Família de vírus RNA que infectam naturalmente a roedores e constituída por um gênero (ARENAVIRUS) com dois grupos: ARENAVÍRUS DO VELHO MUNDO e ARENAVÍRUS DO NOVO MUNDO. A infecção em roedores é persistente e silenciosa. A transmissão vertical ocorre através do leite, saliva e urina. A transmissão horizontal para humanos, macacos e outros animais é significativa.
As doenças virais causadas pelo ARENAVIRIDAE.
Um dos dois grupos do gênero ARENAVIRUS, considerado parte do complexo do Novo Mundo. Inclui VÍRUS JUNIN, VÍRUS PICHINDE, vírus Amapari e vírus Machupo, entre outros. São a causa de febres hemorrágicas humanas, principalmente nas Américas Central e do Sul.
Único gênero da família ARENAVIRIDAE contendo dois grupos (ARENAVÍRUS DO VELHO MUNDO e ARENAVÍRUS DO NOVO MUNDO), os quais são distinguidos pelas relações antigênicas e distribuição geográfica.
Doenças causadas por Vírus da Febre Hemorrágica Americana (ARENAVIRUS DO NOVO MUNDO).
Grupo de doenças virais de diversas etiologias, mas que têm várias características clínicas em comum: permeabilidade capilar aumentada, leucopenia e trombocitopenia são comuns a todas. As febres hemorrágicas são caracterizadas por início repentino, febre, cefaleia, mialgia generalizada, dor lombar, conjuntivite e prostração severa, seguidos de vários sintomas hemorrágicos. A febre hemorrágica com acometimento do rim é a FEBRE HEMORRÁGICA COM SÍNDROME RENAL.
Espécie de ARENAVIRUS, parte dos ARENAVÍRUS DO VELHO MUNDO, agente etiológico da FEBRE LASSA. O vírus Lassa é um agente infeccioso comum em humanos na África Ocidental. Seu hospedeiro natural é o camundongo multimamário 'Mastomys natalensis'.
Espécie de ARENAVIRUS, parte dos ARENAVÍRUS DO NOVO MUNDO, causadores da febre hemorrágica da Argentina. A doença é caracterizada por congestão, edema, linfadenopatia generalizada e necrose hemorrágica, ocasionalmente fatal.
Venezuela é um país sul-americano localizado na região nordeste da América do Sul, conhecido por sua diversidade geográfica e cultural, mas que recentemente tem experimentado uma crise humanitária grave com escassez de alimentos, medicamentos e outentes básicos.
Subfamília (da família Muridae) composta por 69 gêneros. Camundongos e ratos do Novo Mundo estão incluídos nesta subfamília.
Doença febril e aguda no homem, causada pelo VÍRUS LASSA.
Espécie de ARENAVIRUS, um dos ARENAVÍRUS DO NOVO MUNDO, causador de infeção fatal no roedor [hamster] Oryzomys albigularis (subfamília Cricetinae). Há relato de infecção assintomática de humanos em laboratório.
Proteínas virais encontradas tanto no NUCLEOCAPSÍDEO ou núcleo viral (PROTEÍNAS NUCLEARES VIRAIS).
Relacionamentos entre grupos de organismos em função de sua composição genética.

Arenaviridae é uma família de vírus que inclui vários agentes patogênicos para humanos e animais. Eles possuem genomas de RNA de fita simples, divididos em dois segmentos (L e S), e são revestidos por um envelope viral. A superfície dos vírus da família Arenaviridae apresenta peplomeras e inclui glicoproteínas (GP) que desempenham um papel importante na infecção celular.

Os arenavirus têm uma distribuição geográfica restrita, com cada espécie geralmente associada a um reservatório animal específico, como roedores. Alguns exemplos de doenças causadas por esses vírus incluem febre hemorrágica argentina, febre hemorrágica venezuelana e síndrome pulmonar por hantavírus.

A infecção humana geralmente ocorre através da exposição aos excrementos de animais infectados ou por contato direto com animais reservatórios. O tratamento dessas doenças é geralmente de suporte, mas algumas antivirais, como a ribavirina, podem ser eficazes em alguns casos. A prevenção inclui medidas para reduzir o contato com animais reservatórios e a exposição a seus excrementos.

Arenaviridae é uma família de vírus que inclui vários agentes causadores de doenças em humanos e animais. As infecções por Arenaviridae, também conhecidas como arenavirose, geralmente ocorrem através do contato com urina, fezes ou saliva de roedores infectados ou por meio da exposição a partículas virais em ar exalado por animais infectados. Algumas espécies de Arenaviridae também podem ser transmitidas entre humanos através do contato direto com sangue ou fluidos corporais infectados, especialmente durante procedimentos médicos não seguros.

Existem dois grupos principais de Arenavírus que causam infecções em humanos: os vírus do Novo Mundo (NW) e os vírus do Velho Mundo (OW). Os vírus NW são encontrados principalmente na América do Sul e Central, enquanto os vírus OW são mais comuns na África. Alguns exemplos de Arenavírus que causam infecções em humanos incluem o vírus Junín (causador da febre hemorrágica argentina), o vírus Machupo (causador da febre hemorrágica boliviana) e o vírus Lassa (causador da febre de Lassa).

Os sintomas das infecções por Arenaviridae podem variar dependendo do tipo específico de vírus, mas geralmente incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, fadiga e náuseas. Em casos graves, as infecções por Arenaviridae podem causar complicações como hemorragias internas, insuficiência renal e choque, o que pode levar a morte se não for tratado adequadamente. O diagnóstico de infecções por Arenaviridae geralmente requer exames laboratoriais específicos, como testes de RT-PCR ou cultura viral.

Atualmente, não há vacinas disponíveis para a maioria dos tipos de infecções por Arenaviridae, exceto para o vírus Junín e o vírus Lassa. O tratamento geralmente se concentra em aliviar os sintomas e apoiar as funções vitais do corpo. Em casos graves, pode ser necessário hospitalizar o paciente e fornecer cuidados intensivos, incluindo transfusões de sangue e fluidos. A prevenção das infecções por Arenaviridae geralmente envolve medidas como evitar o contato com animais infectados, usar equipamentos de proteção individual (EPI) ao manipular materiais potencialmente infectados e praticar boas hábitos de higiene, como lavar as mãos regularmente.

Arenavírus do Novo Mundo é um grupo de arenavírus que inclui várias espécies que causam doenças em humanos e animais. Esses vírus são endêmicos na América do Sul e Central e são transmitidos principalmente por roedores. Algumas das doenças causadas por esses vírus incluem febre hemorrágica, meningite e encefalite. Exemplos de arenavírus do Novo Mundo incluem o vírus Junín, que causa a febre hemorrágica argentina, e o vírus Machupo, que causa a febre hemorrágica boliviana. Esses vírus são geralmente transmitidos ao homem através de contato com urina, fezes ou saliva de roedores infectados. Também podem ser transmitidos por contato direto com sangue ou tecidos de pessoas infectadas.

Arenaviruses são um grupo de vírus que causam doenças em humanos e animais. Eles recebem esse nome porque suas partículas virais contém grânulos distintos que lembram areia quando vistos sob um microscópio eletrônico. Os arenavírus são transmitidos principalmente por roedores e podem causar uma variedade de sintomas em humanos, dependendo do tipo específico de arenavirus. Algumas doenças causadas por esses vírus incluem febre hemorrágica viral, encefalite e miocardite. Os arenavírus são geralmente transmitidos para humanos através do contato com saliva, urina ou fezes de roedores infectados ou por meio da exposição a pó que contenha os vírus. Não há atualmente nenhum tratamento específico ou vacina disponível para doenças causadas por arenavírus, e o tratamento geralmente se concentra em aliviar os sintomas e apoiar a função dos órgãos vitais.

A Febre Hemorrágica Americana (FHA) é uma zoonose viral aguda grave, causada por diferentes serotipos do vírus Arenavirus, incluindo o vírus Junín (Argentina), Machupo (Bolívia), Guanarito (Venezuela), e Sabia (Brasil). Esses vírus são mantidos em reservatórios naturais de roedores e podem ser transmitidos ao homem através do contato direto com urina, fezes ou sangue dos animais infectados ou por meio de ingestão de alimentos ou água contaminada. A transmissão entre humanos também pode ocorrer por contato direto com fluidos corporais ou secreções de pessoas infectadas.

Os sintomas da FHA geralmente começam dentro de 1 a 2 semanas após a exposição e incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, vômitos, diarreia e hemorragias internas e externas. O quadro clínico pode variar em gravidade, desde formas leves até graves, com choque hipovolêmico e insuficiência orgânica múltipla, podendo ser fatal em aproximadamente 15 a 30% dos casos sem tratamento.

O diagnóstico da FHA é confirmado por detecção do vírus ou de seu genoma por técnicas moleculares, como PCR em tempo real, e/ou por sorologia (detecção de anticorpos específicos). O tratamento específico para a FHA consiste na administração de plasma convalescente ou imunoglobulina hiperimune, que pode reduzir a mortalidade se for administrada nas primeiras 8 dias após o início dos sintomas. O manejo de suporte é também fundamental no tratamento da FHA, incluindo reposição de fluidos e eletrólitos, controle da hemorragia e suporte das funções orgânicas afetadas.

Febre hemorrágica viral (FHV) é um termo geral usado para descrever graves infecções virais que afetam muitos órgãos e causam sangramento anormal. Esses vírus infectam as células endoteliais, que revestem o interior dos vasos sanguíneos, levando a disfunção endotelial e aumento da permeabilidade vascular, resultando em coagulopatia (desregulação da coagulação sanguínea) e hemorragia.

Existem vários tipos de FHVs, incluindo febre de Lassa, febre amarela, vírus Ebola, vírus Marburg, hantavirose e febre maculosa das Montanhas Rochosas, cada um causado por diferentes vírus. Os sintomas geralmente começam com febre alta, dor de cabeça severa, dores musculares e articulares, falta de ar e irritação na garganta. Em estágios posteriores, podem ocorrer sinais de insuficiência orgânica múltipla, como delírio, convulsões, coma e sangramento em pele, olhos e outros órgãos.

A transmissão desses vírus pode ocorrer através do contato direto com animais infectados ou seus fluidos corporais, ingestão de alimentos ou água contaminada, inalação de partículas virais em ar poluído ou por meio de contato próximo com pessoas infectadas. O tratamento geralmente se concentra no alívio dos sintomas e suporte às funções vitais, pois não existem medicamentos específicos para a maioria desses vírus. A prevenção inclui medidas de controle de infecção, como isolamento de pacientes, uso de equipamento de proteção individual (EPI) e vacinação, quando disponível.

Lassa Virus é um tipo de vírus da família Arenaviridae que causa a doença conhecida como Febre de Lassa. Essa doença é comumente encontrada na África Ocidental, particularmente em países como Nigéria, Libéria, Guiné e Serra Leoa.

O vírus é geralmente transmitido ao ser humano através do contato com urina ou fezes de ratos infectados, especialmente o rato multimamado (Mastomys natalensis). A transmissão entre humanos geralmente ocorre por meio de contato próximo com secreções orofaziais ou fluidos corporais de pessoas infectadas, particularmente em ambientes hospitalares inadequados.

A infecção pode variar de assintomática a grave, dependendo da susceptibilidade individual e do estado de saúde geral da pessoa infectada. Os sintomas mais comuns incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares, tosse, irritação da garganta, náuseas, vômitos e diarreia. Em casos graves, a infecção pode causar hemorragias internas e externas, insuficiência renal, edema pulmonar e, em alguns casos, morte.

Embora não exista uma vacina específica para prevenir a infecção pelo vírus Lassa, medidas preventivas como o controle de populações de ratos e a higiene adequada podem ajudar a reduzir o risco de infecção. Além disso, o tratamento precoce com antivirais, como a ribavirina, pode ser eficaz em reduzir a gravidade da doença e prevenir complicações graves.

O vírus Junín é o agente etiológico da febre hemorrágica argentina (FHA), uma doença grave e potencialmente fatal transmitida ao ser humano através do contato com urina ou fezes de roedores infectados, especialmente da espécie Calomys musculinus. A transmissão também pode ocorrer por meio de ingestão de alimentos ou bebidas contaminadas ou por inalação de partículas virais presentes no ar. O vírus Junín pertence à família Arenaviridae e é um arenavirus, com genoma formado por dois segmentos de RNA de cadeia simples. A FHA causada pelo vírus Junín pode apresentar sintomas como febre alta, dor de cabeça, dores musculares, vômitos, diarreia e hemorragias internas. O tratamento específico para a infecção por vírus Junín consiste na administração de imunoglobulina hiperimune e antivirais, mas o melhor método de prevenção é a vacinação.

Desculpe por qualquer confusão, mas "Venezuela" não é um termo médico. É o nome de um país localizado na América do Sul, conhecido oficialmente como República Bolivariana da Venezuela. Se você estava procurando informações sobre uma condição médica ou um termo relacionado à saúde que possa ser associado ao país Venezuela, por favor forneça mais detalhes para que possamos ajudálo melhor.

Sigmodontinae é uma subfamília de roedores da família Cricetidae, que inclui mais de 400 espécies distribuídas principalmente na América do Sul e Central. Esses roedores são conhecidos popularmente como "ratos sigmodontinos" ou simplesmente "sigmodontinos". A subfamília é dividida em vários grupos taxonômicos, incluindo tribos e gêneros, que agrupam espécies com características morfológicas e comportamentais semelhantes.

Algumas das espécies mais conhecidas de Sigmodontinae são os ratos do mato, ratos topo, ratos arbóreos, ratos aquáticos e outros roedores de pequeno porte. Esses animais apresentam uma grande diversidade de hábitats, alimentação e comportamento, mas geralmente têm um ciclo de vida curto, reprodução rápida e alta taxa de mortalidade.

Apesar da sua grande diversidade, os sigmodontinos enfrentam ameaças significativas à sua sobrevivência devido à perda de habitat, fragmentação de populações, caça predatória e introdução de espécies exóticas invasoras. Alguns dos esforços de conservação em andamento incluem estudos e monitoramento da biodiversidade, proteção de habitats críticos e gerenciamento sustentável das atividades humanas que impactam esses roedores e seus ecossistemas.

A febre de Lassa é uma febre hemorrágica aguda grave e frequentemente fatal causada pelo vírus Lassa, um membro da família de arenavírus. A doença é endêmica na África Ocidental, particularmente em países como Nigéria, Libéria, Guiné e Serra Leoa. É geralmente transmitida ao homem por meio do contato com fezes ou urina de ratos infectados. A febre de Lassa também pode ser transmitida entre humanos por contato direto com sangue, tecidos ou fluidos corporais de pessoas infectadas.

Os sintomas da febre de Lassa geralmente começam dentro de 1 a 3 semanas após a exposição e podem incluir febre, dor de cabeça, dores musculares, mal-estar, tosse, náuseas, vômitos e diarreia. Em alguns casos, a doença pode progressar para hemorragias internas e externas graves, insuficiência renal e choque, o que pode resultar em morte se não for tratada adequadamente. O diagnóstico da febre de Lassa geralmente requer exames laboratoriais específicos, como a detecção do vírus em amostras de sangue ou tecido.

O tratamento da febre de Lassa geralmente inclui cuidados de suporte, como reidratação e manejo da pressão arterial, além de medicamentos antivirais específicos, como a ribavirina, que pode ajudar a reduzir a gravidade e a duração da doença se administrada nas primeiras fases da infecção. A prevenção da febre de Lassa geralmente envolve medidas para controlar a propagação do vírus entre ratos e humanos, como o manejo adequado de resíduos sólidos e líquidos, a higiene pessoal e alimentar, e a vacinação de animais domésticos contra infecções virais.

O vírus Pichinde é um hantavírus que causa doenças em roedores e pode infectar humanos. Ele é endêmico na Colômbia, onde é transmitido principalmente por ratos da espécie Oligoryzomys fulvescens. Em humanos, a infecção pelo vírus Pichinde geralmente ocorre após exposição a urina, fezes ou saliva de roedores infectados e pode resultar em sintomas semelhantes à gripe, como febre, dor de cabeça, dores musculares e falta de ar. No entanto, é importante notar que o vírus Pichinde raramente causa doenças graves em humanos e geralmente é transmitido a pesquisadores que trabalham com roedores infectados em laboratórios.

As proteínas do nucleocapsídeo (NC) desempenham um papel fundamental na formação da nucleocapside, uma estrutura helicoidal que encapsula o material genético de alguns vírus. A nucleocapside é composta pelo ácido nucléico viral e por proteínas NC, geralmente associadas a RNA em vírus com genoma de RNA ou à DNA em vírus com genoma de DNA.

As proteínas do NC são frequentemente as primeiras proteínas produzidas após a infecção viral e desempenham um papel crucial no processamento, empacotamento e proteção do material genético viral durante o ciclo de replicação. Além disso, elas também estão envolvidas em eventos regulatórios importantes, como a regulação da transcrição gênica e tradução, além de interagirem com outras proteínas virais e hospedeiras durante a montagem do vírus.

As proteínas do NC são frequentemente utilizadas em estudos diagnósticos e de pesquisa devido à sua abundância e especificidade para cada tipo de vírus, o que as torna um alvo ideal para técnicas como a reação em cadeia da polimerase (PCR) e o teste imunológico.

Filogenia é um termo da biologia que se refere à história evolutiva e relacionamento evolucionário entre diferentes grupos de organismos. É a disciplina científica que estuda as origens e desenvolvimento dos grupos taxonômicos, incluindo espécies, gêneros e outras categorias hierárquicas de classificação biológica. A filogenia é baseada em evidências fósseis, anatomia comparada, biologia molecular e outros dados que ajudam a inferir as relações entre diferentes grupos de organismos. O objetivo da filogenia é construir árvores filogenéticas, que são diagramas que representam as relações evolutivas entre diferentes espécies ou outros táxons. Essas árvores podem ser usadas para fazer inferências sobre a história evolutiva de organismos e características biológicas. Em resumo, filogenia é o estudo da genealogia dos organismos vivos e extintos.

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