletividade do cálcio em relação ao sódio varia de 0,5 a 10.
Subclasse de fosfolipases que hidrolisam a ligação fosfoéster encontrada na terceira posição de GLICEROFOSFOLIPÍDEOS. Embora o termo singular fosfolipase C refere-se a uma enzima que catalisa a hidrólise de FOSFATIDILCOLINA (EC 3.1.4.3), é normalmente usado na literatura para referir-se a várias enzimas que catalisam especificamente a hidrólise de FOSFATIDILINOSITÓIS.
Isótopos de cálcio instáveis que se decompõem ou desintegram emitindo radiação. Átomos de cálcio com pesos atômicos de 39, 41, 45, 47, 49 e 50 são radioisótopos de cálcio.
Movimento de íons através de membranas celulares transdutoras de energia. O transporte pode ser ativo, passivo ou facilitado. Os íons podem atravessar a membrana por eles mesmos (uniporte) ou como um grupo de dois ou mais íons na mesma estrutura (simporte), ou em direções opostas (antiporte).
Nucleotídeo de adenina contendo três grupos fosfatos esterificados à porção de açúcar. Além dos seus papéis críticos no metabolismo, o trifosfato de adenosina é um neurotransmissor.
Oligoelemento com símbolo atômico Mn, número atômico 25 e peso atômico 54,94. Está concentrado na mitocôndria celular, principalmente na hipófise, fígado, pâncreas, rim e ossos. Influencia a síntese de mucopolissacarídeos, estimula a síntese de colesterol e ácidos graxos no fígado, além de ser um cofator de muitas enzimas, incluindo as enzimas arginase e fosfatase alcalina hepáticas.(Tradução livre do original: AMA Drug Evaluations Annual 1992, p2035)
Determinadas culturas de células que têm o potencial de se propagarem indefinidamente.
Diferenças de voltagem através da membrana. Nas membranas celulares são computados por subtração da voltagem medida no lado de fora da membrana da voltagem medida no interior da membrana. Resultam das diferenças entre as concentrações interna e externa de potássio, sódio, cloreto e outros íons difusíveis através das membranas celulares ou das ORGANELAS. Nas células excitáveis, o potencial de repouso de -30 a -100 mV. Estímulos físico, químico ou elétrico tornam o potencial de membrana mais negativo (hiperpolarização) ou menos negativo (despolarização).
Agentes que emitem luz após excitação luminosa. O comprimento de onda da luz emitida geralmente é maior que o da luz incidente. Os fluorocromos são substâncias que causam fluorescência em outras substâncias, ou seja, corantes usados para marcar ou diferenciar outros compostos com etiquetas fluorescentes.
Taxa dinâmica em sistemas químicos ou físicos.
Proteína serina-treonina quinase que requer a presença de concentrações fisiológicas de CÁLCIO e de FOSFOLIPÍDEOS da membrana. A presença adicional de DIACILGLICERÓIS aumenta a sua sensibilidade de maneira marcante, tanto ao cálcio quanto aos fosfolipídeos. A sensibilidade da enzima também pode ser aumentada por ÉSTERES DE FORBOL. Acredita-se que a proteína quinase C seja a proteína receptora dos ésteres de forbol promotores de tumor.
Várias perturbações fisiológicas ou moleculares que obstruem a função do RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO. O estresse desencadeia muitas respostas, incluindo a RESPOSTA A PROTEÍNAS NÃO DOBRADAS, que pode levar à APOPTOSE e à AUTOFAGIA.
Relação entre a quantidade (dose) de uma droga administrada e a resposta do organismo à droga.
Transferência intracelular de informação (ativação/inibição biológica) através de uma via de sinalização. Em cada sistema de transdução de sinal, um sinal de ativação/inibição proveniente de uma molécula biologicamente ativa (hormônio, neurotransmissor) é mediado, via acoplamento de um receptor/enzima, a um sistema de segundo mensageiro ou a um canal iônico. A transdução de sinais desempenha um papel importante na ativação de funções celulares, bem como de diferenciação e proliferação das mesmas. São exemplos de sistemas de transdução de sinal: o sistema do receptor pós-sináptico do canal de cálcio ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO, a via de ativação da célula T mediada pelo receptor e a ativação de fosfolipases mediada por receptor. Estes sistemas acoplados à despolarização da membrana ou liberação de cálcio intracelular incluem a ativação mediada pelo receptor das funções citotóxicas dos granulócitos e a potencialização sináptica da ativação da proteína quinase. Algumas vias de transdução de sinal podem ser parte de um sistema de transdução muito maior, como por exemplo, a ativação da proteína quinase faz parte da via de sinalização da ativação plaquetária.
Técnica eletrofisiológica para estudo de células, membranas celulares e, ocasionalmente, organelas isoladas. Todos os métodos de patch-clamp contam com um selo de altíssima resistência entre uma micropipeta e uma membrana. O selo geralmente é atado por uma suave sucção. As quatro variantes mais comuns incluem patch na célula, patch de dentro para fora, patch de fora para fora e clamp na célula inteira. Os métodos de patch-clamp são comumente usados em voltage-clamp, que é o controle da voltagem através da membrana e medida do fluxo de corrente, mas métodos de corrente-clamp, em que a corrente é controlada e a voltagem é medida, também são utilizados.
[Conjunto de] propriedades (quality) das membranas celulares que permite a passagem de solventes e de solutos para dentro e para fora das células.
Íons de oxivanádio em vários estados de oxidação. Atuam principalmente como inibidores do transporte iônico devido às suas capacidades de inibirem os sistemas de transporte de Na(+)-, K(+)- e Ca(+)-ATPase. Apresentam também efeitos similares à insulina, ação inotrópica positiva sobre o músculo cardíaco ventricular, além de outros efeitos metabólicos.
Mensageiro não peptídico produzido enzimaticamente a partir da CALIDINA no sangue, onde é um potente (porém de meia-vida curta) agente de dilatação arteriolar e de aumento da permeabilidade capilar. A bradicinina também é liberada pelos MASTÓCITOS durante os ataques asmáticos, parede do intestino como vasodilatador gastrointestinal, por tecidos lesados como sinal de dor e pode ser um neurotransmissor.
Estruturas heterocíclicas em anel de 5 membros contendo um oxigênio na posição 1 e um nitrogênio na posição 3, diferenciando-se dos ISOXAZÓIS cujas ligações estão nas posições 1 e 2.
Vasodilatador potente com ação antagonista de cálcio. É útil como agente antiangina que também abaixa a pressão sanguinea.
Espécie Oryctolagus cuniculus (família Leporidae, ordem LAGOMORPHA) nascem nas tocas, sem pelos e com os olhos e orelhas fechados. Em contraste com as LEBRES, os coelhos têm 22 pares de cromossomos.
Ésteres de inositol do ácido fosfórico. Incluem ésteres ácidos mono e polifosfóricos, com a exceção do hexafosfato de inositol que é o ÁCIDO FÍTICO.
Proteína eletrogênica trocadora de íons que mantém o nível de cálcio estável ao remover uma quantidade de cálcio igual àquela que entra na célula. Encontra-se amplamente distribuída em muitas membranas excitáveis, incluindo encéfalo e coração.
Movimento de materiais (incluindo substâncias bioquímicas e drogas) através de um sistema biológico no nível celular. O transporte pode ser através das membranas celulares e camadas epiteliais. Pode também ocorrer dentro dos compartimentos intracelulares e extracelulares.
Compostos que se ligam a RECEPTORES PURINÉRGICOS e os ativam.
Membrana seletivamente permeável (contendo lipídeos e proteínas) que envolve o citoplasma em células procarióticas e eucarióticas.
Caspase de pró-domínio longo que contém um domínio de recrutamento de caspase em sua região do pró-domínio. A caspase 12 é ativada por fatores pró-apoptóticos que são liberados durante o stress celular e pelas PROTEÍNAS ADAPTADORAS DE SINALIZAÇÃO CARD. Ativa a APOPTOSE por meio da clivagem e ativação das CASPASES EFETORAS.
Linhagem de ratos albinos amplamente utilizada para propósitos experimentais por sua tranquilidade e facilidade de manipulação. Foi desenvolvida pela Companhia de Animais Sprague-Dawley.
Canal tetramérico de liberação de cálcio na membrana do RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO das CÉLULAS MUSCULARES LISAS, que atuam em oposição às ATPASES TRANSPORTADORAS DE CÁLCIO DO RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO. É importante para o acoplamento excitação-contração nos músculos esquelético e cardíaco, e é estudado usando RIANODINA. As anormalidades estão relacionadas com as ARRITMIAS CARDÍACAS e DOENÇAS MUSCULARES.
Estruturas finas que encapsulam estruturas subcelulares (ORGANELAS) em CÉLULAS EUCARIÓTICAS. Entre elas estão várias membranas associadas com o NÚCLEO CELULAR, mitocôndrias, APARELHO DE GOLGI, RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO, LISOSSOMOS, PLASTÍDEOS e VACÚOLOS.
Compostos com três anéis aromáticos em arranjo linear com um OXIGÊNIO no anel central.
Agentes que aumentam a entrada de cálcio através dos canais de cálcio dos tecidos excitáveis. Isso causa vasoconstrição no MÚSCULO LISO VASCULAR e/ou nas células do MÚSCULO CARDÍACO, bem como estimula as ilhotas pancreáticas a liberarem insulina. Portanto, agonistas de cálcio seletivos para tecidos têm o potencial de combater a insuficiência cardíaca e os distúrbios endócrinos. Têm sido usados basicamente em estudos experimentais envolvendo culturas de células e tecidos.
Conversão da forma inativa de uma enzima a uma que possui atividade metabólica. Este processo inclui 1) ativação por íons (ativadores), 2) ativação por cofatores (coenzimas) e 3) conversão de um precursor enzimático (pró-enzima ou zimógeno) a uma enzima ativa.
Éster de forbol encontrado no ÓLEO DE CROTON com importante atividade promotora de tumor. Estimula a síntese tanto de DNA como de RNA.
Indocarbazol, inibidor potente da PROTEÍNA QUINASE C que aumenta as respostas mediadas por cAMP em células do neuroblastoma humano. (Tradução livre do original: Biochem Biophys Res Commun 1995;214(3):1114-20)
Proteína estimuladora de ligação a CCAAT induzida pelo DANO DO DNA e parada do crescimento. Atua como inibidor dominante negativo de outras proteínas estimuladoras de ligação a CCAAT.
Células provenientes de tecido neoplásico cultivadas in vitro. Se for possível estabelecer estas células como LINHAGEM CELULAR TUMORAL, elas podem se propagar indefinidamente em cultura de células.
Processo por meio do qual o meio ambiente interno tende a permanecer estável e equilibrado.
Uridina 5'-(tetra-hidrogênio trifosfato). Nucleotídeo uracil contendo três grupos fosfatos esterificados à molécula de açúcar.
Bases orgânicas nitrogenadas. Muitos alcaloides de importância médica ocorrem nos reinos animal e vegetal e alguns são sintéticos.
Gadolínio. Um elemento da família de terras raras (lantanídeos). Possui símbolo atômico Gd, número atômico 64 e peso atômico 157,25. Seu óxido é utilizado nos bastões de controle de alguns reatores nucleares.
Compostos contendo 1,3-diazol, um composto aromático pentacíclico contendo dois átomos de nitrogênio separados por um dos carbonos. Entre os imidazóis quimicamente reduzidos estão as IMIDAZOLINAS e IMIDAZOLIDINAS. Diferenciar do 1,2-diazol (PIRAZÓIS).
Ionóforo de próton comumente utilizado como agente desacoplador em estudos bioquímicos.
Os CANAIS DE CÁLCIO dependentes de voltagem de longa duração encontram-se tanto em tecidos excitáveis quanto em não excitáveis. São responsáveis pela contratibilidade do músculo liso vascular e miocárdio normal. Cinco subunidades (alfa-1, alfa-2, gama, e delta) formam o canal do tipo L. A subunidade alfa-1 é o sítio de ligação para antagonistas baseados em cálcio. Os antagonistas de cálcio baseados na Di-hidropiridina são utilizados como marcadores para esses sítios de ligação.
Derivado de imidazol usado comumente como agente antimicótico tópico.
Compostos de anilina referem-se a derivados orgânicos formados quando o grupo amino (-NH2) é adicionado ao anel benzeno, resultando em propriedades como basicidade e reactividade aromática.
Linhagem de ratos albinos desenvolvida no Instituto Wistar e que se espalhou amplamente para outras instituições. Este fato diluiu marcadamente a linhagem original.
Espaço intersticial entre células, preenchido pelo líquido intersticial, bem como, por substâncias amorfas e fibrosas. Para os organismos com uma PAREDE CELULAR, o espaço extracelular, abrange tudo externo à MEMBRANA CELULAR incluindo o PERIPLASMA e a parede celular.
Elemento do grupo dos metais alcalino-terrosos. Possui símbolo atômico Ba, número atômico 56 e peso atômico 138. Todos os seus sais solúveis em ácido são venenosos.
Corante inorgânico utilizado em microscopia para colorações diferenciadas e como reagente de diagnóstico. Em pesquisa, esse composto é utilizado para estudar alterações na concentração citoplasmática do cálcio. O rutênio vermelho inibe o transporte de cálcio através dos canais de membrana.
Espaço [físico e funcional] dentro das células, delimitado por membranas seletivamente permeáveis que envolvem este espaço, p.ex., mitocôndria, lisossomos, etc.
Elementos de intervalos de tempo limitados, contribuindo para resultados ou situações particulares.

A taspigargina é um fármaco que pertence à classe dos inhibidores da serina/treonina protease. É derivado da plante Thapsia garganica e tem sido estudada em pesquisas clínicas como um possível tratamento para o câncer, especialmente do câncer de mama e próstata. A taspigargina atua inibindo a enzima protease, que desempenha um papel importante no crescimento e propagação das células cancerosas. No entanto, o uso clínico da taspigargina ainda não foi aprovado pela FDA (Food and Drug Administration) e mais estudos são necessários para determinar sua segurança e eficácia no tratamento do câncer em humanos.

Terpenos são uma classe diversificada de compostos orgânicos naturalmente encontrados em plantas, animais e alguns microorganismos. Eles desempenham funções importantes em muitos processos biológicos, incluindo atração de polinizadores por meio de aromas florais, proteção contra predadores e doenças por meio de propriedades tóxicas ou repelentes, e atrair espécies que auxiliam na dispersão de sementes e pólen.

Os terpenos são formados a partir de unidades básicas chamadas geraniol, um monoterpênio. Eles se combinam para formar uma variedade de estruturas químicas complexas, resultando em diferentes tipos e classes de terpenos. Alguns dos principais grupos de terpenos incluem:

1. Hemiterpenos (C5): Compostos simples derivados da unidade básica isoprenóide, como o geraniol.
2. Monoterpenos (C10): Constituídos por duas unidades de geraniol e incluem compostos voláteis responsáveis pelo aroma das plantas, como a mentona encontrada na hortelã-da-índia e o limoneno presente no citrus.
3. Sesquiterpenos (C15): Formados por três unidades de geraniol e incluem compostos voláteis responsáveis pelo aroma das plantas, como o farnesol encontrado em flores de rosa e o bisabolol presente no óleo de cântaro.
4. Diterpenos (C20): Formados por quatro unidades de geraniol e incluem compostos como o cafestol e kahweol, encontrados nos grãos de café.
5. Triterpenos (C30): Formados por seis unidades de geraniol e incluem compostos como o squaleno, um precursor da síntese de colesterol em animais.
6. Tetraterpenos (C40): Formados por oito unidades de geraniol e incluem carotenoides, pigmentos responsáveis pela coloração vermelha, laranja e amarela de frutas e vegetais.
7. Politerpenos: Formados por mais de oito unidades de geraniol e incluem gomas e resinas naturais, como a gutaperxa.

Os terpenóides são derivados dos terpenos pela adição de grupos funcionais ou modificações estruturais. Exemplos de terpenóides incluem o artemisinina, um antimalárico extraído da Artemisia annua, e o paclitaxel, um agente quimioterápico extraído do *Taxus brevifolia*.

ATPases transportadoras de cálcio são enzimas que utilizam energia derivada da hidrólise de ATP (trifosfato de adenosina) para transportar íons de cálcio através de membranas celulares. Existem diferentes tipos de ATPases transportadoras de cálcio localizadas em diferentes compartimentos celulares, incluindo a bomba de cálcio sarco(endo)plasmática (SERCA) encontrada no retículo sarcoplasmático e a plasma membrane calcium ATPase (PMCA) encontrada na membrana plasmática. Estas bombas desempenham um papel crucial em manter os níveis de cálcio intracelular controlados, o que é essencial para uma variedade de processos celulares, como a contração muscular e a liberação de neurotransmissores.

O cálcio é um mineral essencial importante para a saúde humana. É o elemento mais abundante no corpo humano, com cerca de 99% do cálcio presente nas estruturas ósseas e dentárias, desempenhando um papel fundamental na manutenção da integridade estrutural dos ossos e dentes. O restante 1% do cálcio no corpo está presente em fluidos corporais, como sangue e líquido intersticial, desempenhando funções vitais em diversos processos fisiológicos, tais como:

1. Transmissão de impulsos nervosos: O cálcio é crucial para a liberação de neurotransmissores nos sinais elétricos entre as células nervosas.
2. Contração muscular: O cálcio desempenha um papel essencial na contração dos músculos esqueléticos, lissos e cardíacos, auxiliando no processo de ativação da troponina C, uma proteína envolvida na regulação da contração muscular.
3. Coagulação sanguínea: O cálcio age como um cofator na cascata de coagulação sanguínea, auxiliando no processo de formação do trombo e prevenindo hemorragias excessivas.
4. Secreção hormonal: O cálcio desempenha um papel importante na secreção de hormônios, como a paratormona (PTH) e o calcitriol (o forma ativa da vitamina D), que regulam os níveis de cálcio no sangue.

A manutenção dos níveis adequados de cálcio no sangue é crucial para a homeostase corporal, sendo regulada principalmente pela interação entre a PTH e o calcitriol. A deficiência de cálcio pode resultar em doenças ósseas, como osteoporose e raquitismo, enquanto excesso de cálcio pode levar a hipercalcemia, com sintomas que incluem náuseas, vômitos, constipação, confusão mental e, em casos graves, insuficiência renal.

Ionomicina é um agente complexante de cálcio e um ionóforo, o que significa que é capaz de transportar íons através de membranas celulares. É usado em pesquisas biológicas como uma ferramenta para estudar a regulação do cálcio intracelular e sua função em diversos processos celulares, incluindo a secreção de hormônios, contração muscular e apoptose (morte celular programada).

A ionomicina é frequentemente usada em estudos com células vivas para aumentar os níveis de cálcio no citoplasma. Isso ocorre porque a ionomicina forma complexos com íons de cálcio, que podem então ser transportados através da membrana celular e solto dentro do citoplasma, levando a um aumento nos níveis de cálcio intracelular.

Em suma, a ionomicina é uma importante ferramenta de pesquisa usada para estudar os efeitos dos níveis de cálcio no funcionamento das células. No entanto, devido à sua capacidade de alterar significativamente os níveis de cálcio intracelular, a ionomicina deve ser utilizada com cuidado e em condições controladas para evitar possíveis efeitos adversos nas células.

Enzimatic inhibitors are substances that reduce or prevent the activity of enzymes. They work by binding to the enzyme's active site, or a different site on the enzyme, and interfering with its ability to catalyze chemical reactions. Enzymatic inhibitors can be divided into two categories: reversible and irreversible. Reversible inhibitors bind non-covalently to the enzyme and can be removed, while irreversible inhibitors form a covalent bond with the enzyme and cannot be easily removed.

Enzymatic inhibitors play an important role in regulating various biological processes and are used as therapeutic agents in the treatment of many diseases. For example, ACE (angiotensin-converting enzyme) inhibitors are commonly used to treat hypertension and heart failure, while protease inhibitors are used in the treatment of HIV/AIDS.

However, it's important to note that enzymatic inhibition can also have negative effects on the body. For instance, some environmental toxins and pollutants act as enzyme inhibitors, interfering with normal biological processes and potentially leading to adverse health effects.

O Retículo Endoplasmático (RE) é um orgânulo membranoso encontrado em células eucariontes, desempenhando um papel fundamental no metabolismo celular. Ele se divide em dois tipos: o Retículo Endoplasmático Rugoso (RER) e o Retículo Endoplasmático Liso (REL).

O RER é composto por uma rede de sacos achatados com membranas onduladas, que contém ribossomas ligados à sua superfície externa. O RER está envolvido na síntese e processamento de proteínas, especialmente aquelas que serão secretadas ou inseridas nas membranas celulares.

Por outro lado, o REL é formado por tubos e vesículas com membranas lisas, sem ribossomas ligados à sua superfície. O REL desempenha funções metabólicas diversificadas, como a síntese de lipídios, metabolismo de drogas, detoxificação celular e regulação do cálcio intracelular.

Em resumo, o Retículo Endoplasmático é um importante orgânulo celular que desempenha funções essenciais no metabolismo proteico e lipídico, além de participar em processos de detoxificação e regulação do cálcio intracelular.

As hidroquinonas são compostos químicos orgânicos que contêm um grupo funcional de fenol duplamente alquilado, formando uma estrutura de benzeno com dois grupos hidroxila (-OH). Elas são amplamente utilizadas em produtos industriais e domésticos, incluindo cremes despigmentantes, fotografias, tintas, sabonetes e cosméticos.

Em termos médicos, as hidroquinonas às vezes são usadas como um agente despigmentante tópico para tratar hiperpigmentação, manchas de idade e melasma. No entanto, o uso prolongado ou excessivo de hidroquinonas pode causar efeitos colaterais indesejáveis, como irritação da pele, vermelhidão, coceira, queimaduras solares e, em casos raros, aumento do risco de câncer de pele. Portanto, o uso desses produtos deve ser feito sob a orientação e supervisão de um profissional de saúde qualificado.

Inositol 1,4,5-trisfosfate (IP3) é um messenger intracelular secundário que desempenha um papel crucial na transdução de sinais celulares, especialmente no sistema de segundo mensageiro da cascata de fosfolipase C. Ele é formado a partir do inositol fosfato por meio da ação da enzima fosfolipase C em fosfoinositídios, como o fosfoatidilinositol 4,5-bisfosfato (PIP2).

Quando um neurotransmissor ou hormona se liga a um receptor acoplado a proteína G que estimula a fosfolipase C, isto leva à produção de IP3 e diacilglicerol (DAG). O IP3 se difunde através do citosol e se liga aos receptores de IP3 localizados nas membranas do retículo endoplasmático liso, levando ao aumento da liberação de cálcio no citosol. A elevação dos níveis de cálcio intracelular ativa vários processos celulares, como a contração muscular, a secreção de hormonas e neurotransmissores, e a expressão gênica.

Portanto, o inositol 1,4,5-trisfosfate desempenha um papel fundamental na transdução de sinais celulares, especialmente no sistema de segundo mensageiro da cascata de fosfolipase C, e está envolvido em uma variedade de processos fisiológicos.

Em termos médicos, a "sinalização do cálcio" refere-se ao processo de regulação e comunicação celular envolvendo variações nos níveis de cálcio intracelular. O cálcio é um íon essencial que desempenha um papel crucial como mensageiro secundário em diversas vias de sinalização dentro da célula.

Em condições basais, a concentração de cálcio no citoplasma celular é mantida em níveis baixos, geralmente abaixo de 100 nanomolares (nM). Contudo, quando ocorrem estímulos específicos, como hormonas ou neurotransmissores, as células podem aumentar rapidamente os níveis de cálcio intracelular para milhares de nM. Essas variações nos níveis de cálcio ativam diversas proteínas e enzimas, desencadeando uma cascata de eventos que resultam em respostas celulares específicas, tais como a contração muscular, secreção de hormônios ou neurotransmissores, diferenciação celular, proliferação e apoptose.

Existem dois principais mecanismos responsáveis pelo aumento rápido dos níveis de cálcio intracelular: o primeiro é a entrada de cálcio através de canais iónicos dependentes de voltagem localizados nas membranas plasmáticas e do retículo sarcoplásmico (RS); o segundo mecanismo consiste na liberação de cálcio armazenado no RS por meio de canais de receptores associados a IP3 (IP3R) ou ryanodina (RyR). Quando os níveis de cálcio intracelular retornam ao estado basal, as células utilizam bombas de transporte ativas de cálcio, como a bomba de sódio-cálcio e a bomba de cálcio do RS, para extrudir o cálcio em excesso e manter o equilíbrio iónico.

Devido à sua importância na regulação de diversos processos celulares, o sistema de sinalização de cálcio é um alvo terapêutico importante para o tratamento de várias doenças, incluindo hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, diabetes, câncer e doenças neurodegenerativas.

ATPases transportadoras de cálcio do retículo sarcoplasmático (SR-CA-ATPases) são enzimas que desempenham um papel crucial no processo de contração e relaxamento da musculatura esquelética e cardíaca. Elas estão localizadas na membrana do retículo sarcoplasmático (SR), um orgânulo intracelular especializado encontrado nas células musculares, e são responsáveis pelo transporte ativo de íons cálcio (Ca2+) através da membrana do SR.

A função principal das SR-CA-ATPases é manter a homeostase do cálcio no citoplasma celular, mantendo baixos níveis de Ca2+ no citoplasma durante o relaxamento muscular e fornecendo uma fonte rápida de Ca2+ para desencadear a contração muscular quando necessário.

As SR-CA-ATPases utilizam energia derivada da hidrólise do ATP (adenosina trifosfato) para transportar ativamente os íons cálcio contra o gradiente de concentração, movendo-os do citoplasma para o interior do retículo sarcoplasmático. Esse processo é essencial para a regulação da contratilidade muscular e desempenha um papel fundamental no controle do ritmo cardíaco e na manutenção da integridade estrutural dos músculos esqueléticos e cardíacos.

Existem duas principais classes de SR-CA-ATPases: as sarcoplasmáticas/endoplasmática de retículo (SERCA) e as plasmáticas (PMCA). As SERCA são específicas para o transporte de Ca2+ no retículo sarcoplasmático, enquanto as PMCA estão presentes em diversos tipos celulares e são responsáveis pelo transporte de Ca2+ para fora da célula.

Os canais de cálcio são proteínas integrales de membrana found in a variety of cell types, including excitable and nonexcitable cells. Eles desempenham um papel crucial na regulação de vários processos celulares, tais como a excitabilidade da célula, contraction muscular, neurotransmitter release, e diferenciação celular.

Existem diferentes tipos de canais de cálcio, cada um com suas próprias características distintivas e padrões de expressão. Alguns dos principais tipos incluem:

1. Canais de cálcio voltajage-dependente (VDCC): Estes canais são ativados por variações no potencial de membrana da célula. Eles são encontrados principalmente em células excitáveis, tais como neurônios e músculos, onde eles desempenham um papel importante na geração e propagação de potenciais de ação.

2. Canais de cálcio de receptor-operado (ROCC): Estes canais são ativados por ligandos específicos, tais como neurotransmitters ou hormônios. Eles são encontrados em uma variedade de células e estão envolvidos em processos como a liberação de neurotransmissores e a regulação da secreção hormonal.

3. Canais de cálcio de segunda mensageiro-operado: Estes canais são ativados por segundos mensageiros intracelulares, tais como IP3 (inositol trifosfato) ou diacylglycerol (DAG). Eles estão envolvidos em processos de sinalização celular e regulação da expressão gênica.

4. Canais de cálcio de vazamento: Estes canais são sempre parcialmente abertos, permitindo a passagem contínua de íons de cálcio através da membrana celular. Eles estão envolvidos na manutenção dos níveis basais de cálcio intracelular.

Os canais de cálcio desempenham um papel crucial em uma variedade de processos fisiológicos, incluindo a contração muscular, a liberação de neurotransmissores, a regulação da secreção hormonal e a expressão gênica. Portanto, é importante entender como eles são regulados e como as disfunções nos canais de cálcio podem contribuir para doenças e condições patológicas.

Fura-2 (também conhecido como Fluor-3 ou Fura 2-AM) é um corante fluorescente usado em experimentos de biologia celular e bioquímica para medir a concentração de cálcio intracelular [Ca²+]i. Ele é um indicador de cálcio altamente sensível e seletivo, capaz de relatar mudanças rápidas na concentração de cálcio dentro da célula.

Fura-2 é inicialmente perfurado em sua forma acetoximetilester (Fura 2-AM) para permitir que ele penetre na membrana celular e seja hidrolisado pela esterase intracelular em Fura-2, que é carregado negativamente e retido dentro da célula. Quando a célula é estimulada e o cálcio é liberado no citosol, o Fura-2 se liga ao cálcio, causando um deslocamento de excitação na fluorescência que pode ser detectado por espectroscopia de fluorescência.

A razão entre as intensidades de fluorescência em duas longitudes de onda diferentes é proporcional à concentração de cálcio intracelular, permitindo a quantificação da dinâmica do cálcio dentro da célula. Fura-2 é um dos indicadores de cálcio mais amplamente utilizados em pesquisas biológicas e médicas devido à sua sensibilidade, seletividade e facilidade de uso.

O ácido egtázico, também conhecido como ácido 2-amino-2-(etoxicarbonil)propanoico, é um composto químico utilizado em alguns medicamentos como um agente antiplaquetário, ou seja, ele ajuda a impedir a formação de coágulos sanguíneos. Ele funciona inibindo a agregação de plaquetas no sangue.

Este ácido é um sólido branco ou quase branco com um ponto de fusão entre 152-154°C. É solúvel em água e levemente solúvel em etanol. O ácido egtázico é um dos metabólitos ativos do medicamento dipiridamol, que é frequentemente usado na prevenção de trombose recorrente em pacientes com fibrilação atrial ou prótese valvar cardíaca.

Embora o ácido egtázico seja um componente importante de alguns medicamentos, ele também pode ter efeitos adversos, como náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, cefaleia e erupções cutâneas. Em casos raros, ele pode causar trombocitopenia (baixa contagem de plaquetas) ou neutropenia (baixa contagem de glóbulos brancos). Se você tiver alguma preocupação sobre o uso do ácido egtázico ou qualquer outro medicamento, é importante que consulte um profissional médico para obter orientação adequada.

Os bloqueadores dos canais de cálcio são uma classe de fármacos que atuam bloqueando os canais de cálcio dependentes de voltagem em células musculares lisas e cardíacas, bem como em células do sistema nervoso. Esses canais permitem que o cálcio entre nas células quando são excitadas elétricamente, desencadeando uma série de eventos que levam à contração muscular ou à liberação de neurotransmissores.

Existem diferentes gerações e tipos de bloqueadores dos canais de cálcio, cada um com propriedades farmacológicas distintas. Em geral, eles são classificados como di-hidropiridínicos, fenilalquilaminas, benzotiazepinas e difenilpiperazinas. Cada subgrupo tem diferentes efeitos sobre os canais de cálcio em diferentes tecidos, o que resulta em propriedades farmacológicas únicas e indicações clínicas específicas.

Alguns exemplos de bloqueadores dos canais de cálcio incluem a nifedipina, amlodipina, verapamilo e diltiazem. Esses fármacos são frequentemente usados no tratamento de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial, angina de peito e arritmias cardíacas. Além disso, eles também podem ser usados no tratamento de outras condições, como espasmos vasculares cerebrais, glaucoma de ângulo fechado e doença de Parkinson.

Como qualquer medicamento, os bloqueadores dos canais de cálcio podem ter efeitos adversos e interações com outros fármacos. Portanto, é importante que sejam usados sob a supervisão de um profissional de saúde qualificado.

'Estrepsis' é uma infecção causada por bactérias do género Streptococcus. Pode afetar diferentes partes do corpo, levando a diversas condições clínicas, dependendo da localização da infeção. Algumas das infecções streptocócicas mais comuns incluem faringite estreptocócica (inflamação da garganta), impetigo (infecção da pele) e erisipela (infecção do tecido mole subjacente à pele). Os sintomas variam em função da localização da infecção, mas podem incluir: dor de garganta, febre, inflamação das amígdalas, manchas vermelhas e dolorosas na pele, bolhas e úlceras. O diagnóstico geralmente baseia-se em exames laboratoriais, como culturas ou testes rápidos de antígeno. O tratamento geralmente consiste em antibióticos, como a penicilina, que são eficazes contra as bactérias streptocócicas. É importante tratar as infecções estreptocócicas para prevenir possíveis complicações, como febre reumática ou doença cardiovascular reumatica, glomerulonefrite aguda (inflamação dos rins) e outras condições graves.

O retículo sarcoplasmático (RS) é um orgânulo intracelular encontrado principalmente em células musculares, especialmente nas fibras musculares esqueléticas e cardíacas. Também é conhecido como retículo endoplasmático rugoso do músculo liso.

O RS desempenha um papel crucial no processo de contração muscular, armazenando cálcio (Ca2+) e regulando sua libertação durante a ativação dos canais de liberação de ryanodina (RyRs). Quando a célula muscular é estimulada para se contrair, o sinal elétrico desencadeia a abertura dos RyRs no RS, resultando em um influxo de Ca2+ no citoplasma. O aumento do Ca2+ intracitoplasmático promove a interação entre a actina e a miosina, levando à contração muscular. Após a contração, o RS reabsorve o Ca2+ em excesso, restaurando assim os níveis basais de Ca2+ no citoplasma.

Além disso, o RS também desempenha funções importantes na síntese e processamento de proteínas, armazenamento de glicogênio e metabolismo lipídico nas células musculares.

Ionoforos são compostos químicos ou moléculas que podem transportar íons através de membranas lipídicas, facilitando a transferência iônica em células vivas. Eles desempenham um papel crucial no processo de sinalização celular e na manutenção do equilíbrio iônico nas células. Alguns fármacos e drogas também podem atuar como ionóforos, alterando a permeabilidade da membrana celular e afetando assim o funcionamento normal das células. Em resumo, os ionóforos são agentes que facilitam o transporte de íons através de membranas biológicas, tendo um impacto direto no equilíbrio iônico e na fisiologia celular.

A cafeína é uma substância estimulante, um alcaloide natural que pertence à classe das metilxantinas. É encontrada principalmente em plantas como café, chá, guaraná e cacau. A cafeína atua como um estimulante do sistema nervoso central, aumentando a vigilância, a capacidade de concentração e a motivação, além de reduzir a sensação de fadiga.

Apesar de sua popularidade como um ingrediente em bebidas energéticas, café e chá, é importante ressaltar que o consumo excessivo de cafeína pode causar efeitos adversos, tais como insônia, nervosismo, taquicardia, hipertensão arterial e transtornos gastrointestinais. Além disso, a dependência da cafeína é uma realidade para muitas pessoas, o que pode levar a sintomas de abstinência desagradáveis quando a ingestão é interrompida abruptamente.

Em resumo, a cafeína é uma substância estimulante comum encontrada em várias plantas e bebidas, que pode oferecer benefícios cognitivos em doses moderadas, mas também traz riscos para a saúde quando consumida em excesso ou de forma dependente.

A rianodina é um fármaco que atua como agonista e antagonista dos receptores de ryanodina, canais de cálcio dependentes de voltagem encontrados no retículo sarcoplasmático das células musculares. Esses receptores desempenham um papel importante na liberação de cálcio das reservas intracelulares durante a contração muscular.

A rianodina foi originalmente identificada e isolada a partir da planta Ryania speciosa, que tem propriedades insecticidas. No entanto, mais tarde, foi sintetizada em laboratório para uso em pesquisas biomédicas.

Em doses baixas, a rianodina atua como agonista, aumentando a liberação de cálcio e levando à contração muscular. No entanto, em doses mais altas, a rianodina pode se comportar como antagonista, inibindo a liberação de cálcio e levando à relaxação muscular.

A rianodina tem sido objeto de pesquisas como um possível tratamento para doenças cardiovasculares e neurológicas, incluindo insuficiência cardíaca congestiva, arritmias cardíacas e distrofia muscular. No entanto, seu uso clínico ainda não foi aprovado devido a preocupações com sua toxicidade e eficácia limitada.

Quelantes, em medicina e farmacologia, referem-se a compostos que podem formar complexos estáveis com certos íons metálicos, reduzindo assim a sua disponibilidade para participar de reações bioquímicas indesejadas no corpo. Os quelantes são frequentemente usados como medicamentos para tratar envenenamento por metais pesados, como chumbo, mercúrio e arsênico. Eles também podem ser utilizados em terapia de cálculo renal para ajudar a dissolver certos tipos de cálculos. Além disso, os quelantes são amplamente utilizados em pesquisas bioquímicas e biomédicas para marcar e rastrear íons metálicos em sistemas vivos.

Pirrolidinonas referem-se a um tipo específico de compostos orgânicos que contêm um anel heterocíclico de quatro átomos de carbono e um átomo de nitrogênio, com um grupo funcional lactam no anel. Em outras palavras, uma pirrolidinona é um composto que possui um grupo carboxila (-COOH) e um grupo amino (-NH2) unidos por meio de um átomo de carbono, formando um anel de cinco membros.

Essas moléculas são importantes em química orgânica e também desempenham um papel na farmacologia, pois podem ser encontradas em diversos fármacos e drogas sintéticas. Algumas pirrolidinonas naturais também são conhecidas por ocorrerem em alguns alimentos e plantas.

No contexto médico, as pirrolidinonas podem ser mencionadas em relação a determinados medicamentos ou substâncias químicas que contenham esse tipo de estrutura. No entanto, é importante notar que a definição médica geral de "pirrolidinonas" se refere mais especificamente à classe de compostos orgânicos com essa estrutura química, em vez de uma condição ou doença em particular.

Desculpe por qualquer inconveniente, mas a palavra "Indóis" não é um termo médico ou científico amplamente reconhecido. Pode ser que você esteja se referindo a "indianos", que se refere a pessoas originárias da Índia, um país na Ásia Meridional. No entanto, em um contexto médico ou científico, geralmente é preferível utilizar termos mais precisos para descrever a origem étnica ou geográfica de uma pessoa, como "sul-asiático" ou "do sul da Ásia". Isso é especialmente importante em pesquisas e prática clínica, pois a ascendência pode estar relacionada a fatores genéticos que influenciam a saúde e a resposta a diferentes tratamentos.

Na química, "compostos de boro" se referem a qualquer um dos vários compostos que contêm boro (simbolizado por "B" na tabela periódica) em suas moléculas. O boro é um elemento químico leve, ligeiramente menos denso do que o magnésio, que se encontra no grupo 13 do período 2 da tabela periódica. Ele geralmente apresenta um número de oxidação de +3 em compostos inorgânicos.

Existem muitos compostos de boro diferentes, com propriedades e estruturas variadas. Alguns exemplos comuns incluem ácido bórico (H3BO3), borax (Na2B4O7·10H2O) e boraftaleno (C5H5B). Muitos compostos de boro têm atraído interesse devido às suas propriedades únicas, como sua alta dureza, baixa densidade e boa condutividade térmica. Além disso, alguns compostos de boro também exibem propriedades eletrônicas e ópticas interessantes, o que os torna úteis em uma variedade de aplicações industriais e tecnológicas.

Embora muitos compostos de boro sejam estáveis e seguros em condições normais, alguns deles podem ser reativos ou tóxicos, especialmente em altas temperaturas ou concentrações. Portanto, é importante manipular esses compostos com cuidado e seguir as precauções adequadas para garantir a segurança.

Lantânio é um elemento químico com símbolo "La" e número atômico 57, na tabela periódica. É um metal raro, prateado, macio, maleável e dúctil que pertence à série de lantanídios. O lantânio é quimicamente similar aos outros lantanídios e à cerícia (elemento 21, cério), e geralmente é encontrado em minerais mistos com outros lantanídios.

Embora o lantânio não tenha um papel significativo na medicina humana, ele tem aplicação em dispositivos médicos, como baterias e fontes de luz usadas em cirurgia e terapia. Além disso, compostos de lantânio têm sido estudados em pesquisas biomédicas por suas propriedades magnéticas e fluorescentes, que podem ser úteis em imagens médicas e tratamentos terapêuticos.

É importante ressaltar que a exposição excessiva ao lantânio pode causar efeitos adversos na saúde humana, como irritação nos pulmões e outros órgãos, assim como efeitos tóxicos em alguns tecidos. Portanto, o uso de compostos de lantânio deve ser feito com cuidado e sob a orientação de profissionais qualificados.

As células cultivadas, em termos médicos, referem-se a células que são obtidas a partir de um tecido ou órgão e cultiva-se em laboratório para se multiplicarem e formarem uma população homogênea de células. Esse processo permite que os cientistas estudem as características e funções das células de forma controlada e sistemática, além de fornecer um meio para a produção em massa de células para fins terapêuticos ou de pesquisa.

A cultivação de células pode ser realizada por meio de técnicas que envolvem a adesão das células a uma superfície sólida, como couros de teflon ou vidro, ou por meio da flutuação livre em suspensiones líquidas. O meio de cultura, que consiste em nutrientes e fatores de crescimento específicos, é usado para sustentar o crescimento e a sobrevivência das células cultivadas.

As células cultivadas têm uma ampla gama de aplicações na medicina e na pesquisa biomédica, incluindo o estudo da patogênese de doenças, o desenvolvimento de terapias celulares e genéticas, a toxicologia e a farmacologia. Além disso, as células cultivadas também são usadas em testes de rotina para a detecção de microrganismos patogênicos e para a análise de drogas e produtos químicos.

A calcimicina é um tipo de fármaco que tem como alvo a calcitriol, a forma ativa da vitamina D no corpo. A calcimicina se liga aos receptores de vitamina D no tecido paratireóide, reduzindo a liberação de hormônio paratireoidiano (PTH). O PTH regula os níveis de cálcio e fósforo no sangue, por isso a calcimicina é frequentemente usada no tratamento da hiperparatireoidismo secundário em pacientes com insuficiência renal crônica. Também pode ser usado para tratar outras condições relacionadas ao metabolismo do cálcio, como o hipercalcemia e a doença de células ósseas gigantes.

Em resumo, a calcimicina é um fármaco que regula os níveis de cálcio no sangue, reduzindo a produção de hormônio paratireoidiano (PTH) e sendo usado no tratamento da hiperparatireoidismo secundário em pacientes com insuficiência renal crônica.

Os Receptores de Inositol 1,4,5-Trifosfato (IP3R) são canais iónicos dependentes de Ca2+ localizados no retículo sarcoplasmático e retículo endoplasmático das células excitatórias. Eles desempenham um papel crucial na regulação do Ca2+ intracelular, que por sua vez controla uma variedade de processos celulares, incluindo a transmissão sináptica, a secreção de hormônios e neurotransmissores, o crescimento e proliferação celular, e a apoptose.

Os IP3R são ativados por ligantes intracelulares, como o inositol 1,4,5-trifosfato (IP3) e o Ca2+. A ligação de IP3 ao domínio de ligação do IP3 no receptor induz uma mudança conformacional que facilita a abertura do canal iónico e permite a entrada de Ca2+ no citoplasma. O aumento dos níveis de Ca2+ intracelular, por sua vez, pode ativar outros IP3R, levando a uma resposta de feedforward que amplifica a sinalização do Ca2+.

Existem três subtipos principais de IP3R (IP3R1, IP3R2 e IP3R3) que diferem em sua distribuição tissular, propriedades funcionais e mecanismos regulatórios. Por exemplo, o IP3R1 é expresso predominantemente no cérebro e no sistema nervoso periférico, enquanto o IP3R2 é encontrado principalmente em células do músculo liso e do coração. O IP3R3, por outro lado, é expresso amplamente em uma variedade de tecidos e é considerado o subtipo mais ubíquo.

A disfunção dos receptores IP3 pode contribuir para várias condições patológicas, incluindo doenças neurodegenerativas, cardiovasculares e musculoesqueléticas. Além disso, os IP3R desempenham um papel importante na regulação da apoptose celular e podem ser alvo terapêutico para o tratamento de doenças associadas à morte celular excessiva ou insuficiente.

O líquido intracelular refere-se ao fluido que preenche o interior das células. É parte do citoplasma e está contido dentro da membrana plasmática. Esse fluido é composto por uma variedade de moléculas, incluindo íons, açúcares, aminoácidos, proteínas e outros metabólitos. Além disso, o líquido intracelular contém um vasto número de organelos celulares, tais como mitocôndrias, retículo endoplasmático, ribossomos e lisossomas, que desempenham funções específicas na célula. A composição do líquido intracelular é cuidadosamente controlada e regulada, pois é fundamental para a homeostase celular e para as reações metabólicas que ocorrem dentro da célula.

O citosol é a parte aquosa e gelatinosa do protoplasma presente no interior de uma célula, excluindo os organelos celulares e o núcleo. É um fluido complexo que contém uma variedade de solutos, como íons, moléculas orgânicas e inorgânicas, enzimas e metabólitos. O citosol desempenha um papel fundamental em diversos processos celulares, como o metabolismo, a comunicação intercelular e a resposta ao estresse ambiental. Além disso, é também o local onde ocorrem reações bioquímicas importantes para a manutenção da homeostase celular.

De acordo com a literatura médica, Thapsia é um gênero de plantas da família Apiaceae (também conhecida como Umbelliferae), que inclui cerca de 20 espécies originárias do Mediterrâneo e da África. Algumas espécies de Thapsia são conhecidas por suas propriedades tóxicas, especialmente a Thapsia garganica, que contém o composto tóxico chamado voacangina. Essa substância pode causar sintomas graves, como vômitos, diarréia, convulsões e até mesmo coma, se ingerida ou absorvida pela pele. No entanto, é importante ressaltar que essas plantas não são frequentemente encontradas em uso médico atual.

Na química orgânica, os compostos macrocíclicos são moléculas que contêm um anel com mais de 12 átomos. Esses compostos podem ser encontrados em uma variedade de contextos, incluindo substâncias naturais e síntese orgânica. Eles são frequentemente classificados como anéis grandes ou macrociclos, em contraste com os anéis menores ou ciclos, que contêm menos de 12 átomos.

Existem diferentes tipos de compostos macrocíclicos, dependendo da natureza dos átomos no anel e dos grupos funcionais presentes. Alguns exemplos comuns incluem corrinas, porfirinas e ftalocianinas, que são frequentemente encontrados em sistemas biológicos e materiais sintéticos.

As propriedades físicas e químicas dos compostos macrocíclicos podem variar amplamente, dependendo da estrutura do anel e dos grupos funcionais presentes. Alguns desses compostos exibem propriedades únicas, como a capacidade de se ligarem fortemente a íons metálicos ou outras moléculas, o que os torna úteis em uma variedade de contextos, desde a catálise química à medicina.

A Tunicamicina é um antibiótico glicopeptídico produzido por várias espécies de actinobacterias, incluindo Streptomyces lusitanus e Streptomyces chartreusis. É um agente antineoplástico que interfere com a síntese do glicano da parede celular dos fungos e pode ser usado no tratamento de infecções fúngicas invasivas. Também tem propriedades antivirais e atividade antitumoral in vitro, embora seu uso clínico nessas indicações seja limitado devido a sua toxicidade. A tunicamicina é um inhibidor da enzima UDP-N-acetilglucosamina difosfocinase (UGP), o que leva à interrupção da biossíntese do glicano e, consequentemente, à morte celular de fungos.

Carbacol é um fármaco parasimpaticomimético, o que significa que estimula o sistema nervoso parasimpático. Ele age como agonista dos receptores muscarínicos, causando contração da musculatura lisa e aumento da secreção de glândulas. Carbacol é usado em diversas aplicações clínicas, como no tratamento de glaucoma (por sua ação em contrair o músculo ciliar e diminuir a pressão intra-ocular), na urologia (para tratar disfunções urinárias) e em procedimentos diagnósticos (como no teste de retoxicidade para pacientes com lesões da medula espinal).

É importante ressaltar que o carbacol não deve ser usado em pessoas com doenças cardiovasculares graves, como insuficiência cardíaca congestiva ou bradicardia severa, devido ao risco de efeitos colaterais graves. Além disso, o carbacol pode interagir com outros medicamentos, portanto, é crucial que os profissionais de saúde sejam informados sobre quaisquer outras medicações que estejam sendo usadas antes do início da terapia com carbacol.

TRPC (Transient Receptor Potential Cation) é um tipo de canal iônico que permite a passagem de cátions, como o cálcio (Ca²+), através da membrana celular. Existem vários subtipos de canais TRPC, e eles desempenham papéis importantes em uma variedade de processos fisiológicos, incluindo a regulação do crescimento e diferenciação celular, a modulação da liberação de neurotransmissores e a resposta às estiramentos mecânicos.

Os canais TRPC podem ser ativados por uma variedade de estímulos, como lipídios derivados do segundo mensageiro, como o diacilglicerol (DAG) e o inositol trifosfato (IP3), bem como por mudanças na tensão da membrana. Além disso, alguns subtipos de canais TRPC podem ser ativados por temperatura, pH ou substâncias químicas específicas.

A desregulação dos canais TRPC tem sido associada a várias condições patológicas, como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes e câncer. Portanto, o entendimento da função e regulação dos canais TRPC é importante para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para essas condições.

Fosfolipases tipo C são um grupo de enzimas que catalisam a hidrólise do fosfatidilcolina, um dos principais fosfolípides presentes nas membranas celulares, resultando na formação de diacilglicerol (DAG) e inositol trifosfato (IP3). Existem quatro subtipos desta enzima, designados por α, β, γ e δ, cada um com diferentes mecanismos de regulação e funções biológicas.

A fosfolipase C gama (PLCγ) é ativada por receptores acoplados a proteínas G (GPCRs) e receptores tirosina quinases (RTKs), sendo um importante mediador de sinalizações celulares. Já as fosfolipases C beta (PLCβ) são ativadas por GPCRs acoplados a proteínas G do tipo Gq e desempenham funções importantes em processos como a regulação do cálcio intracelular e a transdução de sinais.

A ativação das fosfolipases tipo C gera segundos mensageiros que desencadeiam uma variedade de respostas celulares, incluindo a modulação da expressão gênica, a proliferação e diferenciação celular, o metabolismo e a morte celular. Desta forma, as fosfolipases tipo C desempenham um papel crucial no controle de diversos processos fisiológicos e patológicos, como o desenvolvimento embrionário, a resposta imune, a inflamação e o câncer.

Radioisótopos de cálcio referem-se a variantes isotópicas do elemento químico cálcio ( Ca), que possuem níveis excessivos de energia nuclear e são radioativos. Em outras palavras, esses isótopos emitiram radiação durante o processo de decaimento nuclear.

Existem vários radioisótopos de cálcio, sendo os mais comuns:

1. Cálcio-45 ( Ca-45): Com um tempo de meia-vida de 163 dias, o cálcio-45 é frequentemente usado em pesquisas e aplicações industriais como rastreador radioactivo para estudar processos que envolvem cálcio.
2. Cálcio-47 ( Ca-47): Com um tempo de meia-vida muito longo de 4,53 dias, o cálcio-47 é usado em pesquisas médicas e estudos relacionados à terapia do câncer.

É importante ressaltar que os radioisótopos de cálcio são frequentemente utilizados em aplicações médicas especializadas, como na imagiologia médica e na terapia do câncer, mas devido à sua radiação, seu uso requer cuidados especiais para garantir a segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde.

O transporte de íons é um processo biológico fundamental envolvido no movimento ativo de íons, como sódio (Na+), potássio (K+), cálcio (Ca2+), e cloro (Cl-), através das membranas celulares. Esse processo é essencial para uma variedade de funções celulares, incluindo a manutenção do equilíbrio iônico, a geração de potenciais de ação nos neurônios e miocárdio, e o funcionamento adequado dos canais iónicos e bombas de transporte associadas às membranas.

Existem dois tipos principais de transporte de íons:

1. Transporte passivo ou difusão facilitada: Nesse tipo de transporte, os íons se movem através da membrana celular seguindo o gradiente eletroquímico, isto é, do local de maior concentração para o local de menor concentração. Esse processo pode ser facilitado por proteínas de transporte específicas, como os co-transportadores e antiportadores, que auxiliam no movimento dos íons em conjunto com outras moléculas ou íons.
2. Transporte ativo: Nesse tipo de transporte, os íons são movidos contra o gradiente eletroquímico, exigindo energia metabólica adicional fornecida geralmente pela hidrólise do ATP (adenosina trifosfato). Esse processo é catalisado por bombas de transporte especializadas, como a bomba de sódio-potássio (Na+/K+-ATPase), que movem ativamente os íons sódio para fora e potássio para dentro da célula, mantendo assim o equilíbrio iônico e o potencial de membrana adequado.

A compreensão do transporte de íons é fundamental para a compreensão de diversos processos fisiológicos e patológicos, como a neurotransmissão, a regulação da pressão arterial, a secreção e absorção de fluidos e eletrólitos em órgãos como os rins e o intestino delgado, e a excitação celular em geral.

Adenosine trisphosphate (ATP) é um nucleótido fundamental que desempenha um papel central na transferência de energia em todas as células vivas. É composto por uma molécula de adenosina unida a três grupos fosfato. A ligação entre os grupos fosfato é rica em energia, e quando esses enlaces são quebrados, a energia libertada é utilizada para conduzir diversas reações químicas e processos biológicos importantes, como contração muscular, sinalização celular e síntese de proteínas e DNA. ATP é constantemente synthesized and broken down in the cells to provide a source of immediate energy.

A definição médica de 'trifosfato de adenosina' refere-se especificamente a esta molécula crucial, que é fundamental para a função e o metabolismo celulares.

O manganês é um oligoelemento essencial que desempenha um papel importante em vários processos fisiológicos no corpo humano. É necessário para a atividade enzimática normal, especialmente para as enzimas que contêm manganês como cofator. Algumas das funções importantes do manganês incluem:

1. Atua como um antioxidante e protege o corpo contra os danos dos radicais livres.
2. Desempenha um papel importante no metabolismo de carboidratos, aminoácidos e colesterol.
3. É necessário para a síntese de tecido conjuntivo e proteínas.
4. Ajuda na formação dos ossos e no manutenção da saúde óssea.
5. Pode desempenhar um papel na regulação do equilíbrio hormonal e no sistema nervoso.

A deficiência de manganês é rara, mas pode causar sintomas como fraqueza muscular, redução do crescimento, alterações no metabolismo dos carboidratos e danos ao fígado. Por outro lado, o excesso de manganês pode ser tóxico e causar problemas neurológicos semelhantes à doença de Parkinson.

O manganês é encontrado em uma variedade de alimentos, incluindo nozes, sementes, grãos integrais, legumes verdes e frutas. É importante obter quantidades adequadas de manganês através da dieta, mas também é possível consumir suplementos de manganês sob orientação médica.

Em medicina e biologia celular, uma linhagem celular refere-se a uma população homogênea de células que descendem de uma única célula ancestral original e, por isso, têm um antepassado comum e um conjunto comum de características genéticas e fenotípicas. Essas células mantêm-se geneticamente idênticas ao longo de várias gerações devido à mitose celular, processo em que uma célula mother se divide em duas células filhas geneticamente idênticas.

Linhagens celulares são amplamente utilizadas em pesquisas científicas, especialmente no campo da biologia molecular e da medicina regenerativa. Elas podem ser derivadas de diferentes fontes, como tecidos animais ou humanos, embriões, tumores ou células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs). Ao isolar e cultivar essas células em laboratório, os cientistas podem estudá-las para entender melhor seus comportamentos, funções e interações com outras células e moléculas.

Algumas linhagens celulares possuem propriedades especiais que as tornam úteis em determinados contextos de pesquisa. Por exemplo, a linhagem celular HeLa é originária de um câncer de colo de útero e é altamente proliferativa, o que a torna popular no estudo da divisão e crescimento celulares, além de ser utilizada em testes de drogas e vacinas. Outras linhagens celulares, como as células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs), podem se diferenciar em vários tipos de células especializadas, o que permite aos pesquisadores estudar doenças e desenvolver terapias para uma ampla gama de condições médicas.

Em resumo, linhagem celular é um termo usado em biologia e medicina para descrever um grupo homogêneo de células que descendem de uma única célula ancestral e possuem propriedades e comportamentos similares. Estas células são amplamente utilizadas em pesquisas científicas, desenvolvimento de medicamentos e terapias celulares, fornecendo informações valiosas sobre a biologia das células e doenças humanas.

Em termos de fisiologia e biofísica celular, "potenciais de membrana" referem-se a diferenças de carga elétrica ou potencial elétrico entre as faces interna e externa de uma membrana biológica, especialmente aquelas encontradas nas células. Esses potenciais de membrana são gerados por desequilíbrios iônicos através da membrana e desempenham um papel fundamental no funcionamento das células, incluindo a comunicação celular, a propagação de sinais e o metabolismo.

O potencial de repouso é o potencial de membrana em condições basais, quando nenhum estímulo elétrico está presente. Em muitos tipos de células, como as neurônios, o potencial de repouso geralmente varia entre -60 e -70 milivoltios (mV), com o interior da célula negativamente carregado em relação ao exterior.

Quando uma célula é estimulada por um estímulo adequado, como a chegada de um neurotransmissor em sinapses, isso pode levar a alterações no potencial de membrana, resultando em um potencial de ação ou um potencial pós-sináptico. Um potencial de ação é uma rápida mudança no potencial de membrana, geralmente de alguns milisegundos de duração, que envolve uma despolarização inicial seguida por uma repolarização e, em seguida, por uma sobrepolarização ou hiperpolarização. Essas mudanças no potencial de membrana permitem a comunicação entre células e a propagação de sinais ao longo do tecido.

Em resumo, os potenciais de membrana são diferenças de carga elétrica entre as faces interna e externa de uma membrana biológica, desempenhando um papel crucial na fisiologia celular, incluindo a comunicação entre células e a propagação de sinais.

Fluorescent dyes are substances that emit light after absorbing radiation, typically in the form of ultraviolet or visible light. This process, known as fluorescence, occurs because the absorbed energy excites electrons within the dye molecule to a higher energy state. When these electrons return to their ground state, they release the excess energy as light, often at a longer wavelength than the absorbed light.

Fluorescent dyes have numerous applications in medicine and biology, particularly in diagnostic testing, research, and medical imaging. For example, fluorescent dyes can be used to label cells or proteins of interest, allowing researchers to track their movement and behavior within living organisms. In addition, certain fluorescent dyes can be used to detect specific molecules or structures within biological samples, such as DNA or damaged tissues.

One common type of fluorescent dye is called a fluorophore, which is a molecule that exhibits strong fluorescence when excited by light. Fluorophores can be attached to other molecules, such as antibodies or nucleic acids, to create fluorescent conjugates that can be used for various applications.

Fluorescent dyes are also used in medical imaging techniques, such as fluorescence microscopy and flow cytometry, which allow researchers to visualize and analyze cells and tissues at the molecular level. These techniques have revolutionized many areas of biomedical research, enabling scientists to study complex biological processes with unprecedented precision and detail.

Overall, fluorescent dyes are powerful tools for medical diagnosis, research, and imaging, providing valuable insights into the structure and function of living organisms at the molecular level.

Na medicina e fisiologia, a cinética refere-se ao estudo dos processos que alteram a concentração de substâncias em um sistema ao longo do tempo. Isto inclui a absorção, distribuição, metabolismo e excreção (ADME) das drogas no corpo. A cinética das drogas pode ser afetada por vários fatores, incluindo idade, doença, genética e interações com outras drogas.

Existem dois ramos principais da cinética de drogas: a cinética farmacodinâmica (o que as drogas fazem aos tecidos) e a cinética farmacocinética (o que o corpo faz às drogas). A cinética farmacocinética pode ser descrita por meio de equações matemáticas que descrevem as taxas de absorção, distribuição, metabolismo e excreção da droga.

A compreensão da cinética das drogas é fundamental para a prática clínica, pois permite aos profissionais de saúde prever como as drogas serão afetadas pelo corpo e como os pacientes serão afetados pelas drogas. Isso pode ajudar a determinar a dose adequada, o intervalo posológico e a frequência de administração da droga para maximizar a eficácia terapêutica e minimizar os efeitos adversos.

Proteína Quinase C (PKC) é um tipo de enzima, especificamente uma proteína quinase, que desempenha um papel importante na transdução de sinais celulares. Ela é involvida em diversas funções cellulares, incluindo a regulação do crescimento e diferenciação celular, metabolismo, movimento celular, e apoptose (morte celular programada).

A PKC é ativada por diacilglicerol (DAG) e calcios ionizados (Ca2+), os quais são gerados em resposta a diversos estímulos como hormônios, fatores de crescimento e neurotransmissores. Existem várias isoformas da PKC, classificadas em três grupos principais: convencional (cPKC), novo (nPKC) e atípico (aPKC). Cada isoforma tem um padrão de expressão e localização celular específico, assim como diferentes respostas à ativação.

A desregulação da PKC tem sido associada a diversas doenças, incluindo câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e neurodegenerativas. Portanto, a PKC é um alvo terapêutico importante para o desenvolvimento de novos fármacos e estratégias de tratamento para essas condições.

O Estresse do Retículo Endoplasmático (ER Stress em inglês) refere-se a um estado de desequilíbrio no retículo endoplasmático (RE), uma estrutura responsável pela manutenção da homeostase celular, particularmente na síntese e dobragem de proteínas. O RE é especialmente sensível às mudanças no ambiente celular, como a falta de nutrientes ou a exposição a toxinas, o que pode levar a um acúmulo de proteínas mal dobradas no seu lumen.

Quando isso ocorre, o RE envia sinais de estresse para o restante da célula, ativando o chamado "Unfolded Protein Response" (UPR), que é um mecanismo adaptativo que visa restaurar a homeostase do RE. O UPR desencadeia uma série de eventos, incluindo a redução da tradução de proteínas, aumento da capacidade de dobramento e degradação de proteínas mal dobradas, e a ativação de genes que promovem a sobrevivência celular ou induzem a apoptose (morte celular programada), dependendo da gravidade do estresse.

No entanto, se o ER Stress persistir e o UPR falhar em restaurar a homeostase, a célula pode entrar em apoptose, levando a patologias associadas ao RE, como doenças neurodegenerativas, diabetes, e câncer.

Em medicina e farmacologia, a relação dose-resposta a droga refere-se à magnitude da resposta biológica de um organismo a diferentes níveis ou doses de exposição a uma determinada substância farmacológica ou droga. Essencialmente, quanto maior a dose da droga, maior geralmente é o efeito observado na resposta do organismo.

Esta relação é frequentemente representada por um gráfico que mostra como as diferentes doses de uma droga correspondem a diferentes níveis de resposta. A forma exata desse gráfico pode variar dependendo da droga e do sistema biológico em questão, mas geralmente apresenta uma tendência crescente à medida que a dose aumenta.

A relação dose-resposta é importante na prática clínica porque ajuda os profissionais de saúde a determinar a dose ideal de uma droga para um paciente específico, levando em consideração fatores como o peso do paciente, idade, função renal e hepática, e outras condições médicas. Além disso, essa relação é fundamental no processo de desenvolvimento e aprovação de novas drogas, uma vez que as autoridades reguladoras, como a FDA, exigem evidências sólidas demonstrando a segurança e eficácia da droga em diferentes doses.

Em resumo, a relação dose-resposta a droga é uma noção central na farmacologia que descreve como as diferentes doses de uma droga afetam a resposta biológica de um organismo, fornecendo informações valiosas para a prática clínica e o desenvolvimento de novas drogas.

Em medicina e biologia, a transdução de sinal é o processo pelo qual uma célula converte um sinal químico ou físico em um sinal bioquímico que pode ser utilizado para desencadear uma resposta celular específica. Isto geralmente envolve a detecção do sinal por um receptor na membrana celular, que desencadeia uma cascata de eventos bioquímicos dentro da célula, levando finalmente a uma resposta adaptativa ou homeostática.

A transdução de sinal é fundamental para a comunicação entre células e entre sistemas corporais, e está envolvida em processos biológicos complexos como a percepção sensorial, o controle do ciclo celular, a resposta imune e a regulação hormonal.

Existem vários tipos de transdução de sinal, dependendo do tipo de sinal que está sendo detectado e da cascata de eventos bioquímicos desencadeada. Alguns exemplos incluem a transdução de sinal mediada por proteínas G, a transdução de sinal mediada por tirosina quinase e a transdução de sinal mediada por canais iónicos.

As técnicas de Patch-Clamp são um conjunto de métodos experimentais utilizados em eletrôfisiologia para estudar a atividade iônica e as propriedades elétricas das células, especialmente as correntes iónicas que fluem através de canais iónicos em membranas celulares. Essa técnica foi desenvolvida por Ernst Neher e Bert Sakmann nos anos 80, o que lhes rendeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1991.

A técnica básica do Patch-Clamp envolve a formação de um "patch" (ou parche) hermeticamente selado entre uma micropipeta de vidro e a membrana celular. A pipeta, preenchida com solução fisiológica, é pressionada contra a membrana celular, formando um contato gigaseal (seal de ~10 GigaOhms) que isola uma pequena parte da membrana dentro da pipeta. Isolar essa pequena porção da membrana permite que os cientistas estudem as propriedades elétricas e iónicas deste microdomínio com alta resolução temporal e espacial.

Existem quatro configurações principais de técnicas de Patch-Clamp:

1. **Configuração Celular Acoplada (Cell-Attached):** Nesta configuração, a pipeta está conectada à membrana externa da célula intacta. A corrente elétrica é medida entre a pipeta e o meio extracelular, fornecendo informações sobre as correntes iónicas unidirecionais através de canais iónicos individuais na membrana celular.
2. **Configuração de Whole-Cell (Célula Inteira):** Após a formação do gigaseal, a membrana é brevemente rompida mecanicamente ou por pulso de alta tensão, conectando a pipeta diretamente com o citoplasma da célula. Nesta configuração, as correntes iónicas podem ser medidas entre a pipeta e o meio extracelular, fornecendo informações sobre as atividades dos canais iónicos em todo o plasma membrana.
3. **Configuração de Interior da Célula (Inside-Out):** Nesta configuração, a pipeta é retirada da célula após a formação do gigaseal, invertendo a orientação da membrana isolada. A face interna da membrana fica exposta ao meio intracelular simulado dentro da pipeta, enquanto o meio extracelular está presente no exterior da pipeta. Isto permite que os cientistas estudem as propriedades iónicas e regulatórias das faces internas dos canais iónicos.
4. **Configuração de Exterior da Célula (Outside-Out):** Após a formação do gigaseal, a pipeta é retirada da célula e retraída para expor a face externa da membrana isolada ao meio extracelular. Nesta configuração, os cientistas podem estudar as propriedades iónicas e regulatórias das faces externas dos canais iónicos.

## Aplicações

A Patch-clamp é uma técnica extremamente sensível que pode ser usada para medir a atividade de um único canal iônico em células vivas ou mesmo em fragmentos de membrana isolados (vesículas). Além disso, a técnica também pode ser usada para controlar o ambiente intracelular e extracelular, permitindo que os cientistas estudem as respostas das células a diferentes condições experimentais.

A Patch-clamp é amplamente utilizada em pesquisas de neurociência, farmacologia e biologia celular para investigar a função e a regulação dos canais iónicos em diferentes tipos de células. A técnica tem sido usada para estudar a fisiologia de células nervosas, incluindo neurônios, glóbulos, células musculares e células endócrinas. Além disso, a Patch-clamp também é usada para investigar os mecanismos moleculares subjacentes às doenças associadas a defeitos nos canais iónicos, como a fibrose cística, a epilepsia e as doenças cardiovasculares.

A Patch-clamp também tem sido usada em estudos de farmacologia para investigar os efeitos dos fármacos sobre a atividade dos canais iónicos. A técnica pode ser usada para identificar novos alvos terapêuticos e para desenvolver drogas com maior especificidade e eficácia. Além disso, a Patch-clamp também é usada em estudos de toxicologia para investigar os efeitos dos tóxicos sobre a função celular.

A Patch-clamp também tem sido usada em estudos de biologia molecular para investigar a estrutura e a função dos canais iónicos. A técnica pode ser usada para identificar os genes que codificam os canais iónicos e para estudar as interações entre os diferentes componentes dos canais iónicos. Além disso, a Patch-clamp também é usada em estudos de neurociência para investigar os mecanismos celulares subjacentes às funções cognitivas e comportamentais.

Em resumo, a Patch-clamp é uma técnica poderosa que permite a medição da atividade dos canais iónicos em células vivas. A técnica tem sido usada em estudos de fisiologia, farmacologia, toxicologia, biologia molecular e neurociência para investigar os mecanismos celulares subjacentes às funções fisiológicas e patológicas. A Patch-clamp é uma técnica essencial para a pesquisa em biologia celular e molecular e tem contribuído significativamente para o nosso entendimento dos processos fisiológicos e patológicos em nossos corpos.

Em termos médicos, a permeabilidade da membrana celular refere-se à capacidade de substâncias solúveis em líquidos de passarem através da membrana plasmática das células. Essa membrana é seletivamente permeável, o que significa que ela permite o trânsito de alguns tipos de moléculas enquanto restringe ou impede a passagem de outras.

A permeabilidade da membrana celular é regulada por diversos fatores e mecanismos, incluindo proteínas transportadoras (como canais iônicos e bombas de sódio-potássio), lipídios e a estrutura geral da bicamada lipídica. A permeabilidade seletiva é crucial para manter o equilíbrio osmótico, controlar o ambiente interno da célula (homeostase) e permitir a comunicação e sinalização celular.

Alterações na permeabilidade da membrana celular podem resultar em diversas disfunções e doenças, como desequilíbrios iônicos, alterações no pH intracelular, estresse oxidativo e morte celular.

Os vanadatos são compostos químicos formados quando o vanádio, um elemento metálico, reage com oxigênio e outros elementos, geralmente formando íons poliatômicos com a fórmula geral VOxn²-, em que x varia de 2 a 5 e n é o número de unidades de carga negativa. Eles são frequentemente encontrados na natureza em minerais como vanadinita e patronita.

Em medicina, alguns compostos de vanadato têm sido estudados por seus potenciais efeitos terapêuticos, especialmente no que diz respeito ao tratamento de diabetes e doenças cardiovasculares. No entanto, ainda é necessário realizar mais pesquisas para determinar sua segurança e eficácia em humanos.

É importante notar que os vanadatos podem ser tóxicos em altas doses, portanto, devem ser manuseados com cuidado e somente sob a supervisão de um profissional qualificado.

Bradicinina é um peptídeo (uma pequena proteína) que atua como um neuropeptídio e mediador tissular. É sintetizada a partir da precursor proteica kalicreína e tem um papel importante na regulação de processos fisiológicos, como a dilatação de vasos sanguíneos, aumento da permeabilidade vascular, contração de músculos lisos e modulação da dor. A bradicinina é rapidamente inactivada pela enzima conversora de angiotensina (ECA) em seu metabólito inativo, des Arg9-bradicinina.

Em condições patológicas, como lesões teciduais, infecções e processos inflamatórios, a atividade da bradicinina pode ser exagerada, levando a sintomas como edema (inflamação), dor e hipotensão. Além disso, a bradicinina desempenha um papel no desenvolvimento de algumas doenças cardiovasculares, renais e respiratórias.

Em resumo, a bradicinina é uma substância importante na regulação de vários processos fisiológicos e patológicos no corpo humano.

Oxazolidinones são uma classe de compostos orgânicos que contêm um anel oxazolidinona, formado por um átomo de oxigênio e um átomo de nitrogênio unidos a dois carbonos em uma estrutura de anel de seis membros.

No contexto médico, oxazolidinones geralmente se referem a um grupo específico de antibióticos sintéticos que contêm esse anel heterocíclico. Os oxazolidinones são ativos contra uma ampla variedade de bactérias gram-positivas, incluindo alguns patógenos resistentes a múltiplas drogas, como meticilina-resistentes Staphylococcus aureus (MRSA) e vancomicina-resistentes Enterococci (VRE).

O primeiro oxazolidinona aprovado para uso clínico foi a linezolida, que foi introduzido no mercado em 2000. Desde então, outros oxazolidinones, como a tedizolida, também foram desenvolvidos e aprovados para o tratamento de infecções bacterianas graves.

Embora os oxazolidinones sejam geralmente bem tolerados, eles podem causar alguns efeitos adversos, como náuseas, vômitos, diarréia e reações cutâneas. Além disso, o uso prolongado de oxazolidinones pode estar associado a um risco aumentado de desenvolvimento de bacterias resistentes à droga.

Nifedipino é um fármaco do grupo dos bloqueadores dos canais de cálcio, usado no tratamento de várias condições médicas relacionadas ao sistema cardiovascular. Ele age relaxando e dilatando os vasos sanguíneos, o que reduz a pressão arterial e melhora o fluxo sanguíneo.

O nifedipino é frequentemente prescrito para tratar hipertensão arterial (pressão alta), angina de peito (dor no peito causada por um fluxo sanguíneo insuficiente para o coração) e determinados tipos de arritmias (batimentos cardíacos irregulares).

Como qualquer medicamento, o nifedipino pode ter efeitos colaterais e interações com outros fármacos. Portanto, é importante que seja utilizado apenas sob orientação médica e com prescrição facultativa.

Desculpe por qualquer confusão, mas "coelhos" não é um termo médico. Coelhos são animais da família Leporidae, que também inclui coelhos e duas espécies de lebres verdadeiras. Eles são mais intimamente relacionados aos parentes lagomorfos do que aos roedores.

No entanto, em um contexto médico ou veterinário, o termo "coelho" geralmente se refere a um coelho doméstico mantido como animal de estimação ou usado em pesquisas biomédicas. Se você tiver alguma preocupação ou pergunta específica sobre os cuidados com coelhos ou sua saúde, eu poderia tentar ajudá-lo melhor com essa informação adicional.

Os fosfatos de inositol (IPs) são compostos orgânicos que consistem em cadeias de carbono com grupos fosfato unidos a eles. Eles estão relacionados ao inositol, um anel hexahidroxi de carbono que pode ser fosforilado em diferentes posições para formar diversos IPs.

Na medicina e bioquímica, os IPs são conhecidos por sua função como segundos mensageiros intracelulares, desempenhando um papel importante na transdução de sinal celular. Eles estão envolvidos em uma variedade de processos fisiológicos, incluindo a regulação da atividade enzimática, a modulação do metabolismo e o controle do crescimento e diferenciação celular.

Alguns IPs têm sido estudados por suas possíveis propriedades terapêuticas em diversas condições de saúde, como a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson, a depressão e o diabetes. No entanto, é necessário realizar mais pesquisas para confirmar seus efeitos benéficos e determinar as doses seguras e eficazes.

Na medicina, um "Trocador de Sódio e Cálcio" ou "Trocadores Iônicos de Sódio-Cálcio" refere-se a um tipo de dispositivo médico usado em hemodiálise para controlar os níveis de sódio e cálcio no sangue dos pacientes.

Esses trocadores são frequentemente usados em conjunto com máquinas de diálise para ajudar a remover excessos de líquidos, eletrólitos e resíduos metabólicos do sangue de pacientes com insuficiência renal crónica.

O trocador de sódio e cálcio funciona através de um processo chamado "diálise" em que o sangue é passado por uma membrana semi-permeável, permitindo a difusão de pequenas moléculas entre o sangue e uma solução de diálise.

O trocador de sódio e cálcio permite que os níveis de sódio e cálcio sejam controlados independentemente, adicionando ou removendo esses íons do lado da solução de diálise para equilibrar os níveis no sangue.

Isso é importante porque pacientes com insuficiência renal crónica frequentemente apresentam alterações nos níveis séricos de sódio e cálcio, o que pode contribuir para complicações como hipertensão arterial, desequilíbrios eletrólitos e doenças ósseas.

Em resumo, um "Trocador de Sódio e Cálcio" é um dispositivo médico usado em hemodiálise para controlar os níveis de sódio e cálcio no sangue dos pacientes com insuficiência renal crónica.

O transporte biológico refere-se aos processos envolvidos no movimento de substâncias, como gases, nutrientes e metabólitos, através de meios biológicos, como células, tecidos e organismos. Esses processos são essenciais para manter a homeostase e suportar as funções normais dos organismos vivos. Eles incluem difusão, ósmose, transporte ativo e passivo, fluxo sanguíneo e circulação, além de outros mecanismos que permitem o movimento de moléculas e íons através das membranas celulares e entre diferentes compartimentos corporais. A eficiência do transporte biológico é influenciada por vários fatores, incluindo a concentração de substâncias, a diferença de pressão parcial, o gradiente de concentração, a permeabilidade das membranas e a disponibilidade de energia.

Os agonistas purinérgicos são substâncias ou moléculas que se ligam e ativam os receptores purinérgicos, que são uma classe de receptores acoplados à proteína G encontrados na membrana celular. Esses receptores são ativados principalmente por dois tipos de ligantes: adenosina e ATP (trifosfato de adenosina).

Existem vários subtipos de receptores purinérgicos, incluindo P1 (receptores de adenosina) e P2 (receptores de ATP), com cada um tendo seus próprios agonistas específicos. Alguns exemplos de agonistas purinérgicos incluem a adenosina, o ATP, o ADP (difosfato de adenosina) e os análogos sintéticos dessas moléculas.

Os agonistas purinérgicos desempenham um papel importante em uma variedade de processos fisiológicos, como a modulação da neurotransmissão, a regulação do fluxo sanguíneo e a resposta inflamatória. No entanto, eles também têm sido alvo de pesquisas terapêuticas para o tratamento de diversas condições clínicas, como dor crônica, asma, hipertensão arterial e doenças neurodegenerativas.

A membrana celular, também conhecida como membrana plasmática, é uma fina bicamada lipídica flexível que rodeia todas as células vivas. Ela serve como uma barreira seletivamente permeável, controlantingresso e saída de substâncias da célula. A membrana celular é composta principalmente por fosfolipídios, colesterol e proteínas integrais e periféricas. Essa estrutura permite que a célula interaja com seu ambiente e mantenha o equilíbrio osmótico e iónico necessário para a sobrevivência da célula. Além disso, a membrana celular desempenha um papel crucial em processos como a comunicação celular, o transporte ativo e a recepção de sinais.

A Caspase-12 é uma enzima pertencente à família das caspases, que desempenham um papel fundamental no processo de apoptose (morte celular programada). A Caspase-12 está localizada principalmente no retículo endoplasmático (RE) e é ativada em resposta a estresses do RE, como a acumulação de proteínas mal foldadas.

A ativação da Caspase-12 leva ao recrudescimento da cascata de eventos que levam à apoptose, incluindo a ativação de outras caspases e a fragmentação do DNA celular. No entanto, o papel exacto da Caspase-12 na regulação da apoptose ainda não é totalmente compreendido e pode variar entre diferentes espécies. Em humanos, por exemplo, a forma funcional da Caspase-12 parece estar ausente ou inativa, o que sugere que outras moléculas podem desempenhar um papel semelhante na regulação da apoptose em resposta a estresses do RE.

Apesar disso, a Caspase-12 continua a ser uma área ativa de investigação, e estudos adicionais sobre a sua função e regulação podem fornecer informações importantes sobre os mecanismos moleculares que controlam a apoptose e a doença associada ao RE.

Sprague-Dawley (SD) é um tipo comummente usado na pesquisa biomédica e outros estudos experimentais. É um rato albino originário dos Estados Unidos, desenvolvido por H.H. Sprague e R.H. Dawley no início do século XX.

Os ratos SD são conhecidos por sua resistência, fertilidade e longevidade relativamente longas, tornando-os uma escolha popular para diversos tipos de pesquisas. Eles têm um genoma bem caracterizado e são frequentemente usados em estudos que envolvem farmacologia, toxicologia, nutrição, fisiologia, oncologia e outras áreas da ciência biomédica.

Além disso, os ratos SD são frequentemente utilizados em pesquisas pré-clínicas devido à sua semelhança genética, anatômica e fisiológica com humanos, o que permite uma melhor compreensão dos possíveis efeitos adversos de novos medicamentos ou procedimentos médicos.

No entanto, é importante ressaltar que, apesar da popularidade dos ratos SD em pesquisas, os resultados obtidos com esses animais nem sempre podem ser extrapolados diretamente para humanos devido às diferenças específicas entre as espécies. Portanto, é crucial considerar essas limitações ao interpretar os dados e aplicá-los em contextos clínicos ou terapêuticos.

O Canal de Liberação de Cálcio do Receptor de Rianodina (RLCC, do inglês Ryanodine Receptor Calcium Release Channel) é uma proteína localizada nas membranas do retículo sarcoplasmático (RS), um orgânulo intracelular que armazena cálcio em células musculares e outros tipos de células excitáveis. O RLCC desempenha um papel fundamental na regulação da concentração de cálcio no citoplasma, processo essencial para a contracção muscular e a excitação celular.

A proteína é composta por quatro subunidades idênticas, cada uma com aproximadamente 565.000 daltons. A ativação do RLCC resulta na liberação de cálcio armazenado no RS para o citoplasma, aumentando a concentração local de cálcio e desencadeando uma série de eventos que levam à contração muscular ou outras respostas celulares. O RLCC pode ser ativado por diversos fatores, incluindo a ligação do cálcio, a presença de íons magnésio e a modulação por proteínas reguladoras, como a calmodulina e a fosfatase calcineurina.

A desregulação do RLCC tem sido associada a diversas condições patológicas, incluindo distrofia muscular de Duchenne, miopatias centronucleares e arritmias cardíacas. Além disso, o RLCC é um alvo terapêutico potencial para doenças como a insuficiência cardíaca congestiva e a hipertensão arterial pulmonar.

Membranas intracelulares referem-se a estruturas membranosas especializadas que existem dentro das células e desempenham um papel crucial na organização e função das células vivas. Embora o termo possa ser às vezes usado de forma mais geral para se referir a qualquer membrana dentro de uma célula, normalmente é usado para se referir a três tipos específicos de compartimentos membranosos: o retículo endoplasmático (RE), o apareato de Golgi e as vesículas.

1. Retículo Endoplasmático (RE): É um sistema interconectado de tubos e sacos que forma uma rede contínua dentro da célula. O RE desempenha um papel importante no processamento e transporte de proteínas e lipídios recém-sintetizados. Existem dois tipos principais de RE: o retículo endoplasmático rugoso (RER), cuja superfície está coberta por ribossomas, e o retículo endoplasmático liso (REL), que não possui ribossomas na sua superfície. O RER é responsável pela síntese de proteínas secretadas e membranares, enquanto o REL desempenha funções metabólicas especializadas, como a síntese de lipídios e esteroides, detoxificação de substâncias nocivas e armazenamento de calcios.

2. Aparelho de Golgi: É um orgânulo membranoso constituído por uma pilha achatada de sacos membranosos chamados cisternas. O aparelho de Golgi recebe proteínas e lipídios do RE, os modifica e envia para diferentes destinos dentro ou fora da célula. As proteínas são transportadas do RE para o aparelho de Golgi em vesículas revestidas de coatomer (COP), onde sofrem processamento adicional, como a remoção de sinais de localização e a adição de grupos químicos que permitem sua interação com outras moléculas. Após o processamento, as proteínas são empacotadas em vesículas revestidas de clatrina (CLC) ou vesículas COP e enviadas para seus destinos finais.

3. Lisossomas: São orgânulos membranosos que contêm enzimas hidrolíticas, responsáveis pela digestão de macromoléculas presentes no citoplasma ou em vesículas derivadas do aparelho de Golgi. Os lisossomas se formam a partir de vesículas derivadas do aparelho de Golgi que fusionam com endossomos, orgânulos que recebem carga de receptores ligados à membrana e transportadores de membrana presentes na superfície celular. A fusão dos endossomos com lisossomas resulta em organelas hibridas chamadas de endolisossomas, onde as enzimas hidrolíticas são ativadas e começam a digerir os materiais presentes na carga.

4. Peroxissomos: São orgânulos membranosos que contêm enzimas oxidativas capazes de gerar peróxido de hidrogênio (H2O2) como subproduto da sua atividade catalítica. O H2O2 é uma molécula reativa e tóxica, por isso, os peroxissomos também contêm enzimas capazes de decompor o H2O2 em água (H2O) e oxigênio (O2). Essa atividade é catalisada pela catalase, uma enzima presente exclusivamente nos peroxissomos. Além disso, os peroxissomos também são responsáveis pelo metabolismo de ácidos graxos de cadeia longa e pela biossíntese de plasmalógenos, lipídios presentes na membrana celular.

5. Mitocôndrias: São orgânulos membranosos que contêm DNA mitocondrial e proteínas envolvidas no metabolismo energético da célula. As mitocôndrias são responsáveis pela geração de ATP, a molécula energética da célula, através do processo conhecido como fosforilação oxidativa. Esse processo ocorre na membrana interna das mitocôndrias e envolve a transferência de elétrons entre complexos enzimáticos presentes nessa membrana. A energia liberada durante essa transferência é usada para sintetizar ATP a partir de ADP e fosfato inorgânico (Pi).

6. Cloroplastos: São orgânulos membranosos presentes nas células das plantas e algas que contêm DNA cloroplástico e proteínas envolvidas no metabolismo fotossintético da célula. Os cloroplastos são responsáveis pela captura de energia luminosa e sua conversão em energia química através do processo conhecido como fotossíntese. Esse processo ocorre na membrana tilacoidal dos cloroplastos e envolve a transferência de elétrons entre complexos enzimáticos presentes nessa membrana. A energia liberada durante essa transferência é usada para sintetizar glicose a partir de dióxido de carbono e água.

7. Retículo endoplasmático: É um sistema de membranas que se estende pela célula e está presente em todas as células eucarióticas. O retículo endoplasmático tem duas partes distintas: o retículo endoplasmático rugoso (RER) e o retículo endoplasmático liso (REL). O RER é coberto por ribossomas, que são responsáveis pela síntese de proteínas. As proteínas sintetizadas no RER são transportadas para outras partes da célula ou secretadas para fora dela. O REL não tem ribossomas e é responsável pelo metabolismo de lípidos e esteróides, entre outras funções.

8. Aparato de Golgi: É um orgânulo membranoso que se encontra no citoplasma das células eucarióticas. O aparato de Golgi é composto por uma série de sacos achatados chamados cisternas, que estão dispostos em pilhas. As vesículas secretoras são formadas no RER e transportadas para o aparato de Golgi, onde são modificadas e enviadas para outras partes da célula ou secretadas para fora dela. O aparato de Golgi também é responsável pelo processamento de carboidratos das proteínas e pela formação de lisossomas.

9. Lisossomas: São orgânulos membranosos que contêm enzimas digestivas. Os lisossomas são responsáveis pela digestão de material estranho que entra na célula, como bactérias e vírus, e também desempenham um papel importante no processo de autofagia, no qual a própria célula se digere.

10. Mitocôndrias: São orgânulos membranosos que contêm DNA e produzem energia na forma de ATP (adenosina trifosfato) através do processo de respiração celular. As mitocôndrias são responsáveis pela produção de cerca de 90% da energia necessária à célula.

11. Cloroplastos: São orgânulos presentes nas células das plantas e algas que contêm clorofila e outros pigmentos fotossintéticos. Os cloroplastos são responsáveis pela captura da energia solar e sua conversão em energia química na forma de ATP e NADPH (nicotinamida adenina dinucleótido fosfato), que são usados na síntese de carboidratos durante a fotossíntese.

12. Vacúolos: São orgânulos presentes nas células das plantas, fungos e alguns protistas. Os vacúolos são responsáveis pelo armazenamento de água, íons e outras moléculas e desempenham

Os xantomas são depósitos de gordura (lipídeos) misturados com tecido conjuntivo que se desenvolvem sob a pele ou nas membranas mucosas. Eles geralmente aparecem como nódulos ou placas elevadas, com uma superfície dura e suave, e podem ser amarelos (devido ao conteúdo de colesterol) ou brancos. Os xantomas são frequentemente associados a distúrbios do metabolismo lipídico, como hipercolesterolemia familiar e outras dislipidemias. A localização dos xantomas pode ajudar no diagnóstico da condição subjacente. Por exemplo, os xantomas tendinosos são frequentemente associados à hiperlipidemia familiar, enquanto os xantomas palpebrais (xantelasma) são mais comuns em pacientes com hipercolesterolemia primária. Embora geralmente benignos, os xantomas podem ser um sinal de doença subjacente grave e requerem avaliação médica adequada.

Agonistas dos canais de cálcio são substâncias ou drogas que se ligam e ativam os canais de cálcio, aumentando a fluxo de cálcio para o interior das células. Esse aumento no nível de cálcio intracelular pode levar a uma variedade de respostas fisiológicas dependendo do tipo de célula e tecido em que os canais de cálcio estão presentes.

Existem diferentes tipos de canais de cálcio, cada um com suas próprias propriedades e distribuições tissulares específicas. Alguns agonistas dos canais de cálcio atuam em canais de cálcio voltage-dependente, enquanto outros atuam em canais de cálcio dependentes de ligantes.

Os agonistas dos canais de cálcio são utilizados em uma variedade de contextos clínicos, incluindo o tratamento de doenças cardiovasculares, neurológicas e gastrointestinais. No entanto, eles também podem ter efeitos adversos, especialmente quando usados em doses altas ou por longos períodos de tempo.

Alguns exemplos comuns de agonistas dos canais de cálcio incluem a nifedipina, verapamil, e amlodipina, que são frequentemente utilizadas no tratamento da hipertensão arterial e angina de peito. Outros exemplos incluem a fentolamina, um agonista alfa-adrenérgico usado no tratamento de hipotensão grave, e a cisaprida, um estimulante da motilidade gastrointestinal.

Em termos médicos, a ativação enzimática refere-se ao processo pelo qual uma enzima é ativada para exercer sua função catalítica específica. As enzimas são proteínas que aceleram reações químicas no corpo, reduzindo a energia de ativação necessária para que as reações ocorram. No estado inativo, a enzima não consegue catalisar essas reações eficientemente.

A ativação enzimática geralmente ocorre através de modificações químicas ou conformacionais na estrutura da enzima. Isso pode incluir a remoção de grupos inibidores, como fosfatos ou prótons, a quebra de pontes dissulfeto ou a ligação de ligantes alostéricos que promovem um cambalhota na estrutura da enzima, permitindo que ela adote uma conformação ativa.

Um exemplo bem conhecido de ativação enzimática é a conversão da proenzima ou zimogênio em sua forma ativa, geralmente por meio de proteólise (corte proteico). Um exemplo disso é a transformação da enzima inativa tripsina em tripsina ativa através do corte proteolítico da proteína precursora tripsinogênio por outra protease, a enteropeptidase.

Em resumo, a ativação enzimática é um processo crucial que permite que as enzimas desempenhem suas funções catalíticas vitais em uma variedade de processos biológicos, incluindo metabolismo, sinalização celular e homeostase.

O acetato de tetradecanoilforbol, também conhecido como PMA (Phorbol 12-myristate 13-acetate), é um composto químico sintético que atua como um agonista do receptor de proteínas G acopladas (GPCR) chamado receptor de diacilgliceróis (DAG). Ele é frequentemente usado em pesquisas biológicas e médicas para ativar diversos processos celulares relacionados às vias de sinalização de proteínas kinase C (PKC).

A PKC desempenha um papel importante no controle de vários processos celulares, incluindo a proliferação e diferenciação celular, a regulação do ciclo celular, o metabolismo e a apoptose. O acetato de tetradecanoilforbol é capaz de induzir a ativação da PKC, levando à estimulação desses processos.

Embora o acetato de tetradecanoilforbol seja frequentemente usado em pesquisas laboratoriais, ele também tem sido associado ao desenvolvimento de câncer quando utilizado em altas concentrações e por longos períodos de tempo. Isso ocorre porque a ativação contínua da PKC pode desregular os processos celulares, levando ao crescimento incontrolado das células e, consequentemente, ao desenvolvimento do câncer.

A estaurosporina é um alcaloide altamente fluorescente, originário de bactérias do solo. É conhecida por sua atividade como inibidora potente e reversível da proteína quinase dependente de ATP, incluindo a proteína quinase C. Além disso, tem sido amplamente utilizada em pesquisas biológicas como uma ferramenta para investigar os processos celulares que envolvem a ativação de proteínas quinases. No entanto, devido à sua alta toxicidade e falta de especificidade em relação a determinadas proteínas quinases, a estaurosporina não é utilizada clinicamente como um fármaco.

O Fator de Transcrição CHOP (CAAT/enhancer-binding protein homologous protein), também conhecido como GADD153 (growth arrest and DNA damage-inducible gene 153), é uma proteína que desempenha um papel importante na resposta celular a estressores, como a falta de nutrientes e danos ao DNA.

A proteína CHOP é codificada pelo gene DDIT3 (DNA damage-inducible transcript 3) e pertence à família das proteínas bZIP (basic region leucine zipper), que se ligam a elementos de resposta específicos no DNA e regulam a expressão gênica.

A activação do fator de transcrição CHOP está associada a processos patológicos, como apoptose (morte celular programada) e disfunções mitocondriais, em resposta a estressores que desencadeiam a via de estresse endoplasmático do retículo (ER stress). A activação da via de ER stress leva à indução da sintese da proteína CHOP, que então se liga a outras proteínas bZIP e regula a expressão gênica de genes envolvidos em processos celulares como apoptose e inflamação.

A desregulação da via de ER stress e a activação contínua do fator de transcrição CHOP estão associadas a várias doenças, incluindo doenças neurodegenerativas, diabetes e câncer.

As "Células Tumorais Cultivadas" referem-se a células cancerosas que são removidas do tecido tumoral de um paciente e cultivadas em laboratório, permitindo o crescimento e multiplicação contínua fora do corpo humano. Essas células cultivadas podem ser utilizadas para uma variedade de propósitos, incluindo a pesquisa básica do câncer, o desenvolvimento e teste de novos medicamentos e terapias, a análise da sensibilidade a drogas e a predição da resposta ao tratamento em pacientes individuais.

O processo de cultivo de células tumorais envolve a separação das células cancerosas do tecido removido, seguida pela inoculação delas em um meio de cultura adequado, que fornece nutrientes e fatores de crescimento necessários para o crescimento celular. As células cultivadas podem ser mantidas em cultura por períodos prolongados, permitindo a observação de seu comportamento e resposta a diferentes condições e tratamentos.

É importante notar que as células tumorais cultivadas podem sofrer alterações genéticas e fenotípicas em relação às células cancerosas originais no corpo do paciente, o que pode afetar sua resposta a diferentes tratamentos. Portanto, é crucial validar os resultados obtidos em culturas celulares com dados clínicos e experimentais adicionais para garantir a relevância e aplicabilidade dos achados.

Homeostase é um termo da fisiologia que se refere à capacidade do organismo ou sistema biológico de manter a estabilidade interna e regular as condições internas, como temperatura, níveis de fluidos e eletrólitos, pH sanguíneo e glicose em sangue, mesmo diante de mudanças no ambiente externo. Isso é alcançado por meio de mecanismos regulatórios complexos que envolvem a detecção de desvios da condição ideal (ou "ponto de setpoint") e ativação de respostas para restaurar o equilíbrio. A homeostase é fundamental para a manutenção da saúde e funcionamento adequado dos organismos vivos.

Uridina trifosfato (UTP) é uma molécula de nucleótido que desempenha um papel importante no metabolismo de carboidratos e na biosíntese de ácidos nucléicos. É formado por um anel de ribose unido a três grupos fosfato e à base nitrogenada uracila.

UTP é usado como uma fonte de energia em diversas reações bioquímicas, especialmente no processo de síntese de RNA. Além disso, também atua como substrato na formação de outras moléculas importantes, como a adenosina trifosfato (ATP) e o GTP (guanosina trifosfato).

Em resumo, Uridina Trifosfato é uma importante molécula bioquímica que desempenha um papel fundamental em diversas reações metabólicas e na síntese de ácidos nucléicos.

Alcalóides são compostos químicos naturais que contêm nitrogênio e geralmente apresentam propriedades biologicamente ativas. Eles são encontrados principalmente em plantas, mas também podem ser encontrados em alguns animais e fungos.

Os alcalóides são derivados de aminoácidos e têm uma grande variedade de estruturas químicas. Eles desempenham um papel importante na defesa das plantas contra predadores, pois muitos deles são tóxicos ou amargos para insetos e outros animais.

Alguns alcalóides famosos incluem a cafeína, que é encontrada em café, chá e outras bebidas estimulantes; a nicotina, que é encontrada no tabaco; a morfina, que é derivada do ópio e usada como analgésico potente; e a cocaine, que é derivada da folha de coca e é uma droga ilícita.

Em medicina, os alcalóides têm sido utilizados como medicamentos há séculos, devido às suas propriedades farmacológicas únicas. No entanto, eles também podem ser tóxicos em altas doses, portanto, devem ser usados com cuidado e sob a supervisão de um profissional de saúde qualificado.

Gadolínio é um elemento químico com símbolo "Gd" e número atômico 64. É usado em medicina como um meio de contraste para melhorar a visualização de imagens em exames de ressonância magnética (MRI). O gadolínio é um metal de terra rara, que significa que ocorre naturalmente em pequenas quantidades na crosta terrestre.

Quando administrado por via intravenosa, as moléculas do meio de contraste de gadolínio são capazes de se distribuir uniformemente em todo o corpo e se acumulam em tecidos com vascularização aumentada ou alterações estruturais. Isso inclui tumores, infecções, inflamação e outras lesões. Como resultado, as imagens de MRI podem fornecer informações mais detalhadas sobre a localização, tamanho e extensão da doença.

Embora o gadolínio seja geralmente seguro quando usado em doses adequadas, alguns pacientes podem experimentar reações alérgicas ao meio de contraste. Além disso, um pequeno número de pessoas pode desenvolver fibrose sistêmica nefrogênica (NSF), uma doença rara e grave que afeta a pele, músculos e tecidos conjuntivos, após o uso repetido de meios de contraste contendo gadolínio. No entanto, este risco é consideravelmente reduzido com a utilização de meios de contraste mais recentes e estáveis.

Os imidazóis são compostos orgânicos heterocíclicos que contêm um anel de cinco membros formado por dois átomos de carbono e três átomos de nitrogênio. A estrutura básica do anel imidazólico é representada pela fórmula:

O grupo lateral R pode variar e consiste em diferentes substituintes orgânicos, como álcoois, ácidos carboxílicos, aminas ou grupos aromáticos. Os imidazóis são encontrados naturalmente em várias proteínas e outras moléculas biológicas importantes.

Um exemplo bem conhecido de imidazol é a histidina, um aminoácido essencial encontrado nos seres humanos e em outros organismos vivos. A histidina contém um grupo lateral imidazólico que desempenha um papel fundamental em diversas reações enzimáticas e processos bioquímicos, como a transferência de prótons (H+) e a estabilização de centros metálicos em proteínas.

Além disso, os imidazóis também são utilizados na indústria farmacêutica no desenvolvimento de medicamentos, como antifúngicos (como o clotrimazol e miconazol) e anti-helmínticos (como o albendazol e mebendazol). Eles também são usados em corantes, tinturas e outros produtos químicos industriais.

A definição médica de "Carbonil Cianeto p-Trifluormetoxifenil Hidrazona" refere-se a um composto químico com a fórmula C6H4F3N2O2. É frequentemente abreviado como TFMPH ou Trifluorometoxi-hidrazona do benzaldeído. Este é um sólido branco cristalino que é usado em química orgânica como um agente de redução suave, particularmente na redução de grupos carbonil (como aldeídos e cetonas) a álcoois.

É importante notar que este composto contém o grupo funcional carbonila cianeto (-C(O)CN), que é extremamente tóxico e pode ser fatal se ingerido, inalado ou absorvido através da pele. Portanto, deve ser manipulado com cuidado e utilizado apenas em um ambiente bem ventilado, usando equipamento de proteção adequado, incluindo luvas, óculos de proteção e roupas que cubram a pele.

Os Canais de Cálcio Tipo L são um tipo específico de canais iónicos que permitem a passagem de íons de cálcio (Ca²+) através da membrana celular. Eles desempenham um papel crucial no processo de excitação-contracção dos músculos lisos e cardíacos, assim como na regulação do potencial de ação nas células excitáveis.

A característica distintiva dos Canais de Cálcio Tipo L é sua ativação lenta em resposta à despolarização da membrana celular. Isso contrasta com outros tipos de canais de cálcio, como os Canais de Cálcio Tipo R, que se ativam rapidamente e transientemente.

A abertura dos Canais de Cálcio Tipo L permite a entrada de íons de cálcio no citoplasma da célula, o que desencadeia uma série de eventos que levam à contração muscular ou à modulação da atividade elétrica das células excitáveis. A regulação dos Canais de Cálcio Tipo L é complexa e envolve diversas proteínas reguladoras, tais como calmodulina e kinases dependentes de cálcio.

Diversas drogas e toxinas podem interferir no funcionamento dos Canais de Cálcio Tipo L, o que pode levar a alterações na função cardiovascular e muscular. Por exemplo, alguns fármacos utilizados no tratamento da hipertensão arterial e da angina de peito atuam bloqueando esses canais, reduzindo assim a demanda de oxigênio do músculo cardíaco.

Econazol é um fármaco antifúngico utilizado no tratamento de diversas infecções causadas por fungos, como candidíase, pitiríase versicolor, dermatofitoses e outras micoses. Pertence ao grupo dos imidazóis e atua inibindo a síntese de ergosterol, um componente essencial da membrana celular dos fungos, levando à sua morte.

Este medicamento está disponível em várias formas farmacêuticas, como creme, pó, solução e comprimidos vaginais, e é normalmente aplicado ou ingerido de acordo com as instruções do médico. A escolha da forma farmacêutica depende do tipo e localização da infecção a ser tratada.

Embora geralmente bem tolerado, o econazol pode causar alguns efeitos adversos, como coceira, vermelhidão, dor ou queimação na área de aplicação, erupções cutâneas, náuseas, vômitos e diarreia. Em casos raros, podem ocorrer reações alérgicas graves.

Como qualquer medicamento, o econazol deve ser utilizado sob orientação médica para garantir a sua eficácia e segurança. Além disso, é importante completar todo o tratamento prescrito, mesmo que os sintomas desapareçam antes do término do tratamento, para evitar recidivas da infecção.

Os compostos de anilina são qualquer um dos derivados organoclorados do básico composto aromático anilina (C6H5NH2). A anilina é uma amina aromática simples, formada quando um grupo amino (-NH2) é adicionado a um anel benzeno. Os compostos de anilina podem ser formados por reações de substituição em que o hidrogênio do anel benzênico é substituído por um grupo anilina. Esses compostos são amplamente utilizados na indústria química e farmacêutica para a produção de corantes, tintas, explosivos, medicamentos e outros produtos químicos especializados. No entanto, é importante observar que muitos compostos de anilina também são conhecidos por serem tóxicos, cancerígenos e prejudiciais ao meio ambiente, portanto, sua produção, manipulação e descarte devem ser cuidadosamente regulamentadas e controladas.

Os Ratos Wistar são uma linhagem popular e amplamente utilizada em pesquisas biomédicas. Eles foram desenvolvidos no início do século 20, nos Estados Unidos, por um criador de animais chamado Henry Donaldson, que trabalhava no Instituto Wistar de Anatomia e Biologia. A linhagem foi nomeada em homenagem ao instituto.

Os Ratos Wistar são conhecidos por sua resistência geral, baixa variabilidade genética e taxas consistentes de reprodução. Eles têm um fundo genético misto, com ancestrais que incluem ratos albinos originários da Europa e ratos selvagens capturados na América do Norte.

Estes ratos são frequentemente usados em estudos toxicológicos, farmacológicos e de desenvolvimento de drogas, bem como em pesquisas sobre doenças humanas, incluindo câncer, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e neurológicas. Além disso, os Ratos Wistar são frequentemente usados em estudos comportamentais, devido à sua natureza social e adaptável.

Embora os Ratos Wistar sejam uma importante ferramenta de pesquisa, é importante lembrar que eles não são idênticos a humanos e podem reagir de maneira diferente a drogas e doenças. Portanto, os resultados obtidos em estudos com ratos devem ser interpretados com cautela e validados em estudos clínicos envolvendo seres humanos antes que qualquer conclusão definitiva seja feita.

O Espaço Extracelular (EE) refere-se à região física localizada fora das células, onde os componentes extracelulares são encontrados. Estes componentes incluem uma matriz extracelular fluida rica em íons e moléculas dissolvidas, como glicoproteínas, proteoglicanos e fibrilas colágenas. Além disso, o EE abriga também sistemas de sinalização intercelular, como neurotransmissores, hormônios e fatores de crescimento. O EE desempenha um papel fundamental na homeostase dos tecidos, suporte estrutural, comunicação celular e processos de reparo e cura. A composição do EE pode variar dependendo do tipo e localização do tecido em questão.

Bário é um elemento químico com símbolo " Ba " e número atômico 56. No campo da medicina, bário é frequentemente usado como um material de contraste em exames de imagem, como uma série de raios X ou tomografias computadorizadas (TC).

Quando ingerido ou inalado sob a forma de um composto de bário, o bário opaca os tecidos moles do corpo, permitindo que as estruturas internas sejam vistas mais claramente em imagens médicas. Por exemplo, um líquido à base de bário pode ser usado para realçar a forma e a posição do trato digestivo superior durante uma exame de raio X.

Embora o uso de bário seja geralmente seguro quando realizado por profissionais treinados, ele pode causar reações alérgicas em algumas pessoas e pode ser perigoso se ingerido em grandes quantidades ou se inalado em forma de poeira. Portanto, o uso de bário em exames de imagem é cuidadosamente monitorado e controlado para minimizar quaisquer riscos potenciais.

O rutênio vermelho é um composto químico formado por átomos de rutênio (elemento químico de símbolo Ru) e átomos de oxigênio. Sua fórmula química é RuO2 e é frequentemente encontrado na forma de pó de cor vermelha-marrom escuro.

No contexto médico, o rutênio vermelho tem sido estudado como um possível agente terapêutico em alguns cânceres, especialmente no tratamento de tumores sólidos avançados e/ou metastáticos. Ele é frequentemente administrado por via intravenosa e age como um radioisótopo, emitindo radiação beta que pode ajudar a destruir células cancerosas.

No entanto, o uso do rutênio vermelho em terapias clínicas ainda é experimental e não está amplamente disponível fora de ensaios clínicos controlados. Além disso, como qualquer tratamento com radiação, pode haver efeitos colaterais significativos associados ao seu uso, incluindo toxicidade em tecidos saudáveis próximos ao tumor alvo. Portanto, é importante que o uso do rutênio vermelho seja avaliado e monitorado por profissionais de saúde qualificados.

Em biologia celular, um compartimento celular é uma região ou estrutura dentro da célula delimitada por uma membrana biológica, que serve como uma barreira seletivamente permeável, controlanting the movement de moléculas e íons para dentro e fora do compartimento. Isso permite que o ambiente interno de cada compartimento seja mantido em um estado diferente dos outros, criando assim microambientes especializados dentro da célula. Exemplos de compartimentos celulares incluem o núcleo, mitocôndrias, cloroplastos, retículo endoplasmático rugoso e liso, aparelho de Golgi, lisossomos, peroxissomas, vacúolos e citoplasma. Cada um desses compartimentos desempenha funções específicas na célula, como síntese e armazenamento de proteínas e lípidos, geração de energia, detoxificação e catabolismo de moléculas, entre outros.

'Fatores de tempo', em medicina e nos cuidados de saúde, referem-se a variáveis ou condições que podem influenciar o curso natural de uma doença ou lesão, bem como a resposta do paciente ao tratamento. Esses fatores incluem:

1. Duração da doença ou lesão: O tempo desde o início da doença ou lesão pode afetar a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento. Em geral, um diagnóstico e tratamento precoces costumam resultar em melhores desfechos clínicos.

2. Idade do paciente: A idade de um paciente pode influenciar sua susceptibilidade a determinadas doenças e sua resposta ao tratamento. Por exemplo, crianças e idosos geralmente têm riscos mais elevados de complicações e podem precisar de abordagens terapêuticas adaptadas.

3. Comorbidade: A presença de outras condições médicas ou psicológicas concomitantes (chamadas comorbidades) pode afetar a progressão da doença e o prognóstico geral. Pacientes com várias condições médicas costumam ter piores desfechos clínicos e podem precisar de cuidados mais complexos e abrangentes.

4. Fatores socioeconômicos: As condições sociais e econômicas, como renda, educação, acesso a cuidados de saúde e estilo de vida, podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento e progressão de doenças. Por exemplo, indivíduos com baixa renda geralmente têm riscos mais elevados de doenças crônicas e podem experimentar desfechos clínicos piores em comparação a indivíduos de maior renda.

5. Fatores comportamentais: O tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a má nutrição e a falta de exercícios físicos regularmente podem contribuir para o desenvolvimento e progressão de doenças. Pacientes que adotam estilos de vida saudáveis geralmente têm melhores desfechos clínicos e uma qualidade de vida superior em comparação a pacientes com comportamentos de risco.

6. Fatores genéticos: A predisposição genética pode influenciar o desenvolvimento, progressão e resposta ao tratamento de doenças. Pacientes com uma história familiar de determinadas condições médicas podem ter um risco aumentado de desenvolver essas condições e podem precisar de monitoramento mais apertado e intervenções preventivas mais agressivas.

7. Fatores ambientais: A exposição a poluentes do ar, água e solo, agentes infecciosos e outros fatores ambientais pode contribuir para o desenvolvimento e progressão de doenças. Pacientes que vivem em áreas com altos níveis de poluição ou exposição a outros fatores ambientais de risco podem precisar de monitoramento mais apertado e intervenções preventivas mais agressivas.

8. Fatores sociais: A pobreza, o isolamento social, a violência doméstica e outros fatores sociais podem afetar o acesso aos cuidados de saúde, a adesão ao tratamento e os desfechos clínicos. Pacientes que experimentam esses fatores de estresse podem precisar de suporte adicional e intervenções voltadas para o contexto social para otimizar seus resultados de saúde.

9. Fatores sistêmicos: As disparidades raciais, étnicas e de gênero no acesso aos cuidados de saúde, na qualidade dos cuidados e nos desfechos clínicos podem afetar os resultados de saúde dos pacientes. Pacientes que pertencem a grupos minoritários ou marginalizados podem precisar de intervenções específicas para abordar essas disparidades e promover a equidade em saúde.

10. Fatores individuais: As características do paciente, como idade, sexo, genética, história clínica e comportamentos relacionados à saúde, podem afetar o risco de doenças e os desfechos clínicos. Pacientes com fatores de risco individuais mais altos podem precisar de intervenções preventivas personalizadas para reduzir seu risco de doenças e melhorar seus resultados de saúde.

Em resumo, os determinantes sociais da saúde são múltiplos e interconectados, abrangendo fatores individuais, sociais, sistêmicos e ambientais que afetam o risco de doenças e os desfechos clínicos. A compreensão dos determinantes sociais da saúde é fundamental para promover a equidade em saúde e abordar as disparidades em saúde entre diferentes grupos populacionais. As intervenções que abordam esses determinantes podem ter um impacto positivo na saúde pública e melhorar os resultados de saúde dos indivíduos e das populações.

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