Moduladores Seletivos de Receptor Estrogênico
Grupo estruturalmente diverso de compostos distintos de ESTROGÊNIOS pela sua capacidade de se ligar aos RECEPTORES ESTROGÊNICOS e ativá-los, mas que atuam como agonista ou antagonista dependendo do tipo de tecido e ambiente hormonal. São classificados como de primeira geração por demonstrarem propriedades de agonista de estrogênio no ENDOMÉTRIO, ou de segunda geração, baseado em seus padrões de especificidade tecidual. (Tradução livre do original: Horm Res 1997; 48: 155-63)
Raloxifeno
Modulador seletivo de receptores de estrógeno (MSRE) de segunda geração utilizado na prevenção de osteoporose em mulheres pós-menopausa. Possui ação agonista em ossos e sobre o metabolismo do colesterol, porém se comporta como um completo antagonista de estrógeno em glândulas mamárias e tecidos uterinos.
Receptores Estrogênicos
Receptor alfa de Estrogênio
Um dos RECEPTORES DE ESTROGÊNIO que tem grande afinidade pelo ESTRADIOL. Sua expressão e função diferem e, de certa forma, são opostos às do RECEPTOR BETA DE ESTROGÊNIO.
Moduladores de Receptor Estrogênico
Estrogênios
Compostos que interagem com RECEPTORES ESTROGÊNICOS em tecidos alvos para provocar os efeitos semelhantes aos do ESTRADIOL. Os estrogênios estimulam os órgãos reprodutivos femininos, e o desenvolvimento das CARACTERÍSTICAS SEXUAIS femininas. Os compostos químicos estrogênicos incluem os naturais, sintéticos, esteroides, ou não esteroides.
Receptor beta de Estrogênio
Um dos RECEPTORES DE ESTROGÊNIO que tem maior afinidade pelas ISOFLAVONAS do que o RECEPTOR ALFA DE ESTROGÊNIO. Há uma grande homologia na sequência com o ER alfa no domínio de ligação do DNA, porém não nos domínios de ligação do ligante e de articulação.
Tamoxifeno
Um dos MODULADORES SELETIVOS DE RECEPTOR ESTROGÊNICO com atividades específicas para o tecido. O tamoxifeno atua como um antiestrogênio (agente inibidor) no tecido mamário, mas como um estrogênio (agente estimulador) no metabolismo do colesterol, densidade óssea e proliferação celular no ENDOMÉTRIO.
Antagonistas de Estrogênios
Estradiol
Isômero 17-beta do estradiol, um esteroide C18 aromatizado com grupo hidroxila na posição 3-beta e 17-beta. O estradiol-17-beta é a forma mais potente de esteroide estrogênico de mamíferos.
Tiofenos
Toremifeno
Modulador seletivo de receptores de estrógeno (MSRE) de primeira geração. Assim como o TAMOXIFENO é um agonista do estrógeno em tecidos ósseos e no metabolismo de colesterol, porém é um antagonista em tecidos uterino e mamário.
Pirrolidinas
Útero
Órgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
Congêneres do Estradiol
Compostos esteroidais relacionados com o ESTRADIOL, o mais importante hormônio sexual feminino dos mamíferos. Os congêneres do estradiol compreendem importantes precursores do estradiol na via biossintética, metabólitos, derivados e os esteroides sintéticos com atividades estrogênicas.
Estrogênios Conjugados (USP)
Preparação farmacêutica que contém uma mistura de estrogênios hidrossolúveis conjugados, obtidos total ou parcialmente da URINA de éguas prenhes ou sinteticamente a partir de ESTRONA e EQUILINA. Contém uma mistura de sal de sódio dos sulfatos de estrona (52-62 por cento) e de equilina (22-30 por cento) com um total de ambos entre 80-88 por cento. Entre outros conjugados concomitantes estão 17-alfa-di-hidroequilina, 17-alfa-estradiol e 17-beta-di-hidroequilina. A potência da preparação é expressa em termos de uma quantidade equivalente de sulfato sódico de estrona.
Osteoporose Pós-Menopausa
Antineoplásicos Hormonais
São os antineoplásicos usados para tratar tumores sensíveis a hormônios. Os tumores sensíveis a hormônios podem ser dependentes de hormônios, responsivos a hormônios, ou ambos. Um tumor dependente de hormônio regride com a remoção do estímulo hormonal, seja por cirurgia ou através do bloqueio farmacológico. Já os tumores responsivos a hormônios podem regredir quando são administradas quantidades farmacológicas de hormônios, mesmo que sinais anteriores de sensibilidade aos hormônios não tenham sido observados. Os principais cânceres responsivos a hormônios incluem carcinomas de mama, próstata, e de endométrio; de linfoma; e certas leucemias. (Tradução livre do original: AMA Drug Evaluations Annual 1994, p2079)
Queratina-13
Fitoestrógenos
EXTRATOS VEGETAIS e compostos , principalmente ISOFLAVONAS, que imitam ou modulam estrogênios endógenos, geralmente por ligação aos RECEPTORES ESTROGÊNICOS.
Conservadores da Densidade Óssea
ASubstâncias que inibem a REABSORÇÃO ÓSSEA e/ou favorecem a MINERALIZAÇÃO ÓSSEA e REGENERAÇÃO ÓSSEA. São usados para a consolidação das FRATURAS ÓSSEAS e para o tratamento de DOENÇAS ÓSSEAS METABÓLICAS como OSTEOPOROSE.
Receptores de Progesterona
Proteínas específicas encontradas dentro ou em células de tecido alvo de progesterona que se ligam especificamente com progesterona. O complexo receptor e progesterona do citosol associa-se com ácidos nucleicos para dar início à síntese proteica. Existem dois tipos de receptores de progesterona, os tipos A e B. Ambos são induzidos pelo estrógeno e possuem meia-vida curta.
Ácidos Nicotínicos
Ratos Sprague-Dawley
Relação Dose-Resposta a Droga
Osteoporose
Redução da massa óssea sem alteração da composição do osso, levando a fraturas. A osteoporose primária pode ser de dois tipos principais: osteoporose após a menopausa (OSTEOPOROSE PÓS-MENOPAUSA) e osteoporose relacionada à idade ou senil.
Linhagem Celular Tumoral
Linhagem celular derivada de células tumorais cultivadas.
Endométrio
Membrana mucosa que reveste a cavidade uterina (responsável hormonalmente) durante o CICLO MENSTRUAL e GRAVIDEZ. O endométrio sofre transformações cíclicas que caracterizam a MENSTRUAÇÃO. Após FERTILIZAÇÃO bem sucedida, serve para sustentar o desenvolvimento do embrião.
Inibidores da Aromatase
Compostos que inibem a AROMATASE a fim de reduzir a produção de hormônios esteroides estrogênicos.
Ligantes
Moléculas que se ligam a outras moléculas. O termo é usado especialmente para designar uma pequena molécula que se liga especificamente a uma molécula maior, e.g., um antígeno que se liga a um anticorpo, um hormônio ou neurotransmissor que se liga a um receptor, ou um substrato ou efetor alostérico que se liga a uma enzima. Ligantes são também moléculas que doam ou aceitam um par de elétrons, formando uma ligação covalente coordenada com o átomo metálico central de um complexo de coordenação. (Dorland, 28a ed)
Terapia de Reposição de Estrogênios
Uso em mulheres de agentes hormonais com atividade semelhante ao do estrogênio na pós-menopausa ou outra deficiência de estrogênio para aliviar os efeitos da deficiência hormonal, como sintomas vasomotores, DISPAREUNIA e desenvolvimento progressivo de OSTEOPOROSE. Pode também incluir o uso de agentes progestacionais em terapia combinada.
Avaliação Pré-Clínica de Medicamentos
Neoplasias Hormônio-Dependentes
Anticarcinógenos
Moduladores GABAérgicos
Substâncias que não agem como agonistas ou antagonistas, mas afetam o complexo receptor-ionóforo do ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO. Os RECEPTORES DE GABA-A parecem ter pelo menos três sítios alostéricos, nos quais os moduladores agem: um sítio em que os BENZODIAZEPÍNICOS atuam aumentando a frequência de abertura dos canais de cloreto ativados pelo ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO. Um sítio em que os BARBITURATOS atuam prolongando a duração da abertura do canal. Finalmente, um sítio em que alguns esteroides podem agir. Os ANESTÉSICOS GERAIS provavelmente agem, pelo menos parcialmente, potencializando as respostas GABAérgicas, mas não foram incluidos aqui.
Neoplasias Mamárias Experimentais
Osso e Ossos
Receptores Androgênicos
Indóis
Células Tumorais Cultivadas
Células provenientes de tecido neoplásico cultivadas in vitro. Se for possível estabelecer estas células como LINHAGEM CELULAR TUMORAL, elas podem se propagar indefinidamente em cultura de células.
Densidade Óssea
Quantidade de mineral por centímetro quadrado de OSSO. Esta é a definição usada na prática clínica. A densidade óssea real deveria ser expressa em gramas por mililitro. É mais frequentemente medida por ABSORCIOMETRIA DE RAIOS X ou TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR RAIOS X. A densidade óssea é um prognosticador importante para a OSTEOPOROSE.
Proliferação de Células
Todos os processos envolvidos em aumentar o NÚMERO DE CÉLULAS. Estes processos incluem mais que a DIVISÃO CELULAR, parte do CICLO CELULAR.
Propilenoglicóis
RNA Mensageiro
Sequências de RNA que servem como modelo para a síntese proteica. RNAm bacterianos são geralmente transcritos primários pelo fato de não requererem processamento pós-transcricional. O RNAm eucariótico é sintetizado no núcleo e necessita ser transportado para o citoplasma para a tradução. A maior parte dos RNAm eucarióticos têm uma sequência de ácido poliadenílico na extremidade 3', denominada de cauda poli(A). Não se conhece com certeza a função dessa cauda, mas ela pode desempenhar um papel na exportação de RNAm maduro a partir do núcleo, tanto quanto em auxiliar na estabilização de algumas moléculas de RNAm retardando a sua degradação no citoplasma.
Estrutura Molecular
Regulação da Expressão Gênica
Transdução de Sinal
Transferência intracelular de informação (ativação/inibição biológica) através de uma via de sinalização. Em cada sistema de transdução de sinal, um sinal de ativação/inibição proveniente de uma molécula biologicamente ativa (hormônio, neurotransmissor) é mediado, via acoplamento de um receptor/enzima, a um sistema de segundo mensageiro ou a um canal iônico. A transdução de sinais desempenha um papel importante na ativação de funções celulares, bem como de diferenciação e proliferação das mesmas. São exemplos de sistemas de transdução de sinal: o sistema do receptor pós-sináptico do canal de cálcio ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO, a via de ativação da célula T mediada pelo receptor e a ativação de fosfolipases mediada por receptor. Estes sistemas acoplados à despolarização da membrana ou liberação de cálcio intracelular incluem a ativação mediada pelo receptor das funções citotóxicas dos granulócitos e a potencialização sináptica da ativação da proteína quinase. Algumas vias de transdução de sinal podem ser parte de um sistema de transdução muito maior, como por exemplo, a ativação da proteína quinase faz parte da via de sinalização da ativação plaquetária.
Androgênios
Compostos que interagem com RECEPTORES ANDROGÊNICOS nos tecidos alvos para haver efeitos similares àqueles da TESTOSTERONA. Dependendo dos tecidos alvos, os efeitos androgênicos podem ser na DIFERENCIAÇÃO SEXUAL, órgãos reprodutivos masculinos, ESPERMATOGÊNESE, CARACTERES SEXUAIS masculinos secundários, LIBIDO, desenvolvimento de massa muscular, força e potência.
Leiomioma
Tumor benigno derivado de tecido muscular liso, também conhecido como um tumor fibroide. Raramente ocorre fora do ÚTERO e do TRATO GASTROINTESTINAL, mas pode ocorrer na PELE e nos TECIDOS SUBCUTÂNEOS, originando-se nesses tecidos provavelmente a partir de músculo liso de vasos sanguíneos pequenos.
Ensaios Clínicos como Assunto
Trabalhos sobre estudos pré-planejados sobre segurança, eficácia, ou esquema de dosagem ótima (se apropriado) de uma ou mais drogas diagnósticas, terapêuticas, ou profiláticas, dispositivos, ou técnicas selecionadas de acordo com critérios pré-determinados de elegibilidade e observadas para evidência pré-definida de efeitos favoráveis ou desfavoráveis. Este conceito inclui ensaios clínicos conduzidos tanto nos EUA quanto em outros países.
Células Cultivadas
Células propagadas in vitro em meio especial apropriado ao seu crescimento. Células cultivadas são utilizadas no estudo de processos de desenvolvimento, processos morfológicos, metabólicos, fisiológicos e genéticos, entre outros.
Interações de Medicamentos
Modelos Animais de Doenças
Receptores de Lisoesfingolipídeo
Subfamília de receptores de lisoesfingolipídeo com especificidade por LISOESFINGOLIPÍDEOS, como a esfingosina-1-fosfato e esfingosina fosforilcolina.
Resistencia a Medicamentos Antineoplásicos
Neoplasias Uterinas
Tumores ou câncer do ÚTERO.
Divisão Celular
Estrogênios de Catecol
Aromatase
Enzima que catalisa a desnaturação (aromatização) do anel A dos androgênios C19 e os converte a estrogênios C18. Neste processo, o metil 19 é removido. Esta enzima é ligada a membrana, localizada no retículo endoplasmático das células produtoras de estrógeno dos ovários, placenta, testículos e tecidos adiposo e encefálico. A aromatase é codificada pelo gene CYP19 e atua na formação do complexo NADPH-FERRI-HEMOPROTEÍNA REDUTASE no sistema do citocromo P-450.
Dietilestilbestrol
Estrógeno sintético não esteroide utilizado no tratamento da menopausa e distúrbios pós-menopausais. Também foi outrora utilizado como promotor de crescimento em animais. De acordo com o Quarto Relatório Anual em Carcinógenos (NTP 85-002, 1985), o dietilestilbestrol foi listado como um conhecido carcinógeno.
Estrenos
Oximas
Anabolizantes
Imuno-Histoquímica
Transcrição Genética
Antagonistas de Receptores de Andrógenos
Compostos que se ligam a RECEPTORES ANDROGÊNICOS e inibem sua ativação.
Receptores de GABA-A
Proteínas de superfície celular que se ligam ao ÁCIDO GAMMA-AMINOBUTÍRICO e contêm um canal de cloro integralmente de membrana. Cada receptor é reunido como um pentâmero a partir de um conjunto de pelo menos 19 possibilidades diferentes de subunidades. Os receptores pertencem a uma superfamília que compartilha uma alça de CISTEÍNA comum.
Progesterona
Maior esteroide progestacional secretado principalmente pelo CORPO LÚTEO e PLACENTA. A progesterona atua no ÚTERO, GLÂNDULAS MAMÁRIAS e ENCÉFALO. É necessário para a IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO, manutenção da GRAVIDEZ e no desenvolvimento do tecido mamário para a produção de LEITE. A progesterona, convertida a partir da PREGNENOLONA, também serve como um intermediário na biossíntese dos HORMÔNIOS ESTEROIDES GONADAIS e dos CORTICOSTEROIDES da suprarrenal.
Antagonistas de Hormônios
Endotélio Vascular
Ativação Transcricional
Processos que estimulam a TRANSCRIÇÃO GENÉTICA de um gene ou conjunto de genes.