Etoposídeo
Derivado semi-sintético da PODOFILOTOXINA que exibe atividade antitumoral. O etoposídeo inibe a síntese de DNA formando um complexo com a topoisomerase II e o DNA. Esse complexo induz quebras no DNA de fita dupla e impede o reparo pela ligação da toposimerase II. Quebras acumuladas no DNA impedem a entrada na fase mitótica do ciclo celular, e leva à morte celular. O etoposídeo age principalmente nas fases G2 e S do ciclo celular.
Antineoplásicos Fitogênicos
Protocolos de Quimioterapia Combinada Antineoplásica
Inibidores da Topoisomerase II
Compostos que inibem a atividade da DNA TOPOISOMERASE II. Sob esta categoria são incluídos vários ANTINEOPLÁSICOS endereçados à forma eucariótica da topoisomerase II e ANTIBACTERIANOS, endereçados à forma procariótica da topoisomerase II.
Ifosfamida
Isômero posicional da CICLOFOSFAMIDA que é ativa como alquilante e imunossupressor.
Cisplatino
Complexo de platina inorgânico e hidrossolúvel. Após sofrer hidrólise, reage com o DNA para produzir ligações covalentes cruzadas tanto dentro de uma fita como entre fitas de DNA. Essas ligações cruzadas parecem impedir a replicação e a transcrição do DNA. A citotoxicidade do cisplatino relaciona-se com a suspensão da fase G2 do ciclo celular.
Carcinoma de Células Pequenas
Carcinoma anaplásico altamente maligno e geralmente broncogênico formado por pequenas células ovoides com pouquíssima neoplasia. É caracterizado por um núcleo dominante profundamente basófilo e com nucléolos ausentes ou indistintos. (Tradução livre do original: Stedman, 25th ed; Holland et al., Cancer Medicine, 3d ed, p1286-7)
DNA Topoisomerases Tipo II
Podofilotoxina
Lignana (LIGNANAS) encontrada na resina PODOFILINA da raiz de plantas do gênero PODOPHYLLUM. É um poderoso veneno para células fusiformes, tóxica se usada internamente e tem sido usada como catártico. É muito irritante para a pele e mucosas, tem ação queratolítica, tem sido usada para tratar verrugas e queratoses e pode ter propriedades antineoplásicas como alguns dos seus congêneres e derivados.
Vincristina
Doxorrubicina
Antibiótico antineoplásico obtido de Streptomyces peucetis. É um derivado hidroxilado da DAUNORRUBICINA.
Ciclofosfamida
Precursor de uma mostarda nitrogenada alquilante antineoplásica (e agente imunossupressor) que deve ser ativado no FÍGADO para formar a aldofosfamida ativa. Usada no tratamento de LINFOMA e LEUCEMIA. Seu efeito colateral, ALOPECIA, tem sido usado na tosquia de ovelhas. Também pode causar esterilidade, defeitos congênitos, mutações e câncer.
Esquema de Medicação
Bleomicina
Complexo de antibióticos glicopeptídicos relacionados isolado de Streptomyces verticillus, constituído de bleomicina A2 e B2. Inibe o metabolismo do DNA e é utilizada como antineoplásico, especialmente em tumores sólidos.
Terapia Combinada
Tratamento de uma doença ou afecção por muitos meios diferentes, simultânea ou sequencialmente. Quimioimunoterapia, RADIOIMUNOTERAPIA, quimiorradioterapia, crioquimioterapia e TERAPIA DE SALVAÇÃO, são vistas mais frequentemente, mas suas combinações umas com as outras e cirurgia também são utilizadas.
Citarabina
Análogo de nucleosídeo pirimidínico que é utilizado principalmente no tratamento da leucemia, especialmente a leucemia aguda não linfoblástica. A citarabina é um agente antimetabólico antineoplásico que inibe a síntese de DNA. Suas ações são específicas para a fase S do ciclo celular. Também possui propriedades antivirais e imunossupressoras. (Tradução livre do original: Martindale, The Extra Pharmacopoeia, 30th ed., p472)
Germinoma
Neoplasia maligna do tecido germinativo das GÔNADAS, MEDIASTINO ou região pineal. Os germinomas são uniformes na aparência, compostos por células grandes e redondas com núcleos vesiculares e citoplasma sutilmente corado de grânulos eosinofílicos. (Tradução livre do original: Stedman, 265th ed; from DeVita Jr et al., Cancer: Principles & Practice of Oncology, 3d ed, pp1642-3)
Teniposídeo
Derivado semissintético da PODOFILOTOXINA que exibe atividade antitumoral. O teniposídeo inibe a síntese de DNA por formar um complexo com a topoisomerase II e o DNA. Este complexo induz quebras da fita dupla de DNA e impede o seu reparo pela ligação com a topoisomerase II. Os pedaços acumulados de DNA impedem que as células entrem na fase mitótica do ciclo celular, levando a célula à morte. O teniposídeo atua primariamente nas fases G2 e S do ciclo celular.
Leucopenia
Neoplasias Testiculares
Tumores ou câncer do TESTÍCULO. Tumores de células germinativas (GERMINOMA) do testículo constituem 95 por cento de todas as neoplasias testiculares.
Resistencia a Medicamentos Antineoplásicos
Indução de Remissão
Apoptose
Um dos mecanismos pelos quais ocorre a MORTE CELULAR (compare com NECROSE e AUTOFAGOCITOSE). A apoptose é o mecanismo responsável pela remoção fisiológica das células e parece ser intrinsecamente programada. É caracterizada por alterações morfológicas distintas no núcleo e no citoplasma, clivagem da cromatina em locais regularmente espaçados e clivagem endonucleolítica do DNA genômico (FRAGMENTAÇÃO DE DNA) em sítios internucleossômicos. Este modo de morte celular serve como um equilíbrio para a mitose no controle do tamanho dos tecidos animais e mediação nos processos patológicos associados com o crescimento tumoral.
Neoplasias Embrionárias de Células Germinativas
Resultado do Tratamento
Administração Oral
Dano ao DNA
Lesões no DNA que introduzem desvios em relação a sua conformação normal e que, se não reparadas, resultam em uma MUTAÇÃO ou bloqueio da REPLICAÇÃO DO DNA. Esses desvios podem ser causados por agentes físicos ou químicos e ocorrem tanto em circunstâncias naturais ou não. Incluem a introdução de bases erradas durante a replicação, seja por desaminação ou outras modificações de bases, perda de uma base da cadeia do DNA, deixando um local sem base, quebras da fita simples, quebra da dupla hélice e ligações intrafita (DÍMEROS DE PIRIMIDINA) ou interfita. Na maioria das vezes, o dano pode ser reparado (REPARO DO DNA). Se o dano for extenso, pode induzir APOPTOSE.
Doença de Hodgkin
Doença maligna caracterizada por aumento progressivo de linfonodos, baço, e geralmente tecido linfoide. Na variante clássica, estão presentes células de Hodgkin e CÉLULAS DE REED-STERNBERG gigantes e usualmente multinucleadas; na variante predominante linfocítica nodular são observadas células linfocíticas e histiocíticas.
Infusões Intravenosas
Camptotecina
Alcaloide isolado da madeira do tronco da árvore chinesa Camptotheca acuminata. Este composto inibe seletivamente a enzima nuclear DNA TOPOISOMERASES TIPO I. Vários análogos semissintéticos da camptotecina têm demonstrado atividade antitumoral.
Carmustina
Agente antineoplásico alquilante não específico para a fase do ciclo celular. É utilizado no tratamento de tumores cerebrais e várias outras neoplasias malignas. Esta substância pode seguramente ser considerada como um carcinógeno, de acordo com o Quarto Relatório Anual em Carcinógenos (NTP 85-002,1985).
Avaliação de Medicamentos
Terapia de Salvação
Abordagem terapêutica envolvendo quimioterapia, terapia por radiação ou cirurgia, depois dos protocolos iniciais terem falhado em levar melhoria da condição do paciente. A terapia de salvação é mais frequentemente utilizada para neoplasias.
Linfoma não Hodgkin
Qualquer linfoma de um grupo de tumores malignos do tecido linfoide que se diferem da DOENÇA DE HODGKIN, sendo mais heterogêneos com respeito à linhagem de células malignas, evolução clínica, prognóstico e terapia. A única característica em comum desses tumores é a ausência das CÉLULAS DE REED-STERNBERG gigantes, uma característica da doença de Hodgkin.
Topotecan
Antineoplásico utilizado para tratar câncer ovariano. Trabalha inibindo a DNA TOPOISOMERASES TIPO I.
Células Tumorais Cultivadas
Células provenientes de tecido neoplásico cultivadas in vitro. Se for possível estabelecer estas células como LINHAGEM CELULAR TUMORAL, elas podem se propagar indefinidamente em cultura de células.
Intervalo Livre de Doença
Análise de Sobrevida
Prednisona
Taxa de Sobrevida
Resistência a Medicamentos
Resposta diminuída ou ausente de um organismo, doença ou tecido à eficácia pretendida de uma substância química ou medicamento. Deve ser distinguido de TOLERÂNCIA A FÁRMACOS que é a diminuição progressiva da suscetibilidade humana ou animal aos efeitos de um medicamento, como resultado de administração contínua.
Relação Dose-Resposta a Droga
Procarbazina
Antineoplásico utilizado principalmente em combinação com a mecloretamina, a vincristina e a prednisona (o protocolo MOPP) no tratamento do mal de Hodgkin.
Resistência a Múltiplos Medicamentos
Glicoproteína P
Glicoproteína transmembrana de 170 kDa da superfamília de TRANSPORTADORES DE CASSETE DE LIGAÇÃO DE ATP. Serve como bomba de efluxo dependente de ATP para diversas substâncias químicas, incluindo muitos ANTINEOPLÁSICOS. A superexpressão desta glicoproteína está associada com a RESISTÊNCIA A MÚLTIPLAS DROGAS.
Compostos Organofosforados
Melfalan
Mostarda de nitrogênio alquilante que é utilizada como um antineoplásico na forma de seu isômero levógiro - MELFALAN, a mistura racêmica - MERFALAN e na forma de seu isômero dextrógiro - MEDFALAN. Tóxico à medula óssea, porém com pouca ação vesicante. Carcinógeno potencial.
Paclitaxel
Sobrevivência Celular
Fator Estimulador de Colônias de Granulócitos
Glicoproteína de 25 kDa contendo pontes dissulfeto internas. Induz a sobrevivência, proliferação e diferenciação de células precursoras de granulócitos neutrofílicos e funcionalmente ativa neutrófilos sanguíneos maduros. Entre a família dos fatores estimulantes de colônia, o G-CSF é o indutor mais potente de diferenciação terminal para granulócitos e macrófagos de células mieloides leucêmicas.
Neoplasias Retroperitoneais
Daunorrubicina
Doenças da Medula Óssea
Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas
Transferência de CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS da MEDULA ÓSSEA ou SANGUE entre indivíduos da mesma espécie (TRANSPLANTE HOMÓLOGO) ou transferência num mesmo indivíduo (TRANSPLANTE AUTÓLOGO). O transplante de células-tronco hematopoéticas tem sido utilizado como uma alternativa ao TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA no tratamento de várias neoplasias.
Metotrexato
Células HL-60
Linhagem promielocítica originada de paciente com LEUCEMIA PROMIELOCÍTICA AGUDA. As células HL-60 não têm marcadores específicos para CÉLULAS LINFOIDES, mas expressam receptores de superfície para FRAGMENTOS FC e PROTEÍNAS DO SISTEMA DE COMPLEMENTO. Apresentam ainda atividade fagocitária e respondem a estímulos quimiotáticos (Tradução livre do original: Hay et al., American Type Culture Collection, 7th ed, pp 127-8).
Linhagem Celular Tumoral
Linhagem celular derivada de células tumorais cultivadas.
Sinergismo Farmacológico
Carcinoma de Pequenas Células do Pulmão
Forma de câncer de pulmão altamente maligna composta por pequenas células ovoides (CARCINOMA DE CÉLULAS PEQUENAS).
Mesna
Composto sulfidrila utilizado para impedir a toxicidade urotelial por inativação dos metabólitos dos ANTINEOPLÁSICOS, como IFOSFAMIDA ou CICLOFOSFAMIDA.
Caspases
Família de CISTEÍNA ENDOPEPTIDASES intracelulares que desempenham um papel na regulação da INFLAMAÇÃO e da APOPTOSE. Clivam peptídeos especificamente em um aminoácido CISTEÍNA que segue um resíduo de ÁCIDO ASPÁRTICO. As caspases são ativadas por clivagem proteolítica de uma forma precursora produzindo subunidades grandes e pequenas que formam a enzima. Se o sítio de clivagem dentro dos precursores corresponder à especificidade das caspases, pode ocorrer ativação sequencial de precursores por caspases ativadas.
Ensaios de Seleção de Medicamentos Antitumorais
DNA Topoisomerases Tipo I
DNA TOPOISOMERASE que catalisa a quebra, independente de ATP, de uma das duas fitas de DNA, seguida pela passagem da fita não quebrada através da quebra, e reajuntamento da fita quebrada. As enzimas DNA Topoisomerases Tipo I realiza reduzem o estresse topológico na estrutura do DNA através do relaxamento das voltas da super-hélice no DNA e dos anéis nodulares na hélice do DNA.