Doença da Deficiência da Carbamoil-Fosfato Sintase I
Carbamoil-Fosfato Sintase (Amônia)
Carbamoil Fosfato Sintase (Glutamina-Hidrolizante)
Di-Hidro-Orotase
Doenças por Deficiência de Manosidase
Ligases
Aspartato Carbamoiltransferase
A Doença da Deficiência da Carbamoil-Fosfato Sintase I (CPS1) é uma condição genética rara que afeta o metabolismo dos aminoácidos. Ela é causada por mutações no gene CPS1, que fornece instruções para fazer a enzima carbamoil-fosfato sintase I. Essa enzima desempenha um papel crucial no ciclo da ureia, um processo metabólico que ocorre no fígado e é responsável por remover o amônia do sangue.
Quando a atividade da enzima carbamoil-fosfato sintase I está reduzida ou ausente, como ocorre na Doença da Deficiência da Carbamoil-Fosfato Sintase I, o amônia não é adequadamente processada e acumula no sangue. Essa acumulação pode levar a níveis elevados de amônia no sangue (hiperamônia), que podem ser tóxicos para o cérebro e outros tecidos do corpo.
Os sinais e sintomas da Doença da Deficiência da Carbamoil-Fosfato Sintase I geralmente aparecem nas primeiras horas ou dias de vida e podem incluir vômitos, letargia, irritabilidade, hiperventilação, hipotonia (flacidez muscular), convulsões e coma. Se não for tratada, a doença pode causar danos cerebrais graves ou morte.
O diagnóstico da Doença da Deficiência da Carbamoil-Fosfato Sintase I geralmente é feito por meio de exames de sangue que mostram níveis elevados de amônia e outros indicadores metabólicos anormais. O tratamento geralmente inclui a administração de medicamentos para reduzir os níveis de amônia no sangue, como arginina ou citrulina, e uma dieta restrita em proteínas. Em alguns casos, um transplante de fígado pode ser recomendado.
Dihidroorotase é uma enzima envolvida no metabolismo dos nucleotídeos em células vivas. Ela catalisa a reação que converte diidroorotaato em orotato, que é um precursor na biossíntese de pirimidinas, um tipo de base nitrogenada encontrada em ácidos nucléicos, como o DNA e o RNA.
A dihidroorotase é uma enzima essencial para a vida, pois desempenha um papel fundamental no processo de replicação e transcrição do DNA e da síntese de proteínas. No entanto, defeitos genéticos que afetam a atividade da dihidroorotase podem levar a distúrbios metabólicos e outras condições de saúde.
A definição médica de "Di-Hidro-Orotase" refere-se especificamente à forma enzimática desse catalisador, que é codificado pelo gene DPYS no genoma humano. Mutações neste gene podem resultar em um déficit na atividade da dihidroorotase e estar associadas a doenças metabólicas raras, como a deficiência de dihidropirimidina descarboxilase congênita.
As doenças por deficiência de manosidase referem-se a um grupo de condições genéticas caracterizadas pela falta ou deficiência de uma enzima chamada manosidase. Essa enzima é responsável pelo processamento adequado de certos tipos de açúcares complexos encontrados em proteínas e lipídios.
Existem três principais tipos de doenças por deficiência de manosidase:
1. Doença de Gaucher: É causada pela deficiência da enzima glucocerebrosidase, resultando em acúmulo de glicoesfingolipídios no fígado, baço e medula óssea. Pode apresentar-se em formas graves ou menos graves, com sintomas que variam desde anemia, trombocitopenia (baixa contagem de plaquetas), hepatoesplenomegalia (fígado e baço aumentados de tamanho) até danos ósseos e neurológicos.
2. Doença de Fabry: É causada pela deficiência da enzima alfa-galactosidase A, levando ao acúmulo de glicoesfingolipídios na parede dos vasos sanguíneos e outros tecidos. Os sintomas podem incluir dor intensa em mãos e pés, manchas cutâneas características (anteriormente chamadas "angiocutaneous nevi"), problemas renais, cardiovasculares e neurológicos.
3. Doença de Pompe: É causada pela deficiência da enzima alfa-glucosidase, resultando no acúmulo de glicogênio nas células. Isso pode afetar vários órgãos, incluindo o coração, fígado, músculos e sistema nervoso. A doença de Pompe pode apresentar-se em duas formas: a forma infantil grave (doença de Pompe clássica), que geralmente leva à morte prematura, e a forma mais leve, que se manifesta na idade adulta.
O tratamento para essas doenças geralmente inclui terapia de reposição enzimática (TRE) ou terapia genética, quando disponível. A TRE consiste em fornecer a enzima deficiente ao paciente por meio de infusões regulares. Já a terapia genética visa substituir o gene defeituoso responsável pela produção da enzima deficiente. Além disso, o tratamento pode incluir medidas de suporte e sintomáticas para gerenciar os problemas associados à doença.
Ligases são um tipo específico de enzimas que catalisam a formação de ligações covalentes entre duas moléculas, geralmente entre os extremos de cadeias polinucleotídicas ou polipeptídicas. No contexto da biologia molecular e genética, as ligases desempenham um papel fundamental em processos como a reparação do DNA, a recombinação genética e a replicação do DNA.
Existem diferentes tipos de ligases presentes em organismos vivos, mas todas elas compartilham a mesma função básica: juntar duas moléculas que tenham compatibilidade para formarem uma ligação covalente. As ligases geralmente requerem energia adicional para realizar essa tarefa, normalmente obtida através da hidrólise de ATP em AMP e pirofosfato inorgânico (PPi).
Em resumo, as ligases são enzimas que catalisam a formação de ligações covalentes entre duas moléculas, mais comumente entre os extremos de cadeias polinucleotídicas ou polipeptídicas, desempenhando um papel crucial em diversos processos celulares.
A Aspartato Carbamoiltransferase (também conhecida como Aspartato Transcarbamilase ou simplesmente ACT) é uma enzima importante no metabolismo dos aminoácidos e na síntese de ureia. Ela catalisa a transferência do grupo carbamoilo do bicarbonato para o aspartato, produzindo citrulina e fosfato.
A medida em que esta enzima está presente em altas concentrações no fígado, seu nível sérico aumenta em resposta a lesões hepáticas, tornando-se um marcador importante para o diagnóstico e monitoramento de doenças hepáticas.
A atividade da ACT pode ser medida em uma análise de sangue e os níveis normais variam dependendo do laboratório, mas geralmente estão entre 8-30 U/L. Níveis elevados podem indicar danos no fígado ou outras condições, como mononucleose infecciosa ou hepatite.
Ornithine carbamoyltransferase (OCT ou OAT) é uma enzima importante envolvida no ciclo da ureia, um processo metabólico que ocorre principalmente no fígado e desempenha um papel crucial na eliminação de resíduos de nitrogênio, derivados do aminoácidos, sob a forma de ureia.
A ornitina carbamoiltransferase catalisa a reação que transfere o grupo funcional carbamoilo da carbamil fosfato para a ornitina, formando citrulina e fosfato. A citrulina é então processada no ciclo da ureia, levando à formação de arginina e, finalmente, ureia.
A deficiência em ornitina carbamoiltransferase pode resultar em uma condição genética rara conhecida como hiperamonemia devido a deficiência de ornitina transcarbamilase (OTC), que é caracterizada por um aumento no nível de amônia no sangue, acidose metabólica, letargia, vômitos e, em casos graves, pode levar a coma ou mesmo à morte.