Fator B do Complemento
Complemento C2
Fator H do Complemento
Fator D do Complemento
Complemento C3b
C3 Convertase da Via Alternativa do Complemento
Complemento C3
Via Alternativa do Complemento
Ativação do Complemento
Fator I do Complemento
Degeneração Macular
Venenos de Naja
Proteínas do Sistema Complemento
Complemento C4
Proteínas Inativadoras do Complemento C3b
Complemento C5
Precursores Enzimáticos
Complemento C5a
Complemento C1q
Receptores de Complemento
Convertases de Complemento C3-C5
Via Clássica do Complemento
Complemento C9
Proteínas Inativadoras do Complemento
Complexo de Ataque à Membrana do Sistema Complemento
Complemento C3a
Sequência de Aminoácidos
Enzimas Ativadoras do Complemento
Properdina
Fragmentos de Peptídeos
Complemento C3d
Dados de Sequência Molecular
Receptores de Complemento 3b
Ensaio de Atividade Hemolítica de Complemento
Inativadores do Complemento
Síndrome Hemolítico-Urêmica
Complemento C1
Complemento C4b
Fator B de Elongação Transcricional Positiva
Receptor da Anafilatoxina C5a
Complemento C6
Complemento C3c
Complemento C7
Lectina de Ligação a Manose da Via do Complemento
Antígenos CD55
Proteína Inibidora do Complemento C1
Complemento C8
O Fator B do Sistema do Complemento é uma proteína plasmática inativa que desempenha um papel crucial no mecanismo da via alternativa do sistema do complemento. Após a ativação, o Fator B é convertido em sua forma ativada, o Factor Bb, por meio da ação do Fator D e da ionofila C3bBb. A forma ativada, Factor Bb, é um componente essencial do complexo de ataque à membrana (MAC), que desempenha um papel importante na citotoxicidade mediada por complemento e na inflamação. O Fator B também participa da regulação negativa do sistema do complemento, ao ser clivado pelo regulador da via alternativa, o Factor H, o que impede a amplificação contínua do processo de ativação do complemento.
O Complemento C2 é uma proteína do sistema imune do corpo que desempenha um papel importante na ativação da via clássica do complemento. É uma proteína sérica produzida no fígado e está presente em plasma sanguíneo. A proteína C2 é convertida em C2a e C2b por C1s, um componente da classe de proteínas do complexo C1, quando o sistema imune detecta a presença de antígenos estranhos (por exemplo, bactérias ou vírus) ligados a anticorpos. O fragmento C2a é uma pequena protease que se liga ao C4b para formar o complexo C3 convertase (C4b2a), que desempenha um papel crucial na cascata do complemento, levando à produção de moléculas proinflamatórias e à lise das células estrangeiras. O fragmento C2b é uma proteína de 75 kDa com atividade GTPase que regula a ativação da via clássica do complemento. Qualquer defeito genético ou disfunção no componente C2 pode resultar em distúrbios imunológicos e aumentar a susceptibilidade à infecção.
O Fator H do Sistema do Complemento é uma proteína plasmática importante para a ativação da via alternativa do sistema do complemento. Ele funciona como um cofator na ativação da protease C3bBb, que é responsável pela conversão de C3 em C3a e C3b, o que resulta em uma cascata de reações que levam à formação do complexo de ataque à membrana (MAC) e à lise das células alvo. O Fator H também tem um papel na regulação negativa da via alternativa, pois ajuda a desativar o complexo C3bBb quando não está mais em uso. Além disso, ele também pode se ligar a superfícies celulares e proteger as células saudáveis da ativação do sistema do complemento.
O Fator D do Complemento é uma proteína do sistema imune que desempenha um papel crucial na resposta inflamatória e na defesa do corpo contra patógenos. Ele é ativado durante o processo de cascata do complemento, que é uma cadeia complexa de reações bioquímicas envolvendo diversas proteínas.
Quando um patógeno invade o organismo, o sistema imune reconhece a sua presença e inicia a ativação da cascata do complemento. O Fator D é uma das proteínas que são ativadas neste processo. Ele se liga a outras proteínas ativadas, como o Fator B, para formar o complexo C3bBb, também conhecido como convertase da via alternativa.
A convertase da via alternativa é responsável pela amplificação da resposta do complemento, gerando mais proteínas ativadas que se ligam ao patógeno e promovem sua destruição. Além disso, o Fator D também participa na regulação da resposta inflamatória, auxiliando no recrutamento de células imunes para o local da infecção.
Em resumo, o Fator D do Complemento é uma proteína importante do sistema imune que ajuda a identificar e destruir patógenos invasores, além de regular a resposta inflamatória.
O complemento C3b é uma proteína do sistema imune que desempenha um papel crucial na resposta imune adaptativa e innata. É um fragmento da proteína C3, que é ativada durante a cascata do complemento. A proteína C3b se liga especificamente a patógenos ou partículas estranhas, marcando-os para destruição por células do sistema imune, como neutrófilos e macrófagos. Além disso, o C3b também participa da formação do complexo de ataque à membrana (MAC), que causa a lise das células alvo. Portanto, a deposição de C3b desempenha um papel importante na fagocitose, no processamento e apresentação de antígenos, e na regulação da resposta imune.
A C3 Convertase da Via Alternativa do Complemento, também conhecida como Produto de Escisão do Complexo C3bBb, é uma enzima importante no sistema imune inato. Ela desempenha um papel crucial na ativação da via alternativa do complemento, que é uma das três vias (clássica, lectina e alternativa) pelo qual o sistema complemento pode ser ativado.
A C3 Convertase da Via Alternativa do Complemento é formada a partir de duas proteínas, Fator B e Fator D, que se ligam à superfície de células infectadas ou estrangeiras. A formação deste complexo permite que ele clive a proteína C3 em sua forma ativa, C3b. O C3b pode então se ligar à superfície da célula e servir como um marcador para a ativação do restante do sistema complemento, levando à lise da célula alvo.
A C3 Convertase da Via Alternativa do Complemento é regulada por uma série de mecanismos de controle, incluindo a proteína Fator H e o complexo de membrana regulador do complemento (MRC), que impedem a formação excessiva do complexo e a lise indevida de células saudáveis.
Em resumo, a C3 Convertase da Via Alternativa do Complemento é uma enzima importante no sistema imune inato que desempenha um papel crucial na ativação da via alternativa do complemento e na defesa contra patógenos invasores.
O Complemento C3 é uma proteína importante do sistema imune do corpo, que desempenha um papel crucial no processo de complemento. O sistema do complemento é uma cascata enzimática da resposta imune inata, que nos ajuda a combater infecções e a remover detritos celulares.
A proteína C3, após ativada, se divide em duas partes: C3a e C3b. A fragmentação do C3 gera uma série de eventos que levam à lise das células alvo (por exemplo, bactérias), a opsonização (marcação) delas para serem fagocitadas por células imunes, e à inflamação local.
A ativação do C3 pode ocorrer através de diferentes vias, incluindo a via clássica, a via alternativa e a via do lecitina do tipo lectina. Dessa forma, o C3 funciona como um ponto de convergência para essas diferentes vias do sistema complemento.
Um desequilíbrio ou disfunção no sistema do complemento, incluindo no nível do C3, pode contribuir para o desenvolvimento de várias patologias, como doenças autoimunes, infecções e transtornos inflamatórios.
A Via Alternativa do Complemento (também conhecida como "Alternative Pathway of Complement Activation" em inglês) refere-se a um mecanismo de ativação do sistema do complemento que é independente da via clássica e da via lectina. Ela é desencadeada quando o componente C3b se liga diretamente a superfícies estranhas, como micróbios ou partículas inertes, sem a necessidade de intermediários como anticorpos ou moléculas de reconhecimento de padrões.
Este processo envolve uma série complexa de reações enzimáticas que levam à produção dos componentes do complemento C3b e C5b, os quais desencadeiam a formação do complexo de ataque à membrana (MAC) e a lise da célula alvo. A via alternativa é uma importante defesa imune inata contra patógenos invasores e também desempenha um papel crucial na regulação da resposta inflamatória. No entanto, a ativação excessiva ou mal regulada da via alternativa pode contribuir para o desenvolvimento de doenças autoimunes e outras condições patológicas.
A ativação do complemento é um processo importante do sistema imune inato, que desencadeia uma cascata de reações bioquímicas envolvendo uma série de proteínas plasmáticas. O objetivo principal dessa reação em cadeia é a destruição ou eliminação de agentes patogênicos, como bactérias e vírus, além de outras partículas estranhas, como células tumorais e complexos imunes desregulados.
O sistema do complemento consiste em mais de 30 proteínas circulantes no plasma sanguíneo e outras fluidos corporais. Essas proteínas são produzidas principalmente pelo fígado e, em menor extensão, por células endoteliais, monócitos e macrófagos. A ativação do complemento pode ocorrer através de três diferentes vias: a classe clássica, a via alternativa e a via do lecitina.
1. Via Clássica: É iniciada pela ligação da proteína C1, um complexo de reconhecimento de padrões (PRP), a anticorpos IgG ou IgM unidos a antígenos estranhos na superfície das células alvo. Após a ativação do C1, uma série de proteínas são ativadas e clivadas sequencialmente, resultando em:
* Formação do complexo de ataque à membrana (MAC), que formam poros nas membranas celulares, levando à lise e morte celular.
* Geração de anafilatoxinas, como C3a e C5a, que desempenham um papel na atração e ativação de células do sistema imune, como neutrófilos e macrófagos.
2. Via Alternativa: Não requer a ligação prévia a anticorpos e pode ser iniciada por interações diretas entre proteínas do complemento e padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs) em superfícies de células estranhas. A via alternativa envolve:
* Formação de um complexo C3bBb, que atua como uma protease para gerar mais C3b e amplificar a resposta do complemento.
* Deposição de C3b em superfícies estranhas, levando à formação do MAC e morte celular.
3. Via da Lecitina: É iniciada pela ligação direta da proteína MBL (mannose-ligante binding) a manose ou fucose presentes em superfícies de células estranhas, seguida pelo recrutamento e ativação do complexo associado à lectina (MASP). A via da lecitina resulta na formação do MAC e morte celular.
O sistema do complemento desempenha um papel crucial em proteger o organismo contra infecções, removendo patógenos e detritos celulares. No entanto, uma resposta excessiva ou inadequada pode contribuir para a patogênese de várias doenças autoimunes e inflamatórias.
O Fator I do Sistema do Complemento, também conhecido como Fator Bactericida, é uma proteína plasmática que desempenha um papel crucial na resposta imune inata. Ele se liga a certos polissacarídeos bacterianos e, em seguida, ativa o componente do sistema complemento, resultando no aumento da permeabilidade da membrana bacteriana e morte bacteriana. O Fator I é ativado por outras proteínas do sistema do complemento, como o Fator C3b e o Fator H. A deficiência neste fator pode resultar em uma maior susceptibilidade a infecções bacterianas.
A degeneração macular é um tipo de doença ocular que afeta a parte central da retina, chamada mácula. A mácula é responsável pela nossa visão central, permitindo-nos realizar atividades como ler, conduzir e reconhecer rostos.
Existem dois tipos principais de degeneração macular: seca (atrofia) e úmida (exsudativa). A degeneração macular seca é a forma mais comum e geralmente evolui lentamente ao longo de anos. Ela ocorre quando as células da mácula gradualmente se degeneram, levando a uma perda progressiva da visão central. Já a degeneração macular úmida é menos comum, mas evolui mais rapidamente e pode causar perdas significativas de visão em poucos meses. Neste tipo, novos vasos sanguíneos frágeis crescem sob a retina, podendo sangrar e formar tecido cicatricial, o que afeta a visão central.
Os fatores de risco para a degeneração macular incluem idade avançada, tabagismo, obesidade, histórico familiar de DMLA e exposição prolongada à luz ultravioleta do sol. Embora não exista cura conhecida para a degeneração macular, os tratamentos podem ajudar a ralentizar a progressão da doença e manter a visão o mais longo possível. Estes tratamentos podem incluir terapia fotodinâmica, injeções intravitreais de medicamentos anti-VEGF (fator de crescimento endotelial vascular), suplementos nutricionais e, em casos avançados, cirurgia.
"Naja" é um gênero de cobras pertencentes à família Elapidae, que inclui várias espécies conhecidas como cobras-de-capuz. Os venenos de Naja são compostos por uma mistura complexa de proteínas tóxicas, incluindo neurotoxinas, cardiotoxinas e hemotoxinas.
Os efeitos do veneno de cobra-de-capuz podem variar dependendo da espécie e da quantidade inoculada, mas geralmente causam sintomas graves ou potencialmente letais. Os sintomas mais comuns incluem dor e vermelhidão no local da mordida, seguidos por sintomas sistêmicos como náuseas, vômitos, salivação excessiva, sudorese, pálpebra caída, visão borrada, dificuldade de respiração e batimentos cardíacos irregulares.
Os neurotoxinas presentes no veneno podem causar paralisia muscular, incluindo a dos músculos respiratórios, o que pode levar à falência respiratória e morte se não for tratada a tempo. O tratamento geralmente inclui a administração de antiveneno específico para o tipo de cobra envolvida, suporte ventilatório e outros cuidados de suporte como fluidoterapia e monitoramento cardiovascular.
O sistema complemento é um conjunto complexo e altamente regulado de proteínas séricas e membranares que desempenham um papel crucial na defesa imune inata e adaptativa. As proteínas do sistema complemento interagem entre si em uma cascata enzimática, resultando na geração de potentes moléculas proinflamatórias e mediadores da fagocitose.
Existem três vias principais que ativam o sistema complemento: a via clássica, a via do lecitina e a via alternativa. Cada uma dessas vias resulta na proteólise de proteínas inativas em fragmentos ativos, que desencadeiam uma série de reações em cascata que levam à formação do complexo de ataque à membrana (MAC), responsável pela lise das células alvo.
As proteínas do sistema complemento são sintetizadas principalmente no fígado e podem ser encontradas no sangue, fluido tissular e superfície das células. Além de sua função na imunidade inata, as proteínas do sistema complemento também desempenham um papel importante na ativação da resposta adaptativa, através da facilitação da apresentação de antígenos aos linfócitos T e da modulação da resposta imune humoral.
Em resumo, as proteínas do sistema complemento são um grupo de proteínas plasmáticas e membranares que desempenham um papel fundamental na defesa imune inata e adaptativa, através da interação em uma cascata enzimática que resulta na formação de potentes moléculas proinflamatórias e mediadores da fagocitose.
O complemento C4 é uma proteína do sistema imune do corpo humano, parte do caminho clássico da via do complemento. Ele desempenha um papel importante na resposta imune, auxiliando a eliminar patógenos estrangeiros como bactérias e vírus.
A proteína C4 é ativada quando se liga a uma superfície de um patógeno estrangeiro ou às próprias células do corpo que estejam danificadas ou apresentem sinais de doença. Quando ativado, o C4 sofre uma mudança conformacional e se divide em três fragmentos: C4a, C4b e um fragmento menor.
O fragmento C4b continua a desencadear a cascata do complemento, enquanto o C4a atua como um anafilatoxina, que atrai neutrófilos e outras células inflamatórias para o local da infecção ou lesão. A ativação do complemento C4 é um passo crucial no reconhecimento e eliminação de patógenos invasores.
Um teste de nível sérico de complemento C4 pode ser útil em alguns cenários clínicos, como ajudar a diagnosticar determinadas doenças autoimunes ou deficiências imunológicas. Alterações no nível de C4 podem indicar uma ativação excessiva ou disfunção do sistema complemento, o que pode estar relacionado a várias condições de saúde.
As proteínas inativadoras do complemento C3b desempenham um papel crucial no sistema imune em regular a ativação da via do complemento, prevenindo dano excessivo a células sadias e tecidos normais. Existem duas principais proteínas inactivadoras do complemento C3b: a proteína de ligação à membrana reguladora do complemento (membrane cofactor protein, MCP) e a proteína decaimente do complemento (decay-accelerating factor, DAF). Estas proteínas inativadoras são expressas em diferentes graus em diversos tecidos e células do corpo.
A proteína de ligação à membrana reguladora do complemento (MCP) é também conhecida como proteína CD46. É uma glicoproteína transmembranar que se localiza na superfície das células nucleadas e inibe a conversão da proteína C3b em C3bi, um passo essencial para a ativação da via do complemento. A MCP age como cofator para a enzima factor I, promovendo a clivagem e inativação de C3b.
A proteína decaimente do complemento (DAF) é também conhecida como CD55. É uma glicoproteína que se liga à superfície das células e acelera o decaimento da complexos C3/C5 convertases, impedindo a formação de C3b e C5b e, consequentemente, a geração dos anafilotoxinas C3a e C5a e do complexo de ataque à membrana (membrane attack complex, MAC).
Ambas as proteínas inativadoras do complemento C3b desempenham um papel fundamental em regular a ativação do sistema imune, prevenindo danos colaterais e mantendo a homeostase dos tecidos.
O Complemento C5 é uma proteína do sistema imune do corpo humano, que desempenha um papel crucial na resposta inflamatória e na defesa contra infecções. Faz parte da via clássica e alternativa do sistema complemento e atua como um componente essencial no processo de eliminação de patógenos invasores, tais como bactérias e vírus.
A proteína C5 é ativada por outras proteínas do sistema complemento (C3b e C4b) e, em seguida, divide-se em duas partes: C5a e C5b. A parte C5a é um peptídeo com atividade anafilatoxica, o que significa que induz a libertação de histamina pelos mastócitos e basófilos, levando à dilatação dos vasos sanguíneos e aumento da permeabilidade vascular. Além disso, C5a é um potente quimiotaxante para neutrófilos, atraindo-os para o local de infecção ou inflamação.
A parte C5b, por sua vez, se combina com outras proteínas do complemento (C6, C7, C8 e C9) para formar o complexo de ataque à membrana (MAC), que é capaz de puncionar a membrana plasmática dos patógenos, levando à sua lise e eliminação.
Dessa forma, a proteína C5 desempenha um papel fundamental no sistema complemento, auxiliando na defesa do organismo contra infecções e na regulação da resposta inflamatória.
Precursores enzimáticos, também conhecidos como zimógenos ou proenzimas, referem-se a formas inativas de enzimas que precisam de ativação antes de poder exercer sua função catalítica. Eles são sintetizados e secretados por células em suas formas inativas para garantir que as reações enzimáticas ocorram no momento e local apropriados, evitando assim danos às células devido a atividades enzimáticas desreguladas. A ativação dos precursores enzimáticos geralmente é desencadeada por eventos específicos, como alterações na estrutura proteica, exposição a condições ambientais adequadas ou ação de outras enzimas. Um exemplo bem conhecido de precursor enzimático é a tripsina, que é secretada em sua forma inativa, a tripsinogênio, e posteriormente ativada no trato gastrointestinal.
O Complemento C5a é uma pequena proteína derivada da decomposição do componente C5 do sistema complemento, um importante componente do sistema imune inato. Após a ativação do sistema complemento, uma enzima chamada C5 conversase divide o componente C5 em duas partes: C5a e C5b.
A proteína C5a é um potente mediador inflamatório com várias atividades biológicas. Ela pode se ligar a receptores de superfície de células brancas do sangue, como neutrófilos, monócitos e macrófagos, desencadeando uma série de respostas imunes, incluindo quimiotaxia (atração de células brancas do sangue para o local da infecção ou lesão), liberação de enzimas e radicais livres de oxigênio, aumento da adesão celular e ativação do sistema imune adaptativo.
No entanto, a ativação excessiva ou inadequada do C5a também pode contribuir para o desenvolvimento de várias doenças inflamatórias e autoinmunes, como asma, artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e sepse. Portanto, a regulação adequada da atividade do C5a é crucial para manter a homeostase imune e prevenir danos colaterais às células saudáveis.
C1q é a primeira proteína do caminho clássico do sistema complemento, um importante componente do sistema imune inato. A proteína C1q se liga a complexos antígeno-anticorpo (imunes) e ativa o componente C1 do sistema complemento, o que leva à geração de moléculas efectoras capazes de eliminar células infectadas ou outros elementos estranhos. A proteína C1q é um heterotrímero composto por três cadeias idênticas de colágeno e seis cadeias globulares, dispostas em forma de "cabeça de leão". As cabeças globulares são responsáveis pela ligação aos complexos imunes, enquanto as partes do colágeno promovem a interação com outras proteínas do sistema complemento e a ativação subsequente da cascata. A deficiência de C1q pode resultar em susceptibilidade aumentada à infecção e desenvolvimento de doenças autoimunes.
Os Receptores de Complemento são proteínas encontradas na membrana de células do sistema imune e em outras células do corpo, que se ligam a moléculas do sistema complemento ativado. Essa ligação desencadeia uma série de respostas imunes, como o aumento da fagocitose (capacidade das células imunes de engolir e destruir patógenos), produção de citocinas e modulação da ativação dos linfócitos. Existem diferentes tipos de receptores de complemento, cada um com funções específicas no reconhecimento e resposta a diferentes padrões moleculares relacionados a patógenos (PAMPs) ou outras moléculas danosas. A ativação dos receptores de complemento desempenha um papel crucial na defesa do hospedeiro contra infecções e também na regulação da resposta imune adaptativa.
As convertases do complemento C3 e C5 são complexos proteicos sequencialmente activados que desempenham um papel fundamental no sistema imunitário adaptativo, envolvidas especificamente na via clássica e alternativa do sistema do complemento. São multi-proteínas membrana-associadas ou solúveis que atuam como serin proteases, convertendo o componente C3 em C3a e C3b e posteriormente convertendo o componente C5 em C5a e C5b. Esses fragmentos resultantes desempenham funções importantes na resposta imune, como o recrutamento de células inflamatórias e a formação do complexo de ataque à membrana (MAC). A disfunção ou deficiência dessas convertases pode resultar em distúrbios imunitários graves e aumento da susceptibilidade a infecções. Portanto, o equilíbrio e a regulação adequados das convertases do complemento C3-C5 são essenciais para uma resposta imune normal e saudável.
A Via Clássica do Complemento é um mecanismo importante do sistema imune inato, que ajuda a eliminar patógenos e detritos celulares. Ela é acionada quando uma molécula estranha (como parte de um microorganismo) se liga a um anticorpo específico na superfície da célula hospedeira. Isso forma o complexo antígeno-anticorpo, que ativa a protease C1, iniciando assim a cascata do complemento. A activação resulta em uma série de reacções enzimáticas que levam à produção de moléculas efectoras, como o complexo de ataque à membrana (MAC) e anaphylatoxins C3a e C5a. Estes mediadores promovem a inflamação, a citotoxicidade e a fagocitose, contribuindo para a defesa do hospedeiro contra infecções.
O complemento C9 é uma proteína do sistema imune do corpo que desempenha um papel importante na resposta imune adaptativa. É parte do caminho final da via clássica e alternativa do sistema complemento, onde, quando ativado, se liga a outras proteínas do complemento (C5b, C6, C7, e C8) para formar o complexo de ataque à membrana (MAC). O MAC forma poros na membrana das células invasoras ou infectadas, levando à sua lise (ou destruição).
A deficiência do complemento C9 pode resultar em um aumento da susceptibilidade a infecções bacterianas, especialmente Neisseria spp., que são responsáveis por doenças como meningite e endocardite. No entanto, é raro encontrar deficiência isolada de C9, uma vez que geralmente ocorre em conjunto com outras deficiências no sistema complemento.
As proteínas inactivadoras do complemento são um grupo de proteínas que desempenham um papel importante no sistema imune e regulam a ativação da via do complemento. A via do complemento é um mecanismo essencial do sistema imune inato que ajuda a identificar e destruir patógenos estrangeiros, como bactérias e vírus. No entanto, se a ativação do complemento não for regulada adequadamente, pode ocorrer danos colaterais a células saudáveis do hospedeiro.
Existem várias proteínas inactivadoras do complemento, cada uma delas com um mecanismo de ação específico para regular diferentes etapas da via do complemento. Algumas das principais proteínas inativadoras do complemento incluem:
1. Proteína S do complemento (CS): A proteína S do complemento regula a ativação da via clássica e da via do lecitina de choque térmico (LECT). Ela faz isso se ligando às proteínas C4b e C3b, que são componentes importantes na formação dos complexos do complemento, e promove sua inativação. Isso ajuda a prevenir a formação de complexos do complemento excessivos e o dano a células saudáveis.
2. Proteína C1 inhibidora (C1-INH): A proteína C1 inhibidora é uma proteína inativadora importante na via clássica do complemento. Ela se liga e inativa a enzima C1, que é o iniciador da cascata do complemento na via clássica. Isso ajuda a prevenir a ativação excessiva e inadequada da via clássica do complemento.
3. Membrana cofactor proteína (MCP): A membrana cofactor proteína é uma proteína que age como um cofator para a enzima de decaimento do complemento, factor I. Ela se liga às proteínas C3b e C4b e promove sua inativação pela factor I. Isso ajuda a limitar a formação de complexos do complemento e o dano a células saudáveis.
4. Decay-accelerating factor (DAF): O fator acelerador de decaimento é uma proteína que se liga às proteínas C3b e C4b e acelera sua inativação pela enzima de decaimento do complemento, factor I. Isso ajuda a prevenir a formação excessiva de complexos do complemento e o dano a células saudáveis.
Em resumo, as proteínas inativadoras do complemento desempenham um papel crucial na regulação da atividade do sistema imune e na prevenção do dano às células saudáveis. As deficiências nessas proteínas podem levar a uma série de condições autoimunes e inflamatórias, como lúpus eritematoso sistêmico, síndrome nefrítica ativa e vasculite associada à crioglobulinemia.
O Complexo de Ataque à Membrana do Sistema Complemento (Membrane Attack Complex, MAC em inglês) é uma estrutura proteica formada durante a ativação da via final do sistema complemento, um importante componente do sistema imune inato. A formação do MAC ocorre quando as proteínas C5b, C6, C7, C8 e várias moléculas de C9 se associam para formar um poro transmembrana na membrana plasmática de células alvo, levando à lise (ou ruptura) da célula. Isso pode resultar em danos a células indesejadas, como células bacterianas ou células do próprio organismo (em casos de doenças autoimunes ou disfunções no sistema complemento).
A formação do MAC é um mecanismo crucial para eliminar patógenos invasores, mas seu desregulamento pode contribuir para diversas patologias, como infecções, inflamação crônica e doenças autoimunes.
O Complemento C3a é um peptídeo derivado da proteina C3 do sistema complemento, que desempenha um papel importante nas respostas imunes e inflamatórias. A proteína C3 é ativada durante a cascata do sistema complemento, o que resulta na clivação em dois fragmentos: C3a e C3b.
O C3a tem cerca de 77 aminoácidos de comprimento e possui atividade biológica como um mediador pró-inflamatório. Ele induz a liberação de histaminas das células mastigáveis, contrai músculos lisos e aumenta a permeabilidade vascular, contribuindo para a resposta inflamatória aguda. Além disso, o C3a também atua como um quimiotaxante, atraindo células imunes, como neutrófilos, para o local da infecção ou lesão tecidual.
No entanto, é importante notar que as concentrações elevadas de C3a podem ser prejudiciais e contribuir para a patogênese de doenças inflamatórias crônicas, como as doenças autoimunes e aterosclerose. Portanto, o sistema complemento é cuidadosamente regulado para evitar danos excessivos aos tecidos saudáveis.
Uma sequência de aminoácidos refere-se à ordem exata em que aminoácidos específicos estão ligados por ligações peptídicas para formar uma cadeia polipeptídica ou proteína. Existem 20 aminoácidos diferentes que podem ocorrer naturalmente nas sequências de proteínas, cada um com sua própria propriedade química distinta. A sequência exata dos aminoácidos em uma proteína é geneticamente determinada e desempenha um papel crucial na estrutura tridimensional, função e atividade biológica da proteína. Alterações na sequência de aminoácidos podem resultar em proteínas anormais ou não funcionais, o que pode contribuir para doenças humanas.
As Enzimas Ativadoras do Complemento são um grupo de proteínas presentes no sistema imune inato dos mamíferos, incluindo os seres humanos. Elas desempenham um papel crucial na ativação da cascata do complemento, uma série complexa e altamente regulada de reações bioquímicas que contribuem para a defesa do organismo contra patógenos estrangeiros, como bactérias e vírus.
Existem três principais classes de enzimas ativadoras do complemento: as enzimas da classe C3, das classes MBL (Lectina do Tipo associada a Mannose-Binding) e as da classe ASP (Protéases associadas à Superfície de Assalto).
As enzimas da classe C3 são responsáveis pela quebra da proteína C3 em suas formas ativas, C3a e C3b. Essas fragmentos ativados desencadeiam uma série de reações que levam à lise do patógeno ou ao marcamento dele para ser eliminado pelos fagocitos.
As enzimas da classe MBL são iniciadoras da via alternativa do complemento e se ligam a carboidratos presentes na superfície dos patógenos, ativando-se e quebrando a proteína C4 em suas formas ativas, C4a e C4b.
As enzimas da classe ASP são encontradas na superfície de células especializadas do sistema imune, como os neutrófilos, e desempenham um papel importante na defesa contra bactérias gram-negativas. Elas quebram a proteína C3 em suas formas ativas, C3a e C3b, iniciando assim a cascata do complemento.
Em resumo, as Enzimas Ativadoras do Complemento são proteínas fundamentais no sistema imune inato, desempenhando um papel crucial na defesa contra patógenos invasores e na eliminação de células danificadas ou apoptóticas.
A Properdina é uma proteína que faz parte do sistema imunitário e está envolvida na resposta imune adaptativa. Ela é um componente essencial do complexo da protease-protectose, também conhecido como sistema de complemento clássico. A properdina ajuda a ativar o complexo da protease-protectose e desencadear uma cascata de reações que levam à destruição de patógenos invasores, tais como bactérias e vírus.
A properdina é codificada pelo gene PDP1 e é expressa principalmente em neutrófilos, mas também é encontrada em outros leucócitos, como monócitos e macrófagos. A deficiência de properdina está associada a um aumento na susceptibilidade a infecções bacterianas, especialmente causadas por Neisseria meningitidis e Neisseria gonorrhoeae.
Em resumo, a Properdina é uma proteína do sistema imune que ajuda a ativar o complexo da protease-protectose e desencadear reações que destruam patógenos invasores, sendo codificada pelo gene PDP1 e expressa principalmente em neutrófilos.
Em termos médicos, fragmentos de peptídeos referem-se a pequenas cadeias ou segmentos de aminoácidos que são derivados de proteínas maiores por meio de processos bioquímicos específicos. Esses fragmentos podem variar em tamanho, desde di- e tripeptídeos com apenas dois ou três aminoácidos, até oligopeptídeos com até 20 aminoácidos.
A formação de fragmentos de peptídeos pode ser resultado de processos fisiológicos naturais, como a digestão de proteínas alimentares no sistema gastrointestinal ou a clivagem enzimática controlada de proteínas em células vivas. Também podem ser produzidos artificialmente por técnicas laboratoriais, como a hidrólise de proteínas com ácidos ou bases fortes, ou a utilização de enzimas específicas para clivagem de ligações peptídicas.
Esses fragmentos de peptídeos desempenham um papel importante em diversas funções biológicas, como sinalização celular, regulação enzimática e atividade imune. Além disso, eles também são amplamente utilizados em pesquisas científicas, diagnóstico clínico e desenvolvimento de fármacos, devido à sua relativa facilidade de síntese e modificação, além da capacidade de mimetizar a atividade biológica de proteínas maiores.
O complemento C3d é um fragmento resultante da decomposição do componente C3 do sistema do complemento, que desempenha um papel importante na resposta imune do corpo. A proteína C3 é ativada durante a cascata do complemento e, em seguida, é clivada em fragmentos C3a e C3b. O fragmento C3b pode sofrer outras modificações e ser clivado em C3d.
O C3d é o fragmento mais estável dos produtos de degradação do C3b e não tem atividade biológica intrínseca. No entanto, desempenha um papel crucial na resposta imune adaptativa, servindo como um marcador de antígenos processados por células apresentadoras de antígenos (APCs) e facilitando a interação entre as APCs e os linfócitos T auxiliares. Isso é possível graças à sua capacidade de se ligar a receptores específicos, como o receptor CR2/CD21, encontrado nas células B e em outras células do sistema imune.
Em resumo, o C3d é um fragmento resultante da ativação e degradação do componente C3 do sistema complemento, que desempenha um papel importante na ligação entre as respostas imunes inata e adaptativa, auxiliando no processamento e apresentação de antígenos a células do sistema imune.
"Dados de sequência molecular" referem-se a informações sobre a ordem ou seqüência dos constituintes moleculares em uma molécula biológica específica, particularmente ácidos nucléicos (como DNA ou RNA) e proteínas. Esses dados são obtidos através de técnicas experimentais, como sequenciamento de DNA ou proteínas, e fornecem informações fundamentais sobre a estrutura, função e evolução das moléculas biológicas. A análise desses dados pode revelar padrões e características importantes, tais como genes, sítios de ligação regulatórios, domínios proteicos e motivos estruturais, que podem ser usados para fins de pesquisa científica, diagnóstico clínico ou desenvolvimento de biotecnologia.
Os Receptores de Complemento 3b (C3b) são proteínas que se encontram na superfície das células e nos fluidos corporais, onde desempenham um papel crucial no sistema imune inato. Eles fazem parte do mecanismo de ativação do complemento e são formados como resultado da clivagem da proteína C3 durante a cascata do complemento.
A proteína C3b pode se ligar à superfície de patógenos ou células infectadas, marcando-as para destruição por células do sistema imune, como neutrófilos e macrófagos. Além disso, a C3b também pode se combinar com outras proteínas do complemento para formar complexos que desencadeiam uma resposta inflamatória aguda.
Os receptores de C3b são expressos em vários tipos de células, incluindo células endoteliais, células sanguíneas e células do sistema imune. Eles desempenham um papel importante na fagocitose, na ativação do sistema imune adaptativo e no controle da infecção.
Uma disfunção ou deficiência nos receptores de C3b pode aumentar a susceptibilidade à infecção e à doença inflamatória. Além disso, alguns estudos sugerem que os receptores de C3b podem desempenhar um papel no desenvolvimento de doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico e esclerose múltipla.
O Ensaio de Atividade Hemolítica de Complemento, também conhecido como CH50 (Complement Hemolysis 50%), é um exame laboratorial utilizado para avaliar o funcionamento do sistema do complemento, um importante componente do sistema imune adquirido. Esse teste mede a capacidade do soro do paciente em promover a lise (ou hemólise) de glóbulos vermelhos (hemácias) sensibilizados por anticorpos e iniciadores da via clássica do sistema do complemento.
A hemólise é provocada pela adição controlada de uma quantidade fixa de hemácias sensibilizadas e, em seguida, a dose necessária de soro do paciente para promover a hemólise de 50% das hemácias é determinada. A atividade do complemento é expressa como unidades por mililitro (U/mL) ou como um percentual da atividade normal, que geralmente varia entre 70-130 U/mL.
Baixos níveis de atividade do complemento podem indicar deficiências congênitas ou adquiridas no sistema do complemento, doenças autoimunes, infecções bacterianas agudas ou crônicas, consumo excessivo do complemento em reações inflamatórias ou neoplasias malignas. Por outro lado, níveis elevados de atividade do complemento podem ser observados em doenças autoimunes, infecções bacterianas e outras condições inflamatórias agudas.
Em resumo, o Ensaio de Atividade Hemolítica de Complemento é uma ferramenta importante para a avaliação da função do sistema do complemento, auxiliando no diagnóstico e monitoramento de diversas condições clínicas.
Os inibidores do complemento são substâncias que interferem no processo da via do complemento, um sistema complexo de proteínas séricas e membranares que desempenham um papel crucial na defesa imune inata e também podem modular a resposta imune adaptativa. O sistema do complemento é ativado por uma variedade de estímulos, incluindo anticorpos unidos a patógenos ou células infectadas, e proteínas do complemento ativadas interagem com os receptores das células do sistema imune, levando à fagocitose, citotoxicidade e liberação de mediadores químicos que promovem a inflamação.
Os inibidores do complemento podem agir em diferentes etapas do processo de ativação do complemento. Alguns deles interferem na ativação da protease C3 convertase, enquanto outros impedem a formação do complexo de ataque à membrana (MAC), que é responsável pela citotoxicidade direta. Existem inibidores naturais do complemento presentes no soro humano, como o factor H e o C1-inibidor, que desempenham um papel importante na regulação da atividade do sistema do complemento e previnem danos colaterais a células saudáveis.
Além disso, os inibidores do complemento também podem ser usados como terapêuticas em diversas condições clínicas, como doenças autoimunes, transplante de órgãos e doenças inflamatórias crônicas. Eles são capazes de reduzir a atividade do sistema imune e, assim, diminuir a inflamação e o dano tecidual associados às respostas imunes excessivas ou desreguladas. No entanto, o uso de inibidores do complemento como terapêuticas também pode estar associado a um risco aumentado de infecções, especialmente por patógenos intracelulares, devido à supressão da atividade imune.
A Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU) é uma complicação rara, mas grave, que pode ocorrer em alguns indivíduos após uma infecção gastrointestinal causada por bactérias produziram a toxina Shiga, como a Escherichia coli (E. coli) enterohemorrágica (EHEC). A SHU é caracterizada por três principais sinais clínicos:
1. Hemólise: Destruição dos glóbulos vermelhos (hemácias), resultando em anemia hemolítica (diminuição do número de glóbulos vermelhos e queda do nível de hemoglobina no sangue).
2. Insuficiência renal: Funcionamento inadequado dos rins, levando a sintomas como edema (inchaço), hipertensão arterial e oligúria/anúria (diminuição ou ausência de produção de urina).
3. Trombocitopenia: Baixa contagem de plaquetas no sangue, aumentando o risco de hemorragias.
A SHU geralmente afeta crianças com menos de 5 anos de idade e indivíduos com sistemas imunológicos debilitados. O tratamento pode incluir terapia de suporte, hemodiálise, transfusões de sangue e, em casos graves, transplante renal. A prevenção inclui práticas adequadas de higiene alimentar e pessoal, especialmente após o contato com animais ou ambientes rurais.
O Complemento C1 é a primeira parte do sistema do complemento clássico, que é um componente importante do sistema imune adaptativo em humanos e outros mamíferos. A proteína C1 é composta por três subunidades: C1q, C1r e C1s. A activação da proteína C1 ocorre quando ela se liga a uma imunocomplexo (um aglomerado de anticorpos e antígenos), resultando na activação das proteínas C1r e C1s, que por sua vez activam as proteínas do complemento C4 e C2. Isto leva à formação do complexo de ataque à membrana (MAC) e à lise da célula alvo. Portanto, a proteína C1 desempenha um papel crucial na resposta imune contra patógenos estrangeiros e também pode estar envolvida em processos inflamatórios e doenças autoimunes quando o sistema imune é ativado indevidamente.
O complemento C4b é uma proteína do sistema imune que desempenha um papel importante na resposta imune do corpo. É uma das subunidades do componente C4 do sistema complemento, o qual é ativado durante a via clássica e a via do lecitina da ativação do complemento.
Quando o componente C4 é ativado, ele se divide em duas partes: C4a e C4b. A proteína C4b se liga covalentemente à superfície de células estranhas ou patógenos, marcando-as para destruição. Além disso, a proteína C4b também participa da formação do complexo de ataque à membrana (MAC), que é responsável pela lise e morte das células alvo.
Em resumo, a proteína C4b é uma importante proteína do sistema complemento que ajuda a identificar e destruir patógenos estrangeiros no corpo.
O Fator B de Elongação Transcricional Positiva (FETP, do inglés Positive Transcriptional Elongation Factor B) é um complexo proteico que desempenha um papel importante na regulação da transcrição dos genes euqueirópticos. Ele interage com o RNA polimerase II durante a fase de elongação, aumentando a taxa de transcrição dos genes alvo. O FETP é composto por quatro subunidades principais: P-TEFb (formado pelas proteínas CDK9 e ciclina T1), HEXIM1, HEXIM2 e as proteínas BRDT ou BRD4. A atividade do FEPT pode ser regulada por diversos mecanismos, incluindo a interação com outras proteínas e modificações póstradas das proteínas que o compõem. Diversos estudos têm demonstrado que o FETP desempenha um papel crucial na regulação da expressão gênica em diversos processos fisiológicos e patológicos, incluindo a proliferação celular, diferenciação, apoptose e desenvolvimento de doenças como câncer.
O Receptor da Anafilatoxina C5a (C5aR) é um tipo de receptor de superfície celular que se liga especificamente à anafilatoxina C5a, um peptídeo derivado do complemento sistema imune. A anafilatoxina C5a atua como um potente mediador inflamatório e é capaz de recrutar neutrófilos e outras células imunes para o local de uma infecção ou lesão tecidual. O receptor C5aR pertence à família dos receptores acoplados à proteína G e, quando ativado, desencadeia uma cascata de sinais que resultam em diversas respostas celulares, incluindo a quimiotaxia, liberação de enzimas líticas e produção de espécies reativas de oxigênio. O sistema complemento e o receptor C5aR desempenham um papel crucial na defesa do hospedeiro contra patógenos invasores e também estão envolvidos em diversos processos fisiológicos e patológicos, como a resposta imune, a inflamação e a doença autoimune.
O complemento C6 é uma proteína do sistema do complemento, que desempenha um papel importante na resposta imune do corpo. O sistema do complemento é um conjunto complexo de proteínas inativas presentes no sangue e outros fluidos corporais, que se tornam ativas em uma cascata de reações enzimáticas quando estimuladas por certos sinais.
A proteína C6 é um componente do complexo de ataque à membrana (MAC), que forma-se no final da via clássica e alternativa do sistema do complemento. O MAC perfora a membrana das células alvo, levando à sua lise (ou seja, ruptura) e destruição. Isso é particularmente importante na defesa do corpo contra bactérias gram-negativas, pois o MAC pode romper a parede celular bacteriana externa, rica em lipopolissacarídeos (LPS), que é resistente às enzimas dos neutrófilos.
A deficiência congênita de C6 é rara e geralmente associada a um aumento na suscetibilidade a infecções por bactérias gram-negativas, especialmente Neisseria meningitidis (meningococo). No entanto, a falta de C6 não causa doenças autoimunes ou inflamatórias sistêmicas, uma vez que o MAC desempenha um papel limitado nesses processos.
O complemento C3c é uma fração proteica do sistema do complemento, que desempenha um papel importante na resposta imune inata do corpo. É um fragmento resultante da decomposição do componente C3 do sistema do complemento por meio da ativação da via clássica, alternativa ou lectina do sistema do complemento.
O C3c é uma forma estável e de longa duração do C3 que permanece na circulação por vários dias e participa de diversos processos imunológicos, como a opsonização de patógenos, a citotoxicidade mediada por complemento e a regulação da inflamação.
A presença de níveis elevados ou reduzidos de C3c pode indicar diferentes condições clínicas, como infecções, doenças autoimunes, transtornos hematológicos ou outras afecções. Portanto, o exame da concentração sérica de C3c pode ser útil no diagnóstico e monitoramento de várias patologias.
O complemento C7 é uma proteína do sistema do complemento, que desempenha um papel importante nas respostas imunes e inflamatórias. Faz parte da via final do sistema do complemento, que é ativada por complexos de antígeno-anticorpo ou por outras proteínas do complemento. A proteína C7 se liga à membrana celular dos patógenos e forma um poro transmembranar, o complexo de ataque à membra (MAC), que leva à lise das células alvo. Isso ajuda a eliminar patógenos invasores, como bactérias, do corpo. A deficiência em C7 pode aumentar a susceptibilidade a infecções e pode estar associada a certas condições autoimunes.
A lectina de ligação a manose da via do complemento, frequentemente abreviada como MBL (do inglês, Mannose-Binding Lectin), é uma proteína do sistema imune inato que desempenha um papel importante na defesa do organismo contra microrganismos invasores.
A MBL se liga especificamente a carboidratos presentes na superfície de certos patógenos, como bactérias e vírus, particularmente aqueles que exibem manose ou outros açúcares de hexose terminal. Após a ligação, a MBL ativa a via do complemento, levando à opsonização (cobertura da superfície do patógeno com proteínas do complemento que facilitam a fagocitose) e à lise (destruição) dos microrganismos invasores.
A MBL é sintetizada principalmente no fígado e está presente no sangue, nas membranas mucosas e em outros tecidos do corpo. Diversas condições clínicas, como infecções recorrentes, fibrose cística e Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), têm sido associadas a níveis anormais ou disfunção da MBL, o que pode contribuir para uma maior suscetibilidade à infecção e doenças inflamatórias.
Os antígenos CD55, também conhecidos como "decay-accelerating factor" (DAF), são proteínas que se encontram na superfície de células humanas e animais. Eles desempenham um papel importante em regular o sistema imune, especialmente no processo de complementação. A função principal do CD5
A Proteína Inibidora do Complemento C1, ou ICA (do inglés, Complement C1 Inhibitor), é uma proteína produzida pelo fígado que regula o sistema imune inato. Ela age inibindo a ativação da via clássica do sistema complemento, impedindo assim a degradação exagerada de tecidos saudáveis e a formação de complexos imunes indesejados. A ICA se une especificamente à proteína C1, que é o componente inicial da via clássica do sistema complemento, e previne sua ativação. Dessa forma, ela desempenha um papel crucial na manutenção da homeostase do sistema imune e na prevenção de respostas autoimunes excessivas e danos teciduais. Deficiências congênitas nesta proteína podem levar a doenças como o angioedema hereditário, que é caracterizado por episódios recorrentes de inflamação e inchaço dos tecidos.
O complemento C8 é uma proteína do sistema imune do corpo que desempenha um papel importante na ativação da via de ataque membranar do complemento. É um componente do complexo de ataque à membrana (MAC) que se forma quando as proteínas do complemento C5 a C9 se juntam para formar um poro na membrana de células alvo, como bactérias gram-negativas. Isso leva à lise das células e ajuda a controlar a infecção. Deficiências no componente C8 podem aumentar o risco de infecções por bactérias gram-negativas.